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INTRODUÇÃO

Gil Vicente é um dramaturgo do seculo XVI cujas peças ganham um lugar de destaque nas
comemorações mais importantes da corte portuguesa dos reinados D. Manuel I e de D João III.
Portugal naquele tempo usufruía de uma situação económica muito próspera. Estes reis
valorizavam o entretenimento da corte e dos nobres que os rodeavam em grande número e
solicitavam de forma periódica a intervenção de Gil Vicente para abrilhantar os seroes da
corte. Gil Vicente teve uma vasta produção literária e soube conjugar o seu génio criador com
as representações profanas e religiosas que o antecederam. É o autor de uma vasta obra de
caracter religioso e profano com forte pendor critico, na qual se destacam a Farsa de Inês
Pereira (1523) e o Auto da Feira (1527). A obra de Gil Vicente, na sua globalidade, ofereço nos
uma substancial reconstituição da época em que viveu, divertindo, mas também criticando e
moralizando. A farsa de Inês Pereira (1523) é considerada por muitos como a obra-prima do
dramaturgo pela originalidade , pelo cómico, pela construção da intriga e complexidade das
relações entre personagens, assim como pela veracidade da linguagem.

Representação no quotidiano

Esta farsa representada em tomar em 1523, tem como tema um proverbio popular. Ao longo
da sua atividade. Gil Vicente criou alguns inimigos que o acusaram de plagio. Aceitou, por isso,
o desafio de escrever uma peça a partir de um proverbio popular: “Mais quero asno que me
leve que cavalo que me derrube”. A protagonista, embora pertence ao povo, sonha com um
marido galante e discreto. Rejeita um camponês rico e casa com um escudeiro pelintra que a
maltrata.Com dura experiencia, Inês aprende e rapidamente se casa com o primeiro
pretendente, o qual engana com o ermitão.

Esta é considerada a melhor farsa vicentina, animada ainda por personagens como a
alcoviteira os judeus casamenteiros e a mãe, que cristaliza a voz da experiencia, que a jovem
não ouve. A temática desta peça relaciona-se essencialmente com questões sociais da época
vientina sendo muitas delas da natureza intemporal. A maioria das personagens pretende
aparentar o que não é. Na realidade, a dissimulação e a hipocrisia caracteriziamdiferentes
figuras dos vários grupos sociais. Na viragem

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