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Recife
2022
A priori, ao analisar os capítulos da modernidade, nota-se que a fixação do
capitalismo pós revolução industrial acarretou uma série de mudanças nos campos
sociais, políticos e econômicos. A busca pelo lucro exacerbado e
consequentemente a busca por novos mercados consumidores fez gerar uma
procura incessante por territórios inéditos, vistos de maneira oportuna por vários
países europeus da época. Porém, é válido destacar que essas visões
expansionistas não surgiram na modernidade, existiram antes disso, grandes
impérios que marcaram épocas.
Antes de qualquer reflexão acerca de determinado assunto, é importante
entender os conceitos que o cercam. Dessa maneira, o primeiro seria o conceito de
império que a depender do contexto pode significar mais de uma coisa. Em primeiro
plano, entende-se império como uma forma governamental, como visto durante o
reinado de D. Pedro I e posteriormente D. Pedro II no Brasil. Mas, além disso, a
palavra império pode significar um território de grande extensão territorial.
No sentido governamental, o império tem como figura central o imperador, um
monarca dotado de uma autoridade total, cujo poder assegura o controle social,
político, econômico e até militar. Cabe reforçar que os impérios em sua maioria
investiram pesado em seus exércitos, uma vez que se alinhavam a essa política
expansionista e necessitavam de exércitos cada vez mais preparados para o
combate. Somado a isso, uma outra forte característica desse tipo de Estado é a
imposição da sua cultura às nações dominadas. A esse expansionismo dá-se o
nome de imperialismo, que apesar de ser um conceito da modernidade, é utilizado
para analisar tais movimentações que ocorreram na antiguidade.
Como já descrito anteriormente, inúmeros impérios surgiram ao logo do
tempo, como por exemplo o Império Mongol que é reconhecido como o maior
império em questão territorial, cuja fundação e liderança atribui-se ao imperador
Gengis Khan. Ou o Império Romano que se destacou com um exército poderoso e
dotado de uma organização excepcional, tanto militarmente quanto politicamente.
Porém, nosso foco se fará na noção imperialista entre os gregos.
Dessa forma, ao analisar o período clássico da Grécia Antiga, nota-se que
movimentos imperialistas começaram a florescer em território grego, haja vista que
estamos falando de um período no qual as cidades-estados gregas estavam
sofrendo com as investidas persas. Dentre as pólis, Atenas e Esparta
representavam uma resistência mais expressiva. Essa guerra Greco-Persa foi um
reflexo da política expansionista dos persas com o fito de dominar territórios gregos
a fim de alcançar o controle comercial do Mar Egeu. Um ponto importante a
destacar é que mesmo havendo uma aliança entre Atenas e Esparta, sua aliança
tinha como principal objetivo a defesa territorial e não disseminar e impor a sua
cultura a outras nações.
Referências bibliográficas