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Resumo
A motivação tem sido um tema muito discutido no ambiente do esporte de rendimento, pois
é na sua presença que muitos atletas permanecem em seus clubes ou equipes, treinando com
determinação, mesmo passando por desafios físicos e mentais diários. É através dela que um
jogador de voleibol pode ter um bom rendimento mesmo jogando na cidade de seu
adversário, sem apoio da torcida. Ou então, é ela que define se um jovem desejará continuar
na equipe de um clube, treinando com seus colegas, ou abandonará a modalidade, por não
conseguir encontrar motivos para ali estar. Segundo Nitsch (1989) a motivação é tida como
um dos processos psíquicos básicos dentro da Psicologia do Esporte que investigará no
desporto, as bases e efeitos psíquicos das ações esportivas. A definição de motivação foi
explicitada por Samulski (2009) como um processo ativo, com intenção e com foco em Uma
meta. Esse processo, no entanto, é influenciado por fatores pessoais e ambientais
(intrínsecos e extrínsecos, respectivamente). De acordo com o modelo desse autor, a
motivação apresentará uma determinante energética com um nível de ativação e uma
determinante de direção do comportamento (interesses, metas). Os motivos que levam o
sujeito a praticar uma ação com prazer, tendo como consequência um desempenho atlético
ótimo, vão desde fazer parte de um grupo, ser aceito socialmente, diversão ou apenas a
preocupação com a saúde manter a boa forma. De forma mais aprofundada, Vanek; Cratty
(1990) detalham os tipos de efeitos da motivação: Efeitos positivos: serão utilizados recursos
que incentivarão a potencialização do indivíduo, despertando-o para o crescimento. Isso
poderá ser feito através de “elogios, palavras de apoio, demonstração de encorajamento”
(VANEK; CRATTY,1990) Efeitos negativos: se apresentam em uma Configuração não-
educativa, podendo trazer perturbações à personalidade do indivíduo. Exemplos: castigos ou
ameaças. Essas ações podem levar as pessoas a se tornarem violentas, covardes, tímidas ou
inseguras (VANEK; CRATTY,1990)
O técnico como líder deverá trabalhar esses aspectos psicológicos uma vez que ele deve ser,
segundo SAMULSKI (1988), um modelo motivante em sua equipe ou atletas, agindo com
condutas positivas e de forma dinâmica. Uma boa relação entre técnico e atleta é condição
elementar para o desenvolvimento de uma motivação estável e de longo prazo durante a
rotina de treinamento e competições.
atletas/equipes, como: temor pelo fracasso, metas estabelecidas, porém com chances de
concretização nulas, além de reforços inadequados (SAMULSKI, 1988). Um técnico que
executa seu papel de líder para Weinberg & Gould (2008) “fornecerá não apenas uma visão
daquilo que se luta, mas também a estrutura, a motivação e o apoio do dia-a-dia para
transformar a sua visão em realidade”. O técnico é o responsável pelo diagnóstico das causas
dos problemas de motivação, evitando situações como a perda de interesse pela modalidade
(SAMULSKI, 1988). Treinar a motivação em atletas deve seguir as seguintes metas: desenvolver
objetivos, melhorá-los dentro do planejamento já existente, formulando-os de forma positiva e
corrigindo as atribuições das causas. Todo esse controle aumentará as chances desse atleta
obter sucesso.
Ainda no mesmo estudo, os autores trazem outra abordagem sobre o tema relacionando ao
rendimento esportivo. A motivação, segundo Singer (1977) É a insistência em caminhar em
direção a um objetivo”. Em algumas ocasiões, o objetivo central poderá ser “o alcance de
uma recompensa” (ganhar um troféu ou um elogio), em outras ocasiões, a motivação poderá
vir de “um impulso para o sucesso, para provar ou conseguir algo para a autorrealização”.
Segundo Hernandez; Voser; Lykawka (2004), “sem a motivação, um esportista não
desempenhará ou desempenhará mal”. Existe um nível ideal de motivação que deve estar
presente em qualquer atividade e este depende da natureza da atividade tanto quanto da
personalidade do esportista. O técnico como líder será o responsável pelo direcionamento do
atleta e/ou da equipem todos os momentos caracterizados como treinamento, porém os
momentos difíceis que o atleta ou o grupo possam vir a passar, seu papel de
liderança envolverá atitudes que assegurarão o sucesso individual contribuindo também para
o sucesso da equipe
2ª parte (citações)
O que separa a vitória da derrota é a preparação emocional. Quem quer que esteja fisicamente
bem preparado pode fazer coisas incríveis com seu corpo. Mas quem junta a um corpo em
forma uma cabeça bem cuidada é capaz de feitos excepcionais” Alexander Popov (Ex-nadador
russo com 4 ouros Olímpicos em provas individuais).
“Não são apenas músculos fortes, um tônus muscular melhor. É o poder que você tem. A força
física de seu corpo e também da sua mente. São exercício que afetam esses dois lados: o corpo
e a mente. Você só aprende fazendo, preste muita atenção nisso. Quando aprendi que isso era
muito especial, comecei a me conhecer melhor. Basicamente é isso! Você se conhece melhor!
Conhece suas limitações, suas forças e qualidades. Você tenta criar um conjunto e ser uma
pessoa mais estável! Uma volta rápida requer um alto nível de sensibilidade entre o corpo e a
mente. É a combinação dos dois que dá a performance. Nunca consegui uma volta perfeita
porque eu sei que, ao olhar para trás, que houve sempre lugar para melhoramentos. Não
importa se é apenas um décimo ou milésimo. Há sempre lugar para melhorar” Ayrton Senna
(Ex-piloto de F1, 3 vezes Campeão).
“O medo é uma ilusão! Ele aparece quando se pensa nas consequências de errar ou imagina
resultados negativos. A técnica é focar no que se tem que fazer para conseguir o que se quer”.
Michael Jordan (Ex-jogador de Basquete, um dos melhores de todos os tempos).
A prática de esportes traz diversos benefícios à saúde física e mental. Em meio a pandemia,
algumas feras do esporte brasileiro - Fernanda Venturini, Ricardo Rocha e Gustavinho Lima
falam sobre as expectativas com a chegada das Olímpiadas de Tóquio, jogos sem torcida e o
poder transformador do esporte, no Estúdio News deste sábado (17).
A medalhista olímpica, Fernanda Venturini, acredita que neste 01 (um) ano de pandemia os
atletas perderam em performance, o que pode interferir nas Olímpiadas.
“Não são todos os esportes que tem o campeonato forte internamente e quando não tem o
campeonato o atleta já piora, pois já não tem a preparação, geralmente joga-se com
estrangeiros, tem campeonato na Europa e nos EUA para poder melhorar o time e não se
conseguiu fazer isso. Com certeza vai ser a Olímpiada com mais baixo nível técnico, ao meu
ver, devido a preparação estar ruim”.
A vacinação em massa é a esperança para que as coisas voltem a ser como antes. O
comentarista esportivo da Record TV Rio, e ex-jogador de futebol, Ricardo Rocha, assim como
Fernanda e Gustavinho, espera em breve ver as arquibancadas repletas de torcidas e diz que é
muito bom ter o incentivo do torcedor.
“Às vezes cobramos muito dos novos atletas, mas é uma nova maneira de jogar, totalmente
diferente sem a torcida, sem a pressão do torcedor. Você vê os resultados que antes não tinha,
antes a equipe em casa tinha um maior número de vitórias, hoje nem tanto, porque o torcedor
pressiona e influencia sim”.
Gustavinho Lima, superintendente do sub-20 de basquete do Corinthians, destaca a
importância do esporte na formação de jovens e o papel fundamental na transformação social.
“Os ensinamentos que o esporte traz, trabalhar em equipe, saber dividir as coisas, lidar com
vitórias e derrotas, saber lidar sobre pressão, o sentimento de solidariedade, acho que esses
são os conceitos principais, a formação pessoal do atleta. Claro que eu gostaria que todos
virassem profissionais, mas sabemos que é muito difícil torna-se um jogador profissional e se
eles conseguirem ter esses valores para vida deles já será maravilhoso”.