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GRUPO I
GRUPO II
Camões e a Tença
Irás ao Paço. Irás pedir que a tença
Seja paga na data combinada
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
5 País que tu nomeias e não nasce
GRUPO III
Num texto bem estruturado, de cem a duzentas palavras, apresenta as tuas impressões de leitura
sobre as composições camonianas redigidas em medida velha (redondilha).
T EST E D E A VA LI A Ç Ã O – Sequência 6 Poemas, Luís de Camões
Cotações
Questões Cotação
OCL *
Grupo I Conteúdo Total por questão Total do grupo
Org.** CL ***
1. 12 4 4 20
2. 12 4 4 20
80 pontos
3. 12 4 4 20
4. 12 4 4 20
OCL *
Grupo II Conteúdo Total por questão Total do grupo
Org.** CL ***
1. 12 4 4 20
2. 12 4 4 20
80 pontos
3. 12 4 4 20
4. 12 4 4 20
OCL*
Conteúdo Total por questão
Grupo III Org.** CL*** 40 pontos
24 8 8 40
200 pontos
(20 valores)
* Organização e correção linguística
** Coerência na organização das ideias e na estruturação do texto
*** Correção linguística (sintaxe e morfologia; léxico; pontuação; ortografia)
Sugestões de resposta
– cria uma impressão de movimento, num crescendo
Grupo I
de dinâmica ascensional (da Terra-Mar para o Vento);
1.1. De acordo com a primeira estrofe, “a gente toda” – sugere uma grande agitação, um desmesurado
(v. 1) vê o sujeito poético como um indivíduo: dispêndio de energia.
– “perdido” (v. 1), ou louco;
3. O verso “que eu só em humilde estado me contento”
– ensimesmado (“tão entregue a meu cuidado” - v. 2);
apresenta, na relação com o primeiro terceto, entre
– sempre à margem, evitando deliberadamente a
outros, os seguintes sentidos:
convivência com as outras pessoas (v. 3);
– constitui a afirmação, por parte do sujeito poético, de
– desprendido de todas as regras do convívio em
uma opção de vida simples (“em humilde estado me
sociedade (v. 4).
contento”), oposta à daqueles que buscam, por todo o
1.2. A adversativa “Mas” instaura uma contraposição de lado, “riquezas”;
sentido entre as duas quadras. Assim: – marca o desinteresse do “eu” pelos bens materiais,
– à representação, na primeira estrofe, da aparência do colocando-se acima dos que são movidos por tais
“eu”, tal como é visto pela “gente toda”, sucede-se, na objetivos.
segunda, a expressão de uma profunda Na articulação com os versos finais do soneto, o verso
autoconsciência do “eu”, que lhe permite classificar 12 apresenta, entre outros, os seguintes sentidos:
como errada a visão dos outros sobre si e sobre o – produz uma clarificação do significado de “humilde
mundo (vv. 7-8); estado” (v. 12), revelando-o como o sentimento de
– na segunda quadra, o que parece aos outros loucura dedicação amorosa que domina o sujeito lírico;
é apresentado como uma opção consciente e – é expressão da autoconsciência do sujeito
deliberada do “eu” que, conhecendo (vv. 5-6) e relativamente à grandiosidade do sentimento que o
desprezando (v. 7) o “mundo”, afirma a vivência interior domina, de entrega total ao ser amado e à
do seu “mal” como o único modo válido de contemplação da beleza deste, inscrita para sempre
engrandecimento pessoal (v. 8). dentro de si (“me contento, / de trazer esculpido
2. A enumeração, incidindo na busca dos outros, eternamente / vosso fermoso gesto dentro n’ alma” –
produz diversos efeitos expressivos, tais como: vv. 12-14);
– assinala o carácter global dessa busca (convocando – constitui a afirmação da vivência interior da beleza e
três dos elementos, Terra, Água e Ar); do amor como os valores da vida do “eu”;
– define tal busca como incessante e sem limite que a – contribui para a enfatização do desprendimento do
detenha; “eu” face aos bens materiais e da sua opção por um
– atribui à referida busca um carácter insaciável e bem simbólico perene.
(in Critérios de Correção – Exame Nacional de Literatura Portuguesa,
insano, pois pretende sair do espaço humanamente 2007, 2.ª fase)
mais controlável (a Terra) para o mar;
T EST E D E A VA LI A Ç Ã O – Sequência 6 Poemas, Luís de Camões
Grupo III
Resposta pessoal.