Aula 03 Bacia Hidrografica e Balanco Hidrico

Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Centro Multidisciplinar de Pau dos Ferros

Hidrologia – PAM0252
Bacia Hidrográfica e Balanço Hídrico

Professora: Daniela de Freitas Lima
Pau dos Ferros/RN

Fevereiro/2023
1
Do ponto de vista da hidrologia da engenharia, ou da engenharia

hidrológica, o ciclo hidrológico é normalmente estudado com maior
interesse na fase terrestre.
O elemento fundamental na análise é a Bacia Hidrográfica.
O que é uma Bacia Hidrográfica?
Collischonn e Dornelles, 2015.

2
A Bacia Hidrográfica é a área de captação

natural dos fluxos de água originados a partir
da precipitação, que faz convergir os
escoamentos para um único ponto de saída,
denominado exutório.
A definição de uma bacia hidrográfica

requer a definição de um curso d’água,
de um ponto ou seção de referência ao
longo deste curso d’água (que será o
exutório) e de informações sobre o relevo
da região. Fonte: Guia do Estudante Geografia 2017. Disponível em:
http://formulageo.blogspot.com/2020/02/bacia-hidrografica-e-seus-componentes.html

3
A bacia hidrográfica pode ser considerada como um sistema físico sujeito a:
Entradas de Água Eventos de precipitação
Escoamento e
Saídas de água
evapotranspiração
Entrada concentrada no tempo Saída relativamente distribuída no tempo
Precipitação Escoamento
Collischonn e Dornelles, 2015. 4

Delimitação de uma bacia hidrográfica
Uma bacia hidrográfica é, normalmente, definida por um curso d’água, um

ponto ou seção transversal de água, que pode ser chamado de exutório, e
por informações do relevo.
Mapa topográfico Identificação dos divisores de água
Linha imaginária sobre o relevo que divide o escoamento

das águas da chuva.
Divisor de Água
A partir do divisor de águas, o escoamento é divergente.

5
Onde o relevo é apresentado na forma de curvas

de nível, o divisor de águas pode ser traçado
imaginando a direção do escoamento da água
sobre a superfície.
Pontos mais altos Pontos mais baixos
https://br.freepik.com/vetores-gratis/design-de-padrao-topografico-com-
sombras_2543382.htm#query=topografia&position=12&from_view=search

6
O divisor identificado a partir de informações de altitudes é denominado de

divisor de águas superficiais (topográfico);
A água que infiltra no solo, por outro lado, pode seguir um escoamento que
dependem das rochas que existem no subsolo;
Em alguns casos o divisor de águas superficiais pode estar afastado do divisor

de águas subterrâneas;
Em geral, considera-se o mesmo divisor de águas para as águas superficiais e

subterrâneas.


8
Devem ser traçados os divisores de

água que separam a área na qual
o escoamento superficial tem
como destino o exutório.
O divisor de águas cruza o curso

d’água somente uma vez: em seu
exutório.

Collischonn e Tassi, 2008. 10

Método Manual
Método Computacional:
Modelos Digitais de
Elevação

Lima, D. F., 2021. Não Publicado.
Lima, D. F., 2021. Não Publicado.

Método
Computacional:
Modelos Digitais de
Elevação
12
Principais Características da Bacia Hidrográfica
Diversos fatores influenciam na forma como a água da chuva

interage com a bacia hidrográfica
Clima
Solos
Rochas do subsolo
Vegetação
Fatores morfométricos: relevo – área de drenagem, comprimento
do curso de água principal e declividade.

Retirada de:
http://tede.ung.br/bitstream/123456789/596/1/Disserta%EF%BF%BD%EF%BF
%BD%EF%BF%BD%EF%BF%BDo_Jo%EF%BF%BD%EF%BF%BDo_Carlos_Lopes.p
df. Fonte indicada: Van Spperling (2005)
Fatores que Afetam a Bacia Hidrográfica
Citada por Tundisi et al., 2008.

14
Área de
Característica mais importante de uma Bacia Hidrográfica.
Drenagem
✓ Dado fundamental para definir a
potencialidade hídrica de uma bacia – região
de captação.
Área da Bacia Lâmina Precipitada Volume recebido
Collischonn e Dornelles, 2015; Tucci, 2012. 15

Amplitude Diferença entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo da

Altimétrica bacia.
✓ A amplitude altimétrica tem relação com a energia

potencial máxima que a água pode ter na superfície da
bacia e, por isso, está relacionada com a velocidade do
escoamento e com taxas de erosão.

Perfil Longitudinal Obtido elaborando um gráfico da altitude pela distância

do Rio ao longo do curso de água principal da bacia.
Comprimento de O curso d’água principal pode ser definido como o mais

Drenagem longo caminho que a água pode percorrer dentro de uma
Principal bacia hidrográfica.
✓ Calculado somando-se os comprimentos dos

trechos de rios desde o ponto mais distante do
exutório até o exutório.

Tempo de Concentração
Tempo de Tempo que uma gota de chuva, que atinge a região mais
concentração remota da bacia hidrográfica, leva para atingir o exutório.
Tempo de concentração
em uma bacia hidrográfica.
Collischonn e Dornelles, 2015; Collischonn e Tassi, 2008. 18

Tempo de Concentração – Equação de Kirpich
0,385 tc – Tempo de concentração (minutos)

𝐿3
𝑡𝑐 = 57. L – Comprimento do curso d’água principal (km)
∆ℎ Δh – Diferença de altitude ao longo do curso
d’água principal (m)

Equação Watt e Chow
0,79
𝐿
𝑡𝑐 = 7,68. 0,5
𝑆
Onde:
tc → tempo de concentração, em minutos;
L → comprimento do curso d’água principal, em km;
S → declividade do rio curso d’água principal (adimensional).

Forma da Bacia
Formato mais Alongado Formato mais Circular
Se as demais variáveis forem iguais (solos, geologia, declividade, etc.), as

bacias de formato mais alongado teriam resposta mais lenta às chuvas do
que as bacias de formato menos alongado.

Forma da Bacia
Influência da forma das bacias hidrográficas na formação do hidrograma,

desconsiderando a influência de outras variáveis

Forma da Bacia
Ao longo do tempo foram propostos diversos índices e coeficientes como

tentativas de quantificar a forma da bacia, ou seu grau de alongamento ou
compacidade (CHRISTOFOLETTIM, 1980).
Esses índices têm utilidade prática muito limitada, especialmente quando

baseados no perímetro da bacia, que varia muito com a escala do mapa em
que é medido.
Os índices podem ser substituídos com vantagem por análises do hidrograma

unitário.

Forma da Bacia – Coeficiente de Compacidade (kc) ou Índice de Gravelius
Relação entre o perímetro da bacia e a circunferência (perímetro) de um círculo

de área igual à da bacia, sendo adimensional.
PBH
kc =
PC
kc – Coeficiente de compacidade (adimensional)
PBH – Perímetro da bacia hidrográfica
Pc - Perímetro da circunferência
Fonte: Notas de aula Porto et. al – USP.
Como o círculo é a figura geométrica plana que comporta uma dada área com o menor
perímetro, este índice nunca será menor que 1. 24
D ² Ac - Área da circunferência
Ac = A BH = Pc – Perímetro da circunferência
4 D – Diâmetro da circunferência
4ABH 4ABH ABH

D2 = ⇒D= ⇒D=2
π π π
25
𝐷
𝑃𝑐 = 2π𝑟 ⇒ 𝑟 = ABH
2 D=2
π
𝐴𝐵𝐻
𝐷 2 𝐴𝐵𝐻 𝐴𝐵𝐻
𝜋
𝑃𝑐 = 2π ⇒ 𝑃𝑐 = 2π ⇒ 𝑃𝑐 = 2𝜋 ⇒ 𝑃𝑐 = 2𝜋
2 2 𝜋 𝜋
𝑃𝑐 = 3,545 𝐴𝐵𝐻
26
𝑃𝐵𝐻 1 𝑃𝐵𝐻
𝑘𝑐 = ⇒ 𝑘𝑐 = ⇒
𝑃𝑐 3,545 𝐴𝐵𝐻
PBH kc - Coeficiente de compacidade (adimensional)

kc = 0,28. PBH - Perímetro da bacia hidrográfica
A BH ABH - Área da bacia hidrográfica
Vilella, 1975. 27
Interpretação do kc:
1,00 – 1,25 Bacia com alta propensão a grandes enchentes;
Bacia com tendência mediana a grandes

1,25 – 1,50
enchentes;
> 1,50 Bacia com menor propensão a grandes

enchentes.
28
Exercícios
❑ 01 - Calcular o índice de compacidade de uma bacia com 100 km² de área e

perímetro de 54 km.
PBH
Kc = 0,28.
A BH
29
Forma da Bacia – Fator de Forma
𝐵 𝐴
𝐾𝑓 = 𝑜𝑢 𝐾𝑓 = 2
𝐿 𝐿
Onde:
L → comprimento axial da bacia, não se
considerando as curvas do meandro;
1
B → largura média (𝐵 = σ𝑛1 𝐵𝑖 );
𝑛
A → área da bacia.
• A largura média é obtida dividindo-se a área da bacia em faixas

perpendiculares, onde o polígono formado pela união dos pontos extremos
dessas perpendiculares se aproxime da forma real da bacia.
30
Forma da Bacia – Fator de Forma
Interpretação do kf:
1,00 – 0,75 Sujeita a enchentes;
0,75 – 0,50 Tendência mediana a enchentes;
< 0,50 Menor tendência a enchentes
31
Exercícios
❑ 02 - Calcular o fator de forma da bacia da figura e indique se ela é mais ou menos

propensa a enchentes.
32
Exercícios
❑ 03 - Calcular o coeficiente de compacidade e o fator de forma para uma bacia cujo

perímetro é 11,3 km, área de 800 ha e comprimento axial de 4,5 km. Foram
determinados 7 valores de largura ao longo da bacia, iguais a 1,5 Km; 2,6 Km; 3,5 Km;
4,5 Km; 4,3 Km; 2,8 Km e 1,1 Km. Interprete os resultados.
PBH 𝐵
Kc = 0,28. 𝐾𝑓 =
A BH 𝐿
33
Sistema de drenagem
O sistema de drenagem de uma bacia é constituído por:
✓ Rio Principal;
✓ Tributários
O estudo das ramificações e do desenvolvimento do sistema é importante, pois
indica a velocidade com que a água deixa a bacia hidrográfica.
Classificação dos Cursos d’Água
✓ Perenes;
✓ Intermitentes;
✓ Efêmeros.
Vilella, 1975. 34
Ordem dos Cursos de Água
A ordem dos rios é uma classificação que reflete o grau de

ramificação ou bifurcação dentro de uma bacia;
Critérios para o ordenamento dos canais: Horton (1945) e Strahler

(1957);
Vilella, 1975; Tucci, 2012. 35


Sem manutenção de
número de ordem

Tucci, 2012.
36
O Método de Horton modificado por Strahler:
São considerados de primeira ordem as correntes formadoras, ou seja, os

pequenos canais que não tenham tributários;
Quando dois canais de primeira ordem se unem, é formado um segmento de

segunda ordem;
A junção de dois rios de segunda ordem dá lugar à formação de um rio de

terceira ordem e, assim, sucessivamente.
Dois rios de ordem n dão lugar a um rio de ordem n + 1.
Vilella, 1975; Tucci, 2012. 37

Densidade de Drenagem
Dd =
L - Comprimento total dos drenos (incluindo
efêmeros, intermitentes e perenes), Km
A BH ABH – Área da bacia hidrográfica, Km²
A bacia com maior Dd – mais acidentada e tende a gerar maior

escoamento superficial para um mesmo evento de chuva.
Vilella, 1975; Collischonn e Dornelles, 2015. 38

Exercícios
❑ 04 - Calcular a densidade de drenagem da bacia mostrada na Figura.
35 km 9 km 15 km 6 km
39
Extensão Média do Escoamento Superficial – Xh ou Cm
A densidade de drenagem pode ser utilizada para estimar a distância média

que deve ser percorrida por uma gota de água escoando superficialmente
sobre a bacia até encontrar um curso d’água da rede de drenagem.
1 Dd – Densidade de drenagem, Km.Km-2

Xh =
4 ∗ Dd Xh – extensão média do escoamento superficial, Km

Declividade do Curso D’Água Principal (Álveo)
Cálculo direto – cotas da nascente e da seção de controle (exutório)
S1 (% ) = .100
h1
L
h1 = Cotamáx − Cota min

L = comprimento do Rio Principal

Altura do triângulo h2 – área igual a área sob o perfil do dreno principal
S2 (% ) =
h2
.100
L
2.Área (OAL )
h2 =
L
L = Comprimento do Rio Principal

https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/20
14/03/baciashidrograficas.pdf
Vilella, 1975; Collischonn e Dornelles, 2015.
42

Média harmônica ponderada da raiz quadrada das declividades dos
trechos retilíneos
2
 
 
  Li  Di =
dn i
S3 =  
  L i  Li
 D


  i 
dni = Diferença de cotas entre as extremidades de cada trecho;
Li = Comprimento do respectivo trecho;
Di = Declividade do respectivo trecho.
https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/2014/03/baciashidrograficas.pdf 43
Declividade do Curso D’Água Principal (Álveo) – S3
Caracterização do Relevo da Bacia Hidrográfica
Declividade da bacia - Parâmetro fundamental para a hidrologia, tempo de

duração do escoamento superficial, concentração da precipitação nos
drenos.
I (%) – Declividade média da bacia
.( CNVi).100
D – Equidistância entre as curvas de nível (km)
I(% ) =
D
ABH - Área da bacia hidrográfica (km)
A BH CNVi - Comprimento total das curvas de nível (km)
Exercícios
❑ 05 - Faça um estudo da rede de drenagem de uma bacia hidrográfica cujas
características fisiográficas (rede de drenagem e curvas de nível) estão
esquematizadas. A área da bacia é de 8,5 Km², a soma dos comprimentos dos drenos
é igual a 14,98 Km e a área sob o perfil do rio principal é 460.000 m².
46
Exercícios
❑ 05 - Faça um estudo da rede de drenagem de uma bacia hidrográfica cujas
características fisiográficas (rede de drenagem e curvas de nível) estão
esquematizadas a seguir. A área da bacia é de 8,5 Km², a soma dos comprimentos
dos drenos é igual a 14,98 Km e a área sob o perfil do rio principal é 460.000 m².
Dd =
 L
Xh =
1
4 ∗ Dd
A BH
2
 
S2 (% ) =
h2
.100  
  Li  dn i
S1 (% ) = .100
h1 L Di =
S3 =   Li
L   L i 
2.Área (OAL )  D

h2 = 
L   i 
47
Exercícios
❑ 06 - Faça um estudo das características da declividade da bacia do exercício 5.
Tabela 01: Declividade média da bacia e Soma

dos comprimentos de cada curva de nível.
CNV Comprimento (Km)

730 0,0
750 3,5
770 4,3
I(% ) = .( CNVi).100
790 6,5
D
810 8,9 A BH
830 8,4
850 7,2
870 3,1
890 0,0
Soma 41,9
48
Balanço Hídrico
O balanço entre entradas e saídas de água em uma bacia

hidrográfica é denominado balanço hídrico.
A saída de água da bacia pode ocorrer por evapotranspiração e por

escoamento.
Quais as aplicações do Balanço Hídrico?

Balanço Hídrico
O balanço hídrico de uma bacia exige que seja

satisfeita a equação:
dV
= P − EVT − Q
dt
Em um intervalo de tempo finito:
∆V
= P − EVT − Q
∆t
∆V é a variação do volume de água armazenado na bacia

(m3); ∆t é o intervalo de tempo considerado (s); P - é a
precipitação (m3.s-1); EVT é a evapotranspiração (m3.s-1); e Q
é o escoamento (m3.s-1).

Balanço Hídrico
Em intervalos de tempo longos, tipicamente de vários anos:
P = EVT + Q
P - precipitação (mm.ano-1);
EVT – evapotranspiração (mm.ano-1);
Q é o escoamento (mm.ano-1).

Balanço Hídrico
O percentual de chuva que se transforma em escoamento é chamado

de coeficiente de escoamento médio ou de longo prazo.
Q
C=
P
C = Coeficiente de escoamento médio (adimensional)
Q = Escoamento médio anual da bacia (mm.ano-1)
P = Precipitação média anual sobre a bacia (mm.ano-1)
O coeficiente de escoamento tem, teoricamente, valores entre 0 e 1. Na

prática os valores vão de 0,05 a 0,5 para a maioria das bacias.

Balanço Hídrico
Valores característicos para grandes bacias do Brasil, a partir da ANA.

Balanço Hídrico
nível de comprometimento
hídrico dos trechos em:
baixo (abaixo de 5%),

mediano (5% a 30%),
alto (30% a 70%),
muito alto (70% a 100%),
crítico (acima de 100%)
intermitente (oferta nula).
https://relatorio-conjuntura-ana-2021.webflow.io/capitulos/seguranca-hidrica 54
Balanço Hídrico
https://relatorio-conjuntura-ana-2021.webflow.io/capitulos/seguranca-hidrica
55
Balanço Hídrico em um Reservatório
O balanço hídrico de um reservatório, que é responsável por

regularizar as vazões de rios intermitentes, como é o caso da maioria
dos rios que perpassam o Semiárido, é dado a partir de.
S(t+1) = S(t) + q(t) + P(t) – D – E
S(t+1) = Armazenamento no tempo t+1

S(t) = Armazenamento no início do intervalo de tempo t;
q(t) = vazão afluente durante o intervalo;
P(t) = precipitação sobre o reservatório durante o intervalo de tempo t;
D = Demanda
E = Evapotranspiração do reservatório durante o intervalo de tempo t
Tucci, 2012.
56
Balanço Hídrico em um Reservatório
Planilha Hidro Aquanet
ANA, 2015.
57
Curvas-Guia Alocação Negociada de Água
ANA, 2015. 58
Exercícios
❑ 07 - Qual a vazão de saída (m³/s) de uma bacia completamente impermeável, com

área de 60km², sob uma chuva constante à taxa de 10 mm/hora?
❑ 08 - A região da bacia hidrográfica do rio Taquari recebe precipitações médias anuais

de 1600 mm. Em Muçum (RS) há um local em que são medidas as vazões deste rio e
uma análise de uma série de dados diários ao longo de 30 anos revela que a vazão
média do rio é de 340 m³/s. Considerando que a área da bacia neste local é de
15.000 Km², qual é a evapotranspiração média anual nesta bacia? Qual é o
coeficiente de escoamento de longo prazo?
❑ 09 - Uma bacia de 100 km² recebe 1300 mm de chuva anualmente. Qual é o volume
de chuva (em m³) que atinge a bacia por ano ?
59
Exercícios
❑ 10 - Uma bacia de 1100 km² recebe anualmente 1750 mm de chuva e a vazão média
corresponde a 18 m³/s. Calcule a evapotranspiração total desta bacia em (mm/ano).
❑ 11 - A região da bacia hidrográfica do rio Uruguai recebe precipitações médias

anuais de 1700 mm. Estudos anteriores mostram que o coeficiente de escoamento de
longo prazo é de 0,42 nesta região. Qual é a vazão média esperada em um pequeno
afluente do rio Uruguai numa seção em que a área da bacia é de 230 km².
❑ 12 - Considera-se para o dimensionamento de estruturas de abastecimento de água

que um habitante de uma cidade consome cerca de 200 litros de água por dia. Qual
é a área de captação de água da chuva necessária para abastecer uma casa de 4
pessoas em uma cidade com precipitações anuais de 1400 mm, como Porto Alegre?
Considere que a área de captação seja completamente impermeável.
60
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA). Nota Técnica nº 10/2015/COMAR/SR. Metodologia para Alocação de
Água em Açudes Isolados – Meta Institucional da Superintendência de Regulação - 01/10/2014 e 30/09/2015.
Brasília: ANA, 2015.
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO (ANA). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2021:
relatório pleno. Brasília: ANA, 2021.
COLLISCHONN, W.; DORNELLES, F. Hidrologia para engenharia e ciências ambientais. Porto Alegre: Associação
Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH), (2ª reimpressão), 2015.
COLLISCHONN, W.; TASSI, R. Introduzindo Hidrologia. IPH UFRGS, 2008.
TUCCI, C.E.M. Hidrologia: ciência e aplicação. Editora da UFRGS, 4 ed. 2012. 943p.
VILELLA, S.; MATTOS, A. Hidrologia Aplicada. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975.
Links e documentos indicados ao longo da apresentação.
61

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Bacia Hidrográfica e Balanço Hídrico

Pau dos Ferros/RN

Do ponto de vista da hidrologia da engenharia, ou da engenharia

O elemento fundamental na análise é a Bacia Hidrográfica.

O que é uma Bacia Hidrográfica?

Collischonn e Dornelles, 2015.

A Bacia Hidrográfica é a área de captação

A definição de uma bacia hidrográfica

Collischonn e Dornelles, 2015.

A bacia hidrográfica pode ser considerada como um sistema físico sujeito a:

Entradas de Água Eventos de precipitação

Entrada concentrada no tempo Saída relativamente distribuída no tempo

Collischonn e Dornelles, 2015. 4

Uma bacia hidrográfica é, normalmente, definida por um curso d’água, um

Mapa topográfico Identificação dos divisores de água

Linha imaginária sobre o relevo que divide o escoamento

Collischonn e Dornelles, 2015.

Onde o relevo é apresentado na forma de curvas

Pontos mais altos Pontos mais baixos

Collischonn e Dornelles, 2015.

O divisor identificado a partir de informações de altitudes é denominado de

Em alguns casos o divisor de águas superficiais pode estar afastado do divisor

Em geral, considera-se o mesmo divisor de águas para as águas superficiais e

Collischonn e Dornelles, 2015. 7

Collischonn e Dornelles, 2015.

Devem ser traçados os divisores de

O divisor de águas cruza o curso

Collischonn e Dornelles, 2015. 9

Collischonn e Tassi, 2008. 10

Collischonn e Dornelles, 2015. 11

Lima, D. F., 2021. Não Publicado.

Lima, D. F., 2021. Não Publicado.

Diversos fatores influenciam na forma como a água da chuva

Collischonn e Dornelles, 2015. 13

Citada por Tundisi et al., 2008.

Área da Bacia Lâmina Precipitada Volume recebido

Collischonn e Dornelles, 2015; Tucci, 2012. 15

Amplitude Diferença entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo da

✓ A amplitude altimétrica tem relação com a energia

Collischonn e Dornelles, 2015. 16

Perfil Longitudinal Obtido elaborando um gráfico da altitude pela distância

Comprimento de O curso d’água principal pode ser definido como o mais

✓ Calculado somando-se os comprimentos dos

Collischonn e Dornelles, 2015. 17

Collischonn e Dornelles, 2015; Collischonn e Tassi, 2008. 18

Tempo de Concentração – Equação de Kirpich

0,385 tc – Tempo de concentração (minutos)

Collischonn e Dornelles, 2015. 19

Equação Watt e Chow

Collischonn e Dornelles, 2015. 20

Formato mais Alongado Formato mais Circular

Se as demais variáveis forem iguais (solos, geologia, declividade, etc.), as

Collischonn e Dornelles, 2015. 21

Influência da forma das bacias hidrográficas na formação do hidrograma,

Collischonn e Dornelles, 2015. 22

Ao longo do tempo foram propostos diversos índices e coeficientes como

Esses índices têm utilidade prática muito limitada, especialmente quando

Os índices podem ser substituídos com vantagem por análises do hidrograma

Collischonn e Dornelles, 2015. 23

Forma da Bacia – Coeficiente de Compacidade (kc) ou Índice de Gravelius

Relação entre o perímetro da bacia e a circunferência (perímetro) de um círculo

Forma da Bacia – Coeficiente de Compacidade (kc) ou Índice de Gravelius