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Em 19 de junho de 1970, é promulgada pelo Presidente Américo Tomás a Lei n.º 9 - um dos
primeiros documentos legislativos relativos à Proteção da Natureza e dos seus recursos, que, por
um lado, visava fomentar a defesa de áreas cujo meio natural necessitasse de reconstituição ou
preservação contra a degradação provocada pelo Ser Humano e, por outro lado, procurava
promover o uso racional e a defesa de todos os recursos naturais, em todo o território, de modo a
possibilitar a sua utilização pelas gerações futuras. Neste documento, são definidos os conceitos
de parque nacional, reserva integral, reserva natural, reserva de paisagem, reserva turística, ou
ainda de reservas mais específicas como a botânica, zoológica e geológica. Tornou-se, assim,
possível a proteção e «a defesa de áreas onde o meio natural deva ser reconstituído ou preservado
contra a degradação provocada pelo homem», por meio da criação de parques nacionais e outros
tipos de reservas, os quais têm como objetivo «a defesa e ordenamento da flora e fauna naturais,
do solo, do subsolo, das águas e da atmosfera, quer para salvaguarda de finalidades científicas,
educativas, económico-sociais e turísticas, quer para preservação de testemunhos da evolução
científica e da presença e atividades humanas ao longo das idades».
exóticas e a colheita de plantas. É definido, ainda, o primeiro limite da reserva da Arrábida que
abrangia, então, pouco mais do que a vertente sul da serra e das escarpas do Risco.
A 17 de novembro de 1989, surge a Portaria n.º 997/89 e, com ela, a primeira legislação
específica à proteção da fauna na Arrábida. Considera-se, porém, desnecessária a proibição total
de caça, alegando-se que as áreas de proteção integral englobam apenas uma pequena parte do
Parque e considerando-se a elevada capacidade de suporte de extensas áreas do PNA,
nomeadamente para a perdiz e a lebre.
A 25 de agosto de 1993, surge a Portaria n.º 833/93 que, com base em estudos efetuados e
considerando as áreas já interditadas à caça pela Portaria n.º 997/89, de 17 de novembro,
regulamentavam a atividade cinegética no Parque Natural da Arrábida. Delimitaram-se novas
áreas especialmente sensíveis que justificam a adoção de medidas de proibição total de caça: a
Serra da Arrábida, a Serra de São Luís e a Serra de São Francisco.
O litoral marinho não foi incluído nos limites do Parque Natural da Arrábida aquando da sua
criação pelo Decreto-Lei n.o622/76, de 28 de julho, tendo, no entanto, o preâmbulo desse
documento, chamado a atenção para o facto de a «zona costeira da Arrábida fazer parte de uma
baía que constitui um dos principais mananciais do Atlântico Norte, indispensável à criação e
manutenção das espécies marítimas animais e vegetais que deverão justificar oportunamente a
criação do parque marítimo de Sesimbra». Desde a criação do Parque Natural da Arrábida, a
Pedra da Anicha encontra-se classificada como reserva zoológica. Considerou-se, porém, que
esta carecia de um estatuto de proteção mais forte e eficaz, atendendo à permanente perturbação
de que era alvo, à sua vulnerabilidade e ao seu carácter único. Surge, então, o Decreto
Regulamentar n.o23/98 de 14 de outubro que altera a área do Parque Natural da Arrábida,
incluindo uma zona de parque Marinho e abrangendo a área da Arrábida-Espichel, que veio a ser
designado de Parque Marinho do Professor Luís Saldanha.
território nacional. São, assim, criadas várias Zonas de Proteção Especial (ZPE), nomeadamente
a do Cabo Espichel.
Em 2005, José Sócrates assina a Resolução do Conselho de Ministros n.º 141/2005, tendo em
consideração todos os elementos legislativos referidos até aqui e é, então, aprovado o Plano de
Ordenamento do Parque Natural da Arrábida. São objetivos gerais do POPNA:
Algumas destas medidas representam mudanças intensas à rotina da população e, por isso, são
origem de descontentamento. Por exemplo, as medidas restritivas à prática da pesca, afetaram de
forma bastante severa o meio de trabalho de muitos indivíduos que se dedicavam, ou dedicam, à
atividade. Muitos pescadores, assim como as suas famílias, sem outra forma de sustento ficaram
em situações económicas muito frágeis. O POPNA prevê este problema e mitiga-o com uma