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JUREMA: CONHECIMENTO E CIÊNCIA

>> Casa da Mestra Paulina <<

(Artigo escrito pelos padrinhos da Casa da Mestra Paulina, Wiarlley Spears e Ryan
Peixoto e revisado pelo Juremeiro Marcelo Souza)

Ministrante: Juremeiro Marcelo de Júlia Galega, da Casa de Jurema Reino dos Mares de
Recife-PE, filho do Babálorixá Maciel t’Osòssí
INTRODUÇÃO

Jurema, a Árvore Sagrada:

Desde o século XVI, documentos escritos pelo colonizador e narrativas deixadas por
cronistas e viajantes relatam rituais mágico-religiosos encontrados entre populações
indígenas do nordeste brasileiro, em que bebiam, fumavam, manipulavam ervas,
invocavam seus antepassados. Um desses escritos descreve a santidade do Jaguaripe
ocorrida no sertão baiano por volta de 1583, evidencia um processo de religiosidade
sincrética nascida no encontro entre missionários e índios e revela relações de
dominação-subordinação entre nativos e portugueses. O culto aos maracás da santidade
reproduz a crença de que os maracás abrigavam os espíritos, sendo adorados e
idolatrados através de cantos, danças e do uso do tabaco. Apresenta-se simbolicamente
como uma forma de resistência da população indígena contra a colonização portuguesa.

Um outro documento menciona o falecimento na prisão, em 1758, de um índio da aldeia


de Mepibu, no Rio Grande do Norte, preso por ter feito adjunto de jurema, cerimônia
coletiva com fins religiosos e terapêuticos, em que dançavam, fumavam cachimbo e
bebiam jurema. Em 1816, o viajante inglês Henry Koster observa uma dessas
cerimônias realizadas nos arredores de Olinda e descreve que havia um grande vaso de
barro no centro da cabana em torno do qual dançavam homens e mulheres e o cachimbo
era passado entre os participantes.

A prática da jurema nordestina, também conhecida como catimbó, é parte de um longo


processo de transformação e assimilações culturais que se difundem pela região, sendo
encontrado nas comunidades indígenas e no interior de diferentes religiões afro-
brasileiras, como o candomblé, o “xangô” e a umbanda. A jurema compõe um
complexo de concepções e representações em torno da planta jurema e se fundamentam
no culto de possessão aos mestres, cujo objetivo é curar os doentes e resolver os
problemas práticos da vida cotidiana, como os infortúnios amorosos e profissionais.
Como ressalta Roger Bastide, o que conta “são os desejos ou as necessidades
individuais, é a vida cotidiana com suas doenças, seus romances de amor, seus ganhos,
suas tristezas e seus sonhos de um futuro melhor”. Esse complexo inclui ainda a bebida
preparada com a casca da jurema e o uso da fumaça dos cachimbos nos rituais.

O culto tem por base um sistema mitológico no qual a jurema é considerada árvore
sagrada e, em torno dela, dispõe-se o “reino dos encantados”, formado por cidades, que
por sua vez são habitadas pelos “mestres”. Uma outra explicação mitológica apresenta
uma visão cristã quanto às origens do culto ao afirmar que, antes do nascimento de
Deus, a jurema era tida como uma árvore comum, mas, quando a virgem, fugindo de
Herodes, no seu êxodo para o Egito, escondeu o menino Jesus num pé de jurema, que
fez com que os soldados romanos não o vissem, imediatamente, a árvore encheu-se de
poderes sagrados, justificando, assim, que a força da jurema não é material, mas
espiritual, dos espíritos que passaram a habitá-la.

O mestre é a entidade espiritual central da jurema nordestina. Os mestres são falecidos


juremeiros que detinham os conhecimentos de sua prática. Segundo Mário de Andrade,
no século XVII, em Portugal, os feiticeiros curadores eram chamados de mestres. Nas
cerimônias da jurema, também se denomina mestre o dirigente de uma sessão. Os
médiuns vivos incorporam os mestres mortos que habitam as cidades sagradas da
jurema, ligando esses dois mundos por meio do transe. Os mestres seriam espíritos
curadores que, em vida, conheceram os segredos das plantas curativas e que são
convocados para trabalharem em uma sessão, a fim de aliviar os sofrimentos humanos.
Cada um tem uma linha, que é representada pelo cântico entoado pelo dirigente da
sessão e que precede sua visita a terra. O canto é uníssono e acompanhado pelo maracá.
A linha resume a ação sobrenatural, as excelências do poder e a sua especialidade
técnica. Com fisionomia própria, gestos, voz, manias, predileções, cada mestre narra as
suas aventuras, conta o seu nome e a sua vida. Ele possui a semente, o sinal de sua
legitimidade e autenticidade, eficácia e poder sobrenatural.

Além dos mestres, outra categoria de espírito é significativa, o caboclo, ao qual se


atribui identificação indígena e conhecimento de ervas e raízes. São muitas as entidades
espirituais cultuadas no universo da jurema, entre elas: Mestre Carlos, Mestre Seu Zé
Pilintra, Manoel Cadete, Mestra Faustina, Mestre Germano, Mestra Luziara, Mestra
Maria do Acais, Mestre Malunguinho, Mestre Pilão, Negro Gerson, Cabocla Jurema,
Caboclinho da Jurema, Caboclo Pedra Preta, Índio Pena Branca, Japiassu, Rei Canindé,
Rei de Urubá, Rei Salomão.
1. ORIGEM DA JUREMA SAGRADA

Conhecida nas décadas de 1930 a 1970 pelos antropólogos também como Catimbó, esta
prática religiosa se manteve viva, mesmo após todo o holocausto indígena que dizimou
quase por completo as diversas etnias/civilizações deste país. Contudo, sua presença e
força no mundo urbano das cidades do Nordeste, sobretudo, em Recife e Região
Metropolitana, é muito forte.

De uma herança ancestral e cultural, a jurema sagrada é uma tradição religiosa que


nasceu dos índios que habitavam o litoral da Paraíba, Rio Grande do Norte e no sertão
de Pernambuco antes da colonização portuguesa em 1500. A árvore jurema, que dá o
nome a religião, possui psicoativos que são ingeridos através de uma bebida nos rituais
religiosos e aproxima os participantes ao que é conhecido como ‘Cidade da Jurema’,
que seriam reinos e cidades espirituais.

Embora existam diferentes pontos de vista acerca das religiões juremeiras, em quase
todas as pesquisas sobre o tema, os estudiosos concordam que a Jurema abrange um
universo mítico-ritual de origem indígena, frequentemente presenciado na região
Nordeste do Brasil desde o período colonial.

2. ELEMENTOS SAGRADOS DA JUREMA

 Em linhas gerais, a bebida, a fumaça expelida dos cachimbos, o maracá e os cânticos
são elementos comuns a quase todas as cerimônias realizadas, seja nas comunidades
indígenas seja naquelas que constituem as religiões de matriz africana.
Entre os indígenas, os ritos permitem que xamãs estabeleçam comunicações com o
mundo dos Encantados. Já no universo afro –  mais recorrente em centros urbanos – , o
cerimonial possui algumas semelhanças com as chamadas “giras de Umbanda” e as
divindades que caracterizam o juremeiro são os mestres e as mestras. 

Os cânticos sagrados dos terreiros são um dos elementos mais fortes de preservação do
“ser da matriz indígena”, na Religião da Jurema. Neles podemos ver a história desse
povo cantada sistematicamente, em linhas melódicas que revelam a sua filosofia e
imaginário.

A religiosidade da Jurema tem como tronco central juremológico uma árvore sagrada: a
Jurema Preta (mimosa hostiles ou mimosa tenuiflora). Esta árvore, que ao mesmo tempo
é elemento essencial para o preparo da bebida sagrada de feitos transcendentais
psicoativos de mesmo nome, também é elemento mitológico que compõe o centro do
mundo encantado das Cidades da Jurema.

Com forma e metodologia própria, os juremeiros e juremeiras se utilizam destes


elementos de poder e “ciência” para manipular magicamente o seu mundo. A fumaça é
teologicamente uma das forças mais importantes desta tradição. Ela é a responsável pelo
contato com o mundo espiritual e por ser a forma de poder mais eficaz da tradição,
utilizada para todos os fins e desejos.
3. MALUNGUINHO NA JUREMA

O nome Malunguinho era, provavelmente, um título dado ao chefe dos malungos. A


liberdade e a terra era o sonho deste povo, os negros malungos eram exímios guerreiros,
possuidores de varias técnicas de guerrilhas conhecidas até hoje. Malungo, é aquele que
participa das atividades, da amizade, do destino etc. de outrem; camarada, companheiro,
parceiro.

Malunguinho é uma Falange espiritual afro-ameríndia presente nos terreiros de


Catimbó, Toré e Umbanda, sobretudo da região nordeste do Brasil, inspirada na figura
do líder João Batista, do Quilombo de Catucá.

De acordo com o pesquisador Hildo Leal da Rosa, no culto da Jurema, Malunguinho é


uma entidade de grande poder, que se manifesta de três formas bastante distintas. Exu,
caboclo e mestre. O primeiro representa o mensageiro, fazendo o elo de ligação da linha
da Jurema com as pessoas. O segundo é a figura do guia, o principal protetor dos
iniciados no culto. O terceiro representa alguém que teve existência real na terra. A
Jurema, segundo o pesquisador, é um culto religioso de origem indígena (existe no
Brasil desde o século 16), mas que também carrega elementos afros (negros) e cristãos
(brancos). “Malunguinho é uma entidade que fala pouco e não demora muito quando
incorpora. Suas palavras são meio truncadas, como uma criança falando, e a língua
mistura português com outro idioma”, diz Hildo Leal.

Durante o culto, as mensagens trazidas pela entidade são repassadas a um médium.


“Quando a pessoa está com um problema sério e precisa de uma proteção grande, uma
das primeiras entidades chamadas para ajudar é Malunguinho”, diz o pesquisador.
Traduzido como um Exu muito forte, Malunguinho também é invocado nas cerimônias
para levar embora os outros exus.

Antes de começar as cerimônias, o grupo sempre pede proteção a Malunguinho. “Isso é


uma história muito bonita. O povo pega um herói popular que existiu de verdade,
guerreiro, líder dos negros e o coloca no olimpo das divindades”, acrescenta o
historiador Marcus Carvalho. Várias cantigas usadas no culto da Jurema citam a figura
de Malunguinho.
No passado, O Quilombo de Malunguinho foi um local de maior representatividade
localizado nas terras hoje conhecidas como Engenho Utinga no município de Abreu e
Lima, local de agregação e tolerância, bem como de acolhimento para aqueles que
procuravam por proteção.

Entre os anos de 1814 a 1837, Malunguinho tornou-se o principal estrategista da


resistência ao implementar várias ações contra o poder local constituído com o objetivo
de conter os invasores dos quilombos, destacando-se a técnica de guerrilha conhecida
como estrepes que consistia em uma espécie de lança que eram enterradas no chão.
Segundo pesquisas, os líderes quilombolas no século XIX recebiam o título de
Malunguinho e os registros demonstram que João Batista (Mestre João) foi último líder
desse quilombo.

Por fim, Ele, na atualidade, está presente na Religião da Jurema Sagrada como guardião
que toma conta dos caminhos e cabe a ele a nobre missão de destrancar as estradas para
que o filho de fé possa estabelecer a conexão com o mundo dos encantados.
4. ORGANIZAÇÃO DA JUREMA POR MARIA E ZEZINHO DO ACAIS
(RAMAS DA JUREMA)

4.1 Mestra Maria do Acais (Maria Gonçalves de Barros)

Essa respeitável senhora exerceu ofícios de videntes e conselheira de milhares de


doentes e portadores de doenças exóticas e não sabidas das ciências médicas. Através
dos conselhos de “Mãe Maria do Acais”, das suas preces e evocações, a maioria desses
adoentados recuperava a saúde física, a tranquilidade e o uso pleno das suas faculdades
mentais. Nas práticas de “Mãe Maria do Acais” incluía-se a ingestão de um tipo de
vinho fabricado com sementes da “Jurema”, planta que crescia e se multiplicava no sitio
dos Guimarães, em Acais. Folha, sementes casca e raízes desse vegetal serviam para o
preparo de garrafadas licores, chás, banhos e condimentos desenvolvidos em formulas
que Maria do Acais manteve em segredo, até sua morte, no ano de 1937.

Exercendo seus trabalhos mediúnicos ao lado do também respeitoso Mestre Zezinho do


Acais, houve por Maria do Acais uma “reforma” dentro do culto a Jurema Sagrada.
Outrora as entidades eram cultuadas no “vento” tendo alguns elementos que
representavam sua força, energia e ciência. Hoje graças a organização de Maria e
Zezinho, Caboclos, Mestres e Mestras da Jurema Sagrada habitam nas suas cidades
espirituais onde está firmada sua força e de onde provém toda fonte de energia da
devida entidade que são representados pelos príncipes (copos) e princesas (taças), que
podem também variar de rama para rama, de região para região.

Tudo teria começado com a índia Maria Gonçalves de Barros, conhecida por Maria
índia, que teria recebido do Imperador Dom Pedro II as terras do Acais, onde teria
assentado moradia. Maria Índia teria dado início, então, ao uso da Jurema para curar os
mais variados males. Como não teve filhos, a sua sobrinha, Maria Eugênia Gonçalves
Guimarães, recebeu a herança da tia, e logo ficaria famosa como sendo, a ‘mestra’
Maria do Acais. Depois de sua morte, Flósculo Gonçalves Guimarães, seu filho, foi seu
continuador, nos demonstrando os laços de parentesco que circundam.
4.2 Zezinho do Acais

Esse então Senhor Mestre teve um grande papel dentro da organização ao culto da
Jurema Sagrada e a agregação ao culto a Exu e Pombo Gira. Ao lado do seu mentor
espiritual Mestre Zé Pelintra trouxe para dentro do culto a Jurema Sagrada o culto ao
Exu Tranca Rua (Exu muito respeitado por seu Zé Pelintra). Como Senhor dos
caminhos Exu hoje é louvado dentro das casas de Jurema e ofertado com muita devoção
antes de algumas cerimonias dentro do culto a Jurema.

5. HIERARQUIA DENTRO DA JUREMA (ESPIRITUAL E FÍSICO)

5.1 Espiritual:

A hierarquia espiritual dentro da Jurema respectivamente consiste-se em:

Guia (Que pode ser caboclo ou cabocla)

Mestre

Mestra

Um não é maior do que o outro, porém existe uma hierarquia a ser cumprida dentro da
espiritualidade, estando o Caboclo (guia) acima de todos, ele é quem rege a Jurema do
juremeiro. Logo após o Mestre que é mentor, guardião, conselheiro ao lado da senhora
mestra que compõe a mesa do juremeiro.

Dentro dessa hierarquia também Malunguinho que faz parte das correntes de todo
aquele que cultua a Jurema Sagrada podendo ele como vimos em outrora vir na corrente
de Exu, Mestre ou Caboclo

5.2 Físico:

Discípulo Juremeiro apontado

Discípulo Juremeiro Consagrado

Discípulo Juremeiro Mestre

Discípulo Juremeiro Padrinho


Discípulo Juremeiro Padrinho Mestre

6. A IMPORTÂNCIA DA BEBIDA JUREMA OU VINHO DE JUREMA


DENTRO DO CULTO

Era a bebida sagrada que os pajés indígenas faziam, servida em reuniões especiais.
Após a colonização e até o século XIX beber jurema era sinônimo de feitiçaria ou
prática de magia, sendo que muitos índios e caboclos foram presos acusados de
praticarem o "adjunto da jurema". A bebida ou o vinho da jurema, feita com a casca do
tronco da árvore, é bastante utilizada nos rituais religiosos do toré entre índios do
Nordeste. Mesmos os grupos indígenas que não usam a bebida, referem-se
à jurema como uma planta dotada de forças mágicas ou cósmicas.

A fabricação da bebida sagrada conta com uma mistura que é um segredo de cada casa
de Jurema pode levar cascas de jurema e uma espécie de vinho preparado com álcool,
mel, gengibre, hortelã, cravo e canela. Segundo alguns pesquisadores, a ingestão oral
desta mistura não provoca nenhum tipo de transformação em quem a ingere. Dessa
forma, tudo indica que os procedimentos ritualísticos que envolvem a ingestão, são
indispensáveis para que a fórmula preparada determine o estado de transe.

- A IMPORTÂNCIA DO CULTO A EXU E POMBO GIRA NA JUREMA

A princípio de tudo Exu e Pombo Gira não são entidades próprias do culto a Jurema.
São entidades cultuadas dentro da Kimbanda ou Quimbanda. Fundada em 1908 (mesmo
período de fundação da Umbanda por Zélio de Moraes) veio do povo de Malei sendo o
seu 3° Anjo Rei Astaroth ou Exu Rei das 7 Encruzilhadas Astaroth junto com ele veio 6
anjos ao total 7 anos banidos do Céu o principal anjo sendo Lúcifer. A Jurema Sagrada
segue o seu culto pelo Nordeste e Norte do País, sofrendo perseguições políticas e pelos
Jesuítas, tendo que sair do Natural como a Jurema de Caboclo, surgindo assim mais 11
Reinados.

Os Últimos Reinados de Jurema se fundiram com a Umbanda e Quimbanda que surgiu


em 1908 e havia já a influência do Candomblé, Nagô, Xambá e Angola. Chamado assim
Jurema traçada.
Assim dito afirmo que na Jurema Sagrada não existe Exu que esse foi cultuado 1908
surgindo no Rio de Janeiro. Na Jurema Sagrada existem vários Guardiões entre eles:
Reis Malunguinho, Reis Canindé, Arranca Toco, Vira Mundo, Ventania, Coquinho
Vermelho etc. O que vem a serem os Guardiões tem as funções parecidas com a função
de exu, só que tem ciência e consciência entre o Bem e o Mal, sua principal função e
guardar os portais de encantamento.

O Caboclo, Caboco, e ou Mestre Guardiões não tem aparência e ou se veste de Exu, usa
roupas de sua época e come o que era de costume. Sendo a Jurema de Caboclo o
primeiro reinado após surgiu mais 11 reinados. Isso significa que quanto mais o homem
se evolui a necessidade social e política mudamos nossos hábitos e costumes, daí os 11
reinados da Jurema se agrega valores.

Dito isso o carisma de Exu e Pomba Gira, são realizados cultos na Quimbanda que
antecede todos os atos de Jurema. Isso não retira o brilho e a ciência da Jurema dos
outros Reinados que realiza o culto junto, mas mesmo assim o faz totalmente separados.

O que não é admitido é a comparação de um Encantado Esquerdeiro Guardião de


portais a um espirito de homens e mulheres da rua que são chamados de Exu. Os Exus
não são Encantados, Como os Nossos Guardiões, que foi um Juremeiro em vida
consagrado e/ou no ato de sua morte o seu Protetor espiritual o encantou no reino
animal e/ou vegetal, passando a ser parte da natureza.

É por isso que a Jurema Sagrada Catimbó, cultua toda a natureza animal e/ou vegetal,
onde vamos buscar o encanto.
(Foto: Incorporação da Pombo Gira Maria Padilha na Madrinha/Juremeira Wiarlley Spears da Casa da
Mestra Paulina em Agosto de 2021)

(Fotos: Incorporação da Pombo Gira Maria Mulambo, do Juremeiro Juremeiro Marcelo de Júlia Galega,
da Casa de Jurema Reino dos Mares)
ATIVIDADES PRÁTICAS
OBSERVAÇÕES

- As atividades práticas estão previstas para acontecer no segundo dia do curso

- Cada pessoa se responsabiliza de conseguir os materiais necessários para cada


atividade prática

- Os materiais NÃO podem e não devem ser substituídos por outros. As atividades
práticas propostas, precisam ser feitas com os itens citados em cada um deles

- Cada pessoa se responsabiliza por levar ou despachar os trabalhos que serão realizados
após a finalização do curso

- A Casa da Mestra Paulina NÃO se responsabilizará por compra de materiais dos


participantes ou dos despachos dos trabalhos dos participantes (incluindo os
participantes da Casa)

- A atividade Nº 03 NÃO terá uma validação. Ou seja, NÃO será feita com o propósito
de adoçar ninguém. Será apenas uma representação de um dos muitos adoçamentos que
são feitos na Jurema Sagrada.

ATIVIDADE 01

Banho para...

1 Girassol

Erva Doce

Mel

1 Vela Amarela

Obs: Trazer uma Garrafa de 1 ou 2 litros para que possa levar o banho pra casa. O
banho não será tomado durante o curso.
ATIVIDADE 02

Farofa Para Exu e/ou Pombo Gira

Farinha de Mandioca ou Fubá Fina

Dendê

7 Pimentas Dedo de Moça

1 Cebola Roxa

7 Moedas de bronze/Ouro

Cachaça

2 Velas (1 Preta e 1 Vermelha)

Obs: Trazer um alguidar do tamanho de sua preferência (Pequeno, Médio ou Grande)


para que a farofa possa ser feita dentro do mesmo. Após a finalização do curso, cada
pessoa se responsabiliza de levar ou despachar a farofa no lugar indicado pelo
ministrante.

ATIVIDADE 03

Adoçamento

1 Melão

Mel

7 Pó de Amor

Fita de Cetim Vermelha

1 Vela (Vermelha ou Rosa)


Obs: Trazer um prato branco para que o adoçamento possa ser feito em cima do mesmo.
Após a finalização do curso, cada pessoa se responsabiliza de levar ou despachar o
adoçamento no local indicado pelo ministrante.

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