Você está na página 1de 50

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI

MOTIVAÇÃO NO ESPORTE E NA ATIVIDADE FÍSICA

ESPIRITO SANTO
MOTIVAÇÃO NO ESPORTE

Fonte: www.i.ytimg.com

No âmbito da atividade física e do esporte, a motivação é um dos aspectos mais


estudados nos últimos tempos. O estudo é muito claro na possibilidade de diversas
avaliações da motivação no contexto das atividades físicas e esporte além da
possibilidade de validação de instrumentos. Os resultados mostram à importância das
diferentes formas motivacionais na indução de diversos benefícios cognitivos,
comportamentais e afetivos e a importância de se trabalhar a motivação para as práticas
de atividades físicas e esportes.
No esporte, os fatores motivacionais constituem um dos principais elementos que
impulsionam o sujeito à ação. Muitos atletas estão buscando a vitória, entretanto existem
diversos aspectos que diferenciam os indivíduos no que diz respeito aos interesses e
motivos pela prática. Esses motivos podem ser internos e externos. No âmbito da
psicologia, os motivos são as necessidades, carências, interesses e desejos que
impulsionam as pessoas em certas direções e motivação envolve comportamento
direcionado a um objetivo.
Existem duas principais abordagens que trabalham a motivação: do impulso e as
teorias do incentivo. O conceito de impulso de Hull (1943) é baseado na manutenção da
homeostase, estado de equilíbrio fisiológico. Um impulso é, dessa forma, um estado
interno de tensão que induz um organismo a dedicar-se a atividades que possam reduzir
tal tensão. Estes estados de tensão, que são desagradáveis podem ser entendidos como
uma ruptura no equilíbrio desejável.

Fonte: www.s-media-cache-ak0.pinimg.com

Quando os indivíduos experimentam um impulso, são motivados a buscar ações


que os levem a uma redução deste. Já as teorias de incentivo, acreditam que os
estímulos externos regulam os estados motivacionais. Um incentivo seria, portanto, um
objeto externo capaz de motivar o comportamento.
A motivação pode ser estudada a partir de dois pontos de vista: motivação
intrínseca e extrínseca. Motivação intrínseca refere-se à execução de atividade no qual
o prazer é inerente ao indivíduo, não sendo necessárias recompensas ou pressões
externas para que o indivíduo cumpra seu objetivo e seu desafio, o simples fato da
participação já o satisfaz.
Essa motivação é a base para o crescimento, integridade psicológica e coesão
social, representando o potencial positivo da natureza humana. Já a motivação
extrínseca é aquela em que os indivíduos realizam uma tarefa para obterem uma
recompensa além da sua satisfação pessoal como: prêmios (recompensas materiais),
elogios (reconhecimento) e demonstrar competências e habilidades.
No âmbito da atividade física e do esporte, a motivação é produto de um conjunto
de variáveis sociais, ambientais e individuais que determina a eleição de uma modalidade
física ou esportiva e a intensidade da prática dessa modalidade, que determinará o
rendimento.

Fonte: www.psicologianoesporte.com.br

A motivação é caracterizada como um processo ativo, intencional e dirigido a uma


meta, a qual depende de fatores internos (pessoais) e externos (ambientais). O motivo
interno, ou seja, a motivação intrínseca, e o motivo externo, a motivação extrínseca,
podendo ser representado pela torcida ou simplesmente os companheiros da turma,
formam um elo entre a conquista do objetivo.
Acredita que motivação é o motor do esporte, pois esta explica as razões para a
iniciação, orientação, manutenção e abandono da prática esportiva, podendo ser
determinada por fatores individuais, sociais, ambientais e culturais. Nesse sentido, a
motivação parece ter um importante papel na pratica de esportes e atividades físicas já
a avaliação desta pode colaborar para a manutenção de práticas esportivas e também a
identificação dos motivos que envolvem o processo de abandono da prática.
A motivação para a prática de esportes e atividades físicas é uma das
contribuições da psicologia do esporte que auxiliam no planejamento e organização dos
treinamentos. A motivação é uma variável chave no esporte e da prática de atividades
físicas na medida em que pode facilitar a aprendizagem e também um melhor
desempenho. O objetivo geral deste trabalho é selecionar e analisar alguns dos estudos
envolvendo o papel da motivação nas atividades físicas e nos esportes.

Fonte: www.nucleoaventura.com.br

De todas as pessoas no mundo, os atletas parecem entender o conceito de


motivação mais do que ninguém. Existe uma razão para esta afirmação, é que todas as
manhãs se levantam com o objetivo de baterem os seus próprios recordes. No entanto,
quando esta motivação é afetada os atletas veem a sua reformasse e eficácia diminuída.
Mais que nunca, hoje se aceita que a motivação é o maior motor da vontade, e que esta
faz “milagres”. Não irei apresentar os fatos acerca da mais valia, nem apresentar técnicas
para a sua melhoria.
O que hoje lhe trago caro leitor, são oito citações super motivacionais para
alavancar a sua motivação. Mesmo que você esteja apenas começando, ou que você
seja um atleta consagrado, certamente irá ficar inspirado e motivado para treinar ainda
com mais afinco e dedicação. Estas palavras de sabedoria irão ainda ajudá-lo a melhorar,
não só a sua habilidade, mas também a sua atitude face ao treino. Justifico o incentivo
da necessidade de trabalhar na sua motivação com uma citação: “As pessoas costumam
dizer que a motivação não dura sempre. Bem, nem o efeito do banho, por isso
recomenda-se diariamente.”.
Chega um momento na vida de cada atleta em que se depara com um adversário
que o irá certamente apanhar de surpresa, fugindo à “normalidade”. Por exemplo, se você
supostamente é mais pequeno do que o usual para o seu desporto, você tem que tentar
perceber, que o que você pesa, ou o quão alto você é, nem sempre é diretamente
proporcional à habilidade, capacidade e qualidade que você tem. E isto é igualmente
válido para o seu adversário.

Fonte: www.efdeportes.com

Não julgue, nem se deixe julgar pelas aparências. Se você é uma pessoa grande,
use o seu tamanho como vantagem. Se você é pequeno, arranje forma de minimizar as
diferenças, com outra habilidade. Nos programas de preparação mental uso uma frase
que espelha esta ideia: “Os nomes não ganham competições”. Acredite em você,
coloque-se à prova, dê o seu máximo e faça a análise apenas no final.

A diferença entre o impossível e o possível reside na determinação de um


homem. – Tommy Lasorda.

Esta frase, expressa a razão pela qual os atletas continuam a bater recordes ou a
melhorar as suas prestações. Enquanto existirem atletas que se proponham ao treino
rigoroso e exigente, motivados pela ideia de conseguirem aquilo que nenhum outro
conseguiu, ou de se ultrapassarem a si mesmos, é porque na sua mente cresceu a ideia
da possibilidade. Determine-se e crie a sua própria possibilidade.

Defina as suas metas com objetivos elevados e não pare até chegar lá. –
Bo Jackson.

Ser derrotado é normalmente uma condição temporária. Desistir é o que a


faz permanente. – Marilyn vos Savant, Cronista.

Dar menos que o seu melhor é sacrificar um dom. – Steve Prefontaine,


corredor.

Quanto mais duro você trabalhar, mais sorte terá. – Gary Player, Jogador de
golfe.

Você não conseguirá fazer uma grande execução, a não ser que a faça
primeiro no treino. – Chuck Noll.

A motivação é uma decisão, depende de si mesmo. – Eu próprio, psicólogo


e treinador.

Estabeleça objetivos inspiradores e desafiadores. Todos nós necessitamos de


orientar a nossa energia e vontade em face de algo que puxe por nós e permita colocar
à prova as nossas capacidades e habilidades. Colocando uma pitada de persistência e
tenacidade nos ingredientes do treino, assegura-nos o apetite para um esforço continuo
até ao alcance do objetivo último. Continue e sejam persistentes, os resultados estão a
caminho.
Nunca desistir é uma das citações mais importantes e motivacionais para os
atletas. Mesmo que a sua equipa seja esmagada pela equipa adversária, isso não quer
dizer que seja o fim de tudo. Você só tem a aprender com os seus erros, mudar, e treinar
ainda mais duro para a próxima competição.

Fonte: www.68.media.tumblr.com

Não seja modesto em relação aos seus talentos. Embora ninguém goste de um
atleta arrogante, você nunca será capaz de se superar a menos que você reconheça a
sua habilidade. Então, se você nasceu com a bênção de ter pernas muito rápidas, dê-
lhes o treino que elas merecem. Não relaxe, ou ignore a prática. Ajude-se a si mesmo a
tornar-se o melhor atleta que você pode ser e tire proveito das suas habilidades naturais.
Esta é talvez a citação motivacional mais negligenciada pelos atletas. Não estou a
falar de sorte de principiante, ou pura sorte, mas aquilo que você realmente quer
construir: a sorte de verdade, a sorte que depende de você. A verdadeira sorte é aquela
que você cria por si mesmo. Como atleta, você tem a chance de aumentar a sua sorte
através do treino e desenvolver em pleno o seu potencial. Aumenta assim as
probabilidades de ganhar em seu favor.
Por vezes, para um atleta a prática diária do treino pode ser aborrecida. Mas se
você estiver realmente comprometido em melhorar as suas capacidades, então o treino
tornar-se-á no grande motivador para o desempenho em competição. Até que ponto você
conhece os seus pontos fortes e fracos? Você não pode esperar realizar o seu melhor de
forma espontânea durante um jogo sem a prática correta. A boa prática leva à mestria.
Fonte: www.sorisomail.com

Depois de todas as citações que aqui lhe apresentei, resta-me lembrá-lo que a
motivação é algo do qual pode ter controlo. É algo em que pode trabalhar e depende
inteiramente de si. Depende da sua vontade. De 0 a 10 qual é o seu grau de motivação?
É de 4, de 6? O que é que acha que necessita fazer para conseguir atingir o nível 10? O
que é que isso implica o que é que o impede de desenvolver e fazer crescer a sua
motivação? A motivação é algo intrínseco, pode decidir aumentá-la como se estivesse a
aumentar a intensidade de uma lâmpada.
Numa das paredes do Comité Olímpico Norte Americano está escrita uma frase:
“Não apenas de 4 em 4 anos. Mas sim todos os dias”. Para além de conseguir trabalhar
no aumento de intensidade da sua motivação é igualmente importante desenvolver uma
consistência motivacional. A motivação deve permanecer no tempo e ser aplicada todos
os dias no treino e não apenas no dia da competição. A motivação funciona como uma
lente ao sol tem a capacidade de ampliar a sua dedicação e empenho.
O estudo da motivação no contexto da atividade física e do esporte tem sido alvo
de parte da literatura produzida na área da Psicologia do Esporte. Entretanto, alguns
estudos têm buscado verificar a motivação em atletas de alto rendimento que precisam
estar motivados para alcançar seus objetivos, conquistar recordes e vitórias. Outras
pesquisas centram-se na compreensão dos fatores e processos associados à adesão,
persistência e abandono da atividade física regular, buscando identificar o que motiva as
pessoas “não atletas” a praticar atividade física regularmente e, assim, deixar de serem
indivíduos sedentários.

Fonte: www.treinus.com.br

A atividade física (AF) é definida como “todo movimento corporal produzido pela
musculatura esquelética, que resulte em um gasto energético maior do que os níveis de
repouso”. Nessa definição percebe-se que a AF engloba os exercícios físicos e os
esportes, mas também o equivalente em gastos de energia em outros tipos de atividades,
como lazer ativo, trabalho ocupacional e tarefas domésticas.
A motivação para praticar AF, considerando como AF regular a prática de algum
tipo de exercício físico ou esporte. Os benefícios alcançados pela prática regular de AF
são inúmeros. Segundo a Organização Mundial de Saúde, esta prática reduz o risco de
mortes prematuras, doenças do coração, acidente vascular cerebral, câncer de cólon e
mama e diabetes tipo II. Atua na prevenção ou redução da hipertensão arterial, previne
o ganho de peso (diminuindo o risco de obesidade), auxilia na prevenção ou redução da
osteoporose, promove bem-estar, reduz o estresse, a ansiedade e a depressão.
Como afirma Miragaya (2006), há evidências científicas apontando que a prática
de AF é uma ferramenta essencial para a promoção da saúde, porque ela inibe o
surgimento e o desenvolvimento de fatores de risco que predispõem ao aparecimento de
disfunções crônico-degenerativas. Vários estudos epidemiológicos têm demonstrado que
indivíduos fisicamente ativos vivem mais que indivíduos sedentários e têm menor
propensão a desenvolver vários tipos de doenças crônicas.

Fonte: www.efdeportes.com

Entretanto, apesar de ser considerável o número de estudos que apontam a


importância da prática de atividades físicas na manutenção da saúde, no aumento do
bem-estar e da qualidade de vida em geral, tais razões não parecem ser suficientes para
levar indivíduos sedentários a praticarem e a se manterem praticando alguma AF por um
período superior a seis meses. De acordo com o Conselho Federal de Educação Física,
a evolução da indústria de bens de consumo tem deixado à vida cada vez mais
confortável, de modo que o aparato tecnológico e informacional contribui para que, a cada
dia, as pessoas façam menos movimento, aumentando, consequentemente, o risco ao
sedentarismo.
O sedentarismo, caracterizado pela ausência de AF regular, atualmente é
considerado tão prejudicial à saúde quanto qualquer outro tipo de doença, podendo
acarretar um custo econômico a médio e longo prazo, para o indivíduo, a família e para
a sociedade. Nesse sentido, pesquisas sobre motivação à prática de AF tornam-se
relevantes, a fim de viabilizar futuros estudos que visam minimizar o sedentarismo entre
a população. A motivação, um processo psicológico básico que auxilia na compreensão
das diferentes ações e escolhas individuais, é um dos fatores determinantes do modo
como uma pessoa se comporta.

Fonte: www s-media-cache-ak0.pinimg.com

A Teoria da Autodeterminação – TAD é um macro teoria da motivação humana


que tem relação com o desenvolvimento e o funcionamento da personalidade dentro dos
contextos sociais. Essa teoria analisa o grau em que as condutas humanas são volitivas
ou autodeterminadas, isto é, o quanto as pessoas realizam suas ações em um nível maior
de reflexão e se comprometem com essas ações de forma voluntária, por sua própria
escolha.
Dessa forma, o indivíduo pode ser motivado intrínseca ou extrinsecamente para
tentar satisfazer suas necessidades e, assim, atingir a autodeterminação. No contexto da
atividade física, a TAD serviu de respaldo teórico para o desenvolvimento de alguns
instrumentos de medida com a finalidade de investigar e medir a motivação à prática de
atividades físicas. Um desses instrumentos é a escala Motives for Physical Activity
Measure – MPAM, de Frederick e Ryan (1993), que mede três motivos para se praticar
AF: Interesse/Diversão; Competência e Motivos relacionados com o corpo.
Posteriormente, a revisão desta escala (Motives for Physical Activity Measure-
Revised – MPAM-R) foi feita por Ryan e cols. (1997) e a mesma passou a medir cinco
motivos:
1) Diversão, onde quer ser fisicamente ativo porque considera a atividade
divertida, o torna feliz, é interessante, estimulante e agradável;
2) Competência, que visa praticar atividade física para ser melhor naquela
atividade, encontrar desafios e adquirir novas habilidades;
3) Aparência, em que busca a atividade para se tornar mais atraente, ter músculos
definidos e alcançar ou manter um peso desejado;
4) Saúde, que refere-se a ser fisicamente ativo para ter saúde, força e energia;
5) Social, onde se busca praticar atividade física para estar com os amigos e
conhecer novas pessoas.

Fonte: www.s-media-cache-ak0.pinimg.com

Os achados de algumas pesquisas que utilizaram as escalas MPAM e MPAM-R


são apresentados a seguir. Frederick e Ryan (1993), contando com a participação de 376
adultos americanos praticantes de esportes individuais (tênis, iatismo) e exercícios físicos
(correr, aeróbica) e utilizando a MPAM, identificaram que os praticantes de esporte
pontuaram mais alto nos motivos de diversão e competência, enquanto os praticantes de
exercícios apresentaram médias maiores nos motivos relacionados ao corpo.
Fonte: www.2.bp.blogspot.com

Já na pesquisa realizada por Ryan e cols. (1997), com uma amostra composta por
40 estudantes de uma universidade americana, advindos de programas voluntários de
AF (não ofereciam créditos aos participantes), sendo 24 praticantes de tae kwon do e 16
praticantes de aeróbica, estes responderam a escala MPAM e algumas variáveis sobre
abandono e frequência da atividade.
Os resultados indicaram que os praticantes de tae kwon do (esporte)
apresentaram motivos relacionados com competência e diversão, enquanto os
praticantes de aeróbica (exercício físico) apresentaram motivos relacionados com a
aparência, não havendo diferença significativa no nível de adesão dos dois grupos.
Em um segundo estudo, desta vez utilizando a versão revisada da Escala de
Motivação à Prática de Atividades Físicas (MPAMR), esses mesmos autores
identificaram que a adesão foi associada com motivos centrados em diversão,
competência e interação social, mas não com motivos de aparência.
E no que se refere às diferenças de gênero, verificou-se que as mulheres
pontuaram mais alto que os homens nos fatores aparência e saúde, e ambos, homens e
mulheres, relataram a mesma ordem de significância para os cinco fatores: saúde,
aparência, competência, diversão e social. Em uma pesquisa realizada na Espanha por
Moreno, Cervelló e Martínez (2007), estes autores apresentaram a validação da MPAM-
R para o espanhol e buscaram comprovar os efeitos dos cinco motivos sobre o gênero,
a idade, a forma da atividade, o tempo e os dias de prática contando com a participação
de 561 adultos praticantes de atividades físicas não competitivas.

Fonte: www.previews.123rf.com

Os resultados indicaram que as pessoas de maior idade deram mais importância


aos motivos relacionados com a saúde, enquanto os mais jovens priorizaram os motivos
relacionados com a aparência. Em relação ao gênero, as mulheres deram menos
importância aos motivos de competência do que os homens. As pessoas que praticavam
por mais tempo apresentaram motivos de diversão e saúde, e os que praticavam há mais
dias apontaram motivos de saúde.
Os sujeitos que praticavam em programas orientados mostraram motivos
relacionados ao social, à saúde e à competência. Outras pesquisas sobre motivação à
prática de AF também foram conduzidas, no entanto sem utilizar as escalas MPAM ou
MPAM-R como instrumento de investigação. Por exemplo, na pesquisa de Hellín, Moreno
e Rodriguez (2004), esses autores contaram com a participação de 1107 praticantes de
AF da região de Murcia na Espanha, com idades entre 15 e 64 anos, e identificaram que
os sujeitos mais jovens tinham uma maior inclinação para as competições e uma maior
preocupação com a imagem corporal e a estética, enquanto os sujeitos com idade mais
avançada praticavam por motivos lúdicos, relaxantes e de relação.
Fonte: www.s-media-cache-ak0.pinimg.com

Em relação ao gênero, esses mesmos autores encontraram que as mulheres


apresentaram uma maior preocupação com a imagem corporal e a estética do que os
homens. Já em uma pesquisa realizada com estudantes universitários americanos por
Kilpatrick, Hebert e Bartholomew (2005), esses autores identificaram que os homens
apresentaram uma maior motivação acerca do desafio, competição, força, resistência e
reconhecimento social, enquanto as mulheres apresentaram maior motivação na variável
de controle do peso, e ambos, homens e mulheres, reconheceram a importância da AF
para um estado de saúde positivo.
Esses mesmos autores também verificaram que existia uma maior motivação entre
praticantes de exercício, para aspectos como força, resistência, aparência, controle do
estresse e controle do peso, enquanto os praticantes de esporte apresentaram maior
motivação para aspectos como afiliação, desafio, competição e reconhecimento social.
No Brasil, não foram encontradas pesquisas que tenham utilizado as escalas
MPAM ou MPAM-R para identificar motivos de adesão à prática de AF, entretanto alguns
estudos com praticantes não-atletas foram conduzidos, por exemplo, por Andreotti e
Okuma (2003), com a participação de 44 idosos que iniciavam a prática de AF, que
verificaram que as principais razões para a adesão inicial desses indivíduos em um
programa de AF foram: indicação de amigos, crença nos benefícios da AF para saúde,
indicação médica e busca de convívio social.
Já Santos e Knijnik (2006), num estudo com 30 adultos, com idades entre 40 e 60
anos, identificaram que os principais motivos iniciais de adesão à prática de AF foram:
ordem médica; lazer e qualidade de vida; estética e saúde (ou condicionamento físico).

Fonte: www.estudantes.educacao.ba.gov.br

Podemos definir a motivação basicamente como os motivos que nos levam às


ações em busca de nossas metas pessoais em diferentes aspectos de nossas vidas.
Pode ser exemplificada também como a direção e a intensidade de nossos esforços.
Seja, estudar para passar no vestibular ou treinar intensamente o ano todo para ganhar
um campeonato de natação, por exemplo. Motivação é uma “energia psicológica”, é a tal
“força de vontade”, “a paixão que move um individuo”, é aquilo que faz com que nos
comportemos de determinadas maneiras. Não há motivação sem busca por metas,
a motivação não pode ser compreendida como um único comportamento, mas sim como
uma gama de atitudes que desencadeiam e facilitam outras aprendizagens e habilidades
psicológicas (concentração, disciplina, atenção, autoconhecimento, autocontrole, auto
eficácia, autoconfiança, empenho, persistência).
ATIVIDADE FÍSICA

Fonte: www.saudemelhor.com

Atividade física é qualquer movimento corporal produzido pela musculatura que


resulte num gasto de energia acima do nível de repouso. Exemplos: caminhar para se
deslocar de um lugar a outro, passear com o cachorro, subir escadas, lavar o carro,
brincar com os filhos, dançar, cuidar do jardim, entre outros. A atividade física é,
segundo Caspersen (1985), "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos
esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso".
Podemos acrescentar que é também qualquer esforço muscular pré-determinado,
destinado a executar uma tarefa, seja ela um "piscar dos olhos", um deslocamento dos
pés, e até um movimento complexo de finta em alguma competição esportiva.
Recomendações de atividade física.
Fonte: www.lepafsdef.yolasite.com

A Organização Mundial de Saúde (OMS) (2010), apresenta diferentes


recomendações para a prática de atividade física, de acordo com cada faixa etária.
Para as crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 5 e os 17
anos as recomendações passam por, pelo menos, 60 minutos diários de atividade física
moderada a vigorosa. A maioria desta atividade deverá ser aeróbia, no entanto, pelo
menos 3 vezes por semana, deverão ser realizados exercícios que fortaleçam o músculo
e o osso.
As pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos devem realizar,
pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbia a uma intensidade moderada ou 75
minutos de atividade aeróbia a uma intensidade vigorosa. As atividades aeróbias deverão
ser realizadas em períodos mínimos de 10 minutos. Exercícios de fortalecimento
muscular devem ser realizados pelo menos 2 vezes por semana.
As recomendações para as pessoas com mais de 65 anos são iguais às
recomendações que apresentamos para os indivíduos com idades compreendidas entre
os 18 e os 64 anos. Apenas se acrescenta o treino para o equilíbrio para pessoas que
apresentam algum risco de queda
Fonte: www.institutopensi.org.br

Atividades físicas são os movimentos corporais produzidos pelos músculos


esqueléticos, que tem como resultado um gasto de energia maior do que os níveis de
repouso. Sendo assim, não são apenas os exercícios praticados dentro de uma
academia, ou durante uma corrida, eles estão presentes no nosso dia-a-dia ao varrer a
casa, ao caminhar até a parada de ônibus é importante tentar integrar de uma forma mais
abrangente a vida diária às atividades físicas, por exemplo: utilizar as escadas ao invés
do elevador, passear com o cachorro, ir ao supermercado a pé, fazer jardinagem, entre
outras formas.
Para que as atividades físicas se tornem mais benéficas e realmente melhorem a
qualidade de vida, é ideal ter um tempo reservado para exercícios físicos de uma forma
mais direcionada, como caminhada, musculação, natação, etc. A atividade física é
fundamental para todos independentes da idade, e quando combinada com uma
alimentação saudável, é possível garantir um corpo saudável e um grande bem-estar.

Importância das Atividades Físicas.

As atividades físicas, sem dúvida alguma proporcionam uma alta qualidade de


vida. Praticar exercícios regularmente ajuda a manter uma boa saúde mental e corporal,
em qualquer idade.
Mas, infelizmente essa não é a realidade que estamos vivendo, ao mesmo tempo
em que existem pessoas preocupadíssimas com a alimentação e com o corpo, existem
outras que se entregam cada vez mais ao sedentarismo. Pesquisas afirmam que mais
de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas, não praticam exercícios regulamente.
É possível observar um grande índice de aumento do sedentarismo, e consequentemente
da obesidade, que está diretamente ligado ao estilo da vida moderna. Hoje os exercícios
estão cada vez mais reduzidos, por conta da tecnologia que substitui práticas que antes
dependiam do nosso esforço, e também pelo tempo, que é cada vez mais acelerado e
escasso, as refeições precisam ser mais rápidas, e o tempo para as atividades físicas é
substituído pela televisão, computador, videogame etc.

Fonte: www.sthanke.com.br

Desde o seu surgimento, o homem já foi condicionado às diversas práticas físicas


e sempre foi ativo. Antigamente tudo o levava a se exercitar com grande frequência,
andava muito de um lugar ao outro, não tinha a ajuda dos transportes, o trabalho era
braçal, tudo era fruto do esforço. Com o passar do tempo, e principalmente com a
Revolução Industrial, a troca do campo pela cidade e o surgimento de máquinas e
transportes, passaram a favorecer a diminuição dessas atividades, que estão cada vez
mais reduzidas.
No Brasil, esse modo de vida acelerado e sedentário, é responsável por, em
média, 54% do risco de morte por infarto, e 50% do risco de morte por derrame cerebral,
duas das principais causas de morte no país.

Benefícios das Atividades Físicas.

Fonte: www.mignas70.files.wordpress.com

As atividades físicas são benéficas para todo o organismo, a começar pela


importantíssima função de fortalecer os ossos, articulações e músculos, proporcionando
mais resistência, flexibilidade, equilíbrio corporal, agilidade, e principalmente, um bom
condicionamento físico, melhorando as condições de funcionamento do sistema
cardiorrespiratório.
A qualidade de vida é muito maior quando se tem o hábito de praticar exercícios,
pois aumenta à disposição, a facilidade para certas coisas, melhora o sono, a
alimentação, o humor, o aspecto da pele, ajuda na superação de limites, na vida sexual,
entre outros milhares de benefícios.
Outro fator muito importante é o controle ou a perda de peso e a redução da
gordura corporal através dos exercícios. Pessoas com o peso inadequado, e com um alto
índice de gordura possuem grandes riscos de contraírem graves doenças, principalmente
as cardiovasculares.

Fonte: www.2.bp.blogspot.com

Quem possui hábitos corretos e uma rotina de atividades físicas, diminui cerca de
40% do risco de problemas no coração, pois ele trabalha de forma muito mais eficaz e
segura. Proporcionam também a redução da pressão arterial, do colesterol, e melhora a
diabetes. Alguns problemas respiratórios também podem ser resolvidos com a prática de
atividades físicas, pois ajudam a fortalecer os pulmões, fornece mais energia, fôlego,
oxigênio e nutrientes aos tecidos.
A atividade física ajuda o corpo a usar as calorias de forma eficaz e aumenta a
taxa metabólica nasal, portanto faz com que o organismo use mais calorias do que o
normal ao ser exercitado. Essa taxa metabólica é baseada nas funções do organismo,
como a respiração, digestão, frequência cardíaca e função cerebral.
Além de serem importantes em diversos aspectos do corpo, essas tarefas
beneficiam também a saúde mental, pois melhoram o fluxo de sangue para o cérebro,
levando mais oxigênio e nutrientes, regula as substâncias que estão ligadas ao sistema
nervoso, diminui o estresse, pois é relaxante para a mente e faz com que algumas
substâncias relacionadas a esse comportamento, sejam eliminadas.
Por auxiliar no comportamento do indivíduo, elas fazem com que o convívio social
seja melhor e mais tranquilo, aumentando também a disposição e a produtividade no
trabalho.

Fonte: www.busqueaqui.net

Os exercícios físicos são importantes também para cuidar das ansiedades,


depressões, autoestima e até para o tratamento de abstinência de drogas. Realizar essas
atividades é uma alternativa saudável para que o corpo e a mente elimine aos poucos a
necessidade de determinada substância.
Os benefícios da atividade física como melhorar a circulação sanguínea, fortalecer
o sistema imune e ajudar a emagrecer, podem ser alcançados em cerca de 1 mês após
o início da atividade física regular.
Outros benefícios da atividade física como aumento do metabolismo, diminuição
do risco de doenças cardíacas, fortalecimento dos ossos podem ser alcançados quando
o indivíduo faz alguma atividade física que tenha impacto como caminhadas, pular corda,
correr ou dançar, por exemplo. A dança ainda melhora a coordenação dos movimentos
e o equilíbrio, aumentando a boa disposição e o humor, melhorando a imagem corporal
e a autoestima.

Fonte: www.image.slidesharecdn.com

Além disso, praticar atividade física após os estudos é uma ótima estratégia para
consolidar o aprendizado devido ao aumento da circulação sanguínea cerebral e
aumento das catecolaminas que são essenciais para a memória. Saiba os exercícios
mais indicados e outras estratégias para melhorar o aprendizado durante a atividade
física.
Quem está acima do peso deve praticar exercícios pelo menos 5 vezes por
semana, durante 90 minutos, para poder queimar gordura. Idosos também podem fazer
exercícios e os mais indicados são aqueles que estão de acordo com a funcionalidade
do corpo. Em caso de dor nas articulações, deve-se dar preferência aos exercícios na
água, como natação ou hidroginástica, por exemplo.

Quem pode fazer atividade física.

A prática regular de atividade física é indicada para indivíduos de todas as idades.


No entanto, as crianças com menos de 12 anos devem preferir praticar esportes como
dança, futebol ou karatê, por exemplo, porque são exercícios que podem ser realizados
1 ou 2 vezes por semana e são mais indicados para esta faixa etária.

Os benefícios da atividade física para crianças e adolescentes incluem:


 Combater o excesso de peso;
 Melhorar a autoestima;
 Diminuir a depressão;
 Melhorar o desempenho escolar por melhorar a aprendizagem;
 Diminuir o estresse e o cansaço;
 Melhorar a postura;
 Melhorar a aparência da pele.

As crianças não devem fazer musculação, nem fazer exercícios extenuantes


diariamente, mesmo que esteja acima do peso. O exercício diário deve ficar restrito as
crianças atletas que devem ser acompanhadas por um profissional qualificado, durante
todo o treino.
Os adultos e a idosos, devem estar atentos ao peso, porque quando estão abaixo
do peso ideal não devem praticar exercícios regularmente para evitar o gasto calórico
excessivo.

Como começar a praticar exercícios.

Os exercícios devem ser realizados por todos, de todas as idades e de forma


regular, mas antes de começar a praticar exercícios, deixando de ser sedentário, deve-
se marcar uma consulta médica para verificar as articulações e o funcionamento
cardíaco, porque alguns pacientes só devem fazer exercícios com auxílio do professor
da academia ou fisioterapeuta.
Idealmente os exercícios devem ser realizados de 3 a 5 vezes por semana, mas
pode-se começar devagar, fazendo apenas 2 dias por semana, durante 30 a 60 minutos.
A partir da segunda semana, pode aumentar a frequência para 3 ou 4 dias, conforme a
disponibilidade de tempo.
Além disso, a atividade física também pode ser benéfica para quem sofre de dor
nas costas, ajudando a reduzir a dor, corrigir a postura e a alongar os músculos. Veja
como a atividade física pode aliviar a dor nas costas em Atividade física acaba com a dor
nas costas.

Alguns exemplos de exercícios:


 Treino de caminhada para emagrecer
 Treino de corrida para queimar gordura

Atividade física regular pode lhe ajudar a atingir e manter um peso saudável.
Ser fisicamente ativo também pode fazê-lo ter mais energia, melhorar seu humor
e reduzir o risco de desenvolver doenças crônicas.
Atividade física o ajuda a controlar seu peso corporal ao utilizar as calorias em
excesso que de outra forma seriam armazenadas como gordura. A maioria dos alimentos
que você ingere contém calorias, e tudo que você faz utiliza calorias, incluindo dormir,
respirar e digerir a comida. Equilibrar as calorias que você ingere com as que usam
através da atividade física o ajudará a atingir e manter um peso saudável.

Fonte: www.copacabanarunners.net

CALORIAS NOS ALIMENTOS > CALORIAS USADAS = GANHO DE PESO


CALORIAS NOS ALIMENTOS < CALORIAS USADAS = PERDA DE PESO
CALORIAS NOS ALIMENTOS = CALORIAS USADAS = CONTROLE DE PESO.
Tornando-se Fisicamente Ativo.

Fonte: www.espacoharmonico.com.br

Especialistas recomendam pelo menos 30 minutos de atividade física de


intensidade moderada na maioria ou mesmo todos os dias da semana. Para atingir e
manter um peso saudável, particularmente depois que tiver perdido uma grande
quantidade de peso, poderá ser necessário realizar 60 minutos ou mais de atividade física
de intensidade moderada todos os dias.
Atividades físicas podem incluir exercícios estruturados como caminhar, correr,
praticar basquetebol ou outros esportes. Você também pode incluir atividades cotidianas
como afazeres domésticos, trabalhos no jardim ou caminhar com o cachorro. Escolha
uma combinação de atividades estruturadas e cotidianas que encaixem no seu horário.
Se você tem estado inativo por um bom tempo, comece devagar e exercite-se por
até 30 minutos por dia num ritmo que seja confortável. Caso não seja capaz de fazer
exercícios por 30 minutos de uma vez, acumule atividades físicas durante o curso do dia
em sessões de 10-15 minutos.

Benefícios para a Saúde da atividade Física.

Atividade física regular o auxilia a controlar seu peso e pode ajudar a:


 Reduzir seu risco ou controlar doenças crônicas como diabetes tipo 2, pressão alta,
colesterol alto, doenças cardíacas, osteoporose, artrite e alguns tipos de câncer;
 Construir músculos articulações e ossos saudáveis;
 Melhorar o equilíbrio e flexibilidade;
 Prevenir a depressão;
 Melhorar o humor e sensação de bem-estar.

Atividade Física Aeróbica.

Você pode atingir seu objetivo com pelo menos 30 minutos de atividade física de
intensidade moderada fazendo atividades físicas aeróbicas. Exercícios aeróbicos
incluem qualquer atividade que o faz respirar mais rápido do que quando está
descansando e eleva a sua frequência cardíaca.
Especialistas recomendam exercícios de intensidade moderada. Nesse ritmo,
você pode respirar mais forte e achará mais difícil falar, mas ainda deve ser capaz de
manter uma conversa. Se você está começando, vá devagar ao exercício para ficar num
ritmo de intensidade moderada.

Para adicionar mais atividade física na sua vida diária tente:


 Dar uma caminhada em ritmo rápido ao redor do quarteirão com familiares, amigos
ou colegas de trabalho.
 Limpar as folhas do chão.
 Subir escadas no lugar de pegar o elevador quando for seguro fazer isso.
 Cortar a grama.
 Dar uma parada nas atividades em casa ou no trabalho levantar-se e alongar-se ou
dar uma caminhada.
 Estacionar seu carro distante das entradas das lojas, cinema ou de casa, e caminhar
a distância extra quando for seguro fazer isso.

Musculação.
Fonte: www.academiaboaforma.com.br

Musculação é outra forma de você alcançar os 30 minutos diários mínimos


recomendados de atividade física moderada. Musculação também o ajuda a queimar as
calorias extras e construir músculos, ossos e articulações fortes.
Especialistas recomendam musculação 2 a 3 dias por semana, com um dia inteiro
de descanso entre as sessões para permitir a recuperação muscular. Caso você seja
novato na musculação, e na atividade física em geral, considere contratar um persona
traine certificado que pode planejar um programa individualizado para ajudá-lo a
exercitar-se de forma segura e efetiva. Um persona traine que tenha graduação em
fisiologia do exercício deve ser capaz de ajudá-lo a alcançar seus objetivos na atividade
física.

Construa músculos e ossos fortes com treinamento de força. Tente:


 Levantar pesos
 Fazer exercícios com faixas elásticas
 Usar stability ou medicine balls
 Fazer flexões de braço e exercícios abdominais

Exercício para a Mente e Corpo.


Adicionalmente à atividade aeróbica e treinamento de força, você pode querer
incluir outras formas de exercícios no seu programa de atividade física. Alternativas aos
exercícios tradicionais provêm variedade e diversão. Eles também podem ajudar a
reduzir o estresse, aumentar a força e flexibilidade muscular e elevar os níveis de energia.
Exemplos desses exercícios incluem yoga, pilates e tai chi.

Mova-se no seu próprio ritmo e aproveite algumas dessas atividades:


 Caminhada rápida
 Jogging
 Andar de bicicleta
 Natação
 Aulas de exercícios aeróbicos (step, kick boxing, aeróbica).
 Dançar
 Praticar esportes (futebol, basquetebol).

Dicas para um Programa de Atividade Física Seguro e Bem Sucedido:

 Verifique seu estado de saúde com um profissional médico. Caso tenha problema de
saúde crônico como obesidade, diabetes, enfermidade cardíaca ou pressão alta,
pergunte ao seu médico que tipo de atividade física e qual a quantidade apropriada
para você.
 Comece devagar. Incorpore mais atividade física no seu dia-a-dia e gradualmente
atinja o objetivo de 30 minutos para melhorar sua saúde e controlar seu peso.
 Estabeleça metas. Tenha objetivos a curtos e longos prazos e comemore cada
sucesso.
 Trace o progresso. Mantenha um registro para traçar seu progresso. Anote quando
você se exercitou que atividade física realizou qual a duração e como se sentiu com
o exercício.
 Pense em variedade. Escolha uma variedade de atividades físicas para ajudá-lo a
alcançar seus objetivos, prevenir o tédio e manter sua mente e corpo desafiados.
 Esteja confortável. Use roupas e calçadas confortáveis e apropriadas à atividade
física que estiver fazendo.
 Escute o seu corpo. Interrompa a atividade física e consulte um médico caso sinta
incômodo ou dor no peito, tontura, dor de cabeça forte ou outros sintomas anormais
quando estiver exercitando-se. Se a dor não for embora, procure ajuda médica
imediatamente. Caso esteja sentindo-se fatigado ou doente, tire uns dias de
descanso. Você pode retornar ao seu programa de atividade física quando estiver
sentindo-se melhor.
 Coma alimentos nutritivos. Escolha uma variedade de alimentos nutritivos todos os
dias. Lembre-se que sua saúde e peso dependem tanto do seu plano de dieta como
do nível de atividade física.
 Tenha apoio. Encoraje sua família e amigos a apoiá-lo e acompanhá-lo em sua
atividade física. Forme grupos de caminhada com colegas de trabalho, brinque com
suas crianças ao ar livre ou tenha aulas de dança com os amigos.

Atividade física regular o ajudará a sentir-se melhor e ter movimentação e


aparência melhorada. Seja o seu objetivo atingir e manter um peso saudável ou melhorar
sua saúde, ficar fisicamente ativo é um passo na direção certa.
É comum ouvir entre os que frequentam academias de ginástica que pretendem
malhar o dobro na segunda-feira para compensar as refeições calóricas do fim de
semana. Há o senso comum de que o consumo excessivo de calorias pode ser revertido
pelo simples fato de praticar atividades físicas. E se todo esse esforço tivesse
pouquíssimo impacto no emagrecimento?
Pois a jornalista americana Julia Belluz, especialista da área de saúde, fez uma
análise com base em mais de 60 artigos científicos sobre exercícios e perda de peso.
Julia conversou com nove pesquisadores que atuam nessa área. A conclusão, publicada
no site de notícias Vox, revelou que, para quem quer emagrecer, a atividade física não é
a melhor solução. Pelo contrário: ela pode passar uma falsa impressão de eficácia e
dificultar a luta contra a obesidade, já que muitas pessoas se alimentam mal por acreditar
que o hábito é reparado pelas horas extras de malhação.
De acordo com Alexxai Kravitz, neurocientista e pesquisador sobre obesidade do
Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), dependendo do organismo de
uma pessoa comum – excluindo os atletas e os profissionais que trabalham com atividade
física -, é possível queimar apenas entre 10% e 30% da energia realizando exercícios
diariamente.

Fonte: http://www.imagenswhatsapp.blog.br

Deve-se levar em consideração que 100% da energia do organismo vem por meio
dos alimentos. Isso sugere que a melhor solução para perder peso está no mesmo local
onde se inicia todo o processo de engordar: na boca. Os verdadeiros impactos no corpo
são notados quando a pessoa passa também a administrar melhor quanto consome e
que tipo de alimentos está ingerindo.
Diz o nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, em São Paulo: “A
combinação entre dieta balanceada e atividade física é essencial. Mas não basta apenas
reduzir gasto calórico, pois o corpo busca energia nos músculos — o que é ainda pior.
Mas também não dá para acreditar que é possível perder peso apenas caminhando meia
hora diariamente”.
A importância da atividade física para a saúde, contudo, não é questionada e se
mantém fundamental para um corpo e mente saudável. Os benefícios vão desde a
redução da pressão arterial, das taxas de triglicérides no sangue e dos riscos de
desenvolver diabetes tipo 2 até melhor desempenho em habilidades cognitivas.

ASPECTOS COMPORTAMENTAIS

Fonte: www.unipvirtual.com.br

Frequentemente ouvimos falar de profissionais que foram contratados por suas


habilidades técnicas, mas demitidos devido a habilidades comportamentais não tão bem
desenvolvidas, digamos.
A grande verdade é que, desde a faculdade (principalmente para o pessoal de
cursos voltados a Exatas, como ocorre com o pessoal dos cursos relacionados
à Tecnologia da Informação), subestimamos muito as disciplinas relacionadas a
aspectos comportamentais, dando lhes pouca importância. Costumamos pensar que
basta ser bom tecnicamente e pronto.
As consequências negativas dessa atitude podem aparecer antes mesmo de
estarmos empregados, durante as entrevistas.
Da mesma forma que desprezamos por vezes o valor dos aspectos de
comportamento, acabamos sendo desprezados em entrevistas, preteridos. E o pior, sem
entendermos o porquê, já que a maioria das empresas não faz a mínima questão de
deixarem claros os motivos de suas escolhas, exceto pela resposta padrão “Seu perfil
não nos atende no momento”.
Mas quais são os aspectos comportamentais citados pelos diretores de RH das
empresas? Como podemos focar nos valores comportamentais mais desejados pelo
mercado?
Apenas para se ter uma ideia, a imagem acima lhe apresenta justamente essa
informação. Claro que a pesquisa tem suas restrições, mas serve para dar uma ideia de
como podemos priorizar nosso trabalho nesse sentido.

Fonte: www.igam.com.br

De acordo com Gramigna (2009) no atual contexto, competências são "repertórios


de comportamentos que algumas pessoas dominam melhor que outras, o que as faz
eficaz em uma determinada situação". Podemos também designá-las com a sigla CHAI -
reunião de conhecimentos, habilidades, atitudes e interesses que, em ação, diferenciam
umas pessoas das outras.
Segundo a autora as competências são observáveis na situação cotidiana de
trabalho e/ou em situações de teste, quando evidenciam de forma integrada atitudes
assertivas, características pessoais, conhecimentos adquiridos.
Para Betencourt (2001) o conceito de competência, construído com base na
análise das diversas correntes de estudo, compreende o processo contínuo e articulado
de formação e desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes de gestores a
partir da interação com outras pessoas no ambiente de trabalho, tendo em vista o
aprimoramento de sua capacitação, podendo, dessa forma, adicionar valor às atividades
da organização e da sociedade.

Fonte: www.marianaideiasforadacaixa.files.wordpress.com

Portanto, para a autora a ênfase refere-se à questão processual e contextual em


que a articulação e interação são aspectos fundamentais para o indivíduo, organização
e sociedade. Trata-se de uma abordagem dinâmica que privilegia a análise de
competências a partir da definição de noção e seleção de atributos de competência,
desenvolvimento e formação, acompanhamento e avaliação.
O que de fato irá diferenciar a competência de uma empresa ou de uma unidade
(divisão, departamento, serviço) não é a competência de seus membros. O diferencial
não depende tanto de seus elementos, mas da qualidade da combinação ou articulação
entre seus elementos.
A gestão por competências é uma nova tendência da gestão de pessoas.
Segundo Guarany (2003) ao estabelecer um modelo de gestão por competências, faz-se
necessário adotar algumas premissas básicas que balizarão as ações gerenciais:
Conscientização de que cada tipo de organização necessita de pessoas com perfis
específicos e que cada posto de trabalho existente na empresa tem características
próprias e deve ser ocupado por profissionais que apresentem um determinado perfil de
competências.
Reconhecimento de que aqueles que ocupam funções de liderança são
responsáveis pela oferta de oportunidades que permitam o desenvolvimento e a
aquisição de novas competências.
Crença de que sempre haverá a demanda para o desenvolvimento de novas
competências e o que hoje é exigido para a boa execução de um trabalho, poderá agregar
novas exigências amanhã.
O processo de implantação da gestão por competências deve fazer parte das
estratégias da empresa, no sentido de garantir agora que haja um mecanismo não
somente de auto desenvolvimento de carreira para os profissionais da empresa, como
também sejam otimizados os recursos de capacitação dos seus profissionais, já que com
o processo implantado o foco estará voltado para a eliminação dos hiatos de
competência.

Fonte: www.menthes.com.br

É importante ressaltar que, na ausência de ações de captação ou desenvolvimento


de competências, por parte da organização, essa lacuna tende a crescer. Isso porque a
complexidade do ambiente no qual as organizações estão inseridas faz com que sejam
exigidas cada vez mais novas competências. As próprias competências internas, já
disponíveis na organização, podem tornar-se obsoletas com o passar do tempo. Por isso,
é fundamental realizar periodicamente o mapeamento e planejar a captação e o
desenvolvimento de competências.
Nas semanas após a eliminação da Seleção Brasileira da copa do mundo, a
Psicologia Esportiva esteve constantemente presente, muitas matérias em jornais
eletrônicos e muitas opiniões – às vezes divergentes sobre a atuação da Psicologia na
Seleção Brasileira. Avaliar o trabalho realizado é uma tarefa difícil, o contexto não se
restringia só ao espaço que era oferecido para o trabalho da Psicologia do Esporte,
dependiam, também, de outras instancias e relações dentro da instituição.
A história da Psicologia do Esporte é longa, e muito relacionada com os
acontecimentos da 1ª e 2 ª guerra mundial, por exemplo. Por ser um assunto extenso, os
detalhes de sua construção serão abordados em próximos textos, procurando relacioná-
los com seu desenvolvimento enquanto área de especialidade da Psicologia. A Psicologia
do Esporte, atualmente, pode ser dividida em: Esporte de Alto Rendimento, Esporte
Educacional, Esporte Recreativo ou Tempo Livre e Esporte de Reabilitação. Nessas
áreas os profissionais trabalham com Ensino, Pesquisa e Intervenção, porém, quase
sempre se transita por essas três áreas.
No Esporte a aplicação comportamental tem sua base nos conceitos criados a
partir dos processos experimentais de laboratório, como, por exemplo, o Comportamento
Verbal. Um estudo realizado por Scala e Kerbauy (2005) utilizou o procedimento
encoberto de Auto Fala – onde o sujeito que emite o comportamento verbal é o ouvinte.
O objetivo do estudo foi verificar se, ao descrever para si a ação a ser executada e os
estímulos para o quais deveriam voltar sua atenção, os atletas melhorariam suas marcas
do salto em barreiras no atletismo. Os estímulos relevantes para a situação experimental
foram:
1- A auto fala pertinente ao momento da largada – VAI.
2- Auto fala como estímulo discriminativo para o momento de pular a barreira
da pista – PASSA.
3 – A descrição para si da ação a ser executada após a última barreira e atentar
para o fim do percurso – VAI.
Os resultados mostraram-se satisfatórios para quatro dos cinco participantes do
estudo. A comparação entre linha de base e fase de intervenção mostra melhoras no
tempo dos atletas. Geralmente nessa modalidade de experimento não há fase de
reversão ou retirada da variável experimental inserida anteriormente, pois não há como
medir se de fato o sujeito passou a não utilizar mais a variável inserida – neste caso o
comportamento encoberto. As medidas de eficácia, além da comparação entre linha de
base e fase experimental, conta também com o relato dos participantes, constituindo
dados importantes para a avaliação dos resultados.

Fonte: www.infojovem.org.br

As pesquisas sobre condicionamento operante verbal – e a publicação do Verbal


Behavior – permitiram o acesso aos comportamentos humanos complexos, possibilitando
ao analista do comportamento o estudo das variáveis que exercem controle sob o
comportamento, dentre estes estudos de comportamentos complexos e estudos das
variáveis, está a Psicologia do Esporte. Ainda, segundo O salto nos procedimentos
comportamentais aplicados ao esporte se deu a partir dos estudos sobre comportamento
verbal, onde a manipulação de variáveis passou a ser estendida para outros contextos –
extra laboratório – levando em conta a relevância social e a importância dos estudos para
a resolução de problemas do dia a dia (Kazdin 1978; De Cillo 2000, 2002) Na Publicação
de 1957 – Verbal Behavior – Skinner (1957) inicia o livro explicando que, o
comportamento verbal, assim como quaisquer outros comportamentos, também são
comportamentos operantes, são modelados e mantidos por suas consequências. As
consequências deste comportamento, disponibilizadas por um ouvinte da mesma
comunidade verbal, também são passíveis de Análise Funcional, permitindo aos
estudiosos dividir as relações em pequenas partes e analisá-las em separado, como por
exemplo, a análise funcional do comportamento verbal de um técnico durante o processo
de treinamento de um atleta e, consequentemente, como esse comportamento afeta o
responder do atleta.
Ao relacionar Psicologia do Esporte e Análise do Comportamento não há, no
entanto, um modo específico de intervir em cada situação. Como Analistas do
Comportamento sempre levamos em consideração o histórico de reforçamento do
sujeito, o que mantém o comportamento e como os elementos presentes no ambiente
exercem influência sob determinada resposta. Não partimos de uma média populacional
para o entendimento das relações e porque o sujeito se comporta de determinada
maneira. Para Scala (2000) um bom modo de desenvolver um programa de intervenção
é ter como base procedimentos que já demonstraram resultados em situações
semelhantes. Nesse sentido um bom repertório de pesquisa e analise funcional se faz
necessário, as variáveis a se analisar são amplas e envolvem não só o treino do atleta
em si, as condições institucionais surgem como um fator a ser levado em consideração.
Além do mais, formas de mensuração e demonstração (gráficos, tabelas e etc.) das
relações e o modo como o sujeito se comporta, servem não só para termos dados sobre
a intervenção pretendida, é um modo de aproximar equipes, explicitar quais resultados
se pretende alcançar.
Nesse momento, algumas coisas são necessárias para o profissional. (1) Um bom
repertório acerca dos conceitos básicos da análise do comportamento, (2) um bom
repertório de pesquisador – como não há uma receita geral para planejar intervenções, é
necessário saber identificar variáveis dependentes e independentes do contexto que se
pretende trabalhar. Mas porque isso é importante? Sabendo identificar, descrever e
controlar as variáveis, além de desenvolver um método consistente, o profissional
consegue explicar o que faz, por que faz e como o faz de modo claro, é capaz explicar
seus procedimentos para o técnico, atleta e outros profissionais das equipes, tornando
seu trabalho algo palpável e compreensível para outros profissionais.

Fonte: www.thumbs.dreamstime.com

Não só no contexto esportivo, mas em diversos campos, o trabalho da Psicologia


é feito em equipe, buscando – se a interdisciplinaridade, algo ainda difícil de alcançar,
ainda mais se pensarmos que o tropeço inicial vem dos nossos próprios limites e
preocupação em tornar a linguagem, e formas de explicação, acessíveis as outras áreas.
Uma aproximação e estudo prévio da modalidade em que se pretende trabalhar
também são interessantes, não são fatores determinantes, mas podem ser ótimo
norteador ao se planejar uma intervenção. As vivências anteriores de treinos e ajuda na
preparação de atletas para a competição, proporciona ao Analista do Comportamento,
no contexto esportivo, manipular variáveis de modo mais direto.
Por outro lado há procedimentos que visam simular ao máximo a situação de
treino, para que se torne similar a competição – Podem se iniciar com o comportamento
verbal do técnico e sua influencia sob o comportamento do atleta, tanto nos treinos, na
concentração minutos antes da competição ou na competição em si, ou no procedimento
de pareamento da música que os atletas utilizam ao percorrerem o caminho do vestiário
até o ring ao Ring ou Octagon aos exercícios de ativação fisiológica realizadas no treino.
Até mesmo o pareamento da música com estados de atenção como, por exemplo, a
utilização da musica durante os treinos, aliada aos procedimentos de treino discriminativo
para as situações relevantes – seja no treino tático e técnico tentando-se manter o atleta
não tão suscetível aos estímulos presentes na competição – torcida adversária, aquele
adversário que horas antes fez declarações provocativas.

Fonte: www.mensagens.culturamix.com

Por fim, a Psicologia do Esporte vem ganhando espaço se tornando conhecida e


procurada. É comum perguntas e questionamentos sobre o que fazer ou quais técnicas
utilizar. A atividade ou exercício físico também são comportamentos, logo, pode se dizer
que, estando o comportamento humano em todos e qualquer espaço que nos
encontremos. Assim, as leis comportamentais descritas e formuladas por Skinner (1957)
– estimulo discriminativo, comportamento operante, comportamento mantido por regra –
e Sidman (1989) – as implicações da coerção – por exemplo, se encontram nesses
ambientes.
A aproximação da analise do comportamento com o esporte e com a atividade
física ocorreu já no início da década de 70. Segundo Martin e Tkachuk (2001) o marco
do início da psicologia comportamental do esporte foi à publicação do livro O
desenvolvimento e controle do comportamento no esporte e educação física de Brent
Rushall e Daryl Siedentop, em 1972. Já naquela época os autores propunham diversas
estratégias para modelar, manter e generalizar habilidades esportivas. Posteriormente
Siedentop direcionou-se para a educação física enquanto Rushall focou seus trabalhos
junto ao esporte.

Fonte: www.oestadoce.com.br

No contexto do desenvolvimento da analise aplicada do comportamento foram


pesquisas de condicionamento operante do comportamento verbal, nas décadas de 50 e
60, que forneceram uma ponte direta entre os métodos de investigação de laboratório e
aplicações como a psicoterapia e a educação, inicialmente.
Em outras palavras: a partir de pesquisas com o comportamento verbal o analista
do comportamento teve acesso ao trabalho com tipos de repertórios complexos
considerados tipicamente humanos. Este passo possibilitou o desenvolvimento de
tecnologias comportamentais para o manejo de variáveis em outros ambientes além do
laboratório. O analista do comportamento, então, passou a aplicar os princípios de
laboratório em ambientes com um menor isolamento de variáveis, porém com uma maior
relevância social na medida em que se aproximava da solução de problemas do cotidiano
humano.
O esporte foi um dos campos contemplados neste período. Rubio (2000) aponta
para o grande desenvolvimento acadêmico e aplicado da psicologia do esporte
justamente nas décadas de 60 e 70. A divisão do campo de atuação, entre esporte e
educação física, merece algumas considerações.
O termo “esporte” tem sido utilizado de forma bastante abrangente, abarcando
toda forma de atividade física. Segundo Scala (2000) podemos dividir a atuação junto ao
esporte em quatro campos específicos: alto-rendimento; educacional; reabilitação; e
recreação ou tempo livre. O esporte de alto-rendimento pode ser caracterizado como
aquele que envolve competição e tem como objetivos a superação de marcas ou índices
e a obtenção de títulos. Não necessariamente estamos falando de saúde na medida em
que a busca pela superação, muitas vezes, leva os organismos dos atletas além dos seus
limites.

Fonte: www.vivomaissaudavel.com.br

O esporte de alto rendimento é, também, caracterizado em muitos países por um


alto investimento e envolvimento de organizações (como a FIFA e a CBF no futebol) que
possuem amplos poderes quanto ao controle das pessoas a elas submetidas. O trabalho
no analista do comportamento neste campo é, resumidamente, a análise do desempenho
esportivo e das variáveis das quais é função e, a procura pela melhoria deste
desempenho. Ao tratarmos especificamente do esporte de alto rendimento pode-se dizer
que a aproximação com a análise do comportamento foi facilitada por alguns fatores
relacionados às semelhanças tanto na mensuração como na manipulação de
comportamentos. Como se a folha de registro do analista do comportamento estivesse
para o scout utilizado pelo técnico para avaliar o desempenho de seus atletas.
Neste sentido o registro de respostas no esporte torna-se importante para
avaliação de linha de base em um desempenho atlético, a qual ira contribuir para a
escolha de técnica(s) apropriada(s) e da avaliação posterior dos seus resultados em
termos de mudanças comportamentais. Já o esporte educacional engloba desde a
atividade física para alunos de uma escola até projetos sociais que utilizem o esporte
como metodologia de ensino. Em um caso como no outro, a atividade física pode ser
utilizada para ensinar repertórios comportamentais de cuidados com a saúde,
discriminação de estados internos e de socialização. Portanto, a atuação do analista
neste campo, está voltada para o desenvolvimento da aprendizagem de repertórios
específicos, porém, nem sempre diretamente relacionados à atividade física.

Fonte: www.2.bp.blogspot.com

O esporte de reabilitação engloba desde o trabalho com pacientes hospitalizados


ou em recuperação que necessitem de um suporte para resgatar uma condição perdida
após um acidente, lesão ou doença temporária até o trabalho voltado para uma
readaptação de determinados sujeitos cujo evento anterior tenha ocasionado uma
mudança duradoura em sua condição de vida (a perda de uma perna em um acidente de
carro, por exemplo).
É importante dizer que o trabalho do analista do comportamento neste campo pode
envolver atletas lesionados ou a população em geral, sempre buscando a adesão dos
sujeitos ao tratamento. Por fim, o esporte de recreação ou tempo livre é aquele cujas
atividades estão destinadas à população como um todo. Geralmente o trabalho do
analista do comportamento ocorre junto ao planejamento e à execução de projetos do
governo, ou de instituições privadas, cujos objetivos são disponibilizar recursos humanos
e materiais para que a população participe de atividades de lazer em espaços públicos.
Dos campos apresentados anteriormente o esporte de alto rendimento tem sido o
mais contemplado pela literatura especifica. Basicamente os pesquisadores desta área
tem procurado testar e descrever procedimentos voltados para a melhora do
desempenho esportivo. Scala (2000) apresentou uma revisão de literatura na qual
evidenciou as técnicas mais frequentemente utilizadas e descritas em relatos de pesquisa
específicos da área de Psicologia do Esporte. São elas: estabelecimento de metas,
prática encoberta (também conhecida como visualização), auto fala e relaxamento.

Fonte: www.3.bp.blogspot.com

Na maioria das vezes tais técnicas são aplicadas na forma de pacotes. O


estabelecimento de metas consiste em um rearranjo de contingências a partir do
planejamento de treino e competição, na medida em que se percebe que os objetivos
anteriormente estabelecidos possuem poucas chances de serem alcançadas. Em outras
palavras busca-se estabelecer metas graduais, para as quais se direcionam
comportamentos que possam efetivamente produzir os resultados esperados. Muito
comum é ouvir de um atleta ou de uma equipe que seu objetivo é “ser campeão”, ou
“chegar ao lugar mais alto do pódio”.
Bom, para chegar até lá é necessário estabelecer um plano que contemple cada
etapa até as finais da competição em disputa, sendo que cada qual exige certos tipos de
comportamentos específicos.

Fonte: www.s2.glbimg.com

Vale dizer que quanto mais alto for o degrau objetivado maior será a exigência
para se alcançá-lo. Um aspecto importante do estabelecimento de metas é a referência.
Ou seja, a meta a ser buscada deve ser sempre estabelecida de forma clara, objetiva e
em comparação com os resultados anteriores do próprio atleta.
Neste sentido a comparação com os resultados de outro (s) atleta (s) podem ser
prejudiciais. Em uma modalidade que exige tantas habilidades o progresso pode ser
razoavelmente lento e, assim sendo, pode ser que grandes desempenhos sejam o
produto de anos de aprimoramento. Assim, faz-se necessário empreender um
planejamento de curto, médio e longo prazo, durante os quais os progressos da atleta
sejam mensurados a partir da comparação de seus próprios resultados ao longo do
tempo.
Fonte: www.4.bp.blogspot.com

A comparação com os resultados de outro (s) atleta (s) dificilmente levará em conta
os processos pelos quais o (s) outro (s) tenha (m) passado. Pode ser frustrante e
prejudicial, principalmente para iniciantes. Talvez seja necessário, inclusive, desenvolver
mais os fundamentos da modalidade (habilidades básicas) para garantir a classificação
as fases finais, e posteriormente desenvolver repertórios mais complexos, refinados e
variados. Tão importante quanto o planejamento é a avaliação de desempenho.
A comparação objetiva entre os números aponta para os produtos do treinamento,
assim como seus sucessos e fracassos. Deste modo é possível reorganizar a preparação
da atleta, privilegiando seus pontos fracos e mantendo os fortes.

BIBLIOGRAFIA
BRUCE, Carlos. Conheça os Benefícios da Atividade Física. Disponível em
<https://www.tuasaude.com/beneficios-da-atividade-fisica/> Acesso em 25/04/17.

CILLO, Eduardo Neves P. de. Analise do Comportamento e Esporte. Disponível


em <http://abpmc.org.br/arquivos/publicacoes/140536866221af9267.pdf> Acesso em
25/04/17.

CTI. Vinicius. Aspectos Comportamentais Mais Valorizados Por Empresas Segundo


Pesquisa. 2013. Disponível em <http://carreiradeti.com.br/aspectos-comportamentais-
mais-valorizados-por-empresas-segundo-pesquisa/ > Acesso em 25/04/17.

FERNANDES, Thiago . Aspectos Comportamentais, Motivacionais e Desempenho


do Projeto do Trabalho. 2009. Disponível em <
http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/aspectos-comportamentais-
motivacionais-e-desempenho-do-projeto-do-trabalho/34405/> Acesso em 25/04/17.

FONTES, Hélio Augusto Ferreira. Atividade Física Regular e Controle de Peso.


Disponível em < http://www.copacabanarunners.net/regular.html> Acesso em 25/04/17.

GONÇALVES, Marina Pereira, ALCHIERI, João Carlos. Motivação à Prática de


Atividades Físicas: Um Estudo Com Praticantes Não-Atletas. Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/pusf/v15n1/13.pdf> Acesso em 25/04/17.

KERDNA. Atividades Físicas. Disponível em <http://atividades-fisicas.info/> Acesso em


25/04/17.

LUCAS, Miguel . 8 Citações Super Motivacionais Para Atletas. Disponível em


<http://www.escolapsicologia.com/8-citacoes-super-motivacionais-para-atletas/> Acesso
em 25/04/17.

MELO, Carolina. A Atividade Física Emagrece? A Ciência Finalmente Responde.


Revista Veja, 2016. Disponível em <http://veja.abril.com.br/saude/a-atividade-fisica-
emagrece-a-ciencia-finalmente-responde/> Acesso em 25/04/17.

SANTOS, Alberto . A Análise do Comportamento no Contexto da Psicologia do


Esporte. Disponível em <http://www.comportese.com/author/alberto-santos> Acesso em
25/04/17.
SIQUEIRA, Nathália Ferreira, TICIANELLI, Giovanna. Psicologia e Esporte: O Papel da
Motivação. Disponível em
<https://www.fam.br/imagens/noticias/arquivos/o_papel_da_motivacao.pdf> Acesso em
25/04/17.

ZANETTI, Marcelo Callegari, LAVOURA, Tiago Nicola, MACHADO, Afonso


Antonio. Motivação no Esporte Infanto Juvenil. Disponível em
<http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/view/8637847> Acesso
em 25/04/17.

Você também pode gostar