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ESTUDO DE

DIAGNÓSTICO -
EDIFÍCIO NO BAIRRO
DO LORDELO
PATOLOGIA E REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS
DARA LETÍCIA ROCHA FRANÇA – UP202202677
FAHEEM MAHOMED KHAN - UP201908689
ISABELLA DO SOCORRO NEVES MERGULHÃO – UP202201816
MARIA LUIZA ALVES DOS PASSOS - UP202204165
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

Objeto - edifício e envolvente:

• Edifício 13 do Bairro de Lordelo;


• Década de 1970;
• Possui habitações das tipologias
T1 e T3;
• 4 pisos elevados;
• Possui outros edifícios similares
ao redor.
DESCRIÇÃO DOS
ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS
DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

Cobertura

• Cobertura inclinada; 4 águas; Chapas de fibrocimento; Apoiada inferiormente em


uma cornija em betão armado; Restante: apoiada em vigotas pré-fabricadas de
betão apoiadas sobre muretes em alvenaria de tijolo vazado.
DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

Paredes de fachada

• Alvenaria de tijolo à vista; Pano exterior totalmente apoiado; Placas de


fibrocimento fixas mecanicamente entre os vãos envidraçados e as lajes
inferiores e superiores; Nas janelas das instalações sanitárias apenas existem
placas de fibrocimento acima dos vãos.
DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

Vãos envidraçados
• Quartos e salas: janelas de
guilhotina com caixilharias de
madeira e estores exteriores em
plástico de cor branca;
• Instalações sanitárias: janelas de
abrir com caixilharias de madeira
e sem estores exteriores;
• Vidro simples;
• Peitoril em madeira com orifícios
salientes.
DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

Dispositivos de ventilação

• As cozinhas possuem dispositivos de extração de ar; Não existem orifícios


específicos de ventilação; A admissão de ar ocorre pelas janelas assim como a
exaustão nas instalações sanitárias; Chaminés coletivas.
DESCRIÇÃO DAS
PATOLOGIAS
OBSERVADAS
DESCRIÇÃO DAS PATOLOGIAS

• Degradação das telhas de fibrocimento e


desenvolvimento de microorganismos.
DESCRIÇÃO DAS PATOLOGIAS

• Empenamento da alvenaria de • Destacamento de betão e exposição


tijolos. das armaduras com corrosão.
DESCRIÇÃO DAS PATOLOGIAS

• Destacamento da alvenaria de tijolo, • Destacamento de betão e


próximo a junta de dilatação. Degradação exposição das armaduras com
ou inadequado tratamento das juntas de corrosão.
dilatação.
DESCRIÇÃO DAS PATOLOGIAS

• Caixilharia degradada com zonas • Desenvolvimento de microrganismos


apodrecidas. na face interior das paredes exteriores
e dos tetos.
RESULTADOS DE
SONDAGENS E
INTERPRETAÇÕES
DAS MEDIDAS
EFETUADAS
RESULTADOS: CARACTERIZAÇÃO DOS ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS
Cobertura

341%

• Coeficiente de transmissão térmica (U): 4,41 W/(m².ºC)


• Valor de referência (Portaria 138-I/2021): 1,00 W/(m².ºC)
RESULTADOS: CARACTERIZAÇÃO DOS ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS
Paredes de fachada

70%
Parede Dupla:
• Coeficiente de transmissão térmica (U): 1,04 W/(m².ºC)
Parede Simples:
Valor de referência
(Portaria 138-I/2021 ):
• Coeficiente de transmissão térmica (U): 1,51 W/(m².ºC)
1,50 W/(m².ºC)
Pilar:
• Coeficiente de transmissão térmica (U): 2,55 W/(m².ºC)
RESULTADOS: CARACTERIZAÇÃO DOS ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS
113%
Vãos envidraçados
• Coeficiente de transmissão térmica (U)
- Instalações Sanitárias: 5,1 W/(m².ºC)
• Coeficiente de transmissão térmica
42%
(U) - Quartos: 3,4 W/(m².ºC)
• Valor de referência(Portaria 138-
I/2021 ): 2,4 W/(m².ºC)
RESULTADOS:CARACTERIZAÇÃO DOS ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS
Dispositivos de ventilação Admissão do ar ->
Garantir que hajam orifícios que garantam a entrada de
ar, principalmente, na estação fria.

Passagem de ar no interior ->


Há necessidade de que hajam aberturas permanentes
que garantam a circulação dos compartimentos principais
para os de serviço, como aberturas na base da porta;
Evacuação do ar ->
Instalações sanitárias
As aberturas devem estar localizadas 2,1 m, pelo menos,
acima do pavimento e tão distantes quanto possível da
porta de acesso.
Cozinha
As aberturas de evacuação de ar das cozinhas devem ser
localizadas sobre o fogão dentro da embocadura da
chaminé
CAUDAIS-TIPO DOS COMPARTIMENTOS DO T1
Ventilação
conjunta

ÁREA VOLUME ADMISSÃO DE AR EVACUAÇÃO

COMPARTIMENTO m² m³ (l/s) (m³/h) (l/s) (m³/h)

Cozinha 6,7 16,08 - - 25 90

Instalação sanitária 5,1 12,24 - - 17 60

Quarto 9,6 23,04 8 30 - Segundo a Portaria


-
1037/2002, para ventilação
conjunta, admitir a soma do
Sala 14,7 35,28 17 60 volume
- dos compartimentos
-
princpais para determinar o
caudal, ficando ambos com
60 m³/h
RESULTADOS: FENÔMENOS FÍSICOS - VENTILAÇÃO

Dispositivos de ventilação

Renovação do ar por hora muito acima do valor mínimo, o que indica perda excessiva de calor
no apartamento.
RESULTADOS: FENÔMENOS FÍSICOS - HORAS DE DESCONFORTO
TÉRMICO
Número de horas de desconforto térmico
RESULTADOS: FENÔMENOS FÍSICOS - CONFORTO TÉRMICO

Conforto térmico

Cozinha Inst. Sanitárias


RESULTADOS: FENÔMENOS FÍSICOS - CONFORTO TÉRMICO

Conforto térmico

Sala Inst. Sanitárias


CAUSAS DAS
PATOLOGIAS
POSSÍVEIS CAUSAS

• Envelhecimento prematuro dos materiais e


proximidade do edifício do mar.
POSSÍVEIS CAUSAS

• Degradação superficial dos tijolos • Expansão provocada pela corrosão das


de face à vista. armaduras.
POSSÍVEIS CAUSAS

• A ausência de juntas adequadas e • Expansão provocada pela


deformações de carácter higrotérmico dos corrosão das armaduras.
ladrilhos devido às variações
dimensionais.
POSSÍVEIS CAUSAS

• Infiltrações que ocorreram devido • Condensações superficiais que


à deficiente configuração da ocorreram nas paredes, devido,
ligação da caixilharia e do peitoril principalmente, à ventilação
com a ombreira. insuficiente do compartimento.
METODOLOGIA
PARA O
TRABALHO DE
REABILITAÇÃO
REABILITAÇÃO

Cobertura

• Remoção das telhas de fibrocimento;


• Remoção dos elementos estruturais de suporte;
• Aplicação de isolamento térmico (lã de rocha) e de reboco;
• Montagem do telhado, com substituição do material antigo.
REABILITAÇÃO

Cobertura
• Novo Coeficiente térmico: U= 0,8 W/(m².ºC) < 1,50 W/(m².ºC)
- Laje Horizontal:
- Reboco, com 0,02 m de espessura;
- Isolamento térmico de lã de rocha, com 0,04 m de espessura;
- Laje de betão armado, com 0,15 m de espessura.
- Reboco, com 0,015 m de espessura.
ORÇAMENTO

Cobertura

MAPA DE TAREFAS E QUANTIDADES

Referência Tarefa Unidade Qtd. €/unidade €/total

1 Remoção de chapas de fibrocimento m² - 10 -

2 Remoção da estrutura de alvenaria do telhado. m² - 42 -

3 Aplicação de isolamento térmico e reboco m² - 50 -

4 Reconstrução do telhado com chapas de fibrocimento novas m² - 110 -

TOTAL 212€/m²
REABILITAÇÃO

• O revestimento em ladrilhos cerâmicos • Eliminação do betão degradado e


teria de ser removido. Execução das juntas limpeza da superfície;
de acordo com a capacidade de
deformação dos ladrilhos e a elasticidade • Reparação das armadura;
da camada. • Reconstituição do betão.
REABILITAÇÃO

• Remoção dos tijolos na parte dos pilares. • Remoção das placas de fibrocimento já existentes.

• Aplicação de isolamento térmico. • Aplicação de isolamento nas paredes simples.


• Aplicação de novas placas de fibrocimento
• Aplicação de tijolos de menor espessura. (celulósicas).
REABILITAÇÃO
Novos Coeficiente térmicos:
- Pilar:
- Alvenaria de tijolo de maciço, com 0,07 m de espessura;
- Isolamento térmico de lã de rocha, com 0,04 m de espessura; U= 0,745 W/(m².ºC) < 1,5
W/(m².ºC)
- Pilar de betão armado, com 0,185 m de espessura.

- Paredes simples :
- Placas de Fibrocimento com fibras celulósicas, com 0,013 m de espessura;
- Espaço de ar, com 0,01 m de espessura; U=
- Isolamento térmico de lã de rocha, com 0,03 m de espessura 0,55 W/(m².ºC)
<
- Reboco de impermeabilização, com 0,02 m de espessura; 1,5 W/(m².ºC)
- Pano interior de alvenaria, com 0,11 m de espessura;
- Reboco interior, com 0,015 m de espessura.
ORÇAMENTO

Fachada
MAPA DE TAREFAS E QUANTIDADES

Referência Tarefa Unidade Qtd. €/unidade €/total

1 Remoção do pano exterior de tijolos no pilar, com martelo pneumático. m² - 8,5 -


2 Aplicação de isolamento térmico. - 18 -

3 Aplicação de tijolos. m² - 50 -

4 Remoção das placas de fibrocimento já existentes. m² - 10 -

5 Aplicação de isolamento térmico. m² - 18 -

6 Aplicação de novas placas de fibrocimento. m² - 115 -

TOTAL 219,5/m²
REABILITAÇÃO

Vãos envidraçados

• Substituição dos vãos envidraçados.


ORÇAMENTO

Vãos envidraçados
MAPA DE TAREFAS E QUANTIDADES

Referência Tarefa Unidade Qtd. €/unidade €/total

Demolição de janelas em madeira com 2 folhas, incluindo aduelas, guarnições, triagem, depósito,
1 Unidade 4 56,29 225,16
transporte, reciclagem e/ou colocação dos resíduos em vazadouro.

2 Janelas de vidro duplo (1,80m x 1,00m) Unidade 3 279,00 837

3 Janela de vidro duplo (0,88m x 0,58m) Unidade 1 139,00 139

4 Instalação das janelas Unidade 4 150,00 600

5 Reboco, emassamento, pintura m² 2,92 17,50 51,1

TOTAL 1852,26
ORÇAMENTO

Vãos envidraçados
REABILITAÇÃO

Ventilação

• Criação de um sistema de extração do ar do compartimento natural ou mecânico.


REABILITAÇÃO

Ventilação: admissão do ar

Abertura para fachada na caixa de


estore

Área = 70 cm²

Sala e Quarto
REABILITAÇÃO

Ventilação interior

Há absorvente
Frinchas entre Aberturas nas sonoro para
2,5 a 3,1 cm portas atenuação dos
ruídos aéreos
REABILITAÇÃO

Ventilação: evacuação do ar

Banheiro

Ventiladores individuais

Caudal-tipo: 60 m³/h

Área úteis de abertura: 150 cm²,


diâmetro de 100 cm
REABILITAÇÃO

Ventilação: evacuação do ar Cozinha

Extrator

Caudal-tipo: 90 m³/h

Funcionamento mecânico,
contínuo e individual

Diâmetro de 110 cm
BIBLIOGRAFIA

http://www.geradordeprecos.info/reabilitacao/calculaprecio.asp?Valor=3|0_0|5|QUC010|quc_010:c3_0_1c13_0|cubiertas_inclinadas_
sys:_0

https://decortips.com/pt/exterior/vantagens-do-uso-do-fibrocimento-na-sua-fachada/

https://prudencio.pt/pt/perigos-do-amianto-para-a-sua-saude/

https://optolov.ru/pt/raschet-materialov/fibrocementnye-paneli-dlya-naruzhnoi-otdelki-doma-fasadnye-paneli-iz.html

https://orcamentos.eu/fichas-de-rendimento-com-precos-de-demolicoes/

https://www.habitissimo.pt/orcamentos/janelas-duplas

https://www.leroymerlin.pt/produtos/portas-janelas-e-escadas/janelas/janelas-de-parede/janela-de-aluminio-artens-correr-180x100cm-
82456221.html?gclid=CjwKCAiAv9ucBhBXEiwA6N8nYO00bnCImjcwY7y6wqeoECeCYvX7AsdGmSR1PVeTkSAHLrTA_a3SSBoCzs0QAvD_BwE

https://www.bricoweb.pt/janelas-oscilobatentes-pvc/239-janela-88x58cm-l-x-a-pvc-oscilobatente-vidro-duplo-dir-cando-
8711283331799.html
ANOTAÇÕES
ESTUDO DIAGNÓSTICO - EDIFÍCIO NO BAIRRO DO LORDELO
PATOLOGIA E REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS
Dara Letícia Rocha França – up202202677
Faheem Mahomed Khan - up201908689
Isabella do Socorro Neves Mergulhão – up202201816
Maria Luiza Alves dos Passos - up202204165

Descrição do Edifício:
Trata-se do edifício 13 do Bairro de Lordelo construído na década de 1970. Possui
habitações das tipologias T1 e T3, com pisos elevados. Ao redor, tem-se outros edifícios
similares.
Descrição dos Elementos Construtivos:
A cobertura inclinada, possui 4 águas em chapas de fibrocimento, apoiada
inferiormente em uma cornija, quando é arremate de um edifício, tem como função
principal desviar as águas pluviais que descem pelo telhado das paredes externas. em
betão armado e o restante: apoiada em vigotas pré-fabricadas de betão apoiadas sobre
muretes em alvenaria de tijolo vazado.
As paredes da fachada são em alvenaria de tijolo à vista. Sendo o pano exterior
totalmente apoiado. As placas de fibrocimento fixas mecanicamente entre os vãos
envidraçados e as lajes inferiores e superiores. Nas janelas das instalações sanitárias
apenas existem placas de fibrocimento acima dos vãos.
Os vãos envidraçados dos quartos e salas são em janelas de guilhotina com
caixilharias de madeira e estores exteriores em plástico de cor branca, das instalações
sanitárias são em janelas de abrir com caixilharias de madeira e sem estores exteriores.
Sendo os mesmos em vidro simples e com o peitoril em madeira com orifícios salientes.
Os dispositivos de ventilação existentes nas cozinhas possuem dispositivos de
extração de ar, não existindo orifícios específicos de ventilação. A admissão de ar ocorre
pelas janelas assim como a exaustão nas instalações sanitárias, chaminés coletivas.
Descrição das Patologias Observadas:

Imagem 01 Imagem 02

Nas Imagens 01 e 02 são observadas a degradação das telhas de fibrocimento e


desenvolvimento de microorganismos.
Imagem 03 Imagem 04

Na Imagem 03 é observado o empenamento da alvenaria de tijolos. Na Imagem


04 é observado o destacamento de betão e exposição das armaduras com corrosão.

Imagem 05 Imagem 06

Na Imagem 05 é observado o destacamento da alvenaria de tijolo, próximo a junta


de dilatação. Degradação ou inadequado tratamento das juntas verticais de dilatação
estrutural. Na Imagem 06 é observado o destacamento de betão e exposição das
armaduras com corrosão. Degradação da pintura das caixilharias de madeira.

Imagem 07 Imagem 08

Na Imagem 07 é observado que a caixilharia degradada com zonas


apodrecidas. Ocorrência de infiltrações através dos vãos envidraçados. Na Imagem 08 é
observado o desenvolvimento de microrganismos na face interior das paredes exteriores
e dos tetos.
Resultados de sondagens e intepretações das medidas efetuadas:
a. Cobertura:

Imagem 09 Imagem 10

Tabela 01
A cobertura possui o coeficiente de transmissão térmica (U): 4,41 W/(m².ºC)
sendo o valor de referência (Portaria 138-I/2021): 1,00 W/(m².ºC).
A tabela usada foi a de constrangimentos técnicos pois notou-se a existência de
alguns, tais como:
− Risco de pontes térmicas
− Valor econômico no caso de correção das pontes térmicas
− Risco de um valor de inércia térmica baixo

b. Paredes e fachada

Imagem 11 Imagem 12
Tabela 02
As paredes e fachada possuem o Coeficiente de transmissão térmica (U):
Paredes Duplas: 1,04 W/(m².ºC)
Parede Simples: 1,51 W/(m².ºC)
Pilar: 2,57 W/(m².ºC)
Sendo o valor de referência (Portaria 138-I/2021): 1,50 W/(m².ºC).
A tabela usada foi a de constrangimentos técnicos pois notou-se a existência de
alguns, tais como:
− Risco de Pontes térmicas
− Dificuldade na execução
− Risco de um valor de inércia térmica baixa, consequentemente riscos para a saúde.

c. Vãos envidraçados:

Imagem 13

Tabela 03
Os vãos envidraçados das instalações sanitárias possuem o coeficiente de
transmissão térmica (U) - 5,1 W/(m².ºC), o dos quartos (U) - Quartos: 3,4 W/(m².ºC),
sendo o valor de referência(Portaria 138-I/2021 ): 2,4 W/(m².ºC).
Resultados: Fenômenos físicos - ventilação:
a. Dispositivos de ventilação:

Tabela 04

Tabela 05
A renovação do ar por hora é muito acima do valor mínimo determinado pela
norma, o que indica perda excessiva de calor no apartamento.
b. Número de horas de desconforto térmico:

Gráfico 01 Gráfico 02
De acordo com os gráficos podemos notar que na cozinha e nas instalações
sanitárias, há um maior número de horas de desconforto em relação ao frio, que deve se
aos meses de inverno. E nos restantes compartimentos da casa podemos notar um número
de horas de desconforto por calor, que deve se aos meses de verão.

c. Número de horas de desconforto térmico:


De acordo com os gráficos executados para o conforto térmico, notamos que estes
não cumpriam a norma ASHRAE-55 nos meses de Inverno, na cozinha e nas instalações
sanitárias.

Causas das Patologias Observadas:

Imagem 14 Imagem 15

Nas Imagens 14 e 15 as possíveis causas são envelhecimento prematuro dos


materiais face às solicitações de carácter higrotérmico.

Imagem 16 Imagem 17

Na Imagem 16 as possíveis causas são a degradação superficial dos tijolos de face


à vista. Na Imagem 17 as possíveis causas são: o destacamento do betão observado
resultou da expansão provocada pela corrosão das armaduras. A corrosão é o resultado
de fenómenos electro-químicos que transformam o ferro em hidróxido de ferro. As
principais causas do processo de corrosão neste caso terão sido: a carbonatação do betão,
a deficiente espessura da camada de protecção que envolvia as armaduras, a qualidade
do betão que condiciona a velocidade de penetração do CO2 e a elevada concentração de
cloretos, dada a localização do edifício num ambiente marinho.

Imagem 18 Imagem 19
Na Imagem 18 as possíveis causas são: o descolamento observado resultou,
principalmente, da ausência de juntas verticais adequadas entre os ladrilhos cerâmicos e
nas deformações dos ladrilhos devido ás variações dimensionais, quer pela acção da
temperatura, devido a expansão irreversível resultante da acção da humidade. Na
Imagem 19 as possíveis causas são: o destacamento do betão observado resultou da
expansão provocada pela corrosão das armaduras. A corrosão é o resultado de
fenómenos electro-químicos que transformam o ferro em hidróxido de ferro. As
principais causas do processo de corrosão neste caso terão sido: a carbonatação do betão,
a deficiente espessura da camada de protecção que envolvia as armaduras, a qualidade
do betão que condiciona a velocidade de penetração do CO2 e a elevada concentração de
cloretos, dada a localização do edifício num ambiente marinho.

Imagem 07 Imagem 08

Na Imagem 20 as possíveis causas são: a degradação verificada no revestimento


em madeira do contorno dos vãos foi causada por infiltrações que ocorreram devido à
deficiente configuração da ligação da caixilharia e do peitoril com a ombreira,
nomeadamente a inexistência de um pré-aro que permitisse a conveniente masticagem,
ou de um redente na ombreira. O facto de terem sido aplicadas janelas não classificadas,
não sendo possível verificar a sua adequabilidade à solicitação: permeabilidade ao ar,
permeabilidade à água e deformabilidade ao vento.
Na Imagem 21 as possíveis causas são: as manchas de bolor surgiram
devido a fenómenos de condensações superficiais que ocorreram nas paredes da
instalação sanitária, devido, principalmente, à ventilação insuficiente do compartimento.
Na envolvente das habitações, este fenómeno ocorre quando se verificam uma ou mais
das seguintes condições: ausência de aquecimento do ambiente interior ou
aquecimento insuficiente e intermitente, deficiente isolamento térmico da envolvente,
produção de vapor de água no interior da habitação/compartimento significativa,
ventilação insuficiente, higroscopicidade inadequada dos revestimentos interiores. Os
esporos que existem no ar desenvolvem-se sempre que sejam criadas condições
favoráveis, em particular uma temperatura e humidade relativa elevada.
Metodologia para o trabalho de reabilitação:

a. Cobertura

Imagem 22 Imagem 23

Para Imagens 22 e 23 seria necessária a:


− Remoção das telhas de fibrocimento;
− Remoção dos elementos estruturais de suporte;
− Aplicação de isolamento térmico (lã de rocha) e de reboco;
− Montagem do telhado, com substituição do material antigo

b. Fachada

Imagem 24

Na Imagem 24 deveria ser realizado a eliminação do betão degradado e limpeza


da superfície, a reparação das armaduras, a decapagem e reposição das secções de
armadura, a protecção das armaduras através da aplicação de uma barreira estanque, a
reconstituição do betão, a aplicação de um revestimento
de protecção constituido por uma impermeabilização com argamassa à base de
polímeros, associada a uma pintura ou a um revestimento cerâmico. Neste caso, a
aplicação de um sistema de isolamento térmico pelo exterior iria
melhorar substancialmente o conforto térmico.

Imagem 25 Imagem 26
Na Imagem 25 o revestimento em ladrilhos cerâmicos teria de ser removido. No
assentamento dos novos ladrilhos deveria ser garantida a compatibilidade entre a
capacidade de deformação dos ladrilhos e a elasticidade da camada de colagem,
conjugada com as juntas de assentamento. A dimensão dessas juntas deveria ser indicada
pelo fabricante em função do tipo de aplicação e atendendo às características dos
ladrilhos. O preenchimento deveria ser realizado com argamassas próprias para juntas,
classificadas, de acordo com a norma. A execução de juntas de assentamento entre os
ladrilhos cerâmicos permite também compensar eventuais desvios dimensionais das
próprias peças. Na Imagem 26 deveria ser realizado a eliminação do betão degradado e
limpeza da superfície, a reparação das armaduras, a decapagem e reposição das secções
de armadura, a protecção das armaduras através da aplicação de uma barreira estanque, a
reconstituição do betão, a aplicação de um revestimento
de protecção constituido por uma impermeabilização com argamassa à base de
polímeros, associada a uma pintura ou a um revestimento cerâmico. Neste caso, a
aplicação de um sistema de isolamento térmico pelo exterior iria
melhorar substancialmente o conforto térmico.

Devido ao coeficiente de transmissão térmica acima do limite exigido na portaria,


seria necessarário intervir nas paredes simples e nos pilares. Sendo que nos pilares
correria o risco de pontes térmicas.
Sendo assim seria necessário substituir uma parte do pano exterior de alvenaria
por isolamento, de modo a baixar o coeficiente.
O mesmo aplica se as paredes simples, onde seria necessário aplicar o isolamento
de modo a baixar o seu coeficiente, alem disso seria necessário mudar as placas de
fibrocimento, pois sendo que o edifício em causa, é um edifício da década de 1970, supõe-
se que este teria fibras de amianto, o que já não é permitido pois põe em causa a saúde
das pessoas.
c. Vãos envidraçados:

Imagem 07 Imagem 08

Na Imagem 27 a resolução do problema seria muito complexa, sendo


necessário proceder à correcção da ligação da ombreira com a caixilharia e com
o peitoril, o que implicaria a substituição da caixilharia. Deveria ser aplicada uma
caixilharia classificada, escolhida em função da exposição e do desenvolvimento em
altura da fachada. Seria também conveniente a substituição do peitoril por um elemento
com configuração adequada. Na Imagem 28 seria necessário para minimização do
problema do desenvolvimento de manchas de bolor nas paredes da instalação sanitária,
devido a fenómenos de condensações superficiais, a criação de um sistema
de extracção permanente do ar do compartimento e pelo reforço do aquecimento. Na
instalação sanitária deveria ser aplicado um dispositivo de extracção natural ou mecânica
que garantisse um caudal adequado. A limpeza das superfícies com bolores passaria pela
lavagem esterilizante e pela aplicação de um produto fungicida, a remover antes da
pintura da superfície com um revestimento análogo ao actual.

c.1 Orçamento:

MAPA DE TAREFAS E QUANTIDADES

Referência Tarefa Unidade Qtd. €/unidade €/total

Demolição de janelas em
madeira com 2 folhas,
incluindo aduelas, guarnições,
1 Unidade 4 56,29 225,16
triagem, depósito, transporte,
reciclagem e/ou colocação dos
resíduos em vazadouro.
2 Janelas de vidro duplo (1,80m Unidade 3 279,00 837
x 1,00m)
Janela de vidro duplo (0,88m x
3 0,58m) Unidade 1 139,00 139
4 Instalação das janelas Unidade 4 150,00 600
5 Reboco, emassamento, pintura m² 2,92 17,50 51,1
TOTAL 1852,26

O custo estimado para a troca dos vãos envidraçados foi calculado para apenas um
apartamento.

Para a estimativa de preço por unidade da demolição da janela utilizou-se a


informação disponível no seguinte sítio: https://orcamentos.eu/fichas-de-rendimento-
com-precos-de-demolicoes/, o qual foi consultado em 12/12/2022. Já para a estimativa de
preço para instalação de uma janela considerou-se a estimativa disponível no seguinte
link: https://www.habitissimo.pt/orcamentos/janelas-duplas, também consultado em
12/12/2022.

Para os valores e dimensões das janelas considerou-se o encontrado nos sites de


duas lojas online diferentes, conforme disponível em “Referência” no Quadro 1. Por
último, os valores para reboco, emaçamento e pintura foram obtidos na dissertação de
João Pedro Costa Deocleciano Noronha Velosa, nomeada “Reabilitação “versus”
construção nova” (2013).

Em relação à área necessária de reboco, emaçamento e pintura considerada foi


obtida a partir do Quadro 1.
Quadro 1 – Cálculo da área necessária de reboco, emaçamento e pintura
Medidas (m) Largura Área
Cômodo Qtd. Referência reboco total
Comprimento Altura
(m) (m²)
Quarto 1 1 1,80 1,00 0,15 0,84
Sala 1 1 1,80 1,00 0,15 0,84
Varanda 1 1 1,80 1,00 0,15 0,84
Instalação
1 2 0,58 0,88 0,15 0,438
sanitária
TOTAL 2,96
Fonte: Elaborado pelos autores.

1 - https://www.leroymerlin.pt/produtos/portas-janelas-e-escadas/janelas/janelas-de-
parede/janela-de-aluminio-artens-correr-180x100cm-
82456221.html?gclid=CjwKCAiAv9ucBhBXEiwA6N8nYO00bnCImjcwY7y6wqeoEC
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