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CONTABILIDADE NO BRASIL

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CONTABILIDADE NO BRASIL

AULA 3

🔴 Base Legal

❖ Lei Complementar 116/2003


❖ Lei Complementar 123/2006
❖ Resolução CGSN 140/2018

🔴 Conceito de Serviços (ISS)

O conceito de serviços é o exercício ou desempenho de quaisquer atividades braçais ou


intelectuais, com a finalidade de obter lucratividade. Assim, serviço significa bem
econômico imaterial, fruto de esforço humano aplicado a obtenção de lucro

Se você quiser saber se algo é devido o ICMS ou ISS se faça a seguinte pergunta:

Com a transação realizada se tem a obrigação de fazer algo ou a obrigação de dar algo?

Se a resposta for obrigação de fazer algo então estamos falando de um Serviço e é


devido o ISS, porém se for entregar algo, então ali há uma comercialização e por isso é
devido o ICMS.

🔴 Conceito de Serviço na Linguagem Comum

Serviço é ação de ser útil; ato ou efeito de servir. É também o estado de quem se
disponibiliza ou atua em benefício de outrem. É ainda a atividade realizada nas fileiras
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das forças armadas, e também o conjunto das funções ou tarefas executadas em


benefício ou por mando de outrem.

🔴 Conceito de Serviço na Linguagem Jurídica

É o exercício de qualquer atividade intelectual ou material com finalidade lucrativa ou


produtiva. É o exercício ou desempenho de quaisquer atividades, materiais ou
intelectuais, com o fim produtivo ou lucrativo; execução de determinado trabalho físico
ou mental. Duração deste trabalho. Assim, serviço significa bem econômico imaterial,
fruto de esforço humano aplicado a produção. É produto da atividade humana
destinado a satisfação de uma necessidade, mas que não se apresenta sob forma de
bem material.

O ISS recai sobre circulação de bem imaterial (serviço). “Se aplica sobre a
obrigação de fazer”.

O ICMS recai sobre circulação de bem material (mercadoria). “Se aplica sobre a
obrigação de dar algo. ”

🔴 Local da Prestação de Serviço

Conforme Art. 3º da Lei Complementar 116 o serviço considera-se prestado e o imposto


devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no
local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII,
quando o imposto será devido no local.

Então de regra geral o ISS é devido para o município do Prestador de Serviço e somente
como exceção são as situações descritas nos incisos do Art. 3º da Lei Complementar 116.

Sendo assim, quando houver serviços elencados nos incisos do Art. 3º o imposto retido
na operação intermunicipal é recolhido em definitivo, e exclusivamente, para a
prefeitura da localidade do serviço prestado, de acordo com as normas dessa
municipalidade.

No caso de retenções por conta de serviços no mesmo munícipio do Prestador de


Serviços faz-se necessário analisar a legislação local do município, mas se houver ela
está balizada no Art. 6º da Lei Complementar 116.
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🔴 Exceções em que o ISS é devido no Local da Prestação de Serviços

I do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de


estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o desta Lei
Complementar;

II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos


serviços descritos no subitem 3.05 da lista anexa;

3 Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras


. estruturas de uso temporário.
0
5

III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da
lista anexa;

7.02 - Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção


civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes,inclusive sondagem, perfuração
de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a
instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de
mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da

prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).

7.19 - Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e


urbanismo.

I – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;

II – das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos


serviços descritos no subitem 7.05 da lista anexa;

III – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem,


separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso
dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista anexa;

IV– da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros


públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso
dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa;

V – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso


dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa;
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VI – do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes


físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista
anexa;

XII – do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e


congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.16 da lista anexa;

XIII – da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e


congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa;

XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da


lista anexa;

XV – onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços


descritos no subitem 11.01 da lista anexa;

XVI – dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados,


nocaso dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa;

XVII – do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do


bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa;

XVIII – da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e


congêneres, no caso dos serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13,
da lista anexa;

12.01 Espetáculos teatrais.

12.02 Exibições cinematográficas.

12.03 Espetáculos circenses.

12.04 Programas de auditório

12.05 Parques de diversões, centros de lazer e congêneres.


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12.06 Boates, taxi-dancing e congêneres

12.07 Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais,


festivais e congêneres.

12.08 Feiras, exposições, congressos e congêneres

12.09 Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não

12.10 Corridas e competições de animais.

12.11 Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com


ousem a participação do espectador.

12.12 Execução de música.

12.14 Fornecimento de música para ambientes fechados ou não,


mediante transmissão por qualquer processo

12.15 Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios elétricos e


congêneres.

Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows,

12.16 concertos, desfiles, óperas, competições esportivas, de destreza


intelectual ou congêneres.

12.17 Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer


natureza.

16.01 Serviços de transporte de natureza municipal.

XX -Do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento,


onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista
anexa;

Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário,

inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários,


17.05
contratados pelo prestador de serviço.

XIX – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento,


organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da lista
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anexa;

17.10 Planejamento, organização e administração de feiras, exposições,


congressos e congêneres.

XX – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou


metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20 da lista anexa.

Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto,


movimentação de passageiros, reboque de embarcações,
rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de
20.01
praticagem, capatazia,

armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios,


movimentação de mercadorias, serviços de apoio marítimo, de

movimentação ao largo, serviços de armadores, estiva, conferência,


logística e congêneres.

Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto, movimentação de


passageiros, armazenagem de qualquer natureza, capatazia,
movimentação de aeronaves, serviços de apoio aeroportuários,
serviços acessórios, movimentação de mercadorias, logística e
20.02
congêneres.

Serviços de terminais rodoviários, ferroviários, metroviários,

movimentação de passageiros, mercadorias, inclusive suas


20.03
operações,logística e congêneres.

XXI - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 4.22, 4.23 e 5.09

Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para


prestação de assistência médica, hospitalar, odontológica e
4.22 congêneres.

Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de


terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos
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4.23 pelo operador do plano mediante indicação do beneficiário.

5.09 Planos de atendimento e assistência médico-veterinária.

XXII - do domicílio do tomador do serviço no caso dos serviços prestados pelas


administradoras de cartão de crédito ou débito e demais descritos no subitem 15.01;

Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de


crédito ou débito e congêneres, de carteira de clientes, de
15.01 chequespré-datados e congêneres.

No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da lista anexa, considera- seocorrido o
fato gerador e devido o imposto em cada Município em cujo territóriohaja extensão de
ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquernatureza, objetos de locação,
sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não.

Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou


permissão
3.04
de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos,
dutose condutos de qualquer natureza.

No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa, considera- se ocorrido o
fato gerador e devido o imposto em cada Município em cujo

território haja extensão de rodovia explorada.

Serviços de exploração de rodovia mediante cobrança de preço ou


pedágio dos usuários, envolvendo execução de serviços de
conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de
capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração,
assistênciaaos usuários e outros serviços definidos em contratos,
22.01 atos de

concessão ou de permissão ou em normas oficiais.


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Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no local do estabelecimento prestador nos


serviços executados em águas marítimas, excetuados os serviçosdescritos no subitem 20.01.

Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto, movimentação


de passageiros, reboque de embarcações, rebocador escoteiro,
atracação, desatracação, serviços de praticagem, capatazia,
armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios,
movimentação de mercadorias, serviços de apoio marítimo, de
movimentação ao largo, serviços de armadores, estiva, conferência,
20.01
logística e congêneres.

🔴 ISS Retido no Simples Nacional

O fato da prestadora de serviço ser optante pelo Simples Nacional, não impede que
haja à retenção na fonte. A empresa optante, porém, precisará informar essas receitas
destacadamente, de modo que o aplicativo PGDAS as desconsidere da base de cálculo
do tributo objeto de retenção na fonte.

No entanto, essas receitas continuam fazendo parte da base de cálculo dos demais
tributos abrangidos pelo Simples Nacional.

Resolução CGSN 140/2018

Art. 25. O valor devido mensalmente pela ME ou EPP optante pelo Simples Nacional
será determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas calculadas na forma
prevista nos arts. 21, 22 e 24 sobre a base de cálculo de que tratam os arts. 16 a 19

§ 9° A ME ou EPP que tenha prestado serviços sujeitos ao ISS deverá informar: (Lei
Complementar n° 123, de 2006, art. 2°, inciso I e § 6°)

Art. 27. A retenção na fonte de ISS da ME ou EPP optante pelo Simples Nacional,
somente será permitida nas hipóteses previstas no art. 3º da Lei Complementar nº 116,
de 2003, observado cumulativamente o seguinte:

I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal


e corresponderá ao percentual efetivo de ISS decorrente da aplicação das tabelas dos
Anexos III, IV ou V desta Resolução para a faixa de receita bruta a que a ME ou EPP
estiver sujeita no mês anterior ao da prestação

O imposto retido em operações intermunicipais é recolhido em definitivo, e


exclusivamente, para a prefeitura da localidade do serviço prestado, de acordo comas
normas dessa municipalidade.

No caso de retenções por conta de serviços realizados no município onde se encontra


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o prestador, faz-se necessário analisar a legislação local.

A responsabilidade será por transferência quando a lei atribuir o dever de pagar


tributo à a outra empresa e se encontra no Art. 6º da Lei Complementar 116, sendo a
transferência em decorrência de fato posterior à incidência da obrigação tributária. A
responsabilidade tributária por transferência, pode ser por solidariedade, por
responsabilidade dos sucessores e por responsabilidade de terceiros.

Já que os municípios podem atribuir a responsabilidade ao contratante do serviço, é


importante você estar ciente de que nesse caso a retenção pode variar de município
para município devendo assim consultar a legislação local.

Mas para deixar tudo de forma mais prática podemos elencar as retenções
estabelecidas pelos próprios municípios, dentro dos limites de suas competências, e
as retenções compulsórias, pois o artigo 6° da LC 116/2003 já determina que são
responsáveis:

1) o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja


prestação tenha se iniciado no exterior do País;

2) a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos


seguintes serviços:

a) cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso


temporário;

b) execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de


construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive
sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem,
pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e
equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de
serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS)

c) Demolição;

d) Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e


congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos
serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS);

🔴 Transferência Responsabilidade Tributária

A responsabilidade será por transferência quando a lei atribuir o dever de pagar


tributo à pessoa não vinculada ao fato gerador, tendo o mesmo sido anteriormente
atribuído à outra, sendo a transferência em decorrência de fato posterior à incidência
da obrigação tributária. A responsabilidade tributária por transferência, pode ser por
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solidariedade, por responsabilidade dos sucessores e por responsabilidade de


terceiros.

🔴 Tratamento do Imposto Retido

O imposto retido em operações intermunicipais é recolhido em definitivo, e


exclusivamente, para a prefeitura da localidade do serviço prestado, de acordo com as
normas dessa municipalidade.

No caso de retenções por conta de serviços realizados no município onde se encontra


o prestador, faz-se necessário analisar a legislação local.

No caso da construção civil, cuja haja retenção, a título de antecipação, de 1% (um por
cento) do valor bruto do serviço, o contribuinte fará a dedução posteriormente do
imposto devido na apuração mensal da pessoa jurídica.

🔴 Base de Cálculo do ISS

A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. Porém, nada impede que as normas
municipais adotem procedimentos que sejam mais favoráveis ao contribuinte, dentro
é claro, dos limites impostos pela Lei Complementar 157 37/2002, de forma a ajustar a
carga tributária a cada situação em particular.

É necessário esclarecer que do total do serviço não se pode excluir, para fins de base
de cálculo do ISS, parcelas relativamente a outros impostos retidos (IRF, PIS, Cofins e
INSS).

🔴 Serviços Sujeitos à Retenção

Haja visto que os municípios podem atribuir a responsabilidade a terceira pessoa, é


importante o contribuinte consultar a legislação local para confirmar as disposições de
cada ente tributário.

Por este motivo, em termos práticos, temos as retenções estabelecidas pelos próprios
municípios, dentro dos limites de suas competências, e as retenções compulsórias,
pois o artigo 6° da LC 116/2003 já determina que são responsáveis:

1) o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja


prestação tenha se iniciado no exterior do País;

2) a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos


seguintes serviços:
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a) cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário;

b) execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de


construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive
sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem,
pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e
equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de
serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS)

c) Demolição;

d) Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e


congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos
serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS);

🔴 Recolhimento do ISS Retido

Nos casos de substituição da responsabilidade o contratante do serviço deve efetuar


a retenção na fonte e o recolhimento do ISS. Para isso, em regra geral, o recolhimento
do ISS deve ser feito em nome do contratante do serviço, em conformidade com a
legislação local. O contratante deve preencher o documento de arrecadação em seu
nome.

Isto ocorre porque, geralmente, as prefeituras estabelecem a obrigatoriedade da


retenção apenas para os prestadores de serviços de fora do município e, assim sendo,
por vezes estes não têm inscrição municipal naquela localidade.

🔴 Percentual de repartição dos tributos

Para encontrar os percentuais efetivos de cada tributo, deverá multiplicar o percentual


de repartição constante dos Anexos I a V

a) o percentual efetivo máximo destinado ao ISS será de 5%, transferindo-se eventual


diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita
bruta anual;

b) eventual diferença centesimal entre o total dos percentuais e a alíquota efetiva será
transferida para o tributo com maior percentual de repartição na respectiva faixa de
receita bruta.
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🔴 FATOR “R”

A empresa optante pelo Simples Nacional que obter receitas decorrentes da prestação
de serviços previstas no inciso V deverá apurar o fator “R”, que é a relação entre

a) folha de salários, incluídos encargos, nos 12 meses anteriores ao período de


apuração; e

b) receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração.

O valor da folha de salários nos últimos 12 meses inclui:

▪ Remunerações pagas a segurados empregados e trabalhadores avulsos;


▪ Pró-labore
▪ Autônomos
▪ 13° salário, agregado na competência da incidência da contribuição previdenciária.
▪ A CPP (Contribuição Patronal Previdenciária) (dentro do Simples Nacional); e
▪ FGTS

Fórmula para Determinação do fator “R”

FOLHA DE PAGAMENTOS ÚLTIMOS 12 MESES

RECEITA BRUTA TOTAL ÚLTIMOS 12 MESES

❖ Se o fator “R” for igual ou superior a 28%, a receita de prestação de serviço será
tributada na forma do Anexo III.
❖ Quando o fator “R” for inferior a 28%, a receita de prestação de serviço será tributada
na forma do Anexo V.

🔴 Fator “R” no mês de início de atividade e meses subsequentes

Para o cálculo do fator “R” referente ao período de apuração do mês de início de


atividades:

Caso a Folha de Pagamentos e Receita Bruta do Mês forem maiores do que 0,


determine o fator “R” pela à divisão entre a FS12 e a RBT12.
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Para o cálculo do fator “R” referente ao período de apuração posterior ao mês de


início de atividades

Proporcionalizar Folha de Pagamentos e Receita Bruta referente a quantidade de


meses.

Exemplo:

Empresa com 4 meses, soma a folha de pagamento divide por 4 e multiplica por 12,
faça o mesmo com a Receita Bruta. Divida Folha de Pagamento proporcional
encontrada pela Receita Bruta proporcional encontrada.

🔴 Anexo III - Serviços


Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)

1ª Faixa Até 180.000,00 6,00% -

2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% 9.360,00

3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 13,50% 17.640,00

De 720.000,01 a
4ª Faixa 16,00% 35.640,00
1.800.000,00

De 1.800.000,01 a
5ª Faixa 21,00% 125.640,00
3.600.000,00

De 3.600.000,01 a
6ª Faixa 33,00% 648.000,00
4.800.000,00

Percentual de Repartição dos Tributos


Faixas
IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ISS (*)

1ª Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50%

2ª Faixa 4,00% 3,50% 14,05% 3,05% 43,40% 32,00%

3ª Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50%

4ª Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50%

5ª Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50% (*)


CONTABILIDADE NO BRASIL

6ª Faixa 35,00% 15,00% 16,03% 3,47% 30,50% -

(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos
tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5ª faixa, quando a alíquota efetiva for
superior a 14,92537%, a repartição será:

Faixa IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ISS

5ª Faixa, com Percentual


alíquota efetiva (Alíquota efetiva - (Alíquota efetiva - (Alíquota efetiva - (Alíquota efetiva - (Alíquota efetiva - de ISS
superior a 5%) x6,02% 5%) x5,26% 5%) x19,28% 5%) x4,18% 5%) x 65,26% fixo em 5
14,92537% %

🔴 Anexo IV – Serviços (Advogados – Cessão de Mão de Obra)

Valor a Deduzir
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota
(em R$)

1ª Faixa Até 180.000,00 4,50% –

2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% 8.100,00

3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% 12.420,00

4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% 39.780,00

5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 22,00% 183.780,00

6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 828.000,00

Percentual de Repartição dos Tributos


Faixas
IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep ISS (*)

1ª Faixa 18,80% 15,20% 17,67% 3,83% 44,50%

2ª Faixa 19,80% 15,20% 20,55% 4,45% 40,00%

3ª Faixa 20,80% 15,20% 19,73% 4,27% 40,00%

4ª Faixa 17,80% 19,20% 18,90% 4,10% 40,00%

5ª Faixa 18,80% 19,20% 18,08% 3,92% 40,00% (*)

6ª Faixa 53,50% 21,50% 20,55% 4,45% –

(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos
tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5ª faixa, quando a alíquota efetiva for
superior a 12,5%, a repartição será:

Faixa IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep ISS

5ª Faixa, (Alíquota efetiva - 5%) (Alíquota efetiva - (Alíquota efetiva - 5%) x (Alíquota efetiva - Percentual de
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com x 31,33% 5%) x 32,00% 30,13% 5%) x 6,54% ISS fixo em 5%


alíquota
efetiva
superior a
12,5%

🔴 Anexo V – Serviços (serviços relacionados no §5°-I do artigo 18 da Lei Complementar


n° 123/2006)

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)

1ª Faixa Até 180.000,00 15,50% –

2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% 4.500,00

3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% 9.900,00

De 720.000,01 a
4ª Faixa 20,50% 17.100,00
1.800.000,00

De 1.800.000,01 a
5ª Faixa 23,00% 62.100,00
3.600.000,00

De 3.600.000,01 a
6ª Faixa 30,50% 540.000,00
4.800.000,00

Percentual de Repartição dos Tributos


Faixas
IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ISS

1ª Faixa 25,00% 15,00% 14,10% 3,05% 28,85% 14,00%

2ª Faixa 23,00% 15,00% 14,10% 3,05% 27,85% 17,00%

3ª Faixa 24,00% 15,00% 14,92% 3,23% 23,85% 19,00%

4ª Faixa 21,00% 15,00% 15,74% 3,41% 23,85% 21,00%

5ª Faixa 23,00% 12,50% 14,10% 3,05% 23,85% 23,50%

6ª Faixa 35,00% 15,50% 16,44% 3,56% 29,50% –

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