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no Esporte
Introdução
Para se compreender a Psicologia do Esporte, é necessário inicialmente contextualizar o
percurso histórico, tanto em relação ao mundo, quanto ao Brasil. E assim, entender melhor
esta área do conhecimento e de atuação do psicólogo. Importante, ainda, conhecer esta
ciência para que faça parte do processo de iniciação esportiva, assim como do alto
rendimento, e mesmo, da prática pelo lazer ou reabilitação.
Além disso, apontar as áreas de atuação do psicólogo esportivo é de suma importância para
que haja uma intervenção efetiva no campo das habilidades psicológicas no esporte e no
exercício.
Desta forma, este capítulo mostrará o contexto histórico da Psicologia do Esporte, além de
conceitos desta área de conhecimento e o papel desempenhado pelo psicólogo no âmbito do
esporte e do exercício físico.
Objetivos
Ao final deste capítulo, esperamos que seja capaz de:
Esquema
5.1 Motivo para as práticas esportivas
5.2 Motivação no Esporte
5.3 O clima motivacional no Esporte
5.4 Técnicas básicas de motivação
5.5 Conclusões
1.1 Motivo para as práticas esportivas
É comum vermos indagações relacionadas ao que leva uma pessoa a escolher determinada
modalidade esportiva; ou por que gostam de treinar, mas não de competir; e até mesmo,
questionando o início tardio da prática esportiva. Todas essas perguntas estão relacionadas
aos motivos que direcionam um indivíduo para praticar um esporte ou exercício físico. Diante
disso, poderemos compreender o que uma pessoa pretende, o que influencia sua decisão, o
que será importante para ela naquele momento, naquela circunstância.
A força de cada motivo e como seus padrões ocorrem e influenciam, são inferenciados pela
maneira de perceber o mundo que cada indivíduo possui. Essa diferença fará com que um
indivíduo se sinta mais motivado do que outro, diante de uma mesma situação. Portanto, cada
motivo apresenta uma força distinta, devido à diferença de personalidade existente entre cada
indivíduo (RODRIGUES, 1991).
Gouvêa (1997, p. 169) acredita que os motivos são inerentes aos seres humanos e os define
como “um fator interno, que dá início, dirige e integra o comportamento de uma pessoa”. Isso,
revela as razões pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas com maior
empenho que outras; ou ainda persistir numa atividade por longo período de tempo.
Maslow (1987), cita ainda que o homem raramente alcança um estado completo de satisfação,
exceto durante certo tempo. À medida que ele satisfaz um desejo, outro ocupa seu lugar. É
uma característica do ser humano sempre que está desejando algo.
Os motivos são classificados por Murray (1978), como: primários ou inatos, constituídos pelas
exigências orgânicas e fisiológicas; e secundários ou adquiridos, formados pelas
necessidades sociais de origem externa, como alguns hábitos.
Maslow (1987), então, propõe uma teoria da motivação humana, estabelecendo, de acordo
com a Figura 1, uma hierarquia de motivos: necessidades básicas (impulsos fisiológicos);
necessidades de segurança; necessidades de posse e amor; necessidades de estima;
necessidades de autorrealização.
A necessidade social se refere à necessidade de afeto e amor, em que o ser humano sentirá
desejo de se associar a outras pessoas, se incomodará com a ausência de amigos, a vontade
de formar família, a afiliação e a aceitação.
Investigações sobre essa temática sugerem que os principais motivos para a prática do
esporte, situam-se: adquirir habilidades; estar em forma; competir; aprender novas
habilidades e participar de desafios (GOULD; FELTZ; WEISS, 1985). Embora, em um estudo
com nadadores jovens, Brodkin e Weiss (1990) encontraram como motivos relevantes para a
prática desportiva, aspectos referentes à socialização, tais como: fazer novos amigos e estar
com amigos.
Outrossim, percebemos através dos estudos uma variação de motivos que incluem diferenças
com relação à idade, ao sexo, à modalidade e provas que são disputadas (GOMES, 2006;
VISSOCI et al., 2008; BIDUTTE, 2001; VOSER et al., 2014; BERNARDES; YAMAJI;
GUEDES, 2015; SOUZA et al., 2016).
Acreditamos, ademais, que o motivo é de natureza cultural, biológica e inata. Cultural porque
será variável de acordo com a sociedade em que se vive, principalmente para satisfazer os
motivos sociais, de estima e de autorrealização. E biológica e inata, pois representa as
necessidades fisiológicas e de segurança, que são aspectos inerentes ao ser humano.
Porém, para além dos motivos de adesão ao esporte, a literatura aponta, os motivos do
abandono esportivo, temática extremamente relevante para nortear a organização da oferta
da prática esportiva.
O artigo a seguir, “Quero ser um atleta rico e famoso”: motivos para a prática esportiva de
jovens atletas escolares, de Grubertt et al (2019), traz uma descrição dos motivos para a
prática do esporte bastante atual de jovens.
Lembramos que esses motivos não podem ser generalizados, mas verificados em cada
ambiente esportivo para direcionar as ações do técnico no sentido de manter os praticantes
motivados.
https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2019e58373
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De acordo com Boruchovitch e Bzuneck (2001), uma primeira ideia sugestiva sobre motivação
é fornecida pela própria origem etimológica da palavra, que vem do verbo latino movere, cujo
tempo supino motum e o substantivo motivum, do latim tardio, deram origem ao nosso termo
semanticamente aproximado, que é motivo.
Diante disso, Magill (2000) menciona que a motivação está associada à palavra motivo,
definido como alguma força interior, impulso, intenção, que leva a pessoa a fazer algo ou agir
de certa forma, e que afeta o início, a manutenção e a intensidade do comportamento.
Assim, fica evidente que, para todas as nossas realizações deve haver um motivo que nos
estimule à ação. Não existe ação sem motivação, que pode ser mais ou menos intensa,
dependendo do que iremos realizar ou de como somos estimulados para realizar, porém
devemos considerar todas as diferenças individuais.
A motivação também pode ser entendida em relação à sua origem, que pode ser de ordem
intrínseca, de dentro da pessoa e associada aos fatores pessoais relacionados às emoções,
como sensações de prazer interno, sem nenhuma relação com elementos externos; ou
extrínseca, de fora da pessoa, está relacionada aos fatores ambientais, influências de outras
pessoas, elogios, reconhecimentos e recompensas externas, que levariam indivíduos à
prática de atividade esportiva (MARTENS, 1987; MACHADO, 1995; CRUZ, 1996; GOUVÊA,
1997; WEINBERG; GOULD, 2001; SAMULSKI, 2002).
Cox (1994) acredita que a motivação intrínseca é a origem principal dos motivos que atraem
e mantêm os jovens no esporte. Nos motivos intrínsecos, a recompensa se baseia em
resoluções de desafios mentais, superação de limites próprios e descobertas consideradas
úteis que não estão relacionadas a recompensas externas (TRESCA; DE ROSE JR, 2000).
Weinberg e Gould (2008) sugerem algumas diretrizes para aumentar a motivação intrínseca
dos atletas, tais como: proporcionar experiências de sucesso, oferecer recompensas de
acordo com o desempenho, usar elogios verbais e não verbais, variar o conteúdo e a
sequência dos exercícios, envolver os participantes nas tomadas de decisão e estabelecer
metas realistas de desempenho.
Por conseguinte, a motivação extrínseca está relacionada aos fatores ambientais, influências
de outras pessoas, elogios, reconhecimentos e recompensas externas, que levariam os
indivíduos à prática de atividade esportiva (LOPES, 2009).
A motivação extrínseca nos impulsiona a realizar certa atividade para receber recompensa ou
evitar punição, para atingir um determinado objetivo que acreditamos ser importante, entre
outros motivos.
Portanto, a motivação extrínseca vem de uma necessidade externa à pessoa que realiza
determinada atividade, para se alcançar outro objetivo maior e se obter satisfação a partir do
que decorre dela, e não da ação em si (FRANCO, 2000).
Apesar da motivação extrínseca ser um fator importante, sabemos que só fazemos bem aquilo
que nos proporciona prazer. Esse prazer se associa com a motivação intrínseca que fornece
o bem-estar durante a atividade. Quanto mais a pessoa se dedica a uma atividade sem a
intenção de recompensas externas, maior poderá ser sua motivação interna (GILL, 1986).
Assim como, Schonardie Filho e Winterstein (1998), que também tratam a motivação como
algo indispensável no esporte, na fase inicial e para a manutenção de um nível ótimo de forma
constante e progressiva com a mesma satisfação em ações futuras.
Para tal, Weinberg e Gould (2008), apresenta um modelo interacional de motivação que
fundamenta cinco diretrizes para orientar a prática do profissional de Educação Física, como
demonstradas no Quadro 1, a seguir.
DIRETRIZES CONDIÇÃO
Indivíduo-situação Percebe a motivação como sendo resultante da
combinação de fatores pessoais e situacionais.
Motivos para o envolvimento Investiga os motivos que levam o indivíduo a realizar uma
prática esportiva.
Mudanças no ambiente Compreende a importância de se estruturar ambientes de
prática e treinamento que satisfaçam as necessidades de
todos os participantes.
Influência dos líderes Aponta o papel fundamental do técnico, que, por meio de
suas atitudes, influenciam a motivação dos participantes.
Mudanças de Percebe mudanças nos motivos que levam os
comportamento para alterar participantes a desenvolver a atividade, com o objetivo de
motivos indesejáveis promover maior interação entre eles.
Fonte: Weinberg e Gould (2008).
Muitos estudos sobre a motivação mostram que os indivíduos que apresentam um elevado
grau de estímulo de realização não somente aprendem mais rápido, como também
respondem melhor e mais depressa em relação àqueles que apresentam baixo grau de
motivação (PEREIRA, 2006).
Nesse sentido, os autores assumem que as pessoas são incentivadas por três necessidades
psicológicas básicas: autonomia (sentimento de iniciativa e controle das nossas ações),
competência (sentimento de domínio, de que podemos crescer e ter sucesso), e
relacionamento (sentimento de pertencimento e conexão). Frustrar qualquer destas três
necessidades básicas pode ser visto como prejudicial a motivação e ao bem-estar.
Tarefas como trabalhar ou estudar são realizadas porque há necessidade em algum momento
da vida, mas, para que haja motivação, é necessário o desejo de realizar a tarefa, caso
contrário, não haverá satisfação completa e isso não se difere nos esportes (CHAVES, 2015).
Com isso, os técnicos devem ter cuidado para que, em seus treinos, a motivação extrínseca
não se sobreponha à motivação intrínseca: quanto mais o indivíduo for motivado
extrinsecamente, menos ele será motivado intrinsecamente, pois “recompensas externas
percebidas como controladoras do comportamento de uma pessoa ou que sugerem que o
indivíduo não é competente, diminuem a motivação intrínseca” (WEINBERG; GOULD, 2008,
p. 154).
https://www.youtube.com/watch?v=ocJ19AX88DQ
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Tais interpretações são representadas pela Teoria das Metas de Realização que,
sinteticamente, defende que as variações de comportamento, em um contexto esportivo,
parecem não ser resultantes de baixa ou alta motivação, mas de manifestações de diferentes
percepções sobre qual é a meta adequada em determinado contexto (ROBERTS, 2001).
De acordo com Nicholls (1984) e Duda (1992), essa teoria explica a razão para os indivíduos
se envolverem na atividade física sob a perspectiva de duas orientações motivacionais: para
o domínio da tarefa (task orientation), conhecida como orientação para aprendizagem ou para
a tarefa, e para o reconhecimento social (ego orientation), também chamada de orientação
motivacional voltada para a performance ou para o ego.
Diante disso, o clima motivacional está relacionado com uma predisposição individual que é
influenciada por fatores situacionais, de acordo com a forma que o praticante avalia seu
desempenho nas atividades, atribuindo, portanto, diversos significados à prática esportiva de
acordo com seus próprios valores e expectativas.
Alguns autores têm apontado a importância do contexto ou clima motivacional, que pode ser
desenvolvido por treinadores, pais, pares e outros agentes significativos com influência no
atleta (NICHOLLS, 1984; DUDA et al, 1995; HIROTA; DE MARCO, 2006). Essas metas de
orientação podem determinar o clima motivacional, de acordo com a forma com que o
indivíduo julga seu nível de competência e habilidade. O Quadro 2, a seguir, traz algumas
diferenças entre os tipos de orientação.
Por conseguinte, indivíduos orientados para a tarefa estão preocupados com o domínio da
atividade, portanto almejam a aprendizagem e, nas situações de insucesso, encaram os erros
de forma positiva, pois são considerados como referência para uma próxima etapa no
desenvolvimento de sua competência (MARANTE; FERRAZ, 2006; HIROTA; TRAGUETA,
2007). Assim, procuram atividades que os desafiem, pois, com o aprendizado adquirido,
estarão ampliando sua competência.
Por outro lado, no clima orientado para o ego, o sucesso é superior à habilidade e a sensação
de competência. Existe comparação entre indivíduos, meios ilícitos para vencer, busca por
atividades com menor grau de dificuldade, além disso ansiedade e tensão estão presentes, e
os erros são encarados.
Segundo Duda (1992), os indivíduos que possuem orientação para o ego são motivados por
fatores externos (demonstração de superioridade, busca de reconhecimento social, prêmios)
e mostram-se preocupados com a comparação de sua capacidade com a das outras pessoas.
Dessa forma, tendem a demonstrar capacidade superior (mesmo não a tendo), apresentam
uma sensação de competência, em que importante é o resultado, não são muito persistentes
e atribuem o êxito às suas habilidades, ao seu esforço e à sorte.
Assim, parece possível que esses atletas não se esforcem ao máximo numa competição,
quando as probabilidades de serem bem sucedidos são reduzidas. Nessa situação o
indivíduo, com a sua necessidade de vencer, pode vir a valorizar menos o espírito esportivo
(HARDY; JONES; GOULD, 1996).
Embora tenhamos duas orientações de clima motivacional, Cumming et al (2002) afirmam que
para se alcançar o sucesso numa competição é necessário estarem presentes no aluno, os
dois tipos de orientação (o atleta tem que demonstrar habilidades superiores quando
comparados com outros e têm que aperfeiçoar ao máximo as suas capacidades).
Além disso, a atmosfera criada pelo técnico deverá ter efeitos importantes sobre os atletas
através de sua influência na satisfação das necessidades deles para a competência,
autonomia e relacionamento (RYAN; DECI, 2000).
Para que se possa verificar o clima motivacional das aulas ou dos treinos, a literatura aponta
um modelo de intervenção denominado TARGET, que considera algumas dimensões ou
estruturas do ambiente de aprendizagem: a Tarefa (Task), a Autoridade (Authority), o
Reconhecimento (Recognition), o Agrupamento (Grouping), a Avaliação (Evaluation) e o
Tempo (Timing) (AMES, 1992; BIDDLE, 2001; TREASURE, 2001).
A Tarefa está relacionada com o objetivo e o tipo de atividade proposto nos treinos e o grau
de envolvimento dos praticantes quando a realizam. No esporte, de acordo com a habilidade
exercitada em um exercício, atleta poderá se mostrar desafiado e entusiasmado a realizá-lo,
assim como entediado e desanimado.
De acordo com o exposto, cada dimensão ou estrutura do TARGET podem estar orientadas
para a tarefa ou para o ego, como demonstra o Quadro 3. Isso dependerá da forma como o
professor procederá no processo de ensino-aprendizagem, nesse caso do Esporte.
A partir desses critérios poderemos verificar a orientação motivacional nos treinos e ajustar
as expectativas dos atletas para que se mantenham motivados na prática esportiva.
Escolha um dos vídeos abaixo (Michael Phelps ou Kobe Bryant) e aponte, de acordo com a
fala do atleta, aspectos relacionados ao motivo, motivação, clima motivacional.
Além disso, faça um breve relato sobre a motivação em relação à alguma vivência esportiva
sua ou de seu conhecimento, baseado no pressuposto que não há um comportamento
motivado exclusivamente intrínseca ou extrinsecamente, mas sempre há uma ênfase para
uma das duas tendências. Estas tendências motivacionais não são excludentes, mas
complementares.
https://www.youtube.com/watch?v=ukF7XJshRwg
https://www.youtube.com/watch?v=2YpmKVeJlPY
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Para tal, são indicadas as técnicas de automotivação, entre elas: técnicas cognitivas
(mentalizar as capacidades positivas, mentalizar metas concretas, estabelecer e modificar
metas), técnicas de autoafirmação, técnicas motoras e técnicas emocionais.
Ao mentalizar suas capacidades positivas os atletas utilizam frases como “eu acredito na
minha preparação”, “eu confio no meu talento” ou “eu imagino uma situação que já superei”.
A mentalização de metas concretas de treinamento e de competição poderiam ser “eu me
imagino subindo no podium”, “eu penso que só posso ter um bom rendimento com
treinamentos intensivos” ou “eu vou melhorar minha condição física”.
Alguns atletas estabelecem suas metas, que podem ser modificadas ao longo do tempo e
dentro das circunstâncias vivenciadas no esporte, através de objetivos de curto, médio e longo
prazo, que irão funcionar como foco para os treinos e assim podem manter o atleta motivado
mesmo diante do cansaço físico e das dificuldades. Essas metas, podem ainda, serem
definidas de forma geral, “quero fazer o meu melhor”, ou de forma específica, “quero ficar
entre os três melhores classificados”.
Samulski (2002, p.187) aponta algumas diretrizes para determinação de metas no esporte:
Alguns atletas preferem utilizar as técnicas motoras para reagirem ao desânimo ou à falta de
motivação, assim, se auto motivam por meio de movimento ou de exercício. Percebemos
alguns que rebatem a bola inúmeras vezes antes de realizar um saque, ou aquele que
aumenta prefere exercícios extenuantes para se sentirem mais preparados ou ativos. Além
disso, a motivação pode ser advinda da responsabilidade do atleta frente a algumas tarefas
do treinamento, ou mesmo por participarem do planejamento dos treinos.
E para facilitar esse processo, Samulski (2002, p.190) aponta algumas orientações para os
treinadores:
- Ter a sensibilidade para entender problemas de motivação no treinamento e na competição;
- Ser capaz de se motivar diante de situações difíceis e apresentar um modelo positivo aos
atletas;
- Criar um clima positivo de treinamento e de competição;
- Mostrar confiança nas suas ações e nas de seus atletas;
- Promover a autonomia e a autorresponsabilidade de seus atletas;
- Conscientizar-se de que seus atletas precisam se tornar independentes e responsáveis;
- Apresentar metas realistas e exigentes no treinamento e na competição compatíveis com
às capacidades individuais de cada atleta;
- Não atribuir o sucesso esportivo à sua própria competência e o fracasso à incapacidade do
atleta;
- Considerar que o elogio e o reconhecimento motivam mais do que declarações
discriminadoras e de repreensão;
- Desenvolver em seus atletas a motivação para o rendimento e o sucesso, sabendo avaliar
o processo e o resultado;
- Evitar condições de motivação exagerada como “vencer a qualquer custo” ou por meio de
comportamento violento e intimidativo.
O vídeo a seguir apresenta as dificuldades do ginasta Arthur Zanetti nos seus treinamentos.
Assim, reflita sobre o processo de motivação para superar essas condições no esporte de alto
rendimento.
https://www.youtube.com/watch?v=M_tdCxs5zxM
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5.5 Conclusão
Enfim, esperamos que você tenha aproveitado as leituras e as atividades propostas, e que se
sinta motivado para os próximos conteúdos.
Até breve!
Resumo
Este capítulo tem a intenção de oferecer aos futuros profissionais de Educação Física, o
conhecimento sobre a Psicologia do Esporte, para que possa entender como se deu a
consolidação da área, assim como para demonstrar a importância desta ciência na formação
de atletas e para praticantes do exercício físico.
É certo que entender a Psicologia do Esporte é necessário para beneficiar não só aqueles
que se especializam, mas também atletas, técnicos, praticantes, enfim, todos que, de alguma
forma, se relacionam com o esporte e se interessam pelos seus fatores de interferência.
Compreender o percurso histórico nos faz conhecer como a área se desenvolveu e como se
encontra nos dias atuais, inclusive facilitando o entendimento sobre o papel do psicólogo no
ambiente esportivo.
Referências