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EDUCAÇÃO ANIMALISTA
1.2 Legislação Federal
Código Civil Brasileiro
INCONSTITUCIONALIDADE
1.2 Legislação Federal
Código Civil Brasileiro
INCONSTITUCIONALIDADE
Art. 34 - A. Para os fins desta Lei, cães, gatos e cavalos ficam reconhecidos
como seres sencientes, sujeitos de direito, que sentem dor e angústia, o que
constitui o reconhecimento da sua especificidade e das suas características face
a outros seres vivos. (Artigo acrescido pela Lei Estadual 17.485/2018; “cavalos”
suprimido do texto pela Lei Estadual 17.526/2018.)
1.3 Legislação Estadual
Lei Estadual 15.434/2020 (Código Estadual do Meio Ambiente
do Rio Grande do Sul)
Art. 216. É instituído regime jurídico especial para os animais domésticos de estimação e
reconhecida a sua natureza biológica e emocional como seres sencientes, capazes de
sentir sensações e sentimentos de forma consciente.
Parágrafo único. Os animais domésticos de estimação, e não sejam utilizados em
atividades agropecuárias e de manifestações culturais reconhecidas em lei como
patrimônio cultural do Estado, possuem natureza jurídica sui generis e são sujeitos de
direitos despersonificados, devendo gozar e obter tutela jurisdicional em caso de violação,
vedado o seu tratamento como coisa.
1.3 Legislação Estadual
Lei Estadual 22.231/2016 (Dispõe sobre os Maus-Tratos em
Minas Gerais)
Art. 1º. (...) Parágrafo único – Para os fins desta lei, os animais são
reconhecidos como seres sencientes, sujeitos de direito
despersonificados, fazendo jus a tutela jurisdicional em caso de violação
de seus direitos, ressalvadas as exceções previstas na legislação específica.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei 23.724, de 18/12/2020.)
1.3 Legislação Estadual
Lei Estadual 11.140/2018 (Código de Direito e Bem-Estar
Animal da Paraíba)
Art. 5° Todo animal tem o direito:
ARTIGO 14: b) Os direitos dos animais devem ser defendidos por leis, como
os direitos dos homens.
1.4 Direito Comparado
Declaração de Cambridge sobre Consciência (2012)
“A ausência de um neocórtex não parece impedir que um organismo experimente
estados afetivos. Evidências convergentes indicam que os animais não humanos
têm os substratos neuroanatômicos, neuroquímicos e neurofisiológicos de
estados de consciência juntamente com a capacidade de exibir comportamentos
intencionais. Consequentemente, o peso das evidências indica que os humanos
não são os únicos a possuir os substratos neurológicos que geram a
consciência. Animais não humanos, incluindo todos os mamíferos e as
aves, e muitas outras criaturas, incluindo polvos, também possuem esses
substratos neurológicos.”
1 PLANO JUDICIAL: DECISÕES DOS TRIBUNAIS
1) Plano Judicial
Decisões dos Tribunais
1.1 Supremo Tribunal Federal;
1.2 Superior Tribunal de Justiça;
1.3 Justiça Federal;
1.4 Tribunais de Justiça Estaduais.
1.1 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – STF
1.1 Supremo Tribunal Federal
STF, 2ª Turma, Relator Ministro Francisco Rezek, acórdão lavrado pelo Ministro
Marco Aurélio, j. em 03/6/1997, pub. em 13/3/1998);
1.1 Supremo Tribunal Federal
ADI’s declararam a inconstitucionalidade de Leis Estaduais que autorizavam
e regulamentavam as “Rinhas de Galo”.
STF, Pleno, ADIn 2514-7/SC, Relator Ministro Eros Grau, j. em 29/6/2005, pub.
em 9/12/2005;
STF, Pleno, ADIn 3776-5/RN, Relator Ministro Cézar Peluso, j. em 14/6/2007, pub.
em 29/6/2007;
STF, Pleno, ADIn 1856/RJ, Relator Ministro Celso de Mello, j. em 26/5/2011, pub.
em 14/10/2011.
1.1 Supremo Tribunal Federal
ADI 4983 (MARCO JURISPRIDENCIAL DO DIREITO ANIMAL)
“Não há como se entender que seres, como cães e gatos, que possuem um sistema
nervoso desenvolvido e que por isso sentem dor, que demonstram ter afeto, ou seja, que
possuem vida biológica e psicológica, possam ser considerados como coisas, como
objetos materiais desprovidos de sinais vitais. Essa característica dos animais mais
desenvolvidos é a principal causa da crescente conscientização da humanidade contra a
prática de atividades que possam ensejar maus tratos e crueldade contra tais seres. A
condenação dos atos cruéis não possui origem na necessidade do equilíbrio ambiental, mas
sim no reconhecimento de que os animais são dotados de uma estrutura orgânica que
lhes permite sofrer e sentir dor.” (STJ, 2ª Turma, REsp 1.115.916/MG, Relator Ministro
HUMBERTO MARTINS, j. em 01/09/2009, pub. em 18/09/2009).
1.2 Superior Tribunal de Justiça
Domesticação de Animal Silvestre, apreendido pelo IBAMA. (Recorrente buscava a
guarda).
“Segundo a doutrina especializada, a própria ideia de um tratamento não cruel dos animais
deve buscar o seu fundamento não mais na dignidade humana ou na compaixão
humana, mas sim na própria dignidade inerente às existências dos animais não
humanos.” “Sendo assim, torna-se essencial refletir, no bojo do ordenamento jurídico, em
busca de caminhos para o amadurecimento da problemática e a concretização da
dignidade dos animais não humanos, reconhecendo os respectivos direitos e
ocasionando mudança na forma como as pessoas convivem entre si e com os demais
animais não humanos.” (REsp 1797175/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 21/03/2019, REPDJe 13/05/2019, DJe 28/03/2019)
1.3 JUSTIÇA FEDERAL - TRFs
1.3 Justiça Federal
Proibição da Caça Amadora no RS.
“Com razão a sentença ao proibir, no condão do art. 225 da Constituição Federal, bem
como na exegese constitucional da Lei n.º 5.197/67, a caça amadorista, uma vez carente
de finalidade social relevante que lhe legitime (...). Ademais: 1). proibição da crueldade
contra animais - art. 225, § 1° , VII, da Constituição - e a sua prevalência quando
ponderada com o direito fundamental ao lazer, 2). incidência, no caso concreto, do art.
11 da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, proclamada em 1978 pela
Assembléia da UNESCO, o qual dispõe que o ato que leva à morte de um animal sem
necessidade é um biocídio, ou seja, um crime contra a vida (...). 4. Embargos infringentes
providos.” (TRF4, EINF 2004.71.00.021481-2, SEGUNDA SEÇÃO, Relator CARLOS
EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ, D.E. 02/04/2008)
1.3 Justiça Federal
Tratamento de Cães com Leishmanionse. O autor, médico veterinário, após vários processos
disciplinares, ajuizou a ação originária de "obrigação de não-fazer" contra o CRMV/MS com o escopo de
ver reconhecido seu direito de proceder ao tratamento de cães com sorologia positiva para leishmaniose
canina, afastando-se a aplicação da Portaria Interministerial nº 1.426/2008”.
1. Caso Diego e outros vs. Barcino: 23 gatos autores de ação de reparação de danos
(jan. 2020 – Salvador/BA) 2. Caso Jack vs. Mello: cão, representado por ONG, demanda
seu próprio tutor por maus-tratos (jan. 2020 – Cascavel/PR) 3. Caso Boss e outros vs. BP
Pet Shop: cão, representado por seus tutores, processa o Pet Shop que lhe causou danos
físicos e morais (julho 2020 – Porto Alegre/RS) 4. Caso Pipoca e outro vs. Vieira: cão “de
rua”, representado por ONG, demanda pessoa que lhe efetuou disparos de arma de fogo,
pedido inclusive pensão mensal (ago. 2020 – Cascavel/PR) 5. Caso Aladim vs. Município
de Caruaru: cão, representado pelo seu tutor, pleiteia assistência à saúde para realizar
cirurgia de emergência que o tutor não tem como pagar (ago. 2020 – Caruaru/PE).
2 PLANO EXECUTIVO: AS POLÍTICAS PÚBLICAS
2) Plano Executivo
Políticas Públicas de atendimento aos animais
A) Educação Animalista;
B) Educação Ambiental honesta;
C) Capacitação dos servidores Estaduais e Municipais
(Secretarias da Educação, Meio Ambiente, Saúde, Transporte,
Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal,
etc)
2.2 Saúde Animal
Políticas Públicas de atendimento aos animais
A) Atendimento psicológico;
B) Cestas básicas, quando for o caso;
C) Alimento e medicação para os animais sob sua proteção,
sejam os domésticos, sejam os comunitários.
2.6 Conselho Tutelar Animal
Políticas Públicas de atendimento aos animais
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
I - atender os animais não-humanos nas hipóteses previstas em Lei;
II - atender e aconselhar os pais ou responsável;
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social (...) trabalho e
segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de
suas deliberações.
2.6 Conselho Tutelar Animal
Políticas Públicas de atendimento aos animais
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou
penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para
planos e programas de atendimento dos direitos dos animais;
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos dos animais;
2.6 Conselho Tutelar Animal
Políticas Públicas de atendimento aos animais
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do
poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do
adolescente junto à família natural.
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação
e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em animais
não-humanos.
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender
necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará o fato ao Ministério Público,
prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas
para a orientação, o apoio e a promoção social da família.
3 PLANO LEGISLATIVO: A CRIAÇÃO DE LEIS
ANIMALISTAS
3) Plano Legislativo
Criação de Leis Animalistas
A) PL 6.054/2019;
B) PL 145/2021.
3.1 Congresso Nacional
PL 6.054/2019 - Animais não são coisas
Art. 3º Os animais não humanos possuem natureza jurídica sui generis e são
sujeitos com direitos despersonificados, dos quais devem gozar e, em caso
de violação, obter tutela jurisdicional, vedado o seu tratamento como coisa.
Muito obrigada!