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RESENHA
O artigo de Silva (2018) propõe, com base na Base Nacional Comum Curricular,
que a reforma apresentada para o Ensino Médio não passa de velhos arranjos e
discursos mascarados com enunciados arrematados. As proposições estão
centralizadas a noções de habilidades e competências que retomam ideias da
década de 90, com uma abordagem pragmática e a-histórica. Para isso, a autora
apresenta situações na aprovação da Lei que regi a BNCC do Ensino Médio,
além de apresentar uma análise cronológica dos 20 anos que marcam as
normativas legais das ações do governo sobre essa etapa do ensino. Por fim, a
autora conclui que a noção de competência apresentada pela BNCC do novo
ensino médio “não permite o aprendizado e o exercício da reflexão com a
profundidade que a formação cultural exige” (SILVA, 2018, p. 12). Além disso, a
pesquisa observa um que o professor é pensado como um sujeito passivo, sem
capacidades de exercer sua função no ensino de forma crítica e reflexiva. Essa
forma de pensar a educação, responsabilizando suas vítimas de seu próprio
fracasso, não considera as verdadeiras condições das instituições educacionais
no país, bem como suas singularidades.