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CONSTRUTIVAS
PRÉDIO- Lisboa
Requerente:
XXXXXXXX
Apesar da avançada idade do imóvel o edifício apresenta um bom aspecto exterior, resultado de uma pintura recente
que lhe confere essa boa aparência, no entanto as patologias construtivas concentram-se na maioria ao nível da
cobertura, onde o seu estado de degradação já inspira algumas preocupações e justifica uma intervenção urgente.
Apesar de recomendarmos uma inspecção técnica e respectiva intervenção a todos os problemas identificados neste
relatório, o seu âmbito é apenas no problema das águas que se estão a nos dois fogos mais elevados do prédio, o 4º
Esq. e 4ºdto.
O objectivo deste trabalho é o de identificar os motivos que originam essa patologia e propor as respectivas medidas
de reparação, que são urgentes dado o agravamento em período de chuvas.
O relatório refere-se às zonas comuns do imóvel, essencialmente na cobertura, e no interior de dos 2 fogos mais
afectados e que foram alvo de vistoria.
A apresentação das patologias será acompanhada, sempre que possível, da descrição das causas que a
provocaram, bem como o melhor modo de efectuar a sua reparação.
Deste modo, foram seleccionadas apenas as medidas de reparação que se consideram tecnicamente adequadas,
modernas e eficazes e cujos preços existentes no mercado são razoavelmente acessíveis.
3.1- Vistoria
Efectuou-se no dia 22/10/09 nos seguintes locais:
Exterior do Prédio
Interior do Prédio, nas áreas comuns e no interior dos fogos- 4ºDt e 4ºEsq.
Cobertura do edifício
O prédio apresenta, como já foi referido, um quadro generalizado de anomalias ao nível da cobertura, no entanto a
análise incidiu apenas nos problemas mais graves e que justificam a necessidade urgente de intervenção e que
foram aprovados pelos condóminos, neste caso as presença de água no 4º Esq. e 4ºdto.
A água aparece abundantemente, imediatamente após o inicio de uma forte chuvada, e precisamente no mesmo
local em ambos os fogos, na zona da cozinha, no enfiamento do final da cobertura em telha para o pavimento da
cobertura.
4º Esq
Abertura onde sai a agua
Pela análise de cheiro e limpeza da água, esta poderá ser apenas pluvial ou abastecimento, colocando de
parte ser esgoto.
Não sendo registados consumos anormais de água, de nenhum condómino nem nas zonas comuns, e pela
presença das águas agravar com as chuvas rejeita a hipótese de rotura na canalização de abastecimento.
Pela zona onde estas águas aparecem, precisamente na zona de fissuração da laje da cobertura (Fotos em
baixo), e pela sua relação de aparecimento de águas logo após as chuvas, podemos confirmar com toda a
certeza que são estas águas que estão a entrar dentro dos fogos afectados pelas infiltrações.
4º Esq
Zona de cobertura acima infiltração Estado da cobertura abaixo telha
4º Dto
1- Estrutura de apoio cobertura, toda em madeira, apodreceu e cedeu, devido á sua idade e falta de
manutenção.
2- Telhas foram-se movendo, alem de devido á idade estarem já partidas e infiltradas, e saíram das ripas de
apoio, devido ao colapso da estrutura de apoio.
3- Água entra por essa abertura entre as telhas que passou a ter espaços entre elas impedindo o total
isolamento e correcto escoamento da cobertura.
4- Laje de fundo, de argamassa, devido a sua espessura e constituição estar apenas preparado para
acabamento final, passou a ter a presença de uma lâmina de água constante.
Devido ao esse peso e á sua constante infiltração nessa laje, esta acabou por fissurar e abrir um buraco
onde escoa livremente a agua para o interior dos fogos superiores.
Nota importante: As obras efectuadas nas fracções 4º esq e 4ºdto, pela ampliação das águas
furtadas, não tem qualquer relação com as patolgias identificadas, não só porque a
empreitada foi correctamente efectuada, isolada e impermeabilizada e seu estado é bom, mas
porque todos os problemas única e exclusivamente ao estado de degradação da cobertura em
telha e da sua estrutura de apoio.
O que justifica o estado irregular do revestimento que está às “ondas”, e que significa que a estrutura já cedeu e o
seu colapso, devido ao peso que suporta, será inevitável pelo agravamento de estado da estrutura, e que
recomendamos urgente intervenção mais profunda, que substituição de toda a cobertura.
Cobertura
o Estrutura apoio telhas- Incluindo algumas placas de isolamento que estão totalmente soltas e espalhadas
pela cobertura, não tendo qualquer função.
Telas aplicadas na cobertura estão descoladas e mal aplicadas pelo que não cumprem a sua função
Inexistência de ralo de pinha de protecção do tubo de queda, o que faz com que todos os detritos sólidos caiam
para o tubo, o que poderá ter originado seu entupimento e a consequente não escoamento das aguas para a
caixa e exterior.
2ª Hipótese (recomendado)
1. Remoção de toda a telha de cobertura.
2. Remoção de toda a estrutura de cobertura.
3. Reparação da laje de fundo, nas zonas onde está fissurada.
4. Substituição das telhas de cobertura, substituindo e adaptando a estrutura para a colocação de um sistema
novo de cobertura em painéis sandwich de 50mm, em chapa dupla de aço termolacado com isolamento
térmico incorporado (espuma de poliuretano), em toda a cobertura, com este sistema, garante-se a
estanquicidade da cobertura, resistência ao fogo e melhora-se o seu isolamento térmico, evitando o
isolamento da laje.
o Todas as superfícies devem ser rebocadas e pintadas e as fissuras e falhas têm que ser
intervencionadas e os rebocos deteriorados removidos e preenchidos com massas de preenchimento
adequadas, tipo primário de regularização.
o Preencher as fissuras como monomassas específicas para selagem e impermeabilização das fendas
existentes
o Reboco de acabamento para exteriores, indicado para colocar sobre o revestimento actual e alem da
adesão terá que ter estar pronto para receber pintura.
o 2 demãos de pintura de impermeabilização e acabamento final.
3. Deverá ser colocado um ralo de pinha, no topo do tubo de queda dos terraços superiores, para evitar queda
de lixo para a tubagem
Apesar de não terem sido alvo de inspecção e análise técnica, fizemos a sua identificação, e recomendamos
veemente a sua imediata reparação.
No 4º esquerdo, detectamos igualmente humidades de alguma gravidade, e que tem origem por infiltração pela
zona da cobertura imediatamente acima, sinal de deficiente impermeabilização da cobertura actual, e se for
efectuada a recuperação/ substituição da cobertura este problema ficará resolvido.
Fachada lateral, com fissuração horizontal de alguma extensão e um nível de infiltrações que já é bastante
visível pela cor escura da empena, que já justifica reparação e uma nova pintura de impermeabilização.
DESCRIÇÃO:
CONSTITUIÇÃO:
Isolamento:
Painel de lã de rocha
Densidade: 90/100kg/m³
Espessuras: 50mm, 75mm, 100mm;
Condutibilidade térmica:=0,035 W/m.ºC;
Resistência térmica
TABELA DE CARGAS MÁXIMAS ADMISSÍVEIS (Esp 50mm c/ chapa sup./inf 0,5 mm)
PESO DO PAINEL
O objectivo deste relatório é identificar as principais patologias construtivas do edifício, qual a sua origem e a sua
gravidade, e sempre que possível preconizar a melhor solução técnica para a sua resolução, não é um mapa de
medições nem um caderno de encargos.
Posteriormente para os empreiteiros, visto que deverá servir como elemento base de consulta obrigatória e
sobre o qual deverá incidir o seu orçamento de reparação, evitando a criatividade técnica em invenção de
soluções inadequadas ou ineficazes.
De modo a garantir que após a adjudicação da obra, esta e efectuada de acordo com o relatório técnico, e as normas
de boa execução, é importante o acompanhamento técnico da empreitada, pelo trabalho que nos propomos efectuar:
1. Relatório técnico
2. Gestão da empreitada:
Selecção dos empreiteiros mais qualificados para os trabalhos identificados anteriormente, verificação da
sua qualificação e capacidade técnica, comparação de propostas com os critérios mais adequados,
contratualização da empreitada devera ser da responsabilidade da empresa de Condomínio.
3. Fiscalização da empreitada:
Acompanhamento técnico da empreitada, garantindo o cumprimento do: Relatório técnico; materiais, boa
execução, segurança, legislação, prazos e custos.
Joaquim Morais da Costa Manso, engenheiro civil residente na Rua Professor Reinaldo Santos nº 24, 1º Esq, 1500
LISBOA, telefone XXXXX, contribuinte n.º XXXXX.
Inscrito na Ordem dos Engenheiros como membro definitivo sob o n.º XXXX, na especialidade de Engenheiro Civil,
declara sob responsabilidade profissional, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 6º do D.L. n.º 445/91,
com redacção dada pelo D.L. 250/94 de 15/10, que o presente relatório, relativo às patologias construtivas de um
prédio de habitação situado na Rua XXXXX, foi efectuado com base em observações no local e tendo em conta as
disposições legais e regulamentares vigentes em Portugal, nomeadamente o Regulamento Geral das Edificações
Urbanas.
Lisboa, XXXXXXXXXXXXX
O técnico