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RELATÓRIO DE ESTIMATIVA

DE CUSTOS FUNDIÁRIOS
Estudos Pré-Leilão – R5

LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2


LT 500 kV Poções III - Medeiros Neto II C2
LT 500 kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2
LT 500 kV Xingó - Camaçari II C1 e C2

SOLICITANTE ELABORAÇÃO

Maio de 2022 [Nome do autor]


[Nome da empresa]
[Data]
RELATÓRIO DE ESTIMATIVA DE CUSTOS FUNDIÁRIOS
Estudos Pré-Leilão – R5

LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2


LT 500 kV Poções III - Medeiros Neto II C2
LT 500 kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2
LT 500 kV Xingó - Camaçari II C1 e C2

CONTRUCCI, ROSSI E RIZZI ENGENHARIA E AVALIAÇÕES LTDA.


Av. Queiroz Filho, nº 1700 – sala 116E, Vila Hamburguesa, São Paulo/SP
Tel: (11) 3865-0895
e-mail: crr@crreng.com.br
www.crreng.com.br

versão data descrição


Preliminar 18/04/2022 Versão preliminar do estudo R5
Final – V1 09/05/2021 Versão final 01 do estudo R5
Final – V2 25/05/2021 Versão final 02 do estudo R5

2
INFORMAÇÕES INSTITUCIONAIS

ÓRGÃO GOVERNAMENTAL

Ministério das Minas e Energia

EPE – Empresa de Pesquisa Energética

Esplanada dos Ministérios – Bloco “U” – Sala 744 - Brasília/DF

Escritório Central:

Av. Rio Branco, nº 01 – 11º Andar – Rio de Janeiro/RJ

EMPREENDEDOR

NEOENERGIA S.A.

Praia do Flamengo, nº 78 – 3º andar – Rio de Janeiro/RJ

Superintendência de Novos Negócios da Transmissão

Rua Ary Antenor de Souza, nº 321 – Campinas/SP

Contato: Thales Meloni Mitidiero

CONSULTORIA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO

CRR ENGENHARIA

Contrucci, Rossi e Rizzi Engenharia e Avaliações Ltda

Av. Queiroz Filho, nº 1700 – Sala 116E – São Paulo/SP

Registro CREA: 1713692/SP

Responsáveis: Pedro Rossi Contrucci Neto – Engenheiro Agrônomo


CREA: 5060080655/D-SP - Registro Nacional: 2606333560
Marcelo Rossi de Camargo Lima – Engenheiro Agrônomo
CREA: 0601656126/D-SP - Registro Nacional: 2602134155
Tatiane Elizabeth de Souza Rizzi – Engenheira Civil
CREA: 5060874759/D-SP -Registro Nacional: 2603029967

3
SUMÁRIO
1 Considerações Preliminares................................................................. 05

2 Métodos de Avaliação.......................................................................... 07

3 LT 500kV Morro do Chapéu II – Poções III C2...................................... 26

4 LT 500kV Poções III – Medeiros Neto II C2........................................... 42

5 LT 500kV Medeiros Neto II – João Neiva 2 C2..................................... 59

6 SE Medeiros Neto................................................................................. 86

7 LT 500kV Xingó – Camaçari II C1 e C2.................................................. 87

8 Despesas Legais e Conclusão................................................................ 110

9 Referências Bibliográficas..................................................................... 116

10 Encerramento....................................................................................... 118

4
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

Entende-se por valor de mercado de um bem, a quantia mais provável pela qual se
negociaria voluntariamente e conscientemente um bem, numa data de referência,
dentro das condições do mercado vigente1.

Este valor é baseado na premissa de “Maior e Melhor Aproveitamento” dos bens (Highest
and Best Use) definido como: o uso, entre o razoavelmente provável e o legalmente
possível, identificado como o fisicamente viável, sustentável de forma adequada,
exequível financeiramente e que resulta no maior valor do imóvel2, equivalente ao
“Aproveitamento Eficiente” definido como aquele recomendável e tecnicamente
possível para o local, em uma data de referência, observada a atual e efetiva tendência
mercadológica nas circunvizinhanças, entre diversos usos permitidos pela legislação
vigente3.

Este estudo está de acordo com os procedimentos éticos do IBAPE/SP4 e do RICS5: agir
com integridade, sempre apresentar um serviço de alto nível, agir com responsabilidade,
agir de forma a promover confiança na profissão e tratar a todos com respeito.

Neste sentido, versa o presente trabalho sobre a previsão de custos fundiários nas áreas
de interesse para a construção das seguintes linhas de transmissão de energia:

• LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2, comprimento aproximado de 337 km;
• LT 500 kV Poções III - Medeiros Neto II C2, comprimento aproximado de 317 km;
• LT 500 kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2, comprimento aproximado de 278 km;
• LT 500 kV Xingó - Camaçari II C1 e C2, circuito duplo -comprimento aproximado de 2x357
km.

Foi realizado no período de 7 de março a 09 de maio de 2022 pela empresa CRR


Engenharia baseado nos estudos de R3 e traçado em elaboração, no mesmo período,
pela empresa MAXGEO e coordenado pelo empreendedor NEOENERGIA S.A.

1
ABNT, 2019 – item 3.1.47, NBR 14653-1

2
American Institute of Real Estate Appraisers, 1983 – The appraisal of rural property

3
ABNT, 2019, item 3.1, NBR 14653-3

4
Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo

5
The Royal Institution of Chartered Surveyors

5
Baseado neste, foram feitas inspeções de campo identificando as zonas de valor
homogêneo e os atributos que influenciam nos valores dos imóveis atingidos.

6
2. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

2.1. Procedimentos e Normas

Para uma melhor compreensão da sistemática a ser adotada na avaliação do imóvel e de


seus componentes, apresentaremos um sucinto resumo sobre quais são as normas que
regem as avaliações no Brasil.

A norma oficial de avaliação de imóveis rurais para o Brasil é a ABNT NBR 14.653-3:2019,
de autoria da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Estas normas não abordam a elaboração de cadernos de preços, mas como este será
utilizado para avaliação isolada de imóveis atingidos pelas obras, segue um breve
histórico.

Um caderno de preços é diferente da avaliação de um imóvel pois abrange um leque de


possibilidade de vários imóveis que serão objeto de avaliação individual no futuro, razão
pela qual não existe como enquadrar o caderno de preços nos graus de fundamentação
e precisão previstos nas normas ABNT.

Esta ABNT NBR 14.653-3:2019 é válida para todo o território nacional, conforme Item um
a seguir transcrito, por isso mesmo seu caráter geral e abrangente. Tendo em vista esta
abrangência, para cada região, como a própria NBR recomenda, deverão ser levadas em
consideração as particularidades da mesma.
Escopo
Esta parte da ABNT NBR 14653 especifica procedimentos e requisitos, bem
como fornece diretrizes para a avaliação de imóveis rurais, especialmente
quanto a:
a) instituição de terminologia, definições, símbolos e abreviaturas;
b) classificação da sua natureza;
c) descrição das atividades básicas;
d) definição da metodologia básica;
e) identificação do valor;
f) especificação das avaliações;
g) requisitos básicos de laudos de avaliação.
Esta parte da ABNT NBR 14653 é exigida em todas as manifestações técnicas
escritas vinculadas às atividades de avaliações de imóveis rurais, bem como
seus componentes.

Esta Norma substituiu à NBR 8799/85 e a NBR 14653-3:2004, também da ABNT.

Exatamente por seu caráter de unanimidade e de oficialização pelos Tribunais, essa


Norma tem sido usada sem restrições em todo o BRASIL.

7
Além desta, também existe a Norma Básica para Perícias de Engenharia do IBAPE/SP,
aprovada em dezembro de 2002, a qual fixa procedimentos para elaboração de laudos6.

Neste caso, o capítulo que nos interessa corresponde ao item 6.4.7. - Requisitos
Complementares Envolvendo Imóveis Rurais.

Na medida do possível, pois a elaboração de caderno de preço não está prevista,


adotaremos as recomendações contidas nas normas ABNT NBR 14.653-3:2019 e
IBAPE/SP.

2.2. Divisão da LT em Trechos Homogêneos

A LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2, comprimento aproximado de 337 km foi
dividida em dois trechos homogêneos:
A. Cafarnaum até Manoel Vitorino
B. Mirante até Poções

A LT 500 kV Poções III - Medeiros Neto II C2, comprimento aproximado de 317 km foi
dividida em dois trechos homogêneos:
A. Poções até Vereda
B. Itanhém até Medeiros Neto

A LT 500 kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2, comprimento aproximado de 278 km foi
dividida em dois trechos homogêneos:
A. Medeiros Neto até Nanuque
B. Montanha até João Neiva

A LT 500 kV Xingó - Camaçari II C1 e C2, circuito duplo -comprimento aproximado de


2x357 km foi dividida em quatro trechos:
A. Canindé do São Francisco até Itapicuru
B. Itapicuru até Inhambupe
C. Inhambupe até Aracás
D. Aracás até Dias D’Ávila

O trecho A tem precipitação média anual de 700 a 800 mm. O trecho B tem entre 800 e
1000 mm/ano. Estão na Caatinga, enquanto os próximos estão em bioma Mata Atlântica.

6
disponível em www.ibape-sp.org.br.

8
O treco C tem precipitação entre 1000 e 1600 mm/ano, e o trecho D acima de 1600
mm/ano

O critério de divisão das regiões foi agronômico:


(i) transição dos biomas caatinga para mata atlântica;
(ii) uso predominante: agricultura familiar, pecuária extensiva e cultivos
intensivos;
(iii) são áreas menores, cultivadas na forma intensiva.

2.3. Coeficiente de Servidão

Segundo as normas ABNT NBR 14653-3:2019, as servidões se classificam como:


10.13 Servidões rurais
10.13.1 Classificação
10.13.1.1 Quanto à finalidade, entre outras:
a) passagem de estradas;
b) passagem de linha de energia ou telefonia;
c) passagem de tubulações.
10.13.1.2 Quanto à intervenção física:
a) aparente;
b) não aparente.
10.13.1.3 Quanto à posição em relação ao solo:
a) subterrânea;
b) superficial;
c) aérea.
10.13.1.4 Quanto à duração:
a) cíclica;
b) temporária;
c) perpétua.

Cada tipo de servidão administrativa implica em restrições, danos e riscos ao imóvel


atingido, e em função delas é que se determinam as indenizações devidas. Então, a
primeira coisa a fazer é conhecer quais são estas restrições e compará-las com as
restrições que existiam antes da instituição da servidão.

As restrições primárias de uso mais comuns são impedimentos de alguns cultivos, como
cana de açúcar e árvores que atingem mais de quatro metros de altura em linha de
transmissão, cultivos que implique no uso de subsolador e tráfego de veículos acima de
determinada tonelagem em dutos enterrados, e por aí segue. Alguns autores
acrescentam a isso o impedimento de construções na faixa, mas poder-se-á considerá-la
uma restrição secundária, pois numa fazenda existem várias opções de alocar uma
construção, o que não acontece num imóvel urbano. Também, pode-se considerar uma

9
restrição secundária o efeito estético que uma servidão pode causar numa fazenda, cuja
destinação é produção agropecuária.

Algumas restrições de uso são quase que totais, como uma linha de transmissão numa
área de cana de açúcar, numa região onde só existe cultivo de cana de açúcar ou em área
de reflorestamento onde na região só existem reflorestamentos.

Lógico que são possíveis vários cultivos na faixa além destes dois, mas o produtor rural
especializado não tem maquinários para outras atividades e dependendo do tamanho da
faixa de servidão um arrendamento não é viável.

Em contraposição, uma fazenda de pecuária ou de agricultura intensiva como soja e


milho, que não utilizem irrigação nem pulverização aérea, praticamente não sofre
alteração na sua renda, pois apenas nas áreas das bases das torres, os cultivos dessas
culturas se tornam inviáveis. Segundo Arantes, 2006, a passagem da servidão onde um
duto é enterrado significa movimento de solo com inversão das camadas A e B, o que
implica em perda de capacidade produtiva, condição que implica em perda de renda ao
imóvel.

Em função disto tudo, este trabalho irá analisar apenas o efeito das servidões em imóveis
rurais cuja vocação é exploração extrativa, agrícola, pecuária ou florestal.

Segundo a norma ABNT NBR 14653-3:2019 O valor da indenização pela presença de


servidão em propriedade rural, quando cabível, é o decorrente da limitação ou restrição
ao uso do imóvel afetado, conforme descrito em 10.13.2.1 a 10.13.2.3.
10.13.2.1 Corresponde ao valor presente líquido, na data de referência, da
perda de renda causada ao imóvel, considerada a sua destinação ou a sua
vocação econômica. Como alternativa, o profissional da engenharia de
avaliações pode utilizar uma porcentagem do valor da terra nua, desde que
justificada tecnicamente, ou os métodos descritos em 11.1.2.3 da ABNT NBR
14.653-1.

Desde a década de sessenta vários trabalhos foram publicados sobre o cálculo de


indenização pela instituição de servidão administrativa.

Em comum, quase todos recomendam que o valor da servidão deve ser um percentual
do valor da terra nua, proporcional às restrições de uso, incômodos e riscos. A este deve
ser acrescido o valor das benfeitorias reprodutivas e não reprodutivas atingidas pela obra.

Alguns acrescentam que existe, também, uma desvalorização do remanescente, mas


ninguém explicou qual seria esta perda de valor, ficando no campo teórico da percepção
de cada profissional a solução para isso. Existe aqui uma dupla indenização, na maioria
dos casos, pois o que existe é uma desvalorização do imóvel e não do remanescente.

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Esta desvalorização do imóvel decorre do primeiro item (percentual do valor da terra
nua), ou seja, como a faixa de servidão sobre uma perda de valor, o imóvel como um todo
se desvaloriza. Exceções existem onde a servidão realmente prejudica a exploração do
remanescente.

Embora o mais adequado seja o estudo caso a caso com aplicação do valor presente
líquido das perdas efetivamente causadas no imóvel, o que para este estudo não é viável
porque não existe o cadastro fundiário ainda (que só será realizado quando da
implantação do empreendimento), será adotado um coeficiente de servidão médio
baseado no estudo Alves, 2011 e Lima, 2016.

No tópico relativo à bibliografia do tema, pode ser observado a base de sustentação à


metodologia adotada neste trabalho.

2.4. Valor da Terra Nua ou dos Terrenos

Para a avaliação de bens, recomendam as Normas Internacionais de Avaliação IVS 7 e RICS8


os enfoques de mercado, de renda e de custo. As normas brasileiras da ABNT para
avaliação de bens classificaram estes enfoques nos seguintes métodos: [a] Comparativo
direto de dados de mercado (Enfoque de mercado; Identifica o valor de mercado do bem
por meio de tratamento técnico dos atributos dos elementos comparáveis, constituintes
da amostra); [b] da Capitalização da Renda (Enfoque da renda; Identifica o valor do bem,
com base na capitalização presente da sua renda líquida prevista, considerando-se
cenários viáveis); [c] Evolutivo (Enfoque de mercado associado com Enfoque da renda e
do custo; Identifica o valor do bem pelo somatório dos valores de seus componentes.
Caso a finalidade seja a identificação do valor de mercado, deve ser considerado o fator
de comercialização); [d] Involutivo (Enfoque da renda; Identifica o valor dos bens,
alicerçado no seu aproveitamento eficiente, baseado em modelo de estudo de
viabilidade técnico-econômica, mediante hipotético empreendimento compatível com as
características do bem e com as condições do mercado no qual está inserido,
considerando-se cenários viáveis para execução e comercialização do produto); e [e] os
métodos para identificar indicadores de viabilidade da utilização econômica de um
empreendimento onde os procedimentos avaliatórios usuais junto com a finalidade de
determinar indicadores de viabilidade da utilização econômica de um empreendimento
são baseados no seu fluxo de caixa projetado, a partir do qual são determinados

7
International Valuation Standards do Conselho de Normas Internacionais de Avaliação (IVSC)
8
Avaliação RICS - Normas Profissionais ou Red Book (Royal Institution of Chartered Surveyors)

11
indicadores de decisão baseados no valor presente líquido, taxas internas de retorno,
tempos de retorno, dentre outros.

A abordagem de valor de uma avaliação depende de seu objetivo e finalidade. As


principais abordagens de valor dizem respeito à identificação do valor de mercado e de
valores com características específicas.

As abordagens de valor podem ser:

A. Abordagem pelo valor de mercado:

É identificada a quantia mais provável pela qual um bem seria transacionado no mercado.

Alguns tipos de valor podem traduzir ou se identificar com o valor de mercado:


• o valor econômico, quando forem adotadas condições e taxas de desconto
médias praticadas no mercado;
• o valor patrimonial, quando, em situações específicas, a soma dos valores dos
bens do patrimônio corresponder ao valor de mercado;
• o valor em risco, quando o bem for segurado pelo valor de mercado (caso usual
do automóvel).

B. Abordagem por valores específicos:

Refere-se aos valores distintos do valor de mercado, entre eles:


• o valor especial, que reflete características ou premissas relevantes apenas para
um comprador especial, desconsideradas na identificação do valor de mercado.
O valor econômico, quando forem adotadas premissas vinculadas a um
comprador especial (por exemplo: taxas de desconto, isenções fiscais, projeções
de receitas e despesas), adquire o caráter de um valor especial;
• o valor patrimonial, pois a soma dos valores dos bens componentes do patrimônio
usualmente não representa o seu valor de mercado;
• o valor de liquidação forçada, que difere do valor de mercado, em razão de
condições especiais destinadas a comercializar o bem em prazo inferior ao usual;
• o valor em risco, que identifica o montante para fins de cobertura securitária do
bem, de acordo com critérios estabelecidos na apólice, quando diferentes do
valor de mercado;
• o valor sinérgico, quando as sinergias estiverem disponíveis a um comprador
determinado (por exemplo, caso de combinação de fluxos de caixa de empresas
do mesmo segmento e união de terrenos com ganho de aproveitamento).

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Em função da finalidade e disponibilidade de dados contemporâneos à data da avaliação,
a identificação do valor será feita através do enfoque de mercado pelo método
comparativo direto de dados de mercado e pelo método da renda.

2.5. Benfeitorias Reprodutivas

Para as pastagens e culturas (ou benfeitorias reprodutivas) como lavouras, pomares,


reflorestamentos e outras, recomenda-se o método do valor econômico, conforme
consta na ABNT NBR 14.653-3:2019, a qual prescreve:
10.5 Pastagens
10.5.1 Na avaliação em separado das pastagens plantadas, recomenda-se o
emprego do custo de formação, com a aplicação de um fator de depreciação
decorrente da diminuição da capacidade de suporte da pastagem.
10.5.2 Nos casos do pastoreio intensivo e das pastagens nativas, pode ser
utilizado o método da capitalização da renda.
10.5.3 Também pode ser utilizado o valor presente líquido dos valores médios
regionais de arrendamento de pastagens nas mesmas condições, pelo
período restante de sua vida útil, deduzidos os custos diretos e indiretos,
inclusive o custo da terra.
10.6 Culturas
10.6.1 Na avaliação em separado das culturas, recomenda-se o emprego do
método da capitalização da renda para a identificação do valor econômico,
onde devem ser observados os procedimentos previstos em 8.2.2. Convém
que as planilhas de custeio sejam anexadas aos laudos.
10.6.2 Recomenda-se que o valor econômico corresponda ao valor presente
líquido de um fluxo de caixa, resultante de receitas e despesas inerentes ao
bem, descontado a uma taxa de atratividade de igual risco, considerado o
prazo do ciclo da cultura.
10.6.3 No caso de culturas de ciclo longo em sua fase inicial ou nas de ciclo
curto, admite-se utilizar, alternativamente ao método da capitalização da
renda, o custo de formação, efetivado até a data da avaliação, deduzidas
eventuais receitas intermediárias.

A definição de Método da Capitalização da Renda que consta na ABNT NBR 14653-3:2019


é a seguinte:
8.2 Método da capitalização da renda
8.2.2 No caso de avaliação de florestas nativas com exploração econômica
autorizada pelo órgão competente, pastagens e culturas, devem ser
observados os procedimentos de 8.2.2.1 a 8.2.2.3.
8.2.2.1 Os rendimentos líquidos esperados devem ser considerados a partir
da data de referência da avaliação até o final da vida útil.
8.2.2.2 Na determinação da renda líquida, deve-se considerar a receita bruta,
deduzidos os custos e despesas diretos e indiretos, inclusive o custo da
utilização da terra.
8.2.2.2.1 O custo da utilização da terra, entre outras formas, pode ser
calculado por meio do custo de oportunidade sobre o capital que ela
representa ou pelo seu valor de arrendamento.
8.2.2.3 A análise de risco e a taxa de desconto devem ser definidas conforme
o grau de fundamentação.

13
Já valor econômico está definido no item 3.24 da mesma norma como:
3.24 valor econômico:
valor presente da renda líquida auferível pelo empreendimento ou pela
produção agrosilvopastoril, durante sua vida econômica, a uma taxa de
desconto correspondente ao custo de oportunidade de igual risco

Fonte: CEDAGRO

14
Fonte: CEDAGRO

15
Fonte: CEDAGRO

16
Fonte: CEDAGRO

17
18
19
2.6. Benfeitorias Não Reprodutivas

A avaliação das construções e instalações (ou benfeitorias não reprodutivas), conforme


recomendação da ABNT NBR 14.653-3:2019, temos:
10.4 Construções e instalações
10.4.1 As avaliações, quando não usado o método comparativo direto de
custo, devem ser feitas através de orçamentos qualitativos e quantitativos,
compatíveis com o grau de fundamentação.
10.4.2. Quando empregado o método da quantificação de custo, podem ser
utilizados orçamentos analíticos, cadernos de preços ou planilhas de custos
compatíveis com os mercados rurais. É recomendável que esses materiais
sejam anexados ao trabalho, de acordo com o grau de fundamentação.
10.4.3. A depreciação deve levar em conta:
a) aspectos físicos em função da idade estimada, da vida útil e do estado de
conservação;
b) aspectos funcionais, considerando o aproveitamento da benfeitoria no
contexto socioeconômico do imóvel e da região em conjunto, a obsolescência
e a funcionalidade da benfeitoria.

Disto resulta que a avaliação das construções e instalações será feita basicamente a partir
de três pontos:
1. Custos oriundos do trabalho intitulado “Avaliação de Propriedades Rurais” de
autoria dos engenheiros Mitsuo Ohno e Adilson José Magossi apresentado no III
Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias. O referido trabalho
foi revisado e atualizado através de pesquisa de preços de mercado, pelo eng.
Agr. Jalcione N. N. Diniz em Junho de 2005, constituindo o "Caderno de Preços de
Benfeitorias Rurais Não Reprodutivas" sendo que a partir desta data os valores
foram atualizados para a data da presente pesquisa, através dos índices PINI de
Custos de Edificações (último disponível) deduzindo-se a depreciação em função
da idade aparente, estado de conservação e funcionalidade; ou

ÍNDICES DE DEPRECIAÇÃO FÍSICA


Estado de conservação Exemplos de características Fator de depreciação
Ótimo Nova 1,00 (100%)
Bom Necessita pintura 0,80 (80%)
Regular + Troca de telhas 0,60 (60%)
Precário + Trincas 0,40 (40%)
Mau + Problema estrutural 0,20 (20%)
Péssimo Sem condições de reforma 0,00 (0%)

ÍNDICES DE DEPRECIAÇÃO FÍSICA E FUNCIONAL

20
Depreciação Depreciação Funcional
Física Adequada Inadequada Superada Total
Ótimo 1,00 0,75 0,50 0,20
Bom 0,80 0,60 0,40 0,16
Regular 0,60 0,45 0,30 0,12
Precário 0,40 0,30 0,20 0,08
Mau 0,20 0,15 0,10 0,04

Onde:
▪ Adequada = edificação está perfeitamente adequada à sua utilização; está 100% aproveitada e/ou
funcional e/ou utilizada, considerando o imóvel e a região num período de um ano agrícola;
▪ Inadequada = edificação está parcialmente adequada à sua utilização; aproximadamente 75% de sua
capacidade é aproveitada e/ou funcional e/ou utilizada, considerando o imóvel e a região num
período de um ano agrícola;
▪ Superada = edificação está superada, considerando as recomendações técnicas atuais, mas
aproximadamente 50% de sua capacidade ainda é aproveitada e/ou funcional e/ou utilizada,
considerando o imóvel e a região num período de um ano agrícola;
▪ Total = edificação não tem utilidade nenhuma, servindo apenas como fonte de material usado; 20%
aproveitada e/ou funcional e/ou utilizada, considerando o imóvel e a região num período de um ano
agrícola.

2. Aplicação dos Custos Unitários PINI de Edificações, publicados na revista


construção, para o Estado onde o imóvel localiza-se, multiplicados por um
coeficiente igual a 0,50 (50%) a título de adequação e compatibilidade com o
mercado de imóveis rurais onde se situa o imóvel avaliando (esta adequação faz-
se necessária devido à incidência sobre o custo básico de encargos sociais,
aprovação de projetos, administração, taxas municipais, estaduais e federais, etc.
na zona urbana enquanto que no meio rural existem apenas alguns encargos
sociais); ou
3. Quando tratar-se de Construções não padronizadas ou não previstas no trabalhos
citados acima, será feita a avaliação através de orçamentos, onde é determinado
o custo de reposição da benfeitoria junto lojas de materiais de construção,
escritórios de engenharia, Casas da agricultura, Cooperativas e outros, baseando-
se nas Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos sugeridas pelo
trabalho do Eng. Ohno e atualizado no trabalho do Eng. Diniz.

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22
23
24
25
3. LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2
Com uma extensão aproximada de 337,0Km, esta LT está quase que totalmente no bioma
Caatinga, exceto na chegada em Poções. Além disso, a variação no regime de chuvas é
muito pequena, o que nos levou a concluir que entre os municípios de Morro do
Chapéu/Cafarnaum até Manoel Vitorino é homogêneo, seguido pelo trecho entre
Mirante e Poções, que segue até Vereda (abrangendo a LT Poções – Medeiros Neto).

Estima-se um número entre 550 e 600 propriedades atingidas. Grande parte dos imóveis
não tem atividade econômica, e os que tem são de pecuária extensiva.

Os solos são, na maioria, latossolos distróficos entre Cafarnaum e Itaeté, e podzólicos


eutróficos de Itaeté até Poções.

A malha rodoviária é precária neste trecho, com poucas rodovias asfaltadas.

Na saída em Morro do Chapéu existem vários parques eólicos e vasto potencial para
produção de energia fotovoltaica. Não existem pedidos de lavras e o traçado não atingiu
unidades de conservação.

Estima-se que apenas metade das propriedades está no cadastro ambiental rural e
menos ainda certificadas no sistema geodésico brasileiro (georreferenciadas).

Em linhas gerais o impacto da linha de transmissão não seria grande considerando as


atividades econômicas exercidas, mas neste caso, como a LT é paralela a outra em
construção, o impacto será maior, pelo desgaste em atingir mais área e pela própria
negociação.

26
Isoietas em mm de precipitação e biomas

27
Levantamento pedológico (solos)

28
Propriedades cadastradas no SIGEF/INCRA

29
Unidades de conservação e isoietas

30
Dados de mercado negociados: Trecho 1 – Morro do Chapéu até Manoel Vitorino

31
Dados de mercado negociados: Trecho 2 – Mirante até Poções

32
Dados de mercado negociados para implantação de linha de transmissão em 2022

33
MODELO UTILIZADO NA ESTIMATIVA DE VALOR

Y = 1 / (0,000793 - 0,000989 * 1/X1 - 0,000277 * X2 + 0,000063 * ln(X3 ) + 0,000005 * X4 )

VTN =1 / ( 0,00079314331 -0,00098899202 * 1/Áreatotal(ha) - 0,0002765898 *


Textura+6,3470961e-05 * ln(Dist.Asf.(km)) +5,2294924e-06 * Dist.Sede(km) )

34
35
36
37
Esta equação atende ao trecho Morro do Chapéu até Manoel Vitoriano. A equação da
segunda zona homogênea (Mirante a Poções) consta no item da LT Poções – Medeiros
Neto.

Com uma extensão aproximada de 337 Km, a LT está quase que totalmente no bioma
Caatinga, exceto na chegada em Poções. Além disso, a variação no regime de chuvas é
muito pequena, o que nos levou a concluir que a região entre os municípios de Morro do
Chapéu/Cafarnaum até Manoel Vitorino é homogênea, seguida pela região entre Mirante
e Poções, que segue até Vereda (abrangendo a LT Poções – Medeiros Neto).

Considerando os atributos dos imóveis, seguem alguns exemplos de valores de terras:

38
A B C D E
Área total (ha) 70 20 20 30 10
Textura 2 1 2 2 3
Dist.Asf. (km) 14 10 10 5 10
Dist.Sede (km) 21 10 10 5 10
R$/ha R$ 1.987 R$ 1.503 R$ 2.571 R$ 2.982 R$ 15.894

Considerando um valor médio temos os seguintes valores totais:

LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2

Largura da faixa de 65 metros


Extensão de 337 km

Trecho Coeficiente de Área da faixa de Valor da terra Custo da


Homog servidão adotado servidão (ha) nua (R$/ha) Terra (R$)
1 40% 1.593,44 2.500 1.593.443
1 100% 324,06 2.500 810.144
2 40% 226,86 8.000 725.962
2 100% 46,14 8.000 369.096
Custo da terra (R$) 3.498.644
Nota: área das torres estimada em 16,9% da faixa, coeficiente de 100%

Não foram identificadas benfeitorias reprodutivas a serem indenizados na faixa de


servidão em decorrência de sua supressão completa. Ao longo da LT observa-se
principalmente caatinga, pastagem e pequenas produções de subsistência. As áreas das
torres terão pastagens danificadas. Estima-se três torres/quilometro (área de uma torre
= 65 m x 65 m), foi considerado que em 40,0% das torres haja pastagem.

Custos de indenização de benfeitorias reprodutivas (BR)


LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2
Trecho Homog Benfeitoria reprodutiva Área (ha) Preço Unitário (R$/ha) Custo de BR (R$)
1 Pastagem 129,62 2.800 362.944
2 Pastagem 18,45 2.800 51.673
Custo de benfeitorias reprodutivas (R$) 414.618

Foram identificadas construções atingidas pela faixa de servidão:

39
Custos de indenização de benfeitorias não reprodutivas (BNR)
LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2
Trecho Homog Tipo de benfeitoria Área (m²) Preço Unitário (R$/m²) Custo de BNR (R$)

1 casas (proletário) 1.000,0 972,21 972.210


1 barracões 1.000,0 521,55 521.550
1 currais (m) 2.600,0 354,43 921.518
2 casas (proletário) 1.000,0 972,21 972.210
2 barracões 400,0 521,55 208.620
2 currais (m) 400,0 354,43 141.772
Custo de benfeitorias não reprodutivas (R$) 3.737.880
Nota: as áreas são estimadas

Localização das construções atingidas pela faixa de servidão.

Trecho Item Zona Leste Norte


1 Barracão 24L 244790,7 8690128
1 Barracão 24L 248169,2 8677159
1 Curral 24L 270018,3 8640875
1 Curral 24L 270323,4 8640422
1 Curral 24L 271888,3 8636960
1 Casa_Curral 24L 274725,6 8629431
1 Casa 24L 278878,4 8613935
1 Curral 24L 280838 8606218
1 Curral 24L 281823,9 8604096
1 Casa 24L 288920,9 8588925
1 Casa 24L 289054,8 8587941
1 Casa 24L 291223,6 8558853
1 Casa_afetada_faixaC1 24L 292597,6 8558166
1 Casa_curral_afetada_C1 24L 296543,7 8543412
1 Casa 24L 298418,8 8533863
1 Curral 24L 298465,3 8533693
1 Curral 24L 298457 8533652
1 Casa 24L 298486,2 8533325
1 Curral 24L 304891,8 8506604
1 Casa 24L 305681,4 8504773
1 Barracão 24L 308001,9 8499474
1 Curral 24L 307985,6 8499471
1 Casa 24L 307970,8 8499464

40
Trecho Item Zona Leste Norte
1 Casa 24L 309385,5 8496092
1 Casa 24L 318225,7 8472882
1 Casa 24L 318246,4 8472880
1 Barracão 24L 318256 8472861
1 Casa 24L 318233,6 8472834
1 Casa 24L 318851,6 8470060
1 Casa 24L 318937 8469744
1 Curral 24L 318932,9 8469711
1 Curral 24L 323402 8454712
1 Curral 24L 326157,2 8445932
1 Casa 24L 326150,3 8445928
1 Casa 24L 326190,8 8445741
1 Casa 24L 329650,7 8435388
1 Curral 24L 329664,7 8435380
1 Barracão 24L 329641,4 8435380
2 Barracão 24L 341520,6 8413073
2 Casa 24L 341562 8413033
2 Barracão 24L 341544,2 8413030
2 Curral 24L 346668,8 8402390
2 Curral 24L 346652,5 8402370
2 Casa 24L 346654,3 8402354
2 Casa 24L 347173,8 8401256
2 Casa 24L 348033,7 8400123
2 Casa 24L 348040 8400101
2 Casa 24L 348940,8 8397381
2 Casa 24L 348942,5 8397291
2 Casa 24L 350408,5 8394784

Estimativa de danos em benfeitorias reprodutivas:

Resumo dos custos de danos


LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2
Extensão(km) Benfeitoria reprodutiva Área (ha) Preço Unitário(R$/ha) Custo de BR (R$)
337 Pastagens 168,5 2.800 471.800
Custos de danos (R$) 471.800

41
4. LT 500 kV Poções III - Medeiros Neto II C2
Com uma extensão aproximada de 317,0Km, esta LT está totalmente no bioma Mata
Atlântica. A variação no regime de chuvas é muito pequena, o que nos levou a concluir
que entre os municípios de Poções até Vereda temos uma zona homogênea. De Itanhém
até Medeiros Neto temos uma outra zona homogênea que se junta à LT Medeiros – João
Neiva no trecho até a divisa com o Espírito Santo.

Estima-se um número entre 600 e 650 propriedades atingidas. Grande parte dos imóveis
são explorados com pecuária extensiva, com algumas áreas de cana de açúcar perto de
Medeiros Neto.

Os solos são, na maioria, latossolos e Argissolos distróficos, com eutróficos nos


municípios de Macarani a Santo Antônio do Jacinto.

A malha rodoviária é precária neste trecho, com poucas rodovias asfaltadas,


principalmente no trecho mineiro. Em especial na região de Jacinto e Santo Antônio do
Jacinto o acesso em muitas localidades é realizado por estradas de terra em péssimo
estado de conservação, onde, por ocasião de chuvas, nem automóveis 4x4 realizam a
travessia.

Não existem parques eólicos nem de produção de energia fotovoltaica. Não existem
pedidos de lavras e o traçado não atingiu unidades de conservação.

Estima-se que pouco mais da metade das propriedades está no cadastro ambiental rural,
mas menos da metade estão certificadas no sistema geodésico brasileiro
(georreferenciadas).

Em linhas gerais o impacto da linha de transmissão não seria grande considerando as


atividades econômicas exercidas, mas neste caso, como a LT é paralela a outra em
construção, o impacto será maior, pelo desgaste em atingir mais área e pela própria
negociação.

42
Isoietas em mm de precipitação e biomas

43
Levantamento pedológico (solos)

44
Propriedades cadastradas no SIGEF/INCRA na Bahia

45
Propriedades cadastradas no SIGEF/INCRA em Minas Gerais

46
Unidades de conservação

47
Mapa rodoviário e isoietas em mm de precipitação

48
Dados de mercado negociados: Trecho 1 – Poções até Vereda

Após levantamentos de campo identificamos esta região como homogênea, razão pela qual a não
existência de dados em alguns municípios não prejudica a identificação do valor de mercado.

49
Dados de mercado negociados: Trecho 2 – Itanhém até Medeiros Neto

Trecho homogêneo com parte da LT Medeiros Neto – João Neiva, onde existem dados de
mercado para identificar o valor de mercado.

50
Dados de mercado negociados em outro empreendimento

MODELO UTILIZADO NA ESTIMATIVA DE VALOR

51
Y = 1 / (0,000318 - 0,000095 * X1 + 0,000003 * ln(X2 ) + 0,000028 * ln(X3 ) - 0,000003 * 1/X4 )

VTN =1 / ( 0,00031761249 -9,4836114e-05 * Text + 2,6928687 e-06 * ln(área) +


2,8154628e-05 * ln(Dist.Sede) – 2,7123009e-06 * 1/Dist.Asf)

52
53
54
Esta equação atende ao trecho Mirante até Vereda. Para o segundo trecho, de Itanhém
até Nanuque veja o item seguinte.

Com uma extensão aproximada de 317,0Km, a LT está totalmente no bioma Mata


Atlântica. A variação no regime de chuvas é muito pequena, o que nos levou a concluir
que entre os municípios de Poções até Vereda temos uma zona homogênea. De Itanhém
até Medeiros Neto temos uma outra zona homogênea que se junta à LT Medeiros – João
Neiva no trecho até a divisa com o Espírito Santo.

Considerando os atributos dos imóveis, seguem alguns exemplos de valores de terras:

55
A B C D E
Textura 2 3 2 3 3
Área total (ha) 35 35 10 10 10
Dist.Sede. (km) 20 10 10 10 2,5
Dist.Asf. (km) 20 10 10 10 0,1
R$/há R$ 4.510 R$ 9.325 R$ 5.033 R$ 9.628 R$ 26.330

Considerando um valor médio temos os seguintes valores totais:

LT 500 kV Poções III – Medeiros Neto II C2

Largura da faixa de 65 metros


Extensão de 317 km

Trecho Coeficiente de Área da faixa de Valor da terra Custo da


Homog servidão adotado servidão (ha) nua (R$/ha) Terra (R$)
1 50% 1.539,43 8.000 6.157.710
1 100% 313,07 8.000 2.504.580
2 50% 172,85 15.000 1.296.360
2 100% 35,15 15.000 527.280
Custo da terra (R$) 10.485.930
Nota: área das torres estimada em 16,9% da faixa, coeficiente de 100%

Trata-se de uma região de pecuária extensiva, ou seja, apenas as áreas das torres terão
pastagens danificadas. Estima-se três torres/quilometro, o que representa ±20% da área
da servidão (área de uma torre = 65 m x 65 m).

Custos de indenização de benfeitorias reprodutivas (BR)


LT 500 kV Poções III – Medeiros Neto II C2
Trecho Homog Benfeitoria reprodutiva Área (ha) Preço Unitário (R$/ha) Custo de BR (R$)
1 Pastagens 370,5 2.800 862.079
2 Pastagens 41,6 2.800 96.795
Custo de benfeitorias reprodutivas (R$) 958.874

56
Foram identificadas construções atingidas pela faixa de servidão:

Custos de indenização de benfeitorias não reprodutivas (BNR)


LT 500 kV Poções III – Medeiros Neto II C2
Trecho Homog Tipo de benfeitoria Área (m²) Preço Unitário (R$/m²) Custo de BNR (R$)

1 casas (proletário) 750,0 972,21 729.158


1 barracões/edificações 200,0 521,55 104.310
1 currais (m) 2000,0 354,43 708.860
2 casas (proletário) 100,0 972,21 97.221
2 currais (m) 200,0 354,43 70.886
Custo de benfeitorias não reprodutivas (R$) 1.710.435
Nota: as áreas são estimadas

Localização das construções atingidas pela faixa de servidão.

Trecho Item Zona Leste Norte


1 Casa 24L 350368 8394754
1 Casa 24L 349421 8390864
1 Casa 24L 349516,7 8386293
1 Curral 24L 349523,2 8386262
1 Casa 24L 349528,9 8385556
1 Curral 24L 349484,8 8376875
1 Curral 24L 349469,3 8370632
1 Barracão 24L 349475,2 8370620
1 Casa 24L 349107,1 8368974
1 Barracão 24L 348818,6 8367157
1 Casa 24L 348808,9 8367147
1 Barracão 24L 348843,8 8363853
1 Casa 24L 348881,7 8363669
1 Curral 24L 350487,3 8344783
1 Cocho 24L 352810,7 8335790
1 Casa 24L 355967,4 8314523
1 Curral 24L 355943,9 8314514
1 Casa 24L 355947,6 8314208
1 Casa? 24L 357989,3 8290964
1 Casa_barracão 24L 361788,8 8255061
1 Casa_barracão 24L 361787 8254922
1 Curral 24L 364349,4 8235427

57
Trecho Item Zona Leste Norte
1 Casa 24L 364614,3 8233775
1 Cocho 24K 365389,8 8228843
1 Curral 24K 365421,2 8214175
1 Casa 24K 365380,2 8214171
1 Curral 24K 366122,9 8177022
1 Curral 24K 371879,5 8142477
1 Edificação 24K 372088,2 8140412
1 Curral 24K 371483,3 8114902
1 Casa 24K 371463 8114899
2 Curral 24K 371531 8109680
2 Casa 24K 371553,6 8108348
2 Casa 24K 372721,2 8095801

Estimativa de danos em benfeitorias reprodutivas:

Resumo dos custos de danos


LT 500 kV Poções III – Medeiros Neto II C2
Extensão(km) Benfeitoria reprodutiva Área (ha) Preço Unitário(R$/ha) Custo de BR (R$)
317 Pastagens 158,5 2.800 443.800
Custos de danos (R$) 443.800

58
5. LT 500 kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2
Com uma extensão aproximada de 290,0Km, esta LT está totalmente no bioma Mata
Atlântica. A variação no regime de chuvas é muito pequena, o que nos levou a concluir
que entre o município de Itanhém (no trecho 02) até Medeiros Neto temos uma outra
zona homogênea que se junta à LT Medeiros – João Neiva no trecho até a divisa com o
Espírito Santo. Posteriormente no Estado do Espírito Santo reconhecemos a quarta
macrorregião, entre os municípios de Montanha à João Neiva.

Estima-se no trecho 03 um número entre 650 e 700 propriedades atingidas. Na Bahia e


Minas Gerais encontramos exploração de cana de açúcar, reflorestamento, fruticultura e
pecuária. No Espírito Santo temos pecuária em Montanha e depois café, pimenta e
fruticultura em pequenas propriedades familiares.

Os solos são, na maioria, são Latossolos e Argissolos distróficos.

A malha rodoviária é boa neste trecho, mas ainda com poucas rodovias asfaltadas no
estado da Bahia. No estado do Espírito Santo observa-se uma melhora significativa na
malha viária com pequenos pontos de intercorrências devidos a acessos precários.

Não existem pedidos de lavras e o traçado não atingiu unidades de conservação.

Estima-se que pouco mais da metade das propriedades está no cadastro ambiental rural,
mas menos da metade estão certificadas no sistema geodésico brasileiro
(georreferenciadas).

No trecho da Bahia, Minas Gerais e norte do Espírito Santo (Montanha) é ocupado por
grandes propriedades, onde o impacto é menor (embora a LT seja paralela a outra em
construção). Mas no Espírito Santo as propriedades são pequenas, exploradas pela
família, onde o impacto será muito maior, ainda mais com o paralelismo da LT em
construção. Recomenda-se evitar o paralelismo entre Pinheiros e João Neiva. A área da
subestação é ocupada com pecuária.

59
Isoietas em mm de precipitação

60
Levantamento pedológico (solos)

61
Propriedades cadastradas no SIGEF/INCRA na Bahia

62
Propriedades cadastradas no SIGEF/INCRA em Minas Gerais

63
Propriedades cadastradas no SIGEF/INCRA no Espírito Santo

64
Unidades de conservação

65
Mapa rodoviário

66
Local da subestação com indicação da faixa da LT em vermelho

67
Dados de mercado – TRECHO 1

Dados de mercado – TRECHO 2

68
Trecho Itanhém – Nanuque

Dados de mercado:

69
MODELO UTILIZADO NA ESTIMATIVA DE VALOR

Y = 26630,020957 * X1 - 0,153509 * 2,718(0,185903 * X2) * 2,718(0,248063 * X3)

VTN =26630,021 * Área(ha) ^ - 0,15350941 * e ^ (0,18590252 * Acesso) * e ^


(0,24806252 * Aptidão)

70
71
72
73
Trecho Montanha a João Neiva

74
MODELO UTILIZADO NA ESTIMATIVA DE VALOR

Y = 1 / (-0,000014 + 0,000000 * X1 + 0,176865 * 1/X2 + 0,000099 * 1/X3 - 0,000002 * X4 )

VTN =1 / (-1,3975612e-05 + 5,4088237e-08 * Área(ha) + 0,1768649 * 1/CEDAGRO +


9,9125755e-05 * 1/Uso – 2,4435868e-06 * Acesso)

75
76
77
Fonte:www.cedagro.org.br

78
79
80
Com uma extensão aproximada de 278,0Km, a LT está totalmente no bioma Mata
Atlântica. A variação no regime de chuvas é muito pequena, o que nos levou a concluir
que entre o município de Medeiros Neto e Nanuque temos uma outra zona homogênea.
A segunda zona homogênea vai de Montanha à João Neiva.

Considerando os atributos dos imóveis, seguem alguns exemplos de valores de terras:

Trecho 1 – Medeiros Neto até Nanuque


A B C D E
Área (ha) 30 40 30 40 50
Acesso 0 0 1 1 0
Aptidão 0 1 10 1 1
R$/ha R$ 15.799 R$ 19.372 R$ 19.026 R$ 23.330 R$ 18.720

Trecho 2 – Montanha até João Neiva


A B C D E
Área (ha) 20 20 20 20 20
Cedagro 12609 17199 19292 22390 36389
Uso 2 2 3 3 3
Acesso 2 2 2 2 2
R$/ha R$ 21.830 R$ 23.773 R$ 40.935 R$ 43.178 R$ 49.699

Considerando um valor médio temos os seguintes valores totais:

LT 500 kV Medeiros Neto II – João Neiva 2 C2

Largura da faixa de 65 metros


Extensão de 278 km

Trecho Coeficiente de Área da faixa de Valor da terra Custo da


Homog servidão adotado servidão (ha) nua (R$/ha) Terra (R$)

1 50% 383,51 18.000 3.451.559


1 100% 77,99 18.000 1.403.883
2 70% 1118,11 33.200 25.984.888
2 100% 227,39 33.200 7.549.331
Custo da terra (R$) 38.389.661
Nota: área das torres estimada em 16,9% da faixa, coeficiente de 100%

81
No trecho 2 o percentual de áreas com cultivos e áreas com pequenas dimensões é muito
grande, o que justifica um coeficiente de servidão de 70%. No trecho 1 existem várias
áreas com cultivos de cana de açúcar e florestas plantadas.

O valor unitário no trecho 2 está embasado na média ponderada a seguir:

R$/ha Área (ha) VTN (R$)

Montanha 21.800 247 5.384.600

Pinheiros 23.700 104 2.464.800


Boa Esperança 23.700 91 2.156.700

Nova Venecia 23.700 58,5 1.386.450

São Mateus 23.700 143 3.389.100

Vila Valério 40.900 175,5 7.177.950

Rio Bananal 40.900 201,5 8.241.350

Linhares 43.000 123,5 5.310.500

Marilândia 40.900 19,5 797.550

Colatina 40.900 65 2.658.500

João Neiva 49.700 110,5 5.491.850

TOTAL 1.339 44.459.350

VTN médio = R$ 44.459.350÷1.339 ha = R$ 33.200/ha.

Custos de indenização de benfeitorias reprodutivas (BR)


LT 500 kV Medeiros Neto II – João Neiva 2 C2
Trecho Homog Benfeitoria reprodutiva Área (ha) Preço Unitário (R$/ha) Custo de BR (R$)
1 Pastagens 30 2.800 84.000
1 Cana de açúcar 100 10.044 1.004.400
2 Pastagens 270 2.800 756.000
2 Reflorestamentos 135 9.728 1.313.280
2 Cafeicultura 175 72.000 12.600.000
Custo de benfeitorias reprodutivas (R$) 15.757.680

82
Entende-se que o cultivo de café possa permanecer na faixa de servidão, a erradicação e
indenização ocorre na área de torres (onde haverá a necessidade de sua supressão).
Indenizações de cultura de café em área de faixa são consideradas como danos.

Para fins de cálculo foi considerado que 13,0% da área da faixa onde serão instaladas as
torres serão atingidos cultivos de café.

O custo médio das benfeitorias reprodutivas pela área total de servidão corresponde a
R$ 8.720,00/ha (R$ 15.757.680 ÷ 1807 ha), que será utilizado para estimar os danos
adiante.

Foram identificadas construções atingidas pela faixa de servidão:

Custos de indenização de benfeitorias não reprodutivas (BNR)


LT 500 kV Medeiros Neto II – João Neiva 2 C2
Trecho Homog Tipo de benfeitoria Área (m²) Preço Unitário (R$/m²) Custo de BNR (R$)

1 barracões/edificações 200,0 521,55 104.310


1 casas (modesto) 100,0 972,21 97.221
2 casas (modesto) 1950,0 972,21 1.895.810
2 barracões/edificações 3000,0 521,55 1.564.650
2 currais (m) 600,0 354,43 212.658
Custo de benfeitorias não reprodutivas (R$) 3.874.649
Nota: as áreas são estimadas

Localização das construções atingidas pela faixa de servidão.

Trecho Item Zona Leste Norte


1 Casa 24K 370964,7 8048927
1 Casa 24K 370305,2 8029949
1 Edificação 24K 367440 8015556
2 Casa 24K 366049,3 8003967
2 Cocho 24K 365305 7996539
2 Casa 24K 363081 7983092
2 Casa 24K 363095,6 7983082
2 Casa 24K 363078,6 7983072
2 Casa 24K 363163,5 7976083
2 Casa 24K 363221,6 7971753
2 Barracão 24K 363263,7 7970297
2 Casa 24K 363264,3 7966959

83
Trecho Item Zona Leste Norte
2 Barracão 24K 361144 7953238
2 Casa 24K 360817,8 7947512
2 Casa 24K 361342,9 7941603
2 Casa 24K 361339 7941570
2 Casa 24K 361431,5 7940733
2 Edificação 24K 361435,6 7940717
2 Casa 24K 361407,7 7940715
2 Barracão 24K 361467,9 7940533
2 Casa 24K 361478,1 7940456
2 Casa 24K 361919,2 7935644
2 Casa 24K 361950,3 7935254
2 Edificação 24K 361946,7 7935231
2 Casa 24K 361697,3 7928170
2 Silo 24K 361692 7928102
2 Casa 24K 361479,2 7925817
2 Casa 24K 361478,8 7925446
2 Casa 24K 361517,8 7924398
2 Casa 24K 361543,7 7924345
2 Curral 24K 361545,5 7923373
2 Casa 24K 361263,8 7917794
2 Barracão 24K 361152,2 7917162
2 Casa 24K 360757,5 7913871
2 Barracão 24K 360712,3 7912425
2 Casa 24K 360723,5 7912412
2 Barracão 24K 360697,3 7911845
2 Casa 24K 358625,1 7884372
2 Casa 24K 358617 7883394
2 Barracão 24K 358608,8 7883391
2 Casa 24K 358642,9 7883287
2 Barracão 24K 357942 7878473
2 Campo 24K 357763,5 7876979
2 Casa 24K 358274,8 7874698
2 Casa 24K 358285,7 7874668
2 Casa 24K 358291,4 7873968
2 Curral 24K 358284,4 7873384
2 Casa 24K 359065 7868738
2 Casa 24K 359006 7868713

84
Trecho Item Zona Leste Norte
2 Casa 24K 359017,9 7856446
2 Curral 24K 359005,5 7856400
2 Barracão 24K 358867,8 7854108
2 Barracão 24K 358850,1 7853857
2 Casa 24K 353165,9 7837803
2 Barracão_parcial 24K 352612,6 7816321
2 Barracão 24K 352654,6 7816153
2 Casa 24K 352672,5 7816142
2 Barracão 24K 354010,9 7814191
2 Casa_atingida_faixa_C1 24K 353986,4 7814128
2 Casa afetada C1 24K 354185,7 7813660
2 Casa_afetada_C1 24K 354191 7813647
2 Casa Afetada C1 24K 354194,1 7813635

Estimativa de danos em benfeitorias reprodutivas:

Resumo dos custos de danos


LT 500 kV Medeiros Neto II – João Neiva 2 C2
Extensão Preço
Benfeitoria reprodutiva Área (ha) Custo de BR (R$)
(km) Unitário(R$/ha)
Mesclagem (pastagens, cana-de-
278 139 8.700 1.212.129
açúcar, reflorestamentos e café)
Custos de danos (R$) 1.212.129

85
6. SE Medeiros Neto

Neste momento, a SE Medeiros Neto encontra-se em implantação, porém será


necessária uma expansão ao sul para acomodar o vão disjuntor. De acordo com o R4, a
área necessária será de aproximadamente 100,0 x 355,0m.

Para a expansão da subestação em Medeiros Neto os parâmetros estatísticos (dados e


tratamento dos dados) são os mesmos que constam no item da LT Medeiros Neto – João
Neiva.

O valor estimado para a área de interesse da subestação é de R$ 27.000,00/ha.

Considerando a área de expansão da LT: 35.500m2 = 3,55ha, tem-se:

Valor indenização ampliação SE Medeiros Neto = 3,55ha x R$ 27.00,00


Valor indenização ampliação SE Medeiros Neto= R$ 95.850,00

86
7. LT 500 kV Xingó - Camaçari II C1 e C2
Extensão aproximada de 357km em circuito duplo. A LT está em grande parte no bioma
Caatinga, exceto nos municípios de Aporá até Dias d’Ávila que estão na Mata Atlântica. O
trecho inicial no Sergipe até Sítio do Quinto tem regime de chuvas muito restrito, abaixo
de 800 mm/ano.

Toda a área no entorno da Subestação Xingó é de propriedade da CHESF.

Estima-se um número entre 550 e 600 propriedades atingidas. Grande parte dos imóveis
na caatinga não tem atividade econômica expressiva, apenas agricultura familiar sem uso
de qualquer tecnologia, e os que tem são de pecuária extensiva.

Os solos predominantes são neossolos quartzarênicos, solonetz solodizado, cambissolos


e podzólicos.

A malha rodoviária é precária neste trecho, com poucas rodovias asfaltadas e mesmos
estas são poucas em bom estado de conservação.

Estima-se que 70% das propriedades estão no cadastro ambiental rural e menos da
metade estão certificadas no sistema geodésico brasileiro (georreferenciadas).

Em linhas gerais o impacto da linha de transmissão não seria grande considerando as


atividades econômicas exercidas, mas a estrutura fundiária predominante é de pequenas
propriedades familiares, onde o impacto de uma linha de transmissão é expressivo.

Considerando as variáveis adotadas, em especial a precipitação anual, não foi preciso


dividir o trecho em zonas homogêneas.

87
Assentamentos (amarelo) e quilombolas (rosa)

88
Biomas

89
Isoietas em mm de precipitação anual

90
Levantamento pedológico (solos)

91
Propriedades cadastradas no SIGEF/INCRA nos estados da Bahia e Sergipe

Mapa rodoviário

92
Dados de mercado

93
94
95
96
97
98
Dados de mercado:
Ref. Nome do Imóvel Município vendedor/comprador Contato
1 Fazenda Santa Josefina Itapicuru/BA Maria Betânia da Conceição Caitano 79 99174-9266
2 Fazenda São José Itapicuru/BA Maria Betânia da Conceição Caitano 79 99174-9266
3 Fazenda Cruz Itapicuru/BA Gilmar Rosa Dias 79 99982-6429
4 Fazenda Muniz Itapicuru/BA Anailson 75 99921-9821
5 Fazenda Rosa Bonita Itapicuru/BA Dalila 79 99845-3932
6 Fazenda Matrícula 9072 - Edson Itapicuru/BA Edson 79 99986-4564
7 Fazenda Santa Rita VI Itapicuru/BA Camilo 79 99872-6160
8 Fazenda Mangabeira Mat. 1491 Itapicuru/BA Pedro 79 99829-3541
9 Fazenda São Jose Mat. 7991 Itapicuru/BA Elber Nabuco 79 99972-9548
10 Fazenda Camuciata Itapicuru/BA Antonio da mata No local
11 Fazenda Baixos Jeremoabo/BA John Donald 79 99972-3130
12 Fazenda Quixaba Jeremoabo/BA John Donald 79 99972 3130
13 Fazenda de Aldair Jeremoabo/BA John Donald 79 99972 3130
14 Fazenda de Neo Jeremoabo/BA John Donald 79 99972 3130
15 Fazenda Logradouro Jeremoabo/BA John Donald 79 99972-3130
16 Faz. De 150 tarefas px ao Pov. Pedro Francisco 79 99860-0155
Barreiras. Alexandre/BA
17 Faz. Ofertada por Nilson do Sr Pedro Elivelte 75 98801-2185
Henrique Alexandre/BA
18 Faz. Ofertada pelo Sr. Mendonça Pedro Elivelte 75 98801-2185
Alexandre/BA
19 Fazenda de 1.000 tarefas Coronel João Alexandre 79 998300000
Sá/BA
20 Fazenda no Povoado Gasparino ao Coronel João Rodrigo 79 999613026
lado da Barragem Sá/BA
759 Faz. Várzea do Paiaia Olindina Silvio Biscarde 73 999459088
760 Faz. Bonfim Nova Soure Danilo Oliveira 75 999275077
761 Faz. Gado Bravo Crisópolis Danilo Oliveira 75 999275077
762 Faz. Gado Bravo 2 Crisópolis Danilo Oliveira 75 999275077
765 Faz. Bambe Crisópolis Danilo Oliveira 75 999275077
767 Faz. José Gualberto Inhambupe Junior Projetista 75 999954424
771 Faz. Genipapinho Olindina Jânio - Coopera 75 999951526
776 Faz. Razo do Cabloco Crisópolis Jânio - Coopera 75 999951526
777 Faz. Jenipapinho 2 Olindina Jânio - Coopera 75 999951526
778 Faz. Licuri Olindina Jânio - Coopera 75 999951526
779 Faz. Dois Leões Inhambupe Wilson Santos 71 999885137
780 Faz. Raimundo Machante Crisópolis Jose Atonio - Crisópolis 75 99821 6930
781 Faz. Xavier Crisópolis Jose Atonio - Crisópolis 75 99821 6930
784 Faz Quinguigu Aporá Anderson Rocha 71 988522301
785 Faz. 785 Aporá Anderson Rocha 71 988522301
786 Faz. Sr. Nelson Inhambupe Junior Projetista 75 999954424
787 Faz. Riacho da Prata Entre Rios Pedro Oliveira 75 999732751
788 Faz Jenipapo Araças Pedro Oliveira 75 999732751
789 Faz Jenipapo 3 Alagoinhas Pedro Oliveira 75 999732751
IMG0715 Chácara na estrada de Canindé para Canindé de São Silvio 79 998913296
Capim Grosso Francisco
IMG0823 Área com 50.000m² na estrada Alagoinhas Miranda 75 998019403
entre Alagoinhas e Araçás
IMG0826 Sítio na estrada de Alagoinhas para Alagoinhas Marcos / Gilson 75 34227012
Catu
IMG0833 Fazenda a venda com 225 tarefas São Seb do Passé Sr. Gonzaga 71 996277884
perto de São Sebastião do Passé no
rumo de Nova Esperança
IMG0894 Sítio na BR101 perto de Alagoinhas Sorilde (Flor) 75 998072117

99
MODELO UTILIZADO NA ESTIMATIVA DE VALOR

Y = 11145,365119 * 2,718(0,191367 * X1) X2 - 0,069879 * 2,718(0,778627 * X3) * 2,718(-


590,377096 * 1/X4)

VTN =11145,365 * e ^ (0,1913675 * Acesso) * Área(ha) ^ - 0,06987896 * e ^


(0,77862694 * Per.Irrig) * e ^ (-590,3771 * 1/Precip.)

100
101
102
103
104
Para estimar o valor de indenização, a região foi dividida em quatro trechos homogêneos,
baseado na precipitação e bioma, principalmente, conforme imagens a seguir.

Trecho 1

Trecho 2

Trecho 3

Trecho 4

O trecho 1 apresenta precipitação média anual de 700 a 800 mm. O trecho 2 tem entre
800 e 1000 mm/ano. Estão na Caatinga, enquanto os próximos estão em bioma Mata
Atlântica.

O treco 3 precipitação entre 1000 a 1600 mm/ano, e o trecho 4 acima de 1600 mm/ano.

O quadro resumo com os valores unitários médios, baseado na equação aqui sugerida é
apresentado a seguir:

105
A B C D E F
Acesso 1 2 2 2 2 3
Área (ha) 20 20 20 20 20 20
Perim. Irrig. 0 0 0 0 0 0
Precip 700 750 800 900 1300 1600
R$/ha R$ 4.710 R$ 6.033 R$ 6.337 R$ 6.879 R$ 8.417 R$ 11.098

Considerando um valor médio temos os seguintes valores totais:

LT 500 kV Xingó – Camaçari II C1 e C2 (CD)

Largura da faixa de 75 metros


Extensão de 357 km

Trecho Coeficiente de Área da faixa de Valor da terra Custo da


Homog servidão adotado servidão (ha) nua (R$/ha) Terra (R$)
1 33% 1046,25 6.000 2.071.575
1 100% 303,75 6.000 1.822.500
2 50% 435,9375 7.000 1.525.781
2 100% 126,5625 7.000 885.938
3 50% 319,6875 8.400 1.342.688
3 100% 92,8125 8.400 779.625
4 70% 273,1875 11.000 2.103.544
4 100% 79,3125 11.000 872.438
Custo da terra (R$) 11.404.088
Nota: área das torres estimada em 22,5% da faixa, coeficiente de 100%

Nota: os trechos não foram considerados homogêneos, mas foram separados pelo regime de
chuvas

Não foram identificadas benfeitorias reprodutivas a serem indenizados na faixa de


servidão em decorrência de sua supressão completa. Ao longo da LT observa-se
principalmente caatinga e pastagem. As áreas das torres terão pastagens danificadas, foi
considerado que em 40,0% das torres haja pastagem.

Custos de indenização de benfeitorias reprodutivas (BR)


LT 500 kV Xingó – Camaçari II C1 e C2 (CD)
Trecho Homog Benfeitoria reprodutiva Área (ha) Preço Unitário (R$/ha) Custo de BR (R$)
1 ao 4 Pastagens 240,975 2.800 674.730
Custo de benfeitorias reprodutivas (R$) 674.730

106
Foram identificadas construções atingidas pela faixa de servidão:

Custos de indenização de benfeitorias não reprodutivas (BNR)


LT 500 kV Xingó – Camaçari II C1 e C2 (CD)
Tipo de benfeitoria Área (m²) Preço Unitário (R$/m²) Custo de BNR (R$)

barracão/edificação 1150,0 521,55 599.783


casas (modesto) 2650,0 972,21 2.576.357
currais (m) 4000,0 354,43 1.417.720
Custo de benfeitorias não reprodutivas (R$) 4.593.859
Nota: as áreas são estimadas

Localização das construções atingidas pela faixa de servidão.

Item Zona Leste Norte


Casa 24L 626914,3 8930234
Casa 24L 626075,2 8929051
Casa 24L 614824 8909357
Casa 24L 609697,9 8893041
Casa 24L 606238,3 8866126
Curral 24L 607467,5 8865600
Curral 24L 606638,1 8863904
Barracão 24L 604077,7 8859644
Casa 24L 604088,6 8859641
Curral 24L 600509,7 8855503
Curral 24L 598254,2 8849709
Casa 24L 597177 8846903
Curral 24L 593648,9 8834773
Curral 24L 593610,5 8834634
Casa 24L 593144,5 8822704
Curral 24L 593357,4 8816532
Casa 24L 593422,4 8813542
Casa 24L 593444 8812976
Curral 24L 593434,6 8812944
Casa 24L 593414,6 8812485
Casa 24L 593422 8811542
Casa 24L 593478,8 8811250
Casa 24L 593393 8810509
Casa 24L 592984,4 8806682

107
Item Zona Leste Norte
Casa 24L 592073,8 8793607
Casa 24L 591929,3 8790382
Curral 24L 591874,2 8789430
Casa 24L 591898,7 8789416
Casa 24L 592559,3 8787964
Barracão 24L 592585,5 8787950
Curral 24L 591847,4 8787892
Casa 24L 591826,9 8787838
Casa 24L 591863,1 8787784
Casa 24L 591897,7 8787050
Curral 24L 591892,5 8787006
Curral 24L 592638,2 8783309
Curral 24L 592226 8782363
Curral 24L 591964 8781642
Curral 24L 591907,2 8781477
Casa 24L 591737,4 8781034
Casa 24L 592247,3 8732424
Curral 24L 590125,5 8727145
Casa 24L 588790,8 8720850
Casa 24L 588234 8712166
Curral 24L 588059,1 8708643
Curral 24L 588039 8708367
Curral 24L 588033,9 8707790
Curral 24L 588013 8704927
Casa 24L 570304,5 8646573
Casa 24L 570320 8646553
Barracão 24L 568867,8 8644113
Casa 24L 564097,6 8637078
Edificação 24L 560636,8 8632045
Casa 24L 561776,1 8619440
Casa 24L 565588,1 8614118
Casa 24L 567168,4 8612821
Edificação 24L 570378,5 8608205
Edificação 24L 570373,1 8608197
Edificação 24L 570459,3 8607436
Edificação 24L 570437,2 8607415
Barracão 24L 570508,8 8607010

108
Item Zona Leste Norte
Casa 24L 570472,8 8606878
Casa 24L 570541,1 8606792
Casa 24L 570522 8606725
Casa 24L 570534,7 8606712
Casa 24L 570499,3 8606670
Casa 24L 570547,1 8606663
Casa 24L 570539,9 8606626
Casa 24L 570524,6 8606520
Casa 24L 570499,2 8606499
Casa 24L 570539,5 8606485
Casa 24L 570526,5 8606482
Edificação 24L 570546,2 8606472
Casa 24L 570511,7 8606467
Casa 24L 570524,7 8606457
Edificação 24L 570529,8 8606441
Casa 24L 570571,6 8606341
Casa 24L 570587,5 8606269
Casa 24L 570632 8606211
Casa 24L 570635,8 8606179
Casa 24L 570678,7 8606142
Casa 24L 570871,8 8605722
Casa 24L 570891,7 8605706
Casa 24L 570940,6 8605519

Estimativa de danos em benfeitorias reprodutivas:

Resumo dos custos de danos


LT 500 kV Xingó – Camaçari II C1 e C2 (CD)
Extensão(km) Benfeitoria reprodutiva Área (ha) Preço Unitário(R$/ha) Custo de BR (R$)
357 Pastagens 178,5 2.800 499.800
Custos de danos (R$) 499.800

109
8. DESPESAS LEGAIS E CONCLUSÃO

8.1. Despesas cartoriais

A estimativa das despesas referentes aos valores a serem pagos para a legalização das
servidões administrativas nas matrículas dos imóveis, escrituras e averbações foi
realizada de acordo com a tabela de emolumentos de cada estado atingido em cada Linha
de Transmissão.

LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2


Estimativa de Propriedades 575
BA
ESCRITURA(1) 449,68 258.566
REGISTRO 449,68 258.566
RECONHECIMENTO DE FIRMA 6,00 10.350
CERTIDÕES 97,00 55.775
TOTAL 583.257
(1) considerado valor médio de indenização = R$ 10.000,00

LT 500 kV Poções III - Medeiros Neto II C2


Estimativa de Propriedades(2) 625
BA MG
ESCRITURA (3) 483,90 529,69 320.977
REGISTRO 483,90 529,69 320.977
RECONHECIMENTO DE FIRMA 6,00 9,23 12.219
CERTIDÕES 97,00 60,07 59.332
TOTAL 713.505
(2) considerado 95,0% das propriedades na BA e 9,0% em MG
(3) considerado valor médio de indenização = R$ 15.000,00

LT 500 kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2


Estimativa de Propriedades(4) 675
BA MG ES
ESCRITURA(5) 622,76 529,69 1.007,33 625.518
REGISTRO 622,76 529,69 1.007,33 625.518
RECONHECIMENTO DE FIRMA 6,00 9,23 3,50 8.362
LT 500 kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2

110
CERTIDÕES 97,00 60,07 77,28 53.829
TOTAL 1.313.227
(4) considerado 16,0% das propriedades na BA, 4,0% em MG e 80,0% no ES
(5) considerado valor médio de indenização = R$ 25.000,00 para BA e MG e R$ 42.000,00 para ES

LT 500 kV Xingó - Camaçari II C1 e C2 (CD)


Estimativa de Propriedades(6) 575
BA SE
ESCRITURA(7) 622,76 465,01 335.371
REGISTRO 622,76 465,01 335.371
RECONHECIMENTO DE FIRMA 6,00 4,81 9.836
CERTIDÕES 97,00 63,10 50.893
TOTAL 731.471
(6) considerado 75,0% das propriedades na BA e 25,0% em SE
(5) considerado valor médio de indenização = R$ 12.000,00 para SE e R$ 28.000,00
para BA

8.2. Despesas judiciais

Reconhecidos como os custos decorrentes das negociações de indenização infrutíferas


onde há a necessidade de realização de ação judicial para a obtenção da imissão na posse
e a decisão judicial acerca do valor indenizatório. Para fins de cálculo foi estimado o
percentual de propriedades sem acordo amigável, o valor da ação inicial (baseado em
emolumentos judiciais referentes a cada estado atingido e um valor médio avaliado),
valor dos trabalhos periciais e custos processuais que ocorrem ao longo do processo.

LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2


Estimativa de Propriedades 575
% ajuizado 30%
BA
CUSTAS INICIAIS 1.079,00 186.128
PERÍCIAS 6.000,00 1.035.000
MANUTENÇÃO ANUAL 3.500,00 1.207.500
TOTAL (1) 2.428.628
(1) Estimativa da soma de custas extras, manutenção anual e custas
finais; estimando tempo médio de 02 anos/processo. Valor estimado
médio por processo = R$ 10.000,00.

111
LT 500 kV Poções III - Medeiros Neto II C2
Estimativa de Propriedades 625
% ajuizado 30%
BA MG
CUSTAS INICIAIS 1.318,80 519,96 238.887
PERÍCIAS 6.000,00 6.000,00 1.125.000
MANUTENÇÃO ANUAL 3.500,00 3.500,00 1.312.500
TOTAL (2) 2.676.387

(2) Estimativa da soma de custas extras, manutenção anual e custas finais;


estimando tempo médio de 02 anos/processo. Valor estimado médio por
processo = R$ 15.000,00

LT 500 kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2


Estimativa de Propriedades 675
% ajuizado - MG e BA 30%
% ajuizado - ES 35%
BA MG ES
CUSTAS INICIAIS 2.038,14 519,96 473,63 159.763
PERÍCIAS 6.000,00 6.000,00 6.000,00 1.377.000
MANUTENÇÃO ANUAL 3.500,00 3.500,00 3.500,00 2.268.000
TOTAL (3) 3.804.763
(3) Estimativa da soma de custas extras, manutenção anual e custas finais; estimando
tempo médio de 02 anos/processo em BA e MG e 03 anos para ES (maior
complexidade). Valor estimado médio por processo = R$ 25.000,00 para BA e MG e R$
42.000,00 para ES.

LT 500 kV Xingó - Camaçari II C1 e C2 (CD)


Estimativa de Propriedades 575
% ajuizado 20%
BA SE
CUSTAS INICIAIS 1.318,80 449,53 126.627
PERÍCIAS 6.000,00 6.000,00 690.000
MANUTENÇÃO ANUAL 3.500,00 3.500,00 805.000
TOTAL 1.621.627
(4) Estimativa da soma de custas extras, manutenção anual e custas finais;
estimando tempo médio de 02 anos/processo. Valor estimado médio por
processo = R$ 12.000,00 para SE e R$ 28.000,00 para BA

112
8.3. Conclusão

Os valores estimados de custos fundiários são resumidos a seguir.

LT 500 kV Morro do Chapéu II - Poções III C2


Extensão (km) 337

Largura da faixa de servidão (m) 65


Área atingida (ha) 1.820,3

1. Custos Fundiários – Servidão (CFs) R$ 7.651.142


1.1. Custo da terra (área rural) R$ 3.498.644
1.2. Custo de terrenos (área urbana, expansão urbana, industrial) -
1.3. Custo de indenização de benfeitorias reprodutivas R$ 414.618

1.4. Custo de indenização de benfeitorias não reprodutivas R$ 3.737.880

2. Custos de Danos (CD) R$ 471.800


3. Despesas Legais (DL) R$ 3.011.885
3.1. Despesas cartoriais R$ 583.257
3.2. Despesas judiciais R$ 2.428.628

Total Geral (1+2+3) R$ 11.134.826


Custo Fundiário por km da LT R$ 33.041

Custo Fundiário por m² da LT R$ 0,61

LT 500 kV Poções III - Medeiros Neto II C2


Extensão (km) 317
Largura da faixa de servidão (m) 65

Área atingida (ha) 1.712,3

1. Custos Fundiários – Servidão (CFs) R$ 13.155.239


1.1. Custo da terra (área rural) 10.485.930

1.2. Custo de terrenos (área urbana, expansão urbana, industrial) -


1.3. Custo de indenização de benfeitorias reprodutivas 958.874
1.4. Custo de indenização de benfeitorias não reprodutivas 1.710.435

2. Custos de Danos (CD) R$ 443.800


3. Despesas Legais (DL) R$ 3.389.892
3.1. Despesas cartoriais 713.505

113
LT 500 kV Poções III - Medeiros Neto II C2
3.2. Despesas judiciais 2.676.387

Total Geral (1+2+3) R$ 16.988.931


Custo Fundiário por km da LT R$ 53.593
Custo Fundiário por m² da LT R$ 0,99

LT 500 kV Medeiros Neto II - João Neiva 2 C2


Extensão (km) 278
Largura da faixa de servidão (m) 65

Área atingida (ha) 1.501,6

1. Custos Fundiários – Servidão (CFs) R$ 58.021.990


1.1. Custo da terra (área rural) 38.389.661
1.2. Custo de terrenos (área urbana, expansão urbana, industrial) -
1.3. Custo de indenização de benfeitorias reprodutivas 15.757.680

1.4. Custo de indenização de benfeitorias não reprodutivas 3.874.649

2. Custos de Danos (CD) R$ 1.212.129


3. Despesas Legais (DL) R$ 5.117.990
3.1. Despesas cartoriais 1.313.227

3.2. Despesas judiciais 3.804.763

Total Geral (1+2+3) R$ 64.352.109


Custo Fundiário por km da LT R$ 231.482
Custo Fundiário por m² da LT R$ 4,29

Expansão SE Medeiros Neto


Área atingida (ha) 3,55

1. Custos Fundiários – Desapropriação R$ 95.850


1.1. Custo da terra (área rural) 95.850

1.2. Custo de terrenos (área urbana, expansão urbana, industrial) -

1.3. Custo de indenização de benfeitorias reprodutivas -

1.4. Custo de indenização de benfeitorias não reprodutivas -

2. Custos de Danos (CD) R$ 0


3. Despesas Legais (DL) R$ 0

114
Expansão SE Medeiros Neto
3.1. Despesas cartoriais -

3.2. Despesas judiciais -

Total Geral (1+2+3) R$ 95.850

LT 500 kV Xingó - Camaçari II C1 e C2 (CD)


Extensão (km) 357
Largura da faixa de servidão (m) 75
Área atingida (ha) 2.677,5

1. Custos Fundiários – Servidão (CFs) R$ 16.672.677


1.1. Custo da terra (área rural) 11.404.088
1.2. Custo de terrenos (área urbana, expansão urbana, industrial) -

1.3. Custo de indenização de benfeitorias reprodutivas 674.730


1.4. Custo de indenização de benfeitorias não reprodutivas 4.593.859

2. Custos de Danos (CD) R$ 499.800


3. Despesas Legais (DL) R$ 2.353.098
3.1. Despesas cartoriais 731.471

3.2. Despesas judiciais 1.621.627

Total Geral (1+2+3) R$ 19.525.575


Custo Fundiário por km da LT R$ 54.693
Custo Fundiário por m² da LT R$ 0,73

115
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. Estados Unidos Mexicanos.- Secretaría de la Función Pública.- Instituto
de Administración y Avalúos de Bienes Nacionales, Procedimiento técnico PT-OTS, 2009
______. Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP,
Normas técnicas NTS 294, 2012
ALVES, Claudio Souza. Metodologia para determinação de percentual de servidão
aérea para faixa e áreas remanescentes. IBAPE. XVI COBREAP – CONGRESSO BRASILEIRO
DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, 2011.
ANCHÍA Rodríguez; JUAN, Daniel y MONTERO, Zeydy. Propuestas Metodológicas
Para La Determinación Del Daño Al Remanente En Valoraciones De Servidumbres En
Costa Rica. UPAV. XXXI Congresso Pan-Americano de Avaliações – 2017.
ANJOS, Walter Zer dos. Critérios e métodos para a determinação do coeficiente
de servidão em faixas de domínio. IBAPE. X COBREAP – CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS – 1999.
ARANTES, Carlos Augusto. Avaliação de indenização por instituição de servidão de
passagens em glebas rurais. IBAPE. XII COBREAP – CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS – 2003.
ARANTES, Carlos Augusto. Avaliação de indenização por instituição de servidão de
passagens em glebas rurais. LARES. VIII Seminário Internacional – 2006.
ARANTES, Carlos Augusto. Depreciação de área remanescente por apossamento
administrativo. IBAPE. XIII COBREAP – CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE
AVALIAÇÕES E PERÍCIAS – 2006.
CAZES, Hamilton Leal; SILVA, Fernando Andrade da. Metodologia para cálculos de
indenizações por servidão de passagem em faixas de domínio de dutos para petróleo, gás
e derivados. IBAPE. VIII COBREAP – CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE
AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, 1995.
COSTA, Luiz Augusto Seabra da. Avaliação de servidões, apostila, 1978.
CRISPIM, Eldan Ramos. Avaliação de servidão pelo método da renda. IBAPE. XV
COBREAP – CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, 2009.
FERREIRA, Flávia de Almeida. Avaliação de servidão. IBAPE. XIX COBREAP –
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, 2017.
FILHO, Philippe Westin Cabral de Vasconcelos. Indenização nas Servidões,
apostila, década de 1960.

116
LIMA, Marcelo Rossi de Camargo. O valor de servidão administrativa pela perda
de renda causada em imóveis rurais. IBAPE. XVII COBREAP – CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, 2013.
LOPES, José Tarcísio Doubek. Indenização por servidão. IBAPE. XI COBREAP –
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS – 2001.
LOPES, José Tarcísio Doubek. Servidão – cálculo de indenização. IBAPE. XIII
COBREAP – CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS – 2006.
MARCONDES, Ghandi Furtado. Servidão de passagem, avaliação de danos. 2008.
MEDEIROS, Leandro Saraiva de. Estudo de métodos e cálculos de indenização em
virtude de instituição de servidão administrativa em área rural. Monografia UFSC.
Florianópolis, 2014.
PELLEGRINO, José Carlos. Avaliação de Faixas de Servidão de Passagem, em
Engenharia de Avaliações. Editora PINI. São Paulo, 1985.
SCHLICHTA, Jackson Luiz; BARBOSA, Samuel Alves; CIPRIANO, Alexandre Furlan.
Efeito das linhas de transmissão no valor das propriedades. IBAPE. XIX COBREAP –
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, 2017.

117
10. ENCERRAMENTO
Como este trabalho é um caderno de preços onde não existe um imóvel específico a ser avaliado,
não existe enquadramento nos graus de fundamentação e precisão preconizados pela Norma
ABNT NBR 14.653-3:2019: algumas simulações de avaliação indicam Grau II e III de
Fundamentação II e III de Precisão, dependendo do objeto avaliado.

ART: #28027230220635581
Nada mais havendo a esclarecer, encerramos o presente relatório R5 de custos fundiários que
consta de 118 folhas impressas eletronicamente de um só lado, numeradas e timbradas, sendo
esta última datada e assinada.
São Paulo, 25 de maio de 2022

CONTRUCCI, ROSSI E RIZZI, ENGENHARIA E AVALIAÇÕES LTDA.


CNPJ 09.606.920/0001-22

Eng. Agrônomo PEDRO ROSSI CONTRUCCI NETO

Eng. Civil TATIANE ELIZABETH DE SOUZA RIZZI


Mestranda em “Ingeniería de La Tasación Y Valoración” – Intercambio UPV (Espanha) / FEST (Brasil)
Membro titular do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo – IBAPE/SP – nº 2075
Certificada como Engª de avaliações pelo IBAPE NACIONAL (2013-2022)

Eng. Agrônomo MARCELO ROSSI DE CAMARGO LIMA, IBAPE AAA, FRICS


Membro titular do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo – IBAPE/SP, n.º 431
CERTIFICADO como Eng. de avaliações, qualificação AAA pela IBAPE NACIONAL (2013/2022)
Fellow of The Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS), Membership #6204585
www.rics.org - Registered Valuer
Membro titular da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo - AEASP, n.º 8.864

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