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5 Motivo, motivação e clima motivacional

no Esporte

Aline Dessupoio Chaves

Introdução
Para se compreender a Psicologia do Esporte, é necessário inicialmente contextualizar o
percurso histórico, tanto em relação ao mundo, quanto ao Brasil. E assim, entender melhor
esta área do conhecimento e de atuação do psicólogo. Importante, ainda, conhecer esta
ciência para que faça parte do processo de iniciação esportiva, assim como do alto
rendimento, e mesmo, da prática pelo lazer ou reabilitação.

Além disso, apontar as áreas de atuação do psicólogo esportivo é de suma importância para
que haja uma intervenção efetiva no campo das habilidades psicológicas no esporte e no
exercício.

Desta forma, este capítulo mostrará o contexto histórico da Psicologia do Esporte, além de
conceitos desta área de conhecimento e o papel desempenhado pelo psicólogo no âmbito do
esporte e do exercício físico.

Objetivos
Ao final deste capítulo, esperamos que seja capaz de:

• Diferenciar os conceitos de motivo, motivação e clima motivacional;


• Entender os motivos de adesão e de abandono das práticas esportivas;
• Diferenciar motivação intrínseca e extrínseca;
• Compreender a orientação motivacional do atleta, seja para a aprendizagem ou para
o rendimento;
• Conhecer as técnicas mais utilizadas para motivação.

Esquema
5.1 Motivo para as práticas esportivas
5.2 Motivação no Esporte
5.3 O clima motivacional no Esporte
5.4 Técnicas básicas de motivação
5.5 Conclusões
1.1 Motivo para as práticas esportivas

É comum vermos indagações relacionadas ao que leva uma pessoa a escolher determinada
modalidade esportiva; ou por que gostam de treinar, mas não de competir; e até mesmo,
questionando o início tardio da prática esportiva. Todas essas perguntas estão relacionadas
aos motivos que direcionam um indivíduo para praticar um esporte ou exercício físico. Diante
disso, poderemos compreender o que uma pessoa pretende, o que influencia sua decisão, o
que será importante para ela naquele momento, naquela circunstância.

Assim, assimilar a base conceitual de motivo nos auxiliará no entendimento de como se dá a


iniciativa e a posterior manutenção da atividade realizada pelo indivíduo (ISLER, 2002). Para
Krech e Crutchfield (1974, p. 272), “um motivo é uma necessidade ou desejo acoplado com a
intenção de atingir um objetivo apropriado”.

A força de cada motivo e como seus padrões ocorrem e influenciam, são inferenciados pela
maneira de perceber o mundo que cada indivíduo possui. Essa diferença fará com que um
indivíduo se sinta mais motivado do que outro, diante de uma mesma situação. Portanto, cada
motivo apresenta uma força distinta, devido à diferença de personalidade existente entre cada
indivíduo (RODRIGUES, 1991).

Gouvêa (1997, p. 169) acredita que os motivos são inerentes aos seres humanos e os define
como “um fator interno, que dá início, dirige e integra o comportamento de uma pessoa”. Isso,
revela as razões pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas com maior
empenho que outras; ou ainda persistir numa atividade por longo período de tempo.

Maslow (1987), cita ainda que o homem raramente alcança um estado completo de satisfação,
exceto durante certo tempo. À medida que ele satisfaz um desejo, outro ocupa seu lugar. É
uma característica do ser humano sempre que está desejando algo.

Os motivos são classificados por Murray (1978), como: primários ou inatos, constituídos pelas
exigências orgânicas e fisiológicas; e secundários ou adquiridos, formados pelas
necessidades sociais de origem externa, como alguns hábitos.

Maslow (1987), então, propõe uma teoria da motivação humana, estabelecendo, de acordo
com a Figura 1, uma hierarquia de motivos: necessidades básicas (impulsos fisiológicos);
necessidades de segurança; necessidades de posse e amor; necessidades de estima;
necessidades de autorrealização.

Figura 2 – Teoria de Maslow (1987)

Fonte: A autora (2022).


As necessidades fisiológicas são entendidas como primordiais, pois referem-se a fome, sede,
ar e outras necessidades simples para a sobrevivência. São as que o ser humano mais sente
falta, colocando-as à frente das demais.

A necessidade de segurança tem a intenção de buscar proteção e estabilidade. Destarte, o


ser humano tem preferências por coisas conhecidas ao invés das desconhecidas, busca por
proteção em momentos como catástrofes naturais, guerras, criminalidade, dentre outras
atitudes.

A necessidade social se refere à necessidade de afeto e amor, em que o ser humano sentirá
desejo de se associar a outras pessoas, se incomodará com a ausência de amigos, a vontade
de formar família, a afiliação e a aceitação.

A necessidade de estima envolve a auto apreciação, a autoconfiança, a necessidade de


aprovação social e de respeito, de prestígio e consideração perante o mundo, além de
confiança, independência e autonomia.

Logo, a necessidade de autorrealização se refere à possibilidade de o indivíduo ter a


capacidade de exercer todas as suas potencialidades, conduzindo a sentimentos de
autoconfiança, de atributo e de suficiência, e a sentir-se útil e necessário ao mundo.

Samulski (2002) aponta a existência de várias possibilidades de autorrealização no esporte,


como alcançar seu limite de rendimento por meio do domínio de movimentos. Outro exemplo
poderia ser a satisfação gerada por exercícios de alto grau de complexidade são desafiadores
e executados com o máximo de perfeição por atletas de alto nível (LOPES; NUNOMURA,
2007).

Investigações sobre essa temática sugerem que os principais motivos para a prática do
esporte, situam-se: adquirir habilidades; estar em forma; competir; aprender novas
habilidades e participar de desafios (GOULD; FELTZ; WEISS, 1985). Embora, em um estudo
com nadadores jovens, Brodkin e Weiss (1990) encontraram como motivos relevantes para a
prática desportiva, aspectos referentes à socialização, tais como: fazer novos amigos e estar
com amigos.

Outrossim, percebemos através dos estudos uma variação de motivos que incluem diferenças
com relação à idade, ao sexo, à modalidade e provas que são disputadas (GOMES, 2006;
VISSOCI et al., 2008; BIDUTTE, 2001; VOSER et al., 2014; BERNARDES; YAMAJI;
GUEDES, 2015; SOUZA et al., 2016).

Acreditamos, ademais, que o motivo é de natureza cultural, biológica e inata. Cultural porque
será variável de acordo com a sociedade em que se vive, principalmente para satisfazer os
motivos sociais, de estima e de autorrealização. E biológica e inata, pois representa as
necessidades fisiológicas e de segurança, que são aspectos inerentes ao ser humano.

Porém, para além dos motivos de adesão ao esporte, a literatura aponta, os motivos do
abandono esportivo, temática extremamente relevante para nortear a organização da oferta
da prática esportiva.

Entre os motivos do abandono esportivo, os estudos ressaltam: os conflitos de interesses; a


falta de tempo; os estudos; a falta de sucesso e de habilidades; o estresse competitivo; a falta
de diversão; os treinos monótonos; os problemas com o técnico; a pequena participação nos
campeonatos; e as lesões (CRUZ, 1997; GUILLÉN, 2001; BUTCHER; LINDNER; JOHNS,
2002; SALGUERO et al, 2003; BARA FILHO; GARCIA, 2008).
Embora tenhamos estudos que apontem um rol de motivos que se repetem na maioria deles,
é importante se atentar para as particularidades de cada população, de cada esporte e de
cada localidade, visto que os motivos podem variar em diferentes realidades geográficas e
socioculturais. Além disso, os interesses das pessoas variam a cada fase do desenvolvimento,
sendo necessário, portanto, avaliar constantemente essa questão para que a adesão ao
esporte se faça ocorrer de maneira que atenda às expectativas do praticante, evitando assim
o abandono.

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O artigo a seguir, “Quero ser um atleta rico e famoso”: motivos para a prática esportiva de
jovens atletas escolares, de Grubertt et al (2019), traz uma descrição dos motivos para a
prática do esporte bastante atual de jovens.
Lembramos que esses motivos não podem ser generalizados, mas verificados em cada
ambiente esportivo para direcionar as ações do técnico no sentido de manter os praticantes
motivados.

https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2019e58373

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5.2 Motivação para o Esporte

De acordo com Boruchovitch e Bzuneck (2001), uma primeira ideia sugestiva sobre motivação
é fornecida pela própria origem etimológica da palavra, que vem do verbo latino movere, cujo
tempo supino motum e o substantivo motivum, do latim tardio, deram origem ao nosso termo
semanticamente aproximado, que é motivo.

Diante disso, Magill (2000) menciona que a motivação está associada à palavra motivo,
definido como alguma força interior, impulso, intenção, que leva a pessoa a fazer algo ou agir
de certa forma, e que afeta o início, a manutenção e a intensidade do comportamento.

Para Samulski (2002), a motivação caracteriza-se como um processo ativo e intencional


dirigido a uma meta. Weinberg e Gould (2008) entendem que a motivação pode ser definida
simplesmente como a direção do esforço, que se refere à busca, à aproximação ou à atração
de um indivíduo por certas situações; e a intensidade dos esforços humanos, relacionada à
força, maior ou menor, que uma pessoa ou atleta investe no esforço em uma determinada
situação.

A motivação, segundo Becker Jr (2000), é um fator muito importante na busca de qualquer


objetivo pelo ser humano, pois é um elemento básico para o atleta seguir orientações do
técnico e manter a prática diária da modalidade esportiva.

Assim, fica evidente que, para todas as nossas realizações deve haver um motivo que nos
estimule à ação. Não existe ação sem motivação, que pode ser mais ou menos intensa,
dependendo do que iremos realizar ou de como somos estimulados para realizar, porém
devemos considerar todas as diferenças individuais.

A motivação também pode ser entendida em relação à sua origem, que pode ser de ordem
intrínseca, de dentro da pessoa e associada aos fatores pessoais relacionados às emoções,
como sensações de prazer interno, sem nenhuma relação com elementos externos; ou
extrínseca, de fora da pessoa, está relacionada aos fatores ambientais, influências de outras
pessoas, elogios, reconhecimentos e recompensas externas, que levariam indivíduos à
prática de atividade esportiva (MARTENS, 1987; MACHADO, 1995; CRUZ, 1996; GOUVÊA,
1997; WEINBERG; GOULD, 2001; SAMULSKI, 2002).

Cox (1994) acredita que a motivação intrínseca é a origem principal dos motivos que atraem
e mantêm os jovens no esporte. Nos motivos intrínsecos, a recompensa se baseia em
resoluções de desafios mentais, superação de limites próprios e descobertas consideradas
úteis que não estão relacionadas a recompensas externas (TRESCA; DE ROSE JR, 2000).

Segundo Weinberg e Gould (2008), as pessoas intrinsecamente motivadas se esforçam


interiormente para serem competentes e autodeterminadas com o objetivo de dominar a tarefa
proposta. São pessoas que apreciam a competição, gostam de ação e ativação, mantêm foco
no divertimento, querem aprender o máximo de habilidades possíveis e participam por amor
ao esporte.

Weinberg e Gould (2008) sugerem algumas diretrizes para aumentar a motivação intrínseca
dos atletas, tais como: proporcionar experiências de sucesso, oferecer recompensas de
acordo com o desempenho, usar elogios verbais e não verbais, variar o conteúdo e a
sequência dos exercícios, envolver os participantes nas tomadas de decisão e estabelecer
metas realistas de desempenho.

Por conseguinte, a motivação extrínseca está relacionada aos fatores ambientais, influências
de outras pessoas, elogios, reconhecimentos e recompensas externas, que levariam os
indivíduos à prática de atividade esportiva (LOPES, 2009).

A motivação extrínseca nos impulsiona a realizar certa atividade para receber recompensa ou
evitar punição, para atingir um determinado objetivo que acreditamos ser importante, entre
outros motivos.

Portanto, a motivação extrínseca vem de uma necessidade externa à pessoa que realiza
determinada atividade, para se alcançar outro objetivo maior e se obter satisfação a partir do
que decorre dela, e não da ação em si (FRANCO, 2000).

Apesar da motivação extrínseca ser um fator importante, sabemos que só fazemos bem aquilo
que nos proporciona prazer. Esse prazer se associa com a motivação intrínseca que fornece
o bem-estar durante a atividade. Quanto mais a pessoa se dedica a uma atividade sem a
intenção de recompensas externas, maior poderá ser sua motivação interna (GILL, 1986).

Ainda é importante destacarmos que a motivação intrínseca e a extrínseca coexistem e nunca


uma age com exclusividade, ou seja, ambas as formas, influenciam-se pelos diferentes
mecanismos extrínsecos e intrínsecos de reforço; de modo que o reforço externo é mais
importante para a pessoa competitiva e o interno para a pessoa cooperativa (SAMULSKI,
2002).

Assim como, Schonardie Filho e Winterstein (1998), que também tratam a motivação como
algo indispensável no esporte, na fase inicial e para a manutenção de um nível ótimo de forma
constante e progressiva com a mesma satisfação em ações futuras.

De acordo com Weinberg e Gould (2008), as abordagens da personalidade da Psicologia do


Esporte conceituam a motivação sob três orientações típicas: a visão centrada no participante
(traço), a visão centrada na situação e a visão interacional.

Na visão centrada no participante, o comportamento motivacional orienta-se primariamente


em função das características individuais, tais como a personalidade, as necessidades e os
objetivos do indivíduo. A visão centrada na situação indica que o nível de motivação é
determinado principalmente pelas condições e influências do meio. Contudo, a visão mais
utilizada no contexto do esporte é a visão interacional, que examina o modo como indivíduo
e situação interagem.

Para tal, Weinberg e Gould (2008), apresenta um modelo interacional de motivação que
fundamenta cinco diretrizes para orientar a prática do profissional de Educação Física, como
demonstradas no Quadro 1, a seguir.

Quadro 1 – Modelo Interacional de Motivação

DIRETRIZES CONDIÇÃO
Indivíduo-situação Percebe a motivação como sendo resultante da
combinação de fatores pessoais e situacionais.
Motivos para o envolvimento Investiga os motivos que levam o indivíduo a realizar uma
prática esportiva.
Mudanças no ambiente Compreende a importância de se estruturar ambientes de
prática e treinamento que satisfaçam as necessidades de
todos os participantes.
Influência dos líderes Aponta o papel fundamental do técnico, que, por meio de
suas atitudes, influenciam a motivação dos participantes.
Mudanças de Percebe mudanças nos motivos que levam os
comportamento para alterar participantes a desenvolver a atividade, com o objetivo de
motivos indesejáveis promover maior interação entre eles.
Fonte: Weinberg e Gould (2008).

Muitos estudos sobre a motivação mostram que os indivíduos que apresentam um elevado
grau de estímulo de realização não somente aprendem mais rápido, como também
respondem melhor e mais depressa em relação àqueles que apresentam baixo grau de
motivação (PEREIRA, 2006).

Desta forma, a motivação é importante para a compreensão da aprendizagem e do


desempenho de habilidades motoras, pois desempenha um papel essencial na iniciação, na
manutenção e na intensidade do comportamento do aprendiz (MAGILL, 2000).

No contexto da Psicologia do Esporte, diferentes teorias dão suporte ao estudo da motivação,


por exemplo, a teoria da atribuição (WEINER, 1985), a teoria das metas de realização (DUDA,
1992), a teoria da motivação através da percepção da competência (HARTER, 1988) e a teoria
da autodeterminação (DECI; RYAN, 1985).

Dentre essas diversas linhas de estudo da motivação, destaca-se a Teoria da


Autodeterminação por estar associada a consequências emocionais, cognitivas e
comportamentais adaptativas. Deci e Ryan (1985) propuseram que os indivíduos possuem
necessidades psicológicas inatas e fundamentais e que procuram satisfazê-las a fim de
alcançar ajustes psicológicos, internalizações, bem-estar e o crescimento pessoal.

Nesse sentido, os autores assumem que as pessoas são incentivadas por três necessidades
psicológicas básicas: autonomia (sentimento de iniciativa e controle das nossas ações),
competência (sentimento de domínio, de que podemos crescer e ter sucesso), e
relacionamento (sentimento de pertencimento e conexão). Frustrar qualquer destas três
necessidades básicas pode ser visto como prejudicial a motivação e ao bem-estar.

A Teoria da Autodeterminação sustenta que o comportamento pode ser motivado


intrinsecamente, motivado extrinsecamente ou desmotivado (RYAN; DECI, 2000).
Dessa forma, o indivíduo motivado intrinsecamente é aquele cujo envolvimento e constância
na atividade acontecem porque a tarefa em si é interessante e produz satisfação. Em
contrapartida, o sujeito motivado extrinsecamente é aquele que desempenha uma atividade
ou tarefa tendo em vista recompensas externas ou sociais, tais como receber elogios ou
apenas evitar punições.

Por fim, os indivíduos amotivados encontram-se em um estado de ausência de intenção para


agir, desvalorizam a tarefa, não se sentem competentes para realizá-la e não esperam
alcançar o resultado desejado (RYAN; DECI, 2000). Assim, os alunos ou atletas que
apresentam essas características não encontram boas razões para continuar treinando e
competindo; devido a isso, eles podem chegar ao limite de abandonar o esporte (PELLETIER
et al., 1995).

Tarefas como trabalhar ou estudar são realizadas porque há necessidade em algum momento
da vida, mas, para que haja motivação, é necessário o desejo de realizar a tarefa, caso
contrário, não haverá satisfação completa e isso não se difere nos esportes (CHAVES, 2015).

Com isso, os técnicos devem ter cuidado para que, em seus treinos, a motivação extrínseca
não se sobreponha à motivação intrínseca: quanto mais o indivíduo for motivado
extrinsecamente, menos ele será motivado intrinsecamente, pois “recompensas externas
percebidas como controladoras do comportamento de uma pessoa ou que sugerem que o
indivíduo não é competente, diminuem a motivação intrínseca” (WEINBERG; GOULD, 2008,
p. 154).

<ABRIR BOX SAIBA MAIS>

Nesse vídeo vamos explicar a teoria da autodeterminação (Self-determination), de Deci e


Ryan. Ela diz que a melhor maneira de um indivíduo realizar determinados comportamentos
é quando ele tem uma motivação intrínseca, uma vez que ele tem um estado autodeterminado
mais elevado e assim fará a atividade por vontade própria e porque ele sai com prazer e
satisfação por ter esse comportamento.
Porém, existem outros tipos de motivação que levam o indivíduo realizar esse
comportamento, mas será que é a motivação em que ele está vai assegurar que ele continue
tendo essa ação?
Vejam no vídeo os nossos exemplos e entenda melhor essa teoria!

https://www.youtube.com/watch?v=ocJ19AX88DQ

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5.3 Clima motivacional no Esporte

No ambiente esportivo, além de conhecermos o motivo da prática e se os atletas se encontram


motivados ou não, é necessário perceber como eles avaliam seu próprio desempenho e,
assim, identificar sua orientação motivacional.

Tais interpretações são representadas pela Teoria das Metas de Realização que,
sinteticamente, defende que as variações de comportamento, em um contexto esportivo,
parecem não ser resultantes de baixa ou alta motivação, mas de manifestações de diferentes
percepções sobre qual é a meta adequada em determinado contexto (ROBERTS, 2001).
De acordo com Nicholls (1984) e Duda (1992), essa teoria explica a razão para os indivíduos
se envolverem na atividade física sob a perspectiva de duas orientações motivacionais: para
o domínio da tarefa (task orientation), conhecida como orientação para aprendizagem ou para
a tarefa, e para o reconhecimento social (ego orientation), também chamada de orientação
motivacional voltada para a performance ou para o ego.

Diante disso, o clima motivacional está relacionado com uma predisposição individual que é
influenciada por fatores situacionais, de acordo com a forma que o praticante avalia seu
desempenho nas atividades, atribuindo, portanto, diversos significados à prática esportiva de
acordo com seus próprios valores e expectativas.

Alguns autores têm apontado a importância do contexto ou clima motivacional, que pode ser
desenvolvido por treinadores, pais, pares e outros agentes significativos com influência no
atleta (NICHOLLS, 1984; DUDA et al, 1995; HIROTA; DE MARCO, 2006). Essas metas de
orientação podem determinar o clima motivacional, de acordo com a forma com que o
indivíduo julga seu nível de competência e habilidade. O Quadro 2, a seguir, traz algumas
diferenças entre os tipos de orientação.

Quadro 2 – Características das orientações motivacionais


ORIENTAÇÃO PARA A TAREFA ORIENTAÇÃO PARA O EGO
Sentimento de sucesso na realização que O sucesso é superior à habilidade e à
depende de sim mesmo. sensação de competência.
Compara-as com si mesmo. Compara-se com os outros ou tem medo de
ser comparado.
Não se preocupa com o resultado. O resultado é o mais importante (meios
ilícitos).
Entende o erro como parte do aprendizado. O erro é associado ao fracasso.
É autodeterminado. É pouco persistente e muito ansioso.
Elevado nível de motivação intrínseca. Motivado por fatores externos
(reconhecimento social, prêmios).
Fonte: A autora (2014).

Por conseguinte, indivíduos orientados para a tarefa estão preocupados com o domínio da
atividade, portanto almejam a aprendizagem e, nas situações de insucesso, encaram os erros
de forma positiva, pois são considerados como referência para uma próxima etapa no
desenvolvimento de sua competência (MARANTE; FERRAZ, 2006; HIROTA; TRAGUETA,
2007). Assim, procuram atividades que os desafiem, pois, com o aprendizado adquirido,
estarão ampliando sua competência.

Por outro lado, no clima orientado para o ego, o sucesso é superior à habilidade e a sensação
de competência. Existe comparação entre indivíduos, meios ilícitos para vencer, busca por
atividades com menor grau de dificuldade, além disso ansiedade e tensão estão presentes, e
os erros são encarados.

Segundo Duda (1992), os indivíduos que possuem orientação para o ego são motivados por
fatores externos (demonstração de superioridade, busca de reconhecimento social, prêmios)
e mostram-se preocupados com a comparação de sua capacidade com a das outras pessoas.
Dessa forma, tendem a demonstrar capacidade superior (mesmo não a tendo), apresentam
uma sensação de competência, em que importante é o resultado, não são muito persistentes
e atribuem o êxito às suas habilidades, ao seu esforço e à sorte.

Assim, parece possível que esses atletas não se esforcem ao máximo numa competição,
quando as probabilidades de serem bem sucedidos são reduzidas. Nessa situação o
indivíduo, com a sua necessidade de vencer, pode vir a valorizar menos o espírito esportivo
(HARDY; JONES; GOULD, 1996).

Embora tenhamos duas orientações de clima motivacional, Cumming et al (2002) afirmam que
para se alcançar o sucesso numa competição é necessário estarem presentes no aluno, os
dois tipos de orientação (o atleta tem que demonstrar habilidades superiores quando
comparados com outros e têm que aperfeiçoar ao máximo as suas capacidades).

Além disso, a atmosfera criada pelo técnico deverá ter efeitos importantes sobre os atletas
através de sua influência na satisfação das necessidades deles para a competência,
autonomia e relacionamento (RYAN; DECI, 2000).

Um clima de orientação para a tarefa é criado quando o técnico: destaca esforço e


aperfeiçoamento pessoal dos alunos; ajuda os alunos a sentirem que têm um papel importante
na equipe; promove cooperação entre os membros da equipe. Em compensação, eles podem
criar um clima de orientação para o ego quando o professor: a atenção é diferencialmente
colocada de acordo no nível de habilidade dos membros da equipe; é punitivo, em resposta a
erros; cultiva a rivalidade entre os jogadores da mesma equipe (NEWTON; DUDA; YIN, 2000).

Assim, criar um ambiente atraente, no qual os momentos de descontração e a possibilidade


de experimentar e desenvolver suas potencialidades se façam presentes, pode ser uma boa
estratégia para que os treinadores consigam melhorar a aderência de crianças e adolescentes
na prática esportiva (INTERDONATO et al, 2008).

Para que se possa verificar o clima motivacional das aulas ou dos treinos, a literatura aponta
um modelo de intervenção denominado TARGET, que considera algumas dimensões ou
estruturas do ambiente de aprendizagem: a Tarefa (Task), a Autoridade (Authority), o
Reconhecimento (Recognition), o Agrupamento (Grouping), a Avaliação (Evaluation) e o
Tempo (Timing) (AMES, 1992; BIDDLE, 2001; TREASURE, 2001).

A Tarefa está relacionada com o objetivo e o tipo de atividade proposto nos treinos e o grau
de envolvimento dos praticantes quando a realizam. No esporte, de acordo com a habilidade
exercitada em um exercício, atleta poderá se mostrar desafiado e entusiasmado a realizá-lo,
assim como entediado e desanimado.

A dimensão da Autoridade aborda a participação dos atletas em relação à tomada de decisão


e posturas de liderança, de acordo com o comando do técnico. Nesse contexto, o treinador
pode assumir uma postura autoritária, privando a autonomia e corresponsabilidade dos
praticantes, ou mesmo incentivá-los a participarem da construção das atividades e regras,
assumindo assim uma postura democrática.

Os incentivos e as recompensas representam a estrutura do Reconhecimento, que podem ter


efeitos positivos ou negativos, dependendo da forma como são valorizados nos treinamentos.
Assim, os atletas podem ser reconhecidos por seu esforço e progresso, ou comparados com
outros colegas em relação ao desempenho, e até mesmo premiados como forma de negociar
resultados ou bons comportamentos.

O Agrupamento se refere à forma como os praticantes são agrupados para realizarem as


atividades, seja por nível de habilidade, por gênero, ou por faixa etária, considerando-os
diferentes para participarem juntos. Acreditamos que a individualidade deve ser respeitada, e
que, nos grupos heterogêneos, temos duas possibilidades, utilizar as diferenças como
estímulo para o desenvolvimento e até mesmo para possibilitar a cooperação entre os atletas,
ou comparar para evidenciar aquilo que o indivíduo tem enquanto deficiência na
aprendizagem.

A respeito da Avaliação, é a dimensão centrada no processo avaliativo do praticante durante


a aprendizagem. Ela pode usar critérios normativos, na qual apenas aqueles que se
enquadrarem nos parâmetros serão elogiados e terão atingido o objetivo, gerando,
provavelmente, uma comparação entre os atletas, sem haver um respeito à diversidade do
grupo. Por outro lado, o treinador poderá estimular a autoavaliação, enquanto avaliação do
progresso individual, apontando tanto os fatores positivos quanto aqueles que ainda precisam
ser aprimorados e, dessa forma, ter como foco o processo de aprendizagem, e não
simplesmente o resultado.

E finalmente, o Tempo, que se relaciona com a individualidade do praticante, a respeito da


velocidade e do ritmo de aprendizagem, assim como o planejamento e a administração das
atividades. Assim, o treinador poderá criar um plano engessado, em que todos os atletas
tenham que cumpri-lo com as mesmas metas e no período programado, ou elaborará um
planejamento flexível, respeitando o ritmo, a sequência e o tempo de cada um para realizar
as atividades, inclusive levando em consideração seu grau de envolvimento com a tarefa.

De acordo com o exposto, cada dimensão ou estrutura do TARGET podem estar orientadas
para a tarefa ou para o ego, como demonstra o Quadro 3. Isso dependerá da forma como o
professor procederá no processo de ensino-aprendizagem, nesse caso do Esporte.

Quadro 3 – Orientação do clima motivacional das dimensões do TARGET


DIMENSÕES DO
ORIENTAÇÃO PARA A TAREFA ORIENTAÇÃO PARA O EGO
TARGET
Tarefa
Desafiadoras e diversificadas. Falta de desafios e variedade.
(Task)
As crianças têm escolhas e As crianças não participam
Autoridade
desempenham papéis de dos processos de tomada de
(Authority)
liderança. decisão.
Privado e baseado no progresso Reconhecimento Público e baseado na
individual. (Recognition) comparação social.
Aprendizagem cooperativa e
Agrupamento Formação de grupos baseada
promoção de interação com
(Grouping) na competência.
pares.
Baseada na vitória ou na
Baseada no domínio das tarefas e Avaliação
superação do desempenho
melhora individual. (Evaluation)
dos outros.
Tempo ajustado de acordo com Tempo Tempo de aprendizagem
as capacidades individuais. (Timing) uniforme para todos.
Fonte: A autora (2014).

A partir desses critérios poderemos verificar a orientação motivacional nos treinos e ajustar
as expectativas dos atletas para que se mantenham motivados na prática esportiva.

<ABRIR BOX AGORA É A SUA VEZ>

Escolha um dos vídeos abaixo (Michael Phelps ou Kobe Bryant) e aponte, de acordo com a
fala do atleta, aspectos relacionados ao motivo, motivação, clima motivacional.
Além disso, faça um breve relato sobre a motivação em relação à alguma vivência esportiva
sua ou de seu conhecimento, baseado no pressuposto que não há um comportamento
motivado exclusivamente intrínseca ou extrinsecamente, mas sempre há uma ênfase para
uma das duas tendências. Estas tendências motivacionais não são excludentes, mas
complementares.
https://www.youtube.com/watch?v=ukF7XJshRwg
https://www.youtube.com/watch?v=2YpmKVeJlPY

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5.4 Técnicas básicas de motivação


No sentido de aumentar e sustentar a motivação, de encontrar estratégias para melhorar
resultados, de definir metas e buscar soluções, a literatura traz uma infinidade de técnicas
básicas. Assim, por meio das técnicas de motivação busca-se promover formas desejadas de
comportamento e evitar comportamentos não desejados, desenvolvendo formas positivas e a
estabilização de formas adequadas de comportamento (SAMULSKI, 2002).

As técnicas de motivação no esporte podem ser direcionadas à pessoa, com medidas


psicológicas para a modificação de condições individuais da ação, relacionadas à capacidade
e aos motivos; ou direcionadas à situação, influenciando a pessoa por médio da modificação
da estrutura da tarefa ou da situação da ação.

As medidas orientadas à pessoa e à situação devem se relacionar de forma recíproca e


auxiliam na escolha da técnica de motivação, que tem por objetivo principal desenvolver no
atleta a capacidade de se automotivar, de autocontrole e de assumir responsabilidade em
situações de fracasso.

Para tal, são indicadas as técnicas de automotivação, entre elas: técnicas cognitivas
(mentalizar as capacidades positivas, mentalizar metas concretas, estabelecer e modificar
metas), técnicas de autoafirmação, técnicas motoras e técnicas emocionais.

As técnicas cognitivas promovem a regulação psíquica a partir da avaliação subjetiva da


importância da situação esportiva. Assim, os atletas tentam influenciar seu estado de
motivação por meio de autoavaliação, de determinação de metas pessoas, de atribuição de
causas e autoafirmações (SAMULSKI, 2002).

Ao mentalizar suas capacidades positivas os atletas utilizam frases como “eu acredito na
minha preparação”, “eu confio no meu talento” ou “eu imagino uma situação que já superei”.
A mentalização de metas concretas de treinamento e de competição poderiam ser “eu me
imagino subindo no podium”, “eu penso que só posso ter um bom rendimento com
treinamentos intensivos” ou “eu vou melhorar minha condição física”.

Alguns atletas estabelecem suas metas, que podem ser modificadas ao longo do tempo e
dentro das circunstâncias vivenciadas no esporte, através de objetivos de curto, médio e longo
prazo, que irão funcionar como foco para os treinos e assim podem manter o atleta motivado
mesmo diante do cansaço físico e das dificuldades. Essas metas, podem ainda, serem
definidas de forma geral, “quero fazer o meu melhor”, ou de forma específica, “quero ficar
entre os três melhores classificados”.

Samulski (2002, p.187) aponta algumas diretrizes para determinação de metas no esporte:

- Determinar metas exigentes e desafiantes, porém reais;


- Estabelecer metas específicas e controláveis;
- Determinar metas a curto, médio e longo prazo;
- Trabalhar com metas atrativas e positivas;
- Explicar o sentido das diferentes metas;
- Determinar metas individuais e do grupo;
- Identificar estratégias e técnicas para alcança-las;
- Imaginar de forma consciente e clara suas metas;
- Registrar de forma escrita suas metas diárias, semanais e mensais;
- Avaliar e modificar suas metas;
- Expressar verbalmente suas metas;
- Procurar apoio e suportes de outras pessoas para realizar suas metas.

Em relação às técnicas de autoafirmação, podemos utilizar o reforço positivo após as boas


ações, “eu estou feliz com meu rendimento” ou “eu digo para mim: maravilha de jogada”; a
antecipação mental de auto reforços, “eu ficarei feliz comigo mesmo” ou “vou me orgulhar de
mim nesse campeonato”; e a antecipação mental de reforços externos, “eu imagino como a
imprensa irá me receber” ou “eu penso no prêmio que irei ganhar”.

Alguns atletas preferem utilizar as técnicas motoras para reagirem ao desânimo ou à falta de
motivação, assim, se auto motivam por meio de movimento ou de exercício. Percebemos
alguns que rebatem a bola inúmeras vezes antes de realizar um saque, ou aquele que
aumenta prefere exercícios extenuantes para se sentirem mais preparados ou ativos. Além
disso, a motivação pode ser advinda da responsabilidade do atleta frente a algumas tarefas
do treinamento, ou mesmo por participarem do planejamento dos treinos.

As técnicas emocionais estimulam os atletas através de sensações e emoções positivas


durante a execução do movimento, como por exemplo, aqueles que escutam música antes
da competição ou meditam antes da sua prova. Para tanto, utilizam estratégias que despertem
o prazer, a fluidez no movimento, a sensação de sucesso e a identificação emocional com o
grupo (sensação de coesão grupal).

E para facilitar esse processo, Samulski (2002, p.190) aponta algumas orientações para os
treinadores:
- Ter a sensibilidade para entender problemas de motivação no treinamento e na competição;
- Ser capaz de se motivar diante de situações difíceis e apresentar um modelo positivo aos
atletas;
- Criar um clima positivo de treinamento e de competição;
- Mostrar confiança nas suas ações e nas de seus atletas;
- Promover a autonomia e a autorresponsabilidade de seus atletas;
- Conscientizar-se de que seus atletas precisam se tornar independentes e responsáveis;
- Apresentar metas realistas e exigentes no treinamento e na competição compatíveis com
às capacidades individuais de cada atleta;
- Não atribuir o sucesso esportivo à sua própria competência e o fracasso à incapacidade do
atleta;
- Considerar que o elogio e o reconhecimento motivam mais do que declarações
discriminadoras e de repreensão;
- Desenvolver em seus atletas a motivação para o rendimento e o sucesso, sabendo avaliar
o processo e o resultado;
- Evitar condições de motivação exagerada como “vencer a qualquer custo” ou por meio de
comportamento violento e intimidativo.

Enfim, o psicólogo do esporte, o técnico e o atleta devem encontrar a melhor estratégia de


automotivação, pois diante de várias possibilidades e de acordo com a personalidade,
provavelmente o atleta irá se identificar mais com uma técnica do que com outra.

<ABRIR BOX SAIBA MAIS>

O vídeo a seguir apresenta as dificuldades do ginasta Arthur Zanetti nos seus treinamentos.
Assim, reflita sobre o processo de motivação para superar essas condições no esporte de alto
rendimento.

https://www.youtube.com/watch?v=M_tdCxs5zxM

<FECHAR>

5.5 Conclusão

Ao longo do capítulo apresentamos a Psicologia do Esporte enquanto uma área emergente


de atuação e de produção acadêmica.

A Psicologia do Esporte tem ainda um longo caminho a percorrer, se considerarmos o que já


foi feito e o muito que ainda tem para ser construído, diante da diversidade e da complexidade
do contexto esportivo.

Enfim, esperamos que você tenha aproveitado as leituras e as atividades propostas, e que se
sinta motivado para os próximos conteúdos.

Até breve!

Resumo
Este capítulo tem a intenção de oferecer aos futuros profissionais de Educação Física, o
conhecimento sobre a Psicologia do Esporte, para que possa entender como se deu a
consolidação da área, assim como para demonstrar a importância desta ciência na formação
de atletas e para praticantes do exercício físico.

É certo que entender a Psicologia do Esporte é necessário para beneficiar não só aqueles
que se especializam, mas também atletas, técnicos, praticantes, enfim, todos que, de alguma
forma, se relacionam com o esporte e se interessam pelos seus fatores de interferência.

Compreender o percurso histórico nos faz conhecer como a área se desenvolveu e como se
encontra nos dias atuais, inclusive facilitando o entendimento sobre o papel do psicólogo no
ambiente esportivo.
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