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Processo de Orientação.

O Processo de Orientação foi um processo gradual pois começou com as formas tradicionais
de orientação, cujo conhecimento o homem detém a vários anos e vem aplicando em vários
processos como foi o caso da época das grandes navegações até se chegar a orientação com a
bússola magnética nas suas diferentes formas e versões com a utilização dos mapas.

Orientação significa procurar o Oriente, de maneiras que quando encontramos um dos pontos
cardeais estão encontrados todos os outros. Designa-se por orientação ao processo de
determinar a direcção de qualquer um dos pontos cardeais.

Para a determinação dos pontos cardeais, temos que ter a noção de que o meridiano do lugar
intercepta o horizonte geográfico seguindo a linha Norte-Sul a qual pode ser também
chamada Meridiano.

Existem vários processos de orientação a saber: Pela Bússola Pelo Sol; Pelo relógio; Pelas
igrejas; Pelas estrelas, etc Detalhadamente temos:

Orientação pelo Sol

Se voltamos para o Sol ao meio dia fica a nossa frente o Sul e a retaguarda o Norte a esquerda
o Oriente e a direita o Ocidente. Esta prática pode se aplicar no Hemisfério Norte a Norte do
Trópico de Cancer.

No Hemisfério Meridional a Sul do Trópico de Capricórnio verifica-se o contrário.

Na zona Intertropical, depende do lugar e da época do ano. Nos Equinócios o Sol ao nascer
indica o Este ou nascente, no seu ocaso indica o Ocidente isto na Zona Intertropical.

Orientação pelo Relógio.

Coloca-se o relógio a qualquer hora do dia, de tal modo que o ponteiro das horas indique a
posição do Sol e traça se a bicetriz do ângulo do ponteiro e a linha que indica 12 horas. Com
o ponto que indica o meio-dia, teremos a direcção Sul em qualquer hemisfério.

Orientação pelo Cruzeiro do Sul


Pode se utilizar o Cruzeiro do Sul e o triângulo austral para se encontrar a direcção próxima
do Polo Sul.

Orientação pelos mapas

Deve-se virar o mapa de tal forma que os objectos coincidam com a realidade e em seguida
ler o ponto cardeal Norte no mapa e finalmente localiza-se os restantes pontos cardeais no
mapa.

Orientação pelas Igrejas

Os altares das Igrejas no Hemisfério Sul, na sua maioria indicam a direcção Norte.

Orientação pela Bússola

A bússola consiste numa agulha imantada de aço que se move livremente em torno de um
pivô. A agulha tem a forma de um losango. Na sua parte central tem uma peça de ágata ou de
qualquer outro material que serve de apoio. Todo o conjunto está condicionado numa caixa
metálica o que possibilita o seu emprego prático.

O emprego da bússola é baseado na propriedade que a agulha imantada possui de se orientar


sempre para o polo magnético terrestre quando se move livremente pelo pivô
O valor das indicações da bússola dependem da sensibilidade da agulha e da constância com
que a agulha conserva o meridiano. A primeira condição depende da facilidade com que a
agulha se movimenta em torno do pivô. A segunda condição depende da força que a obriga a
esta posição.

Em suma ao longo de vários anos o Homem recorreu a diversos métodos para poder se
orientar na superfície do globo.
Inclinação e Declinação Magnética.
Dentro do processo de orientação existem os conceitos de inclinação e declinação magnética,
sem os quais seria difícil entender as diferentes transformações que se operam na
determinação de azimutes e rumos magnéticos o que seria impossível determinar os dados
correctos no processo de orientação.

Inclinação Magnética
A Terra exerce sobre a agulha imantada uma influência semelhante a exercida sobre um
grande íman. A agulha imantada quando suspensa pelo centro de gravidade orienta-se
voltando as suas extremidades para uma direcção aproximada a dos pólos geográficos. Essa
direcção é o Meridiano Magnético do lugar. A acção do magnetismo da terra sobre a
agulha imantada é simplesmente directriz ou orientação, o que se demonstra colocando uma
agulha imantada suspensa pelo seu centro de gravidade por um fio que será preso por um
suporte de um fio de prumo.
Em pontos equidistantes dos pólos magnéticos da terra a atracção exercida sobre a agulha
imantada tem a mesma intensidade havendo portanto um equilíbrio e naqueles em que a
distância é desigual a agulha imantada será atraída pelo pólo mais próximo e inclinar-se-á
para ele ocasionando o que se chama de Inclinação Magnética. No nosso hemisfério uma
agulha imantada suspensa pelo seu centro de gravidade não somente se orienta pelo plano da
meridiana magnética como também inclina a sua extremidade Sul para baixo formando com
o plano horizontal um ângulo a que designa-se de Inclinação Magnética.
Declinação Magnética
A agulha imantada é orientada de tal modo que suas extremidades ocupem a posição da
meridiana magnética e sabe-se que a direcção para onde a agulha imantada varia de lugar
para lugar e no decurso do tempo. Segundo alguns historiadores, foi Cristóvão Colombo que
observou esta variação dada em sua viagem de 13 de Setembro de 1492. Deste modo,
designa-se por Declinação Magnética ao ângulo formado entre o Norte verdadeiro ou
geográfico e o Norte magnético. Este ângulo exprime o valor da declinação magnética, pode
ser ocidental ou positivo quando a ponta Norte da agulha imantada se volta para Oeste e
oriental ou negativo quando para leste.
Quando o Norte magnético se confunde com o verdadeiro não se forma nenhum ângulo, logo
a declinação será nula.
Variação da Declinação Magnética
Numa mesma localidade pode se observar uma variação dos valores da declinação magnética,
umas variam regularmente com o tempo e outras são anormais ou perturbações.
As variações da declinação magnética podem ser:
Variação geográfica – quando a variação magnética no mesmo lugar difere de lugar para
outro isto é cada lugar tem a sua declinação magnética.
Variações seculares - São variações que se registam ao longo dos séculos em que o pólo
Norte magnético, caminha em direcção ao pólo Norte geográfico.

Azimute Magnético, Rumo Magnético Azimute Magnético de um alinhamento é o ângulo


que a direcção desse alinhamento forma com o meridiano magnético.

Azimute Geográfico ou Verdadeiro: definido como o ângulo horizontal que a direcção de


um alinhamento faz com o meridiano geográfico.
Azimute Magnético: definido como o ângulo horizontal que a direcção de um alinhamento
faz com o meridiano magnético.

Rumo magnético é o menor ângulo que o alinhamento faz com a direcção definida pela linha
de fé (NS), é encontrado a partir da ponta Norte ou ponta Sul como origem e nunca ultrapassa
90º.
Rumo Verdadeiro: é obtido em função do azimute verdadeiro através de relações
matemáticas simples.
Rumo Magnético: é o menor ângulo horizontal que um alinhamento forma com a direcção
norte/sul definida pela agulha de uma bússola (meridiano magnético).
Em suma a consideração da declinação magnética no processo de orientação no espaço
possibilita que se entenda a dinâmica que este ângulo tem ao longo dos anos e a sua
importância.

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