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Aula 1

GESTÃO DO PROJETO DE DESIGN


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Todos os produtos de design iniciam com um projeto, e durante o seu planejamento há uma
série de itens que devem ser levados em consideração na sua estruturação, como seu público,
segmento de atuação, quantidade de produtos, materiais a serem utilizados, entre outros.

64 minutos

INTRODUÇÃO

Todos os produtos de design iniciam com um projeto. Quando pensamos em qualquer produto, percebemos
que ele cumpre uma determinada função para alguém. Por isso, quando falamos em projeto podemos pensar

nesta “equação”: “Alguém precisa de algo para uma determinada Analidade”. Por isso mesmo quando falamos
em projeto, devemos ter em mente que a gestão do processo é que leva ao sucesso do produto. Durante o

planejamento de um projeto há uma série de itens que devem ser levados em consideração na sua
estruturação, como seu público, segmento de atuação, quantidade de produtos, materiais a serem utilizados,

entre outros parâmetros que nortearão a atividade projetual.


No Anal dos estudos, você terá visto como seguir o passo a passo para garantir o sucesso de um projeto de

design e estará apto a utilizar técnicas de gestão para otimizar seus resultados. Portanto, mãos à obra! A gestão
do design é uma parte fundamental de qualquer empresa e seu conhecimento sobre esse item será de suma
importância em suas atividades proAssionais! Bons estudos!

NOÇÕES DE BRIEFING EM DESIGN

Figura 1 | Iniciando um projeto de design


Fonte: Pixabay.

Iniciar um projeto de design não é uma tarefa fácil, para algumas pessoas iniciar um novo projeto traz tantas
ideias iniciais que Aca difícil selecionar quais devem ser colocadas em prática e quais devem ser ignoradas, para

outros parece que é só surgir um novo desaAo que parece que surge um bloqueio e não surge nenhuma
solução criativa.

É impossível sair desenhando sem saber quais objetivos devem ser alcançados e, desse modo, tudo começa

com um projeto. Devemos entender como projeto um esforço concentrado e temporário para criar um produto,
um serviço ou uma inovação. Isso quer dizer que um projeto é uma série de ações que devemos realizar para

criar algo novo: uma coleção de moda, um trabalho para faculdade, uma proposta de inovação, etc. Importante
termos em mente que quando usamos a palavra “temporário”, devemos ter um começo e um término muito

bem especiAcados, que podem ter uma duração variada, mas têm um objetivo concreto.

 Assimile
Por exemplo, uma confecção com mais de 10 anos de mercado pode desejar criar uma nova linha de

produtos para um público diferente do atendido até então, para isso ela precisa deAnir qual o novo perAl

do público, qual o sortimento, qual mix de produtos, qual estilo, qual a faixa de preço, como esse produto
fará parte da linha anterior na gestão interna dos processos, se será contratada uma nova equipe, etc.
Com o brieAng em mãos passamos a listar as soluções para o brieAng e, para isso, costumamos diferenciar

algumas etapas do planejamento.

1. Planejamento tático: refere-se ao que vamos fazer.

2. Planejamento estratégico: diz respeito às etapas e aos setores que estarão relacionados para que a tática

escolhida seja efetivada.

3. Planejamento operacional: diz respeito a como vamos fazer.

Quando iniciamos o planejamento estratégico, precisamos diferenciar o que é ambiente externo de ambiente
interno.

Análise de ambiente externo


Ambiente externo se refere a todo o contexto no qual a empresa, produto, ou novo projeto estão inseridos, isso
quer dizer que toda empresa deve estar conectada com o que acontece na atualidade com relação à política,

economia, tecnologia, cultura e outros fatores que podem inXuenciar decisões internas. Também é importante
que a empresa esteja atualizada com relação ao mercado que atua e que conheça seus concorrentes, seus

fornecedores e outros itens que também impactam o produto Anal, mas que não estão nas mãos da empresa,

ou seja, ela pode prever e fazer ações que sejam condizentes com esses dados, porém não tem como
inXuenciá-los nem modiAcá-los.

Análise de ambiente interno


Outro ponto importante é a análise de ambiente interno. Aqui estamos falando de tudo que está nas mãos da
empresa e que ela pode modiAcar, adaptar, adequar e até inXuenciar diretamente, como seus recursos

Ananceiros, tecnológicos e humanos.


Em resumo, podemos pensar que analisar o ambiente interno é veriAcar quais são as habilidades e

competências da empresa que podem dar a melhor resposta aos fatores analisados no ambiente externo,

gerando, assim, um produto que seja satisfatório para seu público-alvo.

Elaboração de um cronograma
Outra etapa importante do planejamento estratégico é a elaboração de um cronograma de atividades: quando

recebemos um brieAng, temos um objetivo Anal, que pode ser, por exemplo, o abastecimento da loja em

setembro com a nova coleção de verão.


O cronograma faz um cruzamento das atividades com o tempo que cada uma delas leva para ser iniciada e

Analizada. No cronograma também podemos visualizar quais tarefas devem estar encerradas para que outra(s)

possa(m) começar, estabelecendo precedências e prioridades.

VIDEOAULA: NOÇÕES DE BRIEFING EM DESIGN


No vídeo, abordaremos a construção de um cronograma de atividades e como devemos elaborar um gráAco de

Gantt. Aprofundaremos a execução do cronograma e analisaremos como cada etapa deve ser pensada para o
atingimento da meta estabelecida.

Videoaula: Noções de brieFng em design

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

ELEMENTOS DO BRIEFING E SUA ANÁLISE

Quando falamos em brieAng de design, estamos nos referindo a uma série de orientações que têm o papel de

detalhar as especiAcações que determinaram os aspectos estéticos de um produto. Como sabemos, o design

visa resolver problemas, e as informações que nos darão a direção para que possamos concluir essa tarefa com

sucesso é o brieAng do design.

Um dos pontos de todo trabalho de designer é a empatia com seus clientes, ou seja, conhecer a fundo o
público-alvo para criar soluções que resolvam (de fato) os problemas de seus clientes, isso é bastante

importante, pois o designer deve compreender que seu gosto pessoal não pode ser preponderante na

resolução dos problemas do cliente. Assim sendo, é preciso estar na pele do cliente, compreendendo suas

necessidades, seus anseios, suas dores, seus comportamentos, de tal forma que as soluções encontradas

encantem o consumidor Anal. Na Figura 2, vemos como representativamente devemos olhar para o nosso

público.

Figura 2 | Olhar atento ao público-alvo

Fonte: Pixabay.
De modo geral, não existem regras para a deAnição de um brieAng, porém alguns dados são muito importantes

para que possamos traçar a estratégia ideal para cada projeto.

Busca de informações sobre a empresa contratante: o primeiro é buscar informações sobre a empresa

contratante (seja você um funcionário Axo ou um prestador de serviços freelancer, ou seja, um trabalho

B2B), busque informações sobre a empresa que está desenvolvendo o produto e lembre-se de que o

posicionamento de mercado da empresa também deve ser levado em consideração, e a relação preço e
qualidade é um dos fatores determinantes na posição de mercado de uma empresa. Também podemos

observar as estratégias de logística, marketing, identidade visual, comunicação da marca, pontos de venda,

mídias sociais, etc.

Busca de informações sobre o público-alvo: agora, inicia-se a busca de informações sobre o público-alvo
da empresa, seu comportamento, faixa etária, ciclo de vida, classiAcação socioeconômica, gostos e

preferências, etc.

Coleta de informações sobre concorrentes: também não podemos esquecer de coletar informações

sobre os concorrentes, lembrando que nesse quesito temos os concorrentes diretos (que trabalham com o
mesmo tipo de produto e visam a mesma fatia do mercado) e os concorrentes indiretos (que trabalham

com outros tipos de produto, mas disputam com você os mesmos consumidores).

Atenção aos segmentos iguais: também é importante destacar que segmentos iguais podem objetivar
públicos muito distintos, por exemplo, suponhamos que você trabalhe para uma marca que produz

lingerie, essa lingerie pode ser básica, pós-operatória, linha noite, etc. Essas informações são a base para

qualquer projeto de design, pois são elas que vão fornecer o DNA da empresa e assim conseguirão

alcançar o sucesso desejado, conferindo a seus produtos uma estética que esteja alinhada à marca, assim

como garantir vantagem competitiva quando comparado aos seus concorrentes.

Detalhes estratégicos: nos detalhes estratégicos, podemos aprofundar dados relacionados à

quantiAcação da produção, a profundidade de linha de produtos, a preciAcação e outros itens que vão

assegurar a entrada do meu produto no mercado.

Orçamento e custos: devemos também deixar especiAcado o orçamento e os custos estimados, as

matérias-primas a serem utilizadas e seus respectivos fornecedores, prazos a serem cumpridos e quem

serão os colaboradores responsáveis por cada etapa.

Com todos esses dados, o designer pode estabelecer metas factíveis que não prejudiquem a qualidade do

projeto, adequando soluções estéticas que não prejudiquem o orçamento e atendam prazos realistas.

A análise de projetos anteriores também é primordial para o desenvolvimento de novos produtos. A partir

dessa análise, podemos ver quais itens são best-sellers, quais têm diAculdade de venda, quais têm grande

chance de agradar ao público, etc.

VIDEOAULA: ELEMENTOS DO BRIEFING E SUA ANÁLISE


Falaremos sobre as ferramentas que podem auxiliar na estruturação de um projeto de design desde o processo

criativo até as soluções relacionadas ao processo produtivo. Entre as ferramentas, abordaremos brainwriting,

brainstorming e diagrama de Ishikawa, mostrando sua aplicabilidade e importância no desenvolvimento de


projetos de design.

Videoaula: Elementos do brieFng e sua análise

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

RESOLUÇÃO EM DESIGN: O PAPEL DA CRIATIVIDADE E DA ARTE

Como você já sabe, trabalhar com design implica responder tecnicamente a um problema dado, e o brieAng é o
ponto-chave para que possamos atender a solicitações de um dado projeto, pois sem ele Acamos sem rumo,

sem parâmetros que nos digam o que precisa ser feito.

Entretanto, quando uma empresa contrata um designer, ela espera soluções esteticamente agradáveis, além de

criativas. Esse é o grande desaAo dos projetos de design: atender as solicitações feitas de modo lógico e

racional, respeitando as métricas solicitadas, e ainda assim apresentar soluções criativas, inovadoras e
esteticamente agradáveis para o público-alvo.

Repertório estético e artisticidade


Para que isso aconteça, é bastante importante que o designer tenha repertório estético, ou seja, que seja

conhecedor de vários assuntos e que tenha curiosidade e capacidade de trazer referências “emprestadas” de

outras áreas, principalmente aquelas relacionadas ao universo da artisticidade. Quando usamos esse termo,
estamos nos referindo a áreas do conhecimento que utilizam a arte e seus elementos como informação para o

seu desenvolvimento.
Vemos também que muitos designers apresentam trabalhos tão ricos do ponto de vista estético que Aca difícil
não classiAcar seus trabalhos como arte, o que os posiciona em um limite entre a arte e o design.

Figura 3 | Criatividade
Fonte: Shutterstock.

Quando agregamos elementos de artisticidade e um projeto de design que acompanham a proposta do brieAng
de maneira inovadora, conseguimos ampliar o valor percebido do produto.

Valor do produto
Quando criamos um produto, devemos perceber que pode haver uma grande diferença entre o seu custo, o seu
preço de venda e o seu valor percebido. O custo refere-se aos montantes Ananceiros gastos na construção de
um produto, o preço de venda é o valor monetário aplicado ao produto para cobrir os custos e gerar lucro, já o

valor é a percepção de que determinado produto supre necessidades intangíveis e agrega valor à vida de seu
usuário.

Criatividade
Para conquistarmos o domínio de elementos de artisticidade, é importante que exercitemos a criatividade. Para
sermos criativos, é preciso pensar “fora da caixa”, mesclando conhecimentos e saindo das propostas óbvias
para os problemas dados. Durante o processo criativo de um novo produto de design, é preciso exercitar a

busca por soluções novas e não ter medo de experimentar e sair do óbvio, mesmo que em um primeiro
momento pareça muito disruptivo.
 Assimile
Por exemplo, na década de 1960, Paco Rabane construiu peças de vestuário com plástico e metal,

elementos que não foram criados para a confecção de roupas. Graças a esse pioneiro, hoje, para nós, é
comum vermos o plástico associado à moda, principalmente em acessórios como bolsas e calçados.

É preciso ter em mente que a criatividade é um misto de irreverência, inovação e intuição. Porém, quando
ousamos ser criativos, devemos estar preparados para possíveis falhas, assim como estar prontos para as

críticas, pois tudo aquilo que é novo exige experimentação. Isso quer dizer que no processo criativo devemos
estar atentos a coisas que nunca foram pensadas antes, buscando soluções inovadoras.

Porém, no mundo corporativo, você já deve ter ouvido que tempo signiAca dinheiro, de modo que existem
limites para a criatividade. Essa notícia pode parecer um tanto frustrante, porém, não se esqueça, esse é o

grande desaAo do design, ser criativo respeitando os parâmetros fornecidos pelo cliente e propondo soluções
que tragam interesse técnico e visual aos novos produtos, gerando desejo de consumo para o público-alvo,
dentro de uma demanda de custo e tempo pré-estabelecidos.

VIDEOAULA: RESOLUÇÃO EM DESIGN: O PAPEL DA CRIATIVIDADE E DA ARTE

Vamos falar agora sobre atributos físicos e atributos simbólicos do produto. Abordaremos as diferenças entre
eles e a importância da aplicação das características simbólicas na elaboração de um produto de design de
moda, a valorizar o produto e dar-lhe uma percepção de mercado diferenciada.

Videoaula: Resolução em design: o papel da criatividade e da arte

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

ESTUDO DE CASO

Parabéns! Você foi promovido a gerente de produto da empresa New Fashion, uma marca de moda com três
anos de mercado. A marca ainda é pequena e trabalha com o segmento casual feminino. Sua primeira tarefa

será desenvolver o cronograma de atividades para a coleção da próxima estação. A empresa terceiriza toda a
produção, mas realiza todo o desenvolvimento de produto internamente, assim como toda a parte de

marketing digital da empresa.


Atualmente, a New Fashion não tem ponto de venda físico e atua apenas no Instagram, por isso, você deve
subdividir a coleção de 30 modelos em três minicoleções de dez modelos cada uma, sendo que cada

minicoleção deverá ser lançada em um mês diferente. Isso quer dizer que a empresa lançará dez novos
modelos por mês durante os três meses da próxima estação.

Para desenvolver essa tarefa, você deve estar em todas as etapas necessárias para que as minicoleções sejam
lançadas no Instagram no começo de cada mês, incluindo as sessões fotográAcas com as modelos e as datas de

lançamento na rede social.


Feito isso, divida o cronograma em semanas e estabeleça o começo e o término de cada atividade. Você pode
utilizar uma tabela de Excel para executar esta atividade.

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

Você acabou de receber um brieAng, ou seja, uma série de parâmetros para iniciar o seu trajeto. A primeira
etapa é veriAcar qual é a próxima coleção. Normalmente no Brasil Analizamos e fazemos os lançamentos das

coleções de inverno em março e as de verão entre agosto e setembro. As pesquisas começam pelo menos um
ano antes, por exemplo, em janeiro de 2021 você já tem informações no mercado para programar a coleção de
Janeiro de 2022, porém ela estará nas lojas em setembro de 2021, o que signiAca que você tem, neste caso,

aproximadamente nove meses para desenvolver todas as etapas do desenvolvimento da coleção. Feito isso,
você precisa listar todas essas etapas:

Pesquisa de tendências.

Análise da coleção passada.

Escolha da tendência a ser seguida.

Escolha do tema da coleção.

Desenvolvimento de painel temático.

Resolução de profundidade do mix de produto.

Elaboração dos croquis.

Elaboração das Achas técnicas.

Desenvolvimento das modelagens.

Compra de tecidos.

Compra de aviamentos.

Desenvolvimento das peças-piloto.

Prova de roupas.

Contratação da produção.

Produção.

Embalagem.

PreciAcação.
Contratação de fotógrafos e modelos.

DeAnição de looks e cenários para divulgação.

Para a elaboração dessa lista, você deve analisar a realidade de cada empresa, cada realidade pede soluções

distintas. Você também pode pensar em subdivisões para cada tarefa, para compra de tecidos é necessário
fazer uma pesquisa de mercado, cotar os fornecedores, pedir amostras para as peças-pilotos, veriAcar caimento

dos tecidos, veriAcar se eles respondem a proposta do projeto, etc.


Portanto, essa listagem, apesar de não seguir nenhuma regra, deve responder as necessidades do objetivo Anal
de cada projeto.

Se você achou muito difícil, tente pensar de trás para frente, para que um produto chegue no ponto de venda,
qual foi o caminho que ele percorreu até chegar ali. Aproveite para se questionar qual foi o departamento

responsável por cada etapa, pois no cronograma devemos também prever isso.

Resolução do Estudo de Caso

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Quando falamos em gestão do design, devemos ter em mente que se trata de uma série de ferramentas e
técnicas que vão permitir que os resultados estéticos e econômicos sejam satisfatórios para a empresa. O

design não deve apenas se preocupar com os aspectos externos ou visuais dos produtos, ou seja, apenas a
estética não garante que um produto seja adequado para um determinado público.

As empresas necessitam cuidar de sua saúde Ananceira. A gestão do design faz esse papel, garantindo que
a empresa seja reconhecida por uma determinada imagem de marca e com isso Adelize seus clientes,
ajudando-a a tomar decisões estratégicas precisas e Ananceiramente vantajosas.

Outro ponto importante é que todos os projetos têm várias tarefas a serem desenvolvidas, o que torna a
tarefa de gerenciamento bastante complexa. Uma falha no cálculo de tempo para Analização de uma

determinada etapa pode comprometer uma série de tarefas que estejam interdependentes. Para facilitar o
nosso trabalho atualmente podemos contar com várias ferramentas digitais. Você pode experimentar o

Bitrix24, trata-se de uma ferramenta gratuita na qual você insere seu projeto e lista todas as atividades que
devem ser feitas para que seja efetuada, incluindo os prazos de cada etapa. Assim você tem uma forma
visual de acompanhar o progresso das tarefas e também pode utilizar o kanban dentro da própria

ferramenta, que se trata de um gráAco que separa as tarefas Analizadas das em execução, assim como as
que ainda precisam ser inicializadas, facilitando o gerenciamento do projeto.

Nessa mesma ferramenta, você pode acionar o gráAco de Gantt, que é um método que posiciona as
atividades na linha do tempo e você pode ver quais tarefas devem ser concluídas para que outras possam
começar.
Aula 2

ELEMENTOS DO BRIEFING NO DESIGN


Nesta aula, vamos aprender como analisar o brie@ng e tomar decisões assertivas na construção
de novos produtos.

51 minutos

INTRODUÇÃO

Olá, estudante! Tudo bem?


Neste estudo, continuaremos desenvolvendo as percepções sobre o brieAng, aprendendo como analisá-lo e

tomar decisões assertivas na construção de novos produtos. Veremos um pouco sobre a natureza do design e
também como a natureza pode nos inspirar em nossos projetos. Veremos que a criatividade é uma habilidade
que deve ser desenvolvida no dia a dia, não se trata de uma capacidade inata. Também aprenderemos sobre

como construir ferramentas importantes na detecção de nosso público-alvo, peça fundamental para que
tenhamos sucesso em nossos projetos.

Durante os estudos, você aprenderá a aprofundar a empatia com seu cliente, transformando isso em
percepções úteis na decodiAcação das informações vindas no brieAng. Os conteúdos desta aula te ajudarão a
ter mais conAança na hora de criar produtos e realizar projetos de sucesso. Espero que você esteja

entusiasmado! Vamos começar?

O PROJETO DE DESIGN: SUA NATUREZA E RELAÇÕES BÁSICAS

Todo projeto de design inclui a resolução de um problema prático, ou seja, atuar em uma determinada
necessidade, de um grupo especíAco de pessoas, de forma a fazer a intersecção de uma funcionalidade prática

com uma adequação estética.


No início dos projetos de design, havia uma tendência à simpliAcação estética, porém, hoje, nem sempre

pensamos o design de tal forma, sendo ele muito mais uma leitura estética elaborada para uma necessidade
prática especíAca.

Como você já sabe, o design também se utiliza de referências da arte para se manifestar. Quando olhamos, por
exemplo, para uma pintura, sabemos que o artista criou uma composição visual que fez parte de um plano
intencional. Por que, então, os pintores não são considerados designers? Vejamos: se uma obra de arte tenta

manifestar a impressão visual do mundo por meio de linhas, formas e cores, ela é uma obra de arte, pois esse
raciocínio faz parte do conceito artístico. Porém, essa obra pensa as linhas, formas e cores de tal maneira que o

resultado seja ver esse produto/conceito massiAcado, seja em um cartaz, em uma roupa ou em um carro,
estamos, então, pensando como um designer.
Por isso, mesmo no início dos estudos acadêmicos, o design havia o objetivo de simpliAcar as formas, para
transformar o universo das linhas, cores e formas, em manifestação plástica com funcionalidade de modo a

facilitar a reprodutibilidade técnica.

 ReCita
Para compreender isso no início da industrialização, você pode pensar da seguinte maneira: se a indústria

podia fazer é porque o processo foi simpliAcado, permitindo que algo mais complexo fosse reproduzido
muitas vezes. Hoje, entretanto, com o desenvolvimento das máquinas e da tecnologia é possível vermos
formas e soluções complexas que podem ser copiadas muitas e muitas vezes, o que contribui para que
pensemos o design como uma solução estética apropriada à necessidade de um grupo especíAco.

Também é interessante pensarmos que o design, muitas vezes, nasce da observação da natureza. Ao entrarmos

em contato com o ambiente natural e suas leis (anatomia, biologia, cosmologia, etc.), recebemos informações

construtivas que podem ser traduzidas e ou adaptadas no pensamento projetual do design.


É interessante pensarmos que, por exemplo, alguns animais parecem conhecer os conceitos de design em suas

construções. Quando observamos um ninho de passarinhos, sabemos que cada espécie faz uma escolha

distinta entre o tipo de gravetos e a trama entre estes, adequando às suas necessidades. A forma de uma

colmeia com seus favos hexagonais, tem a melhor solução para que seja o recipiente mais apropriado para que
o mel, desenvolvido pela própria abelha, não escorra.

Figura 1 | Inspiração na natureza e a natureza do design


Fonte: Pixabay.

Nosso corpo também é uma obra de design da natureza. Veja suas mãos, por exemplo, tente veriAcar a
quantidade de movimentos que elas são capazes de fazer e que acontecem por meio das articulações, que são

dobradiças eAcientes para desempenhar muitas funções. Essa percepção é a base do design: a junção

engenhosa entre uma Analidade determinada previamente e a construção/concepção de um mecanismo, uma


visualidade ou um objeto.

VIDEOAULA: O PROJETO DE DESIGN: SUA NATUREZA E RELAÇÕES BÁSICAS

Vamos ver como o design pode se inspirar na natureza segundo a sequência de Fibonacci, sobre a proporção

áurea e sobre a biomimética. A natureza é uma grande fonte de inspiração para os designers, ela utiliza uma
série de regras que podem ajudar o processo criativo, como podemos aplicar essas informações no dia a dia do

Design é o assunto que será abordado no vídeo.

Videoaula: O projeto de design: sua natureza e relações básicas

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

ANALISANDO O BRIEFING: O DEBRIEFING


Como você já sabe, o brieAng é a ferramenta que irá nos guiar durante o processo de design. Em geral, no

mercado iniciamos todo e qualquer projeto por um brieAng, que deve ser analisado de forma a criar uma
solução compatível com o que foi determinado pelos proponentes.

Um dos pontos mais importantes durante a análise de um brieAng é a pesquisa, ou seja, ao recebermos um

brieAng devemos nos concentrar em encontrar soluções criativas por meio de uma metodologia de pesquisa

adequada.
Muitas vezes, é preciso fazer uma imersão nos dados que são desconhecidos pelo designer.

Por exemplo, imagine que você está criando uma linha de uniformes para uma empresa brasileira que tem

Aliais de norte ao sul do país. Sabemos que nossas dimensões continentais apresentam uma grande variação,
que inclui clima e culturas diferenciados, porém se estamos falando de um uniforme, precisamos pensar em

algo que seja mais universal e que atenda muitas necessidades diferentes, que esteja atento às diversidades

étnicas, de gênero, de biótipo, de clima, etc. Justamente por abarcar assuntos tão amplos é que a pesquisa é
essencial: todo projeto de design traz desaAos e precisa de conhecimentos que ainda não estão no nosso

domínio.

Continuando nosso exemplo, imagine que esse uniforme seja para uma área com a qual você não tem

nenhuma familiaridade, por exemplo, uma rede de empresas especializada em mecânica de manutenção
veicular. Você sabe quais são as necessidades implícitas no dia a dia dessas atividades?

Figura 2 | Atenção às necessidades do usuário

Fonte: Pixabay.
Provavelmente a resposta é não, por isso o ideal é vivenciar uma pesquisa de campo, nesse caso. Ou seja,

passar alguns dias observando a realidade de trabalho dessas pessoas, ou quem sabe até tentando reproduzir
seus movimentos, observando assim necessidades vivenciadas na prática.

Além disso, você já parou para pensar que o desgaste de uniforme é muito maior do que de uma roupa de uso

cotidiano? Você conhece essa especiAcidade? Conhece quais matérias-primas são mais ou menos resistentes?
A partir desse exemplo, perceba que analisar um brieAng é fazer perguntas sobre esses dados e descobrir

maneiras de responder essas perguntas, pois nem sempre existe uma regra clara de como solucionar uma

determinada especiAcidade do brieAng. Precisamos então usar dois elementos primordiais na análise de um
brieAng: a empatia e a criatividade.

Imagine, por exemplo, que você precisa criar um produto para pessoas que possuem alguma deAciência. Se

você não tem familiaridade com esse assunto, a sua pesquisa pode começar visitando alguma associação que

tenha essa causa como objeto de atuação, lá você pode conversar com especialistas, conhecer pessoas que
vivenciam a necessidade especial no dia a dia e assim desenvolver empatia na solução de um problema. Mas

note também que a solução dada como exemplo não reXete ou signiAca regras do tipo: visite tais entidades ou

pergunte isso para tais pessoas ou desenvolva um determinado painel e utilize tal ferramenta. São seu bom
senso e sua intuição, além da sua prática diária, baseada em erros e acertos que vão te ajudar a analisar e

buscar respostas para a solução de um novo projeto a partir de um brieAng. Você precisa ser curioso e estar

interessado em buscar soluções, que são recursos primordiais da criatividade.

VIDEOAULA: ANALISANDO O BRIEFING: O DEBRIEFING

Vamos abordar a criatividade e o processo criativo, sua importância e aplicação dentro do processo de um

projeto de design. Conheceremos as quatro fases da criatividade, conheceremos as técnicas para se tornar mais

criativo e validar o processo de criatividade dentro de um trabalho.

Videoaula: Analisando o brieFng: o debrieFng

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

PONTO-CHAVE DO PROJETO DE DESIGN: PÚBLICO-ALVO

Você já parou para pensar como as pessoas são diferentes e também têm necessidades diversas? Além disso,
cada um de nós pode modiAcar seus gostos, preferências e necessidades ao longo do tempo. Aquilo que

gostávamos ontem pode não fazer tanto sentido daqui algum tempo. Somos inXuenciados o tempo todo pela

mídia, pela sociedade, pela fase de vida que presenciamos, pelo nosso nível de escolaridade, pelos nossos
grupos de aAnidade, entre muitos outros fatores, o fato é que nós, como designers, devemos estar atentos ao

nosso público-alvo: quando tentamos agradar todo mundo, no Am das contas, não vamos agradar ninguém.
Figura 3 | Foco no público-alvo

Fonte: Pixabay.

Uma das formas de estabelecermos um público-alvo é baseado em pesquisas e em segmentação de mercado,


conseguindo assim otimizar nossas ações de planejamento, marketing, distribuição, etc.

A seguir, veremos algumas segmentações possíveis:

Segmentação geográDca: é quando classiAcamos o nosso público-alvo de acordo com a região geográAca

que desejamos atuar, pode ser um bairro, uma cidade, um país, um continente, tudo vai depender das

decisões esquematizadas no planejamento estratégico.

Segmentação socioeconômica: é quando classiAcamos nosso público-alvo de acordo com sua


composição de renda e/ou capital cultural, o índice mais utilizado é o Critério de ClassiAcação Econômica

Brasil (CCEB), nele encontramos as classes sociais divididas por letras (A, B, C, D, E) e que se baseia nas

posses de bens, renda familiar e grau de instrução/escolaridade do chefe da família.

Segmentação por faixa etária: nessa classiAcação encontramos a faixa etária que compreende o maior

número de pessoas que desejamos atingir com nosso produto, é importante não trabalhar com intervalos
de idade muito amplos. Em geral, utilizamos médias de 5 a 10 anos de intervalo de idade. Exemplo:

pessoas entre os 15 e 20 anos. É preciso tomar cuidado em relacionar a faixa etária com o ciclo de vida,

isso quer dizer que devemos levar em consideração a fase na qual a pessoa se encontra, por exemplo,

nessa faixa etária citada encontramos jovens e adolescentes que estão completando o ensino médio e
moram com os pais. Porém, dependendo da classe social, da localização geográAca e dos valores culturais,
pessoas nessa faixa de idade podem estar em outra situação completamente diversa.

Segmentação por estilo de vida: essa classiAcação é uma das mais utilizadas como referência de
segmentação, isto porque são levados em consideração os hábitos e costumes de uma determinada

parcela da população que nos interessa como público-alvo. Aqui nos concentramos em compreender

valores pessoais, gostos e preferências, hábitos e costumes e outros índices que nos mostrem dados
relativos ao posicionamento de um determinado grupo frente à vida. Com esse tipo de segmentação,

podemos elencar escolhas pessoais que inXuenciem a forma como determinado grupo age como

consumidor.

Segmentação psicológica ou comportamental: aqui entram dados sobre gostos e costumes e crenças e

valores: quais são as causas e crenças que motivam a escolhas do grupo que se pretende atender?

Segmentação por ocasião de uso: nesse caso, damos especial atenção a qual tipo de produto será feito,
de acordo com sua utilidade imediata. No caso do vestuário, por exemplo, podemos classiAcar as ocasiões

de uso como moda festa, moda casual, beachwear, etc. No caso de veículo automotores, temos carros de

passeio, utilitários, caminhões, etc. Ou seja, a Analidade do produto é o item que conduz a segmentação.

Segmentação por gênero: aqui classiAcamos o produto em feminino, masculino ou agênero.

O ideal é que sempre trabalhemos com uma estrutura de segmentação composta por um ou mais tipos de

segmentação citadas acima. Por exemplo: mulheres, universitárias, na faixa etária de 18 a 25 anos, que
trabalhem e estudem, que gostem de terapias alternativas, de classe social B e C, que frequentem clínicas de

estética, shoppings, que gostem de viajar, que sejam comunicativas, extrovertidas, que amem os animais, sejam

ativistas de causas sociais, etc. Assim, quanto mais dados tivermos desse público-alvo, maiores serão as

chances de criarmos um produto que atinja as necessidades de um grupo de pessoas especíAco, e desse modo
tenhamos maiores chances de sucesso, principalmente porque vamos entendê-los a fundo.

VIDEOAULA: PONTO-CHAVE DO PROJETO DE DESIGN: PÚBLICO-ALVO

Vamos aprofundar nossos conhecimentos em público-alvo. Veremos duas ferramentas muito importantes, a

primeira é a detecção da persona e a segunda é o mapa da empatia, ambas são primordiais para que tenhamos
maior familiaridade com nosso público-alvo.

Videoaula: Ponto-chave do projeto de design: público-alvo

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

ESTUDO DE CASO
Olá, estudante! Você acabou de voltar de férias e está mostrando as fotos maravilhosas que tirou para seus

colegas da New Fashion. De repente, vocês têm uma ideia: porque não esboçar alguns croquis com inspiração

nas fotos da natureza que você tirou nas férias?


Quem sabe esses novos modelos não possam ser a base para a próxima coleção. Para isso, você vai criar dois

painéis:

1. Um painel de público-alvo baseado na persona da New Fashion.

2. Um painel de inspiração nas suas fotos da viagem.

Com esse material em mãos, você vai desenhar um look que seja inspirado nas suas fotos de natureza e que

seja adequado ao seu público-alvo, a partir do painel que você construiu pensando na sua persona.

Para utilizar o painel de referências, lembre-se de pensar em formas, linhas cores e texturas, um formato de
uma folha por exemplo pode ser a inspiração para um formato de uma gola de um bolso de um detalhe de um

botão, a textura de um peixe pode ser uma estampa, pode ser reproduzida com tecido com textura parecida, o

importante é que as imagens selecionadas te ajudem a criar, faça sua criatividade ser estimulada e que traga

informações que sejam interessantes e provoquem desejo de consumo no seu público-alvo.


Ao Analizar seu croqui, volte e compare com os painéis. O look criado seria usado pela persona que está no

painel? Você consegue perceber os elementos das fotos no seu desenho, a sua inspiração Acou clara no produto

Anal?

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

Vamos resolver este estudo de caso?

Primeiramente, você deve imaginar como foram suas férias, sua criatividade já entra em ação, você pode ter

que se inspirar em alguma viagem que tenha feito, em férias reais que tenha vivenciado e que tenha sido
inspiradora, ou simplesmente imaginar.

Feito isso, você precisa alinhar um tema, se essa viagem foi para o campo, para a praia, se você fez trilhas

caminhando, apreciando e conhecendo a natureza ou se mergulhou, conhecendo as profundezas do mar, etc.

Com isso, você poderá estreitar o seu tema de inspiração. Você pode escolher uma determinada região, animais
que tenham algo em comum, outro aspecto qualquer da natureza. O importante é que haja um padrão,

qualquer que seja ele.

O próximo passo é selecionar imagens inspiradoras. Essas imagens devem trazer informação que possa ser
transformada em produto, mas em um primeiro momento não se preocupe com isso. Um favo de mel pode ser

inspiração para o shape de um look, para o formato de um bolso, para o formato de um botão, para a textura

de uma peça, etc. Portanto, quanto mais rica as imagens, maior a chance de serem inspiradoras.
Agora, você deve organizar essas imagens, uma boa alternativa é armazená-las no Pinterest, classiAcando-as em

pastas especíAcas.

Não menos importante é o painel de público. Perceba que o painel de público, normalmente na empresa, já

está deAnido antes de todas os projetos, embora devamos estar atentos às modiAcações de comportamento de
nosso público, esse painel é de certa forma Axo e serve de base para várias e várias coleções. Uma boa

alternativa para você descobrir imagens que vão gerar o seu painel de público, é fazer o mapa da empatia,
fazendo perguntas sobre seu público e respondendo-as.

Selecione a imagem de uma única pessoa, essa pessoa tem um determinado biótipo, uma determinada idade, e

tudo isso importa, nenhum dado deve ser relevado ou menos pesado. Tente achar a imagem de uma única
pessoa que seja o representante exclusivo de todo o seu público-alvo, como se ele fosse uma grande síntese.

Também separe imagem life style de seu público-alvo, transforme em imagens as considerações percebidas na

sua pesquisa de mapa da empatia. Forme um painel com essas imagens e deixe ele à vista.

Agora você vai criar o seu look. Ele deve corresponder ao público criado no painel de público e deve ser
inspirado no painel de referências visuais criado com as imagens das férias. Depois de criar os produtos,

lembre-se de se perguntar se conseguiu perceber as referências visuais da inspiração escolhida e se o público

evidenciado no painel de público teria o desejo de consumo desse produto. Caso você conheça alguém que
corresponda a esse painel, mostre sua criação para essa pessoa e pergunte o que ela acha, aceite as críticas de

maneira aberta, de modo que lhe sirva como forma de aprimoramento como designer. Os elementos das fotos

no seu desenho, a sua inspiração Acou clara no produto Anal?

Resolução do Estudo de Caso

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Quando trabalhamos com imagens é importante que busquemos referências. Existem muitas ferramentas
no mercado que ajudam a tarefa de buscar imagens para referências. O Pinterest, por exemplo, é uma

ferramenta bastante interessante, nele podemos criar pastas de referências e consultar para

aumentarmos nossa criatividade.


É natural que o designer comente muitas vezes que tem uma ideia pronta na cabeça, passar para o papel

parece que falta algo, isso se resolve tendo um repertório visual organizado. Ao iniciar suas pastas no

Pinterest, comece buscando imagens que lhe agrade, coisas que lhe chamem atenção. Você também pode
buscar imagens de produtos da sua área de atuação que sejam interessantes para você.

Você também pode subdividir as pastas por detalhes, por exemplo, se você é designer de interiores, pode

ter uma pasta com tecidos, outra com mobiliário, com cores, outra com objetos de design, outra com

móveis de época e quaisquer outros itens que lhe ajudem a buscar referências visuais quando necessita
iniciar um novo projeto.

O mesmo acontece para qualquer outra área. Você também pode selecionar imagens que aparentemente

não têm uma relação direta com seu trabalho, mas que simplesmente lhe agradem. Isso é bastante
importante, tanto para criar bagagem pessoal e imagética como para ir percebendo quem é você como

designer, quais coisas que lhe agradam, quais itens lhe representam, quais são os padrões que se repetem

e que você não havia percebido.


Mãos à obra: inicie sua seleção de imagens, você pode usar o Pinterest para isso ou ter um caderno (petit
cahier) ou criar moodboards, por exemplo, e começar a explorar o mundo das referências imagéticas. O
importante é começar a coletar imagens e criar um sistema para armazená-las, catalogá-las e criar um

repertório totalmente único e individualizado.

Aula 3

GESTÃO PROJETUAL EM DESIGN


Nesta aula, vamos aprender como desenvolver uma sequência metodológica para fazermos
criações a partir de uma lógica.

52 minutos

INTRODUÇÃO

Olá, estudante!

Vamos aprender como desenvolver uma sequência metodológica para que você consiga fazer suas criações a
partir de uma lógica. Veremos que quando criamos etapas de trabalho, conseguimos traçar metas exequíveis e

realizar o passo a passo da complexa ação de gerenciar o projeto de design.

Sabemos também que ser criativo é muito importante, por isso vamos conhecer como a pesquisa é uma

ferramenta indispensável no seu aprimoramento proAssional e na realização de trabalhos cada vez mais
inovadores e coesos em termos conceituais e estéticos.

Está preparado? Vamos começar!

O PROJETO DE DESIGN E SUAS ETAPAS

Todo projeto de design consiste em um longo processo, da concepção até a execução do projeto Anal. Em geral,
podemos dividir o projeto de design em cinco fases:

Primeira fase
Trata-se da reunião com o cliente, recebemos o brieAng e acertamos as questões iniciais da proposta do

trabalho. É quando focamos nas necessidades, das limitações, das indicações e das especiAcações que já vimos
no brieAng. Nessa fase, é importante estabelecer os prazos e o orçamento, se você for um designer freelancer,

você precisará elaborar um contrato de serviços para então iniciar a segunda fase do projeto.

Segunda fase
Aqui iniciamos o conceito inicial do projeto, com a decodiAcação do brieAng, ou seja, faz-se uma análise do
projeto, cruzando-se os dados levantados na primeira fase com as pesquisas iniciais (público, mercado,

concorrência, tendências, etc.). Nessa fase, traçamos o conceito inicial do projeto e, para isso, também pode-se

fazer um levantamento de matérias-primas, formas básicas, produtos similares, etc. O importante é que surja o
conceito do trabalho de acordo com estudos de tendência e com os dados levantados pelo brieAng. VeriAcamos

também se as metas Ananceiras do projeto estão dentro do escopo. Ainda nessa fase podemos elaborar os

painéis conceituais (público, referências, tendências) e outros materiais que ajudem a dar suporte conceitual na
apresentação inicial das soluções do projeto para o cliente ou para a cheAa. Isso garante que vamos seguir um

caminho coerente e seguro para o desenvolvimento da terceira fase.

Terceira fase
Inicia-se a execução do projeto em si. É aqui que começamos a desenhar os produtos com todos os seus

detalhamentos. Elaboramos uma série de documentos e diretrizes: a Acha técnica de produtos, a cartela e de
materiais, estabelecemos dimensões e proporções, memorial descritivo, sequência operacional, Xuxograma,

etc.

Cada área do design, cada empresa e cada produto podem ter suas determinações especíAcas e toda essa
documentação é a garantia da qualidade na reprodução em série de um desenho ou projeto. Aqui também

conseguimos fazer o orçamento da produção, já que temos todas as informações necessárias para a construção

de um único produto, assim sendo conseguimos veriAcar se o nosso orçamento será seguido de acordo com o
que foi dado pelo brieAng. Fazemos também a seleção de fornecedores.

Para a elaboração de produtos de design, os fornecedores tendem a ter uma importância signiAcativa no

processo, portanto é importante estreitar a relação com eles, estando, entretanto, sempre atento a novos

fornecedores, que possam nos trazer maior Xexibilidade de ação, de otimização, de Xexibilização econômica,
trazendo assim vantagens para execução do projeto.

 Importante!
Nessa fase também fazemos a previsão de compras, é preciso estar atento ao cronograma, pois os

fornecedores costumam ter prazos bastante diferenciados, temos que estar atentos para que isso não
prejudique o andamento do cronograma total do projeto.

Quarta fase
Neste momento, vamos fazer a programação da produção. Dá-se o nome de planejamento executivo para isso,

visto que vamos colocar em prática todo o planejamento, otimizando os resultados Anais. Precisamos veriAcar
se alguma parte de nossa produção será terceirizada, como a confecção de alguma peça, procedimento ou

parte especíAca, o desenvolvimento de embalagens, etc. Nesse caso, é importante que providenciemos a

Ascalização ou o acompanhamento da produção a partir de métricas de qualidade.


Quinta fase
Vamos fazer a avaliação pós-entrega. É necessário fazer uma reunião de feedback, vendo se o projeto atendeu

as solicitações do brieAng, se houve alguma alteração durante o processo e como isso pode ser aprimorado nos

projetos subsequentes.

VIDEOAULA: O PROJETO DE DESIGN E SUAS ETAPAS

No vídeo, trabalharemos a reunião de feedback a partir dos cinco verbos: DeAnir, Medir, Analisar, Melhorar e

Controlar. Destacaremos a importância dessa etapa pós-entrega e como essa ação pode ser útil no

aprimoramento contínuo do trabalho do designer.

Videoaula: O projeto de design e suas etapas

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

O DESIGN E SUA METODOLOGIA PROJETUAL

Você sabe o que é metodologia?


Seja qual for a área que você atua, sabemos que existem modos de fazer as coisas, ou seja, uma lista de dados,

um passo a passo na confecção de uma tarefa. Dessa forma, metodologia é uma sequência de regras
sistematizadas para a realização de uma pesquisa, um método para se alcançar um objetivo proposto.  

Vimos anteriormente quais são as fases de um projeto, agora veremos como implementar uma metodologia

para que essas fases sejam possíveis, coerentes e permitam um Xuxo adequado ao processo. Existem muitos
autores que problematizaram e criaram metodologias para a criação em design, a seguir vemos uma estrutura

linear, ou seja, onde uma fase sucede a próxima de forma orgânica, que pode ser aplicada nos seus projetos de

design.

Problematização.

Análise.

DeAnição do problema.

Geração de alternativas.

Projeto.

Vejamos agora como devemos atuar em cada uma delas:

Problematização
Na problematização, devemos pensar: O que deve ser feito? O que deve ser melhorado? Quais são os fatores

que inXuenciam ou agravam um determinado problema? Quais são os objetivos do projeto incluindo critérios

que devem ser seguidos durante sua execução? Perceba que o próprio nome já sugere, você deve questionar as
diretrizes, tentando encontrar soluções criativas, que, entretanto, respeitem os dados coletados e as

orientações iniciais do projeto.

A problematização é articulada pelo brieAng e gerará o brieAng. E é por meio da problematização que também
descobriremos os caminhos e os recursos necessários, o cronograma a ser seguido, etc. A problematização

pode, muitas vezes, sugerir atividades de experimentação, pois nem todas as respostas estão prontas, e para

inovar é preciso pensar em algo que não foi pensado antes.

Análise
Na fase 2, chamada de análise, devemos organizar as informações sobre o produto, relatando os pontos

criticáveis, informações que devem ser levadas em consideração, analisando projetos anteriores, evitando

também a repetição de problemas. Fazer uma análise sobre produtos similares, sugerir aplicações que sejam

adequadas, preciAcação, ou seja, estruturamos a ideia inicial de maneira mais prática e, portanto,
investigaremos os princípios de montagem, as características de usabilidade de um produto, as questões

ergonômicas, ações sobre acabamento, tratamento de superfícies, etc.

DeHnição do problema
Na fase 3 (deAnição do problema), Acaremos atentos às metas a serem atingidas, ordenando os requisitos em
grupos de aAnidade. Você já viu o diagrama de aAnidades, essa é uma excelente ferramenta para ser utilizada

nesta etapa. Outro ponto a ser estudado nesse momento é a hierarquização das deAnições, estabelecendo

prioridades no atendimento da demanda do brieAng, isso porque nem sempre conseguimos atender todos os

requisitos de forma proporcional, nesse caso, então, devemos estabelecer prioridades.

Geração de alternativas
Na fase 4 (geração de alternativas), procedemos a geração de ideias para solucionar o problema do projeto,
aqui podemos utilizar várias técnicas, como o brainstorming e o brainwriting. Também podemos utilizar

técnicas de transformação utilizando verbos para auxiliar, tais como: modiAcar, realinhar, misturar, recombinar,

aumentar, trocar, etc. Buscando assim novas soluções, ou como o nome da etapa nos sugere, veriAcando

possíveis alternativas.

Projeto
Na fase 5, compilamos todas as informações anteriores deAnindo a conAguração e as demais características

físicas do produto. Nessa etapa, também é interessante que você faça um protótipo avaliando se o resultado
está adequado e aderente aos requisitos elencados no início do processo, se precisa de algum ajuste ou se está

pronto para a serialização.


 Importante!
As cincos etapas sugeridas podem ser utilizadas em cada uma das etapas de um projeto, desde a

inicialização até a reunião de feedback, ou seja, esse passo a passo ajuda você a percorrer as etapas de um

projeto com mais segurança. Interessante, não é mesmo?

VIDEOAULA: O DESIGN E SUA METODOLOGIA PROJETUAL

Neste vídeo, abordaremos a importância da prototipagem em design, mostrando as etapas, as ferramentas, a

documentação e a importância de pesquisar e de solucionar possíveis falhas durante a criação do protótipo.

Videoaula: O design e sua metodologia projetual

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

COMO FAZER PESQUISA EM DESIGN

O processo de pesquisa em design é uma etapa que não termina nunca. Isso se dá por que a ideia de pesquisa
por si só está embutida dentro do conceito de design (do início ao Am do processo de desenvolvimento e

circulação do produto).

No mundo do design, a percepção de um mundo em constante mudança é a base da concepção de novos

produtos, novos serviços, novos conceitos, etc. É a pesquisa que nos levará à tão aclamada: I-N-O-V-A-Ç-Ã-O.

Portanto, é importante que você tenha @xado a informação de que quando falamos de pesquisa
em design estamos nos referindo à toda sorte de investigação à qual o processo de design está
vinculado.

Estamos o tempo inteiro buscando novos materiais, modiAcações de padrão do consumidor, macrotendências,

tendência e outros elementos que são parte integrante da concepção dos produtos e/ou serviços relacionados
principalmente à economia criativa.

Pesquisa é, portanto, investigação criativa, registro de informações para usar agora ou no futuro, é uma

"coleção" de informações em constante atualização que tem por objetivo chegar em resultados únicos e

personalizados.

Conceito de pesquisa
A pesquisa é uma série de informações e coleta de ideias que vão se estabelecendo de acordo com as

necessidades do projeto e criação do design. De forma geral, a pesquisa tem um processo experimental, sujeita,

portanto, a erros e acertos, mas que serve principalmente para chegarmos em soluções criativas. Normalmente,

a fase da pesquisa traz envolvimento com as referências materiais e visuais que produzirão determinado

contexto. A pesquisa também tem relação direta com o repertório pessoal do design e com sua busca por

informação e referência, que deve ser constante, pois é ela que te ajudará a produzir conhecimento aplicável ao
processo de desenvolvimento de produto.

Segundo Seivewright (2009), “A pesquisa caracteriza-se pela investigação e aprendizagem de algo novo ou do

passado, podendo ser comparada, muitas vezes, ao começo de uma jornada exploratória. A pesquisa envolve

leitura, ação ou observação, mas sobretudo envolve registro de informações”.

Isso quer dizer que a pesquisa envolve material visual de referência, que vai servir de base para a organização

das suas ideias, além de envolver processo e, portanto, catalogação e processamento ordenado dos resultados,

gerando então material disponível para acesso frente às soluções.

Pesquisa de tema
A pesquisa de tema é uma das fases da pesquisa com maior probabilidade de mudar a cada projeto, e é ela que

dará coerência plástica a seu projeto.

Imagine, por exemplo que você tenha que desenvolver um projeto com o tema “Viagem ao espaço”.

Figura 1 | Viagem espacial


Fonte: Pixabay.

Torna-se irrelevante, nesse caso, se sua área de atuação é o design gráAco, a moda, o design de produtos ou de

interiores. Você precisará pesquisar o tema. O primeiro passo é se interessar por ele. Do que se trata? Quais

elementos estão correlacionados? Há produtos no mercado que usem esse tema, mesmo que em áreas
distintas da sua? EnAm, você deverá mostrar-se curioso e buscar caminhos que te levem a novos

conhecimentos, possibilitando assim trazer aspectos estéticos e conceituais baseados em informação factível ao

produto que pretende desenvolver. Depois cabe a você, seu repertório pessoal e sua criatividade adaptar essas

informações ao brieAng.

Figura 2 | Estampa infantil

Fonte: Pixabay.

Na imagem acima temos o exemplo de uma estampa infantil baseada no tema, mas as possibilidades são

inAnitas, portanto, uma boa pesquisa é fundamental para um resultado satisfatório.

VIDEOAULA: COMO FAZER PESQUISA EM DESIGN


Vamos aprofundar possibilidades de pesquisa em design, envolvendo etapas que são anteriores ao

desenvolvimento de produto, mas que são primordiais para que a pesquisa do produto em si seja efetiva,

criativa e que realmente traga uma solução inovadora.

Videoaula: Como fazer pesquisa em design

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

ESTUDO DE CASO

Sua empresa foi contratada para o desenvolvimento de uma linha infantil. No brieAng você visualizou os

seguintes dados:

Faixa etária: de 4 a 7 anos.

Gênero: genderless.

Classe social: B.

Crianças pertinentes a famílias modernas, as mães têm interesse em moda e tecnologia e enfatizam o

aprendizado infantil por meio do brincar.

O tema dado foi: Animais.

A partir dos elementos dados crie:

Um painel temático.

Uma coleção composta de três produtos.

Seguindo os seguintes passos para a determinação do tema e da conAguração do design desses produtos:

Problematização.

Análise.

DeAnição do problema.

Geração de alternativas.

Projeto.

Lembre-se de que você deverá fazer esse passo a passo duas vezes, uma para a geração do tema e depois com

o tema deAnido você deverá propor três produtos que devem ser preferencialmente coordenados entre si.

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO


Para iniciar a resolução desta situação-problema, é preciso que você tenha claro na sua mente o seu público.
Pode ser necessário que você faça um painel de público para se sentir mais seguro na hora de elaborar a

resolução dos itens solicitados. Quando fazemos um painel infantil, devemos, muitas vezes, incluir a imagem

das famílias às quais essas crianças pertencem, incluindo também elementos de seu mundo particular,

brincadeiras, escolas, amigos, etc. Com o painel de público realizado, Aca mais fácil fazer um painel temático.

Para fazer o painel temático, vamos entender o que foi proposto: o tema é... animais. Quando recebemos um

tema como esse, devemos tentar extrair uma informação coesa, ou seja, criar um funil. Isso quer dizer que se
quisermos um painel com todas as possibilidades de animais que existem no mundo, teremos desde animais

imaginários até insetos e amebas, e como podemos criar produtos coordenados dessa forma? Impossível!

Portanto, você precisa escolher, logo, você precisa criar um subgrupo dentro do macrotema animais. Podem ser

animais selvagens, animais brasileiros, animais mitológicos, animais de uma determinada cor, répteis, aves

exóticas, etc. E ainda assim é possível dividir ainda mais. Você pode escolher, por exemplo, falar de um único

animal ou dos animais com quaisquer particularidades especíAcas, mas é importante que essa escolha faça

sentido com o que você pretende criar.


Agora vamos entender como proceder dentro das etapas dadas.

Problematização: deAnir um subtema a partir do tema dado.

Análise: esse tema deve ser interessante para criar produtos para o público infantil.

DeAnição do problema: o tema precisa ser adequado ao universo infantil, ter referência a animais, precisa ser

moderno e lúdico.

Geração de alternativas: elencar todas as possibilidade e escolher a mais adequada a partir das determinações

das demais etapas.


Projeto: gerar o painel.

Agora é a hora de você começar a criar os produtos. Imaginemos que você fez um painel com o tema insetos.

Veja um exemplo:

Figura 3 | Insetos
Com esse painel, agora é pensar como criar produtos, as referências visuais (formas e cores) podem virar partes

de peças, formas de silhueta, estampas, conforme sua inspiração é instigada pelas imagens. Não há certo nem

errado, desde que você siga o brieAng dado.


Para lhe inspirar, pesquise sobre o designer de moda Thierry Mugler, ele utilizava muito a  inspiração de insetos

para fazer suas criações de moda.

Para começar a criar, use as fases utilizadas para criar o painel:

Problematização: criar três produtos que sejam coordenados a partir do tema insetos para o público

infantil.

Análise: veriAcar aceitabilidade, questões técnicas, como fazer a coordenação entre as peças.

DeAnição do problema: quais elementos do painel serão utilizados e de que forma.

Geração de alternativas: elencar todas as possibilidades e escolher a mais adequada a partir das

determinações das demais etapas.

Projeto: gerar/projetar os produtos.

Agora é a sua vez!

Bom trabalho!

Resolução do Estudo de Caso

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.


 Saiba mais
Como você pôde perceber, os painéis são ferramentas muito úteis no dia a dia de um designer. Eles nos

ajudam a ter referencial visual para a elaboração das diversas etapas de um projeto.

Para a elaboração de imagens e painéis, o Canva é uma ferramenta on-line gratuita bastante útil. Nela você

pode criar painéis, além de uma série de outras ferramentas gráAcas que envolvem um projeto, para isso
basta usar a sua criatividade.

O Canva dispõe de várias imagens gratuitas, Aguras, ilustrações, gráAcos, que quando combinados podem

gerar informação visual capaz de incrementar seu repertório de ideias.

Você pode utilizá-lo já neste projeto, na execução do estudo de caso.

Veja também o artigo Delimitação do usuário nas etapas de criação, modelagem e prototipagem do

produto de vestuário que relaciona a importância da modelagem no processo de prototipagem do produto


de moda.

Aula 4

GESTÃO DO DESIGN DE MODA


Quando falamos em design pensamos em aplicações estéticas que vão proporcionar uma maior
percepção do objeto, o que inclui a sua funcionalidade e inclui a moda.

48 minutos

INTRODUÇÃO

O design é uma área do conhecimento bastante ampla. Quando falamos em design pensamos em aplicações
estéticas que vão proporcionar uma maior percepção do objeto, o que inclui a sua funcionalidade.

A moda por sua vez também abarca possibilidades inAnitas e se refere basicamente à construção de itens de

vestuário (roupas, acessórios, maquiagem, etc.) em um tempo sazonal, que tende a ser cada vez mais efêmero

em um ciclo bastante rápido. Cabe ressaltar que a moda está conectada com Zeitgeist e que, portanto, não se

restringe ao vestir-se, porém é no vestuário que ela atinge seu ápice, pois trata-se de estar ligada também à

expressão individual conectada ao coletivo.


Mesmo sabendo que cada empresa tem a sua realidade especíAca, devemos pensar formas de otimizar a

operacionalização do design dentro da moda, tornando o processo funcional como um todo, que é justamente

nosso objeto de estudo nesta aula.

Como você pode ver, nosso objetivo é bastante ambicioso, mas primordial para a nossa formação. Está

preparado? Vamos começar!

A EMPRESA DE MODA E SUA RELAÇÃO COM O DESIGN


O design na indústria da moda é uma ferramenta imprescindível. É através do design que acrescentaremos

atributos aos produtos que serão alvo de desejabilidade por parte dos consumidores.
O que chamamos de moda pode variar um pouco, visto que se trata uma representação estética de um

determinado período e, portanto, pode ser aplicada em produtos diversos, desde eletrodomésticos até veículos,

aviões e cidades! Porém, tradicionalmente costumamos chamar de moda os itens que compreendem o

vestuário (roupas e acessórios). Nesse sentido, devemos ter em mente que como esses produtos são ligados
diretamente ao adorno corporal, por isso mesmo eles acabam tendo uma estratégia projetual um pouco

diferente do design de outros tipos de produto.

Basicamente podemos atribuir esse direcionamento a três fatores preponderantes.

Primeiro as questões ligadas à ergonomia, à modelagem e à vestibilidade, ou seja, as implicações


corporais no projeto de produto.

Segundo, a relação de expressividade do vestir.

Terceiro, relacionado ao que chamamos de Zeitgeist. Essa palavra originária do vocábulo alemão é

normalmente traduzida como “espírito do tempo”, o que signiAca que a visualidade sofre inXuência direta
dos acontecimentos de uma determinada época.Na verdade, não há nada que aconteça em um

determinado período de tempo que não seja reXetido no modo de vestir. Além disso, existe uma

periodicidade diferenciada na concepção de produtos do vestuário, que é muito mais veloz do que a
mudança da aparência das cidades, por exemplo.

 Saiba mais
No começo do sistema da moda contemporânea, por volta do Anal do século XIX, as coleções de moda

eram renovadas a cada seis meses, tendo a sazonalidade climática como direcionamento das modiAcações

estéticas do vestuário, desse modo, tínhamos coleções primavera-verão e outono-inverno. Hoje em dia,
entretanto, é comum que as coleções sejam renovadas em prazos cada vez mais estreitos, sendo que

algumas marcas apresentam minicoleções semanais ou quinzenais, Acando conhecidas como

representantes do sistema fast fashion.

Figura 1 | Shopping center e o sistema fast fashion


Fonte: Pixabay.

Todas essas questões fazem do produto de moda um negócio único, que se traduz por entregar o produto certo

para o público certo no momento certo. Para conseguirmos trabalhar com essa realidade, lançamos mão de
artifícios projetuais que visam instigar o consumo pela obsolescência e estética do produto. Isso quer dizer que

o produto de moda Aca desgastado (obsoleto) na mente do consumidor antes de ter sua funcionalidade

esgotada. Ou seja, a visualidade é renovada constantemente e isso, por si só, produz o desejo de consumo nos

diversos públicos-alvo.
Entretanto, esse processo não é tão simples quanto parece, é preciso estar constantemente atualizado com

relação às modiAcações do Zeitgeist. Por isso, um dos estudos mais importantes durante um projeto na área de

moda é a análise de tendências.


No mercado, a função de coolhunter tende a ser responsável por diagnosticar as mudanças nos

comportamentos e nas formas de vestir de trendsetters que trarão o desejo de consumo para as massas.

 Assimile
Assim que o produto de moda é lançado, poucas são as pessoas que aderem à determinada ideia,

conforme a tendência vai se consolidando, maior é o número de pessoas que se identiAcam com a nova
tendência, ocorrendo a massiAcação, o que é sucedida pelo desgaste da visualidade do produto, ou seja,

quando a maioria das pessoas já se acostumaram e adotaram uma nova moda, ela caiu em desuso, pois os

trendsetters já estão iniciando uma nova tendência, provocando um ciclo contínuo: lançamento, consenso,
consumo inicial, massiAcação e desgaste.
Cabe destacar que os processos que já conhecemos não podem ser ignorados por conta dessa peculiaridade do

mercado de moda, pelo contrário, utilizar metodologias de gestão de design nos auxiliam a manter o processo
em Xuxo, mesmo tendo que reiniciá-lo a cada seis meses, ou menos.

VIDEOAULA: A EMPRESA DE MODA E SUA RELAÇÃO COM O DESIGN

Cabe destacar que os processos que já conhecemos não podem ser ignorados por conta dessa peculiaridade do
mercado de moda, pelo contrário, utilizar metodologias de gestão de design nos auxiliam a manter o processo

em Xuxo, mesmo tendo que reiniciá-lo a cada seis meses, ou menos.

Videoaula: A empresa de moda e sua relação com o design

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

OPERACIONALIZAÇÃO DO DESIGN

Em um mundo cada vez mais globalizado, que está cada vez mais competitivo, o design é uma grande

ferramenta estratégica nas organizações. No caso das empresas de moda, a velocidade das informações muda

periodicamente em um espaço de tempo muito curto, portanto, o design é uma ferramenta de vantagem

competitiva, além de crucial para manter o processo criativo, unindo as possibilidades técnicas, de acordo com
as necessidades de mercado. Para fazermos um produto de design, ou desenvolvermos uma coleção completa

de moda, precisamos passar por cinco fases elementares:

Desenvolvimento de produtos.

Produção.

Marketing.

Vendas.

Feedback.

Figura 2 | Processo produtivo do vestuário – fábrica


Fonte: Pixabay.

Desenvolvimento do produto
Na fase de desenvolvimento de produtos incluímos todas as questões relacionadas à pesquisa, à criação, ao

desenho da coleção, à modelagem, ao protótipo, à correção de prototipagem e ao encaminhamento para a


produção.

A produção é efetivamente a parte operacional do desenvolvimento de uma coleção, que deve ser planejada e

otimizar seus recursos.

Assimile
O setor responsável pela produção e sua otimização é chamado de PCP, que signiAca planejamento de
controle de produção. O departamento de PCP é responsável por transformar a coleção em produto,

reduzindo processos, utilizando recursos e vírgulas, calculando tempos, ou seja, colocando em prática todo

o planejamento estratégico desenvolvido na etapa de desenvolvimento de produto.

Operacionalização da produção
Vejamos agora o passo a passo de toda a operacionalização da produção.

Depois de feita a pesquisa, determinando quais tendências e quais temáticas serão abordadas na coleção,
o setor de desenvolvimento deAne quais e quantos modelos serão executados, determinando como Acará

a coleção.

A partir daí são desenhados os modelos em Achas técnicas, nas quais são indicadas as matérias-primas

que comporão cada modelo, além de outros dados para identiAcar cada peça que será produzida.

Com a Acha técnica aprovada, cada peça passa para o setor de modelagem e cada modelagem é

prototipada. Na indústria de moda, os protótipos são chamados de peça-piloto. Ao término de cada peça-
piloto, é feita uma prova de roupas, como modelo que tem as medidas-padrão de uma das numerações da

confecção. De modo geral, as confecções fazem as peças-pilotos no tamanho 38, mas isso não é uma regra

e deve ser adaptado para a realidade de cada confecção.

Na prova de roupa, identiAcamos possíveis falhas de modelagem ou alguma melhora que pode ser feita em
termos de vestibilidade, caimento, proporção, etc. Nessa etapa também temos condição de veriAcar o

custo unitário de cada produto, o que possibilita o cálculo da produção e a veriAcação da adequação de

orçamento prévio. Caso a peça piloto precise de alguma modiAcação, o molde é adaptado e é feita uma

nova peça-piloto e uma nova prova de roupas, até que o produto esteja de acordo com as especiAcações
feitas pelo departamento de estilo e criação. Assim que a peça-piloto é aprovada, ela é lacrada e será

utilizada como referência para toda a produção.

A partir disso, inicia-se então um longo processo de operacionalização da produção, é feito o encaixe de

toda a produção no risco, otimizando ao máximo os recursos materiais. As peças então são cortadas e
direcionadas para a costura e depois para o setor de acabamento. No acabamento as peças podem

receber algum beneAciamento, além de serem Analizadas para a venda no setor de embaladoria, onde

recebem tags, embalagens, etc.

Durante todo o processo operacional já são desenvolvidas as etapas de marketing e vendas institucionais.
No caso do varejo já são preparadas as peças promocionais de marketing e campanhas publicitárias.

A próxima etapa de todo o processo são as vendas e, posteriormente, a análise dos resultados de vendas é

passada na reunião de feedback, onde são avaliados erros e acertos, oportunidades e ameaças, pontos

fortes e fracos, considerações que vão servir de baliza para a produção da próxima coleção.

VIDEOAULA: OPERACIONALIZAÇÃO DO DESIGN

Vamos abordar o Xuxograma e a hierarquia dos acontecimentos dentro da cadeia produtiva da moda,

mostrando qual o passo a passo de um produto dentro de uma fábrica e suas possibilidades operacionais.

Videoaula: Operacionalização do design

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DESIGN FUNCIONAL E GESTÃO

Funcionalidade? Quais são as características que você imagina ao pensar nessa qualidade do design?
Normalmente você pensará em criar uma roupa ou uma coleção que tenha a função muito bem determinada

sem, contudo, perder os aspectos de pensamento estético referentes ao design. Sabemos que as necessidades

de um público especíAco determinam as funcionalidades que serão atribuídas à determinada coleção do

produto. Isso se aplica na adequação técnica e plástica dos itens que forem observados nas tendências.

 Assimile
Imaginemos um público que tenha uma determinada religião quem põe as restrições no modo de vestir.

Para eles, roupas com excesso de pele à mostra, extremamente justas ao corpo, sensualidade exacerbada,

não será funcional, mesmo que tenhamos todos os cuidados relativos à vestibilidade, conforto, adequação
térmica e outros quesitos que possam implicar no conforto e ergonomia, por exemplo.

Percebemos, com esse exemplo, que a funcionalidade se inicia com a gestão das informações que permeiam
todas as etapas do processo produtivo do vestuário. Por isso, uma gestão para um design funcional se inicia nas

escolhas corretas, nas tendências aplicadas de forma correta para um determinado público, na escolha de

matérias-primas condizentes com as necessidades, que estejam adequadas às realidades da empresa em


termos de recursos físicos humanos e Ananceiros, além dos tecnológicos, na sucessiva construção de uma

coleção que seja coordenada, pensando em uma grade de produtos que possa ter o menor índice de perdas

possíveis e o maior índice de vendas, otimizando assim recursos físicos humanos e Ananceiros.

Design funcional
Um design funcional pensa no ciclo completo do produto, desde a sua pesquisa e aquisição de matérias-primas
até o seu descarte pelo usuário, levando em conta questões relativas à sustentabilidade e responsabilidade

social. Quando pensamos em um design funcional que não incluiu tais questionamentos, teremos a implicação

de fatores que indiretamente acabam empatando toda a logística de produção.

 Assimile
Imaginemos por exemplo uma produção que utiliza mão de obra remunerada de maneira inadequada,
teremos nesse caso trabalhadores que exercerão suas funções por longas horas, ultrapassando limites

estipulados pela legislação, pois, nesse caso, a remuneração obtida com as horas regulares não são

suAcientes para o seu sustento, a passar de seus limites humanos e, consequentemente, risco de termos
atrasos na produção, perda da qualidade técnica, além de estarmos infringindo a legislação e sujeitos a

penalidades legais, como multas e outros ônus, que comprometeriam a lucratividade do negócio.
Fica claro também que a gestão para a funcionalidade esbarra em questões éticas, além das citadas

anteriormente, devemos compreender que existem outras questões morais que delineiam a conduta
empresarial, as implicações relativas a direitos autorais. Imprimir um modelo pode parecer bastante prático,

copiar modelos de concorrentes que estejam obtendo sucesso mercado, muitas vezes, tais produtos estão

protegidos pela lei da propriedade intelectual, o que por sua vez implica procedimentos que exigem de cada

empresa autoria e responsabilidade nas pesquisas que realizam e nas leituras que fazem para seus produtos.

Figura 3 | Croqui

Fonte: Shutterstock.

Também devemos estar atentos para a otimização da produção. Em primeiro lugar, ao criarmos um produto

devemos pensar em como ele está coordenado com os demais itens da coleção, a integração entre itens
variados permite uma sucessão de ações que tornam a gestão do design mais eAciente. Quando selecionamos

as peças que farão parte de uma coleção, é importante também que pensemos sobre como isso será

desenvolvido dentro do processo produtivo, assim, muitas vezes pequenas modiAcações no estilo, na

modelagem ou até mesmo o acréscimo ou a substituição de um item ou outro podem contribuir para a
otimização do complexo industrial, favorecendo assim a majoração de lucros pelo aproveitamento racional dos

recursos.

VIDEOAULA: DESIGN FUNCIONAL E GESTÃO


Neste vídeo, veremos peças icônicas da história da moda que nasceram em alguma situação especíAca e que se

tornaram clássicos que estão sempre em voga, estando, portanto, aliados às questões funcionais abordadas
neste trecho do estudo. Teremos a camiseta branca, o vestido básico preto, o trench coat e a T-shirt.

Videoaula: Design funcional e gestão

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ESTUDO DE CASO

Você foi convidado para escrever uma matéria sobre uma marca muito conhecida e falar sobre os motivos pelos
quais essa empresa é uma referência no mercado de moda.

Você deve escolher uma marca e por meio de uma pesquisa na internet avaliar a coerência entre a coleção

apresentada na última estação e a divulgação desta nas mídias sociais, tentando a associação completa entre
todos os elementos que fazem parte da criação de uma coleção de moda, adequação de público-alvo,

tendência, conceito de marca atrelado ao produto, à logomarca, a ligação entre o desenvolvimento de produto

e o marketing, relevância em sustentabilidade e responsabilidade socioambiental e outros elementos que você

perceba em sua pesquisa. Caso seja uma marca que você já acompanha há algum tempo, pode fazer uma
análise mais ampla, destacando elementos do DNA da marca.

Você deve redigir um texto para as mídias digitais, como o Instagram, e selecionar algumas imagens que

contêm as referências de sucesso da marca que você vai destacar no seu texto. Lembre-se de que no Instagram

você deve capturar a atenção do público por pelo menos 15 segundos para que o conteúdo seja considerado
relevante. Por isso, sugerimos que faça sua publicação no formato Carrossel.

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

Tudo começa com a escolha de uma marca que realmente seja signiAcativa no mercado da moda. Nos últimos
anos, tem surgido marcas com iniciativas importantes no desenvolvimento de um design funcional.

Comece fazendo uma pesquisa teórica por matérias que mostrem empresas do ramo do vestuário, que tem

obtido sucesso entre seus consumidores, um retorno Ananceiro também interessante e que tenha atitudes que

prezem pela sustentabilidade do processo. Isso signiAca que as marcas destacadas apresentam uma coleção
coerente com o público-alvo, com a tendência, com estilo e DNA da marca e que traduzem de forma estética os

conceitos que envolvem esses fatores. Além disso, faça uma pesquisa sobre marcas que apresentam

informações sobre questões relevantes na atualidade, como diversidade, inclusão, sustentabilidade,

empoderamento feminino, os assuntos emergentes.


Feito isso, escolha uma marca que você se identiAque e comece a elencar dentre os elementos pesquisados

quais são os que levam a marca a ter sucesso de mercado, a última coleção, e tente perceber a coordenação
dos produtos, a otimização dos recursos e outros elementos que ajudem a percebermos a marca como uma
referência.

Separe imagens que ajudem a justiAcar essas percepções, logo em seguida monte uma apresentação para o
Instagram, no formato Carrossel, um contexto que prenda a atenção do leitor e que mostre essas

características para o seu público. Incentive-os a buscar essas referências nas suas próprias marcas, como

tornar uma marca como referência no mercado. Assim, você pode preparar uma publicação signiAcativa,

engajando o seu público, manifestando uma informação útil para os interessados em moda.

Resolução do Estudo de Caso

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 Saiba mais
O caso da marca Zara é sempre muito discutido como uma referência de sucesso no contexto

contemporâneo da moda. Na monograAa , você tem a visão econômica do negócio A dinâmica de inovação

no mercado de moda e o caso Zara, toda a caracterização do modelo de negócios.

REFERÊNCIAS
3 minutos

Aula 1

COBRA, M. Marketing & Moda. São Paulo: Editora Senac, 2020.

FLETCHER, K. Moda & Sustentabilidade: design para mudança. São Paulo: Editora Senac, 2020.

LIGER, I. Moda em 360º: design, matéria-prima e produção para o mercado global.  São Paulo: Editora Senac,
2017.

Aula 2

COBRA, M. Marketing & Moda. São Paulo: Editora Senac, 2020.


FLETCHER, K. Moda & Sustentabilidade: design para mudança. São Paulo: Editora Senac, 2020.

LIGER, I. Moda em 360º: design, matéria-prima e produção para o mercado global. São Paulo: Editora Senac,

2017.

Aula 3
AZEVEDO, W. O que é design? São Paulo: Brasiliense, 1988.

COBRA, M. Marketing & Moda. São Paulo: Editora Senac, 2020.


FLETCHER, K. Moda & Sustentabilidade: design para mudança. São Paulo: Editora Senac, 2020.

GOMES FILHO, J. Design do objeto: bases conceituais - design de produto, design gráAco, design de moda,

design de ambientes, design conceitual. São Paulo: Escrituras, 2006.

LIGER, I. Moda em 360º: design, matéria prima e produção para o mercado global. São Paulo: Editora Senac,
2017.

JONES, S. J. Fashion design: manual do estilista. Tradução Iara Biderman. 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

KAMINSKI, P. C. Desenvolvendo produtos com planejamento, criatividade e qualidade. Rio de Janeiro: LTC,
2000.

MAKARA, E.; MARINO, G. S. A. D.; VERGARA, L. G. L. Delimitação do usuário nas etapas de criação, modelagem e

prototipagem do produto de vestuário. Moda Palavra E-periódico. Ano 10, n.19, jan-jun 2017. ISSN 1982-615x.

Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/modapalavra/article/download/8763/6309/28523.


Acesso em: 30 jul. 2021.

Seivewright, S. Pesquisa e Design. São Paulo: Bookman, 2009.

Aula 4

AZEVEDO, W. O que é design? São Paulo: Brasiliense, 1988.

COBRA, M. Marketing & Moda. São Paulo: Editora Senac, 2020.

FLETCHER, K. Moda & Sustentabilidade: design para mudança. São Paulo: Editora Senac, 2020.

GOMES FILHO, J. Design do objeto: bases conceituais - design de produto, design gráAco, design de moda,
design de ambientes, design conceitual. São Paulo: Escrituras, 2006.

JONES, S. J. Fashion design: manual do estilista. Tradução Iara Biderman. 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

KAMINSKI, P. C. Desenvolvendo produtos com planejamento, criatividade e qualidade. Rio de Janeiro: LTC,

2000.
LIGER, I. Moda em 360º: design, matéria-prima e produção para o mercado global. São Paulo: Editora Senac,

2017.

SANTOS, S. N. A dinâmica de inovação no mercado de moda e o caso Zara: uma análise neo-schumpeteriana.
2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado) – Universidade do Rio de Janeiro. Instituto de Economia.

Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/4893/1/MONOGRAFIA%20-

%20Sarah%20Nicolau%20-%20DRE%20110051800%20.pdf. Acesso em: 10 jul. 2021.

Seivewright, S. Pesquisa e Design. São Paulo: Bookman, 2009.

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