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Organização:

Diagramação e arte de capa


Vilson Rodrigo Diesel Rucinski

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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 4

1 CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO ........................................................................... 5

2 O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL ............................................................................ 6

3 O PERFIL DO EMPREENDEDOR ...................................................................................... 8

4 AS MUDANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES E AS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO .......... 9

5 INOVAÇÃO COMO VANTAGEM COMPETITIVA ............................................................ 10

6 CRIATIVIDADE E VISÃO EMPREENDEDORA ............................................................... 11

7 DA IDEIA AO EMPREENDIMENTO ................................................................................. 13

8 MODELO DE NEGÓCIOS (BUSINESS MODEL CANVAS) ............................................. 14

9 PLANO DE NEGÓCIOS ................................................................................................... 16

10 ASPECTOS LEGAIS DE UM EMPREENDIMENTO ....................................................... 18

11 ANÁLISES ESTRATÉGICAS DE MERCADO ................................................................ 19

12 DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA DE NEGÓCIO – SWOT ................................................ 20

13 MARKETING PARA EMPRESAS EMERGENTES ......................................................... 22

CONCLUSÃO...................................................................................................................... 25

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 26

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APRESENTAÇÃO
Prezado acadêmico, essa apostila retrata uma síntese do movimento
proporcionado pelo empreendedorismo nas empresas. O empreendedor é um
elemento importante no cenário mercadológico, o mesmo contribui para o crescimento
econômico, geração de emprego e renda. Os conhecimentos dispostos nessa apostila
serão importantes não só no decorrer dessa disciplina, mas também para sua vida
profissional.

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1 CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO
Conforme o dicionário Aurélio:
Empreender é iniciar ou tentar fazer algo, já o empreendedorismo deriva da
palavra empreender, cujo significado é propor-se a executar, pôr em prática, temos
ainda o empreendedor que é o indivíduo que possui capacidade para idealizar
projetos, negócios ou atividades, pessoa que empreende, que decide fazer algo difícil
ou trabalhoso.
A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e significa
aquele que assume riscos e começa algo novo. Antes de partir para definições mais
utilizadas e aceitas, é importante fazer uma análise histórica do desenvolvimento da
teoria do empreendedorismo.
O ensino de empreendedorismo tem se intensificado nos últimos anos,
principalmente devido aos avanços tecnológicos e a alta conectividade social na
atualidade. As rupturas tecnológicas trouxeram consigo fatores que oportunizam o
desenvolvimento do empreendedorismo criando novas relações de trabalho e
impactando no desenvolvimento econômico de cidades, estados e países.
Para Schumpeter (1949), o empreendedor é aquele que destrói a ordem
econômica existente pela introdução de novos produtos e/ou serviços, pela criação de
novas formas de organização ou pela exploração de novo recursos e materiais. Essa
é uma das visões mais antigas a cerca do conceito de empreendedor, mas talvez a
que melhor reflita o seu impacto nos dias atuais. Segundo Dornelas (2008),
empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para
capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados.
O empreendedorismo é a propulsão por trás da inovação e do crescimento
sustentável na maioria das economias. Por meio dele, novas ideias e abordagens,
tecnologias avançadas, ferramentas para incremento da produtividade e produtos de
alto valor agregado são continuamente introduzidos nos negócios e nos mercados.
Enfim, empreender corresponde à tomada de iniciativas por meio da busca de
soluções inovadoras, que vão ao encontro de soluções de problemas tanto
econômicos, quantos sociais, tecnológicos, pessoais ou quaisquer outros que
possibilite o início de um empreendimento.

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2 O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
Você Sabia?
Até 1784 o comércio era movimentado por produtos manufaturados em casa,
em escala artesanal. Uma grande parte desses produtos eram os tecidos produzidos
em tear manual. Para ganho de escala, a tecnologia a vapor foi adicionada ao tear
manual, mecanizando o processo e proporcionando o surgimento da indústria que
motivou a primeira revolução industrial.
Em 1870 teve início a segunda revolução industrial, destacando a utilização
da energia elétrica para acionar as linhas de produção. Essa revolução foi marcada
pela expansão em série, conceito utilizado na linha de montagem do Ford T. No final
da década de 60 o controlador lógico programado (CLP), e a eletrônica foram
integrados ao controle das máquinas tornando-as mais flexíveis, avançando com a
utilização de robôs e redes de comunicação o que caracterizou a terceira revolução.
A quarta revolução industrial começou a ser observada em 2010, devido a
demanda de produtos personalizados e o fácil acesso as tecnologias habilitadoras,
esse período é marcado pelas bases da era digital com uma internet muito mais
onipresente e móvel.
O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na
década de 1990, quando entidades como SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de
Software) foram criadas.
Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação
de pequenas empresas. Os ambientes político e econômico do país não eram
propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-
lo na jornada empreendedora.
O SEBRAE é um dos órgãos mais conhecidos dos pequenos empresários
brasileiros, que buscam junto a essa entidade todo suporte de que precisam para
iniciar sua empresa, bem como consultorias para resolver pequenos problemas
pontuais de seu negócio.

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O histórico da Softex pode ser confundido com o histórico do
empreendedorismo no Brasil na década de 1990. A entidade foi criada com o intuito
de levar as empresas de software do país ao mercado externo, por meio de várias
ações que proporcionavam ao empresário de informática a capacitação em gestão e
tecnologia.
Foram com os programas criados no âmbito da Softex em todo país, junto a
incubadoras de empresas e a universidade/cursos de ciências da
computação/informática, que o tema empreendedorismo começou a despertar na
sociedade brasileira. Até então, palavras como plano de negócios (business plan)
eram praticamente desconhecidas.
Empreendedores brasileiros de destaque na atualidade:
Luiza Heleno Trajano (Magazine Luiza): considerada pela revista Forbes uma
das mulheres mais poderosas do Brasil. Em um ramo altamente competitivo como é
o de varejo, Luiza ganhou destaque e alcançou o sucesso com uma empresa que hoje
conta com mais de 1000 lojas pelo país.
Alexandre Costa (Cacau Show): O primeiro trabalho do empresário foi encher
pneus em um posto de gasolina e ajudar a mãe a vender cosméticos de porta em
porta, até que aos 17 anos, motivado a conquistar sua independência financeira,
resolveu retomar um projeto antigo de sua família, e passou a distribuir ovos e trufas
de chocolate artesanais pelos comércios alimentícios da cidade, iniciando assim um
negócio que seria mais tarde, conhecido como a Cacau Show.
Luiz Antônio Seabra (Natura): fundou a Natura a empresa brasileira do ramo
de cosméticos é presença cativa no rol dos nomes de grandes empreendedores
brasileiros. Iniciou sua carreira aos 15 anos na multinacional Remington Rand, logo
depois entrou para um pequeno laboratório em São Paulo, aos 27 anos recebeu uma
proposta de sociedade onde a Natura nasceu.

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3 O PERFIL DO EMPREENDEDOR
É comum observarmos alguns elementos quase que essenciais nos
empreendedores de sucesso, entre eles estão a:
• Motivação para uma iniciativa e persistência para a permanência ao
criar um novo negócio a paixão pelo que faz.
• Competência de analisar as possibilidades do cenário e criar estratégias
inovadoras, utilizar recursos disponíveis de forma eficiente e enxuta.
• Habilidade para assumir riscos calculados utilizar recursos disponíveis
de forma criativa, transformando de forma eficaz o ambiente social e econômico onde
atua.
Reflita! O perfil empreendedor é nato, ou pode ser desenvolvido?
As características do empreendedor podem ser desenvolvidas com muito
empenho e dedicação, as competências podem ser aprendidas. Para empreender,
não basta ter uma grande ideia, é preciso criar, manter e sustentar. Algumas
características são essenciais aos empreendedores como a:

1. Criatividade
2. Iniciativa
3. Pensamento estratégico
4. Autoconfiança
5. Otimismo
6. Resiliência
7. Adaptação
8. Manejo da ansiedade e riscos
9. Desejo de protagonismo

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4 AS MUDANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES E AS
OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO
Segundo Magaldi e Salibi (2018), o crescimento do mercado de consumo
trouxe consigo o surgimento de inúmeras novas empresas que, como consequência
gerou o aumento da concorrência em um ritmo jamais visto na história. A adoção das
tecnologias permitiu um conhecimento ampliado de seus clientes, as empresas
começaram a desenvolver estratégias individualizadas concebendo o consumidor
como um indivíduo único, a partir daí, houve a migração do mercado de massa para
o de nicho, onde consumidores passaram a receber uma atenção personalizada.
A inovação ganhou força, pois a transformação do ambiente de trabalho exige
que as empresas inovem constantemente em seus negócios para estar aptas para
atender as novas demandas do mercado consumidor.

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5 INOVAÇÃO COMO VANTAGEM COMPETITIVA
A internet provocou uma nova fase na adoção tecnológica, que pode ser
traduzida como a era digital. O mundo foi tomado pela revolução da internet e surgiu
o que ficaria conhecido como o momento bolha das empresas ou “ponto.com”
registrado em 10 de março de 2000, com a apresentação do índice elevado da bolsa
de valores norte-americana Nasdaq, um dos destinos favoritos das empresas de
tecnologia, esse foi o marco e inicio para a chamada era digital.
Segundo Magaldi e Salibi (2018), O mundo já havia percebido a influência de
um dos fenômenos mais relevantes do mundo da gestão com forte impacto da
sociedade: o empreendedorismo. Foi o século em que a Apple que nasceu de uma
garagem com Steve Jobs e Steve Wozniak materializou o conceito de inovação.
Empresas inovadoras catalisam desejo e necessidades de um novo
consumidor, consolidam suas competências, transmitem a percepção de serem
desconexas, mas tem um eixo comum: a centralidade no consumidor. Como exemplo
no contexto atual temos: Google, Facebook, Amazon, Netflix, Nubank, entre outras,
tiveram uma maior atenção às transformações do cenário mercadológico, quando
identificadas e percebidas as oportunidades, inovaram e proporcionaram uma
evolução dos seus negócios.

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6 CRIATIVIDADE E VISÃO EMPREENDEDORA
Não basta ter a criatividade e inovar, é necessário ter uma visão
empreendedora, por isso é importante:

Identificar e Avaliar Oportunidades


• Criação e abrangência da oportunidade
• Valores percebidos e reais da oportunidade
• Riscos e retornos da oportunidade
• Oportunidades x habilidades e metas pessoais
• Situação dos competidores

Desenvolver o Plano de Negócios


• Sumário executivo
• Análise de mercado
• Plano de marketing
• Plano operacional
• Plano financeiro
• Análise de cenários

Determinar e Captar recursos Financeiros


• Recursos pessoais
• Recursos de amigos ou parentes
• Investidores anjos
• Bancos
• Governo
• Incubadoras

Gerenciar o Negócio
• Estilo de gestão
• Fatores críticos de sucesso

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• Identificar problemas atuais e potenciais
• Implementar um sistema de controle
• Profissionalizar a gestão
• Entrar em novo mercados

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7 DA IDEIA AO EMPREENDIMENTO
Talvez um dos maiores mitos em relação ao empreendedorismo e inovação
seja que eles devam ser únicos. O fato de uma ideia para uma inovação ser ou não
ser única não importa. O importante é como o empreendedor utiliza a oportunidade
para o seu negócio, seja ela inédita ou não, de maneira que esse produto ou serviço
oferecido faça a empresa crescer no cenário em que está inserida.
As oportunidades são únicas e um empreendedor com a mentalidade
preparada as observa e abraça, aproveitando o momento para desenvolver um novo
produto ou serviço para alcançar um novo mercado ou até mesmo estabelecer uma
parceria que o diferencie dos seus concorrentes.

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8 MODELO DE NEGÓCIOS (BUSINESS MODEL CANVAS)
O Bussiness Model Canvas, ou simplesmente Canvas, é uma ferramenta
criada por Alexander Osterwalder para planejar um negócio. Por meio do Canvas, o
empreendedor consegue definir o modelo de negócio da sua empresa, em nove
blocos estruturados para atender as atividades chave da empresa necessárias para
gerar valor aos seus clientes.
A vantagem dessa ferramenta é que ela permite sintetizar a ideia de negócio
em apenas uma página, uma técnica simples e rápida, que possibilita visualizar os
aspectos estratégicos da empresa. Conforme já citado, o Canvas possui nove blocos
de visualização, que são intitulados e caracterizados pelas análises da proposta de
valor, seguimentos de clientes, canais, relacionamento com clientes, fontes de receita,
atividades chave, recursos principais, parcerias principais e estrutura de custos.
• Proposta de valor
A proposta de valor é o primeiro bloco do Canvas, nele o empreendedor
identifica qual o valor estará oferecendo aos seus clientes, qual é a dor que a empresa
irá sarar, qual necessidade será atendida ou qual problema será resolvido.
• Seguimentos de clientes
Em seguimentos de clientes, o empreendedor direciona o seu negócio para
um nicho, ou seja, um público em especifico que deseja atender. Aspectos
importantes devem ser considerados como, comportamento e localização do cliente,
qual a idade, qual o perfil entre outros aspectos.
• Canais
Nesse bloco o empreendedor irá analisar quais os canais, ou seja, quais os
meios serão utilizados para chegar ao seu cliente, seja com comunicação e marketing
como também processos logísticos. Esse é um bloco importante pois reflete como os
clientes irão acessar a informação do seu produto ou serviço, adquiri-lo e recebe-lo.
• Relacionamento com clientes
Esse bloco é fundamental para o negócio, pois envolve a linguagem com o
público-alvo, o posicionamento de mercado, a maneira que o empreendedor se
conecta com o cliente, seja em atendimento físico ou digital, nesse bloco é importante
considerar meios para atrair, aumentar e reter clientes.
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• Fontes de receita
Esse bloco traduz como a empresa vai gerar lucro, será vendendo um produto
ou serviço, será por meio de aluguel, será por taxas entre outros. Esse é um item
importante, pois o empreendedor precisar entender o fluxo financeiro do cliente e
descobrir o quanto ele estará disposto a pagar e como eles pagariam.
• Atividades chave
Como o próprio nome diz, nesse bloco o empreendedor deverá elencar quais
as atividades indispensáveis para manter o negócio funcionando. Como por exemplo
uma pizzaria: lavar, cozinhar, servir, receber entre outros.
• Recursos principais
Os recursos principais seguem a lógica das atividades chave, então é
necessário que o empreendedor pesquise e verifique quais os recursos necessários
e indispensáveis para fazer com que as atividades chave aconteçam. Para guiar a
busca dos recursos principais vale perguntar, quais os recursos necessários para
atender a minha proposta de valor.
• Parcerias principais
As parcerias principais envolvem o networking, grandes empreendedores tem
um networking bem desenvolvido e ativo. Aqui é necessário que o empreendedor
reflita sobre sua rede de fornecedores e parceiros que ajudam a melhorar a
performance da sua empresa.
• Estrutura de custos
Nesse último bloco, defina quais custos serão necessários para manter o seu
negócio no mercado, descreva as despesas os investimentos sejam eles fixos ou
variáveis. Vale lembrar que quase todos os blocos anteriores geram algum custo,
reflita sobre eles.

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9 PLANO DE NEGÓCIOS
Diferente do Canvas o plano de negócios é um documento utilizado para
descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa a ser
criada. Sua elaboração envolve o processo de aprendizagem empreendedora e
autoconhecimento, e permite que ao empreendedor situar-se ao ambiente de
negócios o qual está se inserindo. Normalmente as seções de um plano de negócios
são padronizadas para facilitar o entendimento, cada seção tem um propósito
específico que envolve o negócio que está para ser criado.
• Sumário executivo
O sumário executivo é um resumo do plano de negócios. Não se trata uma
introdução ou justificativa e, sim de um sumário tendo seus pontos mais importantes
como, principais pontos do plano de negócios, dados do empreendimento, missão,
visão e valores da empresa, setores de atividades, forma jurídica, enquadramento
tributário, capital social e as fontes de recurso.
• Análise de mercado
Essa é uma das etapas mais importantes para elaboração do plano de
negócios. Pois sem clientes, não há negócio. Os clientes não compram apenas
produtos, mas soluções para algo que precisam ou desejam. Você deve identificar
essas soluções.
• Plano de Marketing
Nesse momento, é importante descrever os principais itens que serão
ofertados, sejam eles produtos ou serviços. Informe as linhas de produtos ou serviços,
especificando detalhes, tamanho, embalagem, rótulos entre outros. Para empresas
de serviços atente-se para quais serviços serão prestados, suas características e
garantias.
• Plano Operacional
É nesse momento em que você define o layout, como será a distribuição dos
setores da empresa e dos recursos necessários para que ela funcione, como
mercadorias, matéria-prima, equipamentos, móveis entre outros.
• Plano Financeiro

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Nessa etapa do plano de negócios, você irá determinar o total de recursos a
ser investido para que a empresa comece a funcionar. O investimento total da
empresa é composto pelos investimentos fixos, capital de giro e investimentos pré-
operacionais.
• Construção de Cenários
Ao terminar o plano de negócios, é importante que o empreendedor simule
cenários com valores e situações diversas para sua empresa. Preparar cenários
pessimistas com a queda das vendas provocada por uma pandemia por exemplo, e
um cenário otimista com o crescimento do faturamento da empresa e redução das
despesas e a partir de então, a proposta é pensar em ações para prevenção das
adversidades ou então para potencializar as situações favoráveis.

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10 ASPECTOS LEGAIS DE UM EMPREENDIMENTO
Antes de abrir uma empresa, se faz necessário ter uma definição de quais
atividades exercidas, sua empresa prestará, para registro correto na Classificação
Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), para que tributos sejam corretamente
cobrados. O CNAE também é obrigatório para órgãos públicos, ONGs, autônomos
e empresas agrícolas.
São categorizados três universos para a classificação e enquadramento das
organizações, são eles: Classificação Empresarial, o Enquadramento Tributário e a
Receita Bruta da Empresa. O novo empreendedor, também deverá ficar atento as
legislações trabalhistas e aos direitos do código de defesa do consumidor.

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11 ANÁLISES ESTRATÉGICAS DE MERCADO
Todo negócio deve ter ao menos uma missão e uma visão de futuro para
cumprir, além dos valores que serão consagrados por esse novo negócio. Esses
elementos norteiam o negócio e devem ser claros e para que todos os envolvidos
saibam o que, como e onde fazer para colaborar com o rumo que o negócio irá tomar.
Uma missão, visão e valores bem definidos tornam o negócio racional uma vez que
as ações e decisões estratégicas são orientadas para o atendimento desses.
Definidos esses elementos, o próximo passo é a elaboração de um plano estratégico
para conduzir os processos para alcance dos objetivos da empresa.
Missão: é definida pelo seu propósito
Visão: é a declaração de onde a empresa quer chegar
Valores: ditam a maneira de como a empresa irá se comportar para cumprir
seus objetivos alinhados a missão e visão.

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12 DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA DE NEGÓCIO – SWOT
A formulação da estratégia empresarial é feita por meio de vários e diferentes
métodos e análises. A formulação da estratégia faz parte de um todo maior que
denominamos como gestão estratégica.
A análise SWOT tem como objetivo estratégico, analisar o ambiente interno e
externo do negócio. Comumente é apresentada em um retângulo dividido em quatro
partes onde: S (Strengts) representa a força; W (Weaknesses) representa fraqueza;
O (Opportunities) representa oportunidades e T (Threats) representa as ameaças.
Conforme Dornelas (p.157, 2001), esses ainda são separados por ambiente
externo (Oportunidades e Ameaças), onde a intenção de análise é monitorar as
tendências que afetarão negativamente ou impactaram de forma positiva no seu
negócio e ambiente interno (Forças e Fraquezas), onde a intenção é efetuar uma
análise honesta e significativa identificando fragilidades do negócio e desenvolver
vantagens competitivas a partir dos pontos fortes apresentados.
Curiosidade! No Brasil a análise SWOT é comumente conhecida como análise
FOFA, F (forças), O (oportunidades), F (fraqueza) e A (ameaças. Após a realização
da análise SWOT ou FOFA é importante o empreendedor crie um planejamento
estratégico alinhado com os objetivos e propósitos da empresa.

Imagem 01: Análise SWOT

Fonte: Elaborada pela professora Ma. Samantha Dorabiato

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Exemplo de análise do ambiente interno
Força: engajamento da equipe, integridade e agilidade dos processos,
confiabilidade e transparência nas informações.
Fraquezas: ruídos na comunicação; clima organizacional desfavorável e falta
de conhecimento técnico da equipe.
Exemplo de análise do ambiente externo
Oportunidades: disrupturas tecnológicas, posicionamento nas mídias sociais
e aumento de interesse do público-alvo
Ameaças: novos concorrentes, regulamentações ou decretos, e o
posicionamento incorreto nas mídias.
Implementação da Estratégia
Com a análise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, procura-se
definir a melhor estratégia, ou seja, verificar qual será o melhor caminho para atingir
a missão, visão e contribuir com os valores e objetivos do negócio.
Após a definição da estratégia, o passo seguinte é implementa-la.
Implementar a estratégia é tão importante quanto elabora-la, esse é um grande
desafio que envolve apresentar e explicar para todos os envolvidos no negócio como
tudo irá funcionar e quais serão os processos para estratégia aconteça e tenha
sucesso.
Avaliar a estratégia é acompanhar seus resultados e realizar ajustes quando
necessários e em tempo hábil, é importe adequá-la aos cenários que estão cada vez
mais voláteis.

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13 MARKETING PARA EMPRESAS EMERGENTES
A palavra marketing vem do inglês market, que significa mercado. O marketing
corresponde a todos as atividades que envolvam o posicionamento da empresa, do
produto ou serviço no mercado consumidor, diante disso podemos dizer que a
principal função do marketing é fazer com que os produtos cheguem da melhor forma
ao consumidor final.
As estratégias de marketing são métodos que o empreendedor deverá utilizar
para atingir os objetivos do negócio, algumas das metodologias utilizadas é a análise
do Ciclo de Vida do Produto, a Matriz BCG e o Composto de Marketing, também
chamado de Mix Marketing e popularmente conhecido como os 4P´s.
Ciclo de vida do produto ou serviço
É comum que produtos e serviços tenham um ciclo, que comumente passam
por quatro etapas clássicas. A introdução, o crescimento, a maturação e o declínio.
É importante apresentar aos envolvidos no negócio em qual estágio o produto ou
serviço está, as especificações das etapas levam a uma condução de uma melhor
estratégia de posicionamento no mercado. O ciclo de vida do produto e/ou serviço,
pode ser alinhado com a análise da matriz BCG.
• Introdução
• Crescimento
• Maturação
• Declínio

Análise do Produto ou Serviço - Matriz BCG


É imprescindível que o empreendedor se atente e realize uma análise da sua
carteira de produtos e/ou serviços, bem como as perspectivas de cenário
mercadológico. Existem várias técnicas que podem corresponder a análise da carteira
de produtos ou serviços, uma delas é a Matriz BCG. A Matriz BCG analisa dois
aspectos de mercado, o crescimento e participação relativa.
Dúvida: é quando o produto ou serviço nasce, ele é uma incógnita, o
empreendedor não sabe ao certo se ele ganhará uma fatia de mercado com ele.

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Estrela: é quando o produto se populariza e ganha o mercado, fica conhecido
e cai na boca do povo, no bom sentido.
Vaca Leiteira: nesse momento o produto está dando resultados e
aumentando as receitas da empresa.
Abacaxi: é aqui que a coisa complica, nesse momento o produto está em
declínio, já não é mais destaque entre os consumidores e o empreendedor precisa
avaliar o que fará com ele.

Imagem 02: Representação do ciclo de vida do produto e a matriz BCG

Fonte: AM3D Marketing. Disponível em: https://medium.com/. Acesso em: 10/03/2021.

Composto de Marketing - Mix Marketing ou 4 P´s


Para Philip Kotler, que popularizou esse conceito, os 4 P´s do marketing são
variáveis controláveis pelas empresas. Portanto, são decididas internamente, no
momento do planejamento e conforme os objetivos de marketing, pra influenciar as
respostas dos consumidores.
• Produto
O produto busca direcionar e posicionar as estratégias para atender as
expectativas, necessidades e desejos do público-alvo. É importante que nesse
processo o negócio estabeleça uma conexão com seu público levando a fidelização
dos clientes. É aqui que se analisa a marca, a embalagem, a variedade de produtos e
serviços, o desenho da loja (layout), o clima da loja, etc.
• Preço
A partir do preço a empresa busca formas tangíveis para atingir o mercado,
uma política de preços bem elaborada pode criar demanda para os produtos e

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serviços ofertados pela empresa. No preço é importante avaliar os planos de crediário
oferecidos, cartões de crédito ou débito, combos, descontos etc.
• Praça
A praça se refere aos canais de distribuição dos produtos e serviços, eles
envolvem os canais de marketing, à distribuição direta do produto ou serviço ao
consumidor final. Na praça podemos considerar aspectos relevantes como,
localização, estoque, armazenagem, transporte adequados, etc.
• Promoção
A promoção é responsável pela comunicação com o público-alvo, a
publicidade e propaganda devem ser consideradas e em especial a escolha dos
veículos de comunicação para um alcance efetivo. Na promoção é possível ponderar
o uso adequado, a quantidade e periodicidade dos veículos de publicidade e
propaganda como as mídias sociais, displays, outdoors, televisão, rádio entre outros.

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CONCLUSÃO
Vimos nessa apostila que a arte do empreendedorismo é algo que pode ser
ensinado, seja na criação do próprio negócio ou na busca por inovações para evolução
constante de uma empresa. O fundamental é saber como identificar, avaliar e agarrar
uma oportunidade. Agora você já tem o domínio sobre os conceitos, perfil e
metodologias que podem auxiliar o processo empreendedor, desejamos que a partir
daqui, sua mente esteja preparada para abraçar as oportunidades e que você tenha
sucesso em sua jornada acadêmica e profissional.

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REFERÊNCIAS
BIZZOTO, C. E. N. Plano de negócios para empreendimentos inovadores.
São Paulo: Grupo GEN, 2008. 9788522468232. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522468232/. Acesso em: 04
Mar 2021.
DORNELAS, J. Empreendedorismo, transformando ideias em negócios.
São Paulo: Editora Empreende, 2021. 9786587052083. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786587052083/. Acesso em: 04
Mar 2021.
GARCIA, S. Gestão 4.0 em tempos de disrupção. São Paulo: Editora Blucher,
2020. 9786555500059. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555500059/. Acesso em: 04
Mar 2021.
KURATKO, D. F. Empreendedorismo: teoria, processo, prática – Tradução
da 10ª edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2018.
9788522125715. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125715/. Acesso em: 04
Mar 2021.
SALIBI, J.; MAGALDI, S. O Que As Escolas De Negócios Não Ensinam.
[Digite o Local da Editora]: Editora Alta Books, 2019. 9788550808260. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788550808260/. Acesso em: 04
Mar 2021
SALIM, C. SILVA, N. C. Introdução ao Empreendedorismo. São Paulo: Grupo
GEN, 2009. 9788595154414. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154414/. Acesso em: 04
Mar 2021
SANMYA, T.; JOANA, R. Inovação na prática. Rio de Janeiro - RJ: Editora Alta
Books, 2020. 9786555201574. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555201574/. Acesso em: 04
Mar 2021.
SYED, M. Ideias Rebeldes. São Paulo: Editora Alta Books, 2021.
9788550815237. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788550815237/. Acesso em: 04
Mar 2021.

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