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Livro3 2022 Fisica
Livro3 2022 Fisica
LIVRO
1
3 FÍSICA
CIÊNCIAS DA
Índice
NATUREZA E SUAS
TECNOLOGIAS
EDUARDO FIGUEIREDO
Coordenador e Professor Mecânica
do Curso e Colégio Objetivo
RONALDO FOGO
1 – Estudo do Plano Inclinado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
CAIO SÉRGIO V. CALÇADA
RICARDO HELOU DOCA 2 – Componentes da Força Resultante . . . . . . . . . . . . 8
Professores do Curso e Colégio Objetivo
3 – Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4 – Potência Mecânica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5 – Energia Mecânica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Óptica
1 – Ângulo Limite e Reflexão Total . . . . . . . . . . . . . . 91
Eletrostática
1 – Propriedades do Campo Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
4 – Capacitores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
Ondas
1 – Oscilações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
CAPÍTULO
Mecânica
1 ESTUDO DO
PLANO INCLINADO
1
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Destaque-se o fato de que tal aceleração independe da massa do corpo (fenômeno análogo à queda livre vertical).
As distâncias percorridas num mesmo intervalo de tempo vão aumentando em progressão aritmética.
A bola desliza no plano inclinado em movimento uniformemente variado. As distâncias percorridas num mesmo intervalo de tempo vão aumentando em progressão
aritmética.
1. (UNIFESP-MODELO ENEM) – Conforme noticiou um site da Nestas condições, o módulo da aceleração desenvolvida por uma
Internet, cientistas da Universidade de Berkeley, Estados Unidos, telha, em m/s2, é
“criaram uma malha de microfibras sintéticas que utilizam um a) 3,8 b) 4,2 c) 4,4 d) 5,5 e) 5,6
efeito de altíssima fricção para sustentar cargas em superfícies Dados: coeficiente de atrito = 0,2
lisas”, à semelhança dos “incríveis pelos das patas das lagar- g = 10m/s2; o efeito do ar é desprezível
tixas”. (www.inovacaotecnologica.com.br). Segundo esse site, os Resolução
pesquisadores demonstraram que a malha criada “consegue
suportar uma moeda sobre uma superfície de vidro inclinada a até
80°” (veja a foto).
Dados sen 80° = 0,98,
cos 80° = 0,17 e tg 80° = 5,7
Resolução
→
Além da força F, o bloco está sujeito às seguintes forças:
→
1) o seu peso P, aplicado pela Terra, que é decomposto em uma
→ →
componente tangencial Pt e uma componente normal Pn.
2
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→
2) a reação de apoio R, aplicada pelo plano, que é decomposta 5. No esquema da figura, o fio e a polia são ideais e não se conside-
→
em uma componente de atrito Fat e uma componente normal ra a resistência do ar. O sistema é abandonado do repouso.
→ Os blocos A e B têm massas de 2,0kg.
Fn.
O módulo da aceleração de gravidade vale 10,0m/s2 e ␣ = 30°.
Como a aceleração do bloco não tem componente na direção
normal ao plano, obtemos:
→ → →
F + P = 0 ⇒ Fn = Pn = mg cos
n n
F – (mg sen + mg cos ) = ma 6. (UFBA) – A figura abaixo mostra um plano inclinado sobre o qual
F – 400 (0,50 + 0,40 . 0,87) = 40 . 2,0 desliza, sem atrito, uma plataforma P, munida de uma balança B,
sobre a qual se encontra um bloco
F – 339 = 80 ⇒ F 419N de massa 40 kg. Determine a
massa m’ que deve ser colocada
Resposta: A nessa balança, em repouso, para
se ter um peso igual ao peso
4. (UFPE) – No plano inclinado da figura abaixo, o bloco de massa M aparente da massa m.
desce com aceleração dirigida para baixo e de módulo igual a 1
2,0m/s2, puxando o bloco de massa m. Dados: cos (60°) = ––
2
3
sen (60°) = –––––
2
Resolução
O sistema constituído pela plataforma, balança e bloco desce o
plano inclinado com uma aceleração paralela ao plano e com
intensidade dada pela 2.a Lei de Newton:
Pt = Ma
Sabendo-se que não há atrito de qualquer espécie, qual é o valor
da razão M/m? Considere g = 10,0m/s2 e despreze o efeito do ar. Mg sen = Ma ⇒ a = g sen
Resolução
A indicação da balança é provocada pela força vertical que o bloco
O bloco de massa M é solicitado para baixo pela componente
exerce sobre ela e cuja intensidade indicamos por FN.
tangencial de seu peso (Pt = Mg sen ).
O bloco de massa m é solicitado para baixo pelo seu peso (P’ = mg).
A força resultante, que acelera o sistema constituído pelos blocos
M e m, tem intensidade dada pela diferença entre Pt e P’.
Aplicando-se a 2.a Lei de Newton ao sistema (M + m), tem-se:
Pt – P’ = (M + m) a
3
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2 3
–––––
2
ay = g 3 ⇒ ay = ––– g 8. Considere um trilho
4 circular de raio R em um
plano vertical e fixo no
Estudando-se apenas o movimento vertical do bloco e aplicando- solo horizontal, conforme
se a 2.a Lei de Newton, temos: mostra a figura.
Considere um plano
inclinado sem atrito com
uma das extremidades
P – FN = m ay presa em A e a outra em
um ponto qualquer B do
3 mg trilho circular.
mg – FN = m ––– g ⇒ FN = ––––
4 4 Uma partícula abandonada
em A desliza ao longo do
plano, gastando um tempo
Portanto, a indicação da balança (peso aparente) corresponde a um T para atingir o ponto B.
quarto do peso do bloco de massa m. Sendo g o módulo da aceleração da gravidade,
Para que a balança, em repouso, dê a mesma indicação, o corpo co- a) demonstre que, mantendo-se fixo o ponto A, o tempo gasto
m para atingir o ponto B independe da posição escolhida para B,
locado sobre ela deve ter uma massa m’ dada por: m’ = ––– = 10kg. isto é, é o mesmo ao longo de qualquer corda da
4
Resposta: 10kg circunferência que tenha o ponto A como uma das
→ extremidades.
7. (MACKENZIE-SP) – Um corpo de peso P sobe o plano inclinado b) demonstre que, se a partícula partisse do repouso em A, em
com movimento acelerado, devido à queda livre vertical, o tempo gasto de A até D também seria
→
ação da força horizontal F , de igual a T.
intensidade igual ao dobro da de seu Resolução
peso. O atrito entre as superfícies a) 1) A partícula terá uma aceleração de módulo a dada por:
em contato tem coeficiente dinâmico
igual a 0,4.
PFD: Pt = ma
mg sen = ma
Dados:
g = 10 m/s2; cos ␣ = 0,8; sen ␣ = 0,6 a = g sen
O módulo da aceleração do corpo é:
a) 3,5 m/s2 b) 3,0 m/s2 c) 2,5 m/s2
d) 2,0 m/s2 e) 1,5 m/s2
Resolução 2) Na figura, o ângulo de vértice B no ⌬ABD é reto e,
portanto, o ângulo de vértice D no mesmo triângulo
também vale (lados perpendiculares aos de ).
No triângulo ABD, temos:
AB
sen = ––– ⇒ AB = 2 R sen
2R
Ft = F cos ␣ = 2mg . 0,8 = 1,6mg g sen R
2R sen = ––––––– T2 ⇒ T=2 ––––
Fn = F sen ␣ = 2mg . 0,6 = 1,2mg 2 g
2) Componentes do peso:
Pt = P sen ␣ = mg . 0,6 Observe que o valor de T independe do ângulo , ou seja,
independe da particular posição do ponto B.
Pn = P cos ␣ = mg . 0,8
3) Na direção normal ao plano: b) Em queda livre vertical, temos:
Rn = Pn + Fn ␥
⌬s = v0t + –– t2 (MUV)
Rn = 0,8mg + 1,2mg = 2,0mg 2
4) Força de atrito:
Fat = Rn = 0,4 . 2,0mg = 0,8mg
g R
5) Aplicação da 2.a Lei de Newton: 2R = –– (T’)2 ⇒ T’ = 2 –––– = T
2 g
Ft – (Pt + Fat) = ma
4
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→ → → → → →
9. (FUVEST-SP) – O mostrador de uma balança, quando um objeto a) f1 = f2 = 0 b) f1 = f2 ≠ 0 c) f1 > f2
é colocado sobre ela, indica 100N, como esquematizado em A. Se
→ → → → →
tal balança estiver desnivelada, como se observa em B, seu d) f1 < f2 e) f1 + f2 = mg
mostrador deverá indicar, para esse mesmo objeto, o valor de
a) 125N b) 120N c) 100N d) 80N d) 75N
12. Roupas e acessórios de alta tecnologia, que minimizam os efeitos
de resistência do ar e do atrito com a neve, permitem aos es-
quiadores em descidas de montanha atingir velocidades
equivalentes às dos carros de Fórmula 1. Um esquiador que utiliza
tais equipamentos parte do repouso no topo de uma pista de
competição e atinge a velocidade escalar de 288km/h no seu final.
Determine o comprimento dessa pista, considerando-a retilínea e
formando um ângulo de 53° com o plano horizontal.
Considere: g = 10m/s2; sen 53° = 0,80; cos 53° = 0,60
a)
2gLsen b)
g(sen – cos )
11. (FATEC-SP) – Dois blocos, um de massa m e outro de massa c)
2gL(sen – cos ) d)
gL(sen + cos )
m
––– deslizam sem atrito sobre uma superfície inclinada de 30° 15. Considere um plano inclinado de 30o em relação à horizontal e um
2
bloco abandonado do repouso de um ponto A.
com a horizontal.
O bloco escorrega livremente sem atrito de A para B e a partir
Dados:
desse ponto penetra em uma região onde o coeficiente de atrito
sen 30° = 0,50;
é constante e para em um ponto C.
cos 30° = 0,87; m = 20 kg
→
Sabe-se que os tempos gastos entre A e B e entre B e C são
Sendo f1 a força que o corpo (1) iguais e valem 1,0s.
→
exerce em (2) e f2 a força que Adote g = 10m/s2 e despreze o efeito do ar.
o corpo (2) exerce em (1), é Pedem-se:
a) o coeficiente de atrito entre o bloco e o plano inclinado no tre-
correto afirmar que:
cho BC;
5
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b) o módulo da velocidade do bloco no ponto B; Desprezando-se o peso da corda e da segunda roldana, bem
c) construir o gráfico da velocidade escalar do bloco em função como os efeitos de atrito, determine o módulo da aceleração
do tempo no deslocamento de A para C. para cada um dos dois blocos.
A aceleração da gravidade tem módulo g = 10m/s2, 21. (UFPR-MODELO ENEM) – O empregado de uma transportadora
sen 30° = 0,50 e cos 30° = 0,87. precisa descarregar de dentro do seu caminhão um balcão de
Desprezando-se o peso da corda, bem como os efeitos de atri- 200kg. Para facilitar a tarefa do empregado, esse tipo de
to, determine o módulo da aceleração do bloco de massa M1. caminhão é dotado de uma rampa, pela qual se podem deslizar os
b) No mesmo sistema, o bloco de massa M2 é preso agora a uma objetos de dentro do caminhão até o solo sem muito esforço.
segunda roldana. A corda em uma das extremidades está Considere que o balcão está completamente sobre a rampa e
fixada no ponto A, conforme figura abaixo. deslizando para baixo. O empregado aplica nele uma força para-
lela à superfície da rampa, segurando-o, de modo que o balcão
desça até o solo com velocidade constante. Adote g = 10m/s2.
Desprezando-se a força de atrito entre o balcão e a rampa, e
supondo-se que esta forme um ângulo de 30° com o solo, o
módulo da força paralela ao plano inclinado exercida pelo
empregado é igual a:
a) 200N b) 1000N c) 1000 3 N
d) 2000N e) 2000 3 N
6
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24) A 25) A
7
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CAPÍTULO
Mecânica
2 COMPONENTES DA
FORÇA RESULTANTE
→
1. Força resultante ( F ) → → →
a = at + acp
Consideremos uma partícula em trajetória curva e
movimento não uniforme em relação a um sistema de
→ → V2
referência inercial. com | at | = | ␥ | e | acp | = –––
→ R
Admitamos que atuem sobre a partícula n forças F1,
→ → em que:
F2, ..., Fn. Cada uma dessas forças admite uma reação, de
acordo com a 3.a Lei de Newton; tais reações estão apli- ␥ = aceleração escalar;
cadas nos agentes físicos que atuaram sobre a partícula. V = velocidade escalar;
As n forças atuantes admitem uma força resultante R = raio de curvatura da trajetória.
→ → → → →
F , que é dada pela soma vetorial: F = F1 + F2 + ... + Fn.
Compreende-se, pois, que a força resultante não é uma
Sendo m a massa da partícula, de acordo com a 2.a
força a mais a atuar na partícula, mas sim uma força hi- Lei de Newton, podemos escrever a expressão da força
→
potética que, substituindo a ação real das n forças atuan- resultante F :
tes, é capaz de proporcionar à partícula a mesma acelera-
→
ção (→ a ) que foi produzida pelo sistema das n forças. F=m.→
a = m( →
at + →
acp)
Do exposto, percebe-se que não cabe falar em reação
→ → →
da força resultante, a não ser no caso particular em que ou ainda: F = m . at + m . acp
apenas uma força atua na partícula, quando, então, a re-
sultante coincidirá com essa força única. A expressão apresentada mostra-nos que a força re-
→ →
A força resultante F traduz a ação combinada e si- sultante ( F ) também pode, à semelhança da aceleração
multânea das n forças e é responsável por toda e qualquer vetorial, ser decomposta em duas parcelas:
mudança de velocidade da partícula em qualquer de suas →
características vetoriais: módulo, direção e sentido. 1. Componente tangencial: | Ft | = m | ␥ |
→ V2
2. Componentes 2. Componente centrípeta: | Fcp | = m –––
R
da força resultante
Da Cinemática Vetorial, lembramos a expressão da A figura a seguir mostra essa decomposição feita
→
aceleração vetorial ( a ) de uma partícula: graficamente:
8
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4. Componente centrípeta
→
A componente centrípeta (Fcp) está ligada à variação
de direção da velocidade vetorial, isto é, é usada para
“curvar” a trajetória.
Toda trajetória curva tem como causa determinante a
componente centrípeta da força resultante.
Cumpre salientar que a intensidade da componente
centrípeta da resultante depende da massa da partícula
(m), da velocidade escalar com que a partícula faz a
→ → → curva (V) e da geometria da curva (raio de curvatura R).
É evidente que F = Ft + Fcp ou, então, relacionando Para m e R constantes, a intensidade da componente
apenas as intensidades das forças, pela aplicação do Teo- centrípeta será proporcional ao quadrado da velocidade
rema de Pitágoras, temos: escalar:
→ → → → m
| F |2 = | Ft |2 + | Fcp |2 |Fcp| = ––– V2 = kV2
R
k
3. Componente tangencial
→ Representamos a seguir, para m e R constantes, os
A componente tangencial Ft está ligada às variações gráficos da intensidade da componente centrípeta da
do módulo da velocidade vetorial, isto é, é usada para resultante em função da velocidade escalar (V) e em
acelerar ou retardar a partícula. Toda mudança de módulo função do quadrado da velocidade escalar (V2).
da velocidade tem como causa determinante a compo-
nente tangencial da força resultante.
A componente tangencial da resultante e a velocida-
de vetorial, supostas não nulas, terão sempre a mesma di-
reção, que é a da reta tangente à trajetória.
Quando o movimento é acelerado, isto é, o módulo da→
velocidade está aumentando, a componente tangencial Ft
terá o mesmo sentido da velocidade vetorial e, quando o
movimento é retardado, a componente tangencial da re- N m
tg ␣ = –––
sultante terá sentido oposto ao da velocidade vetorial. R
→
A componente
→
centrípeta da resultante Fcp e a veloci-
dade vetorial V, supostas não nulas, têm direções per-
pendiculares entre si, pois a velocidade vetorial tem a di-
reção da tangente à trajetória e a componente centrípeta
tem a direção da normal à trajetória.
→ A componente centrípeta da resultante terá módulo
A componente tangencial Ft será constantemente nu-
la, ou quando a partícula estiver em repouso ou quando mV2
constante –––– , por exemplo, no movimento circular
seu movimento for uniforme com qualquer trajetória. R
Note que a intensidade da componente tangencial (m |␥ |) uniforme e no movimento helicoidal (a trajetória é uma
é independente da trajetória e somente será nula quando hélice cilíndrica) uniforme.
a aceleração escalar for nula. Sendo continuamente normal à trajetória, a compo-
A componente tangencial da resultante terá módulo nente centrípeta da resultante, suposta não nula, nunca
constante (m | ␥ |) e não nulo, nos movimentos unifor- terá direção constante e, portanto, nunca será vetorial-
memente variados (␥ = cte ≠ 0), com qualquer trajetória. mente constante.
9
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→
A componente centrípeta da resultante (Fcp) será cons-
tantemente nula, ou quando a partícula estiver em repouso
(V = 0) ou quando a trajetória for retilínea (R → ⬁).
→
Assim, a força resultante ( F ) se reduz à sua compo-
nente centrípeta:
→ → mV2
| F | = | Fcp | = ––––
R
m mV02 2m␥
Nos movimentos uniformes (␥ = 0), a componente Assim: Fcp = ––– (V02 + 2 ␥ ⌬s) = ––––– + –––– ⌬s
tangencial da resultante é constantemente nula. R R R
No movimento circular e uniforme (MCU), a com- mV02 2m␥
ponente centrípeta da resultante tem módulo constante Sendo –––– uma constante (k1) e –––– outra cons-
R R
mV2
––––– , porém varia em direção e, portanto, é uma for- tante (k2), temos: Fcp = k1 + k2 ⌬s e, portanto, a intensi-
R
dade da componente centrípeta da resultante será função
ça variável. do 1.o grau da variação de espaço (⌬s).
10
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→
Em particular, para V0 = 0 (móvel parte do repouso), 1.o caso: A velocidade vetorial inicial ( V0) é nula
→
a intensidade da componente centrípeta será proporcio- ou tem a mesma direção da força resultante ( F ).
nal a ⌬s. Nesse caso, a partícula terá trajetória retilínea na
mesma direção da força e o movimento será uniforme-
mente variado. →
2.o caso: A velocidade vetorial inicial (V0) não é
nula e tem direção não coincidente com a da força
→
resultante F.
Nesse caso, o movimento da partícula pode ser de-
composto em dois movimentos parciais:
I. Movimento →
numa direção normal à direção da
força resultante F.
Tal movimento será isento de forças e, portanto, do
tipo retilíneo e uniforme, tendo como velocidade vetorial
→
→
constante a projeção de V0 nessa direção normal a F.
→
Podemos ainda estudar a variação da componente II.Movimento na direção da força resultante F.
centrípeta da resultante com o tempo de trajeto (t). Tal movimento será do tipo retilíneo e uniformemen-
mV2 te variado, tendo como velocidade inicial a projeção de
→ →
Fcp = ––––, em que V = V0 + ␥ t V0 na direção de F e como módulo da aceleração o quo-
R
m F
ciente ––– , em que m é a massa da partícula.
Logo: Fcp = –– (V0 + ␥ t)2 m
R
O gráfico da função Fcp = f(t) será um arco de pará- A composição desses dois movimentos parciais nos dá
bola. o movimento da partícula com trajetória parabólica e ace-
m ␥2
Em particular, para V0 = 0, teremos: Fcp = ––––– t2. leração escalar variável. (Não é uniformemente variado.)
R
11
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→
Resolução A força ( F ), que o chão exerce sobre o carro, admite duas com-
Como, no instante focalizado, a velocidade é nula, a componente ponentes:
centrípeta da força resultante é nula e a força resultante só tem → →
1) Componente normal ao chão Fn, que equilibra o peso P do
componente tangencial que é perpendicular ao fio: seta IV.
carro. →
Resposta: D
2) Componente de atrito Fat, que faz o papel de resultante centrí-
peta, permitindo ao carro fazer a curva.
2. (FUND. CARLOS CHAGAS) – A figura abaixo representa um pên-
dulo simples que oscila entre as posições A e B, no campo gravi- m V2
Fat = Fcp = –––––
tacional terrestre. Quando o pêndulo se encontra na posição P, a R
força resultante é mais bem indicada pelo vetor:
1,0 . 103 . (10)2
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Fat = ––––––––––––––– (N) ⇒ Fat = 1,0 . 103N
100
Resposta: 1,0kN
→ → →
F = Ft + Fcp
F2 = Ft2 + Fcp
2
→
A resultante ( F ) é dada pela soma vetorial (regra do paralelogra- F2 = (8,0)2 + (6,0)2 = 100 (SI)
mo) entre as resultantes tangencial e centrípeta.
Resposta: D
F = 10,0N
3. (UFPE) – Um automóvel de massa igual a 1,0t descreve uma cur-
va circular de raio 100m com velocidade escalar constante de
Respostas: a) 8,0N
10m/s, em um plano horizontal.
b) 6,0N
Qual a intensidade da força de atrito entre os pneus e a estrada
c) 10,0N
para evitar que o carro derrape?
Resolução
5. No esquema, representamos uma partícula de massa 1,0kg em
trajetória circular de centro C e raio R = 2,0m.
Em um instante t0, a partícula passa pelo ponto A e está subme-
→ → →
tida à ação exclusiva das forças F1, F2 e F3, indicadas na figura.
São dados:
→
| F1 | = 20,0N;
→
| F2 | = 15,0N;
4
cos = ––– ;
5
cos ␣ = 3/5;
→
| F3 | = 17,0N.
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→
A velocidade da partícula, no ponto A, tem módulo igual a: A componente centrípeta da força resultante Fcp tem intensi-
a) 8,0m/s b) 4,0m/s c) 16,0m/s dade dada por:
d) m/s
50 e) zero mV2
Fcp = F cos 37° = ––––
Resolução R
A direção definida pela reta AC é a normal à trajetória no ponto A.
Note que: cos 37° = sen 53° = 0,80
A componente centrípeta da força resultante é obtida pela soma
→ → → 2,0 . (4,0)2
vetorial dos componentes de F1, F2 e F3 na direção da normal: Portanto: 80 . 0,80 = ––––––––––
R
mVA2
Fcp = F1 cos + F2 cos ␣ – F3 = ––––– 32 32
R 64 = –––– ⇒ R = –––– m ⇒ R = 0,5m
R 64
4 3 1,0 VA2 →
20,0 . ––– + 15,0 . ––– – 17,0 = –––––– b) A componente tangencial da força resultante ( Ft) tem inten-
5 5 2,0 sidade dada por:
Resposta: B
7. (MODELO ENEM) – Considere uma estação espacial no espaço
sideral, afastada de qualquer corpo celeste. Para criar uma gravi-
6. (UFES) – Um corpo de massa m = 2,0kg descreve uma trajetória dade artificial em seu interior, a estação espacial, que tem formato
circular de raio R. Em um determinado instante T, o módulo da de um cilindro oco, gira com velocidade angular constante em
→ → torno de seu eixo. Seja R o raio do cilindro. Deseja-se que o peso
força resultante F no corpo vale 80N, o módulo da velocidade V é
→ → aparente de um astronauta seja igual a seu peso na superfície
4,0m/s e o ângulo entre F e V é 53°. terrestre, onde a aceleração da gravidade tem módulo g.
Resolução
A força normal que a pessoa troca com a superfície do cilindro
corresponde a seu peso aparente:
Pap = FN = m 2 R (resultante centrípeta)
m g = m 2 R
g g 2π
2 = –– ⇒ = –– = –––
R R T
T = 2π
R
––
g
Resposta: A
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→ → → → →
a) FA b) FB c) FC d) FD e) FE
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→ →
São dados: |F1| = 10,0N e |F2| = 30,0N.
→
A intensidade de F3 é
a) 10,0N b) 20,0N c) 30,0N d) 40,0N e) 50,0N
15
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a) Calcule o módulo da velocidade tangencial do astronauta re- a) O módulo da força de atrito que atua sobre o carro, resultante
presentado na figura. da interação dos pneus do carro e a rodovia, é constante e
b) Determine a intensidade da força de reação que o chão da igual a 3600 N, independentemente do módulo da velocidade
espaçonave aplica no astronauta que tem massa m = 80kg. de movimento do carro.
b) A força de atrito sobre o carro, resultante da interação entre os
18. (UPE-MODELO ENEM) – Um avião da esquadrilha da fumaça pneus do carro e a rodovia, é a força resultante centrípeta que
descreve um looping permite o movimento do carro.
num plano vertical, com c) Os vetores força peso e força centrípeta sobre o carro
velocidade escalar de possuem o mesmo sentido.
720 km/h. Para que, no d) A força de atrito sobre o carro, resultante da interação entre os
ponto mais baixo da tra- pneus do carro e a rodovia, atua em sentido contrário à força
jetória circular, a inten- centrípeta sobre o carro, que o mantém em movimento sobre
sidade da força que o a rodovia.
piloto exerce no banco e) A força resultante sobre o carro é nula.
seja o triplo de seu
peso, é necessário que 21. (UFABC-MODELO ENEM) – A separação dos melhores esper-
o raio do looping, em matozoides do sêmen se dá devido à rotação de tubos de ensaio
metros, seja de acoplados a uma centrífuga.
a) 1500 b) 1700 c) 2000 d) 2300 e) 3000
Dado: g = 10,0 m/s2
16
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m
T = ––– . 4π2 f2d2 ⬖ T = 4π2 m f2 d
d
Resposta: 4 π 2 m f 2 d
17
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2 Resolução
m . Vmín a) Sendo o movimento circular e uniforme, a força resultante se-
0 + mg = ––––––––
R rá centrípeta e sua intensidade é dada por:
2
Vmín mV2 km
2
Portanto: g = –––––– ⇒ Vmín = gR Fcp = ––––, em que V = 36 –––– = 10m/s
R R h
Observe que a velocidade escalar mínima para não cair é indepen- b) Ao passar pelo ponto mais alto da pista, o carro está sujeito a
dente da massa do sistema (moto-pessoa). duas forças externas e verticais:
→
Resposta:
gR (1) Força normal FN aplicada pela pista.
→
(2) Força de gravidade P aplicada pela Terra.
25. No esquema, temos um pêndulo simples de comprimento L e
com uma esfera de massa m, oscilando entre os pontos A e B.
A velocidade escalar da esfera ao pas-
sar pelo ponto M vale V.
A intensidade da força que traciona o
fio ao passar pelo ponto M será igual
a:
a) zero b) mg
mV2 mV2
c) mg – ––––– d) mg + –––––
L L
mV2
e) ––––– → →
L A resultante entre FN e P passa pelo centro C da circunferên-
cia descrita e faz o papel de força centrípeta:
Nota: g = módulo da aceleração da gravidade local. → → →
Resolução P + FN = Fcp
Sobre a esfera pendular, atuam duas forças: a força de gravidade
→ → Como a resultante é dirigida para o centro, tem-se P > FN e,
P aplicada pela Terra e a força de tração T aplicada pelo fio. portanto:
→ → P – FN = Fcp
Quando a esfera passar pelo ponto M, a resultante entre T e P
passará pelo centro C da circunferência descrita e, portanto, terá
apenas componente centrípeta: FN = P – Fcp
→ → → FN = mg – Fcp
T + P = Fcp
mV2 FN = 1,6 . 103 . 10,0 – 2,0 . 103 (N)
T – mg = ––––
L
FN = 16,0 . 103 – 2,0 . 103 (N)
Note que o raio da circunferência descrita pela
esfera é igual ao comprimento L do fio:
FN = 14,0 . 103N = 14,0kN
mV2
Portanto: T = mg + –––––
L Respostas: a) 2,0kN
b) 14,0kN
Resposta: D
18
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Resolução Resolução
A força resultante é centrípeta e tem intensidade constante:
1) FN = P = mg
ponto A: N1 – P = Fcp (1)
ponto B: P – N2 = Fcp (2)
m V2
(1) + (2): N1 – N2 = 2 Fcp 2) Fat = Fcp = –––––
R
N1 – N2
Fcp = ––––––––
2 3) Atrito estático
Fat ≤ E FN
Resposta: B
m V2
––––– ≤ E mg ⇒ V2 ≤ E g R
28. (UFLAVRAS-MG) – Nas provas do mundial de motovelocidade, as R
cenas mais emocionantes são aquelas em que os pilotos inclinam
as motos nas curvas, de forma a quase encostar a moto na pista. V≤ E g R ⇒ Vmáx = E g R
Considerando-se g = 10m/s2, uma curva plana circular e horizontal
de raio 100 m e o coeficiente de atrito estático pneu-asfalto e = 0,9,
Vmáx = 0,9 . 10 . 100 (m/s)
a velocidade escalar máxima com a qual um piloto pode realizar a
curva é
a) dependente da massa do conjunto piloto/moto. Vmáx = 30m/s = 108km/h
b) 90 m/s. c) 1000 m/s.
d) 80 km/h. e) 30 m/s. Resposta: E
29. Considere uma mesa horizontal sem atrito com um pequeno orifí- Nestas condições, o coeficiente de atrito cinético entre o corpo e
cio central por onde passa um fio ideal. Uma das extremidades do a esfera vale:
fio está presa a um bloco A de massa M que permanece em a) 0,10 b) 0,20 c) 0,30 d) 0,40 e) 0,50
repouso suspenso pelo fio. Adote g = 10m/s2 e não considere o efeito do ar.
A outra extremidade do fio está presa a um bloco B de massa m
que descreve movimento circular uniforme de raio R e período T 31. (UNICAMP-SP) – Um míssil é lançado horizontalmente em órbita
sobre a mesa. circular rasante à superfície da Terra. Adote o raio da Terra
R = 6,4 . 106m. O efeito do ar foi desprezado e, para simplificar,
tome 3 como valor aproximado de . Adote g = 10m/s2.
a) Qual é o módulo da velocidade de lançamento?
b) Qual é o período de translação do míssil?
19
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a) Faça um diagrama das forças que atuam sobre a motocicleta a) a intensidade da força resultante no carrinho;
nos pontos A, B, C e D, indicados na figura anterior, sem incluir b) a intensidade da força que o carrinho troca com o trilho.
as forças de atrito. Para efeitos práticos, considere o conjunto
piloto + motocicleta como sendo um ponto material. 38. Um automóvel de massa 2,0t tem velocidade escalar constante de
b) Qual o módulo da velocidade mínima que a motocicleta deve 72km/h e passa por uma ponte cujo perfil vertical é um arco de
ter no ponto C para não perder o contato com o interior do circunferência de raio 100m.
globo?
20
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 12:42 Página 21
Considere que a massa de Ana é 30,0kg, que o raio de sua 43. (UFRRJ-MODELO ENEM)
trajetória é 5,0m e que o módulo de sua velocidade angular é
0,40rad/s. Foi que ele viu Juliana na roda com João
Com base nessas informações, Uma rosa e um sorvete na mão
a) determine a força resultante – módulo, direção e sentido – Juliana seu sonho, uma ilusão
sobre Ana quando esta passa pelo ponto Q, indicado na figura. Juliana e o amigo João
b) O módulo da força que o banco faz sobre Ana é maior no GIL, Gilberto. Domingo no Parque.
ponto Q ou no ponto S? Justifique sua resposta. A roda citada no texto é conhecida como roda-gigante, um brin-
quedo de parques de diversões.
(MODELO ENEM) – Texto para as questões de números 41 e 42. Considere:
– o movimento de Juliana como circular e uniforme;
Vendedores aproveitam-se da morosidade do trânsito para vender – o módulo da aceleração da gravidade local igual a 10m/s2;
amendoins, mantidos sempre aquecidos em uma bandeja – a massa da Juliana 50kg;
perfurada encaixada no topo de um balde de alumínio; dentro do – o raio da roda-gigante 2,0 metros;
balde, uma lata de leite em pó, vazada por cortes laterais, contém – a velocidade escalar constante de Juliana igual a 36km/h.
carvão em brasa (figura 1). Quando o carvão está por se acabar,
nova quantidade é reposta. A lata de leite é enganchada a uma
haste de metal (figura 2) e o conjunto é girado vigorosamente em
um plano vertical por alguns segundos (figura 3), reavivando a
chama.
46. Na figura, temos quatro esferas idênticas presas em um fio ideal O sistema todo gira com velocidade angular constante em torno
(sem peso e inextensível). de um eixo vertical passando pelo ponto O.
As esferas se movem sobre um plano horizontal sem atrito.
Determine a tensão no fio nas diversas secções.
Resolução
Para cada esfera, a força peso é equilibrada pela reação normal de
apoio.
21
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mV2
Do exposto: Ty = mg e Tx = ––––
R
Tx
Da figura: tg = –––
Ty
mV2/R
Portanto: tg = –––––––
Todas as esferas terão a mesma velocidade angular , pois giram mg
juntas, percorrendo o mesmo ângulo no mesmo intervalo de
tempo. Ainda: V2 = gR tg (1)
Cada esfera terá movimento circular e uniforme e, portanto, a for-
ça resultante será do tipo centrípeta.
mV2 m
Fcp = ––––– = ––– (R)2 = m2R
R R ⌬s 2πR
1) Para a esfera A, a força de tração T4 fará o papel de resultante Da Cinemática: V = ––– = –––– (2), em que t é o período do
⌬t t
centrípeta e o raio da circunferência descrita será 4 L.
movimento circular e uniforme da esfera, isto é, é o tempo
Assim:
necessário para uma volta completa.
T4 = Fcp = m2 4L ⬖ T4 = 4m2L
A Substituindo (2) em (1), temos:
4π2R2
2) Para a esfera B, a resultante entre as forças de tração T3 e T4 ––––––– = gR tg
t2
fará o papel de resultante centrípeta e o raio da circunferência
descrita será 3 L.
4π2R R
Assim: t 2 = –––––– ⬖ t = 2π –––––– (3)
T3 – T4 = Fcp
B
g tg g tg
T3 – 4m2L = m23L ⬖ T3 = 7m2L
Porém, da figura:
3) Para a esfera C, a resultante entre as forças de tração T2 e T3
fará o papel de resultante centrípeta e o raio da circunferência
R R
descrita será 2L. tg = ––– ou –––– = h (4)
h tg
T2 – T3 = Fcp
C Substituindo (4) em (3), temos:
T2 – 7 m2L = m22L ⬖ T2 = 9m2L
T1 – T2 = Fcp
A Observe que, para g constante, o período do pêndulo cônico
T1 – 9 m2L = m2L ⬖ T1 = 10m2L dependerá unicamente da altura h, isto é, todos os pêndulos
cônicos que tiverem a mesma altura h terão o mesmo período,
não importando os demais elementos: m, , R, v e L.
47. A figura mostra um pequeno corpo de
massa m, descrevendo um círculo
h
horizontal, com velocidade escalar Resposta: t = 2π –––
constante, preso na extremidade de g
um fio de comprimento L. À medida
que o corpo gira, o fio descreve a su-
perfície de um cone. Este aparelho é 48. Existe nos parques de diversões um “brinquedo” chamado “ro-
chamado pêndulo cônico. Ache o tem- tor”, que consiste de um cilindro vertical oco que é posto em mo-
po necessário para uma revolução vimento de rotação. As pessoas entram no interior do cilindro, en-
completa do corpo, em função do mó- costam-se à parede e o cilindro é posto a girar com velocidade
dulo da aceleração da gravidade g e da altura do cone h. angular crescente. Quando a velocidade angular atinge um valor
Resolução adequado, o piso é retirado e as pessoas ficam “pregadas” na pa-
A esfera pendular descreve um movimento circular e uniforme rede.
em um plano horizontal. Isto significa que a resultante das forças Sendo R o raio do cilindro, o coeficiente de atrito entre a pessoa
verticais deve ser nula e a resultante horizontal será do tipo cen- e a parede, g o módulo da aceleração da gravidade, determine o
trípeta. mínimo valor de para que, com a retirada do piso, a pessoa não
Atuam sobre a esfera duas forças: escorregue.
→ Se aumentarmos a velocidade angular acima do valor mínimo cal-
1) a força T aplicada pelo fio de suspensão, que será decomposta culado, há possibilidade de a pessoa subir? Justifique.
→ → Resolução
em uma parcela vertical Ty e uma parcela horizontal Tx; Quando a pessoa está encostada na parede, com o rotor girando
→ e o piso retirado, atuam sobre ela as seguintes forças:
2) a força peso P.
→ → →
A componente vertical Ty deverá equilibrar o peso P, e a componen- 1) a força de gravidade P aplicada pela Terra;
→ →
te horizontal Tx será a resultante centrípeta. 2) a força de reação normal Fn aplicada pela parede do rotor;
22
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:44 Página 23
→
3) a força de atrito fat também aplicada pela parede do rotor. própria partícula, ela estará em repouso e a resultante de todas as
forças atuantes sobre ela deverá ser nula.
Em relação ao sistema inercial, a partícula estava sujeita a um
conjunto de n forças (forças reais do tipo ação-reação) com uma
→
resultante F que, num caso genérico, admitia duas componentes:
→ →
a resultante tangencial Ft e a resultante centrípeta Fcp.
Para o referencial não inercial ligado à partícula, para que a re-
sultante de todas as forças seja nula, além das n forças reais, de-
vem existir duas outras forças (que inexistem para o referencial
→
inercial), capazes de equilibrar a resultante tangencial Ft e a re-
→
sultante centrípeta Fcp. Tais forças são chamadas de forças iner-
ciais ou forças fictícias ou forças de correção de referencial e
não são do tipo ação-reação, isto é, não são forças aplicadas por
Para que a pessoa não escorregue, a força de atrito deve equili- algum agente físico e não admitem força de reação.
brar o peso e a reação normal deve fazer o papel de resultante Estas forças inerciais deverão ter mesma intensidade, mesma
centrípeta. direção e sentido oposto à resultante tangencial e à resultante
→ → → → → → → centrípeta e são denominadas força de inércia de arrastamento
fat + P = 0 ⇔ fat = – P ⇒ | fat | = | P | = mg e força de inércia centrífuga, respectivamente.
Assim, a força de inércia centrífuga, que nos interessa
→ → mV2
Fn = Fcp ⇒ Fn = ––––– = m2R particularmente estudar, tem mesma intensidade da resultante
R mV2
centrípeta –––– , direção normal à trajetória e sentido “para fora”
Como não há escorregamento entre a pessoa e a parede do rotor, R
o atrito é estático e, portanto:
da curva (daí o nome centrífuga, que significa: foge do centro).
→ É fundamental compreender que a força de inércia centrífuga não
| fat| ≤ | fat | é reação da centrípeta, não existe para um sistema de refe-
destaque
rência inercial e não é do tipo ação-reação. Quando se per-
mg ≤ . m2R gunta se existe força de inércia centrífuga, a resposta é: “depen-
de do referencial”.
g g Para um referencial inercial, simplesmente não existe força
Assim: 2 ≥ ––– ⇒ ≥ ––– de inércia centrífuga.
R R
Para um referencial não inercial (acelerado) que descreve uma
curva em relação ao referencial inercial, existe a força de inércia
centrífuga, que tende a jogar os corpos para fora da curva.
g
Logo: mín = –––– A título de exemplo, imagine um carro fazendo uma curva em
R relação à Terra, suposta ser um sistema inercial. Durante a curva,
uma porta se abriu e um passageiro desprevenido foi projetado
para fora. Como explicar esse fato?
Observe que o funcionamento do rotor não depende da massa Um observador inercial, na Terra, afirma que o passageiro foi pro-
(m) da pessoa, porém a condição de retirada do piso está ligada jetado para fora, por causa de sua inércia de movimento (para ele,
ao coeficiente de atrito entre as roupas da pessoa e a parede do não existe força de inércia centrífuga).
rotor. Um observador dentro do carro afirma que o passageiro foi pro-
Se aumentarmos a velocidade angular acima do valor mínimo jetado para fora, pela força de inércia centrífuga (para ele, não vale
calculado, a força de atrito de destaque torna-se maior do que o o Princípio da Inércia de Newton).
peso da pessoa, porém a força de atrito efetiva (real) continua As duas explicações estão corretas, cada uma válida em seu sis-
com a mesma intensidade do peso, isto é, apenas o suficiente pa- tema de referência.
ra equilibrar o peso, evitando o escorregamento da pessoa para
baixo. 49. Um satélite da Terra, de massa m, tem órbita circular de raio r,
A força de atrito é uma força de reação passiva que sempre se com velocidade escalar V.
opõe à tendência de escorregamento entre os corpos em contato
e, portanto, no rotor, a força de atrito nunca ficará maior do que
o peso e a pessoa nunca subirá.
23
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3) FR = Fcp
5 GM2 5 GM
–– –––– = M2R ⇒ 2 = –– ––––
4 R2 4 R3
1) Fy = P = mg
mV2
2) Fx = Fcp = ––––– 1 5GM 2π
R = –– ––––– = ––
2 R 3 T
Fx mV2/R
3) tg = ––– = ––––––
Fy mg R3 R
T = 4π ––––– = 4πR –––––
5GM 5GM
V2
tg = ––––
gR Resposta: D
Resposta: D
24
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␥ = 6,0m/s2
c) T – Pn = Fcp
T – Pcos = Fcp
T – 20,0 . 0,80 = 16,0
T = 32,0N
a) Pt = P cos ␣ = m | ␥ |
mg sen = m |␥| Respostas: a) 6,0m/s2
b) 16,0N
␥ = g sen
c) 32,0N
53. (UNICENTRO-PR) – Duas esferas muito pequenas giram, em 55. Um motociclista descreve uma circunferência de raio R num
torno do ponto O, sobre uma mesa horizontal e sem atrito, presas plano horizontal no interior de um cilindro oco posicionado
a fios muito leves, inextensíveis e de mesmo comprimento. As verticalmente, conforme indica a figura.
esferas têm a mesma velocidade angular, que é constante. Cada
esfera tem massa de 1,0kg.
2gR
e) Vmín = –––– tg = 2
25
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Assim, determine
a) o módulo da força de tração F, que permanece constante ao
longo de todo o fio, em função de M e g;
b) a razão K = sen ␣/sen , entre os senos dos ângulos que o fio
faz com a horizontal;
c) o número N de voltas por segundo que o conjunto realiza
quando o raio R1 da trajetória descrita pela bolinha B for igual
a 0,10 m.
NOTE E ADOTE:
Não há atrito entre as bolas e o fio.
Sendo o ângulo de inclinação da cunha = 30° e g = 10,0 m/s2, a
magnitude da velocidade do bloco, medida em m/s, é Considere sen 0,4 e cos 0,9; π 3
a) 5,0 b) 4,0 c) 3,0 d) 2,0 e) 1,0
57. (UNICAMP-SP) – Observações astronômicas indicam que as 59. (FUVEST-SP) – Um ventilador de teto, com eixo vertical, é cons-
velocidades de translação das estrelas em torno de galáxias são tituído por três pás iguais e rígidas, encaixadas em um rotor de
incompatíveis com a distribuição de massa visível das galáxias, raio R = 0,10 m, formando ângulos de 120° entre si. Cada pá tem
sugerindo que grande parte da matéria do Universo é escura, isto massa M = 0,20 kg e comprimento L = 0,50 m. No centro de uma
é, matéria que não interage com a luz. O movimento de translação das pás, foi fixado um prego P, com massa mp = 0,020 kg, que
das estrelas resulta da força de atração gravitacional que as galá- desequilibra o ventilador, principalmente quando este se
xias exercem sobre elas. movimenta.
A curva no gráfico a seguir mostra como a intensidade da força
GMm , que uma galáxia de massa M exerce
gravitacional FG = –––––
r2
sobre uma estrela externa à galáxia, deve variar em função da dis-
tância r da estrela em relação ao centro da galáxia, considerando-se
m = 1,0 . 1030 kg para a massa da estrela. A constante de gravi-
tação G vale 6,7 . 10–11 m3 kg–1 s–2.
a) Determine a massa M da galáxia.
b) Calcule o módulo da velocidade de uma estrela em órbita
circular a uma distância r = 1,6 . 1020 m do centro da galáxia.
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63. (Olimpíada Colombiana de Física-MODELO ENEM) – Um ga- sen 0,035 0,122 0,225 0,292 0,342
roto, em um parque de diversões, está-se divertindo em uma roda
mecânica giratória. A roda tem velocidade angular constante e a cos 0,999 0,992 0,974 0,956 0,940
corda de massa desprezível tem comprimento de 2,0m e forma
tg 0,035 0,123 0,231 0,306 0,364
um ângulo de 60o com a vertical, conforme ilustra a figura.
8) D 9) D 10) B 11) a) Vmáx = 10m/s c) O erro foi admitir que a intensidade da tração, no ponto
b) Lmín = 4,0m mais baixo, fosse a mesma, estando ele parado ou em mo-
vimento.
12) a) 6,0s
O seu teste não funcionou porque a força máxima que a
b) predador: 4,8 . 10 4N ou 48kN
corda aguenta tem intensidade F tal que:
presa: 1,08 . 10 4N ou 10,8kN
P V2
13) a) P < F < P + ––– –––
g R
mV2
14) a) NI = mg + ––––
R
b)
→ →
b) V =
gR NII = 0
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→
F: força aplicada pelo 45) A 53) a) VA = 2VB e aA = 2aB
apoio T2 3
b) –––– = –––
→ T1 2
P: peso do conjunto
g
54) a) = –––––––
L cos
b) 6,0m/s
b) 6,0N
38) C
55) A 56) E 57) a) M 1,5 . 1040 kg
b) V = 8,0 . 104 m/s
39) a)
58) a) 2,5Mg
b) 2
c) 2,5Hz
59) a) 0,252 N
b) 0,070 kg
c)
→ →
Na realidade,
→
FN e Fat são apenas componentes da força
de contato F que o chão exerce sobre o carro.
b) Sendo o movimento uniforme, a aceleração será centrípe-
ta e seu módulo é dado por
V2
acp = ––– , sendo igual para os dois carros (independe da
R
massa).
c) A força de atrito faz o papel de resultante centrípeta e sua
intensidade é dada por:
m V2
Fat = macp = ––––– , sendo maior para o carro mais pesado.
R
d) Não; a máxima velocidade permitida na curva sem derra- g
par independe da massa do carro e é dada por: 60) a) = –––
R
2
m Vmáx
Fat = ––––––– R–h
máx R b) Pap = mg ––––––
R
2
m Vmáx O peso aparente diminuiu.
m g = –––––––
R
61) B 62) A 63) D 64) D
28
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CAPÍTULO
Mecânica
3 TRABALHO
1. Conceitos de
energia e trabalho
Conceitua-se energia como aquilo que nos capacita
a realizar tarefas, tais como: levantar um corpo, arre-
messar uma pedra, subir uma escada, preparar alimentos,
movimentar um carro etc.
A energia necessária para realizar as tarefas é prove-
niente de algum combustível, como, por exemplo: car-
vão, gasolina, alimentos etc.
O homem consegue empurrar o arquivo; há energia mecânica transferida e,
A energia pode manifestar-se sob diversas modali- portanto, realização de trabalho.
dades: a energia mecânica (do tipo potencial e do tipo
cinética), a energia elétrica, a energia química, a energia Exemplo
térmica, a energia radiante etc. Quando erguemos um corpo, o trabalho realizado pe-
A energia pode transferir-se de um corpo para outro ou las nossas forças musculares é medido pela energia
ainda pode transformar-se de uma modalidade em outra. mecânica transferida para o corpo.
Para se medir a energia mecânica transferida ou trans- Quando um corpo está em queda livre, o trabalho
formada com o conhecimento da força utilizada e do realizado pelo seu peso é medido pela energia mecânica
deslocamento do corpo, usamos o conceito de trabalho. transformada, isto é, pela energia mecânica potencial
Assim: que se transforma em energia mecânica cinética.
Trabalho é uma medida da energia mecânica Quando a força de atrito é usada para deter um corpo
transferida ou transformada por uma força. em movimento, o trabalho do atrito é medido pela energia
transformada da forma mecânica para a forma térmica.
A energia pode ainda ser transferida de um corpo pa-
ra outro por outros meios que não o trabalho, como, por
exemplo, pelo calor e pelas ondas eletromagnéticas.
2. Definição de trabalho
Vamos definir→trabalho para o caso particular de uma
força constante F aplicada a uma partícula que descreve
uma trajetória qualquer entre uma posição inicial (ponto
O homem não consegue empurrar a pedra, o trabalho é nulo. A) e uma posição final (ponto B).
29
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→
h1) Quando a força F cede energia mecânica à
partícula, o trabalho realizado é computado
como positivo (cos ␣ > 0); neste caso, a for-
→
ça F “favorece” o deslocamento da partícula.
→
h2) Quando a força F retira energia mecânica da
partícula, o trabalho realizado é computado
como negativo (cos ␣ < 0); neste caso, a for-
→
ça F “se opõe” ao deslocamento da partícula.
3. Unidade e
→ dimensões de trabalho
Seja ␣ o ângulo formado entre a força constante F e
→ Da definição de trabalho, temos:
o deslocamento d.
→ →
→ a) uni [] = uni [ F ] . uni [ d ] . uni [cos ␣]
Define-se trabalho realizado pela força F, entre os →
No SI, temos: unidade [ F ] = newton (N)
pontos A e B, pela relação.
→
unidade [ d ] = metro (m)
→ →
AB = | F | | d | cos ␣ cos ␣ não tem unidade (adimensional)
Logo:
Notas unidade [] = newton . metro = N . m = joule (J)
a) Todas as manifestações de energia, inclusive o tra-
balho, são grandezas escalares. → →
b) O trabalho de uma força constante não depende da b) [] = [ F ] [ d ] [cos ␣]
trajetória entre os pontos A e B. Para o sistema MLT, temos:
→ →
c) A força F é apenas uma das forças atuantes no [ F ] = MLT –2
corpo; não é a única nem é a força resultante. →
Isto significa que podemos aplicar a definição [d]=L
apresentada para cada uma das forças constantes que
atuam na partícula. [ cos ␣ ] = M0L0T0 (adimensional)
d) Quando a força não for constante, a definição de Assim: [ ] = MLT–2 . L ⇒ [ ] = ML2 T–2
trabalho é mais complicada e é feita com recursos de Ma-
temática superior. Nota: Qualquer manifestação de energia terá as mes-
e) Quando o trabalho de uma força (constante ou mas dimensões e a mesma unidade de trabalho.
variável) não depende da trajetória, a força é denominada
conservativa. 4. Trabalho do peso
→
f) O valor | F | cos ␣ representa a projeção da for- Calculemos o trabalho do peso, no caso de uma par-
→ tícula que se desloca de um ponto A (nível mais elevado)
ça F na direção do deslocamento e, portanto, podemos
para um ponto B (nível mais baixo), com desnível H.
escrever:
→ →
AB = | d | . proj F
→
g) O valor | d | cos ␣ representa a projeção do des-
locamento na direção da força e, portanto, podemos es-
crever:
→ →
AB = | F | . proj d
→ →
h) No caso em que o trabalho está medindo a energia Sendo P o peso e d o deslocamento de A para B, o
mecânica transferida, o sinal do trabalho é interpretado trabalho do peso, calculado pela definição, será dado por:
→
como se segue: p = | P | | d | cos ␣
30
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Da figura, obtemos:
H →
cos ␣ = –––––
→ ⇒ | d | cos ␣ = H
|d | Esse é o caso menos intuitivo.
Segue-se que: p = mg H Procuremos justificá-lo, tomando como exemplo a
força centrípeta.
Observe que o trabalho do peso não depende da par- Sabemos que a força centrípeta é sempre perpendicu-
ticular trajetória entre os pontos A e B. (O peso é uma lar à trajetória e, portanto:
força conservativa.)
Se o deslocamento fosse de B para A, o ângulo entre A força centrípeta nunca realiza trabalho.
→ →
P e d seria  = 180 – ␣.
Tentemos entender fisicamente por que a força
centrípeta não realiza trabalho: sabemos que, quando a
força centrípeta age sobre um ponto material, ela apenas
varia a direção de sua velocidade, sem, contudo, mudar
o módulo de sua velocidade. É intuitivo que a quanti-
dade de energia mecânica do ponto material depende do
módulo e não da direção de sua velocidade, mesmo
porque a energia é uma grandeza escalar que independe
do conceito de direção.
Como a força centrípeta altera apenas a direção da
velocidade vetorial, então:
Sendo cos  = – cos ␣, o trabalho do peso entre B e
A é dado por: A força centrípeta não modifica a quantidade
de energia mecânica do ponto material.
p = – mg H
5. Trabalho nulo
De acordo com o exposto como conceito de “TRA-
BALHO”, concluímos que o trabalho é nulo quando a
força não transfere nem transforma energia mecânica.
Analisando a relação que define matematicamente o
trabalho, constatamos que o trabalho será nulo em três
casos:
31
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 12:42 Página 32
→ 0,50 →
| d | = –––– (4,0)2 (m) ⇒ | d | = 4,0 m
2
→ → 4) Da figura, temos:
São dados | F1 | = 10,0N; | F2 | = 2,0N.
Calcule o trabalho que cada uma das forças realiza em um F2 8,0
cos = ––– = –––– = 0,80
deslocamento de 5,0m. F 10,0
Resolução
→ → F1 6,0
1) O peso P e a força de reação normal do plano FN são perpen- cos ␣ = ––– = –––– = 0,60
F 10,0
diculares ao deslocamento ( = 90o e cos = 0) e, portanto,
não realizam trabalho. → →
→ 5) Os trabalhos de F1 e F2 serão dados por:
2) O trabalho de F1 é dado por:
→ → → →
F = | F1 | | d | cos 60o
1 F1 = | F1 | | d | cos ␣
F1 = 10,0 . 5,0 . 0,50 (J) ⇒ F1 = 25,0J F1 = 6,0 . 4,0 . 0,60 (J) ⇒ F1 = 14,4 J
→
3) O trabalho de F2 é dado por: → →
→ →
F2 = | F2 | | d | cos
F = | F2 | | d | cos 180°
2
F2 = 8,0 . 4,0 . 0,80 (J) ⇒ F2 = 25,6 J
F2 = 2,0 . 5,0 . (–1) (J) ⇒ F2 = –10,0J
→
Respostas: p = FN = 0; F1 = 25,0J; F2 = –10,0J 6) O trabalho da força resultante F é dado por:
→ →
2. (FUVEST) – Uma partícula de massa 20kg, partindo do repouso,
F = | F | | d | cos 0°
→ → F
está sujeita à ação exclusiva de duas forças constantes, F1 e F2, = 10,0 . 4,0 . 1 (J) ⇒ F = 40,0J
perpendiculares entre si e de intensidades respectivamente iguais
a 6,0N e 8,0N, que atuam durante 4,0s. Portanto: F1 + F2 = 14,4J + 25,6J = 40,0J
→ →
a) Calcule os trabalhos realizados por F1 e F2.
b) Mostre que o trabalho da força resultante é igual à soma dos F1 + F1 = F
→ →
trabalhos de F1 e F2.
Resolução 3. (UFSE) – Um corpo de massa m é colocado sobre um plano incli-
1) nado de ângulo com a horizontal, num local onde a aceleração
da gravidade tem módulo igual a g. Enquanto escorrega uma dis-
tância d, descendo ao longo do plano, o trabalho do peso do corpo
é:
a) m g d sen b) m g d cos c) m g d
d) – m g d sen e) – m g d cos
Resolução
→
A intensidade da força resultante F é dada por:
F2 = F12 + F22
F2 = 36,0 + 64,0 = 100,0 ⇒ F = 10,0N
32
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→
Porém: | P | = mg Resolução
⎯→ = F. d
| AB | = d Para haver conservação de trabalho, quando a força é dividida por
n, o deslocamento fica multiplicado por n.
cos ␣ = sen (ângulos complementares)
Resposta: A
Resposta: A
33
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b) I: exemplo de trabalho de força dissipativa (força de atrito), 10. (MACKENZIE) – Sobre uma mesa
para o qual a energia mecânica se conserva; II: exemplo de horizontal, um pequeno corpo de
trabalho de força conservativa (força elástica), para o qual a massa m, ligado à extremidade de
energia mecânica não se conserva. um fio ideal que tem a outra ponta
c) I: exemplo de trabalho de força conservativa (força de atrito), fixa no ponto O, descreve um
para o qual a energia mecânica não se conserva; II: exemplo movimento circular uniforme de velocidade angular , velocidade
→
de trabalho de força dissipativa (força elástica), para o qual a tangencial v, frequência f e raio R. O trabalho () realizado pela
energia mecânica se conserva. força de tração no fio em 1/4 de volta vale
d) I: exemplo de trabalho de força conservativa (força de atrito), 2
para o qual a energia mecânica se conserva; II: exemplo de a) zero b) ––– c) m –––
trabalho de força dissipativa (força elástica), para o qual a 4R 4
energia mecânica não se conserva. πR
e) I: exemplo de trabalho de força dissipativa (força de atrito); II: d) m ––– e) m –––––
exemplo de trabalho de força conservativa (força elástica), 4R 4
mas em ambos a energia mecânica se conserva.
11. (VUNESP) – Um jovem exercita-se numa academia andando e
9. (UFSCar-SP) – Quino, criador da personagem Mafalda, é também
movimentando uma esteira rolante horizontal, sem motor. Um
conhecido por seus quadrinhos repletos de humor chocante.
dia, de acordo com o medidor da esteira, ele andou 40 minutos
Aqui, o executivo do alto escalão está prestes a cair em uma ar-
com velocidade constante de módulo igual a 7,2km/h e consumiu
madilha fatal.
300 quilocalorias.
a) Qual a distância percorrida pelo jovem em relação à esteira?
Qual o deslocamento do jovem em relação ao solo terrestre?
b) Num esquema gráfico, represente a esteira,
→
o sentido do mo-
vimento da esteira, o jovem e a força F que ele exerce sobre
a esteira para movimentá-la. Admitindo-se que o consumo de
energia assinalado pela esteira é o trabalho realizado pelo
jovem para movimentá-la, determine o módulo dessa força,
suposta constante.
Adote 1,0 cal = 4,0 J.
12. (VUNESP-FMCA) – Um
móvel de 100kg encontra-se
em uma superfície hori-
zontal, na qual o coeficiente
de atrito entre o móvel e a
superfície é 0,50. Aplica-se a
ele uma força constante de
módulo 250N que forma um
ângulo de 37° com o deslocamento.
O trabalho realizado pela força de atrito em um percurso de 10m
foi, em módulo, de
a) 600J b) 800J c) 1 000J
d) 3 500J e) 4 250J
Dados: g = 10 m/s2; sen 37° = 0,60; cos 37° = 0,80
34
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 35
14. (MACKENZIE-SP-MODELO ENEM) – Uma jovem, em uma Aproximando-se a energia química contida em um litro de
academia de ginástica, anda sobre uma esteira rolante horizontal gasolina para 30 x 106 J e considerando-se que um automóvel
que não dispõe de motor, com velocidade constante de módulo típico (Uno Mille, por exemplo) faz cerca de 15 km/ na estrada,
5,4 km/h e, em 7,0 minutos, são consumidas 36 kcal. Admitindo- sabendo-se, ainda, que apenas 13% da energia gerada no MCI vai
se que o consumo de energia pela esteira é devido ao trabalho da para os pneus, pergunta-se: qual o módulo da força média feita
força que a jovem aplica sobre ela para movimentá-la, a pelos pneus no asfalto para manter o automóvel com velocidade
intensidade dessa força, supostamente constante, é de: constante durante os 15 km em uma trajetória retilínea em um
a) 60 N b) 120 N c) 180 N d) 240 N e) 300 N plano horizontal ?
Adote: 1 cal = 4,2 J a) 240 N b) 260 N c) 390 N d) 450 N e) 585 N
Adaptado de (http://www.fueleconomy.gov/feg/atv.shtml
35
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A demonstração do teorema será feita para o caso O trabalho total de todas as forças atuantes em um
particular de uma partícula em trajetória retilínea sob a sistema físico (internas e externas) é dado pela se-
ação de uma força resultante constante. mivariação das forças vivas.
7. Trabalho no
levantamento de um corpo
Consideremos um corpo de peso P, em repouso em
um ponto A.
Deseja-se transportar esse corpo para um ponto B
Seja V0 a velocidade escalar inicial e V a velocidade situado a uma altura H acima do ponto A. Sendo a velo-
escalar após o deslocamento de módulo igual a d. cidade no ponto B igual a zero, deseja-se obter o trabalho
Seja m a massa do ponto material e F a intensidade realizado pela força motriz que transportou o corpo, não
da força resultante. se considerando a presença de forças dissipativas.
→
O trabalho da força F será dado por:
=F.d (1)
36
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 37
Área = Ft . ⌬s = F
N
20. (UERJ-MODELO ENEM) – Suponha que o coração, em regime Determine o trabalho do peso P, o trabalho da reação normal do
de baixa atividade física, consiga bombear 200g de sangue,
trilho N, o trabalho do atrito at e o trabalho da força resultante
fazendo com que essa massa de sangue adquira uma velocidade
de módulo 0,3m/s e, com o aumento da atividade física, a mesma R.
quantidade de sangue atinja uma velocidade de módulo 0,6m/s. Resolução
O trabalho realizado pelo coração, decorrente desse aumento de a) O trabalho do peso P é dado por:
atividade física corresponde a
a) 2,7 . 10–2J b) 2,7 . 10–1J c) 3,6 . 10–1J P = PH = mgH
d) 2,7J e) 3,6J
Resolução P = 1,0 . 10 . 2,0J ⇒ P = 20J
m
TEC: = ⌬EC = ––– (V 2 – V 2)
2 0 b) O trabalho da reação normal de apoio N é sempre nulo, por-
que a reação normal é perpendicular à trajetória.
0,2
= ––– [(0,6)2 – (0,3)2] (J) ⇒ = 0,1 . (0,36 – 0,09) (J)
2 N = 0
10 . (400)2
Fm = —––––––– (N) ⇒ Fm = 4,0 . 104 N
40
38
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→
1) Trabalho da força F 25. (FEI) – Uma partícula de massa 2,0kg desloca-se
→
ao longo de um
→ eixo Ox, sob ação de uma força resultante F que tem a mesma
Como F é constante, temos:
orientação do eixo Ox e intensidade variando com a posição, con-
→ ⎯→ forme o gráfico a seguir.
F = | F | | AB | cos ␣ Sabe-se que na posição x1 = 0, a velocidade escalar da partícula é
de m/s.
10
→ ⎯→
Porém: | F | = 10,0N e | AB | cos ␣ = 8,0 m
2) Trabalho do peso
Sendo o movimento de subida, o trabalho do peso é negativo
e é dado por:
p = – P H
F + p + N = EcinB – EcinA
3,0 . 10
[]30 = [ Área ]30 = –––––––– (J)
2
[]30 = 15 J
m V32 m V02
[]30 = –––––– – ––––––
2 2
2 2
15 = ––– V32 – ––– . 10
2 2
V32 = 25 ⇒ V3 = 5m/s
Resolução
O trabalho é dado pela área sob o gráfico e esta é estimada con- Respostas: a) 15J
tando-se o número de quadradinhos hachurados e observando-se b) 5m/s
que cada quadradinho corresponde a um trabalho de 1,0J. Na fi-
gura, representamos 24 quadradinhos completos e as frações de
quadradinho correspondem, aproximadamente, a mais 4 quadra-
26. Uma partícula, em trajetória retilínea, está sob a ação de uma for-
dinhos. →
ça resultante F, sempre no mesmo sentido, e cuja intensidade é
Portanto: 28 J dada, em função da distância à origem dos espaços, pelo gráfico
a seguir, em forma de um quadrante de circunferência.
Resposta: 28J
39
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N
= área (F x d)
1
A área em questão é a área de um quarto de círculo ––– π R2 , po-
4
rém, como o módulo de representação das escalas é diferente,
escrevemos:
1
=N ––– π R1 R2
4
1
= ––– π 10. 20 (J) ⇒ = 50π J
4
A variação de energia cinética da partícula entre as posições
d = 0 e d = 20m Resposta: C
40
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33. Na figura, representamos um suporte curvo, sem atrito, fixo em O coeficiente de atrito entre o bloco e a superfície vale 0,50; adote
um plano horizontal. g = 10,0m/s2 e não considere a resistência do ar.
Pedem-se
a) a intensidade da força de atrito no bloco;
b) o trabalho total realizado sobre o bloco entre d = 0 e d = 2,0m;
c) o módulo da velocidade do bloco para d = 2,0m.
Assim, determine
a) a aceleração escalar A, em m/s2, da bicicleta, logo após o
ciclista deixar de pedalar;
b) a intensidade da força de resistência horizontal total FR, em
newtons, sobre o ciclista e sua bicicleta, devida principal-
mente ao atrito e à resistência do ar, quando a velocidade tem
módulo V0;
c) a energia E, em kJ, que o ciclista “queimaria”, pedalando
durante meia hora, com velocidade de módulo V0. Suponha
Considerando-se g = 10,0m/s2, a velocidade desse corpo, ao que a eficiência do organismo do ciclista (definida como a
completar 10,0m de percurso, tem módulo igual, em m/s, a razão entre o trabalho realizado para pedalar e a energia meta-
bolizada por seu organismo) seja de 22,5%.
a) 10,0
3 b) 10,0
2 c) 10,0
d) 5,0
2 e) 5,0 38. Um recipiente de massa desprezível
contém, inicialmente, 30kg de água e
36. Um bloco de massa 10,0kg está em repouso sobre uma é içado verticalmente, com velocidade
superfície horizontal quando passa a atuar sobre este uma força constante, por um fio ideal que está
de direção constante e horizontal, cuja intensidade varia com a sendo puxado por uma pessoa, como
distância, de acordo com o gráfico a seguir. indica a figura.
O balde sofre uma elevação total de
20m.
O balde tem um furo, de modo que a
água vaza a uma taxa constante com o
tempo e, ao atingir a altura máxima de
20m, partindo da altura zero, a massa
de água é de apenas 10kg.
A aceleração da gravidade tem mó-
dulo g = 10m/s2.
Determine
a) a massa de água em função da al-
tura do balde;
b) a expressão da intensidade da
força com que a pessoa puxa o fio
em função da altura do balde;
c) o trabalho realizado pela pessoa para elevar o balde de 20m.
41
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42
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33) a)
2g H 34) C 35) C Como a velocidade é constante, vem:
H h h
b) = –––
D
V = ––– ⇒ t = –––
t V
36) a) 50N k
Portanto: m = m0 – ––– h ⇒ m = m0 – C h
b) 125J V
c) 5,0m/s
C
37) Para h = 20m, temos m = 10kg
10 = 30 – C . 20 ⇒ 20 C = 20 ⇒ C = 1 (SI)
m = 30 – h (SI)
F = P = mg = (30 – h) 10
c)
43
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CAPÍTULO
Mecânica
4 POTÊNCIA
MECÂNICA
1. Conceito de potência
→ Pot = lim Potm = lim –––
A potência de uma força F é uma medida da rapidez ⌬t → 0 ⌬t → 0 ⌬t
com que a força transforma ou transfere energia.
Se a energia está sob a forma de trabalho, fala-se em
potência mecânica; se está sob a forma de calor, fala-se
em potência térmica; se está sob a forma de energia
elétrica, fala-se em potência elétrica. →
Consideremos uma força constante F realizando um
→
2. Potência mecânica média trabalho em um deslocamento d de uma partícula.
→ → →
Consideremos uma força F que realiza um trabalho Seja ␣ o ângulo entre F e d.
(transferindo ou transformando energia mecânica) em Sabemos que:
um intervalo de tempo ⌬t. → →
Define-se potência mecânica média (Potm) como a
= | F | | d | cos ␣
grandeza escalar dada por:
Se quisermos obter a potência mecânica média da
→ →
Potm = –––– força F no deslocamento d, fazemos:
⌬t →
Portanto, a potência mecânica de uma força mede a → |d|
Potm = –––– = | F | ––––– cos ␣
rapidez com que esta força realiza trabalho. Uma máqui- ⌬t ⌬t
na opera com grande potência mecânica quando realiza →
|d|
muito trabalho em pouco tempo. O quociente ––––– representa o módulo da veloci-
⌬t
3. Potência mecânica instantânea dade vetorial média do ponto material no deslocamento
considerado.
Assim, teremos:
A potência mecânica instantânea corresponde à → →
potência mecânica média calculada em um intervalo de Potm = | F | | Vm | cos ␣
tempo extremamente pequeno (tendendo a zero). Usando Se fizermos ⌬t tender a zero, os valores médios
uma linguagem matemática, dizemos que: a potência transformar-se-ão nos valores instantâneos:
mecânica instantânea é o limite para o qual tende a
potência mecânica média quando o intervalo de tem- → →
po considerado ⌬t tende a zero. Pot = | F | | V | cos ␣
44
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O ângulo ␣ nesta expressão é o ângulo formado en- Existem ainda unidades práticas de potência:
→ →
tre a força F e a velocidade vetorial V. 1 cavalo-vapor (cv) = 735W
1 horse-power (hp) = 746W
dim [ ]
b) dim [ Pot ] = ––––––––
dim [⌬t ]
Em relação ao sistema MLT , temos:
Notas [ ] = M L2 T–2 e [ ⌬t ] = T
1) Embora a demonstração tenha sido feita supondo Assim:
→
que a força F fosse constante, a expressão obtida é váli- M L2 T–2
→ [ Pot ] = ––––––––– ⇒ [ Pot ] = M L2 T–3
da mesmo que a força F seja variável. T
Com base na equação dimensional da potência, po-
2) Se a partícula estiver em uma trajetória retilínea e demos escrever:
→
F for a força resultante, teremos duas possibilidades: 1W = kg.m2 . s–3
→ →
a) ␣ = 0°, isto é, F e V têm a mesma direção e o
mesmo sentido. Neste caso, teremos cos ␣ = 1 e 5. Gráfico da potência mecânica
→ →
instantânea em função do tempo
(movimento acelerado)
Pot = | F | | V | Consideremos, inicialmente, uma potência mecânica
→ → instantânea constante.
b) ␣ = 180°, isto é, F e V têm a mesma direção e O gráfico Pot = f(t) será um segmento de reta parale-
sentidos opostos. Neste caso, teremos cos ␣ = –1 lo ao eixo dos tempos.
e → → (movimento retardado)
Pot = –| F | | V |
→ →
3) Para ␣ = 90°, isto é, F e V com direções perpen-
diculares, teremos cos ␣ = 0 e Pot = 0.
Como exemplo de ␣ = 90°, citamos o caso da
componente centrípeta da força resultante:
A componente centrípeta da força resultante não
realiza trabalho e sua potência é nula.
Procuremos interpretar a área sob o gráfico Pot = f(t).
N
A= P (t2 – t1) = P . ⌬t =
4. Unidades e
dimensões de potência Portanto:
No gráfico da potência mecânica instantânea em
Da definição de potência média, obtemos:
função do tempo, a área sob o gráfico, entre dois
unidade [ ] instantes, mede o trabalho realizado entre aqueles
a) unidade [ Pot ] = ––––––––––––––
unidade [ ⌬t ] instantes.
No SI, temos:
unidade [ ] = joule (J) A propriedade enunciada foi demonstrada para o
unidade [ ⌬t ] = segundo (s) caso particular de função constante, porém também é
válida para potência instantânea variável.
Logo:
J
unidade [ Pot ] = ––– = J . s–1 = watt (W)
s
São também usuais:
quilowatt (kW) = 103W
megawatt (MW) = 106W
miliwatt (mW) = 10–3W
microwatt (W) = 10–6W
45
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% 64%
H = 4h = 4 . 0,18m = 0,72m
Resposta: C
1) TEC: total = ⌬Ecin
3. (AFA-MODELO ENEM) – O motor de um automóvel desenvolve
interno + peso = 0 (MU) uma potência útil de 20 hp quando o automóvel tem uma velo-
cidade constante de módulo 50 km/h em uma estrada retilínea e
i – m g H = 0 horizontal. Se a força resistente tem intensidade proporcional ao
quadrado do módulo da velocidade, a potência, em hp, necessária
i = m g H para mantê-lo a 100 km/h vale:
i = 70 . 10 . 0,72 (J) ⇒ a) 10 b) 20 c) 40 d) 80 e) 160
i = 504J
Resolução
Para que o automóvel tenha velocidade constante:
i 504 J
2) Potm = ––– = ––––– ⇒ Potm = 180W Fmotriz = Fresistente = k V2
⌬t 2,8s
A potência motriz dada por:
Resposta: A
Potmotriz = Fmotriz . V
2. (UNIFESP-MODELO ENEM) – Após algumas informações sobre
o carro, saímos em direção ao trecho off-road. Na primeira Potmotriz = k V2 . V = k V3
acelerada, já deu para perceber a força do modelo. De acordo
com números do fabricante, são 300 cavalos de potência [...] e os Se a velocidade duplicou, a respectiva potência motriz ficará mul-
108 km/h iniciais são conquistados em satisfatórios 7,5 tiplicada por 8.
segundos, graças à boa relação peso-potência, já que o carro vem Resposta: E
com vários componentes de alumínio.
(http://carsale.uol.com.br/opapoecarro/testes/aval_050404discovery.shtml#5) 4. (FUVEST-SP-MODELO ENEM) – Nos manuais de automóveis, a
caracterização dos motores é feita em cv (cavalo-vapor). Essa uni-
O texto descreve um teste de avaliação de um veículo importado, dade, proposta no tempo das primeiras máquinas a vapor,
lançado recentemente no mercado brasileiro. Sabendo-se que a correspondia à capacidade de um cavalo típico, que conseguia
massa desse carro é de 2,4 . 103 kg, e admitindo-se 1 cv = 740 W, erguer, na vertical, com auxílio de uma roldana, um bloco de 75kg,
pode-se afirmar que, para atingir os 108 km/h iniciais, a potência com velocidade de módulo 1,0m/s. Para subir uma ladeira, inclina-
útil média desenvolvida durante o teste, em um plano horizontal, da como na figura, um carro de 1,0 .103 kg, mantendo uma veloci-
em relação à potência total do carro, foi aproximadamente de dade constante de módulo 15m/s (54km/h), desenvolve uma
a) 90% b) 75% c) 65% d) 45% e) 30% potência útil que, em cv, é, aproximadamente, de
(Sugestão: efetue os cálculos utilizando apenas dois algarismos a) 20 b) 40 c) 50 d) 100 e) 150
significativos.)
Resolução
1) A potência média útil é dada por:
Potu = –––
⌬t
46
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Resolução VgH
(1) Desprezando-se o efeito do ar, tem-se: Pot = ––––––
⌬t
Fmotor = Pt = P sen = m g sen
Fmotor = 1,0 . 103 . 10 . 0,1 (N)
V
Sendo ––– = Z (vazão), resulta: Pot = Z g H
Fmotor = 1,0 . 103N ⌬t
(2) Potmotor = Fmotor . V . cos 0° Tendo o processo de geração uma eficiência de 77%, resulta, para
a potência útil de cada unidade:
Potmotor = 1,0 . 103 . 15 (W) = 15 . 103W
Pot = 0,77 . Z g H
mgH
(3) Pot = –––––– = mg V Pot = 0,77 . 1,0 . 103 . 7,0 . 102 . 10 . 130 (W)
⌬t
Pot 7,0 . 10 8W
1cv = 75 . 10 . 1,0 (W) = 750W
15 . 103
(4) Potmotor = ––––––– (cv) A potência total Pottotal gerada pelas 18 unidades é igual a:
750 Pottotal = 18 . Pot
Pottotal = 18 . 7,0 . 108 (W)
Potmotor = 20cv
5. (UNICAMP-SP) – Uma usina hidroelétrica gera eletricidade a b) A potência elétrica consumida pela cidade de Campinas vale:
partir da transformação de energia potencial mecânica em energia
elétrica. A usina de Itaipu, responsável pela geração de 25% da E e
energia elétrica utilizada no Brasil, é formada por 18 unidades PotC = ––––
geradoras. Nelas, a água desce por um duto sob a ação da gravi- ⌬t
dade, fazendo girar a turbina e o gerador, como indicado na figura Sendo Ee = 6,0 . 10 9 Wh e ⌬t = 1 dia = 24h, resulta:
a seguir. Pela tubulação de cada unidade, passam 7,0 . 102 m3/s
de água. O processo de geração tem uma eficiência de 77%, ou 6,0 . 10 9 Wh
seja, nem toda a energia potencial mecânica é transformada em PotC = –––––––––––– PotC = 0,25 . 109W
energia elétrica. Considere a densidade da água 1,0 . 103kg/m3 e 24h
g = 10m/s2.
peso
Pot = –––– , em que peso é o trabalho que o peso da água
⌬t
realiza no intervalo de tempo ⌬t.
mgH
Sendo peso= mgH, vem: Pot = –––––
⌬t
Determine →
m a) o trabalho realizado pela força F entre os instantes t0 = 0 e
Da definição de densidade = –– , temos m = . V t1 = 2,0s;
V
b) o módulo da velocidade do corpo no instante t1 = 2,0s.
Portanto: Adote g = 10m/s2 e despreze o efeito do ar.
47
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Resolução Resolução
a) A vazão do ar em relação às hélices é dada por:
Vol
Z = –––– = A . V → Vol = A . V . ⌬t (1)
⌬t
Vol = volume do ar
A = área varrida pelas hélices
V = módulo da velocidade do vento
m m
Sendo dar = –––– , vem: Vol = –––– (2)
Vol dar
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c)
T = 4,0 . 103N
P – T’ = ma
T’ = 3,6 . 103N
T’ + FM – PE = M a
FM + T = PE
FM + 4,0 . 103 = 8,0 . 102 . 10 3,6 . 103 + FM – 8,0 . 103 = 0,8 . 10 3 . 1,0
Respostas: a) 4,0kN
b) 2,0kW
c) 5,2kN
9. (FUVEST-SP) – Uma esteira rolante transporta 15 caixas de bebida (108km/h) em 10s em um plano horizontal. Despreze o efeito do
por minuto, de um depósito no subsolo até o andar térreo. A ar. Neste intervalo de tempo, a potência média útil desenvolvida
esteira tem comprimento de 12m, inclinação de 30° com a pelo motor do carro, em kW, vale:
horizontal e move-se com velocidade constante. As caixas a a) 45 b) 90 c) 100 d) 126 e) 150
serem transportadas já são colocadas com a velocidade da estei-
ra. Se cada caixa pesa 200N, o motor que aciona esse mecanismo 12. (FUVEST-SP) – Um elevador de carga, com massa M = 5,0 . 103kg,
deve fornecer a potência de é suspenso por um cabo na parte externa de um edifício em
a) 20W b) 40W c) 3,0 . 102W construção. Nas condições das questões abaixo, considere que o
d) 6,0 . 102W e) 1,0 . 103W motor fornece uma potência constante P = 150 kW.
→
Supondo-se desprezíveis as perdas por atrito, determine a) Determine a intensidade da força F1, em N, que o cabo exerce
a) a potência P, em watts, que a senhora cede ao sistema da sobre o elevador, quando ele é puxado com velocidade cons-
escada rolante, enquanto permanece na escada; tante.
→
b) o número N de degraus que o jovem de fato subiu para ir do 1.o b) Determine a intensidade da força F2 , em N, que o cabo exerce
ao 2.o andar, considerando-se que cada degrau mede 20cm de sobre o elevador, no instante em que ele está subindo com
altura; uma aceleração para cima de módulo a = 5,0m/s2.
c) o trabalho T, em joules, realizado pelo jovem, para ir do 1.o ao 2.o
andar, na situação descrita. c) Levando-se em conta →a potência P do motor, determine o
módulo da velocidade V2, em m/s, com que o elevador estará
11. (ACAFE-SC) – Um fabricante de automóveis afirma que um deter- subindo, nas condições do item (b) (a = 5,0m/s2).
minado modelo de seus carros, de massa m = 1,0t, acelera unifor- d) Determine a velocidade escalar máxima VL, em m/s, com que
memente do repouso até uma velocidade de módulo v = 30m/s o elevador pode subir quando puxado pelo motor.
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9) C F1 = P = Mg
F1 = 5,0 . 10 3 . 10 (N)
10) a) A senhora aplica sobre a escada uma força vertical para
baixo de intensidade igual à de seu peso e que sofre um
delocamento vertical H = 7,0m. F1 = 5,0 . 10 4N
Portanto: = PS . H
A velocidade resultante da mulher é dada por: c) No instante T, em que a = 5,0m/s 2, temos F2 = 7,5 . 10 4N
VR = VE Pot = F2V2 (constante)
(M)
150 . 10 3 = 50 . 10 3 VL ⇒ VL = 3,0m/s
Portanto: N = 2n = 70
Respostas: a) 5,0 . 10 4N b) 7,5 . 10 4N
c) Para um referencial fixo na escada, o jovem tem ve-
c) 2,0m/s d) 3,0m/s
locidade escalar constante 2V e sobe uma altura 2H, em
que H é a altura da escada em relação ao solo.
13) A
Aplicando-se o teorema da energia cinética, vem:
Respostas: a) P = 1,4 . 102 W 2,20 . 104 = 1,10 . 103 amáx ⇒ amáx = 20,0m/s2
b) N = 70
c) T = 11,2kJ b) A força que acelera o veículo é recebida do chão por meio
do atrito e, portanto:
11) A F ≤ Fat
destaque
Fmáx = (P + Fa)
12) a) Quando o elevador se movimenta com velocidade cons-
2,20 . 104 = 0,50 (1,10 . 104 + Fa)
tante, a força resultante sobre ele é nula e a força aplicada
pelo cabo equilibra o peso do elevador. 4,40 . 104 = 1,10 . 104 + Fa ⇒ Fa = 3,30 . 104N
52
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c) Para as rodas derrapando, o atrito é dinâmico e a força de 2) A potência útil desenvolvida pelo motor será dada por:
atrito terá intensidade dada por: Pot = F’ V
Fat = P = 0,50 . 1,10 . 104 (N) = 5,50 . 103N Pot = 4,4 . 10 3 . 60 (W) ⇒ Pot = 264 . 10 3W
A velocidade dos pontos da periferia da roda tem módulo
Pot = 264 kW
v dado por:
v = R = 600 . 0,40 (m/s) = 240m/s
Respostas: a) 2,0 . 10 3N
Como o carro ainda não se movimentou, toda a potência b) sen ␣ = 0,25
fornecida pelo motor foi consumida pelo atrito: c) 264 kW
Potmotor = |Potatrito| = Fat . v
16) A areia deve receber da esteira uma força horizontal capaz de
Potmotor = 5,50 . 103 . 240 (W) ⇒ Potmotor = 1,32 . 106 W lhe comunicar uma velocidade horizontal de módulo V = 4,0m/s.
Respostas: a) 20,0m/s2 Essa força, suposta constante, terá intensidade F dada por:
b) 3,30 . 104N mV
F = –––
c) 1,32 . 106W ⌬t
15) m
Como ––– = 3,0 kg/s e V = 4,0m/s, vem:
⌬t
Far = F = 2,0 . 10 3N ⇒ Far = 2,0 . 10 3N PotF = 12,0 . 4,0 . 1 (W) ⇒ PotF = 48,0 W
Resposta: E
b)
17) B
M = 6,0 · 105 kg
53
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CAPÍTULO
Mecânica
5 ENERGIA
MECÂNICA
1. Conceito 3. Modalidades
Apresentamos a noção de ENERGIA como um con- de energia mecânica
ceito intuitivo. A energia MECÂNICA pode-se apresentar funda-
É usual dizer-se que um sistema físico tem energia mentalmente sob duas formas:
mecânica em relação a um certo referencial, quando ele • energia cinética;
é capaz de modificar-se espontaneamente e de realizar • energia potencial.
trabalho, isto é, o sistema possui energia mecânica quan- Em relação a um dado referencial, um corpo tem
do existe a possibilidade de transformá-la ou transferi-la energia cinética quando estiver em movimento.
total ou parcialmente para outros sistemas físicos. Em relação a um dado referencial, um corpo tem
Energia mecânica traduz a capacidade para reali- energia potencial quando, em virtude de sua posição,
zar trabalho. ele tem possibilidade de entrar em movimento como, por
exemplo, uma pedra posicionada a uma certa altura aci-
Uma mola comprimida, o elástico esticado de um ma do solo (tomado como referência).
estilingue, um corpo no alto de um prédio, um carro em
movimento são exemplos de sistemas energizados. 4. Energia cinética
ou de movimento
2. Unidades e dimensões
A energia cinética, ou de movimento, é a energia
Lembrando que trabalho é uma forma de energia, que o sistema possui em virtude do movimento das par-
concluímos que as unidades e dimensões de qualquer ti- tes que constituem o sistema, em relação ao referencial
po de energia são as mesmas de trabalho. adotado.
Para deduzirmos a expressão da energia cinética, ou
u(E) = joule (J) de movimento, consideraremos o caso particular de um
[E] = ML2T–2 ponto material de massa m, inicialmente em repouso,
→
que recebe ação de uma força resultante constante F e se
No sistema de unidades denominado CGS (centíme- desloca em um plano horizontal.
tro-grama-segundo), a unidade de energia é o erg.
Na Termologia, costuma-se usar a unidade de ener-
gia denominada caloria.
1 erg = 10–7J
1 cal = 4,18J
54
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A energia cinética que o ponto material adquire é d) Se representarmos a energia cinética de um corpo
medida pelo trabalho realizado pela força resultante Ec em função do quadrado de sua velocidade escalar V2,
→
F. teremos uma função linear:
Da definição de trabalho, obtém-se:
=F.d=m.␥.d (1)
em que ␥ é a aceleração escalar e d é o módulo do deslo-
camento do ponto material.
Da Equação de Torricelli, da Cinemática, temos:
V2 = V02 + 2 ␥ d
55
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Exemplo 1
Tomando-se como referencial o nível do chão, uma
pedra em um buraco possui energia potencial negativa.
56
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Notas
a) A energia potencial de gravidade não é uma gran-
deza associada apenas a um corpo, e sim ao sistema
físico constituído pelo corpo e pela Terra, isto é, ao
conjunto corpo-Terra.
b) O valor da energia potencial de gravidade (mgH)
depende de H e, portanto, depende da posição do plano
de referência adotado, porém a variação de energia
potencial de gravidade (⌬EP = mg⌬H) não depende da
posição do plano de referência adotado, pois o valor de
⌬H traduz uma distância entre dois pontos que
independe da referência adotada.
Exemplo: consideremos uma partícula de massa
m que passa da posição A para a posição B, indicadas na Para medir a energia potencial de gravidade asso-
figura. ciada a corpos extensos, devemos usar a altura H
Admitamos que, em relação à referência (1), a do centro de gravidade do corpo.
energia potencial de gravidade em A valha 5,0J e em B
10J, ensejando uma variação de A para B de 5,0J.
d) Para um corpo de peso P constante, a energia
potencial de gravidade EP é proporcional à altura H e o
gráfico da função EP = f(H) é dado por:
57
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1. Uma partícula de massa 1,0kg parte do repouso e percorre 1,0m, Sendo a massa da partícula igual a 2,0kg, a força resultante sobre
em um intervalo de tempo de 1,0s, com movimento uniforme- ela tem intensidade igual a:
mente variado. a) 1,0N b) 2,0N c) 3,0N d) 4,0N e) 5,0N
A energia cinética da partícula, ao final deste 1,0s de movimento, Resolução
vale Como o movimento é uniformemente variado, temos:
a) 0,5J b) 1,0J c) 2,0J d) 4,0J e) 8,0J V = V0 + ␥ t
Resolução
Sendo o movimento uniformemente variado, temos: Do gráfico, obtemos: t = 0 ⇒ Ec = 0 ⇒ V0 = 0
⌬s V0 + Vf Portanto, o resultado é: V = ␥ t
Vm = ––– = ––––––––
⌬t 2
A energia cinética Ec é dada por:
1,0 0 + Vf m m
–––– = ––––––– ⇒ Vf = 2,0m/s Ec = ––– V2 = ––– ␥ 2 t 2
1,0 2 2 2
2. Uma partícula de massa constante tem o módulo de sua veloci- ␥ 2 = 2,25 ⇒ | ␥ | = 1,5m/s2
dade aumentado de 20%. O respectivo aumento de sua energia
cinética será de
A força resultante que age na partícula, de acordo com a 2.a Lei de
a) 10% b) 20% c) 40% d) 44% e) 56%
Newton, tem intensidade dada por:
Resolução
Quando uma grandeza aumenta de 20%, o seu valor inicial fica FR = m | ␥ | = 2,0 . 1,5 (N) ⇒ FR = 3,0N
multiplicado por 1,2.
De fato: Resposta: C
20
Vf = V0 + ––––– V0 = V0 + 0,2V0 ⇒ Vf = 1,2V0
100 4. Um corpo de massa 3,0kg está posicionado 2,0m acima do solo
horizontal e tem energia potencial gravitacional de 90J.
Como a energia cinética é proporcional ao quadrado da veloci- A aceleração da gravidade no local tem módulo igual a 10m/s2.
dade escalar, o seu valor fica multiplicado por (1,2)2 = 1,44. Quando esse corpo estiver posicionado no solo, sua energia
De fato: potencial gravitacional valerá
m V02 m Vf2 a) zero b) 20J c) 30J d) 60J e) 90J
E0 = –––––– (1); Ef = –––––– (2) Resolução
2 2 Usando-se a relação da energia potencial de gravidade, temos:
(2) E Vf 21,2 V 2
(1) E0 ( ) = (––––––
Fazendo-se –––, tem-se: –––f = –––
V0 V ) 0
0 Ep = mgH
90 = 3,0 . 10 . H ⇒ H = 3,0m
Ef
––– = (1, 2)2 = 1,44 ⇒ Ef = 1,44E0
E0 Portanto, o corpo está posicionado 3,0m acima da referência e
2,0m acima do solo, conforme mostra a figura.
Note que, como E0 foi multiplicado por 1,44, podemos afirmar que
o aumento de energia cinética foi de 44%.
Resposta: D
58
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Resolução
Sendo o movimento do elétron circular e uniforme, a força
eletrostática faz o papel de resultante centrípeta:
F = FCP
1 q2 m V2
––––– . ––– = –––––
Resolução 4π ε0 r2 r
Quando se trata de um corpo extenso, a altura a ser considerada,
na medida da energia potencial gravitacional, é a altura do centro 1 q2
m V 2 = ––––– –––
4π ε0
de gravidade (C.G.) do corpo, em relação ao plano de referência
r
adotado.
m V2 1 q2
EC = –––––– = –––––– –––
2 8π ε0 r
Resposta: E
Sendo o corpo homogêneo, o (C.G.) coincide com o centro geo- 8. (MODELO ENEM) – O texto a seguir é um fragmento de um
métrico. artigo do físico brasileiro Marcelo Gleiser publicado no jornal Folha
de S. Paulo, relativo à cratera formada na superfície terrestre pelo
3 impacto de um meteorito.
Assim, temos: Epot = MghCG ⇒ Epot = ––– Mgh
2 A cratera é bem recente, ao menos em termos geológicos: foi
3 formada há 50 mil anos, quando um meteorito de cerca de 40
Resposta: ––– Mgh metros de diâmetro – o equivalente a um prédio de 15 andares –
2
feito praticamente de ferro puro chocou-se com o solo a uma
6. Considere uma partícula no interior de um campo de forças. Se o velocidade de 36 mil quilômetros por hora. A energia do impacto
movimento da partícula for espontâneo, sua energia potencial foi equivalente à detonação simultânea de 20 bombas de
diminuirá e as forças de campo realizarão um trabalho motor hidrogênio.
(positivo), que consiste em transformar energia potencial em Considere o meteorito como sendo uma esfera maciça de ferro
cinética. cuja densidade vale 8,0 . 103kg/m3.
Entre as alternativas a seguir, assinale aquela em que a energia Adote π = 3.
potencial aumenta: De acordo com os dados do texto, a energia liberada por uma
a) Um corpo caindo no campo de gravidade da Terra. bomba de hidrogênio, em joules, é um valor mais próximo de:
b) Um próton e um elétron se aproximando. a) 6,4 . 1012J b) 1,3 . 1014J c) 6,4 . 1014J
c) Dois elétrons se afastando. d) 1,3 . 1016J e) 6,4 . 1016J
d) Dois prótons se afastando. Resolução
e) Um próton e um elétron se afastando.
Resolução 4
1) m = Vol = . –– π R3
Para que a energia potencial aumente, o movimento deve ser não 3
espontâneo, isto é, a partícula deve caminhar contra a força de
4
campo. m = 8,0 . 103 . –– . 3 . (20)3 (kg)
Isto ocorre na opção (e), pois o próton e o elétron se atraem e o 3
seu afastamento não é espontâneo.
Nas demais opções, o movimento é espontâneo e, por isso, a m = 256 . 106kg = 2,56 . 108kg
energia potencial diminui.
36
Resposta: E 2) V = 36 . 103km/h = ––– . 103m/s = 1,0 . 104m/s
3,6
7. (OLIMPÍADA PAULISTA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – O mV2 2,56 . 108
modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio pressupõe que o 3) Ec = –––– = ––––––––– . 108(J)
elétron descreve uma órbita circular de raio r em torno do próton. 2 2
A energia cinética do sistema elétron-próton é dada por:
1 q2 1 q 1 q Ec 1,28 . 1016J
a) ––––– ––– b) ––––– ––– c) ––––– ––– Ec 1,28 . 1016
ε
4π 0 r2 ε
8π 0 r ε
4π 0 r 4) Eb = –––– = –––––––––– J = 0,064 . 1016J
20 20
1 q2 1 q2
d) ––––– ––– e) ––––– ––– Eb = 6,4 . 1014J
ε
4π 0 r ε
8π 0 r
Resposta: C
59
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9. (UNIFESP) – Uma criança de massa 40kg viaja no carro dos pais, 12. (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – Uma das extremidades de um fio
sentada no banco de trás, presa pelo cinto de segurança. Num inextensível, de comprimento L = 1,0m e de massa desprezível,
determinado momento, o carro atinge uma velocidade de módulo está presa em um ponto O enquanto, na outra extremidade, há um
72km/h. corpo de massa m = 0,20kg e de dimensões desprezíveis em rela-
Nesse instante, a energia cinética dessa criança é ção a L. O corpo, com energia cinética inicial Ec = 20J, é obrigado
a) igual à energia cinética do conjunto carro mais passageiros. pelo fio a se mover em um plano horizontal e ao longo de uma
b) zero, pois fisicamente a criança não tem velocidade, logo, não circunferência com centro no ponto O, pertencente ao plano.
tem energia cinética. Durante seu movimento, uma força de módulo constante e direção
c) 8,0 . 103J em relação ao carro e zero em relação à estrada. paralela à da velocidade do corpo realiza trabalho que acrescenta
d) 8,0 . 103J em relação à estrada e zero em relação ao carro. ⌬Ec = 2,0J à energia cinética da partícula a cada volta completa. Se
e) 8,0 . 103J, independentemente do referencial considerado, pois a intensidade da tração máxima suportada pelo fio, antes de se
a energia é um conceito absoluto. romper, for 100N, o fio se romperá após o corpo completar
a) 15 voltas b) 20 voltas c) 40 voltas
10. (FUND. CARLOS CHAGAS) – Um corpo de massa 1,0kg executa d) 60 voltas e) 100 voltas
um movimento cuja velocidade escalar V, em função do tempo t,
está representada no gráfico a seguir. A energia cinética do corpo
é igual a 2,0 . 102J 13. (PUC-SP) – O coqueiro da
a) somente no instante t = 4,0s. figura tem 5,0m de altura em
b) somente no instante t = 8,0s. relação ao chão e a cabeça do
c) somente no instante t = 12,0s. macaco está a 0,5m do solo.
d) somente no instante t = 16,0s. Cada coco, que se desprende
e) nos instantes t = 8,0s e t = 16,0s. do coqueiro, tem massa
2,0 . 102g e atinge a cabeça
do macaco com 7,0J de ener-
gia cinética. A quantidade de
energia mecânica dissipada
na queda é
a) 2,0J
b) 7,0J
c) 9,0J
d) 2,0kJ
e) 9,0kJ
Dado: g = 10m/s2
60
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16. (UFRN-MODELO ENEM) – Recentemente, foi anunciada a des- 19. (VUNESP-MODELO ENEM) – Veja esta tirinha de Bill Watterson.
coberta de um planeta extra-solar, com características semelhan-
tes às da Terra. Nele, o módulo da aceleração da gravidade nas
proximidades da sua superfície é aproximadamente 2g (g repre-
senta o módulo da aceleração da gravidade nas proximidades da
Terra).
Quando comparada com a energia potencial gravitacional arma-
zenada por uma represa idêntica construída na Terra, a energia
potencial gravitacional de uma massa d’água armazenada numa
represa construída naquele planeta seria
a) um quarto. b) a metade. c) igual
d) o dobro. e) o quádruplo.
61
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 62
7. Energia potencial x . kx k x2
agente externo = –––––– = –––––
elástica ou de deformação 2 2
A energia potencial elástica, ou de deformação, é Logo:
uma forma de energia mecânica armazenada em uma k x2
mola deformada ou em um elástico esticado. É, tipica- Eelástica = agente externo = –––––
mente, uma forma de energia latente que pode transfor- 2
mar-se em energia de movimento.
Para deduzirmos a expressão da energia elástica, Notas
imaginemos uma mola comprimida. a) Sendo k > 0 e x2 ≥ 0, a energia potencial elástica
nunca será estritamente negativa.
b) Sendo Ep = f(x) uma função do 2.o grau, o gráfico
de Ep em função de x terá a forma de um arco de
parábola.
(Lei de Hooke)
k x2 dE 2kx
E = –––– ⇒ F = ––– = ––––– = kx
2 dx 2
Analogamente, a força de gravidade P é a derivada
da energia potencial de gravidade com relação à altura h:
dE
O trabalho desenvolvido é medido pela área do E = mgh ⇒ P = ––– = mg
triângulo destacado na figura. dh
62
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 13:09 Página 63
m V2
Em = –––––– + m g H = constante
2
Se a partícula estiver sob a ação de uma força elás-
tica, além da energia potencial de gravidade mgH, tam-
bém devemos computar a energia potencial elástica, da-
kx2
da por Ee = –––– , em que k é a constante elástica da força
2
e x o afastamento da posição de energia potencial nula.
Assim:
mV2 kx2
Em = ––––– + mgH + ––––– = constante
2 2
Exemplo
Consideremos uma pedra de massa 1,0kg abando-
nada da janela de um edifício, de uma altura de 100m em
relação ao nível do chão.
Consideremos desprezíveis os efeitos do atrito com o
ar; adotemos o nível do chão como plano de referência e
façamos g = 10m/s2.
Mostramos, a seguir, uma tabela com valores da
energia potencial, cinética e mecânica da pedra desde o
instante em que foi abandonada até atingir o solo.
63
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 64
→
A energia mecânica se conserva porque o peso P é
→
uma força conservativa e a reação normal de apoio N não
realiza trabalho por ser normal à trajetória do corpo.
T = T . d ; T = – T . d ⇒ T + T = 0
A B A B
mAVA2 mBVB2
––––––– + mAghA + ––––––– + mBghB = constante
2 2
64
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24
Ee = –—- (0,5)2 (J) ⇒ Ee = 3,0 J
2
Respostas: a) 24N/m
b) 3,0J
65
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Resolução 26. Na figura adiante, temos um tobogã sem atrito. Um corpo, assi-
A energia elástica armazenada na mola é transferida para o bloco milável a um ponto material, é abandonado a partir do repouso no
na forma de energia cinética: ponto A e desliza livremente no tobogã, atingindo o ponto B. A
kx2 2,0 . 103 aceleração de gravidade local é constante e de módulo g.
Ecin = —— = ———–— (0,10)2 (J) ⇒ Ecin = 10J
B 2 2 B
Comparando-se E2 e E1, temos: E2 = 4E1 28. (UFPA-MODELO ENEM) – Nos Jogos dos Povos Indígenas,
evento que promove a integração de diferentes tribos com sua
Resposta: E cultura e esportes tradicionais, é realizada a competição de arco e
66
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 67
flecha, na qual o atleta indígena tenta acertar com precisão um Para o equilíbrio do arco:
determinado alvo. O sistema é constituído por um arco que, em → → → → →
conjunto com uma flecha, é estendido até um determinado ponto, F1 + F2 = 0 ⇒ F1 = –F2
onde a flecha é solta (figura abaixo), acelerando-se no decorrer de II) VERDADEIRA. Conservação da energia.
sua trajetória até atingir o alvo.
III) VERDADEIRA. Em relação ao eixo CD, a energia potencial
gravitacional é nula e toda a energia elástica é transformada
em cinética.
IV) FALSA. O trabalho realizado será dado pela variação da ener-
gia mecânica da flecha.
Resposta: D
67
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Um carrinho é solto do ponto M, passa pelos pontos N e P e só 36. (UNICAMP) – Que altura é possível atingir em um salto com
consegue chegar até o ponto Q. vara? Essa pergunta retorna sempre que ocorre um grande
Suponha que a superfície dos trilhos apresenta as mesmas evento esportivo, como os jogos olímpicos. No salto com vara,
características em toda a sua extensão. um atleta converte sua energia cinética obtida na corrida em
Sejam ECN e ECP as energias cinéticas do carrinho, energia potencial elástica (flexão da vara), que por sua vez se
respectivamente, nos pontos N e P e ETP e ETQ as energias converte em energia potencial gravitacional. Imagine um atleta
mecânicas totais do carrinho, também respectivamente, nos com massa de 80kg que atinge uma velocidade horizontal de
pontos P e Q. módulo 10m/s no instante em que a vara começa a ser flexionada
Considerando-se essas informações, é correto afirmar que para o salto.
a) Qual é a máxima variação possível da altura do centro de
a) ECN = ECP e ETP = ETQ b) ECN = ECP e ETP > ETQ massa do atleta, supondo-se que, ao transpor a barra, sua
c) ECN > ECP e ETP = ETQ d) ECN > ECP e ETP > ETQ velocidade seja praticamente nula?
b) Considerando-se que o atleta inicia o salto em pé e ultrapassa
a barra com o corpo na horizontal, devemos somar a altura
33. (UNIP-SP) – Uma pessoa de bicicleta sobe uma rampa inclinada inicial do centro de massa do atleta à altura obtida no item
de 30° com velocidade de módulo constante. anterior para obtermos o limite de altura de um salto. Faça
uma estimativa desse limite para um atleta de 2,0m de altura.
68
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c) Um atleta com os mesmos 2,0m de altura e massa de 60kg d) Seu amigo, pois objetos mais leves são facilmente acelerados.
poderia saltar mais alto? Justifique sua resposta, admitindo-se e) Você, porque seu tempo de deslizamento pelo escorregador é
que a velocidade horizontal seja a mesma (10m/s). menor.
37. (UNIP-SP) – Uma pedra é lançada horizontalmente da janela de 41. (VUNESP-MODELO ENEM) – Supondo que Miguelito passe pelo
um prédio em um local onde o efeito do ar é desprezível. ponto mais baixo com uma velocidade de módulo 14,4 km/h, a
No instante do lançamento, a pedra tem energia potencial de máxima altura que ele poderá alcançar com sua balança,
300J e energia cinética de 100J, em relação ao solo. relativamente a esse ponto, é, em cm, de
No instante em que a intensidade da velocidade da pedra for duas a) 80 b) 72 c) 68 d) 54 e) 50
vezes maior do que a intensidade da velocidade de lançamento, Dado: g = 10 m/s2 e despreze o efeito do ar
então
a) a energia potencial da pedra valerá 200J.
b) a energia cinética da pedra valerá 200J.
c) a pedra estará chegando ao solo.
d) a energia cinética da pedra será nula.
e) a energia mecânica da pedra valerá 300J.
69
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70
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Resolução
A energia cinética da locomotiva vai transformar-se em energia
potencial elástica da mola.
m V2 k x2
––––– = –––––
2 2
m V2 7,0 . 104
k = ––––– = ––––––––– . (2,0)2 (SI) ⇒ k = 2,8 . 105 N/m
x2 (1,0)2
Resposta: A
mesmo módulo: VA = VB. 51. Na figura, M é um bloco de madeira de massa 1,0kg que cai, em
queda livre, a partir do repouso, de uma altura de 1,0m sobre uma
Na queda vertical, o tempo de queda é dado por: mola elástica de massa desprezível, comprimindo-a de 10cm. A
massa da plataforma, os atritos e a perda de energia mecânica na
V = V0 + ␥ t ⇒ = 0 + g sen ␣ tB
2gh
1 2h
tB = –––––– –––
sen ␣ g
Resposta: D
71
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Resolução 53. No esquema da figura, temos uma Máquina de Atwood ideal (polia
Usando-se a conservação da energia mecânica entre A e B (ponto e fio têm massas desprezíveis) em que o bloco A tem massa M e
de compressão máxima), temos: o bloco B tem massa m, sendo M > m.
A aceleração local da gravidade tem módulo igual a g e despreza-se
o efeito do ar.
O sistema é abandonado do repouso com a configuração indicada
na figura.
EB = EA
2
Kxmáx
–––––– = mg (H + xmáx)
2 Seja V o módulo da velocidade dos blocos, quando o bloco A esti-
ver chegando ao solo.
K
––– (0,10)2 = 1,0 . 10 . 1,1 Assinale a opção que traduz a conservação da energia mecânica
2 do sistema formado pelos blocos A e B.
K = 2,2 . 103N/m MV2
K . 10–2 = 22 ⇒ a) MgH = –––––
2
Resposta: B
(M + m)V2
b) MgH = ––––––––––
52. (VUNESP) – Um bloco de massa m encontra-se em repouso 2
(M + m) V2
sobre uma plataforma horizontal e preso, como mostra a figura, a c) MgH = mgH + –––––––––––
uma mola de massa desprezível que não está distendida nem 2
comprimida. mV2
d) MgH = mgH + –––––
2
mV2
e) MgH = –––––
2
Resolução
d)
mg
––––––
k
e)
mg
–––
k
Resolução
O bloco parte do repouso (ponto A) e estará novamente em repou-
so (ponto B) quando a mola atingir seu alongamento máximo d. Para um referencial fixo no solo, usando-se a conservação da
energia mecânica do sistema (A + B), obtemos:
Usando-se a conservação da energia
mecânica entre as posições A e B, temos: Efinal = Einicial
EB = EA (M + m)
mg2H + –––––––– V2 = (M + m) g H
(Referência em B) 2
kd2 (M + m)
–––– = mgd 2mgH + –––––––– V2 = MgH + mgH
2 2
2mg (M + m)
d = ––––– MgH = mgH + –––––––– V2
k 2
Resposta: C
Resposta: C
72
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Determine
a) o módulo da velocidade da esferinha ao passar pela posição B;
b) o módulo da velocidade da esferinha ao passar pelo ponto C e
ao chegar ao solo em D;
c) o trabalho realizado pelo peso da esferinha entre as posições
a) Faça a correspondência entre os gráficos A, B e C e as ener-
A (lançamento) e D (chegada ao solo).
gias potencial, cinética e mecânica do projétil.
b) Determine a massa do projétil. 58. (UNESP) – Um bloco sobe uma rampa
c) Determine o módulo da velocidade inicial do projétil. deslizando sem atrito, em movimento
Adote g = 10,0m/s2. uniformemente retardado, exclusiva-
mente sob a ação da força da gra-
55. (UERJ) – Um corpo cai em direção à Terra, a partir do repouso, no vidade e da força do apoio, conforme
instante t = 0. mostrado na figura.
Observe os gráficos abaixo, nos quais são apresentadas dife- Ele parte do solo no instante t = 0 e
rentes variações das energias potencial (Ep) e cinética (Ec) deste chega ao ponto mais alto em 1,2s. O
corpo, em função do tempo. módulo da velocidade em função do tempo é apresentado no
gráfico.
73
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74
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66. (FATEC-SP) – O cientista inglês Robert Hooke estudou as mais Sabendo-se que não existe atrito entre o bloco A e a mesa, que a
diversas áreas da ciência. Realizou trabalhos científicos com massa da polia e a resistência do ar são desprezíveis e que a
Boyle, Newton e Huygens, por exemplo. Na Física, foi respon- aceleração da gravidade no local tem módulo g, é correto afirmar
sável por descrever a deformação de materiais elásticos e sua que, quando o bloco B tiver percorrido a altura h (imediatamente
relação com a força. antes da colisão com o chão), a energia cinética do bloco A é
Em um de seus experimentos, soltou de uma altura de 3,0 me- expressa por:
tros, em relação ao solo, uma esfera de massa 70 kg sobre uma 1 1 gMmh
cama elástica de circo. A cama elástica sofreu uma deformação a) ––– Mgh b) ––– –––––––
de 50 cm, conforme mostra a figura a seguir. Dado: g = 10m/s2 2 2 (M + m)
2gMmh gMmh
c) ––––––– d) –––––––
(M + m) (M + m)
e) Mgh
d)
2gh e) 2
gh
Despreze o efeito do ar. A aceleração da gravidade tem módulo g.
Questões 70 e 71.
Na figura abaixo, está esquematizado um tipo de usi-
na utilizada na geração de eletricidade.
75
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 76
I. cinética em elétrica
II. potencial gravitacional em cinética
75. (FUVEST) – A figura representa um plano inclinado CD. Um pe- Use para o módulo da aceleração da gravidade o valor
queno corpo é abandonado em C, desliza sem atrito pelo plano e g = 10m/s2;
cai livremente a partir de D, atingindo finalmente o solo. Despre- b) o valor do módulo da velocidade do corpo, imediatamente
zando-se a resistência do ar, determine antes de ele atingir o solo, em m/s;
c) o valor da componente horizontal da velocidade do corpo, ime-
diatamente antes de ele atingir o solo, em m/s.
Resolução
a) No trecho CD, a força resultante no corpo é a componente tan-
gencial de seu peso.
Aplicando-se a 2.a Lei de Newton, obtemos:
Pt = m a
m g sen = m a
a = g sen
–––
Por Pitágoras, obtemos CD = 5,0m
a) o módulo da aceleração a do corpo, no trecho CD, em m/s2. No triângulo ACD, temos:
76
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 77
3
sen = ––– = 0,60
5
Portanto: a = 10 . 0,60 (m/s2) ⇒ a = 6,0 m/s2
EB = EC
O projétil descreve uma parábola (resistência do ar desprezível)
(referência em B) atingindo uma altura máxima H, em relação ao solo. Quando o
H
projétil passar pelo ponto C, a uma altura ––– do solo, sua ener-
m VB2 2
–––––– = m g H gia cinética, em relação ao solo,
2
a) não está determinada com os dados apresentados.
VB =
2 g
H =
2 . 10 . 6,0 (m/s) b) valerá 15 J.
c) valerá 20 J.
d) valerá 25 J.
VB =
120 m/s 11m/s
e) será igual à energia potencial.
Resolução
c) A partir do ponto D, a única força atuante no corpo é o seu
Quando o projétil passa pelo ponto B, sua velocidade se reduz à
peso (força vertical) e, portanto, a partir do ponto D, a veloci-
→
dade horizontal do corpo permanece constante: componente horizontal de V0:
V0
Vh = Vh = VD cos (I) VB = V0x = V0 cos 60° = –––
B D 2
mV2
cional ao quadrado da velocidade Ec = –––– .
2
De B para C, a altura se reduziu à metade e, portanto, a energia
potencial de gravidade também se reduziu à metade, pois é
proporcional à altura (Ep = mgh).
A 0 40 40
Para obter o módulo da velocidade em D, podemos usar a con-
servação da energia mecânica de C para D ou a Equação de B 30 10 40
Torricelli.
C 15 25 40
ED = EC
Resposta: D
(referência em D)
77. (UFMG) –
m VD2
–––––– = m g h
2
VD =
2 g
H =
2 . 10 . 3,0 (m/s) ⇒ VD =
m/s
60 (II)
77
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 78
Resolução
a) V =
gL
–––
2
b) V =
gL c) V =
2gL
d) V = 2
gL e) V = 4
gL
Resolução
Desprezando-se o atrito e o efeito do ar, a energia mecânica da
corda permanece constante.
Isto significa que a energia potencial perdida é transformada em
energia cinética.
O conceito fundamental desta questão é o fato de que, na medida
da energia potencial de gravidade, devemos raciocinar com a
perda de altura do centro de gravidade CG da corda.
(Referência em A)
2 _____
mVA Epot = Ecin
––––– = mgh ⇒ VA =
2gh
perdida ganha
2
L M V2
Mg ––– = –––––
2) O tempo de queda de A para B é calculado analisando-se ape- 2 2
nas o movimento vertical (MUV):
V=
gL
␥y
⌬y = V0y t + –––– t2 (↓) Resposta: B
2
79. Um novo esporte da moda é o “bungee jump”, conhecido como
g 2 2H o “ioiô humano”.
H = ––– tQ ⇒ tQ = ––– Considere uma pessoa de massa 70kg que vai saltar, a partir do
2 g
repouso, de uma plataforma presa a uma corda elástica ideal de
constante elástica k = 140 N/m.
3) A distância horizontal d é calculada analisando-se o movimen- Despreze o efeito de resistência do ar e adote g = 10m/s2.
to horizontal (MU): A corda elástica, presa à plataforma, tem um comprimento natural
⌬x = Vx t de 17,5m.
d = VA . tQ ⇒ d =
2 gh .
2H
–––
g
d=2
hH
78
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 79
mV12 k x12
––––– + ––––– = mg (L0 + x1)
2 2
70 2 140
––– V1 + –––– (5,0)2 = 70 . 10 . 22,5
2 2
35V12 = 14000
(Referência em C) 2) A força tensora aplicada pelo fio não realiza trabalho porque
kx22 é perpendicular à trajetória.
—— = mg (L0 + x2)
2
TEC: total = ⌬Ecin
140
—— x22 = 70 . 10 (17,5 + x2) (A → B)
2
x2 = 5,0 + 10
2 (m) ⇒ x2 19,1m b) No ponto B, a força resultante na esfera pendular é centrípeta:
81. Demonstre que: “Se um pêndulo simples oscila com a maior os-
cilação lateral possível, isto é, se ele descreve um quarto de cir-
cunferência, quando chegar ao ponto mais baixo da trajetória, irá
esticar o fio com uma força de intensidade três vezes maior que
a que deveria agir se o pêndulo fosse simplesmente suspenso
pelo fio”.
Resolução
Um pêndulo, fixo em O, tem comprimento L e sustenta em sua Para a esfera pendular simplesmente suspensa pelo fio e em
extremidade uma esfera de massa m. equilíbrio, temos:
79
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 80
Resolução
a) Quando o pêndulo é constituído por um fio ideal (o fio pode
ficar frouxo), a velocidade escalar mínima no ponto mais alto
(ponto B) é obtida impondo-se a condição de que, neste ponto,
a força tensora no fio se anule e o peso da esfera faça o papel
de resultante centrípeta.
P = Fcp
B
mVB2
mg = ———
R
Quando a esfera é abandonada do repouso no ponto A (VA = 0),
supondo o sistema conservativo e adotando um plano de referên-
cia passando por B, temos: VB =
gR
EA = EB
m VB2
mg L = ––––––– A velocidade escalar mínima em A é obtida usando-se a con-
2 servação da energia mecânica:
EA = EB
m VB2 (Referência em A)
Da qual: –––––– = 2mg
L mVA2 mVB2
—–— = mg 2R + ———
2 2
mVB2 VA2 = 4 g R + VB2
Porém, –––––– representa a intensidade da resultante centrípeta
L
Substituindo-se VB2 por g R, obtém-se:
no ponto B: Fcp = 2 mg = 2P.
B
(Referência em A)
82. (MACKENZIE) – Considere um pêndulo fixo em um ponto O e
tendo na outra extremidade uma pequena esfera, que vai ser mVA2
lançada com velocidade V0, a partir do ponto A, de modo a des-
––––– = m g 2R ⇒ VA = 2
gR
2
crever uma circunferência em um plano vertical (“looping”).
Sendo g = 10m/s2 e R = 0,10m, tem-se: VA = 2,0m/s
80
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 81
A partícula parte do repouso do ponto A e só se destaca do trilho 84. (UFRJ) – Uma pequena esfera de aço, de 0,20kg, está presa a
no ponto D. uma das extremidades de um fio ideal. A outra extremidade está
Determine, adotando-se g = 10m/s2 e desprezando-se o efeito do fixada a um suporte. Com o fio esticado e na horizontal, a esfera
ar: é abandonada sem velocidade inicial. O fio não suporta a tensão a
a) a mínima velocidade possível no ponto C; que é submetido no instante em que faz 30° com a horizontal, e
b) a mínima velocidade possível no ponto B; rompe-se.
c) o mínimo valor de H.
Resolução
mVC2 _____
mg = ——— ⇒ VC =
gR
R
VB2 = 5 g R ⇒ VB =
5gR
Portanto: VB2 = 2 g L cos
→
2) No ponto B, a resultante entre a força aplicada pelo fio T e a
Sendo g = 10m/s2 e R = 0,40m, tem-se: VB = 2,0
5 m/s →
componente normal do peso Pn faz o papel de força centrípe-
ta:
c) Usando-se a conservação de energia mecânica entre os pon- mVB2
tos A e B, obtém-se: T – Pn = ⎯⎯⎯
L
EA = EB Sendo Pn = mg cos e VB2 = 2 g L cos , vem:
(Referência em B) m
T – mg cos = ––– 2 g L cos ⇒ T = 3 m g cos
mVB2 L
mgh = –––––
2 No caso particular desta questão, queremos saber o valor de T
para = 60°.
5gR
gh = ⎯⎯ ⇒ h = 2,5R 1
2 Assim: T = 3 . 0,20 . 10 . ⎯ (N) ⇒ T = 3,0N
2
Para R = 0,40m, tem-se: h = 1,0m Resposta: 3,0N
Respostas: a) 2,0m/s 85. Considere um hemisfério de raio R, sem atrito, fixo em um plano
b) 2,0
5 m/s horizontal, conforme mostra a figura.
c) 1,0m A aceleração da gravidade tem módulo igual a g.
81
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 82
2 gR (1 – cos ) = g R cos
2
2 – 2 cos = cos ⇒ cos = –––
3
2
b) Da expressão h = R cos , resulta: h = ––– R
3
EC = EA
Uma partícula, abandonada do repouso em A, desliza livremente
ao longo da superfície do hemisfério, do qual se desliga no ponto (Referência em C)
B.
Determine, desprezando-se o efeito do ar: mVC2
a) o valor de cos ; ⎯⎯⎯ = mg R ⇒ VC =
2
gR
b) a altura h; 2
c) o módulo da velocidade com que a partícula atinge o solo. 2
Resolução Respostas: a) –––
3
a)
2
b) ––– R
3
c)
2
gR
86. (ITA) – Uma foca de 30,0kg sobre um trenó de 5,0kg, com uma
velocidade escalar inicial de 4,0m/s, inicia a descida de uma mon-
tanha de 60m de comprimento e 12m de altura, atingindo a parte
mais baixa da montanha com a velocidade escalar de 10m/s. A
energia mecânica que é transformada em calor será (considere
g = 10m/s2):
a) 8,4 kJ b) 4,2 kJ c) 2,73 kJ d) 1,47 kJ
1) Da figura: h = R cos e) Impossível de se determinar sem o conhecimento do coefi-
2) Usando-se a conservação da energia mecânica entre A e ciente de atrito cinético entre o trenó e a superfície da monta-
B, vem: nha.
EB = EA
(Referência em B)
mVB2
⎯⎯⎯ = mg (R – h)
2
VB2 = 2 g ( R – h)
Ed = EA – EB (Referência em B)
mVA2
EA = m g hA + ⎯⎯⎯
2
Pn = Fcp
35,0
EA = 35,0 . 10 . 12 + ⎯⎯ . (4,0)2 (J) ⇒ EA = 4,48kJ
2
mVB2 35,0
EB = ⎯⎯⎯ ⇒ EB = ⎯⎯ . (10)2 (J) ⇒ EB = 1,75kJ
2 2
82
P1_Livro3_Mecanica_Alelex_1a90 07/08/12 08:45 Página 83
87. (UFPB-MODELO ENEM) – Numa exibição de body jumping, um 88. (MODELO ENEM) – Um jogador de→futebol bate uma falta
artista, de massa m, resolve efetuar um salto de demonstração imprimindo à bola uma velocidade inicial V0 inclinada de 60° em re-
sobre um lago. Querendo provocar grande impressão no público, lação ao solo horizontal. A energia cinética da bola, ao sair do solo,
resolve fazer com que, nesse salto, sua cabeça se aproxime o vale 200J, e o efeito do ar é desprezível.
máximo possível da superfície da água. Para isso, prende-se pelos A bola atinge uma altura máxima H e retorna ao solo sem ser
pés a um fio elástico de massa desprezível e comprimento natural tocada por nenhum jogador. O referencial adotado é o solo
L, por meio de um mecanismo que o mantém de cabeça para terrestre.
baixo, ficando esta a uma altura h da água, como mostra a figura.
H
Quando a bola passar pela posição B, a uma altura –– , sua ener-
gia cinética valerá E. 2
A respeito do valor de E, podemos afirmar que
a) não pode ser calculado apenas porque não foi dado o valor do
módulo da aceleração da gravidade g.
b) não pode ser calculado apenas porque não foi dada a massa
da bola.
c) não pode ser calculado porque não foram dados os valores de
→
V0, H e g (módulo da aceleração da gravidade).
d) E = 75J
e) E = 125J
Resolução
1) No ponto C, temos:
V0
VC = V0x = V0cos 60° = ––––
2
Dessa posição, o artista deverá ser solto, com velocidade inicial
nula. Admita que a energia mecânica do sistema elástico-artista 2) De A para C, a velocidade se reduziu à metade e, portanto, a
vai conservar-se. Sendo assim, para que ele apenas encoste sua- energia cinética ficou dividida por quatro.
vemente a cabeça na água, a constante elástica do fio, que Ecin
obedece à Lei de Hooke, deve ser igual a A 200
Ecin = ––––– = –––– (J) = 50J
a) mh2/L2 d) 2mgh/(h + L)2 C 4 4
b) mL2/(h – L)2 e) 2mgL/(h + L)2
c) 2mgh/(h – L)2 3) Como o efeito do ar é desprezível, a energia mecânica é
Resolução constante.
EC = EA
(referência em A)
EB = EA
Epot + Ecin = Ecin
C C A
(referência em B)
Epot + 50J = 200J ⇒ Epot = 150J
C C
k (h –L)2
–––––––––– =mgh
2 4) Como a altura de B é metade da altura de C, vem:
Epot
C
Epot = ––––– = 75J
2mgh B 2
k = ––––––––
(h – L)2
5) Como a energia mecânica total vale 200J, vem:
Em = Epot + Ecin
B B
200 = 75 + E ⇒ E = 125J
Resposta: C Resposta: E
83
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89. (UFF-RJ) – Um brinquedo infantil tem como objetivo acertar uma No instante em que um comprimento x de corda está na posição
bolinha, de massa m, numa cesta. A bolinha é disparada por uma vertical, ela tem uma velocidade de módulo v e uma aceleração
mola ideal, de constante elástica k e comprimento x, quando rela- de módulo a.
xada. A mola está confinada em um tubo guia, de paredes polidas,
podendo ser comprimida por uma haste. O tubo é fixado,
horizontalmente, de tal forma que sua saída se encontra a uma
distância d e a uma altura h da cesta, conforme mostra a figura.
1
1 – ––
a) D = 2
(h
. H) b) D = ––– (h . H) 2
2
2h2 H2
c) D = ––– d) D = –––
H h
1
e) D = –––
(h
. H)
2
Desprezando-se o efeito do ar, a velocidade da corda ao começar
sua queda livre terá módulo igual a:
91. Uma corda homogênea, de espessura constante e comprimento
gL
gL
L, está sobre uma mesa horizontal sem atrito, com uma das suas a)
gL b) ––– c) ——–
pontas na extremidade da mesa. 2 2
A corda é tocada levemente e passa a escorregar para fora da
mesa.
gL
gL
A aceleração da gravidade tem módulo igual a g e despreza-se o d) ——– e) ——–
4 8
efeito do ar.
84
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93. (VUNESP) – Um praticante de esporte radical, amarrado a uma 96. (UFLA-MG) – Um menino de 40kg brinca num balanço preso a
corda elástica, cai de uma plataforma, a partir do repouso, um cabo de 4,0m de comprimento suposto sem massa e
seguindo uma trajetória vertical. A outra extremidade da corda inextensível. Ele parte do repouso, a uma altura de 0,8m, em
está presa na plataforma. A figura mostra dois gráficos que foram relação ao ponto mais baixo da trajetória.
traçados desprezando-se o atrito do ar em toda a trajetória. O pri- Adote g = 10m/s2 e despreze o efeito do ar.
meiro é o da energia potencial gravitacional, Ugravitacional, do Determine
praticante em função da distância y entre ele e a plataforma, no a) o módulo da velocidade do menino no ponto mais baixo da
qual o potencial zero foi escolhido em y = 30m. Nesta posição, o trajetória;
praticante atinge o maior afastamento da plataforma, quando sua b) a intensidade da força que traciona o cabo que suporta o
velocidade escalar se reduz, momentaneamente, a zero. O balanço, no ponto mais baixo da trajetória;
c) a intensidade da força que traciona o cabo no ponto mais alto
segundo é o gráfico da energia elástica armazenada na corda,
da trajetória.
Uelástica, em função da distância entre suas extremidades.
97. Considere um pêndulo formado por um fio ideal de comprimento
L fixo em O e uma pequena esfera de peso P na outra extre-
midade.
A esfera é abandonada do repouso de uma posição A com o fio
esticado e horizontal.
Quando o fio fica vertical, ele encontra em seu trajeto um
pequeno prego fixo em um ponto C de tal modo que o segmento
L
BC é vertical e tem comprimento –– .
2
Determine
a) o peso P do praticante e o comprimento L0 da corda, quando
não está esticada;
b) a constante elástica k da corda.
95. Considere um pêndulo de comprimento L fixo em um ponto O e A aceleração da gravidade tem módulo igual a g e despreza-se o
tendo na outra extremidade uma partícula que vai ser lançada, efeito do ar.
→ Determine
com velocidade horizontal V0, com o pêndulo em posição vertical.
a) a intensidade da força tensora no fio imediatamente antes de o
A aceleração da gravidade tem módulo igual a g e o efeito do ar é
fio encostar no prego;
desprezível.
b) a intensidade da força tensora no fio imediatamente depois de
A partícula deverá descrever uma circunferência em um plano
o fio encostar no prego.
vertical.
98. No interior de um elevador, que está inicialmente em repouso,
temos um pêndulo ideal fixo em um ponto O do teto do elevador.
Na outra extremidade do pêndulo, há uma esfera que realiza um
movimento oscilatório entre as posições A e B, indicadas na
figura. As velocidades em A e B são nulas.
85
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No instante t = t1 a esfera pendular está passando pelo ponto C, 101. (OLIMPÍADA DE FÍSICA-USP) – Um menino está sentado no alto
e nesse exato instante o elevador inicia um movimento de queda de um monte semiesférico de gelo (iglu).
livre. Ele recebe um leve empurrão e começa a deslizar sem atrito. Não
Imediatamente antes do instante t1, a força que traciona o fio tem considere o efeito do ar.
intensidade T1 e, imediatamente após o instante t1, passa a ter Demonstre que ele é projetado para fora do iglu de uma posição
intensidade T2.
2
cuja altura h relativa ao solo horizontal vale –– R, em que R é o raio
T2 3
A razão ––– :
T1 da semiesfera.
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
86
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a) Determine o módulo da velocidade VA, em m/s, com que o No topo da trajetória, a força
skater atinge a extremidade A da rampa R1. normal exercida pela cadeira
b) Determine a altura máxima H, em metros, a partir do solo, que sobre a menina é igual a duas
o skater atinge, no ar, entre os pontos A e B. vezes o peso da menina, 2mg.
c) Calcule qual deve ser a distância D, em metros, entre os No ponto mais baixo da
pontos A e B, para que o skater atinja a rampa R2 em B, com trajetória, a força normal exer-
segurança. cida pela cadeira sobre a
menina tem intensidade
NOTE E ADOTE a) menor do que o peso da
Desconsidere a resistência do ar, o atrito e os efeitos das menina.
acrobacias do skater. b igual ao peso da menina.
c) igual à força normal no topo
sen 30° = 0,5; cos 30° 0,87; g = 10m/s2 da trajetória.
d) igual a quatro vezes o peso
da menina.
e) igual a oito vezes o peso da
104. (UFPB-MODELO ENEM) – A figura mostra um trapezista, prestes menina.
a executar o seu famoso salto “quíntuplo mortal”, no instante em Nota: admita que a energia
que a amplitude de seu movimento pendular é máxima. A mecânica do carro permanece
diferença entre as posições mais alta e mais baixa alcançadas
constante.
pelo centro de massa do trapezista é 3,0m. O trapezista tem
50,0kg de massa e a distância entre o seu centro de massa e o 106. (MODELO ENEM) – Em um jogo de basquete, um atleta faz um
suporte que prende os cabos do trapézio é 10,0m. arremesso e a bola descreve a trajetória indicada na figura.
Adote g = 10,0m/s2 e despreze o efeito do ar. →
A bola foi lançada a partir do ponto A com velocidade inicial V0,
que forma um ângulo de 60° com o plano horizontal.
Despreze o efeito do ar e considere a aceleração da gravidade
constante.
Para um referencial no solo, a bola tem, no ponto A, uma energia
potencial igual a E.
Ao passar pelo ponto B, mais alto da trajetória, a energia cinética
da bola é igual a:
4E
a) ––– b) ––– E E
c) ––– d) E E
e) –––
3 4 2 3
87
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EB = EA Portanto:
(referência em B) m m m VB2
––––– VA2y + ––––– VB2 = –––––––– + m g (hB – hA)
2 2 2
m VB2
––––– = mgR ⇒
2
VB =
2gR
m 2
––––– VAy = m g (hB – hA)
2
2) Cálculo do tempo de queda de B para C:
␥y Resposta: E
⌬sy = V0y t + –––– t2 (MUV)
2
62) B 63) 4,0m/s 64) A 65) E
g
h – R = 0 + –––– T2 ⇒ 2(h – R)
2 T= ––––––– 66) C 67) a) 30J 68) D 69) A
g
b) 2,0m/s
3) Cálculo do alcance OC:
70) B 71) D 72) B 73) B 74) B
60) E
90) A
61) I) FALSA. A componente horizontal da velocidade só se
mantém constante depois que o corpo abandona a rampa 91) a) A corda vai ser acelerada pelo peso da parte dela que está
e fica sob ação exclusiva da gravidade. pendente (comprimento x).
PFD: Px = M . a
II) CORRETA. No trecho ABC, a velocidade horizontal é cons- mx . g = M . a
→ →
tante porque a aceleração do corpo é vertical ( a = g ). A massa da corda é proporcional ao respectivo compri-
mento:
III) CORRETA. Usando-se a conservação da energia mecânica mx = k . x e M = k . L
entre A e B, vem:
g
Portanto: k x g = k L a ⇒ a = ––– x
L
EB = EA
b) A energia potencial perdida é transformada em energia
(referência em A)
cinética.
2
m VB2 m VA
–––––––– + m g (hB – hA) = ––––––––
2 2
m VB2 2
m VA
–––––– = –––––– – mg (hB – hA)
2 2
88
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x k L v2
kx g –– = ––––––
2 2
x2 g = L v2
g g
v2 = –– x2 ⇒ V= –– . x
L L
c)
Kx2
—— = mg (L0 + x + 2h)
2
200
—— x2 = 1000 (18 + x + 2,0)
2
x2 = 10 (20 + x)
92) B
x2 = 10x + 200
93) a) 1) A energia potencial
gravitacional para x2 – 10x – 200 = 0
y = 0 é dada por
10 ⫾
100 + 800
x = ————————— (m)
U=mgH 2
24 . 103 = P . 30 10 ⫾ 30
x = ———— (m) ⇒ x1 = – 10m (rejeitada)
2
P = 8,0 . 10 2N
x2 = 20m
2)
A energia elástica
começa a ser arma- Logo: H = 40m
zenada a partir do
Se ele não atingiu as rochas, dos valores citados, a menor
valor y = 20m. Isto
distância possível é de 41m.
significa que o com-
primento natural da Resposta: D
corda é L0 = 20m.
b) Quando a pessoa atinge o ponto B, tomado como re- 95) a)
5gL 96) a) 4,0m/s
ferência, toda a energia mecânica está na forma elástica. b) 2
gL b) 560N
EB = EA c) 320N
89
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Neste caso, o componente normal do peso (Pn = P cos ) c) Aplicando-se o teorema da energia cinética entre a po-
fará o papel de resultante centrípeta. sição inicial na rampa A e a posição final na rampa B, vem:
2
m VB P + at = ⌬Ecin
Pn = Fcp = –––––
B
R mg(HA – HB) – mgL = 0
2
m VB HA – HB = L
m g cos = –––––
R HB = HA – L
2
VB
g cos = ––––– (1) Portanto: HB(T) = HB(M) e RC = 1
R
Respostas: a) 3
h b) 3
2) Da figura: cos = –– (2)
R c) 1
2
h VB 2 103) a) Usando-se a conservação da energia mecânica entre a
(2) em (1): g . –– = –––– ⇒ VB = g h (3) posição inicial e a posição A, vem:
R R
EA = E0 (referência em A)
2 0 = 25 + 2 (– 10) (H – 3,0)
h = 2R – 2h ⇒ h = –– R
3
20(H – 3,0) = 25
102) a) Não havendo atrito na descida da rampa A, a energia me- H – 3,0 = 1,25 ⇒ H = 4,25 m
cânica permanece constante:
VA =
2g HA 0 = 5,0 – 10 ts ⇒ ts = 0,5s
VA(T) gT 3) O alcance D é obtido analisando-se o movimento
Ra = ––––––– = –––– ⇒ Ra =
3
VA(M) gM horizontal:
⌬sx = Vx t (MU)
b) A energia mecânica dissipada na região horizontal é
Vx = VA cos = 10 . 0,87 (m/s) = 8,7 m/s
medida pelo trabalho do atrito:
D = 8,7 . 1,0 (m)
W = |at | = Fat . L
D = 8,7 m
W = mgL
Respostas:a) VA = 10 m/s
A razão pedida é dada por:
b) Hmáx = 4,25 m
WT gT c) D = 8,7 m
Rb = ––––– = ––––– ⇒ Rb = 3
WM gM
104) C 105) E 106) E
90
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CAPÍTULO
Óptica
1 ÂNGULO LIMITE
E REFLEXÃO TOTAL
O endoscópio, utilizado
para observações internas do
organismo, tem como princípio de
funcionamento o fenômeno da
reflexão total.
n1 < n2 ⇔ i > r
nmenor
sen L = ––––––
nmaior
em que nmenor é o menor e nmaior é o maior entre os
índices de refração absolutos dos meios considerados.
n1
sen Li = –––
n 2
Notas:
a) Para um par de meios (1) e (2), os ângulos limites
de incidência (Li) e refração (Lr) são iguais.
b) O ângulo limite de incidência ou refração ocorre I) Incidência normal (refração sem desvio).
sempre no meio mais refringente. II) Incidência oblíqua (refração com desvio).
92
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III) Ângulo de incidência igual ao ângulo limite Como, via de regra, o índice de refração absoluto é
(emergência rasante). uma função crescente da densidade, concluímos que “à
IV) Ângulo de incidência maior do que ângulo li- medida que nos elevamos na atmosfera, o seu índice
mite (reflexão total). de refração absoluto diminui”.
Quando um raio de luz penetra na atmosfera, encon-
4. Fibras ópticas trando camadas cada vez mais refringentes, o raio, gra-
dativamente, vai aproximando-se da normal.
Um filamento longo e muito fino feito de vidro ou
Se o ar fosse constituído por uma fileira de camadas,
plástico transparente pode, sob certas condições,
com fronteiras bem definidas, teríamos o trajeto indicado
“aprisionar” a luz, fazendo com que esta seja guiada no
no esquema.
seu interior.
Se o raio de luz penetrar no interior da fibra e atingir
sua parede interior formando um ângulo que supera o
ângulo limite, teremos o fenômeno da reflexão total.
5. Variação do índice de
refração absoluto da atmosfera
À medida que nos elevamos na atmosfera, afastan-
do-nos da superfície terrestre, em geral, a densidade do
ar vai diminuindo.
93
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94
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(
–––
5 2
Qual o raio mínimo que deve ter a boia, para que, de nenhuma po-
sição fora-d’água, se possa ver a caixa?
)––– – 1
4
25
–––– – 1
16
25 – 16
––––––––
16
4
R = 3,2m
Resposta: 3,2m
Dado: nar = 1.
Resolução
Resolução
Estudemos o caso limite:
Para que a caixa não seja visível fora-d’água, é preciso que todos
os raios de luz provenientes da caixa não consigam emergir da
água. Assim, os raios de luz provenientes da caixa, que incidem
entre A e B, são impedidos de sair pela presença da boia (meio
opaco). Os raios incidentes à direita de A ou à esquerda de B de-
vem sofrer reflexão total e, portanto, também não sairão da água.
Da figura construída, temos:
Aplicando a Lei de Snell na face horizontal, temos:
R
tg L = –– R = h tg L (1)
h nar sen 45° = nvidro sen r
nar 1
Sendo: sen L = –––––– = ––– , temos: 2
1 . –––– = nvidro sen r
nágua n
2
cos L =
1 – sen2L =
1
1 – ––– =
n2 – 1
–––––– n
2 – 1
= –––––––– 2
n2 n2 n
sen r = –––––––– (I)
2 nvidro
Substituindo-se (2) em (1), vem: Porém, percebemos que L e r são ângulos complementares. As-
sim:
h
R = ––––––––– 1
cos r = sen L = ––––– (II)
n
2 – 1
nvidro
95
P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 96
Da trigonometria, vem: sen2r + cos2r = 1 b) Da definição de índice de refração absoluto de um meio, te-
mos:
––––––– + –––––––
2 2 1 2
=1
2n vidro n vidro c
n = ––––
V
1 1 1+2
––––––– + ––––––– = 1 ⇒ ––––––– = 1 Em que: c = módulo da velocidade de propagação da luz no
2 2 2 n2vidro
2nvidro n vidro vácuo.
6
Resposta: nvidro > ––––– 4. (MODELO ENEM) – Um fator que tem sido decisivo na melhoria
2
das telecomunicações no Brasil é a transmissão de dados digitais
por redes de fibras ópticas. Por meio desses infodutos de plástico
transparente, baratos e confiáveis, que hoje se acham instalados
3. (UNICAMP-MODELO ENEM) – Ao vermos miragens, somos le- ao longo das principais rodovias do País, é possível a troca de
vados a pensar que há água no chão de estradas. O que vemos é, imensos arquivos entre computadores (banda larga), integração
na verdade, a reflexão da luz do céu por uma camada de ar quente de sistemas de telefonia, transmissão de TV etc.
próxima ao solo. Isso pode ser explicado por um modelo Dentro de uma fibra óptica, um sinal eletromagnético propaga-se
simplificado como o da figura a seguir, na qual n representa o com velocidades pouco menores que a da luz no ar, sofrendo
índice de refração. Numa camada próxima ao solo, o ar é sucessivas reflexões totais.
aquecido, diminuindo assim seu índice de refração, n2. Considere a fibra óptica esquematizada a seguir, imersa no ar, na
Considere a situação na qual o ângulo de incidência é de 84°. qual é introduzido um estreito feixe cilíndrico de luz
Adote n1 = 1,010 e use a aproximação sen 84° = 0,995. monocromática com ângulo de 60° em relação à reta normal N no
ponto de incidência.
n2 n2
sen 84° > –––– ⇒ 0,995 > –––––– ⇒ 7
n2 < 1,005 e) n > ––––––
n1 1,010 3
96
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Resolução
2
3
(II) sen2r + cos2r = 1 ⇒ ––––– + cos2r = 1
2n
4n2 – 3
cos r = ––––––––––
2n
4n2 – 3 1
cos r > sen L ⇒ ––––––––––– > –––
2n n
5. (U.F. PELOTAS) – Na figura abaixo, vemos um raio de luz in- Chamando de nA e nB os índices de refração absolutos dos meios
cidindo sobre a superfície de separação entre dois meios A e B, respectivamente, e de L o ângulo limite, então:
homogêneos e transparentes, A e B. a) nA = nB e ␣ = L b) nA > nB e ␣ = L
c) nA > nB e ␣ > L d) nA < nB e ␣ = L
e) nA < nB e ␣ < L
97
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11. (UERJ-MODELO ENEM) – O esquema abaixo mostra, de modo a) Calcule o ângulo de incidência “l”.
simplificado, a transmissão de luz através de uma fibra óptica: b) Verifique se o raio refratado consegue emergir do bloco de
vidro para o ar pela face lateral, justificando sua resposta.
98
P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 12:45 Página 99
Das afirmativas:
I. n2 < n1.
II. n1 / n2 > 1,4.
III. A razão entre a energia refletida e a refratada a 30° é maior que
0,2.
IV. Para > 42°, a luz é completamente refratada.
V. O raio refratado está mais afastado da normal do que o raio
incidente.
podemos dizer que
a) apenas I e II estão corretas. b) I, III e V estão corretas.
c) apenas III e V estão corretas. d) I, II e V estão corretas.
e) II, IV e V estão corretas. Explique por que o desvio ocorre do modo indicado na figura, res-
pondendo se o índice de refração absoluto cresce ou diminui à
17. (UEPB-MODELO ENEM) – Ao viajar num dia quente por uma es- medida que a altitude aumenta. (Na figura, a espessura da at-
trada asfaltada, é comum enxergarmos ao longe uma “poça-d’á- mosfera e o desvio do raio foram grandemente exagerados para
gua”. Sabemos que em dias de alta temperatura as camadas de mostrar com clareza o fenômeno.)
99
P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 100
CAPÍTULO
Óptica
2 DIOPTRO PLANO
2. Formação de imagens
Considerando, por exemplo, o dioptro plano ar-água,
temos:
1. Se quisermos atingir, com um tiro de revólver, um peixe parado a A posição real do peixe é P. Porém, o observador vê o peixe na
uma certa profundidade em um tanque (admitindo que o cano da posição P’, mais próximo da superfície da água.
arma é colocado obliquamente à superfície da água e que a Assim, para um observador fora-d’água, os corpos no interior da
trajetória da bala é retilínea), devemos água sofrem uma elevação aparente, parecendo estar mais pró-
a) apontar diretamente para o ponto onde o peixe parece estar. ximos da superfície da água, isto é, a uma profundidade menor
b) apontar um pouco acima do ponto onde o peixe parece estar. que a real.
c) apontar um pouco abaixo do ponto onde o peixe parece estar. Resposta: C
Resolução
Para a visão do peixe, a luz deve partir do peixe, refratar-se ao
passar da água para o ar e atingir nossa retina. 2. Considere um peixe a uma
Como a água é mais refringente que o ar (nágua > nar), ao passar profundidade de 1,0m e um
da água para o ar, o módulo da velocidade de propagação da luz observador fora-d’água,
aumenta e o raio luminoso se afasta da normal. com os olhos a uma
distância de 1,0m da super-
fície da água, conforme
mostra o esquema.
Sendo o índice de refração
absoluto da água igual a 4/3,
determine:
a) Para o observador, qual a
distância aparente entre
seu olho e o peixe?
b) Para o peixe, qual a sua distância aparente ao olho do ob-
servador?
101
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Resolução p’ p p’ 2,8
a) Nessa situação, o peixe é objeto. –– = –– ⇒ –––– = –––– ⇒ p’ = 2,1m
n’ n 1,0 4
p = 1,0m (distância do objeto à fronteira) ––
3
4
n = –– (índice de refração absoluto do meio onde está o A elevação aparente será dada por: e = p – p’
3
objeto) e = 2,8 – 2,1(m) ⇒ e = 0,70m
102
P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:52 Página 103
nobs
p’ = p –––––– , em que: nobs → índice de refração absoluto
nobj do meio onde está o obser-
vador.
nobj → índice de refração absoluto
do meio onde está o objeto.
nar 1
Assim: p’ = p –––––– ⇒ 3,0 = p –––––– ⇒ p = 4,0m
nágua 4
––
3
Resposta: C
6. (UFMG) – Qual a alternativa que melhor explica por que a profun- 9. (UFBA) – Um helicóptero faz um voo de inspeção sobre as águas
didade aparente de uma piscina é menor do que a real? transparentes de uma certa região marítima e detecta um
a) A luz refletida na superfície da água é perturbada pela luz refle- submarino a uma profundidade aparente de 450m no momento
tida pelo fundo da piscina. em que seus centros estão unidos pela mesma vertical. O índice
b) A luz refletida pela superfície da água sofre refração no ar. de refração absoluto da água do mar é 1,5 e o do ar é 1,0.
c) A luz refletida pelo fundo da piscina sofre reflexão total na Determine a profundidade real do submarino.
superfície da água.
d) A luz refletida pelo fundo da piscina sofre refração ao passar 10. (UNEMAT-MT-MODELO ENEM) – O esquema abaixo mostra um
da água para o ar. pescador próximo a
e) A luz é refratada ao passar do ar para a água. um lago observando
um peixe que se en-
7. (UFCE) – Coloca-se água num aquário de modo a ocupar 60cm de contra dentro-d’água.
sua altura. Sabe-se que o pesca-
Quando visto verticalmente de cima para baixo, a água parece dor está com os olhos
ocupar uma altura diferente h. a 2,0 metros da super-
Supondo que a velocidade de propagação da luz no ar seja de fície da água e que o
3,00 . 105 km/s e na água, de 2,25 . 105 km/s, determine a altura peixe se encontra a
aparente h. uma profundidade de
1,3 metro.
8. (MACKENZIE) – De acordo com o desenho a seguir, considere-
mos para um determinado instante a seguinte situação: Sabe-se ainda que o índice de refração absoluto da água é igual a
4/3 e o índice de refração absoluto do ar é igual a 1. Com base nos
dados e no esquema acima, pode-se dizer que
a) a distância aparente entre o olho do pescador e o peixe é de
2,975m.
b) para o peixe, a distância aparente ao olho do pescador é de
aproximadamente 2,667m.
c) a luz deve provir do pescador, atravessar a fronteira água-ar e
dirigir-se para seu olho para que ele possa ver o peixe.
d) a distância aparente entre o olho do peixe e o pescador é de
1,73m.
Admitindo que 11. (FESP-PE) – No perfil do recipiente da figura, a largura e a altura es-
1) A seja uma andorinha que se encontra a 10m da superfície tão na razão 3/4. A é um ponto luminoso; P1 e P2 são as posições
livre do líquido; onde se coloca o observador. Com base nas informações dadas
2) P seja um peixe que se encontra a uma profundidade h da su- pelos desenhos, o índice de refração absoluto do líquido vale:
perfície S;
3) n = 1,3 seja o índice de refração absoluto da água,
podemos afirmar que
a) o peixe verá a andorinha só se estiver a 10m de profundidade.
b) o peixe verá a andorinha a uma altura aparente de 5,0m.
c) o peixe verá a andorinha a uma altura aparente de 13m acima
da superfície da água.
d) o peixe não verá a andorinha, pois a luz não se propaga de um
meio mais refringente para outro de menor refringência. 2 2 3 2 4 2 5 2
a) ––––– b) ––––– c) ––––– d) ––––– e)
2
e) o peixe verá a andorinha a uma altura aparente de 26m. 6 6 6 6
103
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CAPÍTULO
Óptica
Exemplo
Uma lâmina de vidro (meio 2) imersa no ar (meio 1
meio 3).
2. Trajeto de um raio de
luz ao atravessar a lâmina
Trajeto da luz ao atravessar uma lâmina de vidro imersa no ar.
Para efeito de raciocínio, admitamos que:
104
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4. Desvio lateral
2 – sen2i
n21
e cos r =
1 – sen2r ⇒ cos r = –––––––––––– (V)
n21
105
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Notas:
I. Para i = 0 (incidência normal), temos sen i = 0
e d = 0, isto é, quando a incidência da luz é normal à
lâmina, não há desvio lateral.
5. Reflexão total
Considere-se uma lâmina de faces paralelas com os
três meios (1), (2) e (3) distintos.
Estudemos em que condições a luz proveniente do
meio (1) sofre reflexão total no dioptro (2) ↔ (3):
106
P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 107
Resolução
No esquema a seguir, traçamos os raios luminosos que definem
as imagens IA e IB contempladas respectivamente pelos garotos
A e B.
Para manter constante a distância entre a câmara fotográfica e o
seu objeto (que no caso passou a ser P’), a câmara deve ser
elevada de uma distância d (menor que 5cm).
Resposta: A
hA < hB < h
Resposta: C
Resolução
(I) Ao refratar-se do ar para o vidro, a luz aproxima-se ‘bastante’
Desejando manter a folha esticada, é colocada uma placa de
da normal, já que o índice de refração relativo entre o vidro e
vidro, com 5cm de espessura, sobre ela. Nesta nova situação,
o ar é relativamente grande.
pode-se fazer com que a fotografia continue igualmente nítida
(II) Ao refratar-se do vidro para a água, a luz afasta-se ‘pouco’ da
a) aumentando D0 de menos de 5cm.
normal, já que o índice de refração relativo entre o vidro e a
b) aumentando D0 de mais de 5cm. água é relativamente pequeno.
c) reduzindo D0 de menos de 5cm. Resposta: C
107
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4. Um raio de luz, propagando-se no ar, incide numa lâmina de faces nar sen i = nvidro . sen r
paralelas feita de um material cujo índice de refração absoluto vale
1,0 . 0,90 = 1,5 . sen r
3 ; a incidência na superfície da lâmina se dá sob um ângulo de
3,0
60° com a reta normal. sen r = –––– = 0,60
Se a lâmina tem espessura de 4,0cm, pede-se: 5,0
a) Desenhar a trajetória do raio de luz até a emergência da lâmi-
Da Trigonometria, obtém-se:
na.
b) Calcular o ângulo de refração interno à lâmina. sen2r + cos2r = 1
c) Calcular o desvio lateral sofrido pelo raio de luz.
Dado: nar = 1. (0,60)2 + cos2r = 1 ⇒ cos2r = 1 – 0,36 = 0,64
Resolução
a) Como o meio envolvente é o ar, então: cos r = 0,80
c) Utilizando a expressão do desvio, temos: 6. Determine a equação de conjugação para uma lâmina de faces
paralelas imersa em um meio menos refringente que o material
e sen (i – r) da lâmina.
d = ––––––––––––
cos r O índice de refração absoluto do material da lâmina vale n2 e do
meio externo vale n1.
4,0 sen (60° – 30°) 4,0 sen 30°
d = ––––––––––––––––– (cm) ⇒ d = –––––––––––––
cos 30° cos 30°
4,0
3
d = 4,0 tg 30° (cm) ⇒ d = –––––––– cm ⇒ d 2,3cm
3
Resposta: 2,3cm
n1
Portanto: p’ + e = (p1 + e) ––– (2)
n2
p –––n + e –––n
se propagar na lâmina, através do índice de refração absoluto n2 n1
do vidro. p’ + e =
c 3,0 . 108 1 2
n = ––– 1,5 = –––––––––– ⇒ V = 2,0 . 108m/s
V V
__ n1 n1
No interior da lâmina, o segmento de reta AC determina a p’ + e = p + e –––
n2
⇒ (
p’ = p + e ––– – 1
n2 )
distância ⌬s percorrida pela luz. Para encontrar seu valor, apli-
quemos a Lei de Snell-Descartes à primeira face.
108
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7. (FUVEST) – Um feixe de luz monocromática incide sobre lâminas Pode-se afirmar que os ângulos ␣,  e ␥ definidos na figura são,
paralelas de diamante e vidro, como representado na figura. pela ordem, iguais a:
Sendo os índices de refração absolutos de 2,42 para o diamante a) i, r e i b) i, i e r c) r , i e r
e 1,52 para o vidro, qual das linhas da figura melhor representa a d) r, r e i e) r, i e i
trajetória do feixe luminoso?
10. (UEFS) – Uma lâmina de faces paralelas, construída de forma que
uma das suas faces é espelhada internamente, está imersa no ar.
Um raio luminoso, propagando-se no ar, incide, com ângulo i, na
face não espelhada e é refratado. Em seguida, o raio é refletido na
face espelhada e volta ao ar, depois de ser novamente refratado.
O ângulo de refração, no retorno do raio luminoso da lâmina para
o ar, é igual a:
a) i/2 b) i c) 3i/2 d) 2i e) 5i/2
11. (UFPA) – O desvio angular sofrido por um raio de luz que incide
segundo um ângulo de 60° com a normal à superfície de uma
lâmina de faces paralelas, após atravessá-la, é de:
a) 0° b) 15° c) 30° d) 60° e) 120°
109
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Sabendo-se que a linha AC é o prolongamento do raio incidente, d) Sim; uma das cores sofreria um deslocamento paralelo maior
d = 4cm e BC = 1cm, assinale a alternativa que contém o valor de que a outra, numa incidência oblíqua.
n. e) Sim; a cor do feixe emergente seria diferente para diferentes
5
2 3 3 ângulos de incidência.
a) 2
3 b) –––––– c) –––––– d) 1,5
6 2
19. (UFPE) – Uma lâmina de faces paralelas de um material de índice
de refração absoluto µ 1 = 1,5 separa um material de índice
16. (VUNESP) – Observe a tabela: de refração absoluto µ2 = 2 do ar. Qual deve ser o ângulo 2
Substância Massa de incidência sobre a lâmina para que um feixe luminoso que vem
Índice de refração
líquida específica do meio 2 sofra reflexão interna total na superfície da lâmina em
em relação ao ar
(ordem alfabética) (g/cm3) contato com o ar?
água
1,00 1,33
dissulfeto de
1,26 1,63
carbono
O ângulo ␣ mede: 21. Para o esquema dado, calcule o valor de i para que o trajeto da luz
a) 30° b) 60° c) 45° d) 15° e) 35° seja o indicado.
110
P2_Livro3_Optica_Alelex_91a166 07/08/12 08:53 Página 111
CAPÍTULO
Óptica
4 PRISMAS
ÓPTICOS
113
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De r + r’ = A Ou ainda: ⌬ = A (n21 – 1)
A
Como r = r’ = rm, resulta: 2 rm = A ⇒ rm = ––– (2) Tal expressão nos mostra que:
2 “PARA PEQUENOS ÂNGULOS DE INCIDÊN-
CIA E PRISMAS DE PEQUENA ABERTURA, O
DESVIO INDEPENDE DO VALOR DO
{ }
sen i i = im
De ––––– = n21 , vem A ÂNGULO DE INCIDÊNCIA.”
sen r
r = rm = ––
2 E ainda nos revela, de maneira clara, que ⌬ cresce
com o aumento de A e de n21.
sen im Nota-se ainda que, para n21 fixo, ⌬ é função
––––––– = n21 (3)
A proporcional de A.
sen ––
2
⌬m + A
De fato, de (1) temos: im = –––––––
2
114
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2 nar
Como i = 45° ⇒ sen i = –––– e ainda sen L = ––– ,
2 n
2 1 2
–––– > ––– ⇒ n > –––––– n >
2
2 n 2
Para alguns ângulos críticos,
podemos observar o fenômeno de reflexão total.
PORTANTO, NOS PRISMAS DE REFLEXÃO
TOTAL DE AMICI (⌬ = 90°) E DE PORRO
(⌬ = 180°), O MATERIAL DE QUE É FEITO O
PRISMA DEVE TER ÍNDICE DE REFRAÇÃO
RELATIVO AO AR MAIOR DO QUE 2.
B) Prisma de Porro,
desvio de 180°, usado em binóculos. Caminho seguido por um raio de luz no interior de binóculos, em que o prisma
de Porro tem papel fundamental.
115
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1,0 .
3 / 2 = n2 1/2 ⇒ n2 =
3 4. A respeito do desvio experimentado por um raio de luz ao
penetrar em um prisma, podemos afirmar:
Da expressão do ângulo de refringência, resulta: 1) é independente da radiação monocromática;
2) é função crescente do ângulo de incidência;
A = r1 + r2 3) é função crescente do ângulo de refringência;
4) é independente do índice de refração relativo do prisma.
60° = 30° + r2 Resolução
r2 = 30°
n2 sen r2 = n1 sen i2
3 . sen 30° = 1,0 . sen i2
1
3 . –– = sen i2
2 1) Errada – O desvio angular ⌬ é função crescente do índice de re-
fração relativo do material de que é feito o prisma e que, por sua
vez, é função crescente da frequência da radiação utilizada.
i2 = 60°
2) Errada – O desvio angular ⌬ é inicialmente função decrescente
do ângulo de incidência, atinge um valor mínimo e, em
b) Da expressão do desvio, temos: seguida, torna-se função crescente do ângulo de incidência (i).
⌬ = i1 + i2 – A 3) Correta.
4) Errada.
⌬ = 60° + 60° – 60°
5. (ITA) – O Método do Desvio Mínimo, para a medida do índice de
⌬ = 60° refração, n, de um material transparente, em relação ao ar, con-
siste em se medir o desvio mínimo ␦ de um feixe estreito de luz
Observe a trajetória completa do raio de luz. que atravessa um prisma feito desse material.
116
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Para que esse método possa ser aplicado (isto é, para que se Assim: 45° > L ⇒ sen 45° > sen L
tenha um feixe emergente), o ângulo A do prisma deve ser menor
que: 2 1
a) arcsen (n) b) 2 arcsen (1/n) c) 0,5 arcsen (1/n) –––– > –– ⇒ n >
2
2 n
π
d) arcsen (1/n) e) ––
2
Como 2 1,41, teremos n > 2 , de acordo com a tabela dada,
para as radiações violeta, anil, azul e verde; tais cores sofrerão
Resolução reflexão total e não atingirão o anteparo. As demais cores (ama-
Nas condições de desvio mínimo, temos a seguinte configuração: relo, alaranjado e vermelho) atravessam o prisma e são detec-
tadas no anteparo.
Da geometria da fi- Resposta: vermelho, alaranjado e amarelo.
gura, nas condições
de desvio mínimo,
resulta: 7. (UNAMA-MODELO ENEM) – A Geometria e a Física podem
A solucionar, juntas, muitos fenô-
A = 2r r = –– (I)
2 menos físicos. A figura ao lado
representa a seção transversal de
um prisma óptico imerso no ar,
Para que o método possa ser aplicado e de fato tenhamos o feixe tendo dois lados iguais (AB e AC).
emergente do prisma, é necessário que o ângulo de incidência (r) na Perpendicularmente à face AB,
segunda face não supere o ângulo limite (L) do dioptro prisma-ar. incide um raio luminoso mono-
1 cromático que se propaga até a
Assim, r≤L sen r ≤ sen L sen r ≤ –– (II)
n face espelhada AC, onde é refle-
Substituindo-se (I) em (II): tido diretamente para a face AB.
Ao atingir esta face, o raio
A 1
sen –– ≤ –– luminoso sofre uma nova reflexão
2 n (reflexão total), de maneira que, ao
se propagar, atinge perpendicularmente a face BC, de onde
––n
A 1
–– ≤ arc sen
2
1
a ≤ 2 arcsen –––
n ( ) emerge para o ar. Com base nestas informações, podemos
afirmar que o ângulo de refringência do prisma (ângulo ␣,
mostrado na figura) vale:
Resposta: B
a) 18° b) 72° c) 45° d) 36 e) 60°
Resolução
6. (FUVEST) – Um pincel de luz branca incide perpendicularmente
Na figura, o ângulo de
em uma das faces menores de um prisma, cuja secção principal
incidência na face AC vale ␣
é um triângulo retângulo e isósceles.
(i1 = ␣, já que i1 e ␣ são
O prisma está imerso no ar e é constituído de um material trans-
ângulos de lados perpen-
parente, que apresenta, para as sete radiações monocromáticas
diculares).
caracterizadas por sua cor, o índice de refração absoluto n, indica-
do na tabela a seguir. No triângulo I1 I2 I3, temos:
violeta ......................................................1,48 90° + 2␣ + 90° – i2 = 180°
anil ............................................................1,46
i2 = 2␣
azul............................................................1,44
verde ........................................................1,42 No triângulo I3 B I4, temos:
amarelo ....................................................1,40 90° +  + 90° – i2 = 180°
alaranjado..................................................1,39
i2 = 
vermelho ..................................................1,38
117
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Podemos afirmar que o desvio sofrido pelo raio de luz ao 1) Aplicando a Lei de Snell na 1.a face, temos:
atravessar o prisma é de: sen i nar = sen r n
sen 45° . 1 = sen r .
2
1
sen r = –––
2
r = 30°
9. A figura abaixo mostra um raio monocromático de luz que 11. (U.E.LONDRINA) – No esquema adiante, considere:
incide horizontalmente sobre um bloco de vidro. I – raio incidente;
N1 e N2 – normais às faces do prisma;
r1 – ângulo de refração na primeira face;
r2 – ângulo de incidência na segunda face;
– ângulo do prisma = 60°.
118
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14. (MACKENZIE) – Um raio luminoso atravessa um prisma de índice Analisar as seguintes afirmativas:
de refração absoluto maior que o do meio que o envolve. Assinale I. O índice de refração absoluto do vidro é maior para a luz violeta.
a alternativa que mostra o caminho correto deste raio luminoso. II. O índice de refração absoluto do vidro é maior para a luz vermelha.
III. O módulo da velocidade da luz violeta dentro do vidro é maior
que o da luz vermelha.
IV. O módulo da velocidade da luz vermelha dentro do vidro é maior
que o da violeta.
V. As velocidades das luzes vermelha e violeta têm módulos iguais
dentro do vidro.
São verdadeiras:
a) II e IV b) I e V c) I e III d) I e IV e) II e III
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c) r1 + r2 = A d) ␦ = i1 + i2 – A
i1 i2
e) –– = ––
r1 r2
O valor do ângulo i, que faz com que esse feixe seja refratado
O valor do índice de refração absoluto do vidro desse prisma deve rasante à superfície AB, é:
ser maior que: a) arccos 1,00 b) arccos 0,625 c) arcsen 1,00
a) 3,00 b) 2,00 c) 1,60 d) 1,50 e) 1,41 d) arcsen 0,781 e) arcsen 0,625
2
26) < 90° – arc sen –– 27) E
3
120
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CAPÍTULO
Óptica
5 LENTES ESFÉRICAS
1. Lentes esféricas
Denomina-se lente esférica uma associação de dois
dioptros, dos quais um é necessariamente esférico, e o
outro, esférico ou plano.
2. Classificação das
lentes quanto à geometria
Conforme as espécies de dioptros associados,
podemos ter os tipos de lentes indicados a seguir:
121
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Assim, teremos para as lentes citadas: OBS.: O estudo das lentes é feito admitindo-se que
1. biconvexa; 4. bicôncava; os meios que banham as faces da lente sejam idênticos.
2. plano-convexa; 5. plano-côncava; “SE O MATERIAL DE QUE É FEITA A LENTE
3. côncavo-convexa; 6. convexo-côncava. FOR MAIS REFRINGENTE DO QUE O MEIO
ONDE ELA ESTÁ IMERSA, SÃO CONVERGEN-
Note-se que as lentes, cujos nomes terminam com a TES AS LENTES DE BORDOS FINOS E DIVER-
palavra convexa, são de “bordos finos” e aquelas cujos GENTES AS LENTES DE BORDOS ESPESSOS.”
nomes terminam com a palavra côncava são de “bordos
espessos”. “SE O MATERIAL DE QUE É FEITA A LENTE
FOR MENOS REFRINGENTE QUE O MEIO
4. Classificação das ONDE ELA ESTÁ IMERSA, SÃO CONVERGEN-
lentes quanto ao TES AS LENTES DE BORDOS ESPESSOS E DI-
comportamento óptico VERGENTES AS LENTES DE BORDOS FINOS.”
Quando um pincel cilíndrico de luz incide em uma Como, em geral, o material da lente é mais refrin-
lente esférica, esta pode ter dois comportamentos ópticos gente que o meio onde ela se encontra, costuma-se cha-
distintos: mar a lente côncavo-convexa de “menisco convergen-
a) o feixe emergente é do tipo cônico convergente; te” e a lente convexo-côncava de “menisco divergente”.
5. As lentes delgadas
Os raios de curvatura R1 e R2 dos dioptros cons-
tituintes da lente são denominados RAIOS DE CUR-
VATURA DA LENTE.
A lente é denominada convergente. Quando a espessura da lente for desprezível, quando
comparada com R1 e R2, ela é dita uma LENTE
DELGADA.
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(B) Todo raio de luz paraxial que incide na lente (D) Todo raio de luz paraxial que incide na lente
numa direção que passa pelo foco objeto principal F numa direção que passa por A emerge numa direção
emerge paralelamente ao eixo principal. que passa por A’.
1. O fato de uma lente ser convergente ou divergente depende 2. Uma lente de vidro (índice de refração absoluto igual a 1,5) é
a) apenas da forma da lente. imersa sucessivamente no ar (índice de refração absoluto igual a
b) apenas do meio onde ela se encontra. 1,0) e num meio X de índice de refração absoluto igual a 2,0.
c) do material de que é feita a lente e da forma da lente. Sabendo que no ar a lente se apresenta divergente, responda:
d) da forma da lente, do material de que é feita a lente e do meio a) Quanto à sua geometria, qual o tipo de lente?
onde ela se encontra. b) Qual o comportamento óptico da lente no meio X?
Resolução Resolução
O comportamento óptico de uma lente (convergente ou a) Uma lente que, imersa em um meio menos refringente do que
divergente) depende de sua forma ou geometria (bordos finos ou ela (nlente > nexterno), se apresenta divergente é de bordos
bordos grossos) e do índice de refração do material da lente em espessos e, portanto, sua nomenclatura termina com a palavra
relação ao meio externo e, portanto, depende do material de que côncava: bicôncava, plano-côncava ou convexo-côncava.
é feita a lente e do meio externo onde ela está imersa. b) Se a lente de bordos espessos é imersa em um meio mais
Resposta: D refringente do que ela (nlente < nX), o comportamento óptico
será de lente convergente. Observe-se, pois, que uma mes-
ma lente, quanto à geometria, pode ter, em meios ópticos
distintos, comportamento óptico oposto.
125
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Resolução
d = 2f = 30cm ⇒ f = 15cm
A lente é
a) convergente e situada à esquerda de o. Respostas:
b) divergente e situada à esquerda de o. a) real, invertida e do mesmo tamanho que o objeto.
c) convergente e situada entre o e i. b) 15cm
d) divergente e situada à direita de i.
e) convergente e situada à direita de i.
Resolução 6. (MACKENZIE-SP-MODELO ENEM) – Na produção de um bloco
Sendo o objeto real e a imagem direta, ela será de natureza virtual. de vidro flint, de índice de refração absoluto 1,7, ocorreu a
Para localizar a posição da lente, basta lembrarmos que o ponto formação de uma “bolha” de ar (índice de refração absoluto 1,0),
objeto, o respectivo ponto imagem e o centro óptico estão com o formato de uma lente esférica biconvexa. Um feixe
sempre alinhados. luminoso monocromático, paralelo, incide perpendicularmente à
face A do bloco, conforme a figura abaixo, e, após passar pelo
bloco e pela bolha, emerge pela face B.
126
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Assim,
n2 > nL > n1
Resposta: D
8. (U.E. LONDRINA) – O perfil de uma lente delgada, de índice de 9. (FUND. UNIV. DE ITAÚNA) – Um feixe de luz paralelo penetra
refração n, em relação à água, está esquematizado ao lado. R1 e R2 num orifício de uma caixa, saindo por outro orifício da maneira
são os raios de curvatura de cada uma das suas faces. mostrada na figura. No meio da caixa, há um dos 5 elementos óp-
ticos a seguir:
1: Lente Convergente
2: Lente Divergente
3: Lâmina de Faces Paralelas
4: Espelho Convexo
5: Espelho Plano
127
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Sabendo-se que o elemento é colocado da maneira mostrada, no a) Espelho plano. b) Espelho côncavo.
meio da caixa, o elemento óptico usado é: c) Espelho convexo. d) Lente convergente.
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 e) Lente divergente.
10. (FUND. CARLOS CHAGAS) – Uma lente, feita de material cujo 14. (UFF) – Raios luminosos paralelos ao eixo principal incidem sobre
índice de refração absoluto é 1,5, é convergente no ar. Quando uma lente plano-convexa de vidro imersa em ar.
mergulhada num líquido transparente, cujo índice de refração Entre as opções a seguir, assinale aquela que melhor representa
absoluto é 1,7, ela o trajeto desses raios ao atravessar a lente.
a) será convergente.
b) será divergente.
c) será convergente somente para a luz monocromática.
d) se comportará como uma lâmina de faces paralelas.
e) não produzirá nenhum efeito sobre os raios luminosos.
15.
(UNAERP) – Uma bolha
Para conseguir seu intento, o estudante poderá usar as lentes: de ar imersa em vidro
a) I ou II somente. b) I ou III somente. apresenta o formato da
c) I ou IV somente. d) II ou III somente. figura. Quando três raios
e) II ou IV somente. de luz, paralelos, a atin-
gem, observa-se que seu
12. (VUNESP) – Um aquário esférico de paredes finais é mantido comportamento óptico é
dentro de outro aquário que contém água. Dois raios de luz de um(a)
atravessam esse sistema da maneira mostrada na figura, que
representa uma secção transversal do conjunto.
a) lente convergente. b) lente divergente.
c) lâmina de faces paralelas. d) espelho plano.
e) espelho convexo.
128
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a) Qual o comportamento óptico da lente? Ela ficou surpresa ao perceber que, em uma das lentes, a imagem
b) Obtenha graficamente o centro óptico, os focos principais do mosquito era reduzida (e não ampliada, conforme ela esperava
(objeto e imagem) e os pontos antiprincipais (objeto e que ocorresse).
imagem). a) Identifique qual o tipo de cada lente. Justifique sua resposta.
b) Especifique cada uma das imagens produzidas pelas lentes L1
22. (FUVEST-SP-MODELO ENEM) – Uma pessoa segura uma lente e L2, respectivamente, segundo as seguintes características:
delgada junto a um livro, mantendo seus olhos aproximadamente real ou virtual, aumentada ou diminuída e direita ou
a 40cm da página, obtendo a imagem indicada na figura. invertida.
129
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p’f + pf = pp’
1 1 1
––– + ––– = ––– (Equação de Gauss)
p’ p f
25. (ITA) – Uma pequena lâmpada é colocada a 1,0m de distância de Da Equação de conjugação de Gauss, vem:
uma parede. Pede-se a distância a partir da parede em que deve 1 1 1
ser colocada uma lente de distância focal 22,0cm para produzir na ––– = ––– + –––
parede uma imagem nítida e ampliada da lâmpada. f p p’
a) 1,40cm b) 26,2cm c) 32,7cm 1 1 1
d) 67,3cm e) 70,0cm –––– = ––––––– + ––
22,0 100 – x x
Resolução
1 100 – x + x
–––– = –––––––––––– ⇒ 100x – x2 = 2200
22,0 x(100 – x)
x2 – 100 x + 2200 = 0
{ x1 = 67,3cm
x2 = 32,7cm
Resposta: D
130
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26. Sejam p e p’ as abscissas gaussianas do objeto e de sua respec- Aplicando-se a Equação de conjugação de Gauss:
tiva imagem em relação a uma lente esférica delgada, nas condi-
1 + ––
1 = ––
1
ções de Gauss. ––
Construa o gráfico de função p + p’ = f(pp’). p p’ f
Resolução
Da Equação de Gauss, temos: 1 + ––
1– = ––
1– ⇒ p = 30cm
––
1 1 1 p + p’ 1 p 15 10
–– + –– = –– ⇒ –––––– = ––
p’ p f pp’ f
Resposta: 1.a possibilidade: fonte a 10cm da lente.
2.a possibilidade: fonte a 30cm da lente.
1
Então: p + p’ = –– (pp’)
f
28. (FEI) – É dada a lente delgada indicada na figura. Para o ponto ob-
jeto A, determinar a posição e natureza da imagem A’.
p + p’ = y
pp’ = x
Fazendo-se , resulta: y = kx
1
–– = k (constante)
f
Resolução
1 1 1 3,0 – 4,0
–– = ––– – ––– ⇒ –––––––––
p’ 40 30 120
1 –1,0
––– = –––– ⇒ p’ = –120cm
p’ 120
Portanto: P F e a distância é 10cm.
A segunda posição da fonte ocorre quando o objeto (P) é colocado Resposta: A imagem é virtual e encontra-se a 120cm da lente, do
numa posição tal que os triângulos OAB e OA’B’ da figura 2 são mesmo lado que o objeto e sobre o eixo óptico principal.
congruentes; assim, teremos uma imagem com as mesmas
dimensões da lente. 29. (FUVEST) – A distância entre um objeto e uma tela é de 80cm. O
objeto é iluminado e, por meio de uma lente delgada posicionada
adequadamente entre o objeto e a tela, uma imagem do objeto,
nítida e ampliada 3 vezes, é obtida sobre a tela. Para que isto seja
possível, a lente deve ser
a) convergente, com distância focal de 15cm, colocada a 20cm
do objeto.
b) convergente, com distância focal de 20cm, colocada a 20cm
do objeto.
c) convergente, com distância focal de 15cm, colocada a 60cm
do objeto.
d) divergente, com distância focal de 15cm, colocada a 60cm do
objeto.
e) divergente, com distância focal de 20cm, colocada a 20cm do
objeto.
131
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Resolução
Do enunciado, vem:
objeto iluminado ⇒ objeto real; imagem projetada ⇒ imagem real
2) Observando a escala representada na figura, podemos con-
Como objeto e imagem são reais, a imagem deve ser invertida em cluir que a distância d entre a fonte luminosa FL e a lente
relação ao objeto (A < 0). vale 3cm.
b) 1) Da figura, temos p = d = 3cm
Assim: p’ = 6cm
–p’ – p’ 2) Utilizando a Equação de Gauss, vem:
A = ––– ⇒ –3 = ––– ⇒ p’ = 3p
p p 1 1 1
––– = ––– + –––
mas: p + p’ = 80cm f p p’
p = 20cm 1 1 1
p + 3p = 80cm ⇒ ––– = ––– + ––– ⇒ f = 2cm
p’ = 60cm f 3 6
Determine
a) a distância d entre a fonte luminosa e o plano que contém a
lente e
b) a distância focal f da lente.
Resolução
a) 1) Tracemos, inicialmente, um raio de luz que, partindo da
fonte luminosa FL (objeto real), atinge a respectiva imagem
I. No ponto em que o raio de luz intercepta o eixo principal
AB, obtemos o centro óptico O da lente esférica
convergente.
132
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p’ 1 50
A = – ––– ⇒ – ––– = – ––– ⇒ p = 150cm
p 3 p
1 1 1 1 1 1
––– = ––– + ––– ⇒ ––– = –––– + –––
f p p’ f 150 50
A imagem é invertida e três vezes menor que o objeto. Assim, a 1 1+3 150
––– = –––––– ⇒ f = –––– (cm) ⇒ f = 37,5cm
1 f 150 4
ampliação vale A = – ––– .
3
Resposta: D
32. (CESGRANRIO) – Um objeto real é colocado perpendicularmente 38. (UNICAMP-MODELO ENEM) – Um sistema de lentes produz a
ao eixo principal de uma lente convergente de distância focal f. Se imagem real de um objeto, conforme a figura. Calcule a distância
o objeto está a uma distância 3f da lente, a distância entre o focal e localize a posição de uma lente delgada que produza o
objeto e a imagem conjugada por essa lente é: mesmo efeito.
a) f/2 b) 3f/2 c) 5f/2 d) 7f/2 e) 9f/2
133
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Pedem-se: lente e seus dois focos; a imagem e pelo menos dois raios de
a) a distância focal da lente; luz que emergem do objeto, atravessem a lente e formem a
b) o comprimento da imagem da lâmpada e a sua representação imagem no anteparo.
geométrica. Utilize os símbolos A’ e B’ para indicar as extremi- b) Nessa condição, determine a distância focal da lente, sendo
dades da imagem da lâmpada. dadas as posições dos seguintes componentes, medidas na
escala do banco óptico: anteparo, na abscissa 15cm; suporte
42. (ITA) – Um objeto tem altura ho = 20cm e está situado a uma da lente, na abscissa 35cm; fonte, na abscissa 95cm.
distância do = 30cm de uma lente. Esse objeto produz uma
imagem virtual de altura hi = 4,0cm. 44. (UFF-RJ) – Uma lente convergente de distância focal f = 4,0cm
A distância da imagem à lente, a distância focal e o tipo da lente fornece uma imagem real de um objeto, colocado sobre seu eixo
são, respectivamente: óptico, com aumento linear igual a –1,0. Deslocando-se a lente de
a) 6,0cm; 7,5cm; convergente. 2,0cm, aproximando-a do objeto, forma-se nova imagem, que
b) 1,7cm; 30cm; divergente. dista x cm da imagem anterior.
c) 6,0cm; –7,5cm; divergente. Determine
d) 6,0cm; 5,0cm; divergente. a) a distância x;
e) 1,7cm; –5,0cm; convergente. b) o novo aumento linear.
43. (UNIFES) – A figura representa um banco óptico didático: coloca-se 45. (UNITAU) – Uma lente de distância focal f projeta sobre um an-
uma lente no suporte e varia-se a sua posição até que se forme no teparo a imagem de um objeto real ampliada vezes. A distância
anteparo uma imagem nítida da fonte (em geral, uma seta luminosa da lente ao anteparo é:
vertical). As abscissas do anteparo, da lente e do objeto são a) f( + 1) b) f c) d) (f – 1) e) ( + f)
medidas na escala, que tem uma origem única.
46. (FEI-SP) – Um palito de fósforo de 4,0cm de comprimento é
colocado sobre o eixo principal de uma lente convergente de dis-
tância focal f = 20cm, com a cabeça a 10cm do foco objeto
principal, conforme a figura.
Observação da imagem de uma vela através de lente, respectivamente, diver- A lente L2 é mais convergente que a lente L1, pois,
gente e convergente. tendo menor distância focal, converge mais repentina-
mente os raios de luz.
12.Vergência de uma lente Para medir o poder de uma lente em convergir ou
É intuitivo que quanto menor é a distância focal de divergir raios de luz, define-se uma nova grandeza, que
uma lente mais repentinamente ela converge ou diverge será denominada VERGÊNCIA ou CONVERGÊNCIA
raios de luz paralelos, isto é, “quanto menor sua distân- da lente.
cia focal, maior é seu poder de convergir ou divergir Define-se vergência V de uma lente como o inver-
raios de luz”. so de sua distância focal.
134
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1 14. Focos
V = ––– secundários – planos focais
f
Todo o estudo de focos, feito para o eixo principal,
pode ser repetido para um eixo secundário, por isso
existem focos secundários.
Para cada direção de um pincel cilíndrico incidente
Sendo a distância focal f um comprimento, a ou emergente, existe associado um foco imagem ou
vergência tem dimensão de inverso de comprimento. objeto correspondente.
Sua unidade de medida é o (cm)–1 ou o m–1. Nas condições de Gauss, todos os focos objetos en-
Esta última unidade m–1 (inverso do metro) é a usual contram-se em um plano perpendicular ao eixo principal
na prática, recebendo a denominação de DIOPTRIA, e passando pelo foco objeto principal, denominado PLA-
sendo representada por di. NO FOCAL OBJETO; e todos os focos imagens encon-
Nota: tram-se em um plano perpendicular ao eixo principal,
Quando a vergência de um sistema óptico é nula (por passando pelo foco imagem principal, denominado
exemplo, uma lâmina de faces paralelas), o sistema é dito PLANO FOCAL IMAGEM.
afocal (sem focos).
Nota:
Tomando a Equação de Gauss, façamos: Para obtermos os focos secundários correspondentes
p = fo (distância focal objeto) e p’ → ⬁ →
a uma dada direção ( r ) do pincel cilíndrico, basta traçar
o eixo secundário paralelo à direção do pincel e obter
1 1 1 1 1 suas intersecções com os planos focais.
teremos: ––– + ––– = ––– ⇒ ––– = –––
p’ p f f0 f
portanto: fo = f
135
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O valor da distância focal (f) é calculado pela Equa- Para localizar tais pontos, usamos a definição:
ção de Halley ou dos “fabricantes de lentes”:
i p’
––– = ––– = –1 ⇒ p’ = p
1 n2 1 1 o p
––– = ––– –1 ––– + –––
f n1 R1 R2
A equação p’ = p nos mostra que os pontos antiprin-
Nota
cipais são equidistantes da lente, isto é, simétricos em
n2 relação ao centro óptico (C).
––– = n2,1 é o índice de refração da lente em relação
n1
Fazendo p’ = p na Equação de conjugação de Gauss,
ao meio externo. temos:
Para os sinais de R1 e R2, a convenção adotada é a
seguinte, para um observador externo à lente: 1 1 1 2 1
––– + ––– = ––– ⇒ ––– = ––– ⇒ p = 2f
I. Face convexa: raio de curvatura positivo p p’ f p f
(R = R )
II. Face côncava: raio de curvatura negativo Podemos, então, enunciar:
(R = – R )
(I) OS PONTOS ANTIPRINCIPAIS SÃO SIMÉ-
1 1 TRICOS EM RELAÇÃO AO CENTRO ÓPTI-
Notemos que o fator ––– + ––– traduz a geometria
R1 R2 CO E SITUADOS A UMA DISTÂNCIA DA
da lente, sendo positivo para as lentes de bordos finos LENTE IGUAL AO DOBRO DA DISTÂNCIA
(terminadas pela palavra convexa) e negativo para as len- FOCAL.
tes de bordos espessos (terminadas pela palavra cônca-
va). (II) QUANDO UM OBJETO FRONTAL LINEAR
A equação dos fabricantes de lentes evidencia o É COLOCADO NO PONTO ANTIPRINCI-
comportamento óptico das lentes já estudado e esque- PAL OBJETO, SUA IMAGEM RESULTA NO
matizado a seguir: PONTO ANTIPRINCIPAL IMAGEM, É DO
MESMO TAMANHO QUE O OBJETO E IN-
I. Lentes de bordos finos: VERTIDA.
n2,1 > 1 ⇒ f > 0 (lente
1 1
––– + ––– > 0
R1 R2 convergente)
n2,1 < 1 ⇒ f < 0 (lente
divergente)
(III) NAS LENTES CONVERGENTES, OS PON-
TOS ANTIPRINCIPAIS SÃO AMBOS REAIS
E, NAS LENTES DIVERGENTES, SÃO AM-
BOS VIRTUAIS.
II. Lentes de bordos espessos:
(IV) TODO RAIO INCIDENTE, NAS CONDI-
n2,1 > 1 ⇒ f < 0 (lente
ÇÕES DE GAUSS, PASSANDO PELO PON-
––– + ––– < 0
1 1 divergente) TO ANTIPRINCIPAL OBJETO (Ao), ORIGI-
R1 R2 n2,1 < 1 ⇒ f > 0 (lente NA UM RAIO REFRATADO PASSANDO PE-
convergente) LO PONTO ANTIPRINCIPAL IMAGEM (Ai).
AiBi = AoBo
47. (UFSE) – A medida da vergência ou convergência de uma lente é Logo: p = 5,0cm ⇒ p’ = 2,0cm
dada em dioptrias, a qual, na linguagem popular, é conhecida
como ”grau”. A dioptria é definida como o inverso da distância Pela equação de conjugação, temos:
focal, medida em metros. Logo, a vergência de uma lente 1 1 1 1 1
––– + ––– = ––– = V ⇒ V = –––––––– + ––––––––
convergente de 25cm de distância focal, em dioptrias, é: p p’ f 0,050m 0,020m
a) 0,040 b) 0,25 c) 0,4 0 d) 2,5 e) 4,0
Resolução
Da definição de vergência, temos: V = 20 di + 50 di ⇒ V = 70 di
1
V = ––– Resposta: 70 di
f
Para que a unidade de vergência seja a dioptria, a distância focal 50. Sabe-se que uma lente bicôncava, simétrica (raios de curvatura
deve ser medida em metros, assim: iguais), tem distância focal igual a 10cm, em módulo, quando
1 imersa no ar. Sendo 1,5 o índice de refração absoluto do vidro de
V = –––––––– (di) que é feita a lente, pedem-se:
25 . 10–2
a) o valor dos raios de curvatura;
100 b) o valor da distância focal, se a lente foi imersa num líquido de
V = –––– (di) índice de refração absoluto 1,8.
25
Resolução
a) Tomemos a equação dos fabricantes de lentes:
V = 4,0 di
––– R
1 1 1
––– = (n2,1 – 1) + –––
Resposta: E f R 1 2
48. Qual a vergência, em dioptrias, de uma lente divergente de Temos que: R1 = R2 = R; f = –10cm (lente divergente);
200cm de distância focal?
Resolução n2,1 = 1,5
Sendo a lente divergente, temos f < 0 e, portanto,
–––R + –––R
1 1 1
f = –200cm = – 2,00m – –––––– = (1,5 – 1)
10cm
Como a vergência é o inverso da distância focal, temos:
1 1 1 2
V = ––– = – –––––– ⇒ V = – 0,500m–1 = – 0,500 di – –––––– = 0,5 . ––– ⇒ R = –10cm
f 2,00m 10cm R
––– ––– R
calcular a vergência dessa lente. 1 n2 1 1
––– = –1 + –––
Resolução f n 1 R 1 2
Admitindo-se que o objeto seja real, como a imagem é real,
– ––––––
5cm
p 1 –0,3 1
A = – ––’ = –0,40 ⇒ ––– = ––––– . ⇒ f = 30cm
p f 1,8
⇒ p’ = 0,40 p (2)
Observe que, como f > 0, a lente passou a ter comportamento
convergente.
Substituindo: (2) em (1):
Respostas: a) 10cm
p + 0,40 p = 7,0 ⇒ 1,4 p = 7,0
b) 30cm
137
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––––
f p p’ 1 1 1
––– = (n – 1) + –––– .
1 = –––
1 + ––––
1 (cm)–1 f R R2
––– 1
f 30 120
1 = –––––
4 + 1 (cm)–1 ⇒
––– f = 24cm
f 120
1 = (n – 1) .
–––
f
2,1 –––
R
1 +
1
1
–––
R2
em que R2 → ⬁ (face plana) e 1/R2 → 0
Resposta: D 9
d) ––– f0 e) 2f0
5
52. (UFSCar-MODELO ENEM) – Um livro de ciências ensina a fazer
um microscópio simples com uma lente de glicerina. Para isso,
Resolução
com um furador de papel, faz-se um furo circular num pedaço de
–––R1
folha fina de plástico que, em seguida, é apoiada sobre uma 1 1 1 1,6
lâmina de vidro. Depois, pingam-se uma ou mais gotas de Figura I: ––– = (1,8 – 1) + ––– ⇒ ––– = –––
f0 R f0 R
glicerina, que preenchem a cavidade formada pelo furo, que se
torna a base de uma lente líquida praticamente semiesférica.
Sabendo que o índice de refração absoluto da glicerina é 1,5 e que
o diâmetro do furo é 5,0 mm, pode-se afirmar que a vergência R
Assim: f0 = ––––– a
dessa lente é de, aproximadamente, 1,6
a) +10 di. b) –20 di. c) +50 di.
d) –150 di. e) +200 di.
–––R
Resolução 1 1 1 1 0,8
Figura II: ––– = (1,8 – 1) + ––– ⇒ ––– = –––
f ⬁ f R
123
tende a zero
R
Assim: f = –––––– b
0,8
A gota forma sobre o furo uma lente plano-convexa com raio de
curvatura R = 2,5 . 10–3m. Da Equação de Halley para lentes esfé-
ricas delgadas, temos: Comparando-se a e b: f = 2f0
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p+d–p 1
–––––––– = –– ⇒ df = pd – p2
p(d – p) f
2
p – pd + df = 0
Para que a equação acima tenha duas soluções reais
distintas, o seu discriminante deve ser positivo:
⌬ = d2 – 4df > 0 ⇒ d > 4f
Portanto, a distância fixa entre objeto e anteparo de-
ve ser maior do que o quádruplo da distância focal (f) que
deve ser estimada, ainda que de modo grosseiro, por ou-
Para a lente na posição (1), teremos: tro método qualquer, antes da montagem no banco óptico.
1 1 1
p = p1; p’ = d – p1 e ––– + ––––– = ––– (1)
p1 d – p1 f 23. Método dos oculistas
Para a lente na posição (2), teremos: Justapõem-se à lente dada lentes de vergência conhe-
cida, até que o sistema das duas lentes justapostas tenha
1 1 1
p = p2; p’ = d – p2 e ––– + ––––– = ––– (2) vergência nula (sistema afocal). Quando tal ocorrer, as
p2 d – p2 f
lentes terão vergências iguais em módulo e de sinal
contrário. O inverso da vergência será a distância focal
Como as equações (1) e (2) são simétricas em rela-
1
ção a p 1 e p 2 , para uma solução única de f, devemos f = ––– .
V
ter: p2 = d – p1.
Para verificar a nulidade da vergência, basta obser-
Portanto: p2 + p1 = d (1) var um objeto plano fixo, deslocando-se o sistema das
duas lentes justapostas, paralelamente ao objeto; a ver-
p 2 – p1 = D (2) (ver figura)
gência será nula, quando a imagem permanecer fixa, pois
d+D o sistema se comportará como uma simples lâmina de
Fazendo-se (1) + (2), obtém-se p2 = ––––– faces paralelas.
2
1 1 1
2 2 1 ma da vergência ––– = ––– + ––– , obtém-se a distân-
–––––– + –––––– = ––– feq f f’
d–D d+D f
cia focal f da lente incógnita.
142
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25. Foco para as diversas Do exposto, segue-se que a distância focal é máxima
luzes monocromáticas para a luz vermelha e mínima para a luz violeta.
Na borda da lupa,
observa-se o fenômeno
da aberração cromática. Cada raio de luz monocromática converge para seu foco correspondente.
143
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1 5–3
––– = ––––– (cm)–1 ⇒ p2’ = 75cm
p’2 150
1 1
f2 = ––– ⇒ f1 = ––– (m) ⇒ f2 = 5,0cm
V2 20
Da figura, a distância d é:
Resposta: C
67. Um objeto luminoso é colocado a 60cm de uma lente conver- A distância focal da lente pode ser:
gente, de 20cm de distância focal. Uma segunda lente a) 15cm b) 30cm c) 45cm
convergente, de 30cm de distância focal, é colocada a 80cm da d) 60cm e) 75cm
primeira lente, tendo seus eixos principais coincidentes. A que Resolução
distância, da segunda lente, fica a imagem final formada pelo Trata-se do método de autocolimação para a determinação da
sistema? distância focal de uma lente convergente.
A imagem se superpõe ao objeto, que deve estar colocado no
foco objeto principal da lente e, portanto: p = f = 15cm.
Resposta: A
A imagem formada pela lente 1 atuará como objeto para a lente p’ = 6,0m
2, assim:
Resposta: E
p2 = 50cm; f2 = 30cm
144
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p’ 1 p’
A = – ––– ⇒ – ––– = – –––
p 2 p
p = 2p’ a
Sabendo que os módulos das distâncias focais de L1 e L2 valem,
respectivamente, 20cm e 30cm, determine Mas: p + p’ = 54cmb
a) a distância focal da lente equivalente à associação;
b) a distância entre a imagem e as lentes. a em b: 2p’ + p’ = 54
Resolução
a) As lentes L1 e L2 têm comportamento convergente, já que
3p’ = 54 ⇒ p’ = 18 cm
são de vidro e estão em operação no ar (o vidro é mais re-
fringente que o ar). Por isso, suas distâncias focais têm sinal
positivo. Sendo f a distância focal da lente equivalente à Respostas: a) 12cm
associação, temos: b) 18cm
71. (UFMG) – Ao associar duas lentes delgadas de distâncias 76. (U.E. LONDRINA) – Duas lentes delgadas convergentes, de
focais f1 = 10cm e f2 = 40cm, ambas convergentes, você obtém distâncias focais f1 e f2, estão a uma distância d, uma da outra.
um sistema equivalente a uma lente de convergência: Um feixe de raios paralelos incide na primeira lente e origina um
a) 0,125 di b) 2,0 di c) 8,0 di feixe de raios, também paralelos, conforme mostra o esquema.
d) 12,5 di e) 50 di Assim, é correta a relação:
73. (CEFET-PR) – Justapondo-se duas lentes delgadas esféricas, deseja- a) f1 + f2 = d b) f1 + 2f2 = d c) f1 + f2 > d
se um conjunto que tenha convergência igual a +6,25 dioptrias. d) f1 – f2 = d e) f1 – f2 > d
Dispõe-se de uma lente divergente com distância focal igual
a –0,800m. A distância focal da outra lente deve ser, em metros: 77. (CESGRANRIO) – Duas lentes delgadas, ᐉ1 e ᐉ2, de eixos ópticos
a) – 0,640 b) – 0,200 c) 0,133 coincidentes, estão separadas por uma distância d = 10,0cm
d) 0,480 e) 0,960 (figura). A lente ᐉ1 é convergente e de distância focal f1 = 30,0cm.
O sistema formado pelas duas lentes é tal que raios paralelos ao
74. (UFPA) – Dispõe-se de duas lentes delgadas convergentes de eixo óptico incidentes em ᐉ1 continuam nessa mesma direção ao
distâncias focais f1 e f2. Justapondo-se as duas lentes, é possível emergir de ᐉ2 (sistema afocal).
obter um sistema de distância focal
a) maior que f1 e f2.
b) menor que f1 e f2.
c) entre f1 e f2.
d) igual a f1.
e) igual a f2.
145
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78. (UEL-MODELO ENEM) – Um raio de luz r1 incide num sistema de a) Calcule a distância entre a lente B e o anteparo.
duas lentes convergentes, L1 e L2, produzindo um raio emergente b) Determine a distância focal de cada lente (incluindo o sinal ne-
r2, conforme indicações e medidas do esquema abaixo. gativo no caso de a lente ser divergente).
146
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Com base nele, é correto afirmar que o raio de curvatura do espe- Este sistema proporciona a formação de três imagens do objeto:
lho vale, em centímetros: I1 – obtida após a primeira incidência, sobre a lente, da luz
a) 40 b) 50 c) 60 d) 70 e) 80 proveniente do objeto;
I2 – obtida após a reflexão da luz pelo espelho;
85. (UFF-RJ) – Na figura 1, está representada a associação de duas
I3 – obtida após a segunda incidência da luz sobre a lente.
lentes convergentes e o trajeto da luz ao atravessá-las. Na figura
2, está representado o trajeto seguido pela luz quando a lente L2
é substituída por um espelho côncavo: A opção que expressa corretamente a posição das imagens I1, I2
e I3 é:
I1 I2 I3
a) no infinito em P no infinito
b) em P em Q no infinito
c) entre O e P no infinito entre P e Q
d) no infinito em Q em P
e) entre Q e P no infinito em R
b) Virtual.
A’ é vértice de um pincel de luz emergente, cônico diver-
b) Virtual. gente.
A’ é vértice de um pincel de luz emergente, cônico divergen-
te.
147
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42) C
43) a)
C : centro óptico
F’ : foco imagem principal
F : foco objeto principal
A : ponto antiprincipal objeto
A’ : ponto antiprincipal imagem
22) A
58) a)
b) 5,0 di
82) C
83) a)
148
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CAPÍTULO
Óptica
6 ÓPTICA DA VISÃO
2. Adaptação visual
A quantidade de luz que penetra no olho deve ser,
dentro de certos limites, praticamente constante. Aspecto de cones e bastonetes vistos ao
Para tanto, a pupila assume aberturas convenientes, microscópio com aumento de 1600 vezes.
dilatando-se em recintos pouco iluminados e contraindo-
se em recintos de muita luz.
Esse trabalho realizado pela pupila é denominado
“adaptação visual”.
3. Acomodação visual
Como já ressaltamos, a abscissa p’ da imagem
(distância do cristalino à retina) é constante e, como a
abscissa p do objeto assume valores distintos, conforme
a particular posição do objeto visado, a equação
1 1 1
––– + ––– = ––– mostra-nos que a distância focal do
p’ p f
Ponto cego, onde o nervo óptico e a retina se
cristalino deve ser variável. encontram, impossibilitando a detecção da luz.
Para cada valor de p, a distância focal f assume um
valor conveniente, para que a imagem se forme exa- 4. Ponto cego
tamente sobre a retina. A variação da distância focal do
cristalino é feita com a intervenção dos músculos Apesar de difícil percepção, uma pequena parte de
ciliares. nossa retina não é capaz de detectar a luz.
Sendo p’ = constante, percebemos pela Equação de Essa área onde as fibras de diversas terminações
Gauss que, quanto menor for p (objeto mais próximo da nervosas juntam-se para formar o nervo óptico é
vista), menor deverá ser a correspondente distância focal f. denominada ponto cego.
Assim, à medida que aproximamos o objeto do olho, Você pode confirmar a existência do ponto cego
os músculos ciliares comprimem o cristalino, diminuin- através de uma experiência simples.
do o raio de curvatura das faces e também a distância Feche o olho esquerdo e olhe fixamente, com o direi-
focal f. to, para a marca X da figura que se segue. Aproxime,
O trabalho realizado pelos músculos ciliares, de va- lentamente, o seu rosto da página; quando você estiver a
riação da distância focal do cristalino, é denominado aproximadamente 25cm de distância, a imagem do
“ACOMODAÇÃO VISUAL”. quadrado “cai” no ponto cego e ele desaparece. Se a
aproximacão for maior ainda, o quadrado reaparece e o
Resumindo: círculo some.
“PARA CADA POSIÇÃO DO OBJETO, O CRIS-
TALINO ASSUME UMA DISTÂNCIA FOCAL
CONVENIENTE, DE MODO A ACOMODAR A
IMAGEM SOBRE A RETINA.”
150
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gência
1 1
V = –– = – –– .
Para o míope, o ponto remoto está a uma distância f D
finita, maior ou menor, conforme o grau de miopia.
Quando o objeto está no ponto remoto, a imagem
Exemplificando: para um míope, cuja distância
forma-se nítida na retina, com os músculos ciliares
máxima de visão vale 50cm = 0,50m, terere mos
relaxados (condição de visão mais cômoda).
1
f = –50cm = –0,50m e V = –– = –2,0 di.
f
Cumpre ressaltar ainda que a distância mínima de
visão distinta para o olho míope é menor do que para o
olho normal (emetrope).
11. Hipermetropia
A hipermetropia é um defeito oposto à miopia, isto é,
para um objeto impróprio e os músculos ciliares
PR = ponto remoto do olho míope.
relaxados, a imagem forma-se além da retina.
D = distância máxima de visão distinta do olho míope. Porém, o problema do hipermetrope não é a visão de
P’ = imagem nítida do ponto remoto sobre a retina. objetos distantes, pois, com uma acomodação convenien-
te, a distância focal do sistema é reduzida, possibilitando
Como a distância focal máxima do cristalino está a visão nítida do objeto impróprio.
sendo demasiado pequena, isto é, sua vergência é maior A dificuldade reside no afastamento do ponto próximo.
do que a ideal, a correção é feita com o uso de uma lente A distância focal mínima do sistema é maior do que
divergente. deveria ser, fazendo com que a visão de objetos próximos
Tal lente divergente deve fornecer, de um objeto não seja possível, com nitidez.
impróprio, uma imagem virtual no ponto remoto do olho. Nesse caso, a vergência do sistema deve ser aumen-
Esta imagem virtual comporta-se como objeto real para o tada, com o uso de uma lente corretiva convergente. Tal
olho, dando uma imagem final real e nítida sobre a retina. lente convergente deve fornecer, de um objeto real, si-
152
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14. Estrabismo
Tal anomalia consiste no desvio do eixo óptico do glo-
bo ocular; a correção é feita com o uso de lentes prismáticas.
1 1 1 dH – d
E ainda: V = –– = –– – ––– = ––––––
f d dH d . dH
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Nas ilustrações acima, temos uma comparação direta no processo de formação de imagens de uma câmara fotográfica com o olho humano. A película fotossensível
(filme) faz o papel da retina e o cristalino atua como uma lente convergente.
154
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4. (UNICAMP) – Nos olhos das pessoas míopes, um objeto localiza- O cristalino, nessa situação, está abaulado ao máximo. Conside-
do muito longe, isto é, no infinito, é focalizado antes da retina. rando que, na visão normal, enxerga-se com nitidez desde 20cm
À medida que o objeto se aproxima, o ponto de focalização se de distância até o infinito, que lente deve ser usada para corrigir a
afasta até cair sobre a retina. A partir deste ponto, o míope en- visão desse olho, se for o caso?
xerga bem. A dioptria D, ou “grau”, de uma lente é definida como a) Uma lente divergente de –1,0 di (dioptria).
1 b) Uma lente divergente de –2,0 di.
D = –––––––––––––– e 1 grau = 1m–1. Considere uma pessoa
distância focal c) Uma lente convergente de 1,0 di.
d) Uma lente convergente de 4,0 di.
míope que só enxerga bem objetos mais próximos do que 0,40m e) Não é preciso lente; o olho é emetrope.
de seus olhos. Resolução
a) Faça um esquema mostrando como uma lente bem próxima Como o cristalino está na condição de máximo esforço visual, a
dos olhos pode fazer com que um objeto no infinito pareça distância fornecida de 1,0m é o ponto próximo para este olho.
estar a 40cm do olho. Este ponto próximo está mais afastado do que em um olho
b) Qual a vergência dessa lente? normal; e este defeito é conhecido por hipermetropia.
c) Até que distância uma pessoa míope que usa óculos de “4,0 A lente corretiva da hipermetropia é a convergente. Observe o
graus” pode enxergar bem sem os óculos? esquema.
Resolução
a)
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6. (UFMG-MODELO ENEM) – Após examinar os olhos de Sílvia e O defeito de visão chamado presbiopia pode ser também
de Paula, o oftalmologista apresenta suas conclusões a respeito corrigido com lentes convergentes.
da formação de imagens nos olhos de cada uma delas, na forma
de diagramas esquemáticos, como mostrado nestas figuras: b) A = 1,25 e p = 2cm
1 = 1 di ⇒
V = ––– ––– V = 10 di
f 0,1
Com base nas informações contidas nessas figuras, é correto afir- Respostas: a) hipermetropia; convergente
mar que b) 10 di
a) apenas Sílvia precisa corrigir a visão e, para isso, deve usar
lentes divergentes. 8. (UEG-MODELO ENEM) – A equação dos fabricantes de lentes
b) ambas precisam corrigir a visão e, para isso, Sílvia deve usar (Equação de Halley) mostra que um dos fatores determinantes do
lentes convergentes e Paula, lentes divergentes. valor da convergência de uma lente é o seu raio de curvatura. E
c) apenas Paula precisa corrigir a visão e, para isso, deve usar essa é a finalidade das cirurgias de correção da miopia: alterar o
lentes convergentes. raio de curvatura da córnea, principal elemento óptico do globo
d) ambas precisam corrigir a visão e, para isso, Sílvia deve usar ocular.
lentes divergentes e Paula, lentes convergentes. O objetivo da cirurgia é reduzir a curvatura da córnea, sobretudo
Resolução quando ela é muito grande e exige óculos com lentes muito
Sílvia é míope e a correção da miopia se faz com lentes grossas para sua correção. A figura a seguir mostra o perfil,
divergentes. exageradamente curvo, de uma córnea e o seu perfil mais
Paula é hipermetrope e a correção da hipermetropia se faz com achatado, depois da cirurgia. Há dois procedimentos cirúrgicos
lentes convergentes. para o achatamento da córnea e a correção da miopia: a
Resposta: D queratotomia radial e a laser-queratoplastia. Na queratotomia
radial, o cirurgião faz cerca de oito cortes radiais na córnea. Com
7. (UNIFESP-MODELO ENEM) – As figuras mostram Nicodemus, a cicatrização, a córnea se contrai, sendo reduzida a sua curvatura.
símbolo da Associação Atlética dos estudantes da Unifesp, Na laser-queratoplastia, elimina-se parte da espessura da córnea
ligeiramente modificado: foram acrescentados olhos, na 1.a figura, por meio de raio laser, obtendo-se o mesmo efeito.
e óculos transparentes, na 2.a.
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157
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19. (FUVEST) – O ponto remoto corresponde à maior distância que Considere a receita abaixo, fornecida por um médico oftalmo-
pode ser focalizada na retina. Para um olho míope, o ponto logista a uma pessoa com dificuldades para enxergar nitidamente
remoto, que normalmente está no infinito, fica bem objetos afastados.
próximo dos olhos.
a) Que tipo de lente o míope deve usar para corrigir o defeito?
Lentes Lentes
b) Qual a distância focal de uma lente para corrigir a miopia de Eixo DP
esféricas cilíndricas
uma pessoa cujo ponto remoto se encontra a 20cm do olho?
Longe OD –2,0 di
OE –2,5 di
20. (UFPE-MODELO ENEM) – Uma pessoa com alto grau de miopia
só pode ver objetos definidos claramente se a distância até o Perto OD
objeto, medida a partir do olho, estiver entre 15cm e 40cm. Para
enxergar um objeto situado a 1,5m de distância, esta pessoa pode OE
usar óculos com uma lente de distância focal f = –30cm. A que
distância, em cm, à esquerda da lente (ver figura), se formará a DP – Distância entre os eixos dos olhos
imagem do objeto?
OD – Olho direito
OE – Olho esquerdo
Nesta situação, o cidadão consegue 24. (VUNESP) – Uma pessoa normal deve ser capaz de perceber um
ler nitidamente a revista. Pode-se objeto com nitidez a uma distância de 25cm. Que tipo de lente
supor que ele possui qualquer um dos deve ser usado e qual a distância focal dessa lente para tornar
seguintes defeitos visuais: normal a visão de uma pessoa hipermetrope que consegue ver,
com nitidez, apenas objetos situados a mais de 125cm?
a) presbiopia e hipermetropia. b) hipermetropia e miopia. 25. (PUC-PR) – Um presbiope tem 1,5m para a mínima distância de
c) miopia e presbiopia. d) astigmatismo e miopia. visão distinta. Ele necessita ler a 50cm. A vergência das lentes
e) estrabismo e astigmatismo. que deve utilizar, supondo-as de espessura desprezível, é:
a) – 4,0 di b) – 0,75 di c) 0,75 di
4
22. (ACAFE-MODELO ENEM) – O uso de óculos para corrigir d) ––– di e) 4,0 di
3
defeitos da visão começou no final do século XIII e, como não se
conheciam técnicas para o polimento do vidro, as lentes eram
rústicas e forneciam imagens deformadas. No período da 26. (U.F.PR) – Se o ponto próximo de uma pessoa idosa está a
Renascença, as técnicas foram aperfeiçoadas e surgiu a profissão 1,0m dos seus olhos, qual é a convergência, em dioptrias, da
de fabricante de óculos. Para cada olho defeituoso, existe um tipo lente de correção que essa pessoa deve usar a fim de que possa
conveniente de lente que, associado a ele, corrige a anomalia. ler um livro a 0,25m de distância?
158
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CAPÍTULO
Óptica
7 INSTRUMENTOS DE ÓPTICA
159
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2. Lupa, microscópio
simples ou lente de aumento
160
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tg ␣
A = –––––
tg 
Microscópio composto.
4. Luneta astronômica
A luneta astronômica é constituída por dois sistemas Para o olho colocado no foco imagem da ocular, te-
convergentes de lentes: mos o aumento angular nominal ou intrínseco, dado por:
a) Objetiva: sistema convergente de distância focal
da ordem de metro. fob
An = ––––
b) Ocular: sistema convergente que funciona como foc
uma lupa.
Assim:
“O AUMENTO ANGULAR NOMINAL DA LU-
NETA É DIRETAMENTE PROPORCIONAL À
DISTÂNCIA FOCAL DA OBJETIVA E INVER-
SAMENTE PROPORCIONAL À DISTÂNCIA
FOCAL DA OCULAR.”
161
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6. Telescópio
A diferença construtiva entre as lunetas astronômi-
cas e os telescópios é que, nestes últimos, a objetiva é um
sistema refletor.
Tal sistema refletor é constituído por um espelho pa-
rabólico côncavo, de grande distância focal (da ordem de
metro). O filme (película) da máquina
O uso do espelho, em vez da lente objetiva, é feito atua como a retina no olho
humano.
com o intuito de evitar as aberrações cromáticas, isto é, a
dispersão da luz motivada pelo fato de a lente apresentar
8. Projetor de slides (diascópio)
diferentes distâncias focais para as diferentes luzes
monocromáticas. É um sistema óptico que, de um objeto real e plano,
conjuga uma imagem real, invertida e ampliada, projeta-
da sobre um anteparo.
Os elementos ópticos do projetor de slides são os
seguintes:
1) Fonte de luz F: pode ser uma simples lâmpada de
incandescência ou ainda uma lâmpada de arco-voltaico.
2) Espelho esférico: que recebe parte da luz prove-
Telescópio refrator. Telescópio refletor. niente de F (que está situada em seu foco), enviando-a,
por reflexão, para um sistema de lentes (condensador).
7. Câmara fotográfica 3) Condensador: sistema convergente de lentes
É um sistema óptico que, a um objeto real, conjuga que concentra a luz no objeto.
uma imagem real e invertida sobre uma película sensível 4) Chassi porta-objeto: dispositivo onde o slide é co-
à luz. locado invertido, para que a imagem projetada na tela, e que
Os elementos ópticos da câmara fotográfica são os é invertida em relação ao objeto, resulte na posição certa.
seguintes: 5) Objetiva: sistema convergente que fornece do
1) Objetiva: sistema convergente de lentes (uma slide a imagem no anteparo.
ou mais lentes). 6) Tela: anteparo, onde é recebida a imagem do slide.
2) Obturador: lâmina opaca, que impede a pas- A focalização é feita deslocando-se a objetiva ou
sagem da luz que atravessa a objetiva. uma das lentes que compõem a objetiva.
3) Diafragma: orifício de diâmetro reduzido, que
limita a quantidade de luz que penetra na câmara escura.
4) Disparador: dispositivo que, ao ser acionado,
retira o obturador de sua posição normal, permitindo,
durante um certo intervalo de tempo, a passagem da luz.
Esse intervalo de tempo é denominado tempo de ex-
posição e é da ordem de 1,0 . 10–2 segundo.
5) Câmara escura: região compreendida entre o
diafragma e a película fotossensível.
6) Película fotossensível: é uma chapa que, ao ser
impressionada pela luz, sofre decomposição química,
fixando a imagem projetada sobre ela, durante o tempo
de exposição.
1 1 1 i2 i2 i1
–––– = ––– – –––– A = ––– = ––– . ––– = Aoc . Aob
3,0 p 3p o i1 o
1 3–1 1 2 i1 p’1 7
–––– = –––––– ⇒ –––– = ––– p = 2,0cm Aob = ––– = ––– = 12 . ––– ⇒ Aob = –14
3,0 3p 3,0 3p o p1 6
Resposta: B i2 p’2 28 28
Aoc = ––– = – ––– = –(–25) . ––– ⇒ Aoc = –––
i1 p2 75 3
163
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Para um objeto a 90cm da lente, isto é, p = 90cm, teremos: grande distância focal.
c) convergente, de pequena distância focal, e convergente, de
1 1 1 1 7 1 pequena distância focal.
––– + ––– = ––– ⇒ ––– + –––––– = –––––– d) convergente, de pequena distância focal, e convergente, de
p’2 p f p’2 90cm 10cm
grande distância focal.
e) convergente, de pequena distância focal, e divergente, de
1 1 1 9,0 – 1,0 8,0 grande distância focal.
––– = –––––– – –––––– = ––––––––– – ––––––
p’2 10cm 90cm 90cm 90cm Resolução
(I) Ocular: Sistema convergente, de distância focal da ordem de
centímetros, que opera como lupa.
p2’ = 11,25cm Objetiva: Sistema convergente, de distância focal da ordem
de metros.
O deslocamento longitudinal da objetiva será de: (II) Formação da imagem:
Resposta: D
1 1 1
b) Da Equação de Gauss ––– + ––– = ––– , tiramos: 5. (UFF-MODELO ENEM) – A utilização da luneta astronômica de
p’ p f Galileu auxiliou a construção de uma nova visão do Universo. Esse
instrumento óptico, composto por duas lentes – objetiva e ocular –,
pf p’ f
p’ = –––––– ⇒ ––– = ––––– está representado no esquema a seguir.
p–f p p–f
p’ f
Como A1 = ––– , resulta A1 = –––––
p p–f
0,10m 1
Assim: A1 = ––––––– ⇒ A1 = –––– (1)
49,9m 499
Para a teleobjetiva, temos: p = 50m e f = 0,40m Considere a observação de um objeto no infinito por meio da
luneta astronômica de Galileu. Nesse caso, as imagens do objeto
0,40m 4,0 1 formadas pelas lentes objetiva e ocular são, respectivamente:
Então: | A2 | = ––––––– = ––––– = –––––
49,6m 496 124 a) real e direita; virtual e direita.
b) real e invertida; virtual e invertida.
c) virtual e invertida; real e invertida.
| A2 | 1 | A2 |
Portanto: ––––– = ––––– . 499 ⇒ ––––– 4,0 d) virtual e direita; real e direita.
| A1 | 124 | A1 | e) real e invertida; virtual e direita.
Resolução
Respostas: a) 1,25cm A imagem real e invertida que a objetiva gera no seu plano focal
b) 4,0 (F’objetiva) funciona como objeto real para a ocular. Esta lente, por
sua vez, opera como lupa, produzindo uma imagem virtual e
4. (VUNESP-MODELO ENEM) – Uma luneta astronômica é usada direita (em relação ao objeto que lhe deu origem) que será
para aproximar objetos distantes. Ela é constituída de duas lentes, contemplada pelo observador. O esquema abaixo ilustra o
chamadas de ocular e objetiva, que são, respectivamente, funcionamento da luneta.
164
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6. (UERJ) – Uma pessoa utiliza uma lente Nesse esquema, os pontos A, B e C podem ser classificados
convergente para a leitura da página de como OBJETO ou IMAGEM (REAL ou VIRTUAL) em relação à
uma revista, como mostra a figura ao lado. lente objetiva (L1) ou à lente ocular (L2). Assinale a opção que
A natureza e a posição da imagem formada apresenta a classificação correta:
pela lente são, respectivamente: a) A é objeto virtual em relação a L1.
a) virtual / entre a lente e a revista. b) B é imagem virtual em relação a L1.
b) real / entre a lente e a revista. c) B é objeto real em relação a L1.
c) virtual / à direita da revista. d) C é imagem virtual em relação a L2.
d) real / à direita da revista. e) C é objeto real em relação a L2.
11. (UFRJ) – Você examina um selo raro com o auxílio de uma lupa
de distância focal igual a 12cm.
Calcule a que distância da lupa deve ser colocado o selo a fim de
que as dimensões lineares do objeto sejam ampliadas três vezes
na imagem.
Acima, tem-se o efeito da lupa. 12. A figura mostra um microscópio artesanal construído com tubo de
a) Que tipo de lente delgada é usado em uma lupa? plástico PVC e duas lentes convergentes.
b) Faça a construção geométrica da imagem ampliada, que a lupa
fornece, da letra i da palavra imagem.
O grilo está em repouso na mesa, sobre o eixo principal da lupa, 13. (UNESP-MODELO ENEM) – Uma câmara fotográfica rudimentar
exatamente no ponto médio entre o foco da lente (F) e o centro utiliza uma lente convergente de distância focal f = 50mm para
óptico (C) da lupa. Num dado instante, o grilo dá um pequeno salto focalizar e projetar a imagem de um objeto sobre o filme. A
vertical. Desprezando-se o efeito do ar, assumindo-se g = 10m/s2 e distância da lente ao filme é p’ = 52mm. A figura mostra o esboço
admitindo-se válidas as condições de Gauss, a aceleração da ima- dessa câmara.
gem do grilo, durante o salto, em relação ao observador, tem
intensidade igual a:
a) 0 b) 5,0m/s2 c) 10m/s2
d) 15m/s2 e) 20m/s2
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15. (ITA) – Dois estudantes se propõem a construir cada um deles 18. (UNESP-MODELO ENEM) – Um projetor rudimentar, confeccio-
uma câmara fotográfica simples, usando uma lente convergente nado com uma lente convergente, tem o objetivo de formar uma
como objetiva e colocando-a numa caixa fechada de modo que o imagem real e aumentada de um slide. Quando esse slide é
filme esteja no plano focal da lente. O estudante A utilizou uma colocado bem próximo do foco da lente e fortemente iluminado,
lente de distância focal igual a 4,0cm e o estudante B uma lente produz-se uma imagem real, que pode ser projetada em uma tela,
de distância focal igual a 10,0cm. Ambos foram testar suas como ilustrado na figura.
câmaras fotografando um objeto situado a 1,0m de distância das
respectivas objetivas. Desprezando-se todos os outros efeitos
(tais como aberrações das lentes), o resultado da experiência foi:
I. que a foto do estudante A estava mais “em foco” que a do
estudante B.
II. que ambas estavam igualmente “em foco”.
III. que as imagens sempre estavam entre o filme e a lente.
Neste caso, você concorda que
a) apenas a afirmativa II é verdadeira.
b) somente I e III são verdadeiras.
c) somente III é verdadeira.
d) somente a afirmativa I é verdadeira.
e) não é possível obter uma fotografia em tais condições. A distância focal é de 5cm e o slide é colocado a 6cm da lente. A
imagem projetada é real e direita. Calcule
16. (PUCCAMP-SP) – O esquema abaixo mostra a formação da a) a posição, em relação à lente, onde se deve colocar a tela, para
imagem em uma luneta astronômica: se ter uma boa imagem;
b) a ampliação lateral (aumento linear transversal).
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CAPÍTULO
Eletrostática
A s cargas elétricas puntiformes criam, isoladamente, um campo elétrico cujas linhas de força são radiais
(figura a). Quando duas cargas puntiformes são colocadas próximas uma da outra, o campo elétrico pode ser
representado por linhas de força como as das figuras b e c. O espectro para uma carga positiva próxima de
outra negativa tem o aspecto da figura b. O espectro para duas cargas elétricas do mesmo sinal tem as linhas
de força da forma como mostra a figura c.
Aplicação do vetor campo elétrico em
alguns pontos das linhas de força.
Ele as tangencia e sua intensidade
varia de ponto a ponto. (a) (b) (c)
O estudo de um campo elétrico requer uma série de a) Campo gerado pela carga positiva (Q > 0)
definições. Entre elas, destacam-se a de linhas de força e A carga puntiforme positiva gera um campo elétrico
a de linhas e superfícies equipotenciais. de afastamento. Logo, suas linhas de força são centrífugas.
1. Linhas de força
As linhas de força constituem uma forma geométrica
de se visualizar um campo elétrico.
167
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d) Espectro do campo de duas cargas puntiformes O potencial elétrico varia ao longo de uma linha de
positivas e de mesmo módulo força; o campo elétrico também varia. Se a linha de força
As duas cargas elétricas positivas geram campo elé- não for retilínea, o campo terá também direção alterada.
trico de afastamento. Deste modo, o espectro do campo A seguir, serão enunciadas algumas propriedades impor-
resultante é o da figura 5. tantes.
1.a) O potencial decresce no sentido da linha de
força.
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Demonstração
Admitamos que uma linha de força L seja fechada e
mostremos que isto nos leva a um absurdo. Fig. 12 – Cruzamento de uma linha de força e de uma linha equipotencial.
Partindo do ponto A, vamos percorrer a linha de for- É possível acrescentar-se ao espectro de um campo
ça e chegar a um ponto B coincidente com A (Fig.10). elétrico as linhas equipotenciais, tomando-se o devido
cuidado de desenhá-las perpendicularmente nos seus
pontos de cruzamento. A figura 13 mostra um campo de
duas cargas de sinais contrários com as respectivas linhas
de força do campo elétrico resultante e com algumas de
suas linhas equipotenciais.
VA = VB ........... (1)
As relações (1) e (2) são incoerentes, o que mostra o Fig. 13 – Campo elétrico de duas cargas puntiformes de sinais contrários e de
absurdo de se admitir que uma linha de força seja fecha- mesmo valor absoluto. As linhas cheias são as linhas de força e as linhas pon-
tilhadas são as equipotenciais.
da.
169
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Fig. 15
Em cada ponto do seu campo, o potencial é dado pe- Fig. 17 – Linha de força “furando” a superfície equipotencial.
la equação:
Q
VP = K0 . –––
r
Da qual se conclui que todos os pontos que distam r
da carga elétrica são dotados de um mesmo potencial elé- No campo elétrico uniforme, as linhas de força são
trico. Estes pontos pertenceriam a uma superfície es- retas paralelas uniformemente distribuídas naquele es-
férica de raio igual a r, em cujo centro estaria a carga Q. paço. Consequentemente, podem-se imaginar superfícies
Por outro lado, se aumentarmos gradativamente o equipotenciais planas perpendiculares a essas linhas de
valor de r, obteríamos diversas superfícies esféricas, força. Essas superfícies são paralelas entre si (Fig. 18).
concêntricas na carga Q, formando no espaço uma figura
semelhante à de uma “cebola” com as suas camadas su-
perpostas (Fig. 16).
␣ //  // ␥
Fig. 16 – As diversas camadas esféricas são as superfícies equipotenciais em
torno da carga puntiforme Q. ␣ ⬜ LF  ⬜ LF ␥ ⬜ LF
Fig. 19 – Linhas de força (cheias) e equipotenciais (tracejadas) (c) cabelo eletrizado. Em (d) conjunto de superfícies equipotenciais.
(a) campo de uma carga puntiforme positiva; tracejado, as equipotenciais;
(b) campo de duas cargas opostas;
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e) Correta
3. (MODELO ENEM) – Michael Faraday idealizou o conceito de Quando caminhamos na linha de força, no sentido de sua
linhas de força para vizualizar melhor um campo elétrico. O orientação, encontramos pontos de potencial decrescente.
desenho das linhas de força obedece a determinados critérios:
VC > VB
elas são orientadas da carga positiva para a negativa; se apro-
ximam uma da outra quando o campo é mais intenso e se
afastam quando menos intenso; nunca se cruzam; etc. Resposta: E
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4. Considere as figuras abaixo. As linhas cheias são “linhas de for- A direção e sentido do campo elétrico em P é:
ça” e as pontilhadas são linhas equipotenciais.
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Assinale a linha da tabela que apresenta as indicações corretas a) Determine, em volt / metro, utilizando dados do gráfico, os
para as convenções gráficas que ainda não estão apresentadas módulos dos campos elétricos EP e EP criados, no ponto P,
nessa figura (círculos A e B) e para explicar as que já estão apre- A B
respectivamente, pelas esferas A e B.
sentadas (linhas cheias e tracejadas).
b) Estime o módulo do valor do trabalho , em joules, realizado
carga da carga da linhas cheias linhas quando uma pequena carga q = 2,0nC é levada do ponto P ao
partícula A partícula B com setas tracejadas
ponto S, indicados no gráfico.
a) (+) (+) linha de força
superfície (2,0nC = 2,0 nanocoulombs = 2,0 x 10–9 C)
equipotencial
superfície linha de 11. Na figura, temos uma carga elétrica Q positiva e três circunfe-
b) (+) (–) rências concêntricas, de centro em Q. Elas representam três li-
equipotencial força
nhas equipotenciais, nas quais A e C são equidistantes de B.
superfície Sabendo que em A o potencial vale 12V, que em B vale 6,0V,
c) (–) (–) linha de força determine o potencial elétrico em C.
equipotencial
superfície linha de
d) (–) (+)
equipotencial força
superfície
e) (+) (–) linha de força
equipotencial
NOTE/ADOTE
Uma esfera com carga Q gera, fora dela, a uma distância r do
seu centro, um potencial V e um campo elétrico de módulo E,
dados pelas expressões: Considere que o meio é o vácuo (K0 = 9 x 109 Nm2/C2) e de-
V = K (Q/r) termine
a) o valor Q;
E = K (Q/r2 ) = V/r b) o trabalho realizado pela força elétrica sobre a carga
K = constante; 1 volt / metro = 1 newton / coloumb q = – 2,0 . 10–10 C para levá-la de A para C.
3. Movimento
espontâneo da carga Suponhamos que uma carga q seja abandonada num
Quando uma carga puntiforme q é abandonada num campo elétrico e suponhamos, ainda, que a carga esteja
campo elétrico isolado, atua sobre ela uma força que a submetida apenas às forças de campo. Neste caso, o tra-
desloca. O seu movimento é chamado de espontâneo. Es- balho da força eletrostática será sempre positivo, pois
tudaremos o trabalho do campo e a variação de energia tanto para q1 > 0 como para q2 < 0, a força que atua sobre
potencial e cinética sofrida pela carga. a carga tende a deslocá-la na própria direção e sentido,
conforme a figura 20.
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13. Uma partícula de massa m e dotada de carga elétrica q é aban- Levando em conta que ela partiu do repouso e também a equa-
donada num →
campo elétrico uniforme no qual o vetor campo ção obtida no item (a), vem:
elétrico é E .
q.E 2qEd
V2 = 0 + 2 . –––––– . d ⇒ V = ––––––
m m
15. Quando abandonamos, em repouso, uma partícula eletrizada no d) em movimento retilíneo e uniforme;
interior de um campo eletrostático isolado: e) de modo a aumentar sua energia mecânica.
I. Se ela for positiva, deslocar-se-á para pontos de menor poten-
cial. 17. Com relação ao trabalho realizado pelo campo elétrico ao abando-
II. Se ela for negativa, deslocar-se-á para pontos de maior poten- narmos uma carga elétrica em repouso nesse campo e ela se
cial. deslocar espontaneamente sob a ação exclusiva da força elétrica:
III. Durante seu movimento espontâneo, sua energia potencial di- a) será sempre positivo;
minuirá. b) será sempre negativo;
IV. Durante seu movimento espontâneo, sua energia cinética au- c) será sempre nulo;
mentará. d) será negativo, se a carga abandonada for negativa;
e) será nulo, se a carga for abandonada sobre uma linha equipo-
Use, para a resposta, o código abaixo:
tencial.
a) Se todas forem verdadeiras.
b) Se, apenas, I, II e IV forem verdadeiras.
18. (FEI) – Na figura, estão representadas algumas linhas de força e
c) Se, apenas, III e IV forem verdadeiras.
superfícies equipotenciais de um campo eletrostático uniforme.
d) Se, apenas, I for verdadeira.
Qual o trabalho da força elétrica que atua em uma partícula de
e) Se nenhuma for verdadeira.
carga q = 4,0pC, positiva, que foi abandonada na superfície equi-
potencial A e deslocou-se espontaneamente até C?
16. (UNIP) – Um ponto material eletrizado é colocado em repouso
sob a ação exclusiva de um campo eletrostático uniforme (a única
força atuante no ponto material será a força eletrostática).
Podemos afirmar que o ponto material vai deslocar-se
a) de modo a diminuir sua energia potencial elétrica;
b) de modo a diminuir o potencial elétrico;
c) no mesmo sentido da linha de força do campo;
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CAPÍTULO
Eletrostática
2 CONDUTOR EM
EQUILÍBRIO ELETROSTÁTICO
O cilindro oco
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Esquematicamente, tem-se:
VA – VB = 0 ⇒ VA = VB = Vint
Fig. 2 – Campo no interior de um condutor em equilíbrio eletrostático. VC – VD = 0 ⇒ VC = VD = Vsup
FOCO NA
TELA CÔNICA DE FARADAY
Michael Faraday realizou muitas experiências comprobatórias da distribuição de cargas elétricas em
excesso na superfície externa do condutor.
A tela cônica é mais uma dessas inúmeras experiên-
cias.
Trata-se de uma tela de forma cônica, muito parecida
com uma rede de caçar borboletas, feita de linho, que é
um material que conduz relativamente bem a ele-
tricidade.
Eletrizando a rede, Faraday constatou, com o auxílio
de um corpo de prova (um eletroscópio), a presença de
cargas elétricas em sua superfície externa e não na
superfície interna.
Fig. 4 – A tela cônica de Faraday.
Puxando o barbante preso ao seu vértice, virou a tela ao avesso, sem tocá-la.
Mais uma vez foi constatada a presença de cargas na superfície externa e não na interna, como era de
se esperar, pois a tela foi virada ao avesso.
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Estando o corpo condutor eletrizado e isolado de ou- No Sistema Internacional (SI), a unidade de densida-
tros corpos, o potencial em todos os seus pontos será de superficial é:
constante e diferente de zero.
unid (Q) C
unid () = ––––––––– ⇒ unid () = –––2
4.a) Em um condutor eletrizado e em equilíbrio ele- unid (A) m
trostático, o campo elétrico, nos pontos de sua
superfície, tem direção perpendicular a ela. Convém observar que a densidade superficial depen-
de do respectivo elemento de superfície escolhido, pois a
As cargas elétricas em excesso de um condutor iso-
distribuição de cargas elétricas no condutor nem sempre
lado, em equilíbrio eletrostático, estão na sua superfície
é uniforme.
externa e aí permanecem em repouso relativo. Assim sen-
do, a força resultante sobre elas é repulsiva. Não apresenta
componente tangencial, pois as cargas estão em repouso. 5. Distribuição de
Além disso, a superfície externa do condutor é equi- cargas elétricas no condutor
potencial. Logo, o campo elétrico é perpendicular a ela. A distribuição das cargas elétricas no condutor de-
pende de seu formato geométrico. O caso mais simples é
o do condutor esférico isolado, no qual a distribuição é ri-
gorosamente uniforme (Fig. 7a). Nesse caso, a densidade
superficial é constante em toda a sua superfície.
No caso dos condutores alongados, devido à repul-
são, há uma maior concentração de cargas elétricas nas
protuberâncias. Assim, nessas regiões, a densidade su-
perficial torna-se mais elevada (Fig. 7b, 7c).
Se o corpo apresentar ainda uma forma pontiaguda
(Fig. 7d), teremos nessa ponta uma acentuada densidade
de cargas elétricas.
4. Densidade
superficial de cargas
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FOCO NO
PARA-RAIOS
descarga elétrica atmosférica. Li- O campo elétrico vai ficando ca-
gando-o à terra, a carga elétrica é da vez mais intenso, até ultra-
conduzida seguramente para o so- passar a rigidez dielétrica do ar.
lo. Uma vez atingido esse limite, o ar
se ioniza, formando um caminho
O para-raios de Franklin (Fig.
condutor até as nuvens (Fig. 11). A
10) era constituído por uma haste
partir desse momento, ocorrem as
metálica fortemente ligada à terra
descargas elétricas.
por um grosso fio de cobre. No ex-
tremo superior dessa haste, existia
uma “coroa” de três pontas
metálicas, recobertas de platina
para suportar o forte calor gerado
pela descarga elétrica (Fig. 10).
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7. Blindagem eletrostática
O campo elétrico no interior de um condutor é sem-
pre nulo, não importando se ele é oco ou maciço.
Consideremos o condutor metálico oco da figura 13.
Ele foi previamente eletrizado e já se encontra em equi-
líbrio eletrostático. No seu interior, o potencial elétrico é
constante e positivo. O campo elétrico, como sabemos, é
nulo. Ali dentro, não funcionam eletrômeros, pêndulos
elétricos, eletroscópios e outros detectores de carga elé-
trica. Fig. 14 – Blindagem eletrostática.
FOCO NA
GAIOLA DE FARADAY
Conta-se que Michael Faraday, querendo comprovar a inexistência do campo elétrico no interior dos
condutores eletrizados, mandou construir uma grande gaiola de metal, entrou nela e pediu aos seus
assistentes que a eletrizassem, ligando-a ao gerador de cargas elétricas.
Faraday havia levado para o interior da gaiola diversos detectores de cargas elétricas (eletroscópios,
pêndulos, eletrômeros etc.) e nenhum deles conseguiu detectar nenhuma manifestação elétrica.
Segundo conta a história, ele relatou no final:
“Penetrei no interior da gaiola e ali permaneci sem
nenhum dano. Vi muitos eflúvios saltarem das pontas,
mas nenhum deles me atingiu no interior da gaiola...
Nenhum dos meus aparelhos funcionou dentro da
gaiola.”
A gaiola de Faraday acabou tornando-se um
importante auxiliar dos grandes laboratórios de testes
de aparelhos elétricos, principalmente das indústrias
que fabricam para-raios.
Fig. 15 – A gaiola de Faraday; (GE) = gerador eletrostático
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Resolução
Ao adaptarmos os dois hemisférios à esfera eletrizada C, o sis-
tema A + B + C torna-se uma única esfera metálica (veja figura).
Consequentemente, a carga elétrica em excesso que ficara presa
entre os hemisférios e a esfera C, por repulsão, passa toda para a
superfície externa dessa "única" esfera metálica. Essa superfície
externa nada mais é que a superfície externa dos hemisférios.
Ao separar os hemisférios, haverá metade da carga elétrica para
Resolução cada um deles e nenhuma carga remanescente na esfera C.
As cargas elétricas em excesso do condutor estão na superfície
externa. É nulo o campo elétrico interno. Assim, não há indução
sobre a bolinha de cortiça quando ela desce internamente.
Logo: Ep = 0
→ →
Respostas: a) Ep = 0
b) VA = VB = 1000V
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Na figura abaixo, temos uma esfera condutora eletrizada em equilíbrio eletrostático. Como sabemos, suas cargas
elétricas distribuem-se uniformemente em sua superfície. Na figura 16a, a esfera está carregada positivamente e o
campo é de afastamento. Na figura 16b, a esfera está carregada negativamente e o campo é de aproximação.
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→ |Q|
| Epróx| = K0 . ––– c
R2
Como a esfera condutora está eletrizada e em equi-
líbrio eletrostático, valem as seguintes propriedades:
1.a) O campo elétrico é nulo em todos os pontos in-
ternos.
→ → Ao se passar de um ponto infinitamente próximo da
Eint = 0
esfera para um ponto da superfície, a intensidade do
campo é reduzida à metade:
2.a) O potencial elétrico é constante em todos os pon-
tos da esfera, sejam internos ou da superfície. Ela é equi-
→ 1 → 1 |Q|
potencial. | Esup| = –– . | Epróx| ⇒
2
Esup = –– . K0 . ––––
2 R2
d
Vint = Vsup = constante ⫽ 0
Quanto ao potencial na superfície, para calculá-lo,
basta substituirmos (d) por R na expressão (1)
Q
Vsup = K0 . ––– e
Pretende-se calcular o potencial elétrico e o módulo R
do vetor campo elétrico em P e, para tanto, admite-se to-
da carga elétrica da esfera concentrada no seu centro. (Válida para o referencial no infinito)
Tem-se, então, a seguinte configuração:
Observação: Como se viu, o potencial elétrico é o
mesmo em todos os pontos da esfera e, então, para se cal-
cular esse valor, usa-se a expressão (5):
Q
Vint = Vsup = Vesf ⇒ Vesf = K0 . ––– f
R
Fig. 17 – Para o cálculo do campo elétrico e do potencial externo, admite-se
toda a carga concentrada no centro da esfera.
O máximo valor do módulo do campo externo é obtido num ponto infinitamente próximo à superfície, com |Epróx|
dado pela expressão (3) anterior.
Para d = R, a intensidade do campo é reduzida à metade do valor anterior (expressão 4) e no gráfico ele é represen-
tado por um ponto isolado.
Para d < R, o campo elétrico é nulo ainda em razão da condição de equilíbrio eletrostático.
Fig. 19 – Gráfico do potencial elétrico da esfera em função da distância. Ad- Fig. 20 – Gráfico da intensidade do campo elétrico em função da distância.
mitida carga elétrica positiva.
R = 2,0m
c) Campo na superfície:
→
Sobre o módulo do campo elétrico ( E) gerado, nos pontos A
Esup = 1/2 Epróx ⇒ Esup = 4,5 . 107 N/C (centro), B (próximo da superfície externa) e C (exterior), pela
carga da esfera, é correto afirmar:
a) EA > EB > EC
10. O potencial elétrico de uma esfera, em relação ao infinito, é
b) EA = 0; EB = 0; EC ≠ 0
+4,5 . 103V. Ela está uniformemente eletrizada. O meio que a en-
volve é o vácuo e seu raio é R = 2,0m. Dado K0 = 9 . 109 Nm2/C2, c) EA = EB = EC ≠ 0
determine sua carga elétrica. d) EA = 0; EB > EC > 0
Resolução
O potencial da esfera é aquele que ela apresenta em todos os e) EA = 0; EB = EC
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12. Uma esfera imersa no vácuo tem potencial interno igual a 9000V. 16. (UFMG) – Com relação à questão anterior, as intensidades do
Seu raio é R = 0,2m. Dado: K0 = 9 . 109 unidades S.I. campo elétrico nos pontos situados a 1,0cm e a 10cm do centro
Determine sua carga elétrica. da esfera são, respectivamente:
a) zero e zero.
13. (PUCC) – Uma esfera condutora de raio 40cm está no vácuo, ele- b) 1,0 . 105 V/m e 2,7 . 105 V/m.
trizada com carga elétrica de 4,0 . 10–6C e isolada de outros cor- c) 2,7 . 105 V/m e 2,7 . 105 V/m.
pos eletrizados. Com relação ao ponto no infinito tomado como d) zero e 2,7 . 105 V/m.
referencial, o potencial elétrico de um ponto P a 30cm do centro e) 5,4 . 104 V/m e 2,7 . 105 V/m.
da esfera, em volts, vale
a) 1,2 . 105 b) 9,0 . 104 c) 1,2 . 103 17. (UNICAMP-SP) – Um material isolante passa a conduzir eletri-
d) 9,0 . 102 e) zero cidade quando submetido a campos elétricos superiores a um va-
Dado: Constante eletrostática do vácuo: k0 = 9,0 . 109N . m2/C2 lor limite conhecido como “rigidez dielétrica”. A que potencial má-
ximo se pode manter carregada uma esfera metálica de 2,0cm de
14. Uma esfera no vácuo, de raio igual a 1,0m, é carregada com 1,0 . 10–3 raio, imersa no ar? Considere a esfera bem afastada de qualquer
coulomb de carga. Seu potencial elétrico, em volts, é igual a: outro objeto e a rigidez dielétrica do ar igual a 3,0 . 106 N/C.
a) 9,0 b) 9,0 . 102 c) 9,0 . 104
d) 9,0 . 106 e) 9,0 . 108 18. (UNIFOR-CE) – Para se eletrizar a um potencial de 120V um con-
Adote K0 = 9 . 109 unidades S.I. dutor esférico de 20cm de raio e sabendo-se que a carga de um
elétron é igual a 1,6 . 10–19 C, são necessários:
15. (UFMG) – Uma esfera metálica de raio R = 0,50m é carregada a um a) 6,0 . 109 elétrons.
potencial de 300V. A esfera ficará carregada com uma carga de: b) 1,7 . 1010 elétrons.
a) 1,7 . 10–8C. b) 8,3 . 10–5C. c) 5,0 C. c) 1,1 . 108 elétrons.
d) 3,8 . 103C. e) 3,0 . 10–5C. d) 5,0 . 109 elétrons.
Adote K0 = 9 . 109 unidades S.I. e) 1,0 . 109 elétrons.
185
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Se A e B forem duas esferas condutoras de cargas Fig. 24 – As esferas interligadas atingem o equilíbrio eletrostático.
elétricas QA e QB quando ainda isoladas, teremos:
Pelo princípio da conservação da carga elétrica:
Q’A + Q’B = QA + QB a
Os potenciais se igualaram:
Q’A Q’B
V’A = V’B ⇒ K0 . –––– = K0 . –––– ⇒
RA RB
Fig. 23 – Esferas isoladas com cargas iniciais QA e QB.
Q’A RA
As esferas A e B são interligadas pelo fio de cobre e –––– = –––– b
Q’B RB
elétrons fluem de A para B (VB > VA). Estabelecido o
equilíbrio eletrostático entre elas:
A distribuição da carga elétrica nas esferas, após o
• As novas cargas elétricas passam a ser Q’A e Q’B. equilíbrio eletrostático, é diretamente proporcional
• O potencial final comum é Vf = V’A = V’B. aos seus raios.
Adote K0 = 9,0 x 109 N/C. b) Para calcular o potencial de equilíbrio, basta usar a esfera a
Ambas têm o mesmo potencial.
Q’1
V’1 = Vf = Vesf = K0 ––––
R1
(+2,0 . 10–12)
Vf = 9,0 . 109 . –––––––––––––– (SI)
(2,0 . 10–2)
Resolução
a) Ao conectarmos o fio de cobre, haverá, imediatamente, passa- Vf = 9,0 . 10–1 volt
gem de elétrons da esfera 2, negativa, para a 1, positiva, até
que se igualem os potenciais elétricos:
Respostas: a) esfera (1): Q’1 = +2,0 x 10–12C = + 2,0pC
V’1 = V’2 = Vfinal (potencial final de equilíbrio)
esfera (2): Q’2 = +3,0 x 10–12C = + 3,0pC
Q’1 R1 Q’1 2,0 b) potencial final de equilíbrio:
–––– = –––– ⇒ –––– = –––– a
Q’2 R2 Q’2 3,0
Vf = 9,0 x 10–1V
186
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20. Considere dois condutores metálicos, A e B, eletrizados, em equi- seguida é levada novamente para longe.
líbrio eletrostático, próximos um do outro e interligados por um fio a) Qual é a diferença de potencial entre as esferas A e B antes de
metálico. a esfera C tocá-las? É dado K0, constante eletrostática no vácuo.
b) Qual é a carga final da esfera C?
Assinale a opção correta: 23. (FUVEST-SP) – Dois condutores esféricos, A e B, de raios res-
a) cada um dos condutores, necessariamente, tem carga elétrica pectivos R e 2R, estão isolados e muito distantes um do outro. As
positiva; cargas das duas esferas são de mesmo sinal e a densidade su-
b) o condutor A, necessariamente, tem carga total positiva; perficial de carga da primeira é igual ao dobro da densidade de car-
c) os condutores A e B têm potenciais elétricos iguais; ga da segunda. Interligam-se as duas esferas por um fio condutor.
d) o potencial elétrico de A é maior que o de B; Diga se uma corrente elétrica se estabelece no fio e, em caso
e) podem existir linhas de força do campo elétrico no interior do afirmativo, qual o sentido da corrente. Justifique sua resposta.
condutor A.
24. (FEI-SP) – Dois condutores esféricos de raios R1 = 2,0cm e
21. (UNICAMP-SP) – Duas esferas condutoras, A e B, distantes, pos- R2 = 3,0cm, supostos isolados e solitários, estão eletrizados com
suem o mesmo raio R e estão carregadas com cargas QA = –q e potenciais respectivamente iguais a V1 = 4,10V e V2 = 2,60V.
QB = +2q, respectivamente. Uma terceira esfera condutora, C, de Ligando-se os dois condutores por um fio condutor de capacidade
mesmo raio R porém descarregada, é trazida desde longe e é desprezível, o potencial de equilíbrio será, em volts:
levada a tocar primeiramente a esfera A, depois a esfera B e em a) 3,20 b) 4,10 c) 2,60 d) 6,70 e) 1,50
10. Capacitância
eletrostática de um condutor No Sistema Internacional, a carga se mede em cou-
Consideremos um condutor carregado com carga lomb e o potencial em volt.
elétrica Q e de potencial V (Fig. a). A unidade de capacitância é o farad, definido por:
Se dobrarmos a sua carga elétrica, o seu potencial 1 coulomb
também dobrará. Se triplicarmos a carga, também tripli- 1 farad = –––––––––––
1 volt
cará o seu potencial. Genericamente, se a sua carga elé-
trica passar a ser n . Q, então o seu potencial elétrico
passará a ser n . V (Fig. b).
Q
V = K –––
R
a) Carga Q e potencial V. b) Carga n . Q e potencial n . V.
trização, não é perdido e está armazenado no condutor A área hachurada sob o gráfico é numericamente
sob a forma de energia potencial elétrica. igual à energia armazenada procurada.
Para avaliarmos a quantidade de energia potencial
eletrostática armazenada no condutor, consideremos o n b.h Q.V
gráfico do potencial em função da carga elétrica (Fig. Weᐉ = área = ––––– ⇒ Weᐉ = –––––
2 2
25). Ele é retilíneo, pois:
Q Q Q
C = ––– ⇒ V = ––– Podemos ainda escrever: C = ––– ⇒ Q = C . V
V C V
Q.V C.V.V C . V2
Weᐉ = ––––– = –––––––– ⇒ Weᐉ = ––––––
2 2 2
FOCO NO
GERADOR DE VAN DE GRAAFF
As polias E e F são cobertas gas negativas para fora do terminal
com materiais diferentes, escolhi- superior. A remoção de cargas
dos de tal maneira que, quando a negativas é equivalente à adição de
correia D entra em contato com F, cargas positivas, de modo que
ela adquire uma carga positiva, ambos os lados da correia agem no
enquanto, em contato com E, ela sentido de aumentar a carga total
adquire carga negativa. Pontas positiva do terminal A. As cargas
finas G e H são ligadas eletri- negativas são removidas da correia
camente ao condutor superior A e ao passar pela ponta aguda H e es-
à base C. coam para a terra (massa).
As cargas desenvolvidas na
correia durante o contato desta
com as polias aderem a ela e são
por ela transportadas.
O lado esquerdo da correia,
Modelo simples de um Gerador que se move para cima, leva para
de Van de Graaff. o condutor superior um fluxo
contínuo de cargas positivas. Ao
A figura é um diagrama es- passar por G, induzem uma carga
quemático de um pequeno Gera- nesse condutor; este, tendo
dor de Van de Graaff. Um con- pontas agudas, produz um campo
dutor metálico oco A, aproximada- elétrico suficientemente alto para
mente esférico, apoia-se sobre um ionizar o ar entre a ponta e a
tubo isolante B, montado sobre correia. O ar ionizado estabelece A criança encosta sua mão no Ge-
uma base metálica C que, normal- um caminho condutor, através do rador de Van de Graaff e adquire
mente, é ligada à terra. Uma qual as cargas positivas da correia um elevado potencial. A outra
correia não condutora, contínua, podem passar para o condutor A. criança, de mãos dadas com a pri-
D, circula sobre duas polias não meira, também fica sob este mesmo
condutoras, E e F. A polia F pode Saindo da polia E, a correia fica potencial. Seus cabelos ficam ar-
ser acionada manualmente ou por carregada negativamente e o lado repiados devido ao campo elétrico.
um pequeno motor elétrico. direito da correia leva, então, car-
188
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189
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II. Correto: O ar seco é isolante elétrico, o que contribui para Tendo a esfera um raio R = 90cm, o gerador um potencial de
evitar que uma fração da carga elétrica do corpo da garota se 2,0 . 106 V e usando K0 = 9,0 . 109 N . m2/C2, determine a carga
perca para o ambiente. elétrica Q da esfera pendurada.
III. Falso: Haveria, neste caso, uma pequena indução eletrostática a) 1,0 . 10–4C b) 1,0 . 10–5C
no corpo da garota, o que não seria suficiente para provocar o –5
c) 2,0 . 10 C d) 2,0 . 10–4C
mesmo efeito no cabelo como o mostrado na ilustração.
–3
e) 2,0 . 10 C
Resposta: B
Resolução
28. (MODELO ENEM) – Nos laboratórios de eletrostática, existem O potencial elétrico da esfera é dado por:
grandes geradores de cargas elétricas que podem atingir
potenciais da ordem de 106V. A figura mostra um gerador ele- Q
V = K0 ––– ⇒ R .V = K0 . Q
trostático ligado a uma esfera pendurada no teto por um fio R
isolante.
Q = 2,0 . 10–4C
Resposta: D
190
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CAPÍTULO
Eletrostática
Fig. 1 – Campo elétrico uniforme (CEU) Fig. 2 – As linhas de força são semirretas perpendiculares ao plano de cargas.
Linhas cheias = linhas de força. Elas se afastam do plano que possui cargas positivas.
Linhas pontilhadas = equipotenciais.
Teremos, portanto, em cada um dos semiespaços di-
Conforme já se definiu no Capítulo 5, o campo vididos pelo plano, um campo elétrico uniforme. Eles
elétrico uniforme é aquele que apresenta a mesma dire- têm sentidos opostos.
ção, o mesmo sentido e a mesma intensidade em todos os Por outro lado, se considerarmos um plano de cargas
seus pontos. negativas, de densidade superficial –, constante, as semir-
As linhas de força do campo elétrico uniforme são retas serão de aproximação em relação ao plano (Fig. 3b).
retas paralelas, orientadas num mesmo sentido e unifor-
memente distribuídas pela região que ocupam. As equi-
potenciais são planos perpendiculares às linhas de força
(Fig. 1).
2. Gerando um
campo elétrico uniforme
Fig. 3 – Vistos de perfil, os planos ␣ e , isolados, geram, cada um deles, dois
Consideremos uma superfície plana e "infinita" com campos elétricos opostos.
191
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→ →
tribuídas é diretamente proporcional à densidade super- Em P1, os vetores – E␣ e + E se anulam.
ficial de cargas (), tomada em valor absoluto, e inversa-
→ →
mente proporcional à permitividade absoluta (ε) do meio Em P2, os vetores + E␣ e + E não se anulam e temos:
que envolve o plano.
→ → → || || →
|| | Eres| = | E␣| + | E| = –––– + –––– ⇒ | Eres| = ––
E = ––– 2ε 2ε ε
2ε
→ →
Em P3, os vetores + E␣ e – E se anulam.
Assim, concluímos que somente há formação de um
campo elétrico uniforme entre os planos ␣ e  de cargas
Consideremos duas superfícies planas, ␣ e , parale- opostas (Fig. 6).
las entre si (Fig. 4). A primeira delas (␣) possui uma dis-
tribuição uniforme de cargas elétricas positivas de densi-
dade superficial +. Por outro lado, a segunda, , possui
uma distribuição de cargas negativas de densidade –.
Para se determinar o campo elétrico resultante em 1.a) A permitividade absoluta ε, que aparece nas
cada uma das três regiões do espaço dividido por ␣ e , equações do campo elétrico, é uma constante característi-
temos de lembrar que cada um dos planos gera, indepen- ca dos meios isolantes. No vácuo, o seu valor é
dentemente, um campo de intensidade: ε0 = 8,85 x 10–12 unidades.
||
E = ––– Vale, ainda:
2ε 1
K0 = ––––– = 9,0 x 109 unidades SI
O campo elétrico é uma grandeza vetorial e poderá 4ε0
→
ser estudado, ponto a ponto, pelo vetor campo elétrico E.
2.a) Define-se permitividade relativa do meio
Na figura 5, estão representados, em pontos das três re-
giões, os respectivos vetores. isolante (εr) pela equação:
ε
εr = –––
ε0
192
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3. O capacitor plano
Na prática, os planos ␣ e  podem ser substituídos por
duas placas planas metálicas, paralelas e eletrizadas com
cargas opostas. Quanto mais perto ficarem uma da outra,
mais o campo elétrico formado entre elas se aproximará de
um campo elétrico uniforme. Entre elas, o dielétrico (iso-
lante) usado pode ser o próprio ar ou então uma substância
rígida, como cortiça, madeira, papel, isopor etc. O con-
junto é denominado capacitor plano.
4. Variação do potencial
Fig. 8 – As linhas pontilhadas são equipotenciais: VA – VB = U
no campo elétrico uniforme VB – VC = U
Fig. 7 – As linhas cheias são linhas de força. Por outro lado, a força elétrica em q permanece
As pontilhadas A, B e C são equipotenciais. Caminhando-se constante no percurso de A até B e podemos escrever:
sobre a linha de força a, encontraremos potenciais decrescentes.
AB = F . d b
5. Relação entre a Sabemos ainda que:
intensidade do campo e a d.d.p.
F=q.E c
A variação do potencial ao longo de uma linha de
força não poderia ser aleatória. Ela obedece a uma lei mui- Igualando a e b e substituindo a c, vem:
to simples, relacionada com as distâncias entre os pontos
de uma mesma linha ou entre duas equipotenciais. F.d=q.U ⇒ q.E.d=q.U ⇒ E.d=U
Na figura 8, seja E a intensidade do campo elétrico
uniforme e seja d a distância entre duas equipotenciais
consecutivas. Seja ainda U a d.d.p. entre estas duas equi- 6. Gráfico do potencial no CEU
potenciais. Vale a equação:
Consideremos mais uma vez um campo elétrico uni-
forme (CEU) e tracemos dois eixos, x e y, para estudarmos
E.d=U o comportamento gráfico do potencial elétrico (Fig. 10).
193
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V P = V0 – E . x (1.o grau em x)
Fig. 10.
d = 7,0m
Determine a intensidade do campo elétrico em unidades SI.
Resolução Resposta: 7,0m
Tomando-se os dois primeiros pontos:
U = 12V – 4,0V = 8,0V 3. (MODELO ENEM) – Pesquisas mostram que mais de 90% dos
raios que atingem o solo são cargas negativas que partem de
d = 20cm = 0,20m
nuvens, conforme a figura abaixo.
U 8,0V
E . d = U ⇒ E = ––– ⇒ E = –––––––
d 0,20m
V
Resposta: E = 40 –––
m
194
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Resolução
Como o campo elétrico é conservativo, o trabalho não depende da
trajetória, sendo igual nos dois casos, pois a carga é sempre
levada de A para B.
Calculemos então AC e CB:
––
AC = q (VA – VC) = q . E . d = q . E . AC
AC = +2,0 . 10–6 . 3,0 . 0,40J →
Vamos decompor a tração T segundo as direções vertical e ho-
AC = 2,4 . 10–6J rizontal.
Então Tx = Ty
195
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⌬C = C – C0
ε0A ε0A
⌬C = ––––– – –––––
d d0
1 1
⌬C = ε0A ––– – –––
d d0
1 1
0,2 . 10–12 = 9 . 10–12 . 40 . 10–6 ––– – –––––––––
Quando se aciona a tecla, diminui a distância entre as placas e a d 0,7 . 10–3
capacitância aumenta. Um circuito elétrico detecta a variação da
d 0,5 . 10–3m ⇒ d = 0,5mm
capacitância, indicativa do movimento da tecla. Considere então
um dado teclado, cujas placas metálicas têm 40mm2 de área e O deslocamento da tecla será dado por:
0,7mm de distância inicial entre si. Considere ainda que a
⌬d = (0,7 – 0,5)mm
permissividade do ar seja ε0 = 9 . 10–12 F/m. Se o circuito
eletrônico é capaz de detectar uma variação da capacitância a ⌬d = 0,2mm
partir de 0,2 pF, então, qualquer tecla deve ser deslocada de pelo
menos Resposta: B
→ V
Sendo o potencial elétrico do ponto B igual a zero e |E| = 10 ––– ,
m
196
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b) –1,6 x 10–19C ↓
c) –1,6 x 10–17C ↑
d) 1,6 x 10–17C ↓
197
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a) inverter o sentido do campo elétrico e conservar as intensi- a) o módulo da aceleração da partícula alfa;
dades E e B. b) o valor da velocidade da partícula alfa ao atingir a placa nega-
b) inverter o sentido do campo magnético e conservar as intensi- tiva.
dades E e B.
c) conservar os sentidos dos campos e mudar suas intensidades 19. (UFU) – Considere as informações a seguir.
para 2 E e 4 B. Uma partícula de massa m e carga positiva q está fixa entre duas
d) conservar os sentidos dos campos e mudar suas intensidades placas de um capacitor de placas paralelas, que produz um campo
para 4 E e 2 B. elétrico uniforme de módulo E, como ilustra a figura ao lado.
e) conservar os sentidos dos campos bem como suas respec- Quando essa partícula é solta, desde uma altura H, em um local
tivas intensidades. onde a gravidade é g, ela cairá de forma a passar por um buraco,
existente em uma placa isolante, que está a uma distância
17. (FUVEST) – Um feixe de elétrons, todos com mesma velocidade, horizontal D da posição inicial da partícula.
penetra em uma região do espaço onde há um campo elétrico Com base nessas informações, faça o que se pede.
uniforme entre duas placas condutoras, planas e paralelas, uma a) Calcule o módulo da aceleração total da partícula em função de
delas carregada positivamente e a outra, negativamente. Durante E, m, q e g.
todo o percurso, na região entre as placas, os elétrons têm b) Determine o valor de D em função de E, H, m, q e g.
trajetória retilínea, perpendicular ao campo elétrico. Ignorando
efeitos gravitacionais, esse movimento é possível se entre as
placas houver, além do campo elétrico, também um campo
magnético, com intensidade adequada e
a) perpendicular ao campo elétrico e à trajetória dos elétrons.
b) paralelo e de sentido oposto ao do campo elétrico.
c) paralelo e de mesmo sentido que o do campo elétrico.
d) paralelo e de sentido oposto ao da velocidade dos elétrons.
e) paralelo e de mesmo sentido que o da velocidade dos elétrons.
198
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20. Uma partícula eletrizada é deslocada por um operador, partindo do b) Cálculo do trabalho resultante (AB):
repouso em A e atingindo o ponto B com velocidade escalar
VB = 3,0 . 103m/s. São dados: carga da partícula q = 4,5C e AB = total = ⌬Ecin (TEC)
massa da partícula m = 2,0 . 10–12kg. m . V2 m . V2
AB = EcinB – EcinA = B
–––––––– A
– ––––––––
2 2
Temos:
VA = 0
m = 2,0 x 10–12 kg
VB = 3,0 x 103 m/s
(2,0 x 10–12) . (3,0 x 103)2
AB = –––––––––––––––––––––––– – 0 (J) ⇒ AB = 9,0 x 10–6J
2
a) Determinar o trabalho do campo elétrico desde A até B.
b) Determinar o trabalho resultante e o do operador no
deslocamento AB. Trabalho do operador (oper):
Resolução
AB = campo + oper
a) Cálculo do trabalho do campo elétrico (campo):
9,0 x 10–6 = 9,0 x 10–6 + oper ⇒ oper = 0
campo = q . (VA – VB) ⇒ campo = 4,5 x 10–6 x (20 – 18) (joules)
Respostas: a) campo = 9,0 . 10–6J
campo = 9,0 x 10–6J
b) AB = 9,0 x 10–6J ; oper = 0
21. (PUC-SP) – Um elétron é colocado em Em uma certa experiência, elétrons livres saem do repouso da
repouso entre duas placas metálicas planas placa A e dirigem-se à placa B, sob a ação exclusiva do campo
e paralelas, entre as quais é aplicada uma elétrico uniforme, de intensidade E.
diferença de potencial de 20V (ver figura). Se um elétron atinge a placa B com velocidade de 2,56 . 106 m/s,
Qual a energia cinética que o elétron ao passar pelo ponto P, sua velocidade era de:
adquire quando atinge a placa de maior a) 1,0 . 106 m/s b) 1,4 . 106 m/s c) 1,6 . 106 m/s
potencial? 6
d) 1,8 . 10 m/s 6
e) 2,0 . 10 m/s
A carga do elétron vale, em módulo, 1,6 . 10–19C. 24. (PUC-RJ) – Uma partícula de massa 1,0 x 10–4kg e carga
a) 6,4 . 10–18J b) 0 (zero) c) 0,8 . 10–18J –1,0 x 10–6C é lançada na direção de um campo elétrico uniforme
de intensidade 1,0 x 105V/m. A velocidade mínima de lançamento
d) 1,6 . 10–18J e) 3,2 . 10–18J
para que ela percorra 20cm a partir da posição de lançamento, no
sentido do campo, é de:
22. (AMAN) – Uma pequena esfera condutora está com 10C e tem
a) 14m/s b) 20m/s c) 26m/s
massa igual a 4,0g. Quando a esfera passa de um ponto de poten-
d) 32m/s e) 38m/s
cial +1200V, onde estava em repouso, para outro de –2000V, ad-
quire uma velocidade de:
25. (ITA-SP) – Seja o dispositivo esquematizado na figura:
a) 6,0m/s b) 8,0m/s c) 4,0m/s d) 16m/s e) 2,0m/s
199
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e) os elétrons chegam a B com uma energia diferente da ante-
massa x comprimento do pêndulo
rior. T = 2π ––––––––––––––––––––––––––––––––
Fe
26. (FUVEST) – Um certo relógio de pêndulo consiste em uma pe-
quena bola, de massa M = 0,1 kg, que oscila presa a um fio. O em que Fe é a força vertical efetiva que age sobre a massa,
intervalo de tempo que a bolinha leva para, partindo da posição A, sem considerar a tensão do fio.
retornar a essa mesma posição é seu período T0, que é igual a 2s. g = 10m/s2
Neste relógio, o ponteiro dos minutos completa uma volta (1 hora)
a cada 1800 oscilações completas do pêndulo.
24) B 25) C
d) 26) a) 4N
b) 1/2
c) 6h da tarde
27) C
200
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CAPÍTULO
Eletrostática
4 CAPACITORES
Fig. 1.
Vamos imergir nesse campo o corpo neutro B (ver fi-
Fig. 2.
gura 2). Ele sofrerá indução, isto é, suas cargas irão se-
parar-se e teremos, do lado esquerdo (–q) e do lado di-
reito (+q). Isso se justifica, porque do lado esquerdo
temos um potencial máximo (V2) e do lado direito temos
um potencial mínimo (V3) e, consequentemente, as
cargas negativas procurarão pontos de maior potencial.
No entanto, uma vez terminada a indução, observe-
mos que o potencial do indutor (A) deverá diminuir, pois
sofrerá a influência das cargas negativas (–q) do lado
esquerdo do induzido (ver figura 2). Como cessou o mo-
vimento das cargas internas do condutor (B), não po-
demos ter uma d.d.p. entre o lado esquerdo e o lado direi-
to dele. Assim, o potencial nessa região adquire um valor
constante e igual a V4. Fig. 3.
201
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FOCO EM
CONDENSAÇÃO DA CARGA ELÉTRICA
Quando um condutor qualquer está isolado e Se a indução for total, o fenômeno se acentua-
em equilíbrio eletrostático, a sua capacitância C tem rá. Tem-se uma nova carga Q" em A, tal que:
um determinado valor que depende apenas da sua
Q" > Q' > Q ⇒ C" > C' > C
geometria e do meio isolante que o envolve. Se for
eletrizado até um potencial V, adquirirá uma carga:
Q=C.V
O mesmo condutor é colocado em presença de
um segundo condutor ligado à Terra (Fig. 7).
Verifica-se que, se ele for eletrizado ao mesmo Fig. 7 – Em presença de B, ligado à Terra, o condutor
potencial V (anterior), adquirirá uma carga Q' > Q. A ligado ao gerador adquire maior carga elétrica do
Podemos então escrever: que se estivesse isolado.
Q' = C' . V A condensação de cargas é justificada pelo fato
de que a presença de um corpo induzido, com
Como a carga Q' > Q, concluímos que a nova
cargas elétricas de sinais contrários, produz um
capacitância é maior que a anterior.
"abaixamento" no nível de potencial elétrico do
O fenômeno do aumento da capacitância indutor. Com isso, ele perde elétrons e aumenta a
chama-se condensação de cargas. carga indutora.
202
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Resolução
Estando o condutor A no interior de B, todas as suas linhas de
forças "furarão" a esfera B. A indução será total e as cargas indu-
zidas em B serão, respectivamente, –8,0pC e +8,0pC nas super-
fícies interna e externa.
2. (PUC-SP) – Dois condutores, A e B, são esféricos e concêntricos. a) aumenta à medida que a carga +q se aproxima da placa nega-
O condutor A é maciço e tem raio 2,0cm e carga 5,0C; o con- tiva.
dutor B, ligado à Terra, tem raio interno 4,0cm e raio externo b) é inversamente proporcional à distância de +q à placa ne-
5,0cm. Um condutor C, inicialmente neutro, é aproximado do gativa.
condutor B, sem tocá-lo. Nestas condições, podemos afirmar que, c) é inversamente proporcional à distância de +q à placa positiva.
após a aproximação do condutor C, d) é nula, qualquer que seja a posição de +q entre as placas.
e) tem o mesmo valor, qualquer que seja a posição de +q entre
as placas.
→
O campo elétrico E, entre duas placas carregadas com cargas
iguais, mas de sinais contrários, é uniforme.
A respeito da intensidade da força elétrica que atua sobre uma
carga +q, colocada entre as referidas placas, pode-se afirmar que
203
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Sabe-se que o condutor oco estava inicialmente neutro, antes de o outro ser introduzido no interior dele.
Podemos afirmar que
a) não há campo elétrico dentro da cavidade.
b) as linhas de força dentro da cavidade são retas radiais em relação à esfera, como na figura.
c) a carga na superfície interna do condutor oco é –Q e as linhas de força são perpendiculares a essa superfície e à superfície esférica interna
do outro condutor.
d) a carga na superfície interna do condutor oco é –Q e as linhas de força tangenciam essa superfície e a superfície do outro condutor interno.
e) não haverá diferença de potencial entre os dois condutores se a carga total do condutor oco também for igual a Q.
3. Capacitores ou condensadores
Capacitores ou condensadores são dispositivos elé-
tricos capazes de realizar a condensação de cargas elé-
tricas.
204
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5. Energia
Fig. 11 – Símbolo de um capacitor. armazenada no capacitor
Para se avaliar a energia armazenada no capacitor,
constrói-se o gráfico da carga elétrica em função da
Como vimos, nos capacitores ocorre indução total. d.d.p.
As armaduras ficam carregadas com cargas elétricas De Q = C . U, conclui-se que se trata de uma função
(+Q) e (–Q). Por definição, a carga do capacitor é: linear, pois C é constante.
|+Q| = |–Q| = Q
205
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7. Circuito RC série
Considere o circuito da figura 16, no qual se tem um
gerador ideal G (que fornece uma tensão constante U),
um capacitor de capacitância C, um resistor de resis-
tência R e um amperímetro ideal A .
U=R.i
Fechando-se a chave Ch, o amperímetro indicará
uma corrente elétrica de intensidade decrescente com o
Como o capacitor está ligado aos pontos A e B, entre tempo. O intervalo de duração dela é muito curto e de-
seus terminais a d.d.p. também é igual a U. Embora não pende dos valores do resistor e do capacitor. Ela é de-
passe a corrente elétrica contínua, ele se carrega. nominada “corrente transitória”.
Quando o amperímetro indicar zero, significa que
A sua carga elétrica vale: cessou a corrente transitória.
Justifica-se a sua existência pelo fluxo de elétrons,
no sentido anti-horário, que deixa a armadura superior de
Q=C.U
C, atravessa o resistor R, o gerador G, o amperímetro A
e chega à armadura inferior de C (Fig. 17).
Fig. 17.
Fig. 15.
206
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i = 2,0A
Resolução
a) Na figura (1), temos: U1 = 12V e Q1 = 4,8C = 4,8 . 10–6C A d.d.p. entre A e B é dada por U = R1 . i ⇒ U = 3,0 x 2,0 (V)
Q1 10–6
4,8 .
Então: C = ––– ⇒ C = –––––––––– (F) U = 6,0V
U1 12
c) O capacitor não é percorrido por corrente elétrica, mas se
polariza e fica sob a mesma d.d.p. de R1, pois ambos estão em
C = 4,0 . 10–7F ⇒ C = 0,40F paralelo.
Q2 = 24 . 10–7C ⇒ Q2 = 2,4C
Q = 12 . 10–6C ou Q = 12C
207
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III. Verdadeira
A capacitância é uma propriedade das características geomé-
tricas e do isolante (dielétrico) usado. Portanto, não depende
da carga. II. Verdadeira
IV. Verdadeira O sentido do campo elétrico é da placa positiva para a placa
Pelo mesmo motivo anterior, a capacitância independe do negativa, ou seja, de A para B.
potencial.
Resposta: A
IV. Verdadeira
A aceleração é na direção y, mesma direção do campo.
Como o campo é constante, a aceleração também é
constante.
Resposta: C
12. Determine a carga do capacitor e a energia eletrostática nele ar- 13. (PUC-SP) – A carga no capacitor do circuito abaixo vale:
mazenada. a) 10C b) 20C c) 30C d) 40C e) 50C
208
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a) i = 0 ; VC = 0
ε
A resistência interna do gerador vale: b) i = ––– ; VC = ε
a) 5,0⍀ b) 4,0⍀ c) 3,0⍀ d) 2,0⍀ e) 1,0⍀. R1
16. (UnB-DF) – Um amperímetro é introduzido no ramo do circuito a c) i = ε/(R1 + R2) ; VC = ε R2/(R1 + R2)
seguir, contendo o capacitor C. Estando o sistema em regime d) i = ε/(R1 + R2) ; VC = ε
estacionário, ache o valor da corrente indicada pelo amperímetro,
considerando: ε = 5,0V, R1 = 2,0⍀, R2 = 4,0⍀, R3 = 6,0⍀ e R1ε
C = 2F. e) i = ε/R2 ; VC = ––––
R2
8. Capacitor plano
Como já vimos na sua descrição, o capacitor plano é
um dispositivo constituído de duas placas planas metáli- Se ligarmos o capacitor a um gerador de corrente
cas, em paralelo. Entre elas, existe um isolante (dielétri- contínua, cuja d.d.p. (fem) seja U, suas placas se ele-
co) (Fig. 18). trizam com cargas elétricas opostas +Q e –Q. Entre as ar-
O material do isolante pode ser cortiça, papel, isopor, maduras, a d.d.p. é a mesma do gerador e estabelece-se no
ar, vácuo etc. dielétrico um campo elétrico uniforme. Desprezaremos
os efeitos de borda (Fig. 19).
Sejam as seguintes medidas do capacitor plano:
d = distância entre as placas.
A = área de cada placa.
ε = permitividade absoluta do dielétrico.
209
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Observação:
Por definição, a capacitância de qualquer tipo de ca- • Se o meio isolante for o vácuo, a capacitância C0
pacitor vale: fica:
Q ε0 . A
C = –– d C0 = –––––
U d
Q
C = ––– ⇒ Q = C U
U
Sendo:
C 1,8 . 10–10F
Resolução
a) A capacitância do condensador plano é dada por: U = 1,0 . 103V, temos
ε0 . A Q 1,8 . 10–10 . 1,0 . 103 (coulomb)
C = –––––– Q 1,8 . 10–7C
d
210
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19. (UNISA-SP) – Um capacitor plano de capacitância C e cujas 24. (FUVEST-SP) – Um capacitor é feito de duas placas condutoras,
placas estão separadas pela distância d encontra-se no vácuo. planas e paralelas, separadas pela distância de 0,50mm e com ar
Uma das placas apresenta o potencial V e a outra –V. entre elas. A diferença de potencial entre as placas é de 200V.
A carga elétrica armazenada pelo capacitor vale: a) Substituindo-se o ar contido entre as placas por uma placa de
a) CV b) 2CV c) V . d d) 2V/d e) CV/d vidro, de constante dielétrica 5 vezes maior do que a do ar, e
permanecendo constante a carga das placas, qual será a
20. Para um capacitor plano, a capacidade eletrostática C e a energia diferença de potencial nessa nova situação?
eletrostática armazenada E são dadas por: b) Sabendo-se que o máximo campo elétrico que pode existir no
Aε QU ar seco sem produzir descarga é de 0,80 x 106 volt/metro,
C = –––– e E = –––– determine a diferença de potencial máxima que o capacitor
e 2
pode suportar, quando há ar seco entre as placas.
em que:
A = área das placas. 25. (PUCC) – O campo elétrico entre as armaduras de um capacitor
ε = constante dielétrica do meio entre as placas. plano eletrizado é uniforme.
e = distância entre as placas. Um capacitor plano a vácuo, cuja distância entre as suas arma-
Q = módulo da carga armazenada em cada placa. duras é de 5,0cm, tem capacitância de 4,0 . 10 –10F e está carre-
U = tensão elétrica entre as placas. gado com carga de 6,0µC. O campo elétrico entre as armaduras
O capacitor está carregado e desligado de qualquer gerador. Se desse capacitor, suposto constante, tem intensidade, em V/m, de
aumentarmos a distância e entre as placas, a) 1,0 . 105 b) 2,0 . 105 c) 3,0 . 105
a) C e E vão aumentar. d) 4,0 . 105 e) 5,0 . 105
b) C diminui e E aumenta.
c) C diminui e E permanece constante. 26. (UFPA) – Constroem-se dois capacitores idênticos (A e C). Em um
d) C e E vão diminuir. deles, é introduzido um dielétrico (A) enquanto o outro (C) contém
e) C e E permanecem constantes. ar à pressão normal. Uma bateria B carrega os dois capa ci to res
até a mesma diferença de potencial.
21. Um capacitor plano cujo dielétrico é o ar está em equilíbrio ele-
trostático com um gerador de tensão constante U.
211
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Em relação às cargas e às capacidades dos capacitores A e B, 28. (UNICAMP) – Um raio entre uma nuvem e o solo ocorre devido
podemos afirmar que: ao acúmulo de carga elétrica na base da nuvem, induzindo uma
CA = capacidade do capacitor A. carga de sinal contrário na região do solo abaixo da nuvem. A base
CB = capacidade do capacitor B. da nuvem está a uma altura de 2 km e sua área é de 200 km2.
Considere uma área idêntica no solo abaixo da nuvem. A descarga
QA = carga do capacitor A.
elétrica de um único raio ocorre em 10–3s e apresenta uma
QB = carga do capacitor B.
corrente de 50 kA. Considerando ε0 = 9 x 10–12 F/m, responda:
a) Se EA = EB, conclui-se que QA = QB
b) Se EA = EB, conclui-se que CA = CB a) Qual é a carga armazenada na base da nuvem no instante
anterior ao raio?
c) Se EA > EB, conclui-se que QA = QB
b) Qual é a capacitância do sistema nuvem-solo nesse instante?
d) Se EA = EB, conclui-se que QA < QB c) Qual é a diferença de potencial entre a nuvem e o solo
e) Se EA < EB, conclui-se que QA > QB imediatamente antes do raio?
212
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Q
U1 = ––––
C1
Q
U2 = ––––
C2
.
.
. Q
Un = ––––
Cn
Sendo Cs a capacitância do condensador equivalente,
vem:
Q Q Q
Cs = –––––––– = –––– ⬖ U = ––––
VA – VB U Cs
A tensão total U suportada pela associação é a soma
das tensões individuais de cada condensador. Substituindo-se U, U1, U2, . . . Un em (1), resulta:
U = U1 + U2 + U3 + . . . Un a
1 1 1 1
––– = ––– + ––– + . . . + –––
Cs C1 C2 Cn
Para cada condensador, temos:
Exemplo:
29. Determine a capacitância equivalente da associação, vista pelos Observemos que uma expressão análoga foi obtida para dois re-
terminais A e B: sistores em paralelo.
Resolução
Como eles estão em série, sua capacitância é dada por:
1 1 1 1 C2 + C1
–––– = –––– + –––– ⇒ –––– = –––––––––
Ceq C1 C2 Ceq C1 . C2
C1 . C2
Invertendo, temos: Ceq = –––––––––– (Resposta)
C1 + C2
213
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Resolução Q = C . U, em que:
Como C1 e C2 estão em série, podemos escrever que sua capa- Q é a carga elétrica
citância série (Cs) equivalente é: C é a capacitância
U é tensão ou ddp nos terminais
C1 . C2 6 . 12 Após a leitura dos dois gráficos de potencial e da análise do
Cs = ––––––– ⇒ Cs = ––––––– (F)
C1 + C2 6 + 12 circuito elétrico, podemos afirmar que
I. os capacitores 1, 2 e 3 estão em série e, consequentemente,
Cs = 4,0F têm uma mesma carga elétrica Q;
II. a tensão (ddp) nos terminais A e B vale 12V e no capacitor 3,
Temos, então, o seguinte circuito equivalente: vale 5V;
III. a carga elétrica comum aos três capacitores em série é
Q = 4µC;
IV. a capacitância do capacitor 2 é C2 = 0,8µF.
Estão corretas:
a) todas as quatro afirmativas
b) apenas as afirmativas I e III
c) apenas as afirmativas I e II
d) apenas as afirmativas I, II e III
e) apenas as afirmativas II, III e IV
Resolução
Logo, a capacitância equivalente é: I. Correta
IV. Correta
Q = C2 . U2
Q 4µC
C2 = –––– ⇒ C2 = –––– ⇒ C2 = 0,8 µF
U2 5V
Adote, para o capacitor: Resposta: A
a)
214
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37. (ITA-SP) – Qual dos pares de circuitos a seguir tem a mesma ca-
pacitância entre os pontos extremos?
Q = 80C
215
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Weᐉ 15,5pJ
42. (UNISA-SP) – Dois capacitores são ligados em série, estando am- 44. (MACKENZIE) – Dois capacitores, de capacidades C1 = 3 nF e
bos inicialmente descarregados. A associação é conectada aos C2 = 2 nF, são associados em série e o conjunto é submetido à
terminais de um gerador ideal de 40V, como mostra a figura. d.d.p. de 5 V. A carga elétrica armazenada por essa associação é:
a) 2,4 10–10 C b) 6,0 10–10 C c) 3,0 10–10 C
d) 6,0 10–9 C e) 12 10–9 C
216
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49. (ITA-SP) – Considere o circuito abaixo, no qual CA = 0,20F e 52. (FEI-SP) – Dois capacitores, C1 = 6,0F e C2 = 16F, estão
CB = 0,10F. Então: ligados em série. O conjunto é submetido à tensão de 220V.
a) a carga do capacitor CA é 6,0C. Determinar
b) a carga total nos dois capacitores é 6,0C. a) a d.d.p. em C1;
c) a carga em CA é nula. b) a energia armazenada em C2.
d) a carga em CA é 9,0C.
e) n.d.a. 53. (ENG. ITAJUBÁ-MG) – Calcular a energia armazenada na asso-
ciação de capacitores indicada na figura a seguir.
Sabe-se que:
VAB = 100V
C1 = 2,5F; C2 = 7,0F; C3 = 3,0F
217
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2) D 3) E 4) A 5) E 6) C 38) 39) D
12) 24C 13) C 14) Q = 28C
7,2 x 10–5 J
15) E 16) zero 17) C 19) B 20) B
21) A ddp se mantém constante. A capacitância cai pela metade.
A carga cai pela metade. O campo cai pela metade.
22) B 23) D 24) a) 40V 25) C 26) B
42) C 43) a) 17F
b) 400V
b) 136C
27) D 28) a) 50C 32) a) 4,0F
44) D 45) B 46) D
b) 9 . 10–7F b) 4,0F 47) Q1 = 500C; Q2 = 250C; Q3 = 125C; Q4 = Q5 = 62,5C.
c) 5,6 . 107V c) 4,0F 48) U = 25V 49) A 50) 16µC 51) C
33) 6,0F 34) (C/2); (C/3) 35) 3,0F 52) a) 160V 53) C 54) B
36) C 37) C b) 2,9.10–2J
218
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CAPÍTULO
Ondas
1 OSCILAÇÕES
= t + 0
Substituindo, obtém-se:
220
P4_Livro3Ondas_Alelex_219a266 07/08/12 09:10 Página 221
dV
Tem-se que: = –––
dt
Com V = –a sen (t + 0), obtém-se:
Vimos que:
Aceleração Escalar: = –a 2 cos (t + 0)
Elongação: x = a cos (t + 0)
Dividindo membro a membro, obtém-se:
= –2 x
221
P4_Livro3Ondas_Alelex_219a266 07/08/12 09:10 Página 222
Num M.H.S., a velocidade escalar encontra-se em Na figura, uma bolinha realiza M.C.U. e sua sombra é projetada numa fita que
sobe com velocidade constante. Supondo que as posições da sombra da bolinha
quadratura de fase adiantada em relação à elonga-
fiquem registradas na fita, observaremos nesta um gráfico senoidal, que
ção. traduz a variação da elongação do M.H.S. da sombra em função do tempo.
222
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T = 4s
x = 2 cos
( ––– t + –––
2 2 ) (SI)
223
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t (s) (rad)
0 π/10
3/8 0
3/4 – π/10
9/8 0
6/4 π/10
Gráfico:
Resolução
A peça gira com velocidade angular igual a π rad/s.
Assim:
= π rad/s
1
2π fp = π ⇒ fp = –– Hz
2
Resposta: A
Como para cada volta da peça a haste realiza 3 oscilações com-
pletas (MHS), temos:
4. (FUVEST-MODELO ENEM) – Uma peça, com a forma indicada, 1
gira em torno de um eixo horizontal P, com velocidade angular fMHS = 3 . fp = 3 . –– Hz
2
constante e igual a π rad/s. Uma mola mantém uma haste apoiada
sobre a peça, podendo a haste mover-se apenas na vertical. A
forma da peça é tal que, enquanto ela gira, a extremidade da haste fMHS = 1,5Hz
sobe e desce, descrevendo, com o passar do tempo, um
movimento harmônico simples como indicado no gráfico. Resposta: B
224
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10. A lei horária do movimento de uma partícula que oscila num eixo
Ox é:
( 3
)
x = 3 cos t + ––– ... (SI)
2
em que x é a elongação e t, o tempo.
Pede-se obter
A sombra desta vela, projetada na parede, devido à incidência de
a) a amplitude, a pulsação, a frequência e a fase inicial do movi-
um feixe de luz paralelo, apresenta uma velocidade
mento;
a) constante, aproximadamente igual a 0,52m/s.
b) a expressão da velocidade escalar da partícula em função do
b) constante, aproximadamente igual a 1,03m/s.
tempo;
c) constante, aproximadamente igual a 5,2m/s.
c) a expressão da aceleração escalar da partícula em função do
d) máxima, aproximadamente igual a 0,52m/s.
tempo.
e) máxima, aproximadamente igual a 1,03m/s.
11. (UNIFESP) – Um estudante faz o estudo experimental de um mo-
14. No esquema a seguir, a esfera realiza movimento harmônico sim-
vimento harmônico simples (MHS) com um cronômetro e um
ples limitado pelos pontos A e A’.
pêndulo simples como o da figura, adotando o referencial nela
representado.
225
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19. Um partícula descreve movimento harmônico simples de período A figura anterior representa um trecho AB do traço, bem como as
4,0s e amplitude 10cm. O módulo de sua velocidade ao passar posições de alguns de seus pontos e os respectivos instantes.
por um ponto da trajetória, cuja elongação é 6,0 cm, vale: Pedem-se:
a) 64 cm/s b) 32 cm/s c) 16 cm/s a) a velocidade de deslocamento da folha;
d) 8,0 cm/s e) 4,0 cm/s b) a razão das frequências do movimento de vai-e-vem da caneta
entre os instantes 0 a 6 e 6 a 12 s.
20. Uma partícula oscila em M.H.S. de modo que sua velocidade es-
calar varia em função da elongação, conforme o gráfico abaixo. 24. O gráfico abaixo refere-se ao M.H.S. de uma partícula em um eixo
Ox.
Pede-se:
a) determinar a função horária x = f(t);
Pede-se comparar b) traçar os gráficos da velocidade escalar e da aceleração escalar
a) as amplitudes dos dois M.H.S.; da partícula em função do tempo.
b) os períodos e as frequências.
27. Dado o gráfico da elongação (x) de uma partícula em M.H.S. em
23. (FUVEST) – Enquanto uma folha de papel é puxada com veloci- função do tempo (t), pede-se:
dade constante sobre uma mesa, uma caneta executa movi-
mento de vai-e-vem, perpendicularmente à direção de desloca-
mento do papel, deixando registrado na folha um traço em forma
de senoide.
226
P4_Livro3Ondas_Alelex_219a266 07/08/12 09:10 Página 227
c) Energia Mecânica
Em = Ep + Ec
K a2 K x2
Ec = Em – Ep = ––––– – –––––
2 2
K
Ec = ––– (a2 – x2)
2
K a2
Em = constante = –––––
2
a) Energia Potencial
A energia potencial é do tipo elástica, sendo dada
por:
K x2
Ep = –––––
2
T = 2 –––
g
Lei do Isocronismo
O período de oscilação de um pêndulo simples in-
depende da massa pendular.
a) Associação em Série
1 1 1 1
–––– = ––– + ––– + ... + –––
Keq K1 K2 Kn
b) Associação em Paralelo
Num relógio de pêndulo, as oscilações do pêndulo
têm pequena amplitude angular e, por isso, o movi- Keq = K1 + K2 + ... + Kn
mento é praticamente harmônico simples.
29. O corpo do esquema abaixo tem massa de 1,0kg e é puxado a Sabendo-se que a mola tem constante de elasticidade:
40cm de sua posição de equilíbrio. Abandonando-se o corpo, ele K = 2,0 . 103 N/m,
oscila em condições ideais, realizando M.H.S. pede-se calcular
a) as energias cinética e potencial elástica no instante em que o
corpo é abandonado;
b) a energia total do sistema;
c) a amplitude do M.H.S.
Resolução
a) Como o corpo foi abandonado a 40cm da posição de equilíbrio
com velocidade nula, esta posição de abandono corresponde
a um ponto de inversão no sentido do M.H.S. que ele realiza.
229
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Assim, a amplitude do movimento fica determinada: b) A energia total é a mesma em qualquer instante e é igual à
a = 40 cm soma da energia cinética com a energia potencial; logo:
Como na posição de abandono a velocidade é nula, a energia Em = Ec + Ep = 2,0 . 102 + 1,6 . 102 (J)
cinética também o é. A energia potencial, nessa posição, é
máxima e vale: Em = 3,6 . 102J
Ka2
Ep = –––– c) Sabe-se que:
2
2,0 . 103 (0,40)2 K(a2 – x2)
Ep = ––––––––––––––– (J) ⇒ Ep = 1,6 . 102J Ec = –––––––––
2 2
b) A energia total é constante no movimento e vale: Tem-se que, para x = 0,40m, Ec = 2,0 . 102J. Assim, segue-se
que:
Ka2
Em = –––– ⇒ Em = 1,6 . 102J
2 2,0 . 103 (a2 – 0,16)
2,0 . 102 = ––––––––––––––––––– a = 0,60m = 60cm
c) A amplitude, já vista, vale 40 cm. 2
Respostas: a) No instante em que o corpo é largado, sua Respostas: a) Ec = 2,0 . 102J; Ep = 1,6 . 102J
energia cinética é nula e sua energia potencial b) Em = 3,6 . 102 J
vale 1,6 . 102J.
b) A energia total do movimento é de 1,6 . 102J. c) a = 60 cm
c) A amplitude vale 40cm.
32. No esquema, o bloco de massa 1,0 kg oscila em condições ideais
30. Retomando a questão anterior, pede-se traçar, num mesmo dia- ligado às duas molas elásticas indicadas, cujas constantes de
grama, os gráficos das energias cinética, potencial elástica e me- elasticidade valem K1 = K2 = 2,0 . 104 N/m.
cânica para o sistema.
Resolução
Tem-se que:
K x2 K(a2 – x2)
Ep = ––––– ; Ec = –––––––––
2 2
Calcule a frequência natural das oscilações do sistema.
Ka2
e Em = –––– Resolução
2 Determinemos, inicialmente, a constante elástica equivalente (Keq)
Com K = 2,0 . 103 N/m e a = 0,40 m, segue-se que: ao sistema.
Como as duas molas apresentam em cada instante deformações de
Ep = 1,0 . 103 x2; Ec = 1,0 . 103 (0,16 – x2) mesmo valor, estando uma comprimida e a outra tracionada, tudo
Em = 1,6 . 102 J (constante) se passa como se estivessem associadas em paralelo. Assim:
A representação gráfica das três funções correspondentes ao
M.H.S. em estudo está dada a seguir. Keq = K1 + K2
m
O período das oscilações é calculado por: T = 2 ––
K
1 1 K
f = –– ⇒ f = ––– ––
T 2 m
1 4,0 . 104 1
f = ––– ––––––––– (Hz) f = ––– . 102 Hz
2 1,0
31. Ainda em relação à situação proposta na questão 29, admitindo-se
que no instante em que o corpo foi abandonado, comunicou-se a
ele uma velocidade de módulo 20m/s, pedem-se: 33. (ITA-MODIFICADO-MODELO ENEM) – Diagramas causais ser-
a) os valores iniciais das energias cinética e potencial elástica; vem para representar relações qualitativas de causa e efeito entre
b) a energia mecânica (total) do sistema;
duas grandezas de um sistema. Na sua construção, utilizamos
c) a nova amplitude das oscilações do corpo.
Resolução figuras como para indicar que o aumento
a) No instante em que o corpo é abandonado, sua energia ciné- da grandeza r implica aumento da grandeza s e
tica é dada por:
para indicar que o aumento da grandeza r
mV2 1,0 (20)2
Ec = ––––– ⇒ Ec = –––––––– (J) ⇒ Ec = 2,0 . 102J implica diminuição da grandeza s. Sendo d a distância (em valor
2 2 absoluto) ao meio da trajetória, Ec a energia cinética e Ep a energia
A energia potencial elástica continua valendo 1,6 . 102J, pois
potencial elástica, qual dos diagramas a seguir melhor representa
não houve alteração na deformação inicial da mola.
o modelamento de uma partícula que descreve um movimento
Ep = 1,6 . 102J harmônico simples?
230
P4_Livro3Ondas_Alelex_219a266 07/08/12 09:10 Página 231
Resposta: A
冦 Pêndulo 2: N
Pêndulo 1: N1 = 100 oscilações
(I) t1 = t2 = t
2 = 120 oscilações
t1 = t2 ⇒ 100T1 = 120T2
1 2
100 . 2π ––– = 120 . 2π –––
g g
Resolução
兹苵苵苵
1 = 1,2 兹苵苵苵
2 ⇒ 1 = 1,442 햲
(II) 1 – 2 = 22 cm 햳
햲 em 햳: 1,44 2 – 2 = 22
Quando d aumenta (em valor absoluto), a partícula P vai de O para
0,44 2 = 22 ⇒ 2 = 50 cm
kd2
A ou de O para A’ e a energia Ep = –––– aumenta.
2
De 햳: 1 – 50 = 22 ⇒ 1 = 72 cm
Quando a energia potencial aumenta, a energia cinética diminui
(sistema conservativo). Resposta: D
231
P4_Livro3Ondas_Alelex_219a266 07/08/12 09:10 Página 232
No instante em que o corpo se encontra na posição A, situada Para os osciladores 1, 2 e 3, tem-se, respectivamente, que os
10cm abaixo da posição de equilíbrio, o conjunto é abandonado e blocos têm massas 3M, 2M e M; as amplitudes de oscilação
passa a oscilar livremente. Na posição de equilíbrio, a velocidade valem a, 2a e 3a; os períodos de oscilação valem T1, T2 e T3. Se
do corpo tem módulo: as três molas são iguais, é correto que:
a) nulo. b) 1,0 m/s. c) 2,0 m/s. d) 3,0 m/s. a) T1 < T2 < T3 b) T1 > T2 > T3 c) T1 = T2 = T3
e) que depende da aceleração da gravidade local. d) T1 = T3 > T2 e) T1 = T3 < T1
38. Uma partícula oscila num plano horizontal presa a uma mola, con- 41. (UFV) – Uma impressora de computador, do tipo matricial, des-
forme representa a figura abaixo. loca o formulário contínuo a uma velocidade constante.
Concomitantemente ao movimento do formulário, uma caneta
oscila, com frequência constante, perpendicularmente à direção
do movimento do papel. A figura 1 ilustra as direções dos
movimentos do papel e da caneta, enquanto a figura 2 apresenta
o registro feito pela ponta da caneta em uma das folhas do
formulário, graduada em centímetros.
Pede-se:
a) determinar a função horária x = f(t) para o movimento do osci-
lador;
b) calcular a energia mecânica do sistema; Sabendo-se que os pontos da tira de papel correm verticalmente pa-
c) traçar, num mesmo diagrama, os gráficos das energias cinéti- ra cima com velocidade escalar constante de 10cm/s, determinar
ca, potencial elástica e mecânica do oscilador em função de x. a) a frequência do movimento harmônico simples;
b) a massa do bloco.
40. (MODELO ENEM) – No esquema, são representados três con-
juntos massa-mola que oscilam em condições ideais: 43. MODELO ENEM – Na figura 1, tem-se um corpo de massa igual
a 1,0kg suspenso numa mola leve disposta verticalmente e
observa-se que na situação de equilíbrio o alongamento da mola
vale 10cm. Na figura 2, tem-se o mesmo conjunto massa-mola
oscilando num plano horizontal em condições ideais e, nesta
situação, a amplitude das oscilações vale 5,0cm.
232
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Sabendo-se que o módulo da aceleração da gravidade no local é 49. (ITA-MODELO ENEM) – Um pêndulo simples oscila com um pe-
10m/s2, pode-se afirmar que o período de oscilação do 3
sistema, nas condições da figura 2, vale: ríodo de 2,0s. Se cravarmos um pino a uma distância –– do
4
ponto de suspensão e na vertical que passa por aquele ponto,
a) –– s b) –– s c) –– s d) s como mostrado na figura, qual será o novo período do pêndulo?
5 4 2
Desprezar os atritos. Considerar ângulos pequenos tanto antes
e) não há dados suficientes para o cálculo. quanto depois de atingir o pino.
47. (UFC-MODELO ENEM) – Considere dois osciladores, um pên- Considerando desprezível a resistência do ar e adotando:
→
dulo simples e um sistema massa-mola, que na superfície da | g | = 10 m/s2,
Terra têm períodos iguais. Se levados para um planeta onde a responda:
gravidade na superfície é 1/4 da gravidade na superfície da Terra, a) Qual o período de oscilação da esfera?
podemos dizer que a razão entre o período do pêndulo e o período →
b) Qual o módulo de g para que a esfera oscile com período
do sistema massa-mola, medidos na superfície do tal planeta, é:
0,20 s?
a) 1/4 b) 1/2 c) 1 d) 2 e) 4
52. (FCCB) – Ligam-se duas molas e no extremo de uma delas coloca-se
48. (UnB) – Considere que um corpo em oscilação livre com período T1
uma massa m, conforme o esquema abaixo. As superfícies de
esteja preso a um teto por um fio submetido a uma temperatura de
contato são perfeitamente lisas. Se as molas, separadas, têm cons-
0°C. Considere ainda que, quando submetido a uma temperatura
tantes elásticas C1 e C2, então a frequência de oscilação de m é:
de 1000°C, esse corpo, preso ao teto pelo mesmo fio, oscila livre-
mente com período T2. Nessa situação, sabendo que o coeficiente
T2
de dilatação linear do fio é igual a 2,1 . 10–4 °C–1, calcule 10 . ––– .
T1
233
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54. Com um mesmo bloco e duas molas leves iguais, são feitas as
montagens esquematizadas nas figuras A e B, nas quais o plano
de apoio é perfeitamente polido.
5) E 6) C 7) D 8) A 13) D 14) B
2 15) a) 2 m/s
9) x = 4,0 cos 冢 ––2 t + –––
3 冣
(SI)
22
b) ––– m/s2
3 3
10) a) 3m; rad/s; 0,5 Hz; ––– rad
2
冢
3 5,0
b) V = –3 sen t + –––
2 冣 (SI) 16) 0,80m; ––– Hz
4
17) A
3
c) = –32 cos t + –––
2 冢 冣 (SI) 18) a) 4 rad/s
b) 24cm/s
c) –1282cm/s2
11) a) T = 1,5s; f 艑 0,67Hz
b) 19) E 20) –0,40m/s2 21) B
1 f]60
b) f1 = –– f2; b) –––– =2
3 f]12
6
T1 = 3T2
24) a) 2m; 0,25 Hz; –– rad/s
2
冢
12) a) x = R cos t + –– 冣
4 b) x = 2 cos 冢 ––2 t冣 (SI)
b) x = 0
234
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b) x = 2 cos 冢 ––2 t + ––2 冣 (SI) 冢
39) a) x = 4,0 cos –––– t +
4,0 冣 (SI)
b) 8,0 . 103J
c)
26) a) x = 2cos 冢 冣
–– t + (SI)
2
b)
40) B
42) a) 0,50Hz
b) 4,0kg
3
27) a) x = 8cos 冢 ––4 t + –––
2 冣
(SI) 43) A 44) a) 6,0m/s 45) 0,32
b) 8,0 . 102m/s2
b)
46) a) –– s 47) D
2
b) 0 < A 62,5cm
T2
48) 10 . ––– = 11
T1
49) A 50) A
51) a) 0,40 s
b) 40m/s2
235
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CAPÍTULO
Ondas
2 NOÇÕES GERAIS
DE ONDAS
Exemplo 1
Consideremos uma mola ligeiramente tensa, como
representa a figura. Se comprimirmos esta mola ligeira-
mente em uma de suas extremidades, estaremos pro-
vocando uma perturbação que se propagará através da
mola com velocidade v.
1. Perturbação
Consideremos um ponto P num certo meio. A este
ponto podemos associar grandezas físicas, tais como po-
sição, pressão, temperatura, densidade, potencial elétrico Se comprimirmos e distendermos a mola várias ve-
etc. zes sucessivas, num movimento de vaivém, provocare-
Perturbação (ou abalo) é qualquer variação de uma mos perturbações sucessivas que se propagarão na mola,
ou mais dessas grandezas. uma atrás da outra, constituindo várias ondas sucessivas
ou um trem de ondas.
2. Onda
ONDA é qualquer perturbação que se propaga.
Exemplo 2
Sendo assim, podemos ter ondas de posição, de pres- Consideremos uma corda ligeiramente tensa presa a
são, de temperatura etc. uma parede, como representa a figura a seguir. Se balan-
236
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3. Propriedade
fundamental da onda
Toda onda transmite energia sem propagação de
Na ilustração acima, um alto-falante produz som que é detectado por um obser-
matéria. vador. O cone do alto-falante vibra, avançando e retrocedendo, empurrando
sucessivamente o ar. Esses incrementos de pressão são transmitidos a outras
Consideremos uma pessoa provocando um trem de regiões do ar, constituindo uma onda. Ao atingirem o ouvido da pessoa, eles fa-
zem o tímpano vibrar, provocando a sensação da audição. Assim, o som é uma
ondas senoidais numa corda elástica muito longa que tem onda mecânica (onda de pressão), que exige um meio material para se propagar.
uma de suas extremidades presa numa parede, conforme
representa a figura. b) Ondas eletromagnéticas: são as constituídas por
→
Suponhamos que num dos pontos da corda exista um dois campos perpendiculares entre si, um elétrico ( E) e
→
anel metálico preso a ela. um magnético (B), variáveis com o tempo e com a posição
e perpendiculares à direção de propagação da onda.
237
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Pulso longitudinal numa mola: um ponto da mola, ao ser atingido pelo pulso,
avança e retrocede na direção da propagação ondulatória.
Destaque:
O som é uma onda mecânica.
A luz é uma onda eletromagnética.
Portanto,
O som não se propaga no vácuo.
A luz propaga-se no vácuo e fora dele.
5. Ondas longitudinais
e ondas transversais Pulso transversal numa corda: um ponto P da corda, ao ser atingido pelo
pulso, sobe e desce numa direção perpendicular à da propagação ondulatória.
De acordo com a direção de vibração das partículas
em relação à direção de propagação, as ondas podem ser
classificadas em:
a) Longitudinais: são as ondas nas quais a direção
em que vibram as partículas (direção de vibração) coin-
cide com a direção de propagação da onda.
238
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c) Mistas: são ondas em que as partículas vibram A frente de onda movimenta-se com uma velocidade
longitudinal e transversalmente, ao mesmo tempo. que é chamada velocidade de propagação da onda.
Raio de onda é a trajetória dos pontos da frente de
onda.
Os raios dão sempre a direção de propagação da on-
da e são perpendiculares às frentes de onda nos pontos
considerados.
Na figura acima, vê-se a mesma onda circular produzida pela queda de uma
pedrinha, nos instantes t1, t2 e t3.
Na ilustração acima, uma rolha que flutua na superfície da água é atingida por Se fizermos com que uma pedrinha bata periodica-
um trem de ondas. Observemos que ela vibra tanto transversal como longitudi- mente na superfície da água, criaremos um trem de ondas
nalmente, o que caracteriza as ondas na superfície da água como mistas. circulares.
Destaques:
239
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240
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9. Velocidade do som
Como vimos, o som se constitui de ondas mecânicas
que necessitam de um meio material para se propagar. É
possível ocorrer propagação sonora em meios fluidos,
como o ar e a água, e também em meios sólidos, como o
ferro e os cristais.
A velocidade do som no ar depende de fatores como
temperatura e ventos. De um modo geral, mantidas as de-
mais condições, quanto maior for a temperatura, maior
será a velocidade de propagação do som através do ar.
Por outro lado, podemos dizer também, grosso mo-
do, que, quanto mais partículas o meio oferecer por uni-
dade de volume, maior será a velocidade de propagação
do som através dele.
Verifica-se que a velocidade do som nos sólidos é
maior do que na água, que é maior do que no ar.
Na tabela abaixo, fornecemos valores da velocidade
de propagação do som em diversos meios materiais.
Morcegos emitem ultrassons. A figura mostra um morcego emitindo um sinal
que, após incidir parcialmente num inseto, é refletido, retornando ao morcego,
Temperatura Velocidade
Substância
que fica informado da presença do inseto a uma certa distância. (°C) do som (m/s)
Ar 0 331
GASES Ar 20 343
Ar 100 387
Dióxido
de Carbono 0 259
Oxigênio 0 316
Hélio 0 965
LÍQUIDOS
Clorofórmio 20 1 004
Etanol 20 1 162
Mecúrio 20 1 450
Água fresca 20 1 482
SÓLIDOS
Cobre — 5 010
Vidro Pirex — 5 640
Aço — 5 960
Berílio — 12 870
10. O espectro
eletromagnético e a luz visível
Há diversos tipos de ondas eletromagnéticas, que se
diferenciam pela frequência. Nem todas, entretanto, têm
a propriedade de excitar nossos órgãos visuais, propor-
cionando-nos a sensação da visão. As ondas eletromag-
néticas visíveis (luz) compreendem-se numa estreita fai-
Um equipamento fundamental nas embarcações modernas é o sonar (sound
navigation and ranging), que é um aparelho emissor-receptor de ultrassons. xa de frequências que se estende de 4,5 . 1014Hz (ver-
Para pesquisar a profundidade p do oceano, ele emite um pulso e mede o melho) a 7,5 . 1014Hz (violeta), aproximadamente. Nesta
intervalo de tempo t transcorrido entre a emissão do sinal e a recepção do faixa, estão as sete cores fundamentais que relacionamos
respectivo “eco” (sinal refletido). Conhecida a velocidade V dos ultrassons
V . t a seguir em ordem de frequências crescentes: vermelho,
冢 冣
na água (cerca de 1500m/s) e t, o sonar calcula p p = –––––– , informan-
2 alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
do à tripulação a presença de obstáculos, como bancos de areia e recifes, por As radiações de frequências menores que 4,5 . 1014Hz
exemplo. não estimulam nossos olhos sendo, portanto, invisíveis.
241
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São elas: o infravermelho (ondas de calor), as micro-ondas (fornos e telefonia) e as radiofrequências (TV e rádio AM e FM).
As radiações de frequências maiores que 7,5 . 1014Hz também são invisíveis. São elas: o ultravioleta, os raios X (uso
na medicina) e os raios (tratamento do câncer).
Na figura a seguir, apresentamos o espectro eletromagnético em que os diversos tipos de ondas eletromagnéticas
aparecem relacionados pela respectiva frequência.
FOCO NA
VELOCIDADE DA LUZ
Oficialmente, foi Galileo Galilei (1564-1642) o aperfeiçoado por Fonconult que, em 1850, conseguiu
primeiro a tentar obter experimentalmente uma resultados notáveis. Em 1930, utilizando ainda o
medida para a velocidade da luz. Para tanto, Galileo método de Fizeau, Albert Michelson obteve a velo-
e um assistente subiram no topo de duas colinas, cidade da luz com precisão inédita para a época.
distantes entre si cerca de 2km. Cada qual trazia um Considerando a luz onda eletromagnética, pode-se
lampião encoberto por um pano preto. Galileo obter, analiticamente, sua velocidade. Isto é feito por
pretendia medir o intervalo de tempo gasto pela luz meio da prodigiosa teoria eletromagnética de James
para percorrer o dobro da distância entre os ob- Clerk Maxwell (1831-1879).
servadores. Para isso, descobria seu lampião e, assim A rapidez da luz pode ser obtida ainda por
que seu assistente via a luz emitida, descobria o seu. diversos processos que não mencionamos aqui.
Quando Galileo via a luz proveniente do lampião de Contudo, há uma concordância generalizada no que
seu auxiliar, estava findo o intervalo de tempo a ser concerne ao seu valor. No vácuo, a luz se propaga
medido. Conhecidos o intervalo de tempo e a com velocidade:
distância percorrida, poder-se-ia, de forma simples,
c = (2,997925 ± 0,000003) . 108m/s
calcular a velocidade da luz. O raciocínio de Galileo,
embora teoricamente correto, não levou a resultado Cumpre destacar que a velocidade acima não é
algum, pois o intervalo de tempo correspondente ao exclusivamente da luz. Ela se aplica a todos os tipos
caso era muito menor que as incertezas absolutas de ondas eletromagnéticas, das radiofrequências
inerentes a ele e a seus aparelhos. aos raios .
Foi o astrônomo Roemer que, em 1675, propôs No vácuo, adota-se para a luz e para as
um método que permitia obter a verdadeira ordem demais radiações eletromagnéticas a
de grandeza da velocidade da luz. O método consis- velocidade: c = 3,0 . 108m/s = 3,0 . 105km/s
tia de observações astronômicas em que eram
estudados os eclipses de uma das luas de Júpiter. Nota: A velocidade das radiações eletromag-
A primeira medição não astronômica da veloci- néticas no vácuo é a maior velocidade possível na
dade da luz foi feita pelo físico francês Fizeau, em natureza. Nenhuma partícula poderá apresentar
1849. Seu método, embora funcional, foi muito velocidade maior que 3,0 . 108m/s.
242
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1. Citar duas provas experimentais de que as ondas transportam 4. O módulo da velocidade do som em um determinado metal é V.
energia. Dá-se uma pancada numa das extremidades de um tubo desse
Resolução metal, de comprimento . Uma pessoa colocada no outro extre-
1.a) Quase toda a energia de que dispomos na Terra é recebida do mo ouve dois sons: um que se propagou pelo metal do tubo e
Sol por meio de radiações eletromagnéticas (visíveis e invi- outro que se propagou pelo ar do interior do tubo. Sendo v o
síveis) que atravessam o vácuo e chegam até nós. Neste caso, módulo da velocidade do som no ar, qual será o intervalo de
a energia transportada pela onda está associada aos campos tempo ( t) decorrido entre as recepções dos dois sons?
elétrico e magnético que a constituem.
2.a) As ondas sonoras transportam energia mecânica até nossos
ouvidos, fazendo vibrar a membrana do tímpano.
243
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d d
0,006 = ––– – ––––
50 150
3d – d
0,006 = –––––– ⇒ 2d = 0,9
150
d = 0,45m = 45cm
Resposta: C
7. (MODELO ENEM) – Um rapaz e uma garota estão em bordas d) o despertador só tocará na hora em que for retirado do reci-
opostas de um lago de águas tranquilas. O rapaz, querendo piente.
comunicar-se com a garota, coloca dentro de um frasco plástico e) o despertador não tocará por causa da existência de vácuo no
um bilhete e, arrolhado o frasco, coloca-o na água, e lhe dá uma recipiente.
pequena velocidade inicial. A seguir, o rapaz pratica movimentos
periódicos sobre a água, produzindo ondas que se propagam, 9. Nos filmes de ficção científica, como o clássico Star Wars, obser-
pretendendo com isso aumentar a velocidade do frasco em vamos combates entre naves espaciais que disparam umas con-
direção à garota. Com relação a este fato, podemos afirmar: tra as outras, produzindo estrondos emocionantes. Considerando
a) Se o rapaz produzir ondas de grande amplitude, a garrafa che- que esses combates ocorrem no espaço sideral, onde reina o vá-
gará à outra margem mais rápido. cuo, responda:
b) O tempo que a garrafa gasta para atravessar o lago dependerá a) Os estrondos referidos realmente podem ser ouvidos?
de seu peso. b) Por quê?
c) Quanto maior a frequência das ondas, menor será o tempo de
percurso até a outra margem. 10. (MODELO ENEM) – Um professor de Física, que ministrava a
d) A velocidade da garrafa no seu movimento até a garota inde- primeira aula de Ondas, dava exemplos de ondas eletro-
pende das ondas produzidas pelo rapaz, já que essas ondas magnéticas. Ele dizia: “São exemplos de ondas eletromagnéticas
transmitem apenas energia, sem propagação de matéria. as ondas de rádio, a luz, as ondas de radar, os raios X, os raios .”
e) A velocidade inicial que o rapaz dá à garrafa não interferirá no Logo após ter citado os raios , um aluno entusiasmado
tempo de travessia do lago, pois quem faz a garrafa deslocar-se completou a lista de exemplos, dizendo: “Raios , raios
e raios
até a garota são as ondas produzidas pelo rapaz. catódicos”...
Pode-se afirmar que
8. (FEI-MODELO ENEM) – Num exame de Física, o professor coloca a) pelo menos um exemplo citado pelo professor está errado;
um despertador programado para tocar às 11h30min dentro de um b) todos os exemplos citados pelo professor e pelo aluno estão
recipiente onde se faz vácuo. corretos;
c) apenas um exemplo citado pelo aluno está errado;
d) os três exemplos citados pelo aluno estão errados;
e) há erros tanto nos exemplos citados pelo professor quanto na-
queles citados pelo aluno.
244
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12. Considere as proposições: 18. No esquema a seguir, um homem está diante de um alvo a 340m
(I) – As ondas sonoras têm frequência compreendida na faixa deste, quando dispara um tiro. O projétil, suposto em movimento
de 20Hz a 20 000Hz, aproximadamente. retilíneo e uniforme com velocidade de módulo 170m/s, atinge o
(II) – Os raios X têm frequência menor que a mínima frequência alvo e o ruído produzido pelo impacto é ouvido pelo homem 3,0s
visível, enquanto as ondas de TV têm frequência maior que após o disparo. Pede-se determinar o módulo da velocidade das
a máxima frequência visível. ondas sonoras no local do tiro.
(III) – A frequência correspondente à luz amarela é menor que a
frequência correspondente à luz azul.
Responda mediante o código:
a) Se todas forem corretas. b) Se todas forem incorretas.
c) Se (I) e (II) forem corretas. d) Se (I) e (III) forem corretas.
e) Se (II) e (III) forem corretas.
14. (FESP) – Durante uma tempestade, ouviu-se o trovão 30s depois 20. (VUNESP) – Numa experiência para determinar o módulo da velo-
de se ter percebido o clarão do relâmpago. A que distância aproxi- cidade do som, dois observadores colocaram-se a uma distância
mada ocorreu o fenômeno? de 5,0km um do outro, munidos de um revólver e um cronômetro.
Desprezar o tempo gasto pela luz para chegar ao observador. O observador em A acionou seu cronômetro no instante em que
Adotar Vsom = 340m/s. viu o clarão do disparo do revólver de B, tendo registrado que o
som levou 15,5s para chegar ao seu ouvido. Em seguida, A atirou
15. (Olimpíada Brasileira de Física-MODELO ENEM) – A reflexão
e B registrou o tempo de 14,5s até ouvir o estampido. Calcule os
do som é aplicada pelos navios, submarinos e alguns barcos
módulos da velocidade do som e da componente da velocidade
pequenos para determinar a profundidade do mar ou a presença
do vento ao longo da linha A–B.
de obstáculos. Para isso, essas embarcações dispõem de um
aparelho – o sonar – que emite ultrassons e têm um mecanismo
21. (VUNESP-MODELO ENEM) – Uma solução para minimizar o
especial para captar os sons refletidos.
aquecimento global seria “colocar mais água nas nuvens”. Tal
Imagine que um sinal sonoro foi emitido de um navio, perpen-
empreendimento dar-se-ia pela pulverização das nuvens com
dicularmente ao fundo do mar e, após 1,0s, o som refletido foi
água salgada. O monitoramento dessas nuvens poderia ser feito
captado. Considerando a velocidade do som na água do mar igual
utilizando satélites.
a 1500 m/s, qual a profundidade do mar onde o navio se encontra?
245
P4_Livro3Ondas_Alelex_219a266 07/08/12 09:11 Página 246
24. Na figura, representa-se no instante t0 = 0 a situação de uma cor- Notamos que o ponto P está sendo atingido pela parte frontal
→
da horizontal, alinhada com o eixo 0x, por onde se propaga um (anterior) do pulso e, por isso, em t = 0,10s, Vy é vertical e di-
→
pulso assimétrico com velocidade Vx de intensidade igual a rigida para cima.
20m/s. Não há dissipação da energia associada ao pulso. b) Enquanto a crista do pulso percorre um comprimento
x = 4,0cm, o ponto P deixa o nível de equilíbrio e atinge a
posição de altura máxima, deslocando-se verticalmente
y = 6,0cm. thorizontal = tvertical
→ →
Tanto Vx como Vy têm intensidades constantes durante o inter-
valo de tempo considerado.
Assim:
x y 4,0 6,0
––– = ––– ⇒ ––– = ––– ⬖ Vy = 30cm/s
Vx Vy 20 Vy
→
Respostas: a) vertical para cima ( Vy↑);
b) 30cm/s.
→
Sendo Vy a velocidade do ponto P de abscissa x = 6,0cm no ins- 25. Um jato supersônico voa paralelamente ao solo plano e horizontal
tante t = 0,10s, determine com velocidade constante de módulo 425m.s–1. Um observador,
→
a) a direção e o sentido de Vy; em repouso em relação ao solo, ouve o ruído produzido pelo avião
→
b) a intensidade de Vy. 12s depois de este ter passado pela vertical daquele.
Resolução Adotando-se para a velocidade do som o valor 340m.s–1, pode-se
a) No intervalo de tempo t = t – t0 = 0,10s, a crista do pulso afirmar que a altitude do jato é:
avança horizontalmente um comprimento x, dado por: a) 4080m b) 5100m c) 6800m d) 7420m e) 8160m
Resolução
x x
Vx = ––– ⇒ 20 = –––– ⇒ x = 2,0cm O som emitido pelo avião ao passar pelo ponto A é recebido pelo
t 0,10 observador fixo no ponto D 12s depois de o avião ter passado pelo
Assim, o perfil da corda no instante t = 0,10s é o que esque- ponto B. Os pontos A, B e D estão indicados na figura abaixo.
matizamos a seguir:
246
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340 . t
BCE: sen = –––––––– ⇒ sen = 0,80 1
425 . t
DE 兹苶苶苶苶苶苶
H2 – (340 t)2
BDE: sen = –––– ⇒ sen = –––––––––––––––– 2
H H
兹苶苶苶苶苶苶
H2 – (340 t)2
De 1 e 2 , vem: –––––––––––––––– = 0,80
H
Resposta: C
26. (UNESP-SP-MODELO ENEM) – No final de dezembro de 2004,
um tsunami no Oceano Índico chamou a atenção pelo seu poder
Nota: A onda de choque produzida pelo avião é a "envoltória" das
de destruição. Um tsunami é uma onda que se forma no oceano,
ondas sonoras produzidas por ele nas posições ocupadas anterior-
geralmente criada por abalos sísmicos, atividades vulcânicas ou
mente. Essa onda transporta grande quantidade de energia e ao
pela queda de meteoritos. Este foi criado por uma falha geológica
atingir um observador provoca a audição de um forte estrondo. A
reta, muito comprida, e gerou ondas planas que, em alto mar,
onda de choque surge sempre que a fonte é mais veloz do que as
propagaram-se com comprimentos de onda muito longos,
ondas produzidas por ela, como ocorre no caso dos aviões super-
amplitudes pequenas se comparadas com os comprimentos de
sônicos, que têm velocidades superiores à do som.
onda, mas com altíssimas velocidades. Uma onda deste tipo
transporta grande quantidade de energia, que se distribui em uma
longa frente de onda e, por isso, não representa perigo em alto
mar. No entanto, ao chegar à costa, onde a profundidade do
oceano é pequena, a velocidade da onda diminui. Como a energia
transportada é praticamente conservada, a amplitude da onda
aumenta, mostrando assim o seu poder devastador. Considere
que a velocidade da onda possa ser obtida pela relação v = 兹苶苶
hg,
em que g = 10 m/s2 e h são, respectivamente, a aceleração da
gravidade e a profundidade no local de propagação. A energia da
onda pode ser estimada pela relação E = kvA2, em que k é uma
constante de proporcionalidade e A é a amplitude da onda. Se o
tsunami for gerado em um local com 6 250m de profundidade e
com amplitude de 2m, quando chegar à região costeira, com
Enquanto o avião percorre o comprimento OA, o 10 m de profundidade, sua amplitude será
som produzido por ele em O percorre o comprimento OB. a) 14m b) 12m c) 10m d) 8m e) 6m
Resolução
Considerando-se a conservação da energia do tsunami, vem:
E2 = E1 ⇒ kv2 A22 = kv1 A12
k 兹苶苶
gh2 A22 = k 兹苶苶
gh1 A12
A2 2 gh1
Da qual:
冢 –––
A 1
冣 = ––––
gh2
A2 2 6250 A2 2 A2
冢 冣 –––
2
=
10 2
冢 冣
–––– ⇒ ––– = 25 ⇒ ––– = 5 ⇒ A2 = 10m
2
No caso de um avião, a onda de choque produzida por ele é uma
superfície cônica (tridimensional).
Resposta: C
247
P4_Livro3Ondas_Alelex_219a266 07/08/12 09:11 Página 248
1
sen θ = ––– ⇒ θ = 30°
2
1 5
––– = ––– ⇒ D = 10 km
2 D
Resposta: A
→
Determine a velocidade transversal Vy do ponto M do cabo no
instante t1 = 0,040s, em módulo e sentido.
248
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33. (FUVESTÃO-MODELO ENEM) – Um avião, voando paralelamente 35. (MODELO ENEM) – Fotografando-se projéteis supersônicos por
ao solo plano e horizontal, com velocidade de intensidade igual a meio de processos avançados, obteve-se a foto esquematizada
468km/h, a uma altitude de 500m, larga uma bomba no exato abaixo, na qual aparece a frente da onda de choque produzida por
instante em que passa pela vertical de um observador parado em um projétil ao "cortar" o ar.
relação à Terra. O observador ouve o estrondo da explosão da
bomba ao atingir o solo 14s depois de ela ter sido abandonada do
avião. Se g = 10m/s2 e a influência do ar no movimento da bomba
é desprezível, pode-se concluir que a velocidade de propagação do
som no local tem módulo igual a:
a) 325 m/s b) 330 m/s c) 335m/s
d) 340m/s e) 345 m/s
7) D 8) A 28)
9) a) Não.
b) O som não se propaga no vácuo.
10) D
12) D 13) D
tA 1
14) 10,2km 15) 750m 30) ––– = ––
tB 3
249
P4_Livro3Ondas_Alelex_219a266 07/08/12 09:11 Página 250
CAPÍTULO
Ondas
3 ESTUDO MATEMÁTICO
DA ONDA
1 1
f = — ou T = —
T f
250
P4_Livro3Ondas_Alelex_219a266 07/08/12 09:11 Página 251
2. Relação
fundamental da ondulatória Ondas longitudinais percorrerão a mola com veloci-
dade V, dada por:
Geralmente, uma onda se propaga em movimento
uniforme, valendo a relação:
V = ––– = f
s T
V = –––
t
Observemos que, nesse caso, o comprimento de on-
Recordando que durante um período (T) a perturbação da é a distância entre duas regiões de máxima compres-
percorre um comprimento de onda () e que a frequência são consecutivas.
(f) é o inverso do período, podemos escrever que: No caso do som propagando-se no ar, ocorre fato se-
melhante. Regiões de compressão alternam-se com re-
giões de rarefação, e o comprimento de onda é a dis-
tância entre duas regiões de compressão consecutivas,
V = ––– = f
T conforme representa o esquema.
251
P4_Livro3Ondas_Alelex_219a266 07/08/12 09:11 Página 252
1. Os morcegos emitem ultrassons. O menor comprimento de onda Com s = 30m e t = 6,0s, vem:
produzido por um morcego é de aproximadamente 0,33cm, no ar. 30m
Qual a frequência mais elevada que os morcegos podem emitir? V = ––––– ⇒ V = 5,0m/s
6,0s
Admita o módulo da velocidade dessas ondas no ar igual a 330m/s.
Resolução O comprimento de onda corresponde à distância entre duas cris-
= 0,33cm = 33.10–4m tas consecutivas. Por isso:
V = 5,0m
Como f = –– , segue-se que:
Da relação fundamental da ondulatória:
V 330 V = f
fmáx = ––––– = ––––––––– (Hz) ⇒ fmáx = 1,0 . 105Hz
mín 33 . 10–4 calculemos a frequência das ondas.
V 5,0m/s
2. As ondas do mar percorrem 30m em 6,0s. Determinar o compri- f = ––– = ––––––– ⇒ f = 1,0Hz
5,0m
mento de onda dessas ondas e a frequência com que chegam à
praia, sabendo-se que a distância entre duas cristas consecutivas
é de 5,0m. 3. A figura mostra o aspecto instantâneo de uma corda, por onde se
Resolução propaga um trem de pulsos senoidais, com velocidade de módulo
32cm/s.
252
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c 3 . 108
mín = –––––– = ––––––––– (m) 艑 0,17m ⇒ mín 艑 17 cm
fmáx 1800 . 106
253
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7. (UFPE) – A elongação y em dois movimentos oscilatórios, A e B, é Considerando que o módulo da velocidade do som no ar vale
representada em função do tempo t, conforme o gráfico a seguir: 350m/s, determinar
a) o intervalo de tempo decorrido em uma vibração completa da
lâmina.
b) o comprimento de onda do som emitido pela lâmina.
Determine
a) a relação entre as frequências de A e B (fA/fB);
b) a relação entre as amplitudes de A e B (aA/aB).
254
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13. (UFPE) – Na figura abaixo, cada crista de onda gasta 4,0s para ir
de A até B.
255
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20. Diante de uma câmera fotográfica instalada sobre um tripé, foi Resolução
colocada uma corda elástica horizontal, na qual foi gerado um
pulso assimétrico. Ao adentrar o campo da câmera, o pulso foi A = 3 ⇒ A = 3 . 2,0cm ⇒ A = 6,0cm
fotografado duas vezes com um intervalo de 0,20s. As fotos
foram copiadas num mesmo papel, sendo designadas por A e B
na figura abaixo, que está na escala de 1/10. = 4 ⇒ = 4 . 2,0cm ⇒ = 8,0cm
s 6 6 . 2,0cm
V = ––– = ––––– = ––––––––– ⇒ V = 24cm/s
t 0,50 0,50s
V = f ⇒ 24 = 8,0f ⇒ f = 3,0Hz
Vm
⬖ 1
–––––– = –1
Vm
2
Respostas: a) 50cm/s
b) –1
AI = 2 unidades
tante t1 = 0,50s. Sabendo que o intervalo de tempo t = t1 – t0 é Sendo n o número de oscilações executadas pelo objeto num
maior do que um período, porém menor do que dois períodos do intervalo de tempo t, a frequência f fica expressa por:
sinal, e que cada quadradinho das figuras tem lado = 2,0 cm,
determine a amplitude (A), o comprimento de onda (), o módulo n
da velocidade de propagação (V) e a frequência (f) do sinal na tela f = ––––
t
do osciloscópio.
256
P4_Livro3Ondas_Alelex_219a266 07/08/12 09:11 Página 257
冧
1 c) = 50m; t = 10 horas; d) = 50m; t = 5,0 horas
fI = ––––
t 1 e) = 60m; t = 15 horas.
⬖ fI = –––– fII Resolução
2 2
fII = –––– (I) V = f ⇒ 3,0 . 108 = . 6,0 . 106
t
= 50m
Resposta: C
23. (MODELO ENEM) – A sonda norte-americana Voyager I é o enge- (II) Movimento uniforme:
nho humano mais distante em operação no espaço. Lançada em
1977, a nave atingiu os limites do sistema solar, tendo visitado s s
Saturno, Urano e Plutão. Atualmente, a Voyager I está a uma dis- V = –––– ⇒ t = ––––
tância da Terra de aproximadamente 10,8 bilhões de quilômetros, t V
o que equivale a 72 vezes a distância entre a Terra e o Sol.
Admita que os sinais de rádio emitidos pela Voyager I tenham 10,8 . 109km
frequência igual a 6,0 . 106Hz e que se propaguem pelo espaço t = –––––––––––––– ⇒ t = 36000s ⬖ t = 10h
com a velocidade da luz (c = 3,0 . 105km/s). Isso significa que 3,0 . 105km/s
esses sinais têm comprimento de onda e atingem a Terra decor-
rido um intervalo de tempo t, após sua emissão, dados por: Resposta: C
Responda:
a) Que tipo de movimento apresentará o ponto P da corda duran-
te a passagem do pulso?
b) Qual a distância percorrida pelo ponto P, devido à passagem
do pulso?
Sabendo que o módulo da velocidade das ondas era de 4,0m/s, c) Se o módulo da velocidade de propagação do pulso é 3,2m/s,
responda: quanto tempo o ponto P gasta para percorrer 5,0cm?
a) Qual a sua amplitude?
b) Qual a sua frequência?
A figura mostra as fotos A e B obtidas de um mesmo trecho de
corda pela qual se propaga um trem de ondas senoidais. Cada
25. A figura mostra uma onda senoidal propagando-se para a direita quadradinho tem lado correspondente a 5,0cm reais.
em uma corda, com velocidade de módulo 12m/s. O ponto P,
ao ser atingido pela onda, leva 3,0 . 10–2s para retornar pela pri-
meira vez à posição inicial.
26. (MODELO ENEM) – Considere um pulso senoidal de dimensões Sabendo que a foto B foi tirada 0,10s após a foto A e que esse in-
conhecidas propagando-se com velocidade constante ao longo de tervalo de tempo é menor que o período das ondas, responda aos
uma corda elástica, conforme ilustra a figura a seguir: dois testes seguintes.
257
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258
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a) Observa-se que a radiação de frequência igual a 63MHz é absorvida quando um paciente é submetido a um campo magnético que varia
conforme o gráfico anterior. Em que posição x do corpo do paciente esta absorção ocorre?
b) O comprimento de onda é a distância percorrida pela onda durante o intervalo de tempo de um período. O período é igual ao inverso da frequência
da onda. Qual é o comprimento de onda da radiofrequência de 63 MHz no ar, sabendo-se que sua velocidade é igual a 3,0 . 108m/s?
冢 冣
( = 2f), a partir do instante t0 = 0. t x
= 2 ––– – ––– + 0
Isso criará na corda um trem de ondas harmônicas T
que se propagarão com velocidade V(V = f).
Na figura, está representado o perfil da corda num A fase é geralmente expressa em radianos (rad).
determinado instante, tendo sido considerado um refe- A fase inicial da origem é 0, isto é, (x = 0; t = 0).
rencial cartesiano 0xy. A fase , ignorando a fase inicial 0, caracteriza o
número de vibrações realizadas pelo ponto P até o
instante t (cada 2 implica uma vibração). Veja exem-
plos na figura a seguir, que representa uma onda numa
corda no instante t.
259
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Para tais pontos, a perturbação y assume valores Na figura abaixo, os pontos P e Q vibram em oposi-
iguais em qualquer instante. ção de fase, o mesmo ocorrendo com os pontos R e S.
Na figura a seguir, os pontos P e Q vibram em concor-
dância de fase, o mesmo ocorrendo com os pontos R e S.
= 4,0m 1 0
a = 2,5m e
[ (
–2,5 = 2,5 cos 2 8,0 . ––– – ––– + 0
32 4,0 ) ]
Sendo V = f, com V = 32m/s, determinamos f:
32 = 4,0 f ⇒ f = 8,0Hz (
–1,0 = cos ––– + 0
2 ) ⇒ –1,0 = –sen 0
1 1
O período T é dado por: T = –– T = –––– s ⬖ sen 0 = 1,0 ⇒ 0 = ––– rad
f 8,0 2
T 1
Transcorrido um intervalo de tempo t = –– = ––– s, a perturba-
4 32
Logo: [
y = 2,5 cos 2 (8,0t – 0,25x) + ––
2 ] SI
260
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37. (FEI) – O gráfico abaixo representa uma onda produzida numa Considerando o referencial cartesiano 0xy, determine a “equa-
corda ao ser utilizado um vibrador de frequência 50Hz. ção” y = f (x,t) das ondas.
Se prendermos a esse corpo uma corda horizontal, ideal e de 44. O vibrador de uma campainha elétrica, que emite vibrações contí-
comprimento infinito, a onda que se propagará nela terá velocida- nuas a uma frequência de 20Hz, está conectado a uma corda elás-
de de módulo 1,0m/s. Tendo a corda a outra extremidade livre, a tica, muito longa, conforme representa a figura.
equação da onda nela estabelecida, dada em unidades do SI, é:
a) y = 0,20 cos [(t – x)] b) y = 0,20 cos [0,50(t – x)]
c) y = 0,20 cos [2(t – x)] d) y = 0,20 cos [0,50(2t – x)]
e) y = 0,10 cos [2(t – x)]
261
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J
No SI, temos: unid (P) = ––– = watt (W)
s
P
I = –––
A
O raio médio da órbita de Saturno em torno do Sol (Rs = 1,43 . 109km) é
aproximadamente dez vezes maior que o raio médio da órbita da Terra em
torno do Sol (RT = 1,49 . 108km). Na Terra, a energia radiante proveniente do
J W Sol é recebida com intensidade próxima de 2,0cal/s . cm2. Isso significa que,
No SI, temos: unid (I) = –––––– = ––––– em Saturno, essa energia é recebida com intensidade cem vezes menor, isto é,
s m2 m2 2,0 . 10–2 cal/s . cm2.
262
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I = k f 2 a2
Um fator primordial para que uma ligação telefônica em aparelho celular seja em que k é uma constante de proporcionalidade que de-
bem-sucedida é a intensidade de onda no local da ligação. Chamadas em pende do meio e do módulo da velocidade de propa-
locais em que o sinal é muito fraco não são completadas. Os telefones celu-
lares geralmente têm um medidor da intensidade de onda, que pode ser lido gação.
pelo usuário no painel luminoso do aparelho. A intensidade do sinal diminui
com a distância à antena.
P1 1 Px y 2
––––
P2
= ––– . ––––
2 Py x冢 冣
. –––
P1 1 P 1,5x 2
––––
P2 2 2P 冢 冣
= ––– . –––– . ––––
x
P1 9
Da qual obtemos: ––– = –––
P2 16
Na primeira, faz-se uma abertura de área S e na segunda, outra
abertura de área 2S. Qual é a razão entre as quantidades de ener-
gia radiante que passam pelas referidas aberturas na unidade de 47. (ITA) – A distância de Marte ao Sol é aproximadamente 50%
tempo? maior do que aquela entre a Terra e o Sol. Superfícies planas de
Resolução Marte e da Terra, de mesma área e perpendiculares aos raios
solares, recebem por segundo as energias de irradiação solar UM
e UT, respectivamente. A razão entre as energias, UM/UT, é apro-
ximadamente:
a) 4/9 b) 2/3 c) 1 d) 3/2 e) 9/4
Resolução
263
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冢 冣
Sendo A = 4 x2 (x é o raio da onda esférica), vem: IF KfF2 IF fF 2
Logo: ––– = –––– ⇒ ––– = –––
P IM KfM2 IM fM
U = ––––––
4 x2
冢 冣
IF 200 2 IF
––– = ––– ⇒ ––– = 4,00
IM 100 IM
P
Para Marte: UM = ––––––
4R2M
Resposta: E
UM 4
––– = –––
UT 9
50. No esquema abaixo, estão representados uma antena transmissora Considerando-se desprezível o amortecimento das ondas durante a
de TV e dois prédios, P1 e P2. propagação, determine a relação I1/I2 entre as intensidades de onda
recebidas nos prédios P1 e P2.
51. (UFJF) – Uma pessoa deixa uma moeda cair e então ouve-se o
barulho do choque do citado objeto com o piso. Sabe-se que a
massa da moeda é de 12,6 g (12,6 艑 4π) e que ela cai de uma
altura igual a 2,0m.
a) Calcular a energia cinética com que a moeda chega ao piso
(adote g = 10 m/s2).
b) No primeiro toque contra o piso, 0,05% da energia da moeda
é convertida em um pulso sonoro que dura 0,10 segundo.
Calcular a potência do pulso sonoro.
264
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52. (UFRS) – Uma onda esférica, gerada por uma fonte puntiforme,
propaga-se num meio não absorvedor. A energia que incide por
segundo sobre uma superfície de 1m2, colocada perpendicular- 57. Considere duas cidades, A e B, interligadas por uma rodovia re-
mente à direção de propagação da onda, a 1km da fonte, é 5 jou- tilínea de 300km de extensão. Na cidade A, uma emissora de rádio
les. As energias que incidem por segundo sobre a mesma su- transmite com potência P, enquanto, na cidade B, uma outra emis-
perfície, colocada nas mesmas condições a 2km e a 3km da fonte sora de rádio transmite com potência 4P. Um carro sai da cidade A
são, respectivamente, em joules, iguais a: e ruma para a cidade B. A que distância de A o motorista receberá
a) 5 e 5 b) 4 e 3 c) 5/2 e 5/3 os sinais das duas emissoras com a mesma intensidade?
d) 5/4 e 5/9 e) 5/8 e 5/27
58. (UEL-Modificado-MODELO ENEM) – Onda é uma perturbação
53. (MODELO ENEM) – A figura abaixo representa um espelho plano ou distúrbio transmitido através do vácuo ou de um meio gasoso,
(E), uma fonte pontual de luz (F) e os pontos P e Q. No ponto P, a líquido ou sólido. As ondas podem diferir em muitos aspectos,
intensidade da luz vinda de F vale I e o espelho (E) reflete toda a mas todas podem transmitir energia de um ponto a outro. Quando
luz que nele incide. Na vizinhança de Q, a intensidade da luz refle- não há dissipação de energia, pode-se dizer que a intensidade I de
tida por E tem valor, praticamente uniforme, igual a I’. uma onda progressiva é igual à energia E transmitida pela onda,
dividida pela área S perpendicular à direção de propagação, em
um intervalo de tempo t. Essa intensidade também pode ser
escrita em termos de potência transmitida I = P/S.
Considere uma fonte puntiforme de ondas luminosas com
emissão constante em todas as direções. Com base nas leis da
Física, considere as afirmativas a seguir.
I. A área total, através da qual a onda se propaga, é a área da
superfície de uma esfera, tendo a fonte luminosa como seu
centro.
II. A uma distância d da fonte, a intensidade luminosa é dada por
P/4πd2.
III. Sendo a intensidade da radiação solar na Terra igual a
1,35 . 103W/m2, a intensidade dessa radiação no planeta
Mercúrio, cuja distância do Sol é de 0,387 vezes a distância do
Sol à Terra, é igual a 9,01 . 103W/m2.
IV. O Sol não pode ser considerado como fonte luminosa
Supondo-se a inexistência de outras fontes luminosas, a razão I/I’ puntiforme em nenhuma situação de análise.
é, entre os valores das alternativas, mais bem representada por: Estão corretas apenas as afirmativas:
a) 1 b) 2 c) 4 d) 9 e) 16 a) I e II . b) II e IV. c) I e III.
d) I, II e III. e) III e IV.
54. Na figura, representa-se uma superfície
esférica de raio igual a 0,50m dotada de 59. A quantidade média de energia que a Terra recebe do Sol por
minuto e por cm2 é de 2,00cal. Se o raio médio da órbita terrestre é
um orifício circular de área –– m2. Su-
3 de 1,50 . 1011m e o de Plutão, 6,00 . 1012m, qual a quantidade mé-
pondo-se que no centro da superfície dia de energia que Plutão recebe do Sol, por minuto e por cm2?
esférica exista uma pequena lâmpada de a) 2,00cal b) 5,00 . 10–1cal c) 4,00 . 102 cal
–3
d) 1,25 . 10 cal e) não há elementos para o cálculo.
potência 60W, calcule que quantidade de
energia da lâmpada transpõe o orifício
numa unidade de tempo. 60. (UNIP-MODELO ENEM) – A intensidade de uma onda sonora,
propagando-se no ar, é proporcional ao quadrado de sua amplitude
55. Duas lâmpadas iguais, de dimensões desprezíveis, encontram-se de vibração e proporcional ao quadrado de sua frequência.
nos centros de duas superfícies esféricas de raios, respectiva- Um observador recebe, simultaneamente, dois sons, A e B, cujos
mente, iguais a x e 2x. Na superfície de raio x, faz-se uma abertu- perfis de onda são mostrados a seguir.
ra A, retirando-se uma calota de área S. Na outra superfície, faz-se
outra abertura, B, retirando-se uma calota de área 2S.
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61. (FUVEST) – Uma lente circular convergente L, de área 20cm2 e absorvida pelo coletor e usada para aquecer 1,0cm3 de água,
distância focal 12cm, é colocada perpendicularmente aos raios so- inicialmente a 20°C.
lares, que neste local têm uma intensidade de radiação de b) Qual a temperatura da água ao fim de 2,0 minutos? O calor
0,10W/cm2. Admita que toda a radiação incidente é transmitida. Um específico da água é 1,0 cal/g°C e sua densidade vale
coletor solar C, de 5,0cm2 de área, é colocado entre a lente e o foco, 1,0g/cm3. Adote 1,0cal = 4,0J.
a 6,0 cm da lente, conforme representa o esquema.
62. (FUVEST) – Para o ouvido humano, a mínima intensidade sonora
perceptível é de 10–16 watt/cm2 e a máxima intensidade su-
portável sem dor é de 10–4 watt/cm2. Uma fonte sonora produz
som que se propaga uniformemente em todas as direções do
espaço e que começa a ser perceptível pelo ouvido humano a
uma distância de 1km.
Determine
a) a potência sonora da fonte;
b) a menor distância à fonte a que uma pessoa poderá chegar
a) Qual a intensidade de radiação no coletor? sem sentir dor.
Suponha agora que toda a energia transmitida pela lente seja Área da superfície esférica de raio R: 4R2
16) a) 2,0s x 3
b) 1,5 . 10–2m/s [ ( )
43) a) y = 1 cos 2 2t – ––– + ––– (SI)
4 2 ]
b) 6 oscilações
17) E
44) a) 6,0m/s
18) D 19) C b) 5 rad
45) a) 1,0m/s
24) a) 30cm
b) concordância de fase
b) 5,0Hz
I1 9
50) ––– = –––
25) D I2 4
1 PA
29) a) ––– m 55) ––– =2 56) 8,0 . 10–3W 57) 100km
3 PB
b) 2m/s 58) D 59) D 60) A
c) A velocidade das ondas aumenta.
61) a) 0,40W/cm2
30) a) 12cm b) 80°C
b) Porque esses invólucros refletem as micro-ondas, dificul- 62) a) 4 . 10–6W
tando o cozimento ou o aquecimento dos alimentos. b) 1,0mm
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