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Girlene Ferreira .

Nirlene Oliveira PROTEÇÃO DE DADOS: PERIGOS EM


TEMPOS DE CIBERGUERRA. Revista Científica Semana Acadêmica. Fortaleza,
ano MMXXII, Nº. 000220, 19/04/2022.
Disponível em: https://semanaacademica.org.br/artigo/protecao-de-dados-perigos-
em-tempos-de-ciberguerra
Acessado em: 15/03/2023.

OBJETIVO DO TEXTO:

O objetivo deste texto é apresentar uma visão geral do papel do direito


cibernético no sistema judiciário brasileiro, abordando os desafios e oportunidades
que essa área representa para os profissionais de direito e para a sociedade em
geral. Serão discutidos temas como a proteção de dados pessoais, crimes virtuais,
responsabilidade civil na internet, entre outros, destacando a importância de uma
abordagem interdisciplinar e colaborativa para enfrentar os novos desafios jurídicos
apresentados pelo mundo digital.

OBJETIVO DO FICHAMENTO:

O objetivo deste fichamento é registrar e organizar as informações relevantes


obtidas em diferentes fontes de pesquisa para a elaboração de um TCC. Serão
selecionados trechos e citações pertinentes ao tema do trabalho, acompanhados de
referências bibliográficas precisas e completas, com o objetivo de facilitar a
elaboração do texto final, bem como evitar plágios e garantir a credibilidade do
trabalho acadêmico. O fichamento permitirá uma leitura mais crítica e sistemática
dos textos consultados, permitindo ao autor selecionar e articular de forma coerente
as ideias e informações que serão apresentadas em meu TCC.

DIREITO CIBERNÉTICO NO SISTEMA JUDICIÁRIO BRASILEIRO

“Da revolução industrial e suas fases, o primeiro telégrafo brasileiro, trazido


pela corte Portuguesa e instalado em 1852 (REVISTA BRASILEIRA,
2008)15, até a recente promessa do 5G em nosso território (BRASIL,
2021)16, ainda em 2021, temos um salto gigantesco de informações, a cada
década até aqui, procurou-se impulsionar uma mudança, uma atualização de
padrões de vida, uma inovação. Segundo Tim Wu (2012)”
Essa constante busca por inovação e aprimoramento tecnológico é
conhecida como ciclo de destruição criativa, no qual novas tecnologias surgem para
substituir as antigas, levando a uma constante evolução da sociedade. Desde a
máquina a vapor até a inteligência artificial, o avanço tecnológico é um fator chave
para o desenvolvimento econômico e social, e o Brasil tem sido um participante
ativo desse processo ao longo dos anos.

“Um dos primeiros grandes passos em proteção nacional, foi a criação do


Marco Civil da Internet (BRASIL, 2014)39, que veio regular o uso de internet
em território brasileiro, e enumerados no artigo 3º, tem-se, o princípio de
proteção da privacidade e de dados pessoais, como direitos e garantias dos
usuários, no artigo 7º, o foco se vale para a inviolabilidade e sigilo do fluxo
de suas comunicações, como o armazenamento dessas, se a situação se
torna complexa de gerir internamente, imagina esse controle com dados
mundiais, é algo como uma cama de gato para analistas e população como
um todo.”

O Marco Civil da Internet foi um marco importante na proteção dos direitos


dos usuários da internet no Brasil, regulamentando o uso da rede e estabelecendo
princípios para a proteção da privacidade e dos dados pessoais. Entre esses
princípios, destacam-se a inviolabilidade e o sigilo do fluxo de comunicações, bem
como a proteção dos dados armazenados. Essa regulamentação é essencial em um
mundo cada vez mais conectado, onde o controle e a gestão de dados se tornaram
temas complexos e relevantes para a sociedade como um todo.

O artigo 5º, inciso XV da LGPD (BRASIL, 2018)43 considera transferência


internacional de dados, aquela realizada para país estrangeiro ou organismo
internacional do qual o Estado seja membro. Esse conceito foi estabelecido
para evitar o que a autora chama de Paraísos de Dados Pessoais ou um
verdadeiro Vale do Silício repleto de datas. Como foco em ações para se
proteger, vinte anos depois da Convenção sobre Cibercrime (JOTA, 2021)

O trecho citado refere-se à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que


estabelece a transferência internacional de dados como aquela realizada para
países estrangeiros ou organismos internacionais dos quais o Estado seja membro.
Esse conceito foi criado para evitar a criação de "paraísos de dados pessoais" ou
um "Vale do Silício" cheio de dados pessoais desprotegidos. A proteção de dados é
um tema cada vez mais importante, principalmente no contexto da cibercrime. A
Convenção sobre Cibercrime, que aconteceu vinte anos atrás, tem sido fundamental
para orientar ações que protejam as informações pessoais de indivíduos em todo o
mundo, evitando o seu uso inadequado por pessoas mal-intencionadas ou
organizações criminosas.

“A invasão ao site do Supremo Tribunal Federal (LARA, 2018)46 ou o ataque


do Anonymous momentos antes da abertura do Jogos olímpicos do Rio em
2016, estes que retiraram sites do ar, roubaram dados e vazaram
informações financeiras de importantes sociedades esportivas do país, tudo
como forma de protesto (MUGGAH, 2016)47. Mas, mesmo sendo atos
graves, a alternativa de preservação só obteve ação direta de proteção em
2018 com a promulgação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(BRASIL, 2018)48 , que se demonstra como pioneira específica de proteção
em rede. (REVISTA CIENTÍFICA SEMANA ACADÊMICA. FORTALEZA-CE.
EDIÇÃO 220. V.10. ANO 2022. p.12) ”

A citação faz referência a dois episódios de ciberataques no Brasil: a invasão


ao site do Supremo Tribunal Federal e o ataque do grupo Anonymous antes da
abertura dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Esses episódios demonstram a
vulnerabilidade de instituições e organizações diante de ataques virtuais, que
podem resultar no roubo de dados e informações financeiras sensíveis. A
promulgação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais em 2018 foi um passo
importante para a proteção de dados pessoais em rede, demonstrando o
pioneirismo do Brasil nesse tema. A proteção de dados e a segurança cibernética
tornaram-se temas cada vez mais relevantes na era digital, exigindo ações mais
efetivas e regulamentações específicas para garantir a privacidade e a segurança
das informações pessoais.

“Para lidar com esse novo paradigma, é importante entender os lados


positivos da internet e ter ciência de que todos já fazem parte desse novo
mundo não-físico desafiador de nossa evolução. Gabriel (2012)52,
pesquisadora de Harvard, destaca que somos on e off ao mesmo tempo,
simbioticamente formando um ser maior que o nosso corpo e o nosso
cérebro, nos expandindo para todo tipo de dispositivo e abrangendo outras
mentes e corpos.(GABRIEL, Martha Carrer. Arte transmídia na era digital.
2012. 219 f. Monografia (Especialização) - Curso de Artes Visuais,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponível em:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-22092015 ).”

O avanço da tecnologia e a popularização da internet transformaram


profundamente a forma como nos relacionamos com o mundo e com outras
pessoas. Para lidar com esse novo paradigma, é importante compreender os
aspectos positivos dessa nova realidade e estar consciente de que já fazemos parte
desse mundo digital em constante transformação. A pesquisadora de Harvard,
Debora Gabriel, destaca que estamos simultaneamente conectados e
desconectados, formando uma espécie de ser maior que transcende nossos corpos
e mentes, abrangendo outros dispositivos e outras pessoas. Isso significa que
precisamos estar atentos aos impactos dessa realidade em nossas vidas e agir de
forma responsável e consciente em relação ao uso da tecnologia e das redes
sociais, a fim de garantir um equilíbrio saudável entre o mundo físico e o mundo
virtual.

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