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Dos 38.311 registros de vítimas de acidentes de transporte terrestre (ATT) nas 17 Unidades Sentinela de
Informação presentes em diversas regiões do Estado, 28.257 casos (73,8%) correspondem a acidentes
envolvendo moto.
Este ano, entre janeiro e fevereiro, já foram registradas 6.356 notificações de vítimas de acidentes de
transporte terrestre, sendo 4.861 (76,5%) relacionados às motos, com aumento do percentual em relação a
2022.
Os números de acidentes, que são alarmantes no Brasil e em Pernambuco, impactam na sobrecarrega das
grandes emergências dos hospitais, aumentando as despesas da saúde pública, e causando mortes evitáveis
ou sequelas irreversíveis.
Confira mais dados sobre os acidentes envolvendo motocicletas ocorridos em Pernambuco em 2022:
Perfil pessoal:
Fatores:
6 amputaram membros.
Estatisticas de acidentes no Pernambuco
Por Vias Seguras <info@vias-seguras.com>
Fontes: DATASUS, DPRF
Dados gerais
População: 8,8 milhões de habitantes em 2010, 9,3 em 2015. Capital: Recife. Frota de veículos: 1,8
milhões em 2010, 2,8 em 2016. Superfície: 98.000 km2
Avaliação do número de mortos no trânsito:
(Atualizado em 13/11/2017)
Ministério da Saúde (DATASUS), óbitos ocorridos no Estado: 1.825 em 2013, 1.737 em 2014, 1.888 em
2015.
DPRF: mortos nas rodovias federais do estado: 473 em 2011, 452 em 2012.
O número de mortos cresceu cada ano, de 2008 a 2010, passando de 1.440 em 2007 a 1.960 em 2010, isto é
um aumento total de 36% em três anos. O número ficou estável em 2011. Novo crescimento em 2012 (4%),
forte redução em 2013 (11%) e em 2014 (5%), porém, novo aumento em 2015.
Índices (evolução de 2002 a 2010)
A taxa de motorização aumentou sistematicamente cada ano, passando de 10,5 veículos por 100 habitantes
em 2002 a 20,2 em 2010.
O índice de mortos em relação à população ficou estável, em torno de 17 mortos por 100.000 habitantes, de
2003 a 2008, e passou a subir rapidamente em 2009 e 2010.
O gráfico abaixo permite comparar a evolução dos níveis de motorização e de mortalidade no Estado,
na Região Nordeste da qual faz parte e no Brasil inteiro, entre 2002 e 2010
Cada curva passa sucessivamente, da esquerda para a direita, por nove pontos representando a situação nos
nove anos do período 2002- 2010, nesta ordem. As coordenadas de cada ponto são a taxa de motorização e o
índice de mortos no Estado, na Região, ou no Brasil no ano correspondente. É possível, então, comparar o
progresso da motorização e as suas consequências no estado, na região e no país.
Os dados do Estado e da Região são muito próximos. Em relação ao Brasil, o Estado é muito menos
motorizado (20 veículos por 100 habitantes em 2010 em vez de 34), porém tem o mesmo índice de
mortalidade. Isto significa que o número de mortos por veículo é 70% maior no Pernambuco que no
Brasil.
Acontece que, em 2010, a proporção de motos na frota de veículos do Pernambuco chegou a 36%, em vez de
25% em média no Brasil.
A violência no trânsito é a maior causa de morte de jovens no mundo. No Brasil, ela é responsável
pela morte de mais de 40.000 pessoas todos os anos.
Anualmente, mais de 40.000 pessoas perdem a vida no trânsito das cidades brasileiras
Os últimos levantamentos da ONU mostram que os acidentes de trânsito representam a principal causa de
morte entre jovens de 15 e 29 anos no mundo. Segundo os dados oficiais, mais de 1,2 milhão de pessoas
perdem a vida em acidentes de trânsito todo o ano no mundo. O Brasil está no 4º lugar do ranking de países
com maior quantidade de mortes ocasionadas por acidentes de trânsito, segundo pesquisa do Instituto Avante
Brasil. Um levantamento feito pelo Observatório Nacional de Segurança Viária indica que jovens do sexo
masculino e de idade entre 18 e 25 anos compuseram mais de 28% das vítimas fatais nos acidentes de trânsito
em 2013.
Os números são assustadores e mostram que o problema da negligência no trânsito ainda é muito relevado.
Os jovens estão entre os mais atingidos em razão do estilo de vida ao qual estão geralmente associados.
Dirigir alcoolizado e o excesso de velocidade são as principais causas de acidentes entre jovens. No entanto,
dirigir e utilizar o celular para mandar mensagens instantâneas começa a aparecer como um grande
desencadeador de acidentes. Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, o ato de dirigir e
mandar ou ler mensagens de celular aumenta em 23 vezes o risco de se envolver em acidentes.
A implementação da “Lei Seca” (nº 11.705/2008), em 2008, foi uma tentativa de diminuir os acidentes de
trânsito motivados pela direção sob efeito de álcool. Um levantamento do Departamento de Medicina
Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostra que, entre o período de
2001 e 2010, em uma comparação entre os números de mortes por acidente de trânsito antes e depois da
implementação da “Lei Seca”, a ocorrência de óbitos no estado de São Paulo diminuiu em 16%. A lei determina
que a ocorrência de concentração de álcool no sangue maior que 0,05 miligramas por litro de sangue é
considerada uma infração administrativa, sendo passiva de punição de até 12 meses de suspensão da carteira
de motorista. Caso a medição resulte em 0,36 miligramas por litro ou mais, o condutor fica sujeito à punição de
seis meses a três anos de reclusão penal.
Veículo de custo mais acessível, a moto figura como o meio de transporte mais envolvido em acidentes de trânsito no
interior de Pernambuco, representando 68,5% do total de acidentes registrados entre maio e dezembro de 2010, levando em
consideração os atendimentos registrados nas Unidades Sentinelas dos hospitais pernambucanos. Para discutir esses e
outros indicadores, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) está promovendo a Oficina Acidente de Transporte nesta quarta-
feira (23/02), das 8h às 17h, no Hotel Canarius, em Boa Viagem. O encontro reúne 20 profissionais responsáveis pelo
levantamento desses dados no Estado.
“Houve aumento considerável na frota de motos, mas isso não quer dizer que mais acidentes tenham de ocorrer. Uma das
principais pautas do nosso encontro é discutir, junto à Rede de Unidades Sentinela, as circunstâncias mais recorrentes
nesses casos e elaborar medidas preventivas”, resume a coordenadora de política publica saudável e intersetorial da SES,
Sandra Souza. Ela acrescenta que a ficha de registro de vítimas possibilitará identificar, além das principais causas, os
locais de maior ocorrência.