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Revista Eletrônica de Gestão Organizacional
ISSN: 1679-1827
1Pontifícia
Universidade Católica, Programa de Pós-Graduação em Administração,
Belo Horizonte, MG, Brasil.
2Universidade de São Paulo, Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade
e Atuária da Universidade de São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Adminis-
tração, São Paulo, SP, Brasil.
3UniversidadeFederal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Programa de Pós-
Graduação em Administração, Florianópolis, SC, Brasil.
4Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada,
Serra Talhada, PE, Brasil. Universidade Federal da Paraíba, Programa de Pós-gradua-
ção em Administração, João Pessoa, PB, Brasil.
5Universidade Federal do Cariri, Centro de Ciências Sociais Aplicada, Juazeiro do
Norte, CE, Brasil.
Neto, M. B. G., Silva, L. E. N., Lessa, P. W. B., Carneiro, J. S., & Grangeiro, R. R. (2022). Luxury Con-
sumption Tendency Scale (Lcts): Adaptação E Validação Para O Contexto Brasileiro. Gestão.Org – Re-
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Resumo
Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo adaptar e validar a Escala de Ten-
dência de Consumo de Luxo - ETCS (Luxury Consumption Tendency Scale - LCTS)
para o contexto brasileiro.
Método/abordagem: A coleta dos dados ocorreu de maneira presencial e online, com
uma amostra de jovens e adultos com mais de 18 anos (n=401). Para a validação do
instrumento, foi realizada uma Análise Fatorial Confirmatória, verificando o ajuste do
modelo completo, a confiabilidade e validade do instrumento, além das análises des-
critivas. A escala final foi definida com quatro dimensões, sendo elas: singularidade;
significado simbólico; desejo arbitrário; minoria exclusiva.
Contribuições teóricas/práticas/sociais: Este trabalho busca contribuir para os estudos
de marketing, comportamento do consumidor e tendência ao consumo de luxo ao
apresentar as propriedades psicométricas da escala, dando viabilidade para a aplica-
ção do instrumento no Brasil e ampliando o conhecimento científico no âmbito do mar-
keting.
Originalidade/relevância: Foram realizados os procedimentos de tradução, adaptação
e aplicação dos itens da escala junto com questões sociodemográficas no contexto bra-
sileiro.
Palavras-chave: Luxo; Consumo; Consumo de Luxo; Comportamento do consumidor;
Validação de instrumento de mensuração.
Abstract
Purpose: This paper aims to adapt and validate the Luxury Consumption Tendency
(LCTS) from to the Brazilian context.
Design/methodology/approach: The data collection was both presential and online
with a sample of 401 consumers over 18 years old. To validate the instrument, a con-
firmatory factor analysis was performed, verifying the adjustment of the whole model,
the reliability and validity of the instrument, and also the descriptive analysis.
Research, Practical & Social implications: The final scale was composed of four di-
mensions, thus being: singularity; symbolic meaning; arbitrary desire; exclusive mi-
nority. Therefore, this paper seeks to contribute to the marketing studies, consumer
behavior and luxury consumption tendency by presenting the psychometrics proprie-
ties of the scale, providing viability for the application of the instrument in Brazil and
expanding scientific knowledge in the field of marketing.
Originality/value: The proceedings of translation, adaptation, and application of the
items with sociodemographic questions were performed to the Brazilian context.
Keywords: Luxury; Consumption; Luxury Consumption; Consumer Behavior; Meas-
urement Instrument Validation.
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outras motivações além do produto em pode servir como uma forma externa de
si. Bilge (2015) afirma que o critério do poder quando as pessoas se encontram
produto para ser considerado um bem com uma depravação de controle pes-
de luxo depende da percepção das pes- soal. A ideia de poder e posse foi discu-
soas, da cultura e sociedade. Strehlau e tida por McClelland (1951), onde o au-
Aranha (2004, p.10) definem um pro- tor indica que os objetos se tornam uma
duto de luxo como sendo aquele que parte de nosso self a partir do momento
“provê distinção social por meio de que passamos a exercer controle ou po-
símbolos de status socialmente desejá- der sobre eles. De acordo com Baumeis-
veis e escassos, preço premium e quali- ter (2002), pode então ser inferido que
dade”. A partir dessa definição, pode- pessoas com baixo controle próprio ten-
se perceber que os produtos luxuosos dem a comprar produtos luxuosos, pois
possuem características que os diferem possuem pouco controle pessoal e expe-
de produtos não luxuoso. rienciam ausência de poder.
Diante dessas particularidades O consumo de luxo está direta-
dos produtos de luxo, os consumidores mente associado a um consumo de sím-
destes bens podem ganhar vantagens bolos. Slater (2001) afirma que na mo-
sociais, pois estão seguindo os padrões dernidade, as pessoas deixam de consu-
de uma classe social da qual desejam se mir o produto e consomem os símbolos
tornar parte (Shammout et al., 2022; que essas mercadorias representam.
Kastanakis & Balabanis, 2012). A facili- Dogan et al. (2018) discutem a simbolo-
dade da transição entre classes pode gia do consumo de luxo a partir da cons-
tornar o consumo de luxo mais apela- trual level theory (Trope & Liberman,
tivo (Dogan et al., 2018). As práticas de 2010) indicando que pessoas com um
consumo de luxo servem então como high construal level tendem a consumir
uma forma de prover aceitação em gru- produtos luxuosos, pois visualizam es-
pos sociais (Wang, Tchernev, & Sol- ses bens além da simples funcionali-
Loway, 2012). Desta forma, pessoas so- dade que possuem, ao contrário de pes-
cialmente isoladas podem desejar se en- soas com o low construal level.
gajar no consumo de luxo como uma O consumo de luxo também ana-
forma de obter aceitação de indivíduos lisado como uma prática que ultrapassa
que realizam tais práticas (Wilcox & Za- as fronteiras de uma nacionalidade, fa-
ichkowsky, 2020; Dion & Borraz, 2017) zendo com que as mesmas marcas e
ou manter o seu status (Shammout et produtos de luxo apresentem potencia-
al., 2022; Kim, Park, & Dubois, 2018). lidades de serem comercializados de
A percepção de falta de poder forma transcultural (Teimourpour &
também pode se configurar como fator Hanzaee, 2011). O consumo de luxo re-
influenciador do consumo de produtos sulta em uma realidade consensual-
de luxo. Neste sentido, Dogan et al. mente compartilhada do que se quali-
(2018) propõem que o consumo de luxo fica como luxo, quais produtos e marcas
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fazem parte dele e por que são luxuosos visou construir a estrutura inicial da es-
para aquele determinado contexto cul- cala. A primeira etapa constituiu-se de
tural (Wang, 2022). Em consonância, Lu uma pesquisa com 11 estudantes de
et al. (2022) exibem como o contexto PHD, estes responderam as seguintes
transcultural e o mecanismo de identi- questões: “Como você define luxo?”,
dade social apresentam efeito significa- “O que vem em sua mente quando você
tivamente positivo nas atitudes em re- pensa em luxo?” e “Quais são as carac-
lação às marcas de luxo. terísticas principais dos produtos/mar-
Por fim, compreendendo o con- cas de luxo?”. Estas questões resulta-
sumo de luxo através de uma perspec- ram em 40 itens, após uma avaliação se-
tiva focada do consumidor, Dogan et al. mântica, restaram apenas 30. A se-
(2018) introduzem o conceito de ten- gunda etapa foi um survey com 502 es-
dência de consumo de luxo, que pode tudantes de graduação da Turquia, vi-
ser entendida como uma propensão ao sando purificar a escala, após análise fa-
consumo de bens/serviços exclusivos, torial exploratória e confirmatória, este
de alto valor aquisitivo e que tem como estudo 1 finalizou com uma escala de 5
objetivo chamar a atenção das outras construtos e 19 itens.
pessoas, exibir status, tornar-se distinto O segundo estudo buscou ex-
de outros e gerar autopromoção. Essa pandir a amostra da pesquisa (N=808) e
definição reconhece a tendência de con- esta foi realizada online, além disso foi
sumo de luxo como um traço da perso- testada a hipótese de que a tendência de
nalidade do consumidor. Os autores consumo de luxo era positivamente in-
apresentam ainda o conceito associado fluenciada pelo consumo conspícuo e
a múltiplos construtos, estes são apre- de status. Foram realizados testes esta-
sentados na seção seguinte. tísticos que denotaram a confiabilidade
da escala, certificando a existência dos 5
A Luxury Consumption Ten- construtos. Nesta etapa, um item no
dency Scale (LCTS) construto “preço” foi excluído devido
A LCTS consiste de uma escala aos níveis insatisfatórios de confiabili-
de 18 itens elaborada por Dogan et al., dade. Por fim, foi confirmada a relação
(2018), constituída por cinco construtos, positiva entre a tendência de luxo, o
respectivamente: singularidade (uni- consumo de status e o consumo conspí-
queness), alto preço (expensiveness), sig- cuo.
nificado simbólico (symbolic meaning), No terceiro estudo, foi realizado
desejo arbitrário (arbitrary desire) e per- um processo de tradução da escala e
tencer a uma minoria exclusiva (belon- esta versão em inglês foi aplicada para
ging to an exclusive minority). residentes dos Estados Unidos (N=100).
A construção da escala foi obtida Nesta etapa também foi testada a hipó-
através de 3 estudos. O primeiro estudo tese de que indivíduos com high cons-
tual level têm uma tendência maior para
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celulares, mas sim a ilhas privadas, car- aumentar seu valor simbólico e, conse-
ros importados, iates e helicópteros, o quentemente, ter prazer por ter com-
que se pode denominar como super- prado um item considerado luxuoso.
luxo ou “uberluxury” (Kapferer, 2014). No que tange ao desejo arbitrá-
No entanto, quando o assunto é tratado rio, Bilge (2013) ressalta que além dos
apenas como luxo - e não como super- benefícios funcionais, os bens de luxo
luxo - os consumidores estimam marcas também proporcionam benefícios emo-
com etiquetas de preços altos (Wied- cionais, como prazer, felicidade, diver-
mann et al., 2009); portanto, nota-se que são e excitação. Corroborando com o
a dispendiosidade ainda costuma ser exposto, Wiedmann, Hennigs e Siebels
um dos fatores que caracterizam os pro- (2009) destacam o valor hedônico como
dutos ou serviços luxuosos. uma das motivações que atende o de-
No que concerne aos produtos sejo arbitrário. Os autores, por sua vez,
que possuem significado simbólico do concentram-se no consumo de utilitá-
luxo, as pessoas costumam adquiri-lo rios hedônicos e não de utilitários fun-
por meio das marcas luxuosas que, con- cionais, descrevendo a subjetividade
sequentemente, possuem determinados percebida e as propriedades intrinseca-
significados sociais (Han, Nunes, & mente atraentes, como sentimentos es-
Drèze, 2010). Neste contexto, as marcas timulantes, realizações pessoais, gratifi-
de luxo podem instigar as intenções de cações, auto-recompensas, enriqueci-
compras dos consumidores, incremen- mento da vida e outros. Ghanei (2013)
tando um valor atraente, emocional e destaca algumas facetas que o consumo
de qualidade nos produtos de luxo de luxo possui, dentre elas, a super-
(Zhang & Zhao, 2019). fluência, carregada de aspectos não
O custo do produto não se baseia funcionais e sem nenhuma necessidade
mais apenas pela sua aparência, mas de sobrevivência.
sim pela presença do valor que há inse- Além disso, outro conceito que
rido nele (Sharda & Bhat, 2018). Além facilmente pode ser associado ao desejo
disso, a consciência dos consumidores arbitrário é a teoria da emulação de
sobre a marca tem uma forte relação en- classe desenvolvida por Simmel (1904),
tre a vaidade e o consumo de luxo que explica a ideia de uma classe infe-
(Sharda & Bhat, 2018). Neste sentido, rior projetar a classe superior através da
Ochkovskaya (2018) afirma que a pres- imitação dos padrões de consumo, bus-
são social - juntamente com o desejo de cando um reconhecimento ou pertenci-
transmitir uma boa impressão ao redor mento em determinado grupo. Dogan
- pode provocar o consumo de itens de et al. (2018) afirmam que mesmo que as
luxo. Para Dogan et al. (2018), os signi- marcas de luxo possam apresentar dife-
ficados simbólicos das marcas de luxo rentes significados para diferentes clas-
são utilidades intangíveis que fazem os ses sociais, o seu consumo, representa
consumidores procurarem meios para
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A segunda etapa (análise dos es- obteve 66% de acerto (12 itens). Os itens
pecialistas) foi realizada entre os meses “Eu normalmente compro produtos
de outubro e dezembro de 2018 por juí- que eu não preciso fisicamente, mas sim
zes especialistas que analisaram a perti- emocionalmente” e “Quando estou
nência dos itens aos construtos que re- comprando um produto/serviço, eu não
presentam, antes mesmo da etapa de me questiono se eu preciso desse pro-
coleta de dados. A amostra dos juízes duto/serviço” apresentam o menor per-
foi composta por 10 especialistas (mes- centual de acerto, 33% e 42% respectiva-
tres e/ou doutores) da área de marke- mente. Ambos pertencem ao construto
ting. “desejo arbitrário”. A Tabela 1 apre-
Os juízes apresentarem em mé- senta os itens traduzidos, adaptados e
dia 83% de acertos (15 itens). Apenas seus percentuais de acerto.
um juiz obteve 100% de acerto. O juiz
que obteve menor percentual de acerto,
% de acertos dos
Código Versão Original Versão Traduzida
especialistas
SINGULARIDADE
Eu compro um
I buy a product/service since it is dif- produto/serviço desde que seja
SIG1 100%
ferent from other products/services. diferente de outros
produtos/serviços.
Eu tenho interesse em
In my purchase decisions, I consider produtos/serviços que
SIG3 whether the product/service has possuem características únicas 100%
unique features. a produtos/serviços que não
têm.
Eu desejo comprar um
I desire to purchase a product/service produto/serviço que foi
SIG4 100%
that is specially produced for me. especialmente produzido para
mim.
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DISPENDIOSIDADE
SIGNIFICADO SIMBÓLICO
DESEJO ARBITRÁRIO
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Significado Simbólico
(SS) 0,649 0,811 0,219 0,5902
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0,600 (Costa, 2011). Já a consistência in- serva-se que as medidas de posição fi-
terna da escala como um todo ficou em caram situadas em sua maioria em ní-
0,771. Como forma de complementar as veis baixos ou moderados.
análises, extraiu-se também a confiabi- A dimensão Singularidade apre-
lidade composta para cada uma das di- sentou as maiores médias por itens e a
mensões, todas ficaram acima do mí- maior média dentre as dimensões
nimo aceitável de 0,700 (Costa, 2011), (5,35). A dispersão, mensurada a partir
assim como a medida para escala, que do desvio padrão, ficou em um nível in-
alcançou o valor de 0,914. termediário. As medidas de formato si-
Ainda considerando os resulta- nalizam para valores levemente dife-
dos da Tabela 3, nas quatro últimas co- rentes do padrão (zero) para assimetria
lunas, verifica-se que todas as dimen- e 3,000 para a curtose.
sões e a escala apresentam variâncias Já considerando os resultados
superiores a 50% (linha diagonal em ne- para a dimensão Significado simbólico,
grito), conforme indicado pela litera- percebe-se que a média ficou em nível
tura (Hair et al., 2009; Costa, 2011). Os baixo (3,74), valor bem próximo da me-
demais valores dessas quatro últimas diana (3,67). O desvio padrão de 2,36 si-
colunas são as variâncias explicadas naliza uma variação moderada nas res-
(quadrado das correlações entre as di- postas. Quanto ao formato, as medidas
mensões) e, como elas são menores que de assimetria e curtose mostram que as
a variância extraída, tem-se validade distribuições apresentam valores próxi-
discriminantes entre as dimensões. mos dos ideais (considerando a distri-
buição normal). Os dados de ambas as
Resultados descritivos dimensões podem ser visualizados na
Como forma de complementar Tabela 4. Nesta tabela, além das medi-
as análises da escala aqui validada, foi das citadas, são expostas as demais di-
efetuado a extração de medidas de po- mensões com seus respectivos itens
sição, dispersão e formato. Conside- para a escala em sua versão adaptada e
rando a variação da escala (0-10), ob- validada para o contexto brasileiro.
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Média Md DP Curtose
SINGULARIDADE m
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SIGNIFICADO SIMBÓLICO m
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DESEJO ARBITRÁRIO m
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MINORIA EXCLUSIVA m
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Gestão.Org
Revista Eletrônica de Gestão Organizacional
ISSN: 1679-1827
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