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COR CMYK

O sistema CMYK é um sistema muito utilizado na indústria gráfica e é formado


pelas siglas das cores em inglês Cyan (Ciano), Magenta (Magenta), Yellow (Amarelo),
e o K representa o Black (Preto). Sendo o preto a cor chave para representar e definir os
detalhes de uma imagem. Como vimos anteriormente, o sistema RGB é a cor que
podemos visualizar no monitor, já o CMYK é a cor que vemos impressa quando
pedimos para imprimir algum documento em um fundo branco, a fim de diminuir a
intensidade de luz e intensificar a combinação das quatro cores em questão. Sendo o
CMYK a cor pigmento da que vemos no monitor.

REPRESENTAÇÃO DOS TONS BÁSICO DO SISTEMA CMYK

http://valejet.blog.br/diferencas-entre-rgb-e-cmyk

Quando em uma impressão queremos ver um vermelho vivo, podemos aumentar


a quantidade de magenta em 100% mais a densidade de amarelo também em 100%, pois
esses dois pigmentos geram o vermelho. Se quisermos obter um tom de cinza médio
podemos colocar 100 de ciano, magenta e amarelo. Quando queremos representar o
branco ou um detalhe em branco apenas entendemos como não aplicação do pigmento
na área desejada.
A seguir uma imagem representativa da diferença do sistema RGB para o
CMYK:

DIFERENÇA ENTRE O SISTEMA RGB DO SISTEMA CMYK


http://taniaalmeida94.blogspot.com

Note como as cores do CMYK não possuem luminosidade e como a união dos
círculos de cores formam cores completamente diferentes das cores do RGB.

CARTELA PANTONE

Pantone é uma empresa criada em 1962, em New Jersey, nos Estados Unidos,
que se tornou uma referência mundial por há mais de quarenta anos desenvolver cores
de tinta por meio de um sistema numérico preservando a qualidade da tinta e mantendo
a regularidade de seu padrão de produção, catalogando tonalidades de diversas cores
em cartelas e livros destacáveis para a realização de trabalhos gráficos, têxteis, cores de
tintas e plásticos, mantendo uma forma universal de comunicação dando a cada cor um
código e uma numeração específica. Essa cartela foi formulada a partir de 14 cores
básicas.
Quando estudamos o sistema CMYK anteriormente, vimos que é um sistema de
pigmentos voltado para a impressão, certo? Neste caso, o que a Pantone faz? A Pantone
reúne essas cores, e as mistura com o intuito de criar outras novas cores catalogando-as
e dando a elas novas numerações, facilitando a sua identificação e a sua procura.
O sistema Pantone é importante em um trabalho gráfico principalmente na hora
da impressão, pois quando um designer desenvolve um projeto, a cor que ele está
observando em seu monitor, não é a cor que vai sair impressa no trabalho final.
Portanto, o designer precisa decidir as cores que quer usar e precisa tratar essas
cores, independente do resultado que o monitor mostra (muitas vezes, o monitor não
está calibrado, nem a impressora, por isso as impressões dos trabalhos saem em cores
diferentes). Ao enviar o trabalho para uma gráfica, o designer precisa enviar os códigos
CMYK que quer que sejam impressos em seu trabalho. Em razão de tantas outras
exigências do mercado gráfico, a Pantone também desenvolve cartelas baseadas no
sistema RGB, facilitando visualizar ao vivo cores que conseguimos enxergar nos
monitores.
Esses códigos estão presentes na cartela Pantone, mostrando ao designer qual é a
cor específica que vai sair impressa na arte final. Assim, o arte-finalista conseguirá
entender exatamente qual a cor que o designer pretende ver ao final do projeto.
A cartela também é utilizada por muitos profissionais da moda, que precisam
atualizar as cores de seus tecidos e materiais de acordo com a estação do ano. A própria
Pantone faz uma enorme pesquisa de cores para a estação primavera-verão e outono-
inverno, divulga essas informações para esses profissionais, que pesquisam em desfiles
e revistas cores adicionais para o seu segmento profissional e montam a cartela de cores
de seus produtos.

MODELO DE UMA CARTELA PANTONE


http://pinterest.com/pin/

MACROTENDÊNCIA: ANÁLISE DO CENÁRIO

Desde os anos 90, podemos acompanhar o desenvolvimento de forma crescente


da internet, e a quantidade de empresas que querem fazer parte desta fatia, a fim de
colocar neste universo seus produtos e filosofias. Dessa maneira, cada vez mais o
mercado de trabalho está à procura de designers para se atualizarem e montarem seus
sites, suas embalagens, desenvolverem novos produtos, novas mídias para fazer parte da
vida de seus clientes de forma diferenciada e atingir tantos outros que ainda não são.
Afinal de contas, além de a empresa possuir um bom resumo profissional ao longo dos
anos, a beleza e o estilo hoje são grandes influenciadores econômicos em todas as áreas.
Hoje as pessoas param para pensar nas grandes empresas que há anos
construíram suas histórias baseadas no design e que até hoje continuam firmes e fortes,
além de muito bem atualizadas no mercado de trabalho. Um bom
exemplo citado na nossa apostila é a garrafa de Coca-Cola que possui o mesmo design
de 1915 e continua fazendo história, utilizando a mesma forma.
E o que falar da Apple, que em 1997 passou por uma grande crise, e acabou
recontratando Steve Jobs no ano seguinte lançando o iMac diferenciando o seu design e
reposicionando a marca ao mercado de trabalho, não apenas através de seus produtos,
mas também através de suas embalagens limpas, eficientes, que protegem o produto, e
possui lugar para guardar todos os equipamentos da marca.
Um dos grandes problemas que o design gráfico enfrenta hoje no mercado é que
a sua profissão ainda não foi regulamentada no Brasil e esses profissionais precisam
concorrer com profissionais do marketing, arquitetos, micreiros, dificultando muitos
trabalhos que são estudados e designados para uma profissão específica.
Outro detalhe que deve ser levado em consideração é em relação ao valor que
tem que ser cobrado pelo design em relação ao seu trabalho. A Associação do Design
Gráfico (ADG) produziu em seu livro Guia ADG Brasil de prática profissional do
designer gráfico, em 2002, uma tabela de valores para que os profissionais da área
possam ter uma noção do quanto cobrar por seus trabalhos, mas essa tabela ainda é
muito difícil de ser mensurada para alguns trabalhos, até mesmo se formos comparar
aos valores de mercado que são completamente diferentes e não trabalham com uma
base de valores.
Em razão desses impasses, o profissional sabe que ele é importante no
mercado, mas não consegue se definir na hora de uma entrevista de trabalho, pois ele
precisa fazer uso de uma infinidade de programas, que profissionais de outras profissões
usam, mas não sabem como executar o mesmo trabalho que um profissional da área no
qual estudou quatro ou até cinco anos na faculdade. Por isso muitos designers se sentem
confusos ao caírem no mercado de trabalho. Outro impasse é no campo acadêmico,
em que muitos professores não preparam o aluno para o mercado de trabalho.
Ensinam uma didática totalmente clássica, sem atualizações de mercado, sem
mecanismos de auxílio para o aluno compreender como funciona uma empresa e do
que realmente o aluno pode se valer para modificar, dar novas ideias e realmente
fazer a
diferença no mercado de trabalho, como ser criativo e desenvolvedor de novos
mecanismos e ideias.
As faculdades formam inúmeros profissionais que só entendem mesmo o que é
a sua profissão quando começam a trabalhar em uma empresa, e muitas vezes têm que
passar por um bom tempo de experiência para compreender o que tem que ser feito
dentro da sua área, para se adequar à estrutura da empresa.
Muitos recém-formados até procuram cursos de softwares para se
especializarem em uma área específica do design para que consigam desenvolver
trabalhos mais bem executados e mais bem focados dentro do contexto da empresa.
É importante levar em consideração que diante desses empasses que o designer
passa hoje, a profissão é muito bem vista no mercado e há uma fatia no mercado
precisando que profissionais qualificados para realizar serviços voltados para a área
gráfica, desenvolvimento de web, de embalagens, e até mesmo profissionais criativos
para implantação de novas ideias dentro das empresas.
Com a globalização, inovar virou palavra de ordem para as grandes empresas, a
busca por novos conceitos e aí entra o valor do design nas indústrias de calçados
brasileiros que estão investindo em design desde 1993, e começaram a exportar cada
vez mais seus produtos.
A mesma coisa aconteceu no setor moveleiro que acreditando no poder do
design conseguiu exportar cada vez mais um trabalho atual e diferenciado para seus
clientes externos que primam pelo design e pelo bom gosto, coisas que o design italiano
já faz há décadas.
Marcas que nunca tiveram interesse em desenvolver novas embalagens para seus
produtos viram um rendimento de 100% de venda de seus produtos, apenas trocando a
embalagem e dando mais explicações sobre os seus produtos nas caixas, destacando-se
cada vez mais nas prateleiras dos supermercados e lojas. Essa é a real função do design,
trazer praticidade, agregada à beleza e à funcionalidade dos produtos, uma receita hoje
desejada por todos.
REFERÊNCIAS

GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação. São Paulo: Annablume, 2000. SENAI.
Pré-impressão: Tratamento de imagens e gerenciamento de cores. Escola de
Tecnologia gráfica Theoblado de Negris. Apostila. Coordenação: Élcio de Souza.
Elaboração: Luiz Felipe Cunha. São Paulo: SENAI, 2001.
PIETROCOLA, Maurício; FIGUEIREDO, Aníbal. Luz e cores. São Paulo: FTD, 1997.

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