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ARTHUR BASTOS
LIVRO I:
“O bem é aquilo a que todas as coisas forma que se pode considerá-las como
tendem. Mas observa-se entre os fins existindo por convenção apenas, e não
uma certa diferença: alguns são por natureza. E em torno dos bens há uma
atividades, outros são produtos distintos flutuação semelhante, pelo fato de serem
das atividades que os produzem. Onde prejudiciais a muitos: houve, por
existem fins distintos das ações, são eles exemplo, quem perecesse devido à sua
por natureza mais excelentes do que riqueza, e outros por causa da sua
estas” coragem.”
“Se, pois, para as coisas que fazemos “O homem que foi instruído a respeito de
existe um fim que desejamos por ele um assunto é bom juiz nesse assunto, e o
mesmo e tudo o mais é desejado no homem que recebeu instrução sobre
interesse desse fim; e se é verdade que todas as coisas é bom juiz em geral.”
nem toda coisa desejamos com vistas em “Todo conhecimento e todo trabalho visa
outra (porque, então, o processo se a algum bem, quais afirmamos ser os
repetiria ao infinito, e inútil e vão seria o objetivos da ciência política e qual é o
nosso desejar), evidentemente tal fim mais alto de todos os bens que se podem
será o bem, ou antes, o sumo bem.” alcançar pela ação.”
“Esforcemo-nos por determinar, ainda “Há uma diferença entre os argumentos
que em linhas gerais apenas, o que seja que procedem dos primeiros princípios e
ele e de qual das ciências ou faculdades os que se voltam para eles. O próprio
constitui o objeto.” Platão havia levantado esta questão,
“Nossa discussão será adequada se tiver perguntando, como costumava fazer:
tanta clareza quanto comporta o assunto, "nosso caminho parte dos primeiros
pois não se deve exigir a precisão em princípios ou se dirige para eles?" há aí
todos os raciocínios por igual, assim uma diferença, como há, num estádio,
como não se deve buscá-la nos produtos entre a reta que vai dos juízes ao ponto de
de todas as artes mecânicas.” retorno e o caminho de volta”
“As ações belas e justas, que a ciência “A julgar pela vida que os homens levam
política investiga, admitem grande em geral, a maioria deles, e os homens de
variedade e flutuações de opinião, de tipo mais vulgar, parecem (não sem um
certo fundamento) identificar o bem ou a “Seria melhor, talvez, considerar o bem
felicidade com o prazer, e por isso amam universal e discutir a fundo o que se
a vida dos gozos. Pode-se dizer, com entende por isso, embora tal investigação
efeito, que existem três tipos principais nos seja dificultada pela amizade que nos
de vida: a que acabamos de mencionar, a une àqueles que introduziram as formas.”
vida política e a contemplativa.” “A palavra "bem" tem tantos sentidos
“Grande maioria dos homens se mostram quantos "ser” (...) O bem não pode ser
em tudo iguais a escravos, preferindo algo único e universalmente presente,
uma vida bestial, mas encontram certa pois se assim fosse não poderia ser
justificação para pensar assim no fato de predicado em todas as categorias, mas
muitas pessoas altamente colocadas somente numa.”
partilharem os gostos de sardanapalo (rei “Não haverá nada de bom em si mesmo
mítico da assíria)” senão a idéia do bem? Nesse caso, a
“Pessoas de grande refinamento e índole forma se esvaziará de todo sentido. Mas,
ativa identificam a felicidade com a se as coisas que indicamos também são
honra; pois a honra é, em suma, a boas em si mesmas, o conceito do bem
finalidade da vida política. No entanto, terá de ser idêntico em todas elas, assim
afigura-se demasiado superficial para ser como o da brancura é idêntico na neve e
aquela que buscamos, visto que depende no alvaiade. Mas quanto à honra, à
mais de quem a confere que de quem a sabedoria e ao prazer, no que se refere à
recebe, enquanto o bem nos parece ser sua bondade, os conceitos são diversos e
algo próprio de um homem e que distintos. O bem, por conseguinte, não é
dificilmente lhe poderia ser arrebatado.” uma espécie de elemento comum que
“Os homens buscam a honra para corresponda a uma só idéia.”
convencerem-se a si mesmos de que são “Se existe uma finalidade para tudo que
bons.” fazemos, essa será o bem realizável
“Poder-se-ia mesmo supor que a virtude, mediante a ação; e, se há mais de uma,
e não a honra, é a finalidade da vida serão os bens realizáveis através dela”.
política.” “Os fins são vários e nós escolhemos
“Quanto à vida consagrada ao ganho, é alguns dentre eles (como a riqueza, as
uma vida forçada, e a riqueza não é flautas9 e os instrumentos em geral),
evidentemente o bem que procuramos: é segue-se que nem todos os fins são
algo de útil, nada mais, e ambicionado no absolutos; mas o sumo bem é claramente
interesse de outra coisa.” algo de absoluto.”
“Considerado sob o ângulo da praticamente a felicidade como uma
autossuficiência, o raciocínio parece espécie de boa vida e boa ação.”
chegar ao mesmo resultado, porque o “Sua própria vida é aprazível por si
bem absoluto é considerado como mesma. Com efeito, o prazer é um estado
autossuficiente.” da alma, e para cada homem é agradável
“Por ora definimos a autossuficiência aquilo que ele ama
como sendo aquilo que, em si mesmo, Ora, na maioria dos homens os prazeres
torna a vida desejável e carente de nada. estão em conflito uns com os outros
E como tal entendemos a felicidade, porque não são aprazíveis por natureza,
considerando-a, além disso, a mais mas os amantes do que é nobre se
desejável de todas as coisas, sem contá-la comprazem em coisas que têm aquela
como um bem entre outros.” qualidade; tal é o caso dos atos virtuosos,
“Ora, dos primeiros princípios que não apenas são aprazíveis a esses
descobrimos alguns pela indução, outros homens, mas em si mesmos e por sua
pela percepção, outros como que por própria natureza”
hábito, e outros ainda de diferentes “Ações virtuosas devem ser aprazíveis
maneiras. Mas a cada conjunto de em si mesmas. Mas são, além disso, boas
princípios devemos investigar da maneira e nobres, e possuem no mais alto grau
natural e esforçar-nos para expressá-los cada um destes atributos, porquanto o
com precisão, pois que eles têm grande homem bom sabe aquilatá-los bem.”
influência sobre o que se segue.” “A felicidade necessita igualmente dos
“Os bens têm sido divididos em três bens exteriores; pois é impossível, ou
classes, e alguns foram descritos como pelo menos não é fácil, realizar atos
exteriores, outros como relativos à alma nobres sem os devidos meios. Em muitas
ou ao corpo. Nós outros consideramos ações utilizamos como instrumentos os
como mais propriamente e amigos, a riqueza e o poder político; e há
verdadeiramente bens os que se coisas cuja ausência empana a felicidade,
relacionam com a alma, e como tais como a nobreza de nascimento, uma boa
classificamos as ações e atividades descendência, a beleza.”
psíquicas.” “O homem feliz parece necessitar
“Outra crença que se harmoniza com a também dessa espécie de prosperidade; e
nossa concepção é a de que o homem por essa razão alguns identificam a
feliz vive bem e age bem; pois definimos felicidade com a boa fortuna, embora
outros a identifiquem com a virtude.”
“O atributo em apreço pertencerá, pois, ações nobres, mas os encômios se
ao homem feliz, que o será durante a vida dirigem aos atos, quer do corpo, quer da
inteira; porque sempre, ou de preferência alma. No entanto, talvez a sutileza nestes
a qualquer outra coisa, estará empenhado assuntos seja mais própria dos que
na ação ou na contemplação virtuosa, e fizeram um estudo dos encômios; para
suportará as vicissitudes da vida com a nós, o que se disse acima deixa bastante
maior nobreza e decoro, se é claro que a felicidade pertence ao número
"verdadeiramente bom" e "honesto acima das coisas estimadas e perfeitas.”
de toda censura".” “O elemento irracional é persuadido pela
“Pequenos incidentes felizes ou infelizes razão, também estão a indicá-lo os
não pesam muito na balança, mas uma conselhos que se costuma dar, assim
multidão de grandes acontecimentos, se como todas as censuras e exortações. E,
nos forem favoráveis, tornará nossa vida se convém afirmar que também esse
mais venturosa e, se se voltarem contra elemento possui um princípio racional, o
nós, poderão esmagar e mutilar a que possui tal princípio (como também o
felicidade, pois que, além de serem que carece dele) será de dupla natureza:
acompanhados de dor, impedem muitas uma parte possuindo-o em si mesma e no
atividades.” sentido rigoroso do termo, e a outra com
“O louvor é apropriado à virtude, pois a tendência de obedecer-lhe como um
graças a ela os homens tendem a praticar filho obedece ao pai.
LIVRO II:
LIVRO III:
“Visto que a virtude se relaciona com tais ações; e aquelas coisas cujo princípio
paixões e ações, e é às paixões e ações motor está em nós, em nós está
voluntárias que se dispensa louvor e igualmente o fazê-las ou não as fazer.”
censura, enquanto as involuntárias “Que espécie de ações se devem, pois,
merecem perdão e às vezes piedade, é chamar forçadas? Respondemos que,
talvez necessário a quem estuda a sem ressalvas de qualquer espécie, as
natureza da virtude distinguir o ações são forçadas quando a causa se
voluntário do involuntário.” encontra nas circunstâncias exteriores e o
“São, pois, consideradas involuntárias agente em nada contribui.”
aquelas coisas que ocorrem sob “Quanto às coisas que em si mesmas são
compulsão ou por ignorância; e é involuntárias, mas, no momento atual e
compulsório ou forçado aquilo cujo devido às vantagens que trazem consigo,
princípio motor se encontra fora de nós e merecem preferência, e cujo princípio
para o qual em nada contribui a pessoa motor se encontra no agente, essas são,
que age e que sente a paixão” como dissemos, involuntárias em si
“Ambos esses termos, "voluntário" e mesmas, porém, no momento atual e em
"involuntário", devem, portanto ser troca dessas vantagens, voluntárias.”
usados com referência ao momento da “Se alguém afirmasse que as coisas
ação. Ora, o homem age voluntariamente, nobres e agradáveis têm um poder
pois nele se encontra o princípio que compulsório porque nos constrangem de
move as partes apropriadas do corpo em fora, para ele todos os atos seriam
compulsórios e forçados, pois tudo que “Como tudo o que se faz constrangido ou
fazemos tem essa motivação. E os que por ignorância é involuntário, o
agem forçados e contra a sua vontade, voluntário parece ser aquilo cujo
agem com dor, mas os que praticam atos princípio motor se encontra no próprio
por sua satisfação própria ou pelo que agente que tenha conhecimento das
aqueles têm de nobre fazem-no com circunstâncias particulares do ato. É de
prazer. É absurdo responsabilizar as presumir que os atos praticados sob o
circunstâncias exteriores e não a si impulso da cólera ou do apetite não
mesmo, julgando-se facilmente arrastado mereçam a qualificação de
por tais atrativos, e declarar-se involuntários.”
responsável pelos atos nobres enquanto “O involuntário é considerado doloroso,
se lança a culpa dos atos vis sobre os mas o que está de acordo com o apetite é
objetos agradáveis.’ agradável.”
“O compulsório parece, pois, ser aquilo “A escolha, pois, parece ser voluntária,
cujo princípio motor se encontra do lado mas não se identifica com o voluntário. O
de fora, para nada contribuindo quem é segundo conceito tem muito mais
forçado.” extensão. Com efeito, tanto as crianças
“Tudo o que se faz por ignorância é não- como os animais inferiores participam da
voluntário, e só o que produz dor e ação voluntária, porém não da escolha; e,
arrependimento é involuntário. Com embora chamemos voluntários os atos
efeito, o homem que fez alguma coisa praticados sob o impulso do momento,
devido à ignorância e não se aflige em não dizemos que foram escolhidos.”
absoluto com o seu ato não agiu “Ainda mais: há contrariedade entre
voluntariamente, visto que não sabia o apetite e escolha, mas entre apetite e
que fazia; mas tampouco agiu apetite, não. E ainda: o apetite relaciona-
involuntariamente, já que isso não lhe se com o agradável e o doloroso; a
causa dor alguma.” escolha, nem com um, nem com o outro.”
“Das pessoas que agem por ignorância, “A escolha não pode visar a coisas
as que se arrependem são consideradas impossíveis, e quem declarasse escolhê-
agentes involuntários, e as que não se las passaria por tolo e ridículo; mas pode-
arrependem podem ser chamadas agentes se desejar o impossível — a imortalidade,
não-voluntários.” por exemplo. E o desejo pode relacionar-
se com coisas em que nenhum efeito
teriam os nossos esforços pessoais, “Depende de nós praticar atos nobres ou
como, por exemplo, que determinado vis, e se é isso que se entende por ser bom
ator ou atleta vença uma competição; mas ou mau, então depende de nós sermos
ninguém escolhe tais coisas, e sim virtuosos ou viciosos.”
aquelas que julga poderem realizar-se “Os vícios da alma são voluntários, senão
graças aos seus esforços.” que também os do corpo o são para
“O desejo relaciona-se com o fim e a alguns homens, aos quais censuramos por
escolha com os meios.” isso mesmo: ao passo que ninguém
“Acresce que a escolha é louvada pelo censura os que são feios por natureza,
fato de relacionar-se com o objeto censuramos os que o são por falta de
conveniente, e não de relacionar-se exercício e de cuidado.”
convenientemente com ele, ao passo que “As ações e as disposições de caráter não
a opinião é louvada quando tem uma são voluntárias do mesmo modo, porque
relação verdadeira com o seu objeto.” de princípio a fim somos senhores de
“O homem é um princípio motor de nossos atos se conhecemos as
ações; ora, a deliberação gira em torno de circunstâncias; mas, embora controlemos
coisas a serem feitas pelo próprio agente, o despontar de nossas disposições de
e as ações têm em vista outra coisa que caráter, o desenvolvimento gradual não é
não elas mesmas. Com efeito, o fim não óbvio, como não o é também na doença;
pode ser objeto de deliberação, mas no entanto, como estava em nosso poder
apenas o meio.” agir ou não agir de tal maneira, as
“A escolha é um desejo deliberado de disposições são voluntárias.”
coisas que estão ao nosso alcance; “Ora, o fim de toda atividade é a
porque, após decidir em resultado de uma conformidade com a correspondente
deliberação, desejamos de acordo com o disposição de caráter.”
que deliberamos.” “O excesso em relação aos prazeres é
“Sendo, pois, o fim aquilo que intemperança, e é culpável.”
desejamos, e o meio aquilo acerca do “O homem temperante leva esse nome
qual deliberamos e que escolhemos, as porque não sofre com a ausência do que
ações relativas ao meio devem concordar é agradável nem com o fato de abster-se
com a escolha e ser voluntárias. Ora, o “O intemperante, pois, almeja todas as
exercício da virtude diz respeito aos coisas agradáveis ou as que mais o são, e
meios.” é levado pelo seu apetite a escolhê-las a
qualquer custo; por isso sofre não apenas “Portanto, os apetites devem ser poucos e
quando não as consegue, mas também moderados, e não se oporem de modo
quando simplesmente anseia por elas algum ao princípio racional — e isso é o
(pois o apetite é doloroso).” que -chamamos obediência e disciplina.”
“A intemperança assemelha-se mais a “Em conclusão: no homem temperante o
uma disposição voluntária do que a elemento apetitivo deve harmonizar-se
covardia, pois a primeira é atuada pelo com o princípio racional, pois o que
prazer e a segunda pela dor; ora, a um nós ambos têm em mira é o nobre, e o homem
procuramos e à outra evitamos; acresce temperante apetece as coisas que deve, da
ainda que a dor transtorna e destrói a maneira e na ocasião devidas; e isso é o
natureza da pessoa que a sente, ao passo que prescreve o princípio racional.”
que o prazer não tem tais efeitos. Logo, a
intemperança é mais voluntária.”
LIVRO IV:
LIVRO V:
“Vemos que todos os homens a fazer o que é justo, que as faz agir
de caráter que torna as pessoas propensas mesmo modo, por injustiça se entende a
disposição que as leva a agir injustamente “Donde se segue que a conjunção do
e a desejar o que é injusto.” termo A com C e de B com D é o que é
“Mas o homem sem lei, assim como o justo na distribuição; e esta espécie do
ganancioso e ímprobo, são considerados justo é intermediária, e o injusto é o que
injustos, de forma que tanto o respeitador viola a proporção; porque o proporcional
da lei como o honesto serão é intermediário, e o justo é proporcional.”
evidentemente justos. O justo é, portanto, “O que é o justo: o proporcional; e o
o respeitador da lei e o probo, e o injusto injusto é o que viola a proporção. Desse
é o homem sem lei e ímprobo.” modo, um dos termos torna-se grande
“A justiça é muitas vezes considerada demais e o outro demasiado pequeno,
a maior das virtudes, e "nem Vésper, nem como realmente acontece na prática;
a estrela-d’alva64" são tão admiráveis; e porque o homem que age injustamente
proverbialmente, "na justiça estão tem excesso e o que é injustamente
compreendidas todas as virtudes". E ela é tratado tem demasiado pouco do que é
a virtude completa no pleno sentido do bom. No caso do mal verifica-se o
termo, por ser o exercício atual da virtude inverso, pois o menor mal é considerado
completa. É completa porque aquele que um bem em comparação com o mal
a possui pode exercer sua virtude não só maior, visto que o primeiro é escolhido
sobre si mesmo, mas também sobre o seu de preferência ao segundo, e o que é
próximo, já que muitos homens são digno de escolha 1 bom, e de duas coisas
capazes de exercer virtude em seus a mais digna de escolha é um bem
assuntos privados, porém não em suas maior.”
relações com os outros.” “Com efeito, a justiça que distribui
“Por essa mesma razão se diz que posses comuns está sempre de acordo
somente a justiça, entre todas as virtudes, com a proporção mencionada acima (e
é o "bem de um outro", visto que se mesmo quando se trata de distribuir os
relaciona com o nosso próximo!” fundos comuns de uma sociedade, ela se
“O pior dos homens é aquele que fará segundo a mesma razão que guardam
exerce a sua maldade tanto para consigo entre si os fundos empregados no negócio
mesmo como para com os seus amigos, e pelos diferentes sócios); e a injustiça
o melhor não é o que exerce a sua virtude contrária a esta espécie de injustiça é a
os seus casos particulares; pois as coisas alguns seres (como aos deuses,
praticadas são muitas, mas dessas cada presumivelmente) não é possível ter uma
uma é uma só, visto • que é universal.” parte excessiva de tais coisas, e a outros,
isto é, os incuravelmente maus, nem a
“E o caráter voluntário ou involuntário
mais mínima parte seria benéfica, mas
do ato que determina se ele é justo ou
todos os bens dessa espécie são nocivos,
injusto, pois, quando é voluntário, é
enquanto para outros são benéficos
censurado, e pela mesma razão se torna
dentro de certos limites. Donde se
um ato de injustiça; de forma que existem
conclui que a justiça é algo
coisas que são injustas, sem que no
essencialmente humano.”
entanto sejam atos de injustiça, se não
estiver presente também a “Metaforicamente e em virtude de