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sea pr ofundidade do pensador,s ea coragemd om i
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te, s ea firm ezado p olít
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Todav
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irm ara os po-
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e, e ao PAIGC, an ossas o
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lism op ortuguês
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t o queressalt
aé o m od
o com oov igor do ímpetoliber
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lucioná
riosef unda,em Amíl
carC abra
l,n um pro
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tod areali-
dad
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iad e dogmat
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sv azios
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amb éma suacapac
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sea sa nál
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sea sp er
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i cac o
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al - os euÚltimo discurso,as uamensagem de ano novo
em 1 deJ anei
r ode 1973.

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OS ANTECEDENTES DA LUTA
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A Guiné eC abo V erdee stãoe n t


rea sp rim e
irasc oló n
iase stabelecidasem! -
fricap e
l ose uropeus. Poded izer-se qu e a Gu in é éa p rim e
irad et o das.Depoisd a
Co n
ferênci ad eB e
rlim , ondes ef eza p arti
l had aA fr
icae ntrea sp otê nc
iasd aal-
t ura
,d eu-sec ontado qu es ech am av aa o cupaç ão efectivado st erritório safric a
-
noe.P or
t ug a
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ta vaj ápresente no sn os
s osp aísesd a Guiné eC abo Verde. Aquia
suap rese nçam an
if es
t ava-
se a travé sdo s ch am ados" do natár
ios",qu et inhamo cupado
asi l hase qu et entavame x plorá
-la su til
i zan dos obretudog entev indad e·P o
rtu ga
l
ou da Guin é; en estaÚ lt
im a,a trav ésdo se ntre postosc om ercia
isd ac o s
tae d a
st en
tativ asd ep enet
ra çãop arao i n
ter i or
. -
Após aC onferênciad eB erl
im ,P or
tu gald ecidiu-seao cupare fectivam en
tea
Guiné
. I stop rovocou im edia
tam en
teum ar eacçã op orp arted as populaçÕ e
s.P rim e
iro
as popula çÕe sc osteiras:o s ~anjacos, o sP ap eis,s obretudon a zona quec onsti
t u
i
hojea i l h adeB iss au;o sB alantas, um pou co m ai
s no i nt e
rior,o sF ulas,o sM an-
dingase p raticame ntet odasas popu laçÕ e
s do p aísr esist
i r
amà o cupação p o
rtug ue
-
sa,no d e cursod aquilo a queo sp o rtugu e
s es ch amaramm ai
s t ardea s" g uer
rasd eP !
.
cificação ",qu e du ra
r am pertod em eio s éculo,d urante oq ual,s egundoT eixeira Mo
ta,n ão s ep as
s ou
,p ora ssimd izer, um s ód ia emqu en ão houvesse um afrontame n

entrea sn os s
asg entese o sp o
rtug u es
es.
Conh ecemost od a
sa sm anobra
s d ed i vi
s ãor ealizadasp elosp ortuguesesp a
ra
poderem dom inar
, um a a uma,a sd ife rentest ri bus.A proveita
ram -
se d et odasas con
tradiçÕ ese nt
rea sd iversase tnias,e ntre gand o-sem e
smo aa ctosqu e poderíamos -
co n
si derari l óg
ic ose con seguirams emp r
ee nc o n
trarum o uo utroa fr
i cano,e n
trea -
queles qu ee rami nflue n
t es
,p aras e rv
ira s uac ausa.
Mas av e
rdad ef icoug ravadan ão som enten ah is
t ória,m a
s t ambémno e s pí
rito
do nosso povo .E stag randec apacida ded er esi stênciaf ezc omqu e oc olonialism o
português só pud e
s set erm inarofic
i alm ent ee ss asf amosasg uerrasd ep a c
ificação
em 1917, embo ranar ealidadee lass óacab ass
emem. l936,qu ando elec o n
se gu
iue n
-
ganaro sú lt
im osr esistentesb ijag ós,o sq uais no e ntanton ão depuse
r am asa rm as
;
~e fa c
t o
,fo ramt r aídose e ntregue s pore l
em entosd as uag ente.
Estat rad
iç ãod er esistênciam arca d e um am anei
rad ecisivaa n ossal u
t ade
libertaçã on ac
i onal.Ap a
rtirdo s ano s3 0,P ortugal - ondeof asci
sm ot inh asid o
insta u
ra do- com eçou a im planta
rc omm ais f ac il
i dadea s uaa dmi n
istraçãon a Gui-
né. Of actod ap olít
i cap ortuguesat ersi dom arc
ada p or umad i
ta duraf as c
ist anum
momento em qu e o no sso povo começou a s erv erd adei
ram entea dmi n
istradop orP o
rtu-
gal,c ara cte r
izad em odo flagrantea s itu açãop olít
ic ad on ossop aisa ntesd al u-
tad el ib ertaç ãon aci onal(•••).

"0momento culminan
te,p ar
an ós
,a nt
esd a
lutaa
rm ada
,f o
iqu ando ch
egámosàc onv
ic-
çãode qu eapena
sno se rap o
ssíve
ltra b
a-
lharnac landes
tinidade"

An
tesd e com eça
ra l u
taa rmadadecidimosc r
i aro rganiza
çÕ e
sa fri
ca n
as.Em
1954 começámos porcriarorganiza
çÕ e
sr e c
r ea
tivas,um av ez queerae ntãoim po
s s
i
veld ar-
lh es um carác
terp o
lítico
.I s
tof o
iim por
t an
te,n ão porc au
sad ai d
eiad e
criarum ao rgan
i z
açã o
,mas porque oc o
lo n
ial
ism on ão o permitiu
, o queprovou às
grandesm as
sas d an o
ssaj uven
tudeques et inhamentu s
iasm ado po
re stai deia
,q ue,
soba dom inação por
tugues
a,o sa fr
icanosn ão tinh
amq ualquerd i
reito.I s
t odeu-nos
6
mai
s co ragem p a
r ao u
trasa cçÕes,p arae spalharo ut
r asi de
ia s~ paraf a zera vanç
ar
al u
t a
.An tes qu ee stas ed esenvolvess
e comp let amente, ou mais ex ac
tam ente
,a n
tes
quee latom assea fo rm adel utaa rmada, o momento m ai
s im portan
tef o
iem 1956 .
Nesse a no
, po ra lturad e umav is
it aqu ef i zà m inha f amíl
ia( es
t avae n
tão
exilad o
),d ecidimo sc riarc landet
in amente o nosso P artido.I s
tos i gni
fi caqueo
m~mento culmi nante,p aran ós,a ntesd al u
taa rm ada,f o
iqu ando chegámo sàc onv
ic-
çao de que ap enas nose rap ossívelt rabal ha
rn ac l and es
tinidade.
Depois d ac r
i açã odoP art
i do, em 1956, houv e um outro momento deg rande im -
portâ nc
ia, em 1959 , quando osp ortuguesesf izeramo m assacr
e d eP i d
jig ui
ti, que
desencadeou um ag randei ndignaçãoem t od aa popu lação da Guiné eC abo V e
rde. Esse
momento marca um pon to decis
iv o porquep rovou qu e oP a
rtido se gu
i aumal i nhaerra
dae n ão tinh anenhum ae xperiência.N es
t a épocao P artidon adas a b
i ado ques eP ãs
savano m undo eé r
amo so brigado
saa vançarem p
i ricame nt
e. Eu,s óem 1961 c onhec
i-
aso brasd eM ao T sé-Tung. Af altad ee xp er
iênciaf azia-nosp en
sarqu e podíamosl u
-
tarn asc idade s porm eio deg revesed eo u
trasa cções,m as enganávamo -nos
, e a re~
lidad edo mom en
to p rovou-nos quei sson ão erap ossível.

I
"A g
randevagad erepress
ã on
ão cons
e gu
iu
fazer-~osr
e nunc
iarao no
sso de
sejodel i-
be
rtaçao"

Ne
s s
e mesmoa no,d epoisd ai ndepen dênc
iad a Gu
iné em 1958,c riaram -
se pequ~
nosgrupo ses eguidamente, exactamente em 1959, oP art
ido co n
se gu
iur e uni-
l o
sd e
mo
do c oerenteà-s uav ol
t a
.H avia umaú nicao rgan
iza çãoe ninguém ser eclamou d e
qualquero utr
af acção
.I stop rovaa c onfiançado povo nad irecçãod oP a r
tido. Em
Se
tembro d e1 959, um m
ês d epois do ma
s sac
re d eP id
j igui
ti,t ivemo sem Bissau uma
reuniãoc landest
i naquep rovocou uma vira~em totalno c a
r ác
terd an ossal uta
. Fo
i
então_que começámosa} )
re pa
rar-nosp araa l utaarm adae qued ecidimosp enet
rarno
me
io r ural.O p rópriop residente do Part
i do
, oc amaradaR a
faelB arbosa,f oio pri
me
iro a i r ao ma
to m obi
liz a
rg ente,p arac riaraíe l
em en
tos do P a
rtido.O sn o
ssos
mi
litantes d aci dadetamb émfo ram paral á- o perár
i os
,p equenos emp r
eg ados
,e tc-
todosab andona
ramo qu etinh ame p ar
tiram n arao m a
to p a
ram ob
ilizar ap opul
ação.

COMBATE INVENC
!VEL

O gove
rno p o
rtuguê
se s
t ád o
ravantec ons
cien
ted e umar ea
-
lidade:nenhumaf orçapod e
rá im ped
ira ligu
id a
iãot otaldo
coloni
alism opor
t uguês
. Ad ialéticadar epre
ssaoc olonia
l
provou que
, nos nossosd ia
s,n enhum ag
resso
rc olon i
alis
ta
podes erve n
cedor dos povo
sd ecidido
sa c onquis
tara s u
a
liberdade.
/DOC .-1/

Um outro mom ento c ap i


t a
lf oia d i
li gência do Part
i dop a
raa po
iara l utado s
angolanosp orm eio d ea c çÕ e
sd irectasn asn ossasr egiÕe s
,em Agosto de 1961.T í-
nhamosf eitoa lgum ass a botage n
sim por
ta nte
s;o sp ortuguesesresponderamc om um a
gr
and er epressã oc on t
raa n o
ssap opulação, o quet ornoua indamai
s agud asa s con-
trad
i çÕ e
se ntrenó s ee l ese no s im pel
i uirremediavelme n
tep a
raa l u
taa rmada.
Essag randev agad er ep
ressão- no d ecursod aq ualf oipreso o camarad~ Ra-
faelB arbosa -n ão c on
s eguiuf azer-noer enu nc
iarao no sso des
ejod el ibertaça o
.
Pe
l oc o n
trário,g a
l vanizo uan ossa vontaded ef azera vançara l u
t ae provou a os
portugueses quen ad a nosp oder
iad eter.
Em princípiosd e 1961 o sp ortuguesesn render
am v intemembros do Partido, e~
treo sq uaisF ernando F ortes,E pifân
ioeo utros,s endoa lgunsdir
i gentes do Parti
do
. Ag rande movim entação qu ee ntãos eg erou obrigouo sc olonia
listasa l ev á
-los
aj àlgam en
toe a l i b er
t ara m aiori
a. I stod eu-nos mui
to p res
tígioe c o n
tribuiu~
rae nraizara ind am ais p rofundamente no nosso povo a id e
iadel u
t a
.
OP art
i dod eci d
iud e po
isa proveitara e xistênciad ep a
isesi ndependente
s
ou
,p elom enos, de um p aís-i ndependent
e,ao l adodo n osso.Seo sf ac
toresi nter-
noss ãod ecisivo s
,t amb émn ão podemosd esprezaro sf actorese x
ter no
s.Ae xistên-
7

ciad aR epúbl
icad a Gu
iné permit
iuao no s
so P ar
tidod ecid
irqu ealgunsdo6 aeus
dir
i g
e ntess efossema l
ii nst a
lartemporariamenteparacria
remo sm eios nec
essá-
riosaoa poiodal u
ta.I s
top ermi
tiu
-onosc r
iar·umae sco
lap olí
ticap araa I o
r-
maç
ão d em i
litan
t e
s p olí
ticosa ct
ivos, o qu
ef oidecis
ivop araan ossal uta
.Em
1960t ínhamoscriàdoem Conakry
, emcondiçÕ esmiseráve
is, umaescolap o

ticaon
de chamámos em p
rimeirol uga
ro smil
itantesd a
sc idades
,p araosp re p
ararp ol
iti
eamentee p araquee lesfossemt r
einadose soub e
ssemm ob
iliz
ar o povo paraa luta.

/DOC
.-5
/

"A c
redi
támosentãoques óumai nte
rvenção
adequadae e
ficazd a ONU
, af avordosdi-
reitosi n
ali
e náve
isdo n os
so povo
,s aber
ia
levaro gove
rno por
tug uê
sa r espeita
ra mo
ral ea legal
idadei nternaciona
ldo nos
so-
tempo"

Ap rim eirav ez que no sd ir


igim osa e s
taIVCom i
ssão d aA ssembleiaG erald as
Naçõ es Unidasf oiem 1 2 de Dezembro de 1962.D ez anosé , na v erdade, um período
bem longoe po rv eze sd ecisivop araa v idad e um s e
rhum ano,m a
s éb em pouco no
quad ro do et ernod evi
rd ae xistên c
iaou d ah istóriad e um povo . Contudo, grandes
modi f
i caçÕes, r adi caise i rre ve
rs íveis
,s eop e
raramn av i dad o no sso povo.I nfe-
lizm entenão no sép ossíveli nv o
c ara v o
ssam emória p a
ra comp a
rara s ituaçãod e
onteme a d eh oje, porqueam aior
i as e n
ã oa t ota
lidad edo sR e presentantesd esta
Com issão j án ão sã oosm e smos. Faremosp o
is um brever esumodo qu es ep assava e~
tã o.
Era um mom ento c ruciald ah istóriad an o
ssal u
t a.O m ass ac
r e deP idjig u
iti,
per petradop elosc o
l onialistasp ortugu e
sesa 3 d e Agosto d e1 959 contrao se stiva
dor esd eB issa ueo st rabalha do
re sdosb arcosd et ra nsportef l uvi a
lem g reve,t i :
nhas ido,à c ustad e 50 mo r
tos em ais de um ac en
tenad ef erid osg raves, umad olo-
ros al iç aop arao no s
so povo . Aprendemos qu e
,c on
trao sc ol onialistasp o
rtugueses,
não e raq uestãod ee sco
l here ntrea l utap ací
ficae a l utaa rm ad a
.E lest inhama r
ma
s ee stavamd ecididosa l iq u
ida r
- nos. -
Decidimo se ntã o
, no d ecursod e umar euniãoclan des
ti nad ad irecçãod on osso
Parti do,r ealizadaemBi s sauem 1 9d eS etembro de 1959, su spe ndert o da
sa sa cçÕ e
s
rei vin d
i ca
ti vasn asc ida dese p repararmo-nosp a
raa l utaarm ad a.P arat a n
top re-
cisáv amo sde um as ó
lid ab asep o
líticano m eio r ura
le , apó st r êsano sd ei ntens a
acti v
i daded em obilização e or~anização d as populaçÕesr urais,t ínhamosc onseg u
i-
do c riá-la,a pesard avi gilânciac ons
ta n
ted asa u
toridade sc o loni a
is.S entindos 2
p!
'ara sb ris asa nu nciadorasd aquilo a que um dirigentei nglêsch amou "ov entod a
mud ança", osc olo nialis
ta sp ortuguesesd esencadearam um av astaa cçãod er epressã o
poli ciale m il
itarc ont
raa sf orçasn ac
i onalis
tas. Em Junhod e 1962 , mais de2 000
patr iotass uspeitosd en acional
ism ot inhams id opresos em todoo p a
is.V ária
sa l-
deia s foramqu eimadas ea ss uaspopu laçÕ e
sm a
ssacradas. D ezenas d ec om patr
iotas
foramqu eim adosv ivos ou a fogados nosr i os
.N as prisÕ es
,a t o rtur afizerad ezenas
dev it
im as
.A d ialéticad ar e p
ress ãotin hag a
lvanizadoa d ete
rm inaçãod o nosso P2
vo em l uta
.A lgum ase scar amuçast inhamj áti dol ugare n
trep a triotasa rmadose a s
for çasd er epressã oc olo nia
lista.
Face a um at alsitu ação,a creditámose n
tãoqu es óum ai ntervençã oadequada
ee f icazd a ONU , af avordo sd ireitosi na
lie náveisdo n o
s so povo ,s a be
rial e va
ro
gov erno p o
rt uguêsa r esp ei
tara mo ral eal egal
ida d
ei n
t ernac io naldo nosso tempo .
Algunsp oderã , àl
o uzdo sa c on
tecim ento
sp os
teriore s
,c onsi de
rarqu eé ramos
entã oi n génu os
.P ensámos qu ee rano sso de ve
rd irig
irm o-nosà o rganizaçãoi ntern a-
cio nal. Foin um t alc ontextoqu e julgámo si ndi
s pensávela prese nt
a rmo-nosà IVCo -
missã o
. An ossam ensagem f oi,d ef ac
t o, oa pe
lod e um povo c o nfrontadoc omum as i
tua çã op a
rticularm ented i fícil,m as determinado a pa ga
r op reç on ecessáriop araa
rec o nquistad as uad ig n
id adee d as ualib e
r dade.A nossam ensagem f oi_igualme n
te
umap rovad ec onfian çanaf orçado sp rincÍpiose n ac a pac
i dad ed ea cçaod a ONU.
8
"Jásupor
támo sdemasi
adoss acrific
ios,m as
e
stamosd ecid
idosaa cei
tara indam a
is ~
rarecon qui
stara nos
sa liberda~e e a no~
sadign
idad ede homens
,q uaisquer qu
es e-
jamosc aminho
sa s eguir
"

Que dissemo se ntãop e rante a IVCom i


ssão?
Em prim e
ir ol ugardefinim osc laram en
tea sr azo ese o so bjectivosd an ossa
presen çap e
rant e a ONU. Dis
s emo si st o
:
"Estamosa quic omor e prese n
ta n
tesdo povo a fricanod a Guiné ' por
t ugue s
a1
e
dasi l hasd eC abo V erde
. O no sso povo co nf
iai n
teiram enteno no sso Partido - oPA
IGC- o rganizaçã o que oo rg an
i zou e mobili
zou p araa l utad el ibertaçã ona cional7
paraa t ar e
f ad if
í cild el i quid a
re ntrenó s oc o
lo n
i a
lis ao. O nosso povo es tá, co
mo s abeis,amo rdaçado pelaa usênciat o
t aldas liberdad~s f undam entai
se p el a
r e--
pressã oc ol onialp ortuguesa,C onsiderac om ose u
sr ep resentantesl eg
ítim os
,t endo
~ dire i
t oe o d everd ef ala rems eunom e,a que
les que ao l ongodo sÚ lt
imo s 15 ano s
dah is tóriad aA f
r icat êmd efendidoo ss e u
si n
teress esd et oda sasfo rmep ossíveis.
Viemosa quia f imd e,c om b asen as ituaçãoc oncre
tado n ossop aise c omo a poio
dasl eisi n
tern aci onais
,e n co n
trarconvo sco e com a pr ópriad elegaÇão p o
rtu guesa
av iam ai
s c u
rt ae m ais efic azp araa cab a
ru rgenteme n
tec om o c o
lonial
idm op ortu-
guêsn a Guiné eC abo Verde
.
"Paran ós,p ara·on oss o povo e para on ossoP a r
tid o
, ch egoua h orad e p8 r
termoà si n dec
i sÕ ese àsp r om es
sas,ah orad e tom ar
.de c
isÕ esd efinitivase d ep r
!_
tic ara ctosc oncr e
t o
s.J ásupo rtámosd em as
iadoss a c
r i
fíc ios,m as estamosd e cid
i dos
aa ceitara indam ais parar eco nquis
t a
ra n o
ssal iberda dee a n ossad ignidad ed e
hom ens,q u a
isqu erqu es ejamo sc aminhosa s egui
r.N ão é po ra caso ques áa gora con
siderám osi n d
is pe nsáve
la n ossap resençaa qu
i,P araa gi
r ,s obretudono qu ad ro doa-
problem as quea quino st rou xeram,s ãon ec e
ssáriosm eios, m e
ios l e gais
,hum anose
materi a
is, A contec eq ue, no d ecursod estesú lt
im osa nos
,e stesm eios sea cumu laram
ta n
t op ara a ONU c omop ara on osso povo em l u
t a
.E st
amo s conv en c
idosd e que ch egou
o mom en
to d ea gire qu ea sN a
çÕ es Unidas e ono sso povo pod em,n ar e.
alidade,a g
ir.
Parai ssoa chamo s que umac o
l aboraçãoe streitae e ficazé i ndis pensável
.N ós t emo s
od ire i
t oe o d everd ea jud ara ONU,p ara quee lano sa j udeac onquis
tara n ossa
liberd adee a n ossai ndepe ndê nc
ian acion a
l. An ossaa jud ar esides o b
retudon ai n-
form açãoc oncretas obrea s itu açãodo no sso país,n ad e
fi n
iç ãoc larad an os sa po-
siçã o
,n aa pres en
t açãod ep r opostasc o n
c re
tasp araa s o
l uçãodo no sso cas o",
Depois des et e
re xpo stoa s ituaçãop rev a
lecente no p aís,p rincipalme nte no
qued i ziar es peitoao r ecru descime n
tod ar e p
ressãop ol
i ciale m ilita
r, ao c arácter
fals od as cham adas' reform as'a doptadasp elo governo p o
rt uguês emS etembro d e 1961
eà sp erspectiv as do desenvolvim ento dan ossal u
t a
,t ính amose ntãoa nalisad o o
problem ad al e gal
i dadeou i l egalidaded estal uta
.D ispenso-me d er elem brara sp as-
sagen sd estaa n ál
i see m enciono ap enas o ponto seg u
i n
t e
:
"A resolu çãos obrea d escolonizaçãon ão comprom eteuun icamenteP o
rtug ale o
nosso povo a a c abarc om a dom inação colo n
i a
le n
tren ó
s. Comp rom e
teu a pr ópria ONU
af a zert o doo p ossívelp araa cabarc om a dominação c olonialond eq uer quee las e
enc ontre,a f imd ef aci
lita ro a cessod et odosos povosc olonizadosà i n depend ên
-
~ia n acion a
l.E stamo s conven cidosd e que o governo p o
rtu guêsn ão podec on
ti nuar
impun en ap rátic ao b
stinadad e um cr
im ei n
t e
rn ac
i onal.E s
tamo si g u
alm enteconv en-
cido sd e que a ONU d ispõed et od o
so sm eios necessáriosp arac o ncebe
re r ealiz a
r
medidas c o ncre
t ase e ficaze s
,t antop araf aze
rr es peitaro sp rincípiosd aC ar
ta,
comop araimpo ra l e ga
lidad ei nterna c
io nalno nossop a
íse d efendero si n
t eresses
dap a
ze d ac ivili zação",
"Comoasn ossasp ropo
stasn ão tiveramace
:!
:_
taçãofa vo
rá v
el,nem dap ar
t ed o gove
rno
portuguê
s,n em dap a
rted a ONU
, a sf orç
as
patrió
ticasd on os
sop aísp ass
aram a uma
ac
ç ão gene
ralizadac on
traasf orçasc o
lo-
ni
a li
stasem J anei
r ode1 963"
Num
a talper
spec
tivae c
om ba
se num
ad ec
isãoi
rre vogáve
l,de
fin
im o
sen
tão
a
str
êsp os
sib
il
idade
s queseo f
erec
ialà evo
luçãoe à so
luçãodoc on
fli
toen
tre
9
o gove
rno português e ono sso povo a
f r
ica no.E ssasp os
sibi
lidadese ramas segui~
tes:
1) Mudanç
a r a d
icaln ap osição do gov e
rno português
2) Uma acçãoc oncretae im ed
iatapo rp a
rted a ONU
3) Lutar unicamentec om osn ossosp r 6p
riosm eios
.
Como provad an ossac onfiançan ao rga n
izaçãoi nternacionale tendoem conta
ai nf
lu ênc
i acertaqu ea lguns doss eusm em b
ros podiam exercerso b
reo gov e
rno po~
tuguês,tínhamo sentãotom adoem c onsideraçã oapenasa s dua
sp rim e
irasp ossib
ili-
dadesea p
resentadoa sp rop o
stas ques es eguem:
Pa
raa p rim e
iraal te
r nativa- Con tacto im edi
a toentr
ea d elegação po
rtugue-
sae a n o
ssa,C o n
sulta ao governo portuguêsp a
ra que umad a
tap r6ximas e
jaf ixad a

A ESTRAT
!GIA DA LUTA

Ofime stratégicod an ossal utaa rmadad el ibertaçãon ac


i o
nalé ,ev identeme n
te,l ibertarono sso paisd o jugoc olon!
alp or
t ugu ê
s.É o f ime stra
té g
i co,emd efinit
i vo,d e todos
os mov
im entos del ibertaçãon acionalq ue, im pel
idos p elas
circunstân c
ia s
,p egam em armasp aral u ta
rc ontraa r epres-
sãoe a p resençac o
l on
i a
l.Nó s
, n an ossal uta,b aseámoso s
nossosp rincípiosn um conhecimentop rofundo das condiçÕes
do nosso p a
ís. Por exemplo,d ec
idimo s qued evíamos começar
al utano i n
t er
iordo p aíse qu en ão devíamosl u
tardo e x-
terior,p elo que nuncat ivemosf orçasa rmadasf orado p aís
.
~ pori ssom esmo que em1963 d esencadeámosal u
taa rmada
no centro,no s u
le no n o
rte,I stos ig n
ificaqu e,c ontra-
riamenteaoqu ef azemo s povos quel utamem Afri~ ounou -
trosl adosp e
lai n dependênc
ian acio na
l, adoptámos umae s-
tratégiaa qu e pod e
ríamos chamarc e n
trífuga:p ar
tirdo ce~
trop araa p er
iferia.E e stef actop rovocou grandes urpre-
sano sp ortug u
eses quet inhamcon centradoa ss uast ropas
naf ro n
teir ada Guiné e do Seneg a
l, pen~ando queí amosi~
vadirop aísd o ex~erior. Mobi
lizámo s o nosso povo,o rga-
nizámo-lo clandestiname n
tet anton asc idadesc omo no me
io
rur a
l,p reparámoso s nossos quadros,a rmámosa s poucas pe~
soasqu et ínhamosp os
sibil
i d
a ded ea rm ar
,t ant ocoma rmas
tradicio naiscomoc om armas modernas, ei niciám o
sa n ossa
acçãoa p ar
tirdo c en
tro.
/DOC
.-4
/

comv istaà a berturad en egociaçõese ntreo ss eusr epresentante


se o s re~resentan
tesl egítim o
sd a Guiné ed eC abo Verde
. Até àr e a
lizaçãod e
ssasn e goc
iaçoesc essã
rãoo sa ctosd er epressãopo rp arted asf orçasc o
lo n
iaisp o
rtuguesase d et odas-
asa cções porp arte dosn a c
io nal
istas,
Para as egund aalternativa- aa j udad a ONU. Acei
tação do principiod e que
a ONU não seráv erdadeiramentee ficazs ea s uaa judan ão forre a
lizad asim u
ltanea
men
t e no plano moral, p o
liticoe m ater
ial, P ropúnhamose n
tãoa c riaçãoim edia
t a
,
pela ONU, de um Comitée sp ec
ialp araa a u
t odeterminaçãoe i ndependêncianacional
dost errit6riosa dm ini
stradosp orP ortugal
.Ep ropúnhamosig ua
lm entequee sseCo -
mi
té pud esse com eç
aro ss eust rabalhosai ndano d ecursod aque
lap r 6p
riaS essão.
Parat erm inar
,t ínhamo sdeclarado quee s
távamo sp rontosa dara m elhorc olabora-
çãoa e sseCom ité, ep roposto quee let ivessea t ar e
fad eajudarcon c
retamenteo
nosso povo a lib e
rtar-seu rgentemented o jugoc o
l on
ial.
Como asn ossasp ropostasn ão tive
rama ceitaçãof avrorável
,n em dap arte do
governo português,n em dap arted a ONU
, a sf orçasp atrió
ticas do nosso paísp as-
sarama um aa cção ge ne
rali
z adac ontraa sf orçasc olo n
iali
stasem J ane
irod e 1963,
parar espon de
r,c oma n ossal utaa rmadad el ibertação,à g ue
rrac ol on
i a
ld eg eno-
cídiod esencadeadac on
trao no sso povo pe
l o governo deP or
tu ga
l.
/DOG
.-11
/
10
AS D
IFICULDADES DA LUTA
=======================

I
"Nãoé p
reci
soi ràacademi
ami
li
tarp ar
a
lu
t arnapr6pr
iat erra,pa
raconqu
ist
ara
l
ib e
rdadedo s
e upovo
"

As dificulda de s·dal u
t aforams o br
etud odific u
l d
a desi ner ent
e sà n ossap ró-
prias ituaçãod ep ai sn ão-desenv olv
i doc u
jah istór iaf oit ravad apel a dominação
colo nialis
ta,im pe rialis
t a
.Um povo qu ep a
rte do n adac omo on osso, um povo qu e
teved e com eçara l utars emi- nu
, um povo qu et i nha9 9% de analfabeto s( jápod em
vero e sforçod ea lfa bet
iz açãoqu et emo sdef azerp arac riare sc o
la s), am povo que
tinh aapenas 14 hom ensc omfo rm açãou ni vers
it á
ria,n ão podiad eixard et erd ificul
dadesp ara emp reend era l utaa rm ada. -
Além dissoh a via um problem ac omumà A !ricam as quee stavaag r avadoe ntre
nós: o nosso povo n ão s óe ras u bal
im entadoc om ot ambémv ít
im ad e num e
rosas doen-
ças, porqueo sp ortu gueses nuncas ep reocuparam c oma c riaçãod e um as aúdep ú b
li-
cad e cent
e. Tudo l e va n
toud ificuldade s no i n
í c
i od an ossal uta.
Umao u
trad if
i c u
lda de éa s eguin te
:a n o
s s
ap r6priac ulturaa f ricana, que
correspondeà e s
t rut urae conómica qu ea indaé a n ossa,p rovocou dif
i c u
l dades em
certosa s pec
to sd al uta.S erão coi~as qu ea que
l es que julgama l u
tado e xterior
não têmem c onta
,m as qu e nóst ivemo sd e tom arem c onsideração, porqu e umac oisa
él ut arnum meio ond et odoso s hom enss abemmu ito b em o ques ãoa chuv a,a sc hei-
as,o sr elâm pagos,a t rovoa da
,o t ufão ,o t o
r nado,e o utrac oisaél ut a
rn um me
io
ondeo sf enóm enosn aturaisp odem s eri n
terpr e
ta dosc omor esultadod a von tade dos
espíritos.
Istoé mu ito im por
t an
t enum al ut acomoan ossa. Outrad if
i culda deé a s e-
guinte: on oss o povo l utouu lil
iza nd oa sa rm a
st radicion a
isc ontraa dom inação co
lo n
i al
.M as hojet emo sd et ra varum ag ue
rramod e
rn a
. Um a guerrad eg u e
rrilhas,mai
moderna, comt áctic asmod ernas. Tam b
ém i ss onosc ri oud if
i cu
l dades: én ecessário
form arq uad
r o
s,p re pararc om batentes,d em odo aa da p
tá-losa e steg énero del u
ta.
Fomoso b
rigado sa p r epará-losno d ecursod ap r 6pr
i al uta,po rquen ão t ivemost em-
po dec riare s colas.Só a g o
ra,c om os abem, é quet emose scolasd ec om batent
es.
Tivemosp oisd ef azera ap rendi zagemd al utaa rmada. Enquanto qu eo so fici-
aisp o
rtug ue
se s
, qu ed i
rigema l utap o r
tugu esa
,s a
i emd asa cademiasm il
itaresa -
pós 7ano sd ep repar ação,a lém do ac ursosd eb ase emqu ep art
icip am, nó st ivemos
dem o b
ilizar j ovensd ac idade ou do sc ampo s
,a lg unsd eless emn enhum ai nstrução,
obrigadosa a dquirirao longod al utaa e xper
i êncian ecessáriap arae nfrentaro s
oficiaisp o
rtu guese s.B as
t ad izer qu e o gov e
rno p ortuguêss ev iuo bri gado a mudar
5v ezes oE stadoM aior no no sso p aís e quea lgu nso ficiaisfo ramm esm o castigados.
Não ép recisoi r àa cademiam ili
t arp aral utarn ap rópriat erra,p ar ac on quis
tar
al iberda dedo s eupovo .
/DOC .-4/

O PAPEL DA V
IOL
INC
IA
====================
"Av i
aú ni
cae efi
ca zpa
raa r e
ali
zação
'
d e
fini
tivadasasp
iraçÕe
sdos povos
,i s
-
t oé,paraa ob
tenç
ã odalibe
rdadenac
io-
n a
l, éa lut
aarmada"

O
sf ac
tosdispensam-nosdep r ovarque oi ns
trum e n
toe ssencia
ld a dominação
im per
i al
istaé a vio
l ênc
ia.S ea ce
itam oso p rinc
ípios egundoo q ua
la l u
tad el i -
ber
taçãoé um ar evoluçãoe quee s
tan ão ac
ab ano mom en
to em ques ei çaa band e
i-
rae s et ocao hinon ac
io n
al,v e
remo s quenão h á
,n em pod eh ave
r,l ib e
rtaçãon a-
cionals emuti
lizaçãod av iolênc
ial i ber
t adorap o
rp ar
t ed asf o
r ç
asn ac
io na
lista s
,
parar espondrà v
e io
lê n
ciac riminosado sa gentesd o im per
ial
ism o!Ninguém duvida
deq ue
,q ua
isquer qu
es ejama sc aracterís
tic asl ocais,a dom ina
çao imperial~sta,
im p
licaum estadod eviolênciap e
rm anent
ec ontraa sf orçasn ac
i onal
i s
tas.N aoh a
povo sobrea terraqu e
,t en does
tad osubm etidoao jugo~im~riali~ta (colonial~sta
ou neo-c o
lonial
ista)
,t enhaconquis
ta doa s uaind ependenc1a(nom1n alou efect1va )
11

semv i
tim a. oqu
s e imp o
rtaé determinarq ua
iss a oa s formasdev iolênciasu ed e-
vem seru ti
liza da
sp ela
sf o
rç a
sd el iber
taçã ona cional,p arar e
sp onde
r,n ao aoa
violênciado im per
ial
ism o,mas tambémp a
rag ar antirp elal utaa vitóriaf inald a
suac ausa:av erdadeirai ndependênc
ian ac
ional.
As experiênciasvi v
idas porc er
t ospovo s
,as itu açãoa c
t ua
ld al utad el i-
bertação no mundo
, a s
simc om oa situaçãodev iolê nc
i ap ermanente
, ou pelom eno
s
dec ontrad
içÕ ese d es obressal
tos,n aq ua
ls e en con
tramc er
t o
sp a
isesqu e conquis
tarama s uai ndependênciap e
lav iad i
tap ac
ifica,d emonst
ram não apenasqu eo s cÕm
promissosc om o im pe
rial
ism osãoi noperantes
,m as ai ndaqu e aviano rmald el ib e
r-
taçãon acional,im p o
staaos povosp elar ep
ressã oim perial
ista,é a lutaarm ada.-
Cr
emosn ão escandali
zare staa ss
em ble
iaao a f
irm arqu ea viaú nicae e ficaz
paraa r eal
i zaçãod ef
i n
itivad asa spi
raçõesdo s povo s
,i stoé,p araa ob t
en ção da
liber4aden aciona, éa l
l utaarmada. Sessaa g randel içãoque ah istór
iacon t
em -
porânead al utad eli ber
taçã oensinaa t odo
so s qu ee st
ã ov e
rdadeirament
e emp enha
dos no esfo
r çod el iber
taçã odoss euspovos, -
/DOC
.-3
/

"Nuncamobi
lizámosa sp es
soasc omb as
e na
lutac on
trao c olon
ial
ism o
.I sson ão dav
a
nada
.F alard al utacont
r ao im p
erial
ism o
não d
avan adae nt
ren ós
. Em vezdis so
,f a
lámosumal ingu
agemd i
r e
ctae a cee s
i••lã
todos"

Queri
ai nsistirs ob
rea cond i
ção do nosso meio r u
ral.F al
a-s ed ec amponese
s
ma
s ot ermo" camponês"é muitov ago
. Oc amponês quel u
toun aA rgél
ian ão é o no
s-
socamponês; ocampon ê
s quel utouna Chinan ão é o nosso camponês.
Ent
re nósa c on
tecei st o
:p r
im e
iram en
te, oc o lonia
listap or
t uguêsnem s equer
sea p
roprioud ast er
r as;deixou osn o
ssosc om pa
t r
i o
t a
sc ul
ti v
areme lespr ópr
ios
ast er
ras;n ão c
riouemp re
sasa grico
lasc omof ezp o
rex emplo em Angola
; n ão c
riou
conc
entra
çÕ esd ec o
lon os
,c omo emAngola, onded eslocoug randesm ass
as dea frica-
nospara p8rno se ul ugarcolonose u
ro p
e u
s.N ósm antivemo
s, sobo c olonia
lism o
,
umaestruturad ebase:a t errac omopropriedadec ole c
tivad aa ldeia.S um dos tr~

O DESENVOLV
IMENTO DA LUTA

No qued izr espe


itoà e voluç
ã od al utapro p
riamentedita
enquanto guerr
ilha, consid
eramo squ e an o
s s
as ed esenvo
l
vec omoum s ervivo em ques em an
ifestam eta p
ass ucessi
-
vasd ec res
cim en
to. Mui
tas v ezes umad aseta pa
sé r apida
ment
e u lt
rapassada, porv eze
s du r
am a
is t empo.Nã
o forç~
mos nenhumaetapa;c adav ez qu
e um aet apae s
táe sgot
a da
,
avançamosm a
is um pouco.I ssod eu umagrandeh armoniaà
nossal u
ta.
/DOC
.-5
/

ços imp o
rtan
t e
squ ec a
racter
izamo no s
so m e
io r uralqu e
, poro utrol ado,n ão e
r a
di
rectam en
tee xplo
ra dop e
loc olon
izador
,m a
s e rae xp
l o
radoa travésd o comé r
cio
,
peladiferençae nt
reo spreçose ov alo
r do sp rodutos
.E raa íqu es ee ncontrava
ae xplo
ração-n ão no t
ra ba
lhodirecto
,c omoa contec
iaem Ango lac om ost rabalha-
dore
sc ont
ratadose o ut
rag ent
ec omoo s empregadosd a
s comp anh
ias, porex emplo.
Issopunh a
,p araa n oss
al u
ta,um prob
lem ad ifíci
ld er eso
lv e
r:p rovarao c amponês
queelee rae xplor
a donas uap róp
riat erra.
N
ão podiamosm obi
lizara spessoasdi zendo-lhe
s "At e
rrad evep er
t encera q u
em
trabalha".Porquea quia t e
rranão falt.H
a á todaa t errade ques ep reci
s a.Era
12

poisn ecessárioe ncontrarfo rm asa pro p


r iada sp aram ob
ilizar O$ n o
ssosc ampon e
s e
s,
emv ezd eu til
i zart e
rmo squ e an ossag e n
ten ão p od
iaa indacomp reender
. Nun c
a
mobil
izámo s asp e
ssoasc omb as en al ut ac ont
r ao c o
lo n
ial
ism o.I ss onão d avan a-
da.F alard al ut ac ont
rao im per
ialism on ão d avan adae ntren ó
s. Em vezd i sso,fa-
lámosum al inguagemd ire ctae a cessív e
la t od o
s:
Porque lutamo snós?Q uem é s tu?Q uem é o t e upai? O que é quel hea conteceu
ao te upai,a téa gora? O qu e é qu es ep assa? Qual éa s ituação?J áp agaste
ost e u
sim postos?O t eup aij áp agou o ss eusim pos
t os
?O qu e é quej áv iste
desses im postos?Qu anto g anhasc om o t euc ânhamo?J áp e nsa
ste no quel ucras
com o teuc ânhamo ? Eo t rabalhoqu ee lec ustouà t uaf am il
ia?Q uem é qu ej á
estevep reso? Tu j áe sti vestep res o?
tc ome stab ase ques ef eza m obil
izaç ão.
Vais trabal harnae strad a.Q u
em t ed áaf erram en
tap arat ra ba
l har?É s tuque
ad ás.Q u
em t ed á a com ida?E st uqu e ad ás.M as quem andap elae stra d
a ?
Qu
em é qu et emum c arro? ' Eat uaf ilh a
,qu ef oiv ioladap o
rf u
lan o-a chas
issob em?
Parae ntusiasmara lgunse l em entos,s ervim o- no
si nclusivame n
ted ec ertosc asos con
cretosqu ea sp essoas conh eciam :i ndiví du o
squ et inhams idot o
ca dosporque o co lÕ
nial
ism ot inhaa gidom al, m as qu en ão s abiamo qu ee rao c olonial
ism op or
t uguês.-
Nan ossam ob
il
i zação e vitám os tudoo qu ep ossas erg en era
lidade,f ra sesf ei
tas.Eum do sa spectosqu e con s
id e
ramo s mu ito im portante
,no no sso caso concreto~
porquep art
im osd ar ealid adec oncretad ·o povo. Ev i
támo s que oc ampon ê
s pud essep e
!!_
sarqu eé ramosg entee stra nhaqu el hev i nhad arl içÕ es
;co locávamo-nosn ap osi
ç ão
dep essoas quev inham apr enderc omo c ampon ê
se f inalmenteo camponêsd e
s cobr
i a
pouco a pouco porque é qu ea sc oisas cor remt ãom al
. E le chegaa ssima comp reen-
der queh á umat er
rí vele xplor açãoe qu e ée le qu em pagat ud o
,i ncluin doo sb ene-
fíciosd eq uem viven ac i dade.I stop rov aan e cessidade quet emc adapovo d ee n-
co n
traras uap ró p
riaf órm ul
ad es em ob ilizarp araa l uta.
/DOC
.-5
/

"Tivemosdif
icu
l d
a d
esem cr
iarno nos
so
povo um
ac onsc
iênciana
cionle é a p
a r 6
-
prial u
t aquecimentae
stacons
ciênc
i a
naciona
l"

Quanto àsq uestõest ri bais,a n ossao piniãoa e sser e


sp e
itoé b astanted i-
ferented ad eo utros. Consider
amo s que, quando osc olonosch egarama A !ri
c a
, ae s
truturat ri ba
le stavaj áem v iasd es ed esagregar, a par~ir dae voluçãoe conóm i

e dosa contecimentosh is
t óricosno qu adro afr
i cano.N ao s epoded izerqu eh ojea
Afr
ic as ej atrib a
l.H áa indaem A fricar estosd et ribalism o
,p art
ic u
larm enten a
mental
idade d asp essoas,m as não n ae struturae conómicap ropri
am ented ita
. Po r ou
trol ad o
,s eo c olonial
ism of eza lgumac oisap osit
i vaf oia destru
i ção em grande-
parte dosr e
stosd et ribal
i sm oqu es ubsist
iamem d iferentess ítiosdo no sso país.
Pori sson ão tivemosg rand esd if
i cu
ld ades no planot ribal.T iv
emo sd if
ic ul-
dades em criar.non osso povo umac on
sciêncian acionale é a p róprial utaqu ec i-
ment
a e stac o n
sciêncian acio na
l.M as em geral,q ualquer ques ejao g rupo étni
c o
a quep er
ten çam,éf ácill~var a sp essoasac o n
siderarqu e somos um povo, uman a-
çãoqu ed evel u
tarc ontraa dom inação portuguesa, porque nósn ão recorremosa fr~
sesfeita~, n em à lutac on t
rao c o
lonial
ism o,c ontrao im per
ialism o
,m as ac oisas
con c
retas. E umal utap arat erp ão,p arat ert erra,m as livrem en
te.Um al u
tap ara
tere scolas,p araqu ea sc riança sn ão sofram,p arat erh osp
itais. Ei ssoa n ossa
luta.E t ambémum al u
tap aram o
s t
r ar àf acedo m und
o qu e somosg entec om dign
i dade
,
coma s uap ersonal
i adep ró p
ria. Fo ram estasa sr azõesqu ea rras
taramo no sso povo.
Também sabemosqu e o ques u bsi
stiad et ribal
ism o '
f o
id estru
íd op elal utaa r-
m
a d
a qu e conduzimos. Poro u
trol a do
,d evemosi n
•istirno f actod e o povo afr
ica no
(tantono n ossop aisc omo no Congo , ondes ep roduzi
ram c o
isast er:íveisdo pon to
d
ev istat ribal)n ão é tri bal
i s
t a.S óo so portunistasp o
líticoss aot ribalistas.
13
"Um h
omem novo e
stáem viasdena
sce
rno
nos
so chão
. Uma mulhe
r novaes
táem v
ias
des eformarno nosso ch
ão"

Quan
to ao no
sso p a
ís,f azemosques
tãod ea crescenta
rqu eal utaa rmadan ao
sól iquidouosr es
íd uo
sd ei deiastribaisqueai nda pod
iam subsist
ir,m as está
aindaem viasd etr an
sform a
rcomp le
tament
e o nosso povo
.( ,,,)Um homem novo es-
táem v i
asd en asce
rno no sso chão
. Um
a mulhe
r nov ae st
áem v ia
sd es ef ormarno
nosso chão
.E s etiveremo casiãodef alarcomasn ossascrianças
, podem ver qu e
asc ri
a nç
asd asn os
sase scolasj átêmum aconsciênciap ol
ítica
,p atriot
ism o,e
que
r em lutarpel
ai ndependênc
iado nos
s op a
is. Uma consci
ê n
ciaquef azc om qu
es e
en
tendamun sc om o
so u
tros, um sen
timentode un
id aden ac
ionale de unidade aon í
-
vela fr
icano.
/DOC.-4
/

A GRANDE CONQU
ISTA - UMA SOC
IEDADE NOVA
=======================================
"0m a
iorê x
itodo n o
sso comba
teé of acto
de
, ao mesmo tempoque nosbatemos
,t ermos
sidoc apaz
esd e começa
ra c ons
trui
r um a
vidanov a
,p o
lít
i c
a,a dm in
ist
rativa
,e co-
nómica
,s oci
ale c ul
t u
ral,nasr eg
iÕ e
sl i-
ber
tadas"

~ara o _no s
so povo e p ara os euP ar
tidon ac
io na
l, oê xitom ais im portan
ted a
nossal u
tan ao r es
i den ef actod e
,ad espe
itod as condiçÕesp articularm ented ifí-
ceisa fr ontadasp e
l o nosso povo,t ermo ssid oca p
azesd e nosb aterm osv itor
iosam en
tec o n
t raa st r opasc olo n
i a
listasp or
tu guesas
.O m aiorê xitodo no s so comb a
te éÕ
factod e, ao mesmo t empoqu e nosb atemo s
,t e
rmo ssidoc apazesd e com eça
ra c on s
-
tr u
i rum av ida nov a,p o
lítica,a dministra
tiva,e conóm i
ca,s oc
i ale c u
ltural,n as
regiÕ esl iberta das.~ c ertoqu e éa ind aumav idad u
ra, porquee x
iged e nós mui
to s
esforço se s a cri
fí ciosf aceà r ea
lidad ede um ag ue
rrac o
lo n
i a
ld eg en oc
í d
io,M as
umav id ac heiad eb eleza, porqueéf e
it adet ra ba
lh oprodutivoe fic az,d el ibe r-
dade,d ed emo cracia,d ad ignidader e conquis
ta dado nosso povo.
Com e feito,e stesd ez anosd el utanão sóf o
rjaramum an ação a fricananov a
es ólid a,c omot amb émf izeramn a
scer um homem novo e uma mulhern ova,s ereshum a
-
nosc onscientesdo ss eusd irei
t os e doss e u
sd e ve
res, no solod an ossap á
triaa -
frican a. Podemosm esmo a fi
rm arqu e or esu
ltad otranscen d
e n
ted an o
s sal u
ta,e qu e
éao m esm o tempoa s uaf orçap rincip a
l, éa c onsc
iê nc
ianov a quec aracterizap re-
sentem e n
teo s hom ens,a s mulheres ea sc riançasd .
o nosso pais.
E qu en inguém s ee spantes eou samosa firm a
rqu en ão noss e n
tim oso rgulhosos
pelof a ctod e em c adad ia,e p orf o
rç adasc ircunstânciasc riadasou im posta
sp e-
logov e rno portug uês
, su cumbiremi ngloriam entegrande número dej ov en
sp ortugue-
ses,sob o fogodo sn ossosc om batentes
.E stamoso rgulhosos,sim,d ac o nsc
iêncian a
cionald asn ossasp opulações,d a unidade do povo forjadan al u
t a
,. do desabroch a
r-
sim u
ltâ neod asc u
lt urasdo sd iversosg ruposé tnicos,d ase sc o
la s
,.do sh o
s p
itais,
dosp o
st oss a n
itári osqu e funcionamem p lenod iaa pesardo s bomb a
rleam en
tos e dos
assalt osdo sc o
l onialistas. (••• )Estamoso rgulhosos porv erm ilhares d ea dult oa
alfabeti zados,p o
rv erem osc ampon ese
su til
izaremcomp rimidose o u
t rosm edi
cam en-
tosmu ito s im ples
,m a
s qu ea téa qu
i nuncat inhamt idoa s orted e conh ecerem;p o
r
termo sfo rmado, no d ecursod al uta
,497 qu adross u per
iores,m édios ep rofissio-
nais;p elof actod en este momento 495 ra paze
se r a pa
rigasf reque n
tar eme scolass~
periore s,m édias ep rofiss
i onaisem p a
ísesd a Europa, enquanto 1 5
.0 00c riançase~
colariza dasf reque nt
am156 e scolasp rim ár
iase 5e scolass ec undárias,i nternase
sem i-
i nternas, cnd e oe nsinol hesé minis
trad o por 251 professorese p rofessoras,
F azemosq ues
t ãod er eafirm arp e
ra n
te vóse stac erteza:n enhum af o
rçado mu~
do serác apazd ee vitara l ibertaçãot otaldo nosso povo e a co nquistad a indepe~
dêncian acional do n ossop aís.R eaf
irm amos igualmente oc ará c
teri n destrut
í ve
ld a
unidade do no sso povo a fri
c anod a Guiné eC abo Verde, ass
imc~mo a n ossad etermi-
nação i nq u
e brantáv e
ld el ib e
rt ardo jugoc o
l onia
le d ao cupaçao militarp ortugue-
sat o dasa sp arcela s do nosso t err
it óri
o naci onal
. /DOC ,-11/
14

S
ITUAÇÃO DA MU
il
iER

Qu
e r
emo ss al
i en
t a
rp art
icularmenteof ac
to·de queam u
-
lherno n ossop a
íse stáa c onqui
starumai ndependênc
ia
pe
l aq u
alm u
ita gentel utousema a lc
a nça
r. Pude
ram ver
queo sr esponsáveis
,t antodosc omitésdet abancascomo
dosc om i
tésr egiona
is,e mesmo osr esponsáve
isa nível
sup er
i o
rc om o
sc omi
tési nter
-regionais,sãom ui
tasv e-
zes mulher
es r esponsáve
is,mulher
es c onsc
ientesdo s eu
va
l or,c onscien
tesdo s eup ape
lno s e
i odo nossoPart
id o
ep o d
e-sed ize
rqu e no nos
soP art
i do
, em todoso sníveis
a mulhere stápresente.
/DOC.
-4/

a a
r n
tada teo
ria
A LUTA DE CLASSES
=================
"Seév erdade que umarevo
luçãopod ef a
lhar
me
sm o al
im entadapo rteoria
sp erfei
tamente
co n
ce b
id a
s,ain daningu
ém reali~ou um
ar e-
volução vito
rio s
as emteor
iar ev o
lucioná
ria"

Ap~esentamos a q u
i a no~sa o p
iniãos obreo s fund amentose os.ob~ectivos d a
lib ertaao n acional em r e
l aao coma e struturas o c
i a
l.E stao piniaoe - nosd i
t ada
pelan ossae xperiê nc
ian al u
t ae p e
laa preciaçaoc rt i cad eo utrase x periê nci a
s.
Aque les quev i
rem n ela um c a
rá c
tert e ór
ico,b asta-nosl em br
arqu et odaa p r ática
eng endraum at eori a
.E q ue
,s eé v erdade que umar evol uçãopod ef alh a
r,m esmoa li
mentad a port e o
ria sp e
rfei
tam entec o n
ce b
idas,a indan inguém r ealizouum ar ev olu--
çãov itor
i os as emt eoriare vo
l ucionár
i a
.
Os quea firm am- e c om razã o- que af orçamo torad ah istór
i aéa l u tad e
clas ses,e st a
riamc ertam en
ted ea cordop arar evere staa firm ação,af imd eap re-
cisa re d el hed arum c ampo dea p
licaçãoa indam ais v as
t o
,s econh ecessemm a
is
profund ament ea sc a
ra c
t er
ísticase ssenciaisd ec ertospovo sc olonizado s
,q uerd i-
zerdom inado sp eloim peria
lism o
,Com e feito,n ae voluçã og erald a hum anidad e e
dec adaum do s povos queac ompÕem,a sc lassesn ão aparecemn em comof enóm enog e-
neraliz adoe s im ultâneon at o
talidaded estesg rupos,n em c omo um todoa cab ado,per
feit o,un iform ee e sp on
tâne o
.Ad efiniçãod ec lasses, no s eiod e um ou v ári os g~
pos hum ano s
, é um ac o n
se quênc
iafund am enta
ld od esenvolvim entop rogressi vo d as
forç asp ro dut
i vased asc a
r ac
t er
ísticasd ad is
trib u
i çãod asr iquezasp r odu zidas
pore steg rupo ou c o nf
iscadasa o u
trosg rupos. Quer dizerqu e of enómeno s ócio-
-económ ico" classe"s urgee d esen vo
lve-se em funçãod e,p el om eno
s, du a
sv ar
i á-
veise ssen c
i aise i nterdepe ndentes
:o n íveld asf orçasp ro dutivase o r egim ed e
prop ri
e dade do sm eios dep rodução.E sted esenvolvimentoo pera-sel entam ente,g ra-
dualm ente ed em od
o d esigu a
l,p o
rv ariaçõesq ua n
titat
i vase g era
lm ente pou co p er-
cept íveisd a s compon ent
esf un damentai
s,p rocessoq ue,ap artird e um c erto g rau
dea cumula ção
,a t
i ngeum s altoq ual
itat
i vot raduzidon aa pariçãod ec las sese no
co nflitoe n
t rea sc lasses,
Factor e
se xt e
rioresa um d ado conjuntos ócio-económi coem mov imento pod em
infl ue nc
ia rd em aneiram ais ou menos significativao p roces sod ed esenvo lvim ento
dasc lasses,a celerando- o
,t rava ndo-o
,ou m e
smo p rovocando r egressõ es
.Qu ando ,por
qual quer ~azão, c essaa i n
fluê nciadestesf actores,o p roc essor e
tom aa s u ai n d
e-
pen dência, e os eur itmod etermina-see ntão,n ão s6p elasc aracterística si nt e
r-
nase specífi cas do co n
j un
t o
,m as tambémp elar esultant edo e feitos obr ee lep ro-
duzido p elaa cçãot em poráriadoaf ac
torese xterioeres.No p lanoe str
itam ent ei n-
ter no,o r itm odo p rocesso podev a
riar,m a
s p ermanecec on
tí nuoe p rogr essiv o
.O s
15
progresso
sb rus coss ós aop o
ssív e
isemfun çãod ea lteraçÕe sv iolentas- mu taçÕes-
don íveld a
sf orçasp rod u
tivas ou dor egim ed ep rop r

edad e. Ae stast ransformaçÕ es
violenta
s op e
rad asn oi n
teriord op rocesso d ed esenvoivim ento dasc lasses,c om o
resultadode mutaçÕ es surgidasao n íveld a s forÇasp ro du
ti vas ou no regim edep r
i
priedade
, conv encionou-sed esignarem l inguak eme conóm ic
ae p olít
i ca
:r evoluçÕ !5·
Ver
ifica-se po ro utrol ad oquea sp ossibil
i dadesd e
s tep rocessos âoi n
flu en
ciadasd emodo a preciá v
elpo rf a c
torese xt eriores, em p ar
ti cularp elai nt e
ra cção-
dosc onjun
t o
shum anos, consideravelmentea crescidap eloap erf
eiçoam ento dos meio~
det ransportee d e comunicaçãoc riadosno m und
o p elahum anidade,e l
imin andoo i so
lam en
toe n
treo sg rupos humanosd e umam esmar egião,e n
trea sr eg
iÕ esd e um mesmÕ
continentee e nt
r eo sc o n
tine n
tes.E s
tep r ogressoc a
r ac
t eríst
ic od e uma long af a-
seh is
t ó
ricaqu e com e
çou coma inv ençãod op r
im eirom eio d et ransp o
rte,j áera
mai
se viden
teno t empod asv iagens púnicasen ac olonizaçã og rega
,ea centuo u
-s e
com osd es
cobrim entosm arí
tim os
, a inv enç ãod am áquina av aporea d escob er
tad a
electr
icida de
.E no s nossosd ias,c oma dom es
ticação pro g
r essivad ae nergiaa t ó-
mica
, ép oss
íve lp rom ete
r,n ão digos em earo h omem p e
lase strelas
,m a
s p elom enos
hum an
izarou n
i verso.
11
0ní v
eld a
sf orçasprodu
tiva
s,e l
em ento
d ete
rminan
tee ssencia
ldo con
teúdoe d a
fó rmulad
al u
t ad
ec lass
es,é a verdadei
-
r ae permanen
tef orç
amotor
ad ah is
tó r
i a
"

Tudo i.
stop erm itel e va n
t a
ra s eguint eq uestão:s er áqu e ah ist ór
ias ócom e
-
çaa p artird om om en
to em qu es ed es envolve of enóm eno 11clasae"e po rcon sequên-
ciaa l u tadec lasse s?R espond era firm at
i vam entes er ias ituarf orad ahist óriat o
doop eríodo dev idado sg rupo s hum anos quev a
id ad esco b er
tad ac a ça
,e p oste r
i:
ormented aa g
ricultu ranóm adae s e de n
tária,a téà c ri açã odo sr ebanho se à a pr o
-
priaçãop rivadad at erra.S e
r iae ntã ot amb ém- oqu e no sr ecusamosa a cei
t ar-
co n
s ider a
rqu e muitos g rupos hum anosd aÁ frica,d aA sia ed a AméricaL a
tin a
,v i-
viams emh istória, no mom ento emqu e fo ramsubm et
ido sao jugodo im p e
rial
i sm o
.
Seriac o ns
id e
r a
rqu e a popu la ção dos no ssosp aíses,t aisc omoo sB ala n
tasd a Gu!
né,o s Ko aniamasd e Ango la eo sM acondes d e Mo çambiqu e
, v ivem aindah o
je- s ea -
bstrairm osd asl ig eirasi nflu ência sdo c olo n
i a
lism oà sq u a
is foramsubm etidos-
forad ah istóriaou s emh istó r
i a
.
Estar e cusa
,b aseadaa li ásno conh ecim ento co ncret od ar ealid ades ócio-eco-
nómi ca dos nossosp aísese n aa nális ed op ro cesso ded es envolv
im ento d ofenóm eno
"cla sse",l e va
- no
sa a dm it
irqu e,s ea l u
t ad ec lass esé a f orçamo tora dah is
t ó-
ria,s óo é n um ce r
t op eríodod ado.I stoqu e
rd izerqu ea ntesd al utadec lasses
- en e cessariamente apó s - um f act o
r ,ou f actores,f oie -s e
rlo mo tor d ah istória.
Admitimo ss emc ust oqu ee stef actord ah ist ó
riad ec adag rupo humano é o m od
o d e
produção - on íveld asf orç a
sp rod u
ti vas e or egimed e pr~priedade -qu ea aracte-
rizae sseag rupam ento.M ai
s a inda,c omos ev i u
,a d e finiç aod ec lassee a l utad e
e-l
as sess ãoe lasp r 6prias oe fei
t od od esenvolv imento d a sf orçasp r odut
iva s con-
jug adasc om o regim ed ep ro p
rie dade do sm eios d ep rodu ção .P arece-n o
s pois corre~
toc oncl u
irqu e on í veld asf orçasp rodutiv as
,e lemen tod eterminantee s
sen cia1do
conteúdoe d a fórmu lad al utad ec la sses,é a v erda deirae p ermanen tef orçamo to-
rad ah ist6ria.
Sea ceitamose stac on c
l usão,d esfa
z em -
sea s dúv idas qu ep er
tu rbavamo no sso
espí r
it o. Porque,s ed e um l adov erificam os quee stág ar a n
tidaa e xis
tê nc
i a d a
históri aa ntesd al utad ec la ssese ev i
tamo sas simr ed uzi ralguns ~upos hu~nos
dos no ssosp aíses- et alve zd o nosso c o n
ti nen
t e- àt ri stecond içaod e povo s em
históri a; poro utrol ado,p om osac laroa c ontinuida ded ah ist6ria,m esmo ap6 s
od esap arecimento dal utad ec lassesou d asp rópriasc la sses. (•••)Ae ter n
i dade
não éd este mundo
, m a
s oh omem s obr eviveráà sc lasse se c o n
tinuaráa p r oduzire
af a zera h ist6ria,j áqu en ão s epod el ib ertardo f ardod ass uasn ecess
id ades,
das su asm ãos e do s euc ére b
r o,qu ee stãon ab ase do d es envolv
im ento d a
sf orças
prod ut
i v a
s.
/DOC
.-3
/
16
O IMPER
IAL
ISMO
============
:
.:==
"A lu
tad
elibe
rta
çãodo
s povo
sco
lon
iai
s
éa c
ara
cte
rís
tic
aes
senc
ial
,di
ríamo
so
mo
tor p
rinc
ipa
l,d
ama
rch
a d
ahi
stó
rian
a
no
ssaépoca
"

O imperia
lismoou a e t
a pam onopoli
sta d oc ap
ital
ism on ão pôdee scaparà s
suasp rópri
asc ontrad
içÕ ese,p elav iolência
,a sp o
tênciasv itoriosasd a I Guer-
raMund i
al proceder
am a um a novar eparti
ç ãodo globo,c aracter
iz adas obretudo~
lor eforçod aposiçãoc oloniald aI n g
laterrae deF rança,p elae xclusãod aA l
em ã
nhad ae xplo
raçãod irectado s povos e dosp aí
sesd itosa trasados. -
Naf asefinald est
ec o n
flito,a v i
t ór
i adaR evolução de Outubro e a imp l
an
~ação defin
itivado s ocial
ism os obreum s extodas uper
fíciedo g lobo desfer
iram -
op rimeirograndeg olpe no im peria
lismo,
Pr
ivado dosr ecursosd asm atér
ias prim a
s e dosl uc ro
s,o c a p
italf inanc e
iro
alemão,a l
iadoao c apitali tal
ia noe ao c apita
lj aponês
,t entour es o
l v
ero probl~
ma pelav iamais curta:c olonizaro ss euspr ópr
iosv izinhose uropeu s
.AI IG ue.
rra
Mundia
l f oio resultadodo s antagoni
smo s qu
ec a
racter
i z
amo d esenvolvimento do im
perial
ism o
,m as veioi nfluencia rdem o
do d eci
sivoo d estino doso utros povoa, pa~
ticularmenteo dos povo5a f
rica nos.

AFR
ICA

Em relaçãoà A!ri
ca, somosp elac o
laboraçãofraternae ntre
os povosa f
ricanos,c on
trao sn ac
ional
ism ose s
trei
tosqu e
não servemo sverdade
irosi nteresse
sdo povo. Umaa nál
is e
geográfica
,h istór
icae m e
smo é tn
icad aA f
ricap ermi
t ea d-
mi
tir qu ee s
tãoem desenvolv
im en
to no cont
i n
e n
tenov as fo~
m
d
a
s d
asc
ee
o n
t
x
r
i
a
s
t
d
i
ên
çÕ
c
e
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c
e
on
sm
ómic
o do
aa
sc
,p
o
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l
n
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f
t
i
l
i
c
t
a
o
se s
s,e s
t
o
a
cia
is
snov
.A
a
trav
s fo
é
rm
s
as t
aindaem b
rion!r
ias,d e
fini
r -
se-ãop rogre
ssivamenten as ua
estruturae t a
lveznas uao rig
i na
lidade
.
/DOC.-1
/
l

Ap a
r do r eforçodo campo social
ista
,um ao utrac a
r ac
terísticae s
s enc
ialdo
no
sso tempo,o s povosde.p
endenteadesper
taramp araa l utadel ibertação,e assim
sei n
icioua f asef inaldal iquidaç
ã odo imper
ial
i smo.Umav ez quear eso
luçãof i
na
ld este novo confli
topod ee xigi
rum m a
ior ou meno
r prazo,e s
t áf orade dúvida
que
,m ai
s a indaqu eal u
t adec la
ssesno sp a
ísesc apita
listase oan t
agonismoe n-
treestesp aíse
se o m undo socialis
ta,a l u
t adel iber
taçãodo s povosc o
l on
iaisé
ac ar
acterísti
cae ssencia
l,diríamos o mo
tor pr
i ncipal
,d am a
rcha d ah i
stórian a
nos
saé poca: én estal uta
,n est
ec onf
litoem trêsc ont
i n
e n
tes,qu es ei n
t eg
raa
no
ssal utad eli berta
ç ãonacionalc on
trao coloni
a l
ism op o
rtuguês.
/DOC .-1
/

O NEO
-COLON
IAL
ISMO
==================

I
"0fe~6meno neo-co
lonial
ist
amoa~rou-nos
quenao se pod
ed uvida
rd ar e
laçaoestre i
-
taquee xistee n
trea nossal u
tae a lut a
daclasseo perár
iai n
ternaciona
l".

Aps aI
ó IGuerra Mund
ial
, o im per
iali
sm oe nt
ran uma novaf ase
:p or um lado,
adop
taum a novap ol
ít
i cad ea ux
íl
i o
,con cedendo a independênc
iaaosp aÍseso cupa-
dos
, poro u
t rol adoconcentr
ao si nve
stimentospr e
ferenciaisno sp a
ísese uropeus
.
Est
aa t
itudec o n
stitu
iuum at en
tativad er ac
io na
lizaçãodo im~erialismo qu
e
p
ro voc
aráa p ra
z omai
s ou menos longo
,s eéqu enão desdej á,r ea
cçoesd et ipon~
17
cion a
listan estesm esmos paísese uropeus, Como vemos, on eo-co
lo n
ial
ism o( aqu e
podemos chamarim peria
lismor acionalizado)c on
stituium ad erro
ta,a indam a
is p a-
raa c lasseo peráriai nternaci ona
ldo qu ep arao s povosc olonizados
,
Oc olonia
lism oag ea goraem du asf rentesao m e
sm o tempo:em Air
ica en aE u
ropa.O i ntuitoe sse nc
ialdo a u x
ílioqu eel eno s concedeéod ecriarum af alsa-
burguesiad est
in adaa t ravara r evoluçãoe od ea largara sp oss
i b
ilidade
s d esta
burguesiap ara quee las ecompo rtec omon e u
tral
iz ante. Quan
to a o
si nvest
im entos
dec a p
itaisno O cidente (Fra nça
,I tália,et c,)visam ,n an ossao p
inião, od esen-
vol!
im entoe a c o nso
lidaçãod a,aristocraciao peráriae o a la
rgam en
tod oc ampo de
acçao dap equenab urg u
esia,s eguindo-seem c onsequê n
ciaum n otáve
l" atraso" d a
revolução,Con s
ide r
amo s queo sp robl
em asd evem sera nalisadosn e
stap erspectiva
,
Queri
aa f
irm arm a
i s umav ez que o im per
ial
i smoou 11capitali
sm oemp utre
fa cção"1
com o fimd es ep er p
etuar,u til
iz aráo i ns
t rumenton eo-colo n
ial
istap araf azere
desfazerEs~ados; em s eguida,m ata
rá o sf antoches, quando este
ss et ornarem~nu­
teia,e· criará,s ef orc aso disso, um social
ism oqu ea lgunss ea p
ressarãoa c ha-
marn eo-social
ism o.
Of enómenon e o
-c o
lo n
i a
lista most
rou-nos qu en ão sepod ed uv
idard ar elação
estreitaqu ee xistee ntre a noeeal utae a l utad ac lasseo perár
iai nternaciona l
;
ma
sa ntesd ee ncetarum a aproximaçãoe ntre ono s
so c am pe
sinatoe o mov
im en
to op e-
rárioi nternacion al
,impunh a-
sep rimeirot e n
tarm ult
i p
licaro sc on
tactose ntr
ee s
tec amp e
sinatoe o sn ossosp r6priosa ssala
r iados
,A s i
t uaçãoc o
l on
ialj áa nt
i ga-
da Améric
a L at
in a ea p osiç
ã o do proleta
ria don or
t e
-am eri
c anoilustrambem a a u-
sênciad et aisc o n
t ac
tos,

"N a Gu
in é nós lu
t amosd ea rma
sn am ão
;
l utai,t ambémv ós
,n ão digodea rmasn a
mão, n ão digod e qu
e modo, porqueop ro
-
b
l em aé v osso
;m a
s ~ p reci
s oe n
c on
traro
meio e a fo rmad el utarc ontr
ao i nimigo
com um;s eráa m e
lhor p rovades olidar
i eda
de qu e nosp odeisd ar" -
t Pensamo st amb émqu e ae squerdae uro pe
iae o s movim en
tos o perá
riosi n
tern ac
i o
naisd everiam r econ hecerass ua
sr espon sabi
lidad e
si n
t elctuaisno estudoe n aa ná
:
l lis ed as itua çãoc o nc
r e
tado sn ossosp aíses.T rata-sep r
e c
isame n
ted e um co n
tribu-
ton ece s
s ár
i o, po rque nosf altami nstrum entosparaa n o ssapr óp
riaa ná
lise,A lém
diss o
, impÕ e -
s ea poiarm ater
ialm en
te o s movimentos del iber
taçã oa u
tenticame n
te
re voluc ionário s
,Em r esumo:e studoe a n á
lisedo s movim en
tos, l u
t apo~ t odo
so s
meios p o
ss íveisc ontrat udoo quep ossas eru til
i zadop araa re p
r e
ssãoc on
traOG·
nos sos povo s
,P en so em p a
rticularn ae x ped
içãoe n av end ad earm as
,e tc,Q u e
ria,
por ex emp lo, queo s amigosi talianossoub essemqu e apreendemosa osp o
rtugueses
muitas a rm asi tali an as
,s emf a
lar,n aturalme n
te,d a sarm asfr ances as
,!p rceiso
ain dad esm asca ra
rc orajosamentet odoso s movimentos del i ber
taçã onacio n
als u b-
metidos ao im perialism o(,,,),
Creiot amb émqu es ãoa e squerdae o s movimentos o perár
iosi n
terna c
i onaisque
devem ch am arà r esp onsabi
lidadeo sE st
a dos quer eivindicamo s oc
ialismo,e d enun-
cia ra bertam entet o do
so sE stadosn eo-c olonial
istae.
Penso qu e éb om lem brarà esquerdao c
id en
t a
l,em a
is p a
rticula
rm entea os
se usel em entosj o vens
,qu ee las ed evep re p
ararp ar aum aa c
tividadem il
ita n
tes i-
multaneam ente d ee studoe d ea cçãoc oncr e
tano sp aísesd ot erce
ir omundo (, •
•).
Queriap arac onc
l u
ira crescentara lgumasp ala v
rass obrea s o
lidariedadee n
-
tr eo s movim entos o p
eráriosi n
ternacion aise a noss al utad elibertaçã onacio na
l.
Das d uas, um a: ou adm itimos quec adaum e stái n
tere s
sad on al u
t ac on
trao imperi~
lism o,ou r ecusamo sa dm iti
-lo.S e év erdade,c omot udol evaa crer,qu ee x
isteum
im p e
rialism oc u
joo b
jectivoé , aom e
smo t empo,dom ina
ra c lasseo perá
riamund ial
ea bafaro s movim entos del ib e
rtaçãon acio na
ldo sp a
ise ss ubdesenvolv
id os
,d evemos
vern e
l e um i nim igoc omumc on
trao q ualt emo sdel utarem c onjun
t o
.! v ão disc u
tir
long am entes obrea s o
lidariedad e
,p ois qued ef a c
tos et ratadel uta
.N a Guiné nós
lutamo sd ea rm a
sn am ão; l utaitambémv ó
s,n ão digo dea rm asnam ão, não digod e
que modo , porqu eop roblemaé v osso;m a
s ép recisoe ncontraro meio e a form ade
l utarc on
t rao i nimi gocomum;s eráa m elhor provad es ol
i da
riedad eque nosp ode
is
dar.
18

Exis
tem n atu
ralmenteo ut
r as fo
rm ass ecu ndá
ria
sd es o
lidar
ied ade:publi
c ação
dea rtigos,e nviod emedi
c amen
to s
, et c; posso-vosassegura
rqu es eum dos vossos
paisesc on
seg u
irt rava
rum al utac onsequentee s e,amanhã
,n a Eu
rop a
, vos encon-
trardesem c onfli
t oabertoc ontrao im pe
riali
sm o,tambémnós vos env
iaremosm edi
-
came~tos. Ma
s t ambémaic abe a vósd ecidirs ea c oex
istênc
iap aci
f ic
ar eprese n
ta
ou nao uma formad el u
ta:s óp edimos que nuncas econfundaes
t ra
té giagera
ld el u
tae t á c
ticad el uta. -
/DOC
.-2
/

ANT
I-COLON
IAL
ISMO E A
NTI
-IMPER
IAL
ISHO

Libertar-sed a dominação estra ngeiran ão é o ún


icod esejo
do nosso povo.E lea prendeup elae xp e
riênciae soba o pres
sãoc olo n
ialqu e ae x p
loraç ãodo h omem pelohomem é o mai
:
oro bstáculo ao desenvolvim en
to e ao p rogres
sod e um povo,
paraa lémd al ibertaçã onac ional
.
Esse povo estád ete
rm inado a p articipara c
tivam en
ten a con e
truçãod e um Af
rica nov a,r ea
lm entei ndependentee progres:
sista,fund adano t rab a
lh oe n aj us
tiças ocial
,n aq uala
potênciac riadorado s nossos povo s,a bafadad ur
a n
tes écu-
l~s, possae ncontrara s uam a
is l ivree c onstru
tivaexpre~
sao.
Es
tamo sc onscientesd of act od e quean ossavitórian ao s~
ráf ácil.T emos uma experiê nc
i am u
lt
isec u
lars ob
rea n atu-
rezado n ossoi nimigoe a sp art
ic ular
id ade
squ e oc aracte-
rizamem r elaçãoà so u
trasf orçasc olo n
ialis
t a
s.Embo ra
elee stejai solado,n ão devemo se squecerqu edispÕea inda
def orçasd ed est
r u
i ção muito s up e
rioresà sn os
sas e que,
dem aneir
aa bertao us e c
ret a,é a judado e sus
te n
tadopo r
outrasf orçasi nimiga sdal i be
r dadee do p rogr
esso do s
povosa fricanos.
Pori sso,l utamost ambémc ont
r ao im per
ial
ism om und
ial
.

/DOC
.-1
/

O PAPEL DA CULTURA NA LUTA PELA INDEPENDENC


IA
======
=======================================
"Asm a
ssas popul
aress ãop o
rtado
rasde
cul
t ura
,e la
ss ãoa f ontedac ul
turae,
ao m
esmo tempo,a úni
cae n
tidadeve
r d
a-
de
iram en
tec ap
azd ep re
servare decriar
ac ul
t ur
a,def aze
rhistória"

Of a c
todo s movim entos dei nde p
e ndênc
ias e
r em, em geral
,m arcados
, m esmon a
suaf a
sei n
i cial,p or um s u
rtod em anife
staçÕes d ec arácterc ul
t u
r a
l,f eza dmiti
r
queessesmov im entos s ãop recedidosd e um "renascimentoc ultura
l"do povo dom ina
-
do
.V a
i-sem esmo m a
is l on ge
,a dmitindoqu eac ulturaé um m é
todo dem obili
za ção
degrupo,p o
rta ntoum aa rman al utap elai ndepnd ênc
ia.
Ap ar
tird ae xperiê n
ciad an ossap róprial utae,pod ed i
z e
r-se,d et o daa
Af
rica, achamo s qu es et r a
t ade um con c
eitomuito l imitado,s enãoerr~do, do p a
-
pelprim ord
iald rc ul
t urano d esenvolvimento do mov
im en
to d eli ber
taça o
.E led e
-
corre
,p ensamo s
,d ag ener a
liza
ç ãoi n cor
rectad e um f
enóm eno realmas r es
trit o,
ques esituaa um c er
ton iveld ae struturav ert
i cald ass ociedadescoloniza da
s-
- ao n
iv e
ld ase lite sou d asd iásporasc oloniais.G enera
lização quei g noraou de~
prez
ae sted ado e s sencialdo p roblema: oc arácteri nd e
strutiveldar e
sistên c
i a
cultura
ld asm as sas p opul a
resf aceà dom inação estr
a ngeira.
R
e p
rimida, p erseguida,h umilhada,t raídapo r um cer
t onúm e
ro dec ateg or
i a
s
sociai
scomp rom etidasc omo estran~ire, r efugiadan a
sa ldeias
,n asf lorestase
no espir
itod a
sv itim a
sd a dominaçao, ac ulturas obrevivea t odasast em pestades,
19
parar etom ar,g r a
ç asà sl u
tasd el i be
rta ção,t odaa s uaf aculdaded e d~senvolvi­
mento. Epo ri ss oqu e op roblema do "re gressoà sf o n
tes"ou do " r
e nasc
im entoc u
l
t u
r al"n ão s epÕ e
,n em teriar azãod es ep ôr,p araa sm assas p opulares: p or que
--
elass ãop o r
t adora sd ec ultura,e lass ã oa f onted ac ult u
r ae,a omesmo t empo ,a
únic ae ntidad ev e
r dadei
ram entec apazd ep reservare d ec r
iara c ul
t ura,d ef azer
histór ia.
Quando, p o ri niciativad e umam inoriad ap equenab urguesiaa u
t óc
t onea liad a
àsm a
s sa
s p op u
la resi ndíg enas
,s ei n
i c
i ao movim en
to d ep r é
-indepe ndência,a sm as
sasn ão têmn enhum an ecessidaded ea firm arou d er eafirm ara s uai dentidad e
,q ue-
elasnun ca con fund iramn em saberiamc onfundirc om a do pod e
rc olonial
.No e ntant o
ar e afi
rm aç ãod um ai dentidaded istintad ad o poderc olo nial
,n ece
ssida de apen a
s
se n
ti dap elap equ enab urguesiaa utóctone,d iza penasr es pei
t oa um ami nor
i a
, e n
-
quanto um ao utram inor
iaa fi
rm a,m uitas v ezess emê xito,a i dent
i daded ac lasse
estran geiradom inante,e nqua n
toa m aiorias ilenciosas ed ebat
en ai nde c
isã o
.
Uma p arted am ino
riab urguesa emp enhada no movimento d epré-inde pendên c
ia
utiliz ao sd ados c1~lturais estrangeirosp arae xprimir,f a
zendoa pe
l op rincip a
l-
mente àl iter atu rae à sa rtes,m ai
s ad e scobertad as uai dentidadedo qu eo ss o
-
frim entosd a
sm ass a
s p op u
lares quel h
es e
rvemd et em a
.E c om oelaemp regap r ec
i-
sam entea l ingu ageme a l ínguado pod e
rc olonial,s óe xc epc
i ona
lm en
t e consegue in,
flue nciara sm assas p opulares,g eralmentei let
r adase f am iliar
iza dasc omo utras
form asd ee xpressã oa rt
í st
i ca.E stef act on ão dimin u
i, no e ntan
t o
,o v alord a con
trib u
i çãod estap equenam inoriab urguesap arao d esenvolvim en
to d al uta,p oise li
consegu ei n f
l ue nciarq uer umap arte dosi ndecisosou do sr e
t ardatár
i osd as u apró
priac atego r
i as ocial,q uer umas ecçãoim p or
ta n
ted ao pi n
ião pÚ bli
cad am etrópol;
col onial,p ri ncipalm enteog rupo dosi n
t electu a
is.
Ao utrap a r
t ed ap equenab urg ue
siaqu es eemp enha ab i nit
i ono movim ento de
pré-in depen dên c
i a
,e ncontran as uap articipa ç
ã oim edia
t anasl utasdel ibertaçã o
en as uai nte gra çãon asm ass
as om elhor m e
io d ee xprimirum ai dent
id aded ist
i nta
dad o pod erc olo nial.
Ep ori ssoqu eai de n
tificaçã ocoma sm ass
as p op u
l a
resea r ea
firm açãod a
ide nt
i dadepod em s ert em porár
iasou d efi n
iti vas
,a parentes ou r eais
,f aceao se s-
forç ose ao ss ac r
i fÍciosq uotidianose xi g
id osp elal u
ta.Lu t aessaq ue
,s endoum a
expr e
s sãop olíticao rganizadad e umac u
lt ura,é t ambéme n e
c es
sariam ente umap ro-
van ão som ented ei dentidadem as tambémd ed ignidade.

I "A l
ac
tod
u
tad
el
ecul
t
i
u
b
r
a
e
"
r
taç
ã oé
,ac
imad
etudo
,um

Acontece qu e ac u
ltu raé o p ró p
riofund amentodo mov im ento del ibertaçãoe
que apen a
s podem m obilizar-se, o r ganizar-see l ut a
ra ss o c
ie da d
esqu ep rese
rvama
suac ultur a
.E sta,q uaiq u
e r ques e
j ama sc a-
racterísticasi de o
l ógicasou ide al
is-
tasd as uae xpressão, é um el em entoe ssencialdo p rocessoh is tórico. En ela que
residea c apac
i daded ee la borarou d ef ecundaro se lement o
s qu ea ssegurama con -
tinuidad ed ahi s
t óriae d eterm inam, ao m e
smo t empo,a sp o ss
i bilidadesd e pro~res­
soou d er egressãod e um s oc
i e dade.Comp reende-
sea ssimq ue
,s end oa dominaçao i~
perial
i staa n eg ação do pr ocessoh i stóricod as ociedadedom inada,e las ejan eces-
sar
iam entea n eg ação do se up roce s
s oc u
ltural.T ambém - e po rque umas ociedadequ e
sel ibert av e
rd ade
i r
am en
te do jugoe strangeiror etom aosc am inhosa scendentesd a
suap rópri ac ultura,a q uals ea lim e n
tad ar eal
i adev ivad om eio e negat antoa s
influênc iasn ocivasc om ot odaa e spécied es uje
i çãoà sc ultu rase strangeiras- a
lutad el i ber
ta çãoé ,ac im ad et udo,um a ctod ec u
ltura.
Ac ul
t ura
,fund am entoe f onted ei nspiraçãod al u
-a,com eç
aa s eri nflue n
-
ciada pore s
t ae e ssainfl~'ência r eflecte-se,d em odo mai
s ou m enos evidente,n a
evoluçãodo compo rtam en
to d a
sc at egoriass ociaise do si n d
i víd uose no desenrolar
dap r6prial uta.
Tanto o sdiri gentes do mov im ento, nam aio
riao riginário s dosc e n
trosu rba-
nos (pequ enab urguesiae t rabalh ador e
sa ssalaria
i os),c om oa sm assas po pu
lares
(cujae sm agadoram aioria éc o nst
i tuídap orc ampon ese
s)m elhoram o s eun ívelc ul-
tural:adqu iremum m aior conh e c
im ento dasr eal
i dadesdo p a
ís,l ibertam-sedo s co~
pl
e xos e dosp r econceitosd ec las se,u lt
rapassam o sl im i
t esd os e uu n
iverso,d es-
troi
ema sb arrei
ra sé t n
ica s
, con sol
id ama s uac o ns
ciê n
ciap olítica,i ntegram-se
ma
is pro fundam ente no s eup a
í s e no mundo, e tc
.
20
"Paraqu e ac ulturade sempenheop ape
l que
lhec abe no mov
im en
to ã el iber
ta ç
ã o
,e ste
devee s
ta be
l ecerc om preci
s ãooso b
jectivo
s
aa t
in gi
rp ara que o povo quer ep
r e
s en
tae
dir
iger econ qu
isteo d irei
t oa t era sua
própr
i ah is
t óriae a d ispôrli v
rem ent
ed as
suasf orçasd ep rodução,c omv i
staao d e-
senvo
l v
im entou lt
e r
i o
rd e uma~ultura ma
ia
rica,p ro
f unda,n acional,c ient
íficae u ni
versa
l "

Qualquer ques ejaa s uafo rma,s abe-sequ e al u


tae xigea m obil
iz8.çãoe a
or gan
izaçãod umam aior
ia im portan
ted ap opulaçã o
, a unidadep olíticae mo ra
ld as
div e
rsasc ategoriass o c
iais,a l iquidaçãop rogr e
ssiva dosv estígiosd am ental
ida-
det r
i ba
le f eud a
l,a r ecusad asr egrase do st abusso c
iaise r elig
i ososin comp a-
tí veiscom o crácterr acionale n acionald o movimento libertador,op erando ainda
muitas outrasm odif
icaç oe
s p rofundasn av idad as populaçÕes.
Istoé t antom ai
s v erdadeiro quanto a dinâmicad al utae xigea indaa p ráti-
cad ad em ocr
acia,d ac ríticae d aa uto- c
rít
i ca,a p a
rtic
i pa
çã oc rescented as pop~
l açõesnag estãod as uav ida
, aa lf
a betização,a c riaçãod ee scolase d es erviço s
s ani
t á
rios,a fo rmação de quadross aídosdo sm eios r u
raise o perários,em u
itas
o u
trasr ealizaçÕesqu e implicamum av erdadeiram archa forçadad as ociedadeno c a-
minho do progressoc ultural.I stomo s
tra qu eal utadel ibertaçãon ão é sóum f a c
t oc u
ltural,é t ambémum f actord ec ultura. -
Para que ac ul
t urad es
emp enhe op apelqu el hecabe no mov
im en
to d el iberta -
çã o
,e sted evee stabelecerc om preci
sã oo so bjectivosa a tingirp ara que o povo
quer ep
resentae d ir
i ger econq u
isteo d irei
t oa t era suap rópriahi s
t óriae a
dispôrl ivreme n
ted ass uasf orçasd ep rodução,c omv istaao d esenvo
lvim ento ulte-
ri orde umac ulturam ai
s r ica,p rofunda,n acion a
l,c ientíficae u niversal. O que
éimpo rtan
tep ara o movimen
to d el ibertação,n ão é provara e specif
i c
id ade ou a
nã o-e
s pe
cific
id aded ac ulturado povo,m a
s p roce de
rà a nálisec rít
ic ad estac ul-
t ura
,em fun çãod ase xigênciasd al utae d op ro g
resso,es i
t uá-la,s emcomp lexo
des upe
rioridadeou d ei nferioridade,c omo umap a
rcela do patr
im ónioc omum da h~
manidade
, c om vistaa um ai ntegraçãoh armoniosa no mundoa ctual.
/DOC
.-9
/

3 a po
lít
icaan
ti.
c o
lon
ial
A GU
INE
, PORTUGAL E A ONU
=========================
l
i "Sen
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ão a
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i
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rm
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ita
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re
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n
t
r
t
r
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en
g
als
ós
ea
, és
r
ri
im
sc
p
l
a
es
men
t e porqueelenun cat evenenhumao po
rtu
n
id aded es ai
rvit or
ios o
.E s ópod em so
fre
r
derrotasa que
les quet êmpelom eno
s um a
oportun
id adedeg anhar
"

Qualé ,f acea umat alsitua


ç ãoe à n oss
ad e
t e
rminação, aati
tu ded og over
-
no d
eP ortuga
l?A té à mor
te de Salazar
,c ujam en
talidade arcaicanão pod
i ac once
-
ber que conces
sÕ esmesmo fic
tíciasfo s
s emf ei
t asao safricanos
,t ratou-sea pena
s
der adicalizara g uer
rac olonia
l.E le
,S alazar
,r epeti
ap araquem queriao uvi
r:
"AÂf r
ican ão exis
t e"- af
irmação que expr
im e um r
a c
ismod ement
e e quet ambémsin
tet
i zan ap er
feiçãoo sp rinc
ípiose a p rát
icad ap olí
ticac olonia
lportugu~sa d e
-
todoso st empos- elen ao saber
ia,n a suai dade,s obrev
ivera e s
taa f
irma çaomaior
dae xistênciad aA.fr
ica, istoé,a r esistênciaarm adavitor
io s
ado s povo
sa fr
ica-
no
sf aceà gu e
r rac o
l on
ialp o
rtuguesa
.S a
la z
are raum c rentef aná
ticono dogm ada
superior
i dadedo e u
ropeue da inferio
rid adedo africano. Mor
reu, comos es~be, com
oesp inhod aAf r
icaa trave
ssado•••
21

Poro utrol ado,o s e us ucessorM arce


lo C aetano é um t eórico( p
ro f
ess o
rd e
Direi
t oC ol onia
ln aF acu
ld ad ed eD irei
t od eL isboa) e um pr át
ic o (m in
i s
tro d a
s
C o
lóniasd urantev ár
iosa n os).E le,C aetano
, qu ep retendec omom ui
t as vezesa fir-
ma, " con hecero sn egros"
, op tou porum ap olitica nova qu e
,n asr elaçõess oc
ia is
,
deves era do b om p at
rã oqu ea pertaa m ão do se ucriad o
; no p lanop o
lítico, no
i nte
r ior,a d av el hat áctic ado p au e dac en oura
, no e x
t er
i or
,a d eu til
i zaro s
argum entos ou a sp rópr
i asp alavras do agressorp a
rao c onfundir, conservandose~
prea s uap rópr
i ap os
i çã.t e
o ssa,a liás,a d iferençae n
treo s a
l azar
ism od eS a-
l azare on eo-salazarism od eC aetano
.O s finss ã oosm esmos: ap erpetuaçãod a do
minação b ra ncas o brea sm assa s negras do nosso p a
ís (• •
• )
. -
tv erdad e qu eag uerrae stáa indaa cesan a Guiné e qued ev
emo sa indaf a zer
s acr
i f
í ciosp aral evara c aboa l ibertaçãod an o
ssap át
ria, o qu ea liása contece
j áe a conte c
e ut amb éma o utr os povos qued i
spÕ em de·gov e
rno p róprioe d ep ersona
lidad ej u
rí dicai nternacio nal.M s ét
a ambémv erdade qu e
,g ra çasàs olidarieda de-
i n
ter naci onal,d ispomo sc adad iad em aior núm e
ro dem eios efic azesp arai n
fli gir
golpesd urosà st r opasc olo niaisp ortuguesas. E que ad eterm inação do nosso povo,
assimc omo a cor ageme a e x p e
riênciado s nossosc om batentes
,s ãoc adad iam aiores
.
Es en ão a firmamo s queP ortugals ea rriscaa um ad e
rr otam il
itare ntren ós,
és impl esm ente porquee lenun cat even enhumao p o
rtunihded es airv itor
i oso.Es ó
podem s ofre rd errotasa quele squ et êmp elom enos umao po
rtunida ded eg anhar.·
tt amb émpo rque nó sc o ntinuamos,c omos emp re
,v inculad osa osn ossosp rincí-
pi~s dep az,d ep r ocu
ra do d i álogoe d an egociação,c omot ermod oc o n
flito qu e
opoe on osso povo ao gov erno d eP ortug a
l.
N asi l hasd eC abo V erde, ond ea lastrad e novo a fom e
, enqu anto osc olonia-
lista sr eforçama r epressãop orc ausado p rogressod an ossaa cçãop o
lítica,e sta-
mos d e
term ina do
sa d esenvolv era l utap or todoso sm eios ne cessários,a f imd el i
bertaro no sso povo a frica nodo j ugoc o
lonialp o
rtugu ê
s. -
Denunciamos p er
a nt
e vó s of actor e vo
ltanted e o gov e
rno d eP ortugals ea pro
veitard a fom equ eg ra
s sano a rquipélagop arae xpor
tart ra balhadoresp araP ortugãl
ep araa so u
trasc o
l ónias
,a f imd ee nfraquecera sf orçasv i vas do nosso povo e de
te nt
a ra ssimm in ar an ossal uta.F azemosq uestão em r ea
firm arq ue,n ab ased ac o
-
munidade d es ang ue,deh is tó ria,d ei nteressese d el utadas popu laçÕesd a Guiné
ed eC abo V e
rde,e stamo sd eterm inadosa t odoso ss a c
rifíciosn ecessáriosp aral i-
bertaro a r qu
i pélagodo dom ínio colo n
i a
l. ·

"•••
aceleraro fimd ag uerrac o
l on
ialp or-
tugues
ae a i ndependênc
iad an o
ssan ação
af
ricana,p araquee stap oss
a em breveo cu
paro lugarquel h
eé d evido po
rd ire
it o-
no s
eiod a Comun
idadeI nternaciona
l"

Sr.P res
i den
te, subme
temosà ap
rec
iaç
ã oda ONU
, pori n
term
é d
iod es
ta Comis-
sao,asp ropos
t a
ss e gu
intes
,b a
seada
sn areal
idadec onc
ret
ad avida do no
sso povo
e em tudoo qu
ed issemos:

1.D i
ligênci
asj untodo gov e
rno po
rtuguêsa fimde ques ejama bertasimedi~
tamentenegoc
iaçÕese ntr
eo sr epresen
tantesdes
se gove
rno e on ossoP artido
.P ro
-
pomo
s quee ssa
sn egoci
açÕ est enh
amc omob a
sed etrabalhoa pesquisad asv ias e
dosmeios ma
is adequadose mais eficazesp a
rao acessoim edia
todo no sso povo à
independênc
ia.No casod e o gove
rno deP or
tugalresponderfavoravelmen~e a tald~
ligência
,pod e
ríamose ncarar
,ao m esmo tempo,c
omo tomarem consideraçaoo si nte-
ress
e sdeP or
tugal no nos
sop aís
.

2
.A ce
ita
ção dosd el
e g
a do
s do no
ssoP art
ido
,c oma capa
cidadedem embro
s a~
soci
a do
sou deo bsrvado
res
, em t odo
soso rgan
ismosespe
cia
lizadosd a ONU
, comoú-
ni
c o
se l egí
timosr epre
sentantesdo no
sso povo
,c om
oacont
ecej áemr ela
ç ãoà
Comis
são E
conómic
ap a
raa Á f
rica (C.E.A.
).

3. De
senvo
lvim en
to de um aux
ílioc oncre
t odes
sesorg
anismosespecia
lizados
,
e
specia
lm en
t eda UNESCO
, da UN
ICEF, da OMS e d
a FAO
, aonos
so povo
, no qu
adro d
a
recon
struçãonac
i onaldo nos
so p a
ís.
22
4. Apo
io da ONU, mora
l ep ol
ítico,a todasasinic
i at
i vasqu e o no
sso povo
e onosso Par
tidod ecidam empr
eenderparaacele
raro f
imd a gue~ra colonia
lp or-
tugues
ae a i ndependênci
ad anossanação a
fri
cana,pa
r a qu
ee stap os
sa em breve
ocup
aro l ugarquel h eé dev
ido po
rd i
r e
itono seiod
a Comun iàde Internaciona
l.

Nap erspec
tivadee sta
sp roposta
ss erems e
riam ent
ec onside
r ada
s,l an
çamos
um veementea pe
loa t odo
so sEst
a do
sm embros da ONU
, em part
i cul
arao saliadosd e
Portugal,a ospaísesda Amér
icaL at
ina, e mui
to e spec
ialmente ao B
rasil
,p a
ra que
compreendama nossap o
siçãoe dêem o seuapoioàsa sp
iraçÕesl egí
tim a
sdo nosso
povo afr
ic anoà liberdade
,à independênciae ao progr
esso a qu
et emd ire
ito.

/DOC
.-11
/

No quer e
s pei
t aàsp ossibil
i dadesd en egociaçÕ es, podemo s
dizerqu e an ossal utat emum o bjectivop o
lític o
;n ão f a-
zemosa g u e
rra porque somosg uerreiros ou porqu e gostamo s
dela.F azemo -
la porque somoso brigadosai ss op ara conqui~
taro sn ossosd ireitoshum anos,o sn ossosd ir e
it osd en a
-
ção,d e povo africanoqu eq uer a suai nde pend ência
; m as
oo bjectivod an ossag uerraé um o bjectivop olít
i co,i s to
é,a l ibertaçã ot ota
ldo no sso povo da Guiné eC abo Verde,
ac on quis
tad an ossai ndepe ndênc
ian acion a
le d an ossas 2
berania,t a n
t ointernam en
tec omo no planoi nterna c
io nal.
Pori ssoe stamosi nteressadoss e- h oje, am anhã, em qu al
-
quera ltura- o sc o
lo n
i a
listasp ortuguesesp r ess
i onados
pelasn ossasf o
rçasa rmadas,p elal u
tah eroic ad o nosso·
povo,v ierem a recon h
e c
erqu e chegou o momento d es es~­
tarema um am esa e di~cutirem connosco,e stamo s pront~s
ae ntab u
lara d iscussao.M a
s a sp ossibil
i dadesd en ego-
ciação,j áque a ONU não foic apazd el ev arP ortugal a
negociar,n ão dependem senãodo sp rópriosp ortugueses.
Es
tamos i g u
alm en
teconv encidosd e quee stasp ossibilida-
desd ependem do quef izermosno qu adro dal utaa rmada.
Esta éa n ossa posição em relaçãoà sp ossibilida desd e
negociaçãoc om osp ortuguesese ,t endoem v ist ao qu ej á
fizem o
s,o ss a cr
ifícioss ofridosp elo nosso povo n esta
lutad ifícilm as vitoriosa
, e qu eaA fri
cac aminhap ara
ai ndep endênciat ota
l,a n ossap osiçãos ópod es ere sta:
negociarc om osp ortugueses quando elesq uiserem, quando
elese stiveremp rontosa f az ê
-lo,m as neg oc
i arp elai n de-
pendênciat otale inco ndic
io na
ld o nosso povo .
Iston ão sig n
ificaqu en ão este
jam osi nteress ado s
,c omo
povo co ns
cience, em estabelecerc om Portugal,a pesardo s
cr
im es com et
idosp elosp ortugueses no nossop aís
,a sm e-
lhoresr elaçÕ e
sd ec olaboração,d e cooperaçãoem t ermo s
·
'dei gualda de
,em a bsolutar eciprocidaded ev antagens
,m a s
tambémc om o maior resp e
itop elan ossas o be
r ania.

/DOC
.-4
/
23

CONTRA AS ILUSÕESDA POL


ITICA PORTUGUESA
========================================
"0nosso povo a
fri
ca nosabemu
itobem qu
e
as e
rpent
e pode muda
r dep e
le,ma
s ésem -
1 pr
e umas erpent
e"

Derrotad os pelar esist ênciai n venc íveld on o


sso povo e p elod esenvo lvim ento
dan o
ssal uta,o sc o
l onia l
i s
t asp o
rtug ueses adop taramno d e cu
r so do sÚ ltimo s ano s
umal inguag eme a ti
t udes" novas",m as qu en ão s ãom ais do quev elh a
sm anha s d et o
doso sc olo n
i al
istas.Tudo i stop arat entareme ngana
r-nose p r ocurar emr e a
liz ar-
assimo o b
j ectivop rin c
i pald ap o
lític ac ol o nia
lp o
rtuguesa. Qu er
em m ante
r, c oma
s uadomin a
ç ão no país, on osso povo afric anoem c ond
içãod em enoridad e h istóri ca,
com osee le,i nca pazdec am inharp elos eup r ó p
riop é ed es eg uiarp elas uap ró-
pri acab eça,p recisassed es ercondu zido p el ot u
t orc o
l onialistaa tr avé s dos11ca-
minhos p e
rig ososd aa uto determ inação,d el ib erdad ee do pro gresso "
.
Com o f imc rimin o
s od e pô r em pr át
i cao ss e u
sp lanos,e l ev ado sp orum r a-
cismo pr~mitivo e d o ent
i o
,o sc ol on
i alis
t asportu~ueses com eçarama f a
l ard ar e-
co ns
truçaod e uma "Guin ém elh o
r", f izeramc o n ce
ssoesi lus ó
r iasqu es óeng anam o s
in génuosou o st raid o
r es,p rom eterama ch am ada" a u
todetermi na
ç ãosoba b an d
ei ra
p o
rtuguesa",t entarams ed uziro so p o
rt unista sc om uma autonom iap a
r ap or
tu gue ses
det e
rceir og rau, e forama i nda·mais l on ge
:d izem quev ão r ealiza ro p rogr ama do
nossoP artid oe t êmo d es caram ento def alard e" revoluçãos ocial"e d e" progr es-
so"d a Guiné ed eC abo V erde, c oisaqu en ão ou sariamf az e
rem P ortu gal, ond e o po
vo viven am iséri
a, n ai g norânciae no m edo
, soba o pressãod e um r egim ef as cistã
medieval
, v elhod e quasem eio s éc u
lo.
Mas o no sso povo af ri canos abemu ito b em queas erpentepod e mud ar d ep ele,
mas és emp re umas erpe n
te• ••Ao longod ed ez asseis anosd ev id a do no sso P artido
ed e quased eza ·
nosd er esistê nciaà g uerrac o
l onia
lpo rm eio d e um al utaa rm ada
c he
iad es ucesso- ono sso povo p rovou j ás u ficientementea s uam a
io r
id ade f a ceà
história,a s uac apacidad ed ec aminharp elos eup é, guiado p e
l as uap r ópr
i ac abe-
ça.L ivre es oberanon am aior p arted o no sso p a
ís,d ecididoa l ib erta r
- set o
t al-
mente dap r esençac olo nialp or
t uguesa,t a n
t ono c on
tinentec om on a
si l has,e n fr
e n
tan docom co r
ag ema sbomb asa ssassinase o sa ssaltost err oris
t asdo sc olo n1alis--
ta sp o
rtug ueses, on osso povo vo tou e v otará ao f racassot o dasa sm anobras d em a-
gó g
icase m ent
ir o
sas do sc oloni a
listas.
Com e feito,a ch am ada nov ap o
líticad ou ltramard eM arcelo C a
e tano e stácon
denada, no no sso país, a um ad errotat iog rand ec omoa si ntençÕ e
sc r imi nosasq ue-
ai n
s p
iraram .Pod emosm esm o diz er que "of eit iços ev oltouc ontrao f e
i t
ic eir o".
Na re a
lida de,n ão som entee stap o
lítican ão pod e.desm obil
iz a
rn em·d esm o
raliza ro
nosso povo e o sn ossosc om b a
tentes,c om oc o ntribuium e
sm o p a
raa c e
l erara tom ada
dec o n
sciê nciap olíticad el argasc am adass o ci a
isdo sc entrosu rbano sed as zon as
aindao cupad asp eloi nim i go. S e év erdad e qu e um punhado deo p o
rt unistas soub e
tir a
ro m áximo p roveitod as con cessÕesm ateriais es ociaisqu e oi n
im igoé f o rça-
do a faz er
,éig ualmentev erdad e quea s popul açÕesd asi lha sd eC abo V erde a ssim
comoa sd asa l deiasd a Guin é ai ndao cu padas,e stãoc adav ezm ais i n
t ere s
s adasn a
l u
t a
,t êmc onfiançano n o ssoP art
i doe n ão e s condemo s eup a
triotism oe a s uaad~
sãoc rescent eà c ausad ai n depen dênc
iad o no sso povo.

"A H
istó
rias órete
rác om hon
rao s nome
s
daque
les que
,r ecus
a ndo
-sea c o
laborarcom
oi n
imigodo nos
so povo e daArric
a, dêem
as u
ac ontr
ibuiç
ã oválida ao t
riunfod a
luta"

Porquev ivemos o começo d


e um a novaeta pa
,m ais des
e nvo
lvida,d al u
tap e
la
in d
e p
e ndênci
ae p elopr ogresso
,f açoum a pe
l oa t odososp a
triota
sa f
ricanos da
Guiné eC abo Verde pa
ra qu es eu n
am c adav e
zm a
is em tornodo nosso Par
tido
, a
fimd ed arem a suap r
e c
i os
ac o
la bor
açã oao p rogre
ssod al uta
,q uaisque
r quesejam
ass uasc on v
icçoesp ol
íticas ou r el
i e
i osas
,a s uasitua
çãos oc
ialou c u
ltural
.
O nosso povo necessi
t adac ol
a bora
ç ãodet odososs eu
sf ilhos- homens
,m u-
24
l heres
,j o v
e nse a du
ltos do no s so país- p araL ·ealiz
arp lenamenteo ss euso b
je c
-
ti vosdei nd epen dência
,d ep aze d ep ro g
resso,M as aH i stórias ór eter ácomhon ra
os nom e
sd aq u
e lesq ue,r ecus an d o
-sea c o
lab o
r a
rc om o i nimigod o no sso povo e d a
África, d êem a s uac on
tribuiç ãov álida ao triu n
f odal uta,
Nest ap e rspe c
tivae n e stac erteza,d irijoa lgum asp alavras ao sn o
ssos com~
t r
i o
t asqu e,n a Guiné e em Cabo V erde
, f azemo s e us e
r viçom il
itarn asf o
rçasa r-
madas p ortugue sas, Ao longodo sÚ l
timo s meses, um núm ero crescent ed ee lem en
t os
d a
s cham adas comp anhi
asa frica n asd ast ro pasc olonial
i stasn a Guiné, d e
sertaram
p a
ras ej untarà sn ossasf ile ir as,E ste é um f ac
tomu ito im portantequ ep rova que
osn o
ssosi rm ãosa fricanosqu e fo rameng anados ou i ncorporad o
sà f orçano e xérci
-
t oc oloni al
ist a
,ap renderammu ito c oma s uap r óp
riae xp e
riênciae e s
t ãod e
cididos
as ai
rhon rosam ented as ituaç ãoi ndign ae vergonhosa qu eo sc ol onialistasl hesc r
i
aram, P agaram c om o sanguee c oma v ida- ec om hum i
lh açÕesd et odaa e s péc
ie-;
c o
laboraç ãoc omo sc riminososc olo n
ialistasp ortugu e
se s,c ontrao si nt e
ressesdo
nosso povo , No d ecursod e num erosas operaçÕesi n
im igas,nom eadam ent
en as cham adas
"M arVerd e" (a gressãoc on
traa R epÚblicad aG uiné), "S afiraS olitária "( ag
ress ão
c ont
raa r egiã ol ibertadad eO io-Mo rés
) e "Ro s
as Enfadad as"( agre s
s ãoc on
traa zo
nal ibert adad eT choquemon,n ar egiãodo s ~anjacos), pud eram verifica rc laram ente
queo sc olo n
i al
i stasqu erem f az erd elesa ssassinosd o no sso povo,c a
r ned ec anhão
as ubsti
t uiro ss oldadoseu rop eu se c ãesd eg uardat rat adosc om d e
s p
r ezo e abando
nadosà s uas o r
t equ ando soaa h orad ad errota, -
Enc orajoo sn ossosi rm ão sa fr
ica nosd oe x é
rcitoc olo n
ialn a Guin é ar efo r
ç a
rema s u ac o n
s ciênciad ep atri ot as
, a tom a
remc om c o
ra gem ass uasresponsabilida~
desp eran te o no sso povo,ar ec usarem-sea s er v
ird ea s sassinosdo ss e u
sp róprios
irm ãos
,a d ese r
t arem g rupo coma ss uasa rmasp aras ej untaremao no sso Partidoe
se porem i nteiram e n
teaos ervi ç od al ut a
,Nó s,o sa fric anos,n ão somo s
,n ão dev e
-
mos ser,n em seremo s nunca,a ss ass
i nosd o nosso próprio povo ,n em c ãesd e guarda
dosc rimi nososc ol on
i a
listasp ortugueses.
Sab emos qu e em Cabo Verde t emh avido disputasf re que n
tese c ad av ezm ais du
r a
se n
trem il
it aresc aboverde ano s e europeus do ex é
r c
it oc olonial.E st amosc er to
;
de quee s tesc onflitoss erãoc ad ad iam ais im portantes.
/DOC .-10/

APELO AOS PORTUGUESES


=====================

!
"Es
tamosc e
rto
sd e qu
eal iqu
ida
çãodo co
-
lonia
lismopor
tuguêsa r
ras
tar
áa de
stru
ição
do f
ascismoem Po
rtuga
l"

Os nossos povosf azema d ist


in ç
ã oe ntr e o governo c olonialf ascistae o po -
vod eP ortugal
:n ão lutamo sc on
trao povo p or
t uguês. Contudo, as itu açãoo bjecti-
vad el argasc amadas do povo p o
rtuguês,o prim idas ee x p
l o
r adasp elasc lassesd i-
rige n
tesdo s eup aís
,d evef aze
r-lhescomp reendera sg ra ndesv antagens quep ara
elesd eriva
r ãod av i
t óriado s povosa fr
ica n oss obreo c olonia
lism op ortuguês
.
Aos am b
ientesc ultosd eP o
rtugal
,e s pec
i a
lm ente ao sd emocratasp rogressistas
,
incumbea t arefad ea judaro povo p ortuguêsa d estruiro sv estíg
io sv i
r u
le n
to sd a
id eo
lo g
iae sclavagistae c o
l onial
ista,o sq ua
i sd e
t e
rm inam d umam anei
ra g era
l o
seucompo rtamenton egat
i vop e
rantea sj ust asl utasdo s povo sa fr
ic anos. Pori sso
mesmo
, o sm e
ios i ntelectuai sdeveri
am t amb émv encera s uam enta
lidade im p
eri&l,
feitad ep reconceitose d esdém semfund am ento pelov al o
re c apacidader eaisdo s
povosa fric
a nos,O s dem oc
r a
tasp ortuguesess erãoe fect
i vam entei ncapazesd e com-
preendera sj ustasr eivindicaçõesdo s nosso s povos enqu anton ão est
iveremconv en-
cidosd e que at esed a" im a
t u
ridadep araa a u
t odete
rm ina ção"é f alsa,e enqu anto
não seconv ence
r emd e queao p
ressão nuncaf oin em ser áe scolad ev i
rtud ese a pti
dÕ e
s,
tp reci
s or eafi
rm arc laramente que, embo ras endoc ontrat odaa e spécie d e
fascismo,o sp ossos povosn ão lutame specificam entec o n!rao f asc
ism op ortuguês:
nós lutamosc ontrao c oloniali
sm op ortuguê s
. Ad estruiça o do fasc
ism oem P or
t ugal
deverás erob ra do próprio povo português
; ad estru
i çãod oc olonial
ism op or
tu guês
seráob ra dosn ossosp róprios povos.
25
Se a queda do f
asc
ismoem Portuga
lp oder
ian ão conduz
irao f
imdo c olon
ia-
li
smo- hip ót
e s
ea l
iása dmi
tidaporalguns do
sl íderesdao pos
içãop o
rtugue
sa-
nósest
amo sc er
t o
sd e queal iqu
idaçãodo colon
ial
ism oportuguê
sa r
rastaráa de~
trui
çãodo f asc
ism oem Por
tugal
.A t
ravésd an os
sal utadel iber
tação
,nó sc ont
r!

AGORA OS CATOL
ICOS SABEM POR QUEM LUTAR

Querias u b
linharqu eag rande hon r
ap restadaao no sso po-
vo por Su aS antida de
,r ecebendoo sd ir
i gentes dosn ossos
movimento s del i ber
t ação,pÕ ea g oraum p roblemas obretudo
aosc a
t ólicosd eP or
t ugal,à q u e
l e
squ ea téa g o
raa poiaram
co n
cretam entea g uer
r ac ol oniali s
tap ortuguesa.
Nós faz emosd ecididam ente umad istin çãoe ntrea h ierarquia
católic aem P ort uga
le o sc at ólicosem g eral.N ãog ostaria
mos que fo ssemp ara
rà p risão,s e
jamp ortugueses,s ejama :
frican os,a quele squed e
f endema c ausad al ibertaçãodo s
nossos povo s. M~s a v e
rd ade é qu ea téa goraa h ierarquia
católic ap ortugu e
sat em-s emos trado, q uera travésdo só r-
gãosd ei nform ação,q uera trav ésd et od a
sa sm anife
staçÕ e
s
reliRi os as
,f av orávelà g ue
rrac olo n
i a
lista,a qu e chamam
nas u
al inguagem" defesad ac i viliz açãoc ristã".
Admiramo -nos muito qu es ep o
ss ad e
f endera c ivilização
cristãm assac
rando o sp ov os
, qu eim ando comn apalma sc ri-
ança s
,a sm ulheres, a ldeiasi nt eiras.E d esejamosv erda-
deirame nte um ge s
to qu e possa conv encera o piniãop ú b
lica
portugu esad e quen ão é e ssaa p os
i çãod aI gr e
jac atólica
rom ana
.
Pelan o ssap arte,e ss eg estof o
if eito.R ecordai que no
meu disc urson aa ber
t urad an ossaC onferêncial a nce
ium
apeloa P aulo VI q ue
,r eceben d o
- noson tem no Vatic
a no
, con
firmou- d ea cordo coma e nc
í clicad ir
i gidaa t odoso sp o-
vosa fric anos- qu eaI gr e
jae stáao l adod aq ue
les que s~
frem es emprel utoua f av o
rd al i berdad e
,d ap azed ai n-
depend ência dos povo s.Cr emos qu eo sc atólicos,e spe c
ial-
mente o sp ortugu ese
s,t êma gor aum ab ase mui
to c on c
r e
ta,
alémd a quele docum ento
,p araj u
l ga
r em,po r um lado,aq u
e-
lesqu e no s apoiam e,p oro utr o,a queles quea téa gora
apoiarama g uerrac oloni al
ista .Po rqu ee stãoé·c ontrao s
princípi ose a sd ec
laraçÕ esd aqu e
le qu e éa m áx
im aa uto-
ridaded aI ereja.
~um f a ctop olíticu,e s
te, deg r ande im portância
,m a
s t am-
bém um f actom oral. No n ossop aÍsh ám a
is d e um mi
lhão d e
católic os;s en ão hám a
is n ão..é c u
l pan ossa,m as culpado s
miss
i onários p ortug ueses quen ão no s souberamg uiar em mais
dec inc os éculos.C remos qu eo sc a
t ólicosi n dec
isos,a n-
gustiad os, podem a go
r aa p o
iar- nost ranq u
ilam ente
,po rque
sabemqu e oP apa éc ontra tudoa quiloqu es ejac ontra a
liberd ad e
,a p aze a i nde pendê nciado s povos.

/DOC
.-7
/

bu
ímo seficazmen
tep ara a qued
a do fas
cismop o
rtuguêse damos ao povo dePo
rtugal
am e
lhor provadan os
sas ol
id a
riedade
.
Est
ef actoé um mo
tivo deo rgu
lhop ar
ao sn os
sos povos
, quee spe
ramdo povo
po
rtuguêsa m e
sma sol
id a
rie d
a de
,p e
lor e
forçodal utacontrao fas c
i smo.

/DOC
.-1
/
26

"Luta
rc ontraa guer
rac olon
ialé salva
r
Por
tugal do so
frimento
,d aruínae do p
e-
r
igoqu ee ssaguerr
ac riaparaa suapró-
pr
iai ndependênc
ia"

Repetimos o qu em uit
as v ezest emosa f
irm ado: nós queremosl i b
ertara nossa
terrap arac r
i arn ela umav ida novad et rabalho,j u
sti ça
,p aze p rogres
s o
, em co-
laboraçã ocom t odoso s povos do mundo e mui
to p art
icul a
rm entec omo povo p o
rtuguês.
O que }~rcelo C ae
tano t emeé qu e o povo por
t uguêss aibaqu e a Guiné eCabo Verde
serãop arcel a
sd e umaA fr
icaL ivre e Independentee q ualquerd elasa ber
taa um a
colaboraçãof r ancae l ealc omo povo p ortuguês
.
Consta-no s que o governo c o
lo n
ialistap or
t uguêsv aie nviarp araa n o
ssat er-
ram a
is 10 m il, 15 mil ou m esmo 20 mi
l hom ens,s egundoch egam a dizer
,S e
jaq u
al
foro s eunúm ero
, o gov erno p o
rtuguêsn ão farám ai
s do qu ee nviarhom en
sp ara a
mort
e, Ai ss oo povo d eP ortugald eveo por-se
,c omod evee x
igiro r egressodoss e u
s
fi
l hosqu e morrem po r umac a u
sai njusta,enqu anto nas uap répriat e
rraf a
ltamb ra-
çosj ove nsp a
r at rabalhara t er
r a
,p arac onstruirP ortugal,p ara
,c omodizem o s
poetas
,r e desco b
rira s uat e r
r a
.

s s ab emos, e eu faloc omot écnico,qu eP ortugalt emco ndiçÕesp a
rao fere-
cerum av idad i gnaa t odoso ss eusf ilhos,E s
ta é qu e éa p átriaqu eo sp o
rtugue-
sest êmd ed e
f enderee ngran dec
erc om oss euse sforçose s acrifícios,e nela am a
-
nhã,d ec ertez a
,c olaborarãoconno scon a Gu
iné e em C abo ·
verde,p araj untosdar-
mo
s a sm ãos fr a
ter na
lm ente,b aseadosn ah is
t ór
ia ,b aseadosn a am i
zade,baseados
em tudoqu anto no su ne,
Am issão d ea cabarc oma sg uerrasc oloniaiscon fiamos nós que al evaráa
cabo o povo p or
t uguês
,a través doss euso pera
r 1ose c ampon es
es,d as uaj uven
t ude
,
doss eusi ntelectuaisp rogre ss
istas ou anticolo n
i a
listas,d et od osaqueles
, em
suma, quer espei
tame am amd ef actoP or
t ugale s abemqu el u
tarc on
traa g ue
rra co
lo n
ialé s al varP ortugal do s o
frimento,d ar uínae d op erigoqu ee ssag ue
rrac rii
paraa s uap rópriai ndepe ndência
,
/DOC .-6/

AS TRES FASES DO PLANO PORTUGUES


================================
"0i n
im igoes
táconvenc
ido d
e queapri
são
ou a mo
rte do p
rinc
ipaldi
rigentes
ignifi
-
car
iao f imd oPar
tidoe dan o
ssalu
ta"

Oo bject
i vop rincipa
ldo i n
imigo é o ded est
r u
iron ossoP a
rtido
, porque em
Afr
ica e no m un
do i nteiroo s euprestíg
i oe o p res
tígiodo ss eusprinc
ipai
sd iri-
gente
se stãono s euapog eu
,
El ee stáconv encido d
e queap ris
ã o ou a mo
rte do pr
i ncipa
ld ir
igen
tes igni
ficar
i ao f imd oP ar
tid oe d an o
ssal uta,
Pori ssom e
smo, oo b
j ec
tivor e a
ldosp or
tu gue
sesn as uat en
tativadei nva-
sãodaR epúbl
icad a Gu
iné (C onakry)
,em 22 de Novembro de 1970
,e rao assassinato
do secretáriog eral do Par
tido• •
•e a d es
tr u
içãod ab asen ar ec
taguardada revol~
ção con s
ti
t uídap elor egimedeS ékou Tour
é.
Numap alavra
,d estru
iro P a
rtido ag
indo no s euinterior.
Op lano inimigof ar-
se -áem trêsf ases
:

PRIMEIRA FASE:Actualment
e, mui
tos c ompat
riota
s abandonam Bi
ssau eo utrosc ent
r o
s
urpanosp aras ej un
taremà snossa
sf ileiras.N e
stao c a
sião, og ene
ralS pínol
ae s
-
pera poderi ntroduziragente
s( ant
ig osou novo
sm embros do Par
tido)n asn ossa
sf i
leira s
.
As uat arefa
:e studarasf r
a queza
sd o no
sso Partidoe t entarprovocaçÕe
s
apoiando-se no r
acism o
,no triba
lism o
,opondo os muçulmano
s aosn ão-m uçu
lm anos
,etc
.

SEGuNDA FASE:
1.C ria
r umar
e d
ecl
a nde
stina(pene
trando
, po
r ex
emp
lo, no P
art
idoe n
asfo
rça
s
arm ada
s).
27
2.Cria
r umadir
ecçãop a
ralel
a,sep o
ssíve
lcom um ou do
isagen
tese a
lgun
s
d
irigen
tesactua
isd oPar
tido (deen
treosd e
scon
tentes)
,

3
.D esac
red
ita
r os e
cretá
rioger
al,pa
raprepa
rara suae
limina
çãono qu
adro
do Pa
rtidoou,sea n
ecess
idades
eim pu
ser,p
elasual
i qu
idaçãofís
ica
,

4
.P repa
rar a nova"d
ire
cção"c
lande
stinap
araf
aze
rde
laov
erdade
iroo
rgan
i2_·
mo d
irigen
te do PAIGC
,

5
.P a
ral
elamen
te,lanç
arum
agr
and
eof
e n
sivap
araa
ter
ror
iza
ras popu
laçÕ
es do
s
t
err
itó
rioslibe
rtado
s.

TERCE
IRA FASE
:

a
,No caso d
ef alha
ra segund
af as
e1 ten
tarum go
lpecon
traa d
ire
cção do P
a.r
-
t
ido
,fazendoa ss
ass
inaro seuse c
retá
riogera
l.

b
, Fo
rmar um
a nov
adire
cçãoba
seada no r
aci
smoe opondo gu
ine
e ns
ese cabove
r-
d
eano
s,uti
lizandoo tr
ibal
ismoe a r
elig
iã o(mu
çulma
rosc on
tran ão
-mu
çulmanos
).

c
,Imp ed
ira lu
tano in
ter
iordo p
ais1 l
iqu
ida
ros qu
epe
rman
ecem f
iesà l
i i-
nh
a do P
artido
.

d,E nt
rar em con
tacto co~ o governo po
rtuguês
.F als
an egoc
iaç
ã o
, au
tonom i
ai n-
terna
,c r
iaçãode um gove
rno f antochen aG u
iné
-Biss
a u qu
es e
riad e
signada "Es
tado
d
a Guin
é" ef ar
iap arteda comun idadep or
tuguesa
,

e,P.s
tosim po
rtan
tese
stãop
rom
etido
spe
lo g
e n
era
lSp
íno
la a todo
sos qu
e ex~
cu
tar
emo pl
a no
.

CONCLUS~O: Dev emos reforç


a ra nossav ig
ilânciaparad esmascara
re e liminaro
s age~
tesdo i nim ig o
,p arad e
fenderoP art
idoee ncora
jara l utaarm ada.Ass
im pode
remos
~rustar t odoso sp lano
sc riminososdo sc o
l on
ial
istasp or
t ugueses
.
O inimi~o t entoucorromp e
ro s nos
sos homens
,m a
s ae smagadoramaior
ia dos
resporlsáveisc o n
tactado
sn ão aceitouv ender
-se
, comportaram-
s ec omodignosm
ili-
tantesdo no s so Par
tidoe c on
tribuí
ramm esmo pa
rac astigarsev e
ram en
teo spor
t u
-
gueses quet entavamc omprá-los
,c omof oio casodosq uat
r oofici ai
s,p r6x
imo
sc o
-
labora doresd eS pínola
,l iq u
idad o
sno n or
te do pa
ís.
/DOC .
-8/
28

4 ú
ltin
.o d
iscur
so
HENSAGEM DE ANO NOVO
==============~=====

"A c
riaçãod aprimeiraAssembl
eiaN a
ciona
l
Popula
rn a Gu
iné é umavitór
iat ran
scenden
ted al u
tad i
fícilm a
s glorio
sado nosso -
povo pe
lai ndependênc
ia"
C
ama
rad
as eCompa
trio
tas

Neste mom ento em qu e com emor


amo s um novo ano d ev idae d el utae o comb a
te
p e
lai nde pendên c
i ado n o
sso povo af r
ic anot emd eza nos,d evo l em brara todo s- m i-
lita ntes,c om bat entes,r e
s ponsáveise d irige ntes do no s
so P arti do- qu e ah oraé
dea cçãoe n ão d ep alavras.A cção c adad i am a
is v ig o
r osae m ais e fica z
,n a Gu iné,
af imd ei nf
li gira sm aiores d er
r o
t as aosc olo nialis
t asp ortu guesese d el hesr e-
tir art od a
sa sp rete nsÕ es
,t ãocrim inosasc omov ã s
,d er ec onq uistaro nosso p a
is.
Acção c adad iam a
i s d esen vo
lvidae m e
lhor o rganizadan asi lha sd eC abo Verde, a
fimd ef azerp as sara l u
t aa um afa senov a
,d ea c o
rd oc oma sa s piraçÕesd o no sso
povo e o s im per a
t ivosd al ib e
rtaç ãot ota ld an ossap átr
i a.
Faço quest ão, no e n
ta n
to,d er es peitara t r ad
i çãod iri g
i nd o-vosa lgum asp a-
l avrasn este mom ento em qu et odoso s hom enss ãos- a queles qu e qu erem a p az
,al i
berdadeeaf eli c
i da ded et odosos hom ens-r enovama ss u ase s peran ç
ase a s uac er
t e
z anum av idam elhor p ara a hum anidade,n ad ignida de
,n ai nd epe ndênciae no v e
r--
dad e
irop rogress od et o dosos povos.
C
om oc ada um s a be
,r ealizám o
sno ano f indoe leiçÕ esg er a
i sn asr egiÕ e
sl ib e
r
t adas,p ors ufrá gi ou n
i ve
rsale s ecreto,p araa c riaçã odo s Con selhosR egion a
i se -
dap rim eiraA ssemb lei a Nacionald ah istóriad on osso povo . Em t o dososs e c
to res
det odasa sr egiÕ es
,a se leiçÕ e
sd e senrolaram -sen um amb iented eg randee n
t usias-
mo p orp arted ap opulação.O se leitor esvo taramem m a
ssan asl i st asquet inh ams i
do elab oradasapó so itom eses ded e batesp úblicosed em ocr á
ti cos, no decursod os-
quais fo rams ele ccio nadoso sr epre
s entant esd ec ad as ect or.Um a v ezr eu n
i dos,o s
ConselhosR egion a
i se leitose legeram , pors uav ez,e n
treo ss e usm embros, osr e-
pres en
ta ntesd aA ssemb leiaN acionalP opul ar
.E stat erá120m emb ros, dosq ua
is 80
forame l eitose n trea sm assas p opu
l ares e 40 e ntreo s qu ad rosp olíticos,m ilitares,
téc nicos,p rofissi on aise o u
tros, do P artido. Como s abeis,o sr e presen
ta n
tesdo s
sect or
eso cupado st empo rar
iam entep elosc olonialistasfo rame sc olhidosa t ít ulo
pro visór
i o.
Hoje o no sso povo a fricanod a Guiné d ispÕ e,p or
ta nto,d e um novo Órgã~ d e
sob erania,a s uaA ss embleiaN acional.E s
t as erá,d ea c o
r doc oma C ons
ti
t u
i çao qu e
estamos em v iasd ee laborar,oó rgão sup remo d as oberaniad ó no sso povo na Gu iné
.
Ama n
hã, c om o de senv olvimentoc ertod al uta,c r
i a
r em o
si gu alm ent ea prim e
iraA s-
sem bleiaN acionalP op u
larn asi lhasd eC aboeV erde. Ar eu niãoc o n
ju n
tad ested ois
Órgãos fo rmaráa A ss embleia Suprema do Povo d a Guiné eC abo V erd e.
Ac riaçãod ap r
im eiraA ssembl e
iaN a c
io n
al P opula
rn a Gu iné é um av itória
trans cendented al u
tad ifícilm as gl or
i osad o nosso povo p elai n dependência
.E la
abrep e
r spectivas nov as ao pro g
ressod an os
s aa cção p ol
ít ic o-m ilitar,e laé or e-
sultadodo se sforç ose s a c
rifícioss ofrid o
sp elo nosso povo ao longod ed ez ano s
del utaa rmada, um ap rovac o ncre
tad as ob eraniado n o
sso povo e d os eua ltog rau
dec onsciêncian acio nale p atriótica.
Dirijo,n e s
t e mom ento
, c a
loros asf elicitaçÕ esao n oss o povo , a ~odos ose lei
t o
r esq ue,c omo hom ens e mulheres c onscie ntes
, soub eramd es emp enh a
rt aod ignam ente
oss e u
sd everesd ec i dadãosl ivresd a nossan ação africa na;a todo sosm ili
ta ntes,
resp onsáv e
ise d ir ig entesq ue,n as com issÕ e
se leitoraiso un o u
t: oss ectoresd ea c-
tivid ade,d er
am o s e uc o n
tributop ar aa e fic áciad estar eal izaç aoqu ef icará .n a
históriado no sso p a ís.F elici
t oc om o m esmo e ntusiasm oo sv alor osos comb atentes
29
dasn o
ssasf orçasa rmadasq u e,p elas uaa c
çã ocoraj~sa, cr
iaramem t odoso ss ec
-
toresa se~urança necessári aà r eal
iz aç
ã od a
se leiçoes,a pesard et odasa st enta
tivascriminosas do inimigo c olonial
i s
tano s en
tidod ea s im pedi
r.
Mas umaA ssem b
leia I·
l aci ona
l,como t odoo órgãod eq ualque
rc orpov ivo,d e
-
ve pode
rf uncionarp ara fa z~ r valera s uae xis
tê nc
ia.T emose n
tã oum at arefap r
io
ritár
iaa d esempen h
ar no q ua drod an os
sal uta,n e
ste novo anode1 973: devemosr ã
zer func
ionara n ossaA ssem blei
a N ac
ional P opula
r.E v amosf azê-lo,a fimd er ea:
lizarcom p
letame n
tea sd ecisÕ est omadasp e
lon o
ssoP artidon ar euniãodo C ons
elho
Super
iord aL uta, em Agostod e1 971
,d ec
isÕess us
tentadasp e
l o povo com o ma
ior
entu
siasmo.

"Afi
rm a
rp er
a n
te o mundo quean ossanação
af
ricana,f or
jadan al u
ta,e s
tái rrevers
i-
ve
lm en
ted ec
ididaa c aminharp a
raa in de
-
pendênc
ia,seme sperarp eloc onsen
tim
e n
to
do
sc o
l on
iali
stasp ortugueses
"

No decu
rsod estea no,e t ãodepressaq uan
t op ossíve
le c onven
iente
, v amos
reunira A s
sem b
leia Nacicna
lP opu
lard aG uiné par
aq ueelar eal
izea p r
im ei
ram is
sãohis tór
icaqu el hec om pe
te:a proc
lam ação do nos
soE stado,ac riaçãode um e x
;
cut
ivop araesseE st
a doea p romu
lgaçãod e umaL e
iF undam enta
l-a p r
im ei
ra· cons
:
t
ituiçã od an o
ssah istória- a q ua
ls eráa b ased ae xis
tênciaa ctivad an o
ssan a-
çãoafr icana
.I stoé ,r e p
resentan
tesl egít
im osdo n os
s op ovo
,e scolhidosp e
las po
pu
laçÕe se eleitosl ivreme n
tep e
losc idadãoB consciente
se p a
triotas do no
ssop a:
Ís,vãop rocede
ra oa ctom ai
s im port
a n
ted as uavidae d avidad on ossop ovo
:o
d
ea firm arp e
ra n
te o mundo quea nossan açãoa f
rica na
,f or
jad anaL uta
,e stái r-
rever
si ve
lm entedecididaa c aminha
rp araa i ndependên c
ia,seme sperarp e
loc on
-

A NOVA S
ITUAÇÃO

D
!i situaçãodec olóniaquedis-pÕede um mov
im en
to deli -
bertaçãoe c u
j o povo jálibertou,no decorrerd edeza no
s
.
·del u
taarm ada1 a ma
ior par
t e do s
e uterri
t órion ac
iona
l,
~am6s passri s
a i
t ua
çã ode um pa
ís quedispÕ e do s
e uE
s-
tadoe q u
et emum ap ar
te do seut err
itórion ac
i ona
lo cu
-
padap orf o
r çasa rmadasest
r angeir
as.
/DOC .
-1 2
/

sent
im e n
tod osc ol onialistaspor tu gueses,e q ue
,a p artird estaafirm ação,oE xe-
cut
i vodo n ossoE s
t ados er á
,s oba d ir ecçã o do PAIGC, oÚ nico
, v e
r dadeiroe l e g
í -
timor e p
resentantedo n osso povo p arat od oso sp roblemasn acionai
se i nterna c
io-
naisq uel hedigam r esp e
it o
.(• •.•
)
Natura
lm en
t , em 1
e 973, deverem osc o ntinuar' ai n
! ens
ificaro n ossot rabalho
polít
i cono sei od asm a
ss aspo~~l ares , ~a nta nasr egioesl ibert
a dascomo n as zo~
naso .
cupadasd a Guiné ed e CaboV er d
e. S em m in
im i
z ar ov alor do trabalhoj ár ea-
lizadon essed omíni oe q uef ezf ra cassara p olí
tic ad itad a "Guiném elhor"
, t ão
ment
iro s
a como a pre goada,d evemos r eco nhec e
rqu eh áa lr
;unss ectoresond e'aa cção
políticaj a indad ef
icie p
t e. Ao lo ngod est ea nod evemos em p
regart odoso se sfor-
çosn ecessáriosp ar am e
l ho
rar a n o ssa acçã on essess ectoresp orque, como sabemos,
qualquerq ues ejaa im por
t ânc
iad an ossa acç ãoa rmada, a nossal utaé um al uta
mar
cad ament
e p olít
i caq uev isaum o bjectiv op olít
i coc o n
creto:a i ndepe ndênci
ae
op rogresso do noss op aís (•••).
Nas ilhasd eC abo V erde, os a contecim entosd eS etembrod e1 972,que c o ns
ti -
tuíram'op rimei
r or econtroe n.
trea sp opula çÕes do ar qu
inélago e asf orçasd er e-
pressãoc olonial
,f o
ramm ais umav eza p ro vad at e n
sãoq ueas i
tua çãop o
lít
i ca
atingiu. Ao felicit aro sp a
triotasd aP rai ae d eS antiago quea giram com cora6em
ed ecisãop erantea p r ovocaçãod osc oloni alistase d os seusa gentes,q ueroi n c
i-
tá-losa q uem e
lhor em ca dav ez mai sa sua o rganizaçãoc landestinae qu ea ctuem c om
segurançae n ãop erm i
tam qu e oi nim igol i quideo sq uadrosn acionalis!as
,a q ues e
prepa
r em para umaf asen ova dan oss al u
tan oa rquipélago.F açoq uestaoem a fi
rm a r
30
qu
ead ir
ecção do P
art
idoe s
támai
s do qu
e nun
cad
ecid
idaa tudof
aze
rpa
rao d
e-
senvo
lvimen
todal u
taem C
abo V
erde
.

"Chamoa ate nçãodo sc amaradasp araa di-


vers
id aded e novo
sp rob
lem as qued ev
emo s
es
t udard em o
do ad equado,p robl
em a
sp rove-
nient
e sd a
s nov asp erspect
i vas do desenvol
v
im ento dal uta,qu es e po
r ão coma p roclã
ma
ção do Estad od a Guin
é" -

Depoisd et ermo st id oem c on


tao sp rogr essosr ealizadose a co mplexidade dos
problemase sp ec
íficosa r e solv e
r,t orna-sen ecessá
ri oe u rge n
t e,am eu ver,p roce-
der a umam odifica
çã or e a
listan ae struturad ad irecç ão do Partid~ a f imd ed ara
um certonúm ero dec am arad a
sa u os
sibil
i d
a ded es ed edicarem i nte
ir ame n
teao d e-
senv o
lvime n
tod al u
taem C abo V~rde. Um a t alm od
ificaçãos eráp ropostad urantea
próximar eu n
iãod ad irecç ão do P a
rtido.
Sempre no planop olítico, ch amo a atençãodo sc am a
radasp araa d ivers
i dade
de novosp roblemas qued evemose studard em odoa '
dequ ado,p roblem asp rovenientes
das novasp erspectivas do d esenvo lvimento ~a l uta
,~e s e porão c oma p roc
lam ação
do Estadod a Guiné: no i nt erior,a perfe
iço am en
toe d esenvolvim en
to do ss erviços
adm inst
rativos,c riaçãod eo rg anismosd ec o nt
roled a
sn ossasa ct
ivi dades,novo r e
censeamento dap op u
laçã o
,i dentificaçãod et odosose l
em entosqu e a formam,e tc;-
e no exterior,c o n
trolee p rot ecção dosc idadãosem igrados,s u ai d en
tificaçãoc om
a corresponden~ d istr
i buiç ãod ep assap o
rtes,m ob
ilização p araa l u
ta,e tc; s em
falardo t ipod er elaçÕ esa e s tabelecerno p lano i nternaci onal.s ão,c ert
am ente,
problemas novosm as muito im p ortantes
,qu ed evemose s tudarp rofund amentee r esol-
vera t empo.
As preocupaçÕesc oma g uerrae o t rab a
l hop o
lític on ão devem ,no e ntanto,
fazer-nose squecer.ous ube s
tim ara im por
t ânciadasn ossasa ctivida dese con6micas,
so c
iaise c u
lturais, fund am entod av idanov a quee stamo s em via sd ec riarn asr e-
giÕesl iberta das
.D evemos t odo s
,m as pr
i nc
i palmenteo sq uadrose s pecial
i z
a dosn es
tasq uestões,p restara m aiora tençãoa osp roblemasd ae conomi a,d as aúde,d aa s=
sistências oci a
l,d a edu caçãoe d ac ultura,p aras ermo sc apazesd ee nfrentara no
vas ituaçãoqu e al utae stáe niv iasd ec riar."N est
ap erspe c
tiva,d evemosd esdej l
ocupar-nos dosp roblema sf un dam enta
isdo m elhoramento do a bastecim entoe d asc on-
diçÕesd ev idad as popu l
a çÕ es
, do s im pos
tose do f isc o,d a novav i daf inanc e
ira
qued ese
jamo se stabelec er,d a mo eda de que nosv amo ss ervir,-et c
.,a ss
imc omo do
tipod ea ssis
t ências oc iala d esenv o
lver,c om basen ae xperiên ciaj áv ivida,d a
escolarizaçãoe d a form açãod e novo s quadrosp araa r econstruçã on acionale p ara
op rogresso do po vo(•• •).

tcom t riste zaqu er elemb roa quiqu ea indan es


t e momento as popu l
açÕ es d e
Cabo Verde seen cont r
amsoba am eaçad a fom e
.I stop orc ulpa dosc olonialistaspo~
tu gue
se sque nun c
a soub eramn em q ui
seramc riarno a rqu
i pélagoum m ínimo d ec ondi-
çÕese conóm ic
ase s oci a
isqu e pud es
sem a ssegurara s ubsistên c
iae um avi dad ecen
t e
àspopu laçÕ e
s,r tosano sd es ec ap ro
l ongada. Forç
ado p e
l op ro g
ressod al utae p ela
denúnciaf e
itap e
loP artidoà o pini
ã o pÚblicam undia
l, o gov erno c o
l onialf ascis-
tad eP o
rtugal con cedeuemp r
éstimo se s ubsídiosà sil hasd eC abo Verde, af imd e
,
comod izem osc o loni al
istas," a
t enuara c rise",i stoé,e vitarqu e morram d e fome
ao me
smo t empoum núm ero dem a
siado g r
and ed ep essoas
,m as s eme v
itarqu eo sd ébeis
,
princ
i palmentea sc r ianças, morram l entam en
ted e fomee specífica, ou mesm o total.
· Mais umav ezl ev an
t oa minha v oz
, emn omed adirec çãodo P artido,p arap ro
-
te s
tarc ont
rat a lsit uaçãoe p ar ad enunciaro c r
im ep erpetr
a dop elo gov erno colo-
nialf a scis
tad eL isbo a ao tra nsf e
rirp araP ortugal 15 a 20m il jo venscaboverde~
nosp arao t rabal hon asm inas
, p a
r a a lim~eza dasr uasn asc idadesp r
i ncipais
, pa
-
rafun çÕ esdeo p erá
r iosn ão q uali
fica dos,p rovocando destem odo um ah emo r
ragia
dasf orç asvivasd eC abo Verde, c om o int u
itod eb ar
r aro c aminhoao p rogressod a
nossal utalib e
rta dor a
.F aço a peloa t odoso sp atrio
t a
sc abov e
rdeano se g uineen-
sesr esid en
tesem P ortugalp ara qu es eu nam e seo rg
anizem ,af imd ed esenvolve-
rema s u aacçãop at
r ióticaao s erviçodo P artido
, do no sso povo e da f
ri ca
.
31

I
"
197
2 fo
ium ano d
egr
a nde
se d
eci
siva
s
vi
tó r
iasd o no
sso P
art
ido e do no
sso po
-
vo no p
lano in
t e
rnac
iona
l"

Como todossabem,1 97
2f oium ano d
eg rand
es edec
isiva
sv i
tór
i as do no
sso
Pa
rtido e do no
sso povo no p
lanointernac
i ona
l.E n
treo
sp rinc
ipa
is ê~itos a
lcan-
ç
a do
s,r elembrooss egu
i nte
s:

- Av isit a1 doravanteh istórica,d a JVdssãoE speciald asN açÕes Unidasà sr e


giÕesl ibertad asdo n ossop aís, quet eveco n
s equên c
iasim porta n
t esp a
rao p restí:
gio,n ão sódo P a r
t idoe d al u
t a,mas tambémd et odoso s movim entos del ibertaçã o
em Âfir
c a (••• )
.
- Ar esolu çãodo Com itéd eD e
scolonização d a ONU, nas e
s sãod eA b
rild e1 972,
pelaq ual o nosso P art
id of oir e conhecido
, po ra c
lam ação,c om os endoo Ún ico
, v er-
dadeiroe l egítim or epresenta n
tedo povo d a Guiné eC abo Verde.
-A s resoluçÕ esd a XXVII Sessã odaA ssemb le
iaG erald as Na çÕ e
s Unidasq ue,
entreo utrasd ecisÕ es im portantes,confirmaramo r econhecim entodo no sso Part
i do
comos endoo Ún ico e l egít
im or e presentan
tedo n osso povo afric anoe p edem a to-
doso sE stados, gov ernoseo rganizaçÕesn acio naise i nterna cio nais,assimc omoà s
agênciase spe c
ializ adasd a 01~, p a
rar e
forçarema s uaa judaao no sso P a
rtidoe p a
rat ratarems emp rec om elee s ó.come let odo
so sp roblemasr espe i
ta n
tesao sp ovo;
da Guiné eC abo V erde
.
- A resoluç ãoh is
t ór
i cado .Conselho deS egurança que,p elap rim e
irav ez sob
ap residênciad e um am ulhe
r, an o
ssai rm ãe c amaradag uineense J~anne M art
in C issé,
adoptou por unanim idade umar esoluçã oque cond enao c olonial
i sm op o
rtuguêsee xige
que o governo de Po rtugal cessea g ue
rrac o
lo nialem  fri
c a
, r etirea ss uast rop a
s
deo cupação e e n
tr eem n egociaçÕesc om asf or çasp atrióticasr es pect
iv a
sq ue, no
nosso ~aís, sãor epresentadasp elo nosso Partid o
.P elap rim ei
r av ez,n al utap olí-
ticae d iplom á
ticac ontrao c olo n
ialismop o
rtu guês
, o no sso P art
i dof aloun a ONU
com o estatutod eo bservador,e o sp ró p
riosa lia dos do governo d eP or
tugalv ota-
ramem b lococ ontrae leno Con selho deS eguran çad asN açÕes Unida s (•••).
-P araf in alizar,r el
em b
roa sr es o
luçõe sd es olidar
i edad ee d ea poioi ncon -
dic
i onala doptada sp elaC onferência dos Chefesd eE st
a do ed e Gov erno africanos,
em Rabat
,n aq u
alo n os
s oP artido f o
im ais um av eze scolhidoc omop or
ta-vozd et o
doso s movimentos d el ibertaçãoem A fric.
a. -

O ano findof oi,d ef ac


t o
,um ano d eg ran d
esv itóriasno p lanoi n
te rnac
io-
nal,t antom ai
s au ee stamosh o
jes e gu
r o
sdo a poi om o
ral, políticoe ,em c er
tosc a
sos,m ater
i a
l, d~s E stadosafricanosi ndependentes,em prim e
irol ugardosp a
íses-
viz
i nhos ei rm ãos,asR epúbl
icasd a Guiné ed oS enega
l,a ss
imc omod et odosos
paísese f orçasa n
ti-colonial
istase a n
ti-racistas.R ecebemos, ou vamosr ecebe
r,
no decorrerd este ano,a judam a
teriald a União S ovié
ticae d et odososo u t
rosp ai
sess o
cialistas,b em comod aS uéc
ia,d a Noruega, d aDinamarca
, d aF inlând i
a, d e
diversosp art
i dose o rgani
zaçÕesp ol
íticasd a Euro pa
,d ei nstituiçÕ eshum ani
tá-
riasc omo o Conselho Mundiald a
sI grejas
,a Rown t
reed eI n gla
t er
r a
,o Wo rld Church
Service dosE stados Unidos
, oS ecour Po pu
lairef ra ncês
,a C ruzV ermelhaI nte
rnaci o
nale a indad ed iversosc omité
sd ea po
ioe spalhad ospelo mundo. Organiz
açÕ ese sp e
:
cia.
lizadasou au tónomasd asNações Unidas,c omoa C om i
ssãoE conómicap araa  fri
-
ca, a UNESCO
, a UN ICEF
, a OMS, oA lto Comissar
i ado parao sR efugiados ea O IT, d~
senvolvemc adav ezm ai
s ac oope
raçã ocom o nosso P a
rtido e am anhã
,c ertam en
te,com
o nosso Est
a do
.
0 gov
11 e
rno co
lonialf asc
istad eLisboae
o
ss eusagen
tes no no
sso paí
sa p
ressam-se
at entarmod
ific
ar as ituaç
ã oa n
tesqu e e~
te
jamcomp le
tamentep e
rdidos no s
e upróprio
pa
ís "

empre
endeisas
sim po rque é qu
e o gove
rno fasc
istad e Ma
rceloC ae
tano e o s
seu
sr en
resentan
tes no nossou aí
st êmrazÕespar
ae star
emd ese
sperados
.E t ambém,
s
endog~nte semescrúpulosqu~ d esp
r e
zao si n
teres
s e
se o sd i
reitos do
s ~ovos,in­
c
luíndoo nosso p
róprio povo, po
rque é queelesr e
c o
rrerama t odo
sosm e1o
s,a to-
32
doso sc rime s
,p arad etera n ossal uta.Comp reend e
is porque é queo sc riminos os
agres soresc o
l onia
listase o s euc h efe no nossop a
íse stãom ai
s e n carniçados do
que nun ca,i n
te ns
ificamo s bomb a
rde amentosem ultip
licam o sa ssaltosc ontraa sr e
giÕesl iberta das
,f azemt odoso se sf o
rço sp a
rat entarre ocupa
rum c ertonúm ero d ;
lo ca
li dadesn essasr eg.
iÕ es
,a fimd es econ .
s o
l aremd asd errotasmil it a
res,p o lí-
ticase d iplom át
icas quel hesi nfligim os,a f imd et entar,com os novo sc r
im es qu e
estãoemv iasd ep raticar,d esm ora
li za
ra sn os sas f o
r ça
se d esm obilizara sn os sas
populaçÕ es.S ão asd errotas ques ofreramem 1 972,t antono nosso p a
í sc omo no p la-
no africa noe i n
ternacional,qu ee x p
licama ag ressã oi n
te ns
ificad ac o n
traa sr e-
giÕesl iberta das
,em p a
rticula
ra d e Cubu c a
ré,v isitadaem A brilp e
l a~~ssão E s-
pe c
iald asN açõesU nidas. ·
Od esepero do governo colonialfa s cistad eP o
rtugalé t a n
tom ais compre en-
sív e
lqu anto é certoqu ea" políticad a Gu iné m elhor" ed e "Cabo Verd e me
lhor"
fracass a
r amig ualme n
te. No quer es peitaà Gu iné, é op ró p
rio governo f ascistad e
Lisboaq ue,p ela boca dosc hefes dosc rim inoso sa g
ressoresc ol on
i alistas,c on fes-
sa estad errota, quando afi
rm a que o que oh om em africanoq ueré t er" as uap r ó-
pria exp ressãop o
líticae s ocial".t ex actam entei st oqueq ueroh om em da Guiné
ed e Cabo V erde, ma
s nó s chamamo s-
lh ei nde pend ência,ist oé, a sob era n
iat otald o
nosso povo no p lano nacionale i nter nacio nal
,p arac onst
r u
ire lep r óprio,n ap az
en ad i gnidade,àc ustado s eup róprioe s
f orçoe s acr
ifício,c aminh ando pe
los eu
pró p
riop é e guiado pelas uap rópriac ab eça, o p rogresso a quet emd irei
to,c om o
todo so s povosd o mundo. Ei stoem coop eração ~m o u
tros povos,i n c
l uíndoo povo
portu~uês (• •
•).
O governo colonialf ascistad eL isbo a eo ss eusa ge n
tesno no s so paí
sa p res
sam -
s ea t en tarmodificar as i
tu açã oa n
t esqu ee stejamcomp letamen t
ep erd
id osn o-
seup r ópriop ais.
J.1
asp erdem o seut empoe f azemp e
r deri n gl o
riam ent
ea v ida aos jov ens;po r
-
tu guesesqu e enviam paraa g uerra.P r
aticar ãoa indac rimesc ontraa sp opulaço es,
te n
tarã od estruiro P artido
,f arãoa c
tosd ea g ressãoc on
trao sp aíse sv iz
inh os .
Tudo emv ão. Porquen enhum cr
im e,n enhum af orç a,n enhumam anobra ou d emagogia do s
cr
im ino sosa g
ressoresc o
lonialistasp o
rt ugueses pod e
rád etera m archa d aHist ória,
am archai rrev er
sív e
ldo povo d a Guiné eC abo V erde paraa i ndepe nd ênc
ia.

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