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25/10/22

Aula 3
TP 11 Outubro 2022

Nesta aula vamos:


• Discu&r os diferentes ar&gos da Declaração de Direitos Fundamentais
do Animal
• Discu&r o enquadramento legal Português rela&vo aos animais

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Declaração de Direitos do Animal

• Foi proclamada a 15 de Outubro de 1978, tendo sido aprovada pela


UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura) e posteriormente pela ONU (Organização das Nações Unidas)

• Fará 44 anos no próximo sábado!

ARTIGO 1º
Todos os animais nascem iguais diante da vida, e
têm o mesmo direito à existência.

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ARTIGO 2º
a)Cada animal tem direito ao respeito.
b)O homem, enquanto espécie animal, não pode
atribuir-se o direito de exterminar os outros
animais, ou explorá-los, violando esse direito. Ele
tem o dever de colocar a sua consciência a serviço
dos outros animais.
c)Cada animal tem direito à consideração, à cura e
à proteção do homem.

ARTIGO 3º
a)Nenhum animal será submeNdo a maus-tratos e
a atos cruéis.
b)Se a morte de um animal é necessária, deve ser
instantânea, sem dor ou angúsNa.

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ARTIGO 4º
a)Cada animal que pertence a uma espécie
selvagem tem o direito de viver livre no seu
ambiente natural terrestre, aéreo e aquáNco, e
tem o direito de reproduzir-se.
b)A privação da liberdade, ainda que para fins
educaNvos, é contrária a este direito.

ARTIGO 5º
a)Cada animal pertencente a uma espécie, que
vive habitualmente no ambiente do homem, tem
o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as
condições de vida e de liberdade que são próprias
de sua espécie.
b)Toda a modificação imposta pelo homem para
fins mercanNs é contrária a esse direito.

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ARTIGO 6º
a)Cada animal que o homem escolher para
companheiro tem o direito a uma duração de vida
conforme sua longevidade natural
b)O abandono de um animal é um ato cruel e
degradante.

ARTIGO 7º
Cada animal que trabalha tem o direito a uma
razoável limitação do tempo e intensidade do
trabalho, e a uma alimentação adequada e ao
repouso.

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ARTIGO 8º
a)A experimentação animal, que implica em
sofrimento \sico, é incompa]vel com os direitos
do animal, quer seja uma experiência médica,
cien]fica, comercial ou qualquer outra.
b)As técnicas substuNvas devem ser uNlizadas e
desenvolvidas

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ARTIGO 9º
Nenhum animal deve ser criado para servir de
alimentação, deve ser nutrido, alojado,
transportado e abaNdo, sem que para ele tenha
ansiedade ou dor.

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ARTIGO 10º
Nenhum animal deve ser usado para diverNmento
do homem. A exibição dos animais e os
espetáculos que uNlizem animais são
incompa]veis com a dignidade do animal.

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ARTIGO 11º
O ato que leva à morte de um animal sem
necessidade é um biocídio, ou seja, um crime
contra a vida.

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ARTIGO 12º
a)Cada ato que leve à morte um grande número
de animais selvagens é um genocídio, ou seja, um
delito contra a espécie.
b)O aniquilamento e a destruição do meio
ambiente natural levam ao genocídio.

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ARTIGO 13º
a)O animal morto deve ser tratado com respeito.
b)As cenas de violência de que os animais são
víNmas, devem ser proibidas no cinema e na
televisão, a menos que tenham como fim mostrar
um atentado aos direitos dos animais.

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ARTIGO 14º
a)As associações de proteção e de salvaguarda dos
animais devem ser representadas a nível
governamental.
b)Os direitos dos animais devem ser defendidos
por leis, como os direitos dos homens.

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Tarefa
• Em pares, escolher um dos ar&gos da Declaração e indicar que
situações atuais vão contra estes direitos estabelecidos.
• Expor pelo menos uma fragilidade (situações em que o direito é
incompaUvel) e explicar o porquê.

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Enquadramento Jurídico do Animal - Portugal


• Em Portugal, entre 2009 e 2015 foram criadas leis para a
responsabilização e criminalização dos maus-tratos animais, sendo
estas situações atualmente puníveis por lei com pena de prisão entre
1 a 8 anos.
• Portugal aprovou em 2017 o Estatuto Jurídicos dos Animais que pela
primeira vez na lei definiu os animais enquanto seres “dotados de
sensibilidade” em vez de apenas “coisas”

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Estatuto Jurídico dos Animais


• Ar.go 201.º-B
Animais
Os animais são seres vivos dotados de sensibilidade e objeto de proteção
jurídica em virtude da sua natureza.

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Estatuto Jurídico dos Animais


• Ar#go 1305.º-A
Propriedade de animais
1 - O proprietário de um animal deve assegurar o seu bem-estar e respeitar as caracterís3cas de cada
espécie e observar, no exercício dos seus direitos, as disposições especiais rela#vas à criação, reprodução,
detenção e proteção dos animais e à salvaguarda de espécies em risco, sempre que exigíveis.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, o dever de assegurar o bem-estar inclui, nomeadamente:
a) A garan3a de acesso a água e alimentação de acordo com as necessidades da espécie em questão;
b) A garan3a de acesso a cuidados médico-veterinários sempre que jus#ficado, incluindo as medidas
profilá#cas, de iden#ficação e de vacinação previstas na lei.
3 - O direito de propriedade de um animal não abrange a possibilidade de, sem mo#vo legí#mo, infligir dor,
sofrimento ou quaisquer outros maus-tratos que resultem em sofrimento injus#ficado, abandono ou morte.

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Outras parAcularidades
• Em caso de divórcio dos detentores, é necessário chegar a acordo com relação a
quem fica com o animal de es.mação, podendo haver um regime de “guarda
par.lhada”, tendo em linha de conta o superior interesse do animal.

• Em caso de lesão do animal de es.mação (ex. mordedura por outro cão,


atropelamento …) o detentor ou a en.dade que prestou socorro tem direito a
uma indeminização pelas despesas.

• Quem encontrar um animal tem a obrigação de o res.tuir ao detentor ou de


procurar a ajuda dos serviços veterinários ou das Autoridades para tal, sendo a
apropriação ilegí.ma punível por lei. Contudo, em caso de fundada prova de
maus tratos a lei também prevê a retenção do animal.

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“Se deixarmos os outros animais em paz, mais


facilmente nos deixaremos em paz uns aos outros, e é
esse o ponto mais importante que o direito deve servir,
pois se efectivamente nos deixarmos uns aos outros em
paz, nem sequer o direito seria necessário pois já
teríamos chegado à verdadeira sociedade fraterna”
Fernando Araújo

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Obrigado!

Dúvidas e questões: p6922@ulusofona.pt

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