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SOL 471 – Nutrição e Manejo de Solos Florestais

4 (2-2) I e II

Júlio César Lima Neves


Prof. Titular – DPS/UFV
Ementa da Disciplina:
- Conceitos de Sítios e Solos Florestais;
- Recursos e Processos Dinâmicos Determinantes do Crescimento Florestal;
- Modelagem da Produtividade e da Acumulação de Nutrientes em Povoamentos
Florestais;
- Dinâmica do crescimento florestal;
- Biomassa e ciclagem geoquímica, bioquímica e biogeoquímica de nutrientes em
ecossistemas florestais;
- Características e Propriedades Edáficas e Suprimento de Nutrientes em
Plantações Florestais;
- Qualidade do Solo Florestal e sua Modelagem;
- Relação entre Técnicas Silviculturais e Nutrição de Árvores;
- Manejo Nutricional de Povoamentos Florestais;
- Adubação de Povoamentos Florestais;
- Sustentabilidade da Produção Florestal.
Objetivos
Apresentar e discutir conceitos importantes relacionados à
nutrição de espécies e solos florestais;

Discutir fundamentos relacionados à funcionalidade de


solos florestais, como componentes de ecossistemas
florestais naturais ou plantados.

Discutir os ciclos do C, da água e dos nutrientes e sua


relação com o crescimento florestal e com as técnicas de
manejo.

Apresentar e discutir os principais problemas e demandas


do setor produtivo florestal quanto à nutrição mineral e
manejo do solo, e as ferramentas disponíveis para uso no
manejo florestal intensivo

Discutir as implicações do manejo na produtividade e


sustentabilidade da produção florestal.
Avaliações

Três (3) Provas (66%)


Testes Rápidos (24%)

Trabalhos (10%)
A Produção Primária e a Questão Ambiental
Permeando as Civilizações

( A nossa importância como profissionais)


O Modelo Tradicional de Uso da Terra em Muitas Regiões
– Alta Exposição e
Degradação do Solo, Baixa Produtividade

Revegetação com
Florestas Plantadas – Importância
para a Conservação do Solo e
Fixação de Carbono
A ATIVIDADE FLORESTAL CAUSA MAIOR GANHO NA QUALIDADE DE VIDA
DAS POPULAÇÕES

O Índice de Desenvolvimento Municipal, da FIRJAN, considera


Educação, Emprego e Renda (E&R), Saúde
A ATIVIDADE FLORESTAL CAUSA MAIOR GANHO NA QUALIDADE DE VIDA
DAS POPULAÇÕES

O Índice de Desenvolvimento Municipal, da FIRJAN, considera


Educação, Emprego e Renda (E&R), Saúde
A ATIVIDADE FLORESTAL CAUSA MAIOR GANHO NA QUALIDADE DE VIDA
DAS POPULAÇÕES

O Índice de Desenvolvimento Municipal, da FIRJAN, considera


Educação, Emprego e Renda (E&R), Saúde
Recursos (Fatores) de Produção Florestal
6 H 2O + 6CO2 ⎯LUZ
⎯⎯→ C 6 H 12O 6 + 6O2
Radiação Solar, CO2, H2O e Nutrientes Minerais
Clima Fisiografia Solo

Radiação solar Interfere nos fluxos Crescimento de raízes


Precipitação dos recursos ou Suprimentos de água,
Temperatura, fatores de produção nutrientes e oxigênio
etc

Sítio Florestal -> Capacidade Produtiva


(Florestas Naturais)

Tempo Material genético


Manejo

Produtividade Florestal, Plantações Florestais


A Importância de se Conhecer o Meio Físico

Clima

Fisiografia do terreno (a paisagem)

Solo
DADOS CLIMÁTICOS DE TRÊS REGIÔES
Grajaú - Temperaturas (oC) o
Tocantins (M.Isab) - Temperaturas ( C)
o
Açailândia - Temperaturas ( C)
35.0 35.0
35.0
32.5 32.5 32.5
30.0 30.0 30.0
27.5 Tmax 27.5 Tmax Tmax
27.5
25.0 Tmin 25.0 Tmin 25.0 Tmin
22.5 22.5 22.5
20.0 20.0 20.0
17.5
17.5 17.5
15.0
15.0 15.0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Grajaú - Precipitação (mm) Tocantins (M.Isabel) - Precipitação (mm)


Açailândia - Precipitação (mm)
350 350
350
300 300
300
250 250
250
200 200
200
150 150
150
100 100 100

50 50 50
0 0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Açailândia - Nebulosidade (% ) Grajaú - Nebulosidade (%) Tocantis (M.Isabel) - Nebulosidade (% )

100 100
100
90 90
90
80 80
80
70 70
70
60 60
60
50
50 50
40
40 40
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
2 2
Açailândia - Rad. Solar (w/m ) Grajaú - Rad. Solar (w/m )
2 Tocantins (M.Isabel) - Rad. Solar (w/m )

20 20 20
18 18 18

16 16 16

14 14 14
12 12
12
10 10
10
8 8
8
6 6
6 4 4
4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Efeito da Fisiografia na Disponibilidade de Recursos Luz e Água

W E

(I) (II)
Índice de Qualidade Fisiográfico (IQFis)
Cocais Site

25

20
Solar radiation (W/m2)

15 34o S
34o N

10 Plan

0
13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71
Age (month)

Considerando apenas a Influência fisiográfica sobre a


radiação solar -> Variação de 6,3 % no IMA.
Silva (2007)
“A Classe Taxonômica do Solo é
Indicadora de Produtividade do Eucalipto”

Menezes (2005)
Latossolos
• Classe de solo com maior potencial de produtividade
• Maiores restriçãoes em solos com menores teores de argila e
locais de baixa altitude

Neossolos Quartzarênicos e Argissolos


•Solos com baixa capacidade de armazemento de água
•Baixa profundidade efetiva

Plintossolos
•Devem ser utilizados apenas em último caso
•Difícil manejo
•Necessidade de material genético adaptado
•Uso de camalhão
Levantamento de Solos => Unidades de Manejo

– Direcionamento de subsolagem;
– Alocação Otimizada de Materiais Genéticos;
– Direcionamento de adubação;
– Avaliação da produtividade;
– Comportamento com o tempo (sustentabilidade);

Exemplo de uma grande empresa (90.000 ha) em MG:

16 Unidades de Manejo ( resultando em 16 “pacotes”


tecnológicos, que variam, p. ex., em relação a adubação,
espaçamento, preparo de solo, material genético, etc)
CEC pH 7 (a) and Soil Organic Matter (b) vs Clay Content in
Brazil Cerrado Oxissols (n=171)

20

ŷ = 0,181x0,6446***

CTC (cmolc dm-3)


15 R2 = 0,82
CEC pH 7
10
(cmolc dm-3)
5

0
0 150 300 450 600 750 900

-1
Argila (g kg ) Clay ( g kg-1)
b

50
ŷ = 0,788x0,5533***
40 R2 = 0,81
SOM
MO (g kg-1)

30

(g kg-1) 20

10

0
0 150 300 450 600 750 900
-1
Argila (g kg ) Clay ( g kg-1)

Santos (2006)
Texture influences MOS
(and both are related with other soil properties)
A Importância do Manejo

• Trabalho na África do Sul concluiu que os


ganhos de produtividade florestal obtidos foram
devidos 20% à genética e 80% ao manejo
(silvicultura)

No Brasil : década de 60 (10 a 20 m3/ha/ano)


atualmente (até 60 m3/ha/ano)
A Importância da Genética e do Manejo
Silvicultural (inclui fertilização)

Du Toit et al., 2010:


Produtividade de Eucalipto Limitada pelo Clima pelo 3-PG para o
Maranhão

Açailândia

Vitória do Mearim
IMA6 Potencial= 62 ± 3,6 m3/ha/ano

Caxias

Barra do Corda

Balsas
Modelos Baseados em Processos para Simular o Crescimento e
Produtividade de Plantios Florestais
Relações Taxas
Modelo 3PG alométricas máximas de
Radiação queda de litter
Solar
(RFA)
Folhas
Água

RFA Tronco
Utilizável

Eficiência
quântica Raízes
Produção
Bruta (PPB)

Respiração

Produção
Líquida (PPL) VPD, Água no Solo
Litter
Fertilidade
Balanço de
Água Stappe (2002)
Qualidade do Solo (IQS)
Aplicando o Modulador Pedológico
Tabela 2. Estimativa da produtividade potencial de povoamentos de eucalipto por classe de
solo no Meio-Norte brasileiro.

3
Região Classe de solo Modulador Pedológico IMA (m /ha/ano)
Maranhão Latossolo 1,0 - 0,6 62 - 37
Maranhão Argissolo/Neossolo Quartzarênico 0,7 - 0,4 43 - 25
Maranhão Plintossolo 0,4 - 0,2 25 - 12

Piaui Latossolo 1,0 - 0,6 43 - 26


Piaui Argissolo 0,7 - 0,4 30 - 17
Piaui Plintossolo 0,4 - 0,2 17 - 10

Borges et al (2015)
A importância do Material Genético e
da Interação GenótipoxAmbiente
MATERIAL GENÉTICO x SÍTIO FLORESTAL

Dens. IMA (m3/ha/ano)


CLONE (Kg/m3) 900mm 1200mm 1400mm 1600mm
0321 531 20 42 66
1249 506 13 40 61
1250 556 13 31 56
1252 457 15 51 32
1263 507 18 37 54
1277 471 18 40 64
1296 552 14 42
1341 541 11 39 42 67
1406 415 14 42
1407 448 30 71
1423 460 28 39
1430 483 16 46
Diferentes Exigências e Eficiências de Uso de Recursos ?
Índice Relativo de Produtividade (IQMG = 1,0 para o mais
produtivo em cada sítio) de 50 clones de eucalipto em sítios
florestais de Alagoas (entre parêntese, a produtividade de tronco,
IMA, em m3/ha/ano, do clone mais produtivo),
Fonte: Alfenas (2014, não publicado)
Alta tolerância

Baixa tolerância

Tolerância média

Em 2007, ano com menor pluviometria no cerrado de MG

Mecanismos envolvidos nessa tolerância diferencial ?


Água e Nutrientes São Os Recursos do
Ambiente Físico Que Mais Determinam a
Produtividade das Culturas Nas Condições
de Solo e Clima Predominantes em Regiões
Tropicais (Barros e Comerford, 2002)

A Manutenção em Bons Níveis dos Fluxos de Água e de


Nutrientes é a Base da Sustentabilidade da Produção de
Florestas Plantadas Nessas Regiões, e Portanto, da
Competitividade do Setor de Base Florestal
(Neves, 2000; Barros e Comerford, 2002)
NUTRIÇÃO MINERAL

Características do solo

Características da planta

Manejo do solo

Manejo florestal
Obrigado Pela Atenção

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