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BACHARELADO EM TEOLOGIA
CURITIBA
2016
FACULDADE CRISTÃ DE CURITIBA
BACHARELADO EM TEOLOGIA
CURITIBA
2016
GERALDO BUENO DE SOUSA
COMISSÃO EXAMINADORA
___________________________________
ALBERT FRIESEN (Orientador)
___________________________________
Professor Examinador
RESUMO
Zoroastrianism was responsible for developing the idea of Satan in the Old
Testament and as the name denotes, was intended to oppose or acknowledge the
will of God. This work explains why the early Hebrews had no religious or ethical
conflicts because Satan acted as a servant of God. Throughout this research, it is
clear that there were two important reasons: first they understood the evil just as sin
and suffering as a consequence of that, secondly the monotheistic and tribal religions
were based on the time culture.
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6
2 SANTAN E O ZOROASTRISMO NO ANTIGO TESTAMENTO ........................... 8
2.1 CONCEITO E DEFINIÇÃO DE SATAN .................................................................... 8
2.2 O ZOROASTRISMO E A FÉ EM ISRAEL .............................................................. 10
3 A EVOLUÇÃO DA IMAGEM DE SATAN NO ANTIGO TESTAMENTO ............ 13
3.1 SATAN ANTES DO EXÍLIO PERSA....................................................................... 13
3.2 SATAN APÓS AS INFLUÊNCIAS PERSAS NO JUDAÍSMO DO PÓS-EXÍLIO .... 16
4 O MAL E O MONOTEÍSMO TRIBAL HEBREU ................................................... 20
4.1 O MAL VISTO COMO PECADO............................................................................. 20
4.2 O MONOTEÍSMO E O DEUS TRIBAL DO HEBRAÍSMO PRIMITIVO .................. 22
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 27
6
1 INTRODUÇÃO
A palavra Satan foi um conceito que foi evoluindo com o tempo no Antigo
Testamento (AT). Nesse capítulo será analisado o significado exato da palavra
Satan, o seu emprego utilizado no AT, seja na forma verbal ou como substantivo e
articularemos sobre a importância da religião persa para a evolução definitiva do
conceito de Satan no AT.
considerar que ele teria vivido num período muito anterior, entre 1550 e
1200 a.C., ou pelo menos antes de 1000 a.C.
O Avesta (“A injunção” de Zaratustra), livro sagrado do Zoroastrismo,
formado a partir da tradição religiosa dos masdeístas, descreve uma visão
na qual Ahura Mazda (“Senhor da sabedoria”, deus supremo do
Zoroastrismo) revela o futuro a Zoroastro. A partir de então, Zoroastro
assume definitivamente a sua condição de profeta e reformador.
Pelo texto acima percebe-se que Zoroastro compilou a antiga religião persa,
conhecida como madeísmo e por causa de seu nome a religião também passou a
ser conhecida como Zoroastrismo.
Esta religião acreditava na dualidade bem e mal, como formas de ação e
reação. Mas, que no fim o deus do bem venceria. Zoroastro erradicou os muitos
deuses, deixando apenas dois. O deus do bem era chamado de Ormuz e o deus do
mal era chamado de Arimã. Além do livro sagrado Avesta há outro livro, existem
a junção das duas obras dá-se o título de Zend-Avesta, conforme relata Soares
(2008, p. 3).
Soares ainda diz que o Deus principal Ahura Mazda tinha uma posição mais
elevada que qualquer outra divindade do mundo antigo. Ele era considerado
“incriado”, e causa original de tudo, todo o bem procedia dele no universo, pois era a
fonte do bem, seja divino ou humano, animado ou inanimado, abstrato ou concreto;
ele deu origem ao Asha.
O Asha citado acima é o princípio imutável que tudo existe através dele, e
equivale ao Logos grego. Mas os iranianos também tinham o Druj, que era um
atribuído ao deus do bem Ahura Mazda e o Druj, atribuído à Angra Mainyu, o espírito
mal, e por isso o bem venceria no final. Além do dualismo outros ideias eram
ensinadas como ressurreição dos mortos, juízo final, e uma nova terra, ou seja, o
estabelecimento do paraíso. Todas essas ideias estão no Zoroastrismo, embora
essas ideias só seriam estabelecidas ou assimiladas em sua totalidade bem mais
tarde, no período intertestamentário.
Nesse contato com a cultura persa os judeus tiveram que rever diversos
pontos de sua religião, como reverência às imagens, crença após a morte com céu e
inferno, julgamento num dia final, destruição dos maus, a felicidade eterna para os
justos, dualismo do bem e mal, a supremacia de um único Deus e uma conduta
austera na vida (SOARES, 2008). Contudo, os hebreus receberam com bons olhos a
influência persa, assim como os outros povos conquistados:
Os povos dominados receberam a política pacifista persa com bons
olhos16: os babilônios receberam a Ciro II como o “Pastor de Marduc”; os
egípcios aceitaram como a “Encarnação de Horus”, e os judeus o
receberam como o Messias de Iahweh. Daí a influência persa presente no
Deutero-Isaías: Assim diz Iahweh ao seu ungido, a Ciro que tomei pela
destra, a fim de subjugar a ele nações e desarmar reis, a fim de abrir portas
diante dele, a fim de que os portões não sejam fechados. Eu mesmo irei a
tua frente e aplainarei lugares montanhosos, arrebentarei as portas de
bronze, despedaçarei as barras de ferro e dar-te-ei tesouros ocultos e
riquezas escondidas, a fim de que saiba que eu sou Iahweh, aquele que te
chama pelo teu nome, o Deus de Israel (Is 45,1-3). (SOARES, 2008)
ser do mal que age em oposição direta ao povo escolhido de Deus, ou ao próprio
Deus.
Essa dificuldade na interpretação acontece porque nas duas passagens que
são interpretadas como descrições da queda existem dificuldades exegéticas, pois a
descrição aparece abruptamente num texto que não trata especialmente sobre a
queda de Satanás. Pois, no AT, só faria sentido a interpretação se tais passagens se
referissem aos reis humanos que os profetas dirigiram seus oráculos.
Contudo, embora essa doutrina do desenvolvimento do conceito de Satan não
aconteceu no AT, mas paralelo a ele:
O desenvolvimento da doutrina de um líder das forças do mal não ocorre no
AT, mas se desenvolveu nos livros apócrifos e pseudoepígrafos do AT. No
entanto, há uma alusão a um caráter demoníaco em Gn 3; 6.1-4; Is 14.12;
Os 4.12; 5.4 e Zc 13.2.15 Eichrodt sugere que a mitologia pagã pode ter
influenciado o desenvolvimento dessa doutrina. Mas em grande parte essa
doutrina ficou suprimida (assim como outros elementos da mitologia pagã)
diante de um monoteísmo que atribuiu tudo à soberania de Deus: “Eu sou o
Senhor, e não há nenhum outro; além de mim não há Deus... Eu sou o
Senhor, e não há nenhum outro. Eu formo a luz e crio as trevas, promovo a
paz e causo a desgraça; eu, o Senhor faço todas essas coisas” (Is 45.5- 7).
Um Satan não é visto como a origem ou causa do mal no AT. (DUCK, 2013
p. 140)
Pelo texto percebe-se que já havia em outros povos uma doutrina de um ser
do mal agindo em oposição a um deus do bem. Rodrigues (2014, p. 113) concorda
com a afirmação de Duck acima, sobre a influência que os hebreus primitivos já
estavam recebendo de outros povos desde a sua origem, e em consequência
influenciando sua religião seja positiva ou negativamente. Quando Rodrigues (2014,
p. 113) fala dessas influências em seu artigo sobre o judaísmo de Israel e suas
múltiplas relações:
Israel não luta contra deuses, mas contra governos. (RODRIGUES, 2014, p.
113)
Em ambos os textos, percebe-se que alguns dos povos citados tinham uma
teologia bem mais desenvolvida que o povo de Israel, com relação ao conceito bem
e mal e são eles que influenciaram o povo de Israel no desenvolvimento de sua
doutrina sobre um ser que fazia oposição ao povo de Deus.
Antes de Satan ser conhecido como um agente sobrenatural que executava o
mal em nome de Deus, que só aconteceria no pós-exílio, após a influência do
zoroastrismo. Essa palavra Satan, só era empregada para referir-se a um homem ou
anjo que estivesse fazendo oposição ao povo Israelita ou aos planos de Deus, como
na passagem de Números 22.22,32. Não se referia a um agente maligno em
particular. Lembrando que essa passagem do AT foi escrita bem antes do exílio, e o
povo de Israel não tinha ainda entrado na terra prometida pela primeira vez.
Nesse relato o rei de Moabe contrata Balaão para amaldiçoar o povo de
Israel. Porém nesse caminho aparece um Anjo do Senhor que é chamado de Satan,
como Duck (2013, p 152) sobre essa passagem:
Como pode ser visto o ser divino que age como um śāṭānem Números 22
tem muito pouco em comum com conceitualizações posteriores de Satanás.
Ele é o mensageiro de Javé, não seu inimigo mortal e age de acordo com a
vontade de Javé ao invés de ser oponente. De fato, o mensageiro de Javé
aqui, como em outro lugar na Bíblia hebraica, é basicamente uma
hipotatização da divindade. Portanto, o śāṭān/adversário em Números 22
não é outro a não ser Javé. (ROCHA, 2015, p. 94)
depois de Satan aparecer como um ser angelical maligno ele jamais se opõe a
vontade de Deus, tanto no livro de Jó quanto aos outros livros posteriores no AT.
Quando Satan aparece no livro de Jó e diz a Deus que a fidelidade de Jó é
pelo fato dele ter uma vida rica e cheia bênçãos divinas, Deus concorda com as
propostas de Satan, mas delimita as suas ações. Numa relação de criatura e criador,
Senhor e servo, compreende-se que todo o mal provinha de Deus, com o objetivo de
testar ou punir os seres humanos.
Nas passagens do livro de Jó, Deus está sempre numa posição de soberania
e Satan como um ser que está cumprindo sua missão de testar os seres humanos,
“pois aparentemente Satan não descobriu nenhum problema no comportamento de
Jó, mas questionou sua motivação”, Duck (2013, p. 142). Satan não tem nenhum
poder para testar essa motivação sem o consentimento de Deus e para isso precisa
de sua aprovação. Aprovação que Deus concede. E, Satan cumpre fielmente com o
que foi combinado entre ele e Deus.
Na relutância de Jó em continuar em sua justiça e ter passado no primeiro
teste, Satan ainda continua duvidando da motivação de Jó. Satan no segundo
encontro com Deus, já aparece como um ser com vontade própria e sinistro e
propõe um segundo teste mais severo a Jó, pois Satan acredita que Jó não passaria
no segundo teste e por fim, amaldiçoaria a Deus. (DUCK, 2013, p. 143).
Nessas missões de acusação e duvidando avidamente da verdadeira
intenção de Jó para com Deus, e devido a isso, utilizando-se de aplicações de testes
severos esperando que Jó falhasse, entende-se que Satan era apenas um agente
que estava completamente sob a autoridade de Deus, embora também tivesse sua
própria motivação. Salgado(2014, p. 17) define bem essa forma de atuação de
Satan, levando em conta o contexto cultural da época, quando diz:
Duck define melhor que forma de oposição Satan faz quando diz que, embora
esse agente pudesse incitar a Deus, ele, no entanto, não é obrigado a fazer o que
Satan sugere. Assim, Satan não é adversário de Deus, mas de Jó (DUCK, 2013, p.
144). No entanto, essa ideia foi evoluindo pouco a pouco, e chegou um momento em
que os israelitas definiram um conceito mais abrangente dessa oposição, como em
Zc 3.1,2, o profeta teve oposição a respeito do sacerdote Josué após o término do
exílio babilônio, ou seja, evidenciou a oposição aos planos de Deus, diferente do
caso de Jó, em que Satan é apenas o mensageiro.
É importante frisar que as vezes em Satan aparece no AT, ele é o
personagem secundário. Como quando ele aparece citado novamente no livro de
Zacarias da Bíblia Sagrada, sua aparição é menor que o livro de Jó. Como afirma
Duck (2013, p. 147), “em Zacarias ele aparece apenas de forma circunstancial e o
foco está na troca de roupas de Josué”. Mesmo em Jó ele aparece como um
personagem secundário, pois o foco está na provação de Jó, e até os amigos de Jó
recebem mais atenção no texto que o próprio Satan.
Em ambos os casos, Satan aparece como personagem secundário, todavia,
seu modo de agir é bem diferente, pois em Jó a acusação de Satan é
completamente infundada e os testes de fé aplicados a Jó, com a permissão de
Deus, vieram simplesmente do fato de Satan suspeitar das intenções de Jó. Em
Zacarias 3.1,2 Satan parece ter razão com relação a impureza do sacerdote Josué,
mas está claramente contra os propósitos de Deus em abençoar Israel,
demonstrando hostilidade ao povo. Mas, dessa vez embora a sua oposição de
tivesse mais razão de ser, que em Jó, mal ele profere palavra e já foi repreendido
pelo Anjo do Senhor, e desta vez sua oposição não foi permitida.
Já em 1 Cr 21.1 é a primeira vez que Satan aparece como um nome, sem o
artigo. Nesse texto é atribuída a origem do mal a Satan, inteiramente sob a
permissão de Deus e, em 2 Sm 24.1, o mesmo fato é atribuído a Deus. Através
desse texto sobre o censo descrito em ambos os livros, pode-se notar que as ações
de Deus e Satan são de alguma forma semelhantes e que às vezes não é possível
diferenciar. Todavia o texto de 2 Sm foi escrito antes do exílio e 1 Cr 21.1 apenas
após o exílio demonstrando aqui a evolução do conceito sobre Satan. Aqui ele é
apresentado como propensão para o mal.
Podemos ver em ambas as passagens acima, na diferença de pensamento
entre elas que o autor de 1 Crônicas, já atribui certa responsabilidade do mal a um
19
ser espiritual, embora como em Jó, ele só pode fazer aquilo que lhe é permitido.
Segundo Duck (2013, p. 149):
Nesse capítulo será possível inferir que a falta de conflito religioso e ético com
relação a uma explicação para o mal no AT, deve-se à fé do povo de Israel, vendo o
mal e o sofrimento apenas como consequências do pecado, e quando recebiam
essa punição, estavam apenas recebendo o que mereciam; e na religião monoteísta
tribal, onde Deus além de ser único, era Deus principalmente dos hebreus, e o mal
que era feito a outros povos, era feito com o objetivo de beneficiar o povo eleito.
Partindo sempre do ponto de vista que não existe dualismo, pois não existem
seres que sejam compatíveis a Deus. E que ele é, essencialmente justo e bom em
sua natureza. Portanto, nesse capítulo, dará para entender a posição de Israel a
respeito da compreensão da atitude de Deus com relação ao mal.
O principal motivo porque os hebreus não tinham conflito com relação a Deus
executar o mal era porque viam a tentação apenas dentro do ser humano, através
dos dois instintos que o próprio Deus colocou. Ficando para o homem a inteira
responsabilidade moral da escolha do mal. Essa habilidade inteiramente livre de
escolher entre as duas opções fica a critério dos seres humanos, mas Deus impele
os eleitos para o bem, lhes prometendo muitas bênçãos.
Não havia pecado no sentido metafísico como se interpreta nos dias atuais, “o
mal está, portanto, associado à ideia de pecado, e de infidelidade a Javé”. E, como
concorda Bunick e e Ribeiro (2014, p. 3), no AT, escrito em hebraico, não havia
diferença entre as palavras “mal” e “sofrimento”. Somente a partir do NT, escrito em
grego, passou haver diferença entre estas palavras, passando as mesmas a terem
um sentido diferente (SALVIFICI DOLORIS, 1984, p.12 apud BUNICKE e RIBEIRO,
2014, p. 3).
E se Deus trazia esse sofrimento para o ser humano era porque conforme
Bunick e Ribeiro (2014, p. 10), “no AT o mal é interpretado como castigo de Deus
pelos pecados cometidos pelos homens. Sendo Deus um legislador e juiz; atingindo
21
cidade, não foi Iahweh que agiu?"(...)“Eu sou Iahweh e não há nenhum
outro..." “Eu formo a luz e crio as trevas, asseguro o bem-estar e crio a
desgraça; sim, eu Iahweh, faço tudo isto”; ou Is 54,16; “Sabe que fui eu
quem criou o ferreiro que sopra as brasas no fogo e tira delas o instrumento
para seu uso; também fui eu quem criou o exterminador, com a sua função
de criar ruínas”. (SANFORD, 1988, p. 39). Sendo Iahweh uma totalidade de
opostos, tudo provém dele, inclusive o bem e o mal. Assim para os antigos
hebreus o mal não constituía um problema. Eles acreditavam num único
Deus e, se havia o bem e mal no mundo, se o homem sofresse uma
tragédia ou fosse cumulado de bênçãos, se sucumbisse a humores
destrutivos e paixões más, tudo isso tinha sua origem em Iahweh. Isso até
que a consciência moral hebraica se desenvolvesse e eles sentissem um
certo incômodo na ideia de um Deus que aparentemente enviava tanto o
bem quanto o mal sobre a espécie humana... Podemos de fato ficar
bastante incomodados com a ideia de que Iahweh é o responsável pelo
bem e pelo mal, mas é o que nos apresenta o monoteísmo claro e
persistente. (SANFORD, 1988, p. 39, 40 apud BUNICK E RIBEIRO, 2014, p.
9).
Deus além de ser único, também era o Deus da Tribo de Israel, um Deus que
era apenas dos hebreus e, assim sendo, para beneficiar o seu povo era necessário
ás vezes fazer o mal a outros povos. Os hebreus, portanto, não viam conflito na
correção, livramento e punição. Aceitavam naturalmente o mal vindo de Deus,
agindo através de seus mensageiros com finalidade de justiça, pois tais ações
faziam parte do contexto cultural da época e da hermenêutica da relação que os
deuses e em consequência Deus poderia ter com seus eleitos.
26
5 CONCLUSÃO
Por fim, conclui-se nesse trabalho que o contato que os hebreus tiveram com
o zoroastrismo, foi de suma importância para a evolução da ideia de um ser do mal
como agente de Deus. Que esse agente podia ser visto como um opositor e/ou
acusador, mas, sempre abaixo da vontade de Deus, pois, nunca violava as
delimitações impostas pelo Criador em suas missões.
Os hebreus primitivos não tinham conflito religioso ou ético em Deus usar,
para alcançar seus objetivos, um agente mal; porque eles viam o mal apenas como
pecado e o sofrimento como consequência desse pecado. E em segundo lugar por
causa de sua religião monoteísta e tribal, baseada na hermenêutica das teologias da
época, ou seja, se Deus agir fazendo o mal a outra tribo ou povo, estará apenas
desempenhando seu papel de um Deus tribal.
De maneira alguma esse estudo é exaustivo, com relação aos hebreus
primitivos, de não questionarem totalmente a respeito de algumas ações adversas.
Porém, esse trabalho lança uma pequena luz, em entender um pouco mais sobre a
maneira de como os povos, em suas respectivas épocas, interpretavam as relações
de Deus com seu povo.
27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Brasil, 1993.
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28
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