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PSICODIAGNÓSTICO
Ponto que me chama atenção é sobre a narrativa, quando ouvimos a narrativa de pais
por exemplo, como citado no texto, mostra-se mais do que os fatos acontecidos, mas as
suas maneiras de significar esses fatos, suas percepções e sentimentos. Então, se um fato
acontece e na visão do narrador, é algo negativo, seu tom, comunicação não verbal e o
próprio relato, se direcionam para um discurso tendencioso. Com tudo, isso também nos
ajuda a compreender quem está contando a história.
Outro ponto importante, o texto traz exemplo da queixa de uma tia, que relata o
sofrimento da sobrinha, e que, ao longo da sessão, é descoberto que o sofrimento na
verdade, é dela mesmo. Evidenciando que, ao narrar a história do outro, trazemos
conosco, na maior parte das vezes involuntariamente, a nossa história, e que quando é
possível compreender isto e vivenciar a própria experiência, facilita o processo de
tratamento. “O espaço do psicodiagnóstico interventivo é esse espaço que possibilita
mudanças; na medida em que algo pode ser experienciado e falado, uma transformação
ocorre; uma transformação não meramente cognitiva, intelectual, mas existencial.”
Por fim, escutar o outro é estar diante da tarefa de compreender as significações que a
narrativa tece, investigas os sentidos e sentimentos ali impregnados.
Ser psicólogo não é saber mais sobre o outro do que ele mesmo sabe. Nós, psicólogos,
devemos saber esperar que o processo se desenvolva e não explicar as situações a partir
de referências teóricas externas e classificar os clientes em categorias pré-estabelecidas.
O psicodiagnóstico interventivo é um processo artesanal que parte da experiência vivida
pelas pessoas, narrada e compartilhada nas várias histórias