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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 5356-4
Primeira edição
17.12.2007

Válida a partir de
17.01.2008

Transformadores de potência
Parte 4: Guia para ensaio de impulso
atmosférico e de manobra para
transformadores e reatores
Power transformers
Part 4: Guide to the lightning impulse and switching impulse testing –
Power transformers and reactors
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

Palavras-chave: Transformador. Impulso atmosférico. Manobra. Reator.


Descriptors: Transformer. Lightning impulse. Switching. Reactor.

ICS 29.180

ISBN 978-85-07-00876-7

Número de referência
ABNT NBR 5356-4:2007
39 páginas

©ABNT 2007

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ABNT NBR 5356-4:2007
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

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Sumário Página

Prefácio........................................................................................................................................................................v
1 Escopo ............................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................1
3 Considerações gerais ...................................................................................................................................2
4 Formas de impulso especificadas ...............................................................................................................2
5 Circuito de ensaio..........................................................................................................................................2
5.1 Gerador de impulso.......................................................................................................................................2
5.2 Objeto sob ensaio..........................................................................................................................................3
5.3 Circuito de medição de tensão ....................................................................................................................4
5.4 Circuito de corte ............................................................................................................................................4
5.5 Circuitos para detecção de falhas ...............................................................................................................4
5.6 Montagem do circuito ...................................................................................................................................5
6 Calibração e verificação................................................................................................................................7
7 Ensaio de tensão suportável nominal de impulsos atmosféricos ...........................................................7
7.1 Ligações dos terminais do objeto sob ensaio ...........................................................................................7
7.2 Enrolamentos protegidos por pára-raios ou resistores não lineares......................................................7
7.3 Forma de impulso atmosférico (ajuste e tolerância) .................................................................................8
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7.3.1 Impulsos plenos ............................................................................................................................................8


7.3.2 Impulsos cortados na cauda ........................................................................................................................8
7.4 Registros oscilográficos (métodos de detecção de falhas)......................................................................8
7.4.1 Considerações gerais ...................................................................................................................................8
7.4.2 Registro oscilográfico da tensão.................................................................................................................9
7.4.3 Registro oscilográfico da corrente ..............................................................................................................9
7.5 Procedimentos de ensaio ...........................................................................................................................10
7.6 Interpretação de oscilogramas de impulsos atmosféricos.....................................................................10
7.6.1 Generalidades ..............................................................................................................................................10
7.6.2 Ensaios com impulsos plenos ...................................................................................................................11
7.7 Identificação e eliminação das perturbações...........................................................................................12
8 Ensaios de tensão suportável nominal de impulso de manobra ...........................................................13
8.1 Ligações dos terminais do objeto sob ensaio .........................................................................................13
8.1.1 Transformadores .........................................................................................................................................13
8.1.2 Reatores .......................................................................................................................................................15
8.2 Formas de impulso de manobra, ajuste e tolerância...............................................................................15
8.2.1 Transformadores .........................................................................................................................................15
8.2.2 Reatores .......................................................................................................................................................16
8.3 Registros oscilográficos, métodos de detecção de falhas para transformadores e reatores ............16
8.3.1 Generalidades ..............................................................................................................................................16
8.3.2 Registro oscilográfico de tensão...............................................................................................................16
8.3.3 Registros oscilográficos da corrente ........................................................................................................16
8.4 Procedimentos de ensaio ...........................................................................................................................18
8.4.1 Transformadores .........................................................................................................................................18
8.4.2 Reatores .......................................................................................................................................................18
8.5 Interpretação de oscilogramas de impulsos de manobra.......................................................................18
Anexo A (informativo) Princípios de controle de forma de impulsos atmosféricos e de manobra..................20
A.1 Impulsos atmosféricos................................................................................................................................20
A.1.1 Enrolamentos de alta indutância (Lt ≥ 100 mH) ........................................................................................21
A.1.2 Enrolamentos de média indutância (20 mH ≤ Lt < 100 mH).....................................................................21
A.1.3 Enrolamentos de baixa indutância (Lt < 20 mH) .......................................................................................21
A.2 Impulsos de manobra..................................................................................................................................23

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Anexo B (informativo) Oscilogramas ......................................................................................................................24


B.1 Registros oscilográficos típicos ................................................................................................................24
B.2 Sumário dos oscilogramas.........................................................................................................................24
B.2.1 Ensaios de impulsos atmosféricos ...........................................................................................................24
B.2.2 Ensaios de impulso de manobra ...............................................................................................................25
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por
Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 5356-4 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo
de Transformadores de Potência (CE-03:014.01). O seu 1º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 06, de 01.06.2006, com o número de Projeto ABNT NBR 5356-4. O seu 2º Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 07, de 23.06.2007 a 23.07.2007, com o número de 2º Projeto ABNT NBR 5356-4.

Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 7570:1982.

A ABNT NBR 5356, sob o título geral “Transformadores de potência”, tem previsão de conter as seguintes partes:
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⎯ Parte 1: Generalidades;

⎯ Parte 2: Aquecimento;

⎯ Parte 3: Níveis de isolamento, ensaios dielétricos e espaçamentos externos em ar;

⎯ Parte 4: Guia para ensaios de impulso atmosférico e de manobra para transformadores e reatores;

⎯ Parte 5: Capacidade de resistir a curtos-circuitos;

⎯ Parte 6: Reatores;

⎯ Parte 7: Carregamento de transformadores;

⎯ Parte 8: Guia de aplicação.

Esta primeira edição da ABNT NBR 5356-4 cancela e substitui a primeira edição da ABNT NBR 5356:1993, a qual
foi tecnicamente revisada e desmembrada em partes.

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Transformadores de potência
Parte 4: Guia para ensaio de impulso atmosférico e de manobra para
transformadores e reatores

1 Escopo
Esta parte da ABNT NBR 5356 fornece orientação e comentários explicativos sobre os procedimentos existentes
de ensaio de tensão suportável nominal de impulso atmosférico e de manobra, em transformadores e reatores
para sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica, suplementando as disposições das normas tipo
especificação e método de ensaio pertinentes. As diferenças entre os procedimentos aplicáveis a transformadores
e reatores são indicadas quando for o caso.

Esta parte da ABNT NBR 5356 informa sobre forma de impulso, circuitos de ensaio, inclusive ligações de ensaio,
práticas de aterramento, métodos de detecção de falhas, procedimentos de ensaio, técnicas de medição
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e interpretação dos resultados.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5119:1983, Reatores de sistemas de potência – Especificação

ABNT NBR 5356-1:2007, Transformadores de potência – Parte 1: Generalidades

ABNT NBR 5356-3:2007, Transformadores de potência – Parte 3: Níveis de isolamento, ensaios dielétricos
e espaçamentos externos em ar

ABNT NBR 5412:1963, Construção e uso do centelhador de esferas – Uma esfera ligada a terra – Procedimento

ABNT NBR 6936:1992, Técnica de ensaios elétricos de alta tensão – Procedimento

ABNT NBR 6937:1981, Técnica de ensaios elétricos de alta tensão – Dispositivos de medição – Procedimento

ABNT NBR 6938:1981, Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão – Guia de aplicação para dispositivos de
medição

ABNT NBR 7569:1982 – Reatores de sistemas de potencia – Método de ensaio

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ABNT NBR 5356-4:2007

3 Considerações gerais
3.1 Esta parte da ABNT NBR 5356 é baseada primordialmente no emprego de geradores de impulso
convencionais, tanto para ensaio de tensão suportável nominal de impulso atmosférico quanto de manobra,
em transformadores e reatores. A prática da geração de impulso de manobra com descarga de um capacitor
separado num enrolamento de tensão mais baixa é também aplicável.

3.2 Não são discutidos meios alternativos de geração ou simulação de impulso de manobra, como a interrupção
de corrente contínua num enrolamento de tensão mais baixa ou a aplicação de parte de um período de tensão
à freqüência industrial, visto não serem de aplicação geral.

3.3 Nos ensaios de impulso atmosférico e de manobra, diferentes considerações devem ser feitas para
transformadores e reatores.

Nos ensaios de tensão suportável de impulso atmosférico em transformadores e reatores, todos os terminais
e enrolamentos podem ser submetidos a níveis de tensão especificados e independentes.

No ensaio de impulso de manobra em transformadores, devido à transferência magnética de tensão, o nível de


tensão de ensaio especificado pode ser obtido somente em um enrolamento (ver ABNT NBR 5356-3
e Anexo E da ABNT NBR 5356-1:2007). Neste ensaio podem ocorrer também fenômenos de saturação.

Quando aplicáveis, as técnicas de ensaio devem estar de acordo com as ABNT NBR 6936.

4 Formas de impulso especificadas


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As formas de impulso normalmente utilizadas no ensaio de tensão de impulso atmosférico e de manobra


em transformadores e reatores estão especificadas na ABNT NBR 6936. Os valores destes parâmetros constam
nas ABNT NBR 5356-3 e ABNT NBR 5119.

5 Circuito de ensaio
O circuito para ensaio de tensão de impulso atmosférico e de manobra pode ser dividido em cinco partes distintas:

a) gerador de impulso, com seus componentes adicionais;

b) objeto sob ensaio;

c) circuito de medição de tensão;

d) circuito de corte, quando aplicável;

e) circuito para detecção de falhas.

5.1 Gerador de impulso

O gerador de impulso é caracterizado por sua capacitância principal Cg, sua resistência série interna Rsi
e sua resistência de descarga Rp. Freqüentemente uma resistência série externa Rse, um capacitor de frente C1
ou ambos são acrescentados ao circuito.

O gerador de impulsos e demais elementos do circuito, inclusive os condutores de ligação, contêm indutâncias
e capacitâncias distribuídas, que afetam a forma de impulso. A Figura 1 não mostra estes elementos; eles também
não são incluídos no cálculo aproximado da forma do impulso do Anexo A.

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Legenda:

1 - Gerador de impulso Cg = capacitância série do gerador de impulso

2 - Centelhador de corte CL = capacitância da carga


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3 - Circuito principal Ct = capacitância efetiva do objeto sob ensaio

4 - Circuito de corte Lt = indutância do objeto sob ensaio

5 - Objeto sob ensaio Rsi = resistência série interna do gerador de impulso

6 - Circuito de medição de tensão Rse = resistência série externa do gerador de impulso

7 - Terra de referência Rp = resistência paralela do gerador de impulso

8 - Derivador de corrente Zc = impedância adicional no circuito do centelhador de corte

9 - Divisor de tensão Z1(C1) = impedância (capacitância) do lado de alta-tensão do divisor de tensão

Z2(C2) = impedância (capacitância) do lado de baixa tensão do divisor de


tensão

Figura 1 — Circuito típico de ensaio de impulso

5.2 Objeto sob ensaio

O objeto sob ensaio é caracterizado por sua capacitância efetiva Ct e sua indutância Lt. Tanto para
transformadores como para reatores a capacitância efetiva depende da forma do impulso aplicado
e particularmente do tempo de frente virtual (ver Anexo A) e, no caso de enrolamentos abertos, do grau
de saturação (ver 8.2.1).

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5.3 Circuito de medição de tensão

O circuito de medição de tensão é constituído por um divisor de tensão e um ou mais instrumentos de medição.
Vários divisores podem ser utilizados: os resistivos, os resistivos com eletrodos de blindagem, os capacitivos
ou os capacitivos mistos. Os dois primeiros tipos são caracterizados pela resistência Rd e os últimos
pela capacitância série Cd.
Divisores resistivos ou divisores resistivos com eletrodos de blindagem geralmente são inadequados para medidas
de impulso de manobra, pois eles descarregariam o gerador de impulsos muito rapidamente.
Normalmente é usado um osciloscópio como instrumento de medição, juntamente com um voltímetro de crista.
O osciloscópio é usado para registrar a forma de impulso e o valor da crista 1).

Os sistemas de medição e sua calibração devem estar de acordo com a ABNT NBR 6937.

5.4 Circuito de corte

O circuito de corte consiste em um centelhador que é ligado entre o terminal ensaiado do objeto sob ensaio
e a terra, através de condutores como o mostrado na Figura 1.

Pode ser usado um centelhador de pontas ou algum tipo de centelhador com disparo controlado. Algumas vezes
uma resistência Rc é inserida na ligação ao centelhador de corte. O objetivo é manter a amplitude de polaridade
oposta entre os limites especificados.

Somente a utilização do centelhador com disparo controlado permite um ajuste do tempo de corte com uma
precisão suficiente para obtenção de tempos até o corte razoavelmente idênticos, que permitam a constatação
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de falhas por comparação de oscilogramas após o corte.

5.5 Circuitos para detecção de falhas

A detecção de falhas pode ser realizada por meio do exame dos oscilogramas da tensão de ensaio aplicada e das
outras tensões e correntes transitórias do circuito.

Podem ser obtidos os seguintes registros:

a) da corrente no neutro (para transformadores e reatores com neutros que podem ser aterrados durante
o ensaio);

b) da corrente no enrolamento sob ensaio (para transformadores e reatores trifásicos com enrolamentos ligados
em triângulos e para transformadores com enrolamentos ligados em estrela ou zigue-zague, cujo neutro não
pode ser aterrado durante o ensaio);

c) da corrente transferida a um enrolamento adjacente;

d) da corrente no tanque;

e) da tensão transferida a um enrolamento não ensaiado;

f) da corrente de linha.

A Figura 2 mostra exemplos de circuitos para obtenção desses registros nos ensaios de impulso atmosférico em
transformadores.

Para medir a corrente de linha, ligam-se ao tanque todos os terminais que normalmente devem ser aterrados,
medindo-se a corrente do tanque para a terra.

1) Técnicas digitais estão sendo desenvolvidas para registrar tanto a forma do impulso quanto o valor de crista.

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5.6 Montagem do circuito

A disposição física do circuito de ensaio, dos cabos de interligação, fitas de aterramento etc. deve levar em conta
as limitações de espaço no recinto de ensaio e, particularmente, o efeito de proximidade de quaisquer estruturas.

Em ensaios de tensão de impulso atmosférico, o gerador de impulso produz elevadas correntes com elevadas
taxas de variação, as quais retornam ao gerador através do capacitador de carga, do objeto sob ensaio
e do divisor de tensão. Especialmente o corte do impulso pode causar rápidas variações de corrente.
Estas correntes produzem diferenças de potencial entre vários pontos do lado terra do circuito, que podem
perturbar a medição e, particularmente, o registro de corrente para a indicação da falha (ver 7.7).

Um método para reduzir estas diferenças de potencial consiste na utilização de largas tiras metálicas como
condutores de retorno do lado terra. Outro método consiste em instalar uma chapa ou malha metálica dentro
ou sobre o piso. O lado terra de cada componente do circuito é ligado a esta malha ou chapa, no ponto mais
próximo a ele. Seja qual for a disposição, é importante que tanto o lado de alta como o de baixa tensão do divisor
de tensão estejam ligados ao objeto sob ensaio, por fora do circuito principal, percorrido pelas correntes elevadas,
como mostrado na Figura 1. Também a localização do derivador pode ser importante. Pelo menos um ponto
do sistema de retorno do lado terra deve ser ligado à terra real. No caso de malha de terra, diversos pontos são
geralmente ligados à terra real.

Em ensaio de impulso de manobra, os problemas de gradientes de potencial em torno do circuito de ensaio


e com relação ao aterramento são menos críticos, visto que as taxas de variação de tensões e correntes
de impulso são muito reduzidas em comparação com as que acorrem num ensaio de tensão de impulso
atmosférico, não havendo, além disso, circuito de corte. Apesar disto, recomenda-se seguir, por conveniência,
as práticas de aterramento utilizadas para ensaio de impulso atmosférico.
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Figura 2a – Corrente no neutro Figura 2b – Corrente no enrolamento (medida nos terminais


de outras fases)
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Figura 2c – Corrente transferida Figura 2d – Corrente no tanque

Figura 2e – Tensão transferida Figura 2f – Corrente de linha

Figura 2 — Ligações dos terminais, em ensaios de impulso atmosférico e métodos de detecção de falha

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6 Calibração e verificação
Antes de um ensaio, deve ser realizada uma verificação global do circuito de ensaio e do circuito de medição com
tensão inferior à “tensão com valor reduzido”.

O circuito para medição de tensão no terminal ensaiado deve normalmente ser verificado por medição
comparativa com outro dispositivo de medição de tensão aprovado ou por meio de um centelhador de esferas
(ver ABNT NBR 5412), ou por outros métodos de precisão aceitável.

As ABNT NBR 6937 e ABNT NBR 6938 contêm informações sobre tipos de divisores de tensão, as suas
aplicações, exatidão, calibração e verificação.

Os circuitos para detecção de falhas (ver 5.5 a) a f)) não necessitam ser calibrados. Contudo, uma verificação
pode ser útil para conferir se as leituras são suficientemente reprodutíveis. Ela pode ser feita pela aplicação de
vários impulsos com tensão inferior à tensão de valor reduzido. Especial atenção deve ser dada às irregularidades
não reprodutíveis que possam ocorrer nos registros. Para métodos de eliminação destas irregularidades, ver 7.7.

Deve-se reconhecer que estes procedimentos têm finalidade somente de verificação e que esta não substitui
a calibração periódica do sistema de medição de acordo com a ABNT NBR 6937.

7 Ensaio de tensão suportável nominal de impulsos atmosféricos

7.1 Ligações dos terminais do objeto sob ensaio


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As ligações para ensaio de tensão suportável nominal de impulso atmosférico são detalhadas no Anexo E
da ABNT NBR 5356-1:2007 para transformadores e na ABNT NBR 7569 para reatores.

Normalmente todos os terminais são aterrados, com exceção daquele no qual a tensão de ensaio é aplicada.
Isto pode ser feito por meio de um derivador para indicação de falha (ver 5.5 a) e d)). Ocasionalmente, uma tensão
transferida é usada para indicação de falha (ver 5.5 e)). Neste caso, o terminal considerado é ligado a um divisor
de tensão como mostrado na Figura 2 e).

Algumas vezes, o terminal do neutro do enrolamento ensaiado ou os terminais de linha dos enrolamentos
não ensaiados, de mesma fase que o terminal de linha ensaiado, podem ser aterrados através de impedâncias,
normalmente resistências, para aumentar o tempo virtual até o meio valor. Devem ser escolhidas impedâncias
de valor tal que as tensões nos terminais não ensaiados não excedam 75 % da tensão especificada para eles.

7.2 Enrolamentos protegidos por pára-raios ou resistores não lineares

Quando enrolamentos com derivações, partes de enrolamentos ou enrolamentos série de um transformador


de reforço forem protegidos por pára-raios com centelhadores, é recomendado substituí-los, durante o ensaio,
por resistores dimensionados para limitar a tensão a aproximadamente os mesmos valores que os níveis
de proteção dos pára-raios.

No caso de pára-raios sem centelhadores, ver Nota 1 de 7.5.

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7.3 Forma de impulso atmosférico (ajuste e tolerância)

7.3.1 Impulsos plenos

A forma de impulso especificada pode não ser sempre exeqüível, tornando necessária a aceitação de tolerâncias
mais amplas no ensaio de transformadores e reatores com elevada capacitância efetiva ou com baixa indutância.

Para se obter um valor tão próximo quanto possível do tempo virtual de frente especificado, pode ser necessário
utilizar um valor baixo de resistência série do gerador de impulso, visto que a capacitância efetiva do objeto sob
ensaio não é passível de modificação. Este valor não pode ser tão baixo a ponto de tornar excessivas
as oscilações na crista da tensão.

A fim de se obter o tempo virtual de frente normalizado dentro das tolerâncias estabelecidas, pode ser necessário
admitir oscilações ou sobreelevações fora da tolerância de mais ou menos 5 %, fixada pela ABNT NBR 6936,
até um limite de mais ou menos 10 %.

Para que este limite não seja ultrapassado, pode ser necessário admitir-se tempo virtual de frente que exceda
as tolerâncias fixadas pela ABNT NBR 6936.

Em transformadores grandes, particularmente nos seus enrolamentos de tensão mais baixa, e em alguns reatores,
a indutância pode ser tão baixa que o tempo virtual até o meio valor T2 pode não ser exeqüível dentro da
tolerância, e mesmo a forma do impulso resultante tornar-se oscilatória, com excessiva amplitude de polaridade
oposta. Estes problemas podem ser resolvidos, até certo ponto, pela escolha de uma capacitância elevada
no gerador de impulso ou pelo ajuste do resistor série. Um aumento do tempo virtual até o meio valor pode ser
obtido também pelo aterramento através de impedância.
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Quando a forma de impulso for oscilatória devido à indutância baixa do objeto sob ensaio ou à pequena
capacitância do gerador de impulso, ou ambas, a amplitude de polaridade oposta não deve exceder 50 % do valor
de crista, de acordo com o Anexo E da ABNT NBR 5356-1:2007. Com esta limitação, o Anexo A estabelece uma
diretriz para escolha da capacitância do gerador e do ajuste da forma de impulso.

7.3.2 Impulsos cortados na cauda

Diferentes tempos virtuais até o corte Tc (como definidos na ABNT NBR 6936) resultam em solicitações diferentes
(tensão e duração) nas diferentes partes dos enrolamentos, dependendo da construção e disposição deles.

Não é, portanto, possível estabelecer um tempo virtual até o corte mais severo em geral, ou mesmo em particular,
para todas as partes de um dado transformador ou reator, devendo, contudo, ficar dentro dos limites de
2 μs a 6 μs, estabelecidos pela ABNT NBR 5356-3.

Os eventos característicos durante o corte dependem da disposição geométrica e da impedância do circuito


de corte, as quais determinam a taxa de colapso e a amplitude de polaridade oposta. A ABNT NBR 5356-3 limita
a amplitude de polaridade oposta a 30 % do valor do impulso cortado. Isto, na realidade, representa uma diretriz
para a disposição do circuito de corte e pode implicar a introdução, neste circuito, de uma resistência adicional
Rc (Figura 1), a fim de satisfazer o limite.

7.4 Registros oscilográficos (métodos de detecção de falhas)

7.4.1 Considerações gerais

O Anexo E da ABNT NBR 5356-1:2007 estabelece a medição de:

a) tensão aplicada;

b) pelo menos um outro transitório característico.

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Isto significa que são necessários pelo menos dois canais de registro independentes.

Enquanto a tensão aplicada é definida de forma unívoca, a escolha do outro transitório a ser registrado depende
da escolha do método de detecção de falha (ver 5.5). Normalmente, é medida a corrente no neutro (5.5 a). Se esta
corrente não puder ser medida, a corrente nos enrolamentos (5.5 b) pode ser usada. Contudo, além disso, um ou
mais dos outros métodos pode ser usado na tentativa de localizar falha (ensaios diagnósticos).

A determinação dos resultados de ensaio é baseada principalmente na comparação entre os oscilogramas


de impulsos com valores reduzidos e valores especificados de tensão. Essa comparação é facilitada pela seleção
de um valor adequado do atenuador, de forma a se obterem oscilogramas de amplitudes aproximadamente iguais.

7.4.2 Registro oscilográfico da tensão

7.4.2.1 Registro da tensão durante o ajuste da forma de impulso

O tempo de varredura preferencial para registros, levantados para a determinação da forma do impulso durante
o ajuste dos parâmetros do circuito, é igual ou inferior a 10 μs para o registro da frente do impulso. Para o ensaio
de neutros de transformadores, podem ser necessários tempos de varredura mais longos. O registro da cauda
do impulso deve permitir a avaliação do tempo virtual até o meio valor e, quando necessário, da amplitude
de polaridade oposta.

7.4.2.2 Registro da tensão durante o ensaio

A fim de se determinar o valor da tensão de ensaio e permitir a detecção de falhas:


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a) para impulsos plenos, recomenda-se tempo de varredura de 50 μs a 150 μs;

b) para impulsos cortados, é geralmente considerado adequado tempo de varredura de 10 μs a 25 μs.

Para ensaios de aceitação, um registro é normalmente suficiente; para ensaios diagnósticos, no entanto, podem
ser necessários vários registros com tempos de varredura diferentes.

7.4.3 Registro oscilográfico da corrente

A corrente de impulso normalmente é o transitório mais sensível na detecção de falhas. Por isto, a análise das
correntes transitórias registradas constitui o meio principal de avaliação do resultado do ensaio (ver 7.5).
Dependendo da forma da corrente e do uso de varreduras lineares ou não lineares, pode ser necessário usar mais
de um registro com tempos de varredura diferentes. Os registros obtidos devem assegurar que:

a) seja conseguida uma representação dos oscilogramas tão clara quanto possível, incluindo as componentes
de freqüência mais elevadas, na proximidade da frente do impulso;

b) o registro da corrente seja de duração suficiente para permitir a detecção de discrepâncias de ocorrência
tardia.

É difícil estabelecer regras preferenciais para tempos de varredura e o significado de “ocorrência tardia”, visto que
cada objeto sob ensaio tem resposta diferente, dependente do tipo de enrolamento empregado.

As correntes no neutro ou nos enrolamentos apresentam geralmente oscilações iniciais, após as quais a sua
forma de impulso é determinada essencialmente pela indutância do enrolamento e pela capacitância do gerador
de impulso. O registro destas correntes, quando efetuado, deve continuar pelo menos até a primeira crista indutiva,
permitindo a constatação de qualquer modificação na indutância, mesmo quando causada por curto-circuito entre
espiras em conseqüência da falha da isolação.

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7.5 Procedimentos de ensaio

Os procedimentos de ensaio geralmente abrangem modo e seqüência de execução. A seqüência de ensaio


é a seguinte:

a) ajustamento da forma do impulso;

b) aplicação de um impulso pleno com valor reduzido;

c) aplicação de um impulso pleno normalizado com o valor suportável nominal;

d) aplicação de um ou mais impulsos cortados com valor reduzido;

e) aplicação de dois impulsos cortados com o valor especificado;

f) aplicação de dois impulsos plenos normalizados com valor suportável nominal.

O modo de execução preferencial consiste em aplicar diretamente a tensão de impulso no enrolamento sob ensaio.

O método do “surto transferido” pode, contudo, ser empregado em casos especiais, nos quais o enrolamento
de mais baixa tensão não está sujeito diretamente a sobretensões atmosféricas do sistema. O ensaio de impulso
no enrolamento de baixa tensão é então executado simultaneamente com o ensaio do enrolamento de alta tensão
associado. Nestas condições, a forma de impulso da tensão transferida não está de acordo com a especificada
na ABNT NBR 5356-3.
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É mais importante tentar obter a tensão suportável nominal de impulso atmosférico por meio de resistores
de valores suficientemente elevados nos terminais. Isto, entretanto, pode não ser sempre conseguido.

Neste ensaio podem ocorrer elevadas tensões entre fases em enrolamentos ligados em triângulo. Assim, o risco
de solicitar a isolação entre as fases pode constituir o limite para a tensão de ensaio dos enrolamentos de baixa
tensão. Os limites adequados podem ser estabelecidos por aplicações de tensão com valor reduzido.

NOTA 1 Nos casos em que resistores não lineares sem centelhadores são colocados no interior do tanque, por exemplo,
em paralelo com seções de enrolamentos, com enrolamentos completos ou para aterramento do núcleo, recomenda-se efetuar
várias aplicações com valores de tensão reduzidos crescentes, antes da aplicação com o valor especificado. As modificações
nos registros com valores crescentes de tensão devem então mostrar um desenvolvimento lógico e progressivo.
Desenvolvimentos progressivos similares podem, no entanto, não ocorrer, quando o conjunto de resistores não lineares incluir
centelhadores.

NOTA 2 A ABNT NBR 5356-3 e o Anexo E da ABNT NBR 5356-1 indicam procedimentos para o ensaio do neutro de
transformadores. Quando for utilizado o método indireto, ou seja, um impulso transmitido ao neutro a partir de um ou mais
terminais de linha, a forma de impulso não pode ser especificada, visto ser dependente basicamente dos parâmetros do
transformador. No método direto, no qual a tensão de impulso é aplicada diretamente ao neutro, com todos os terminais de
linha aterrados, permite-se um tempo virtual de frente mais longo, até 13 μs. Neste caso, a carga indutiva do gerador de
impulso aumenta a ponto de tornar difícil se conseguir tempos virtuais até o meio valor dentro das tolerâncias estabelecidas.
Pode, então, ser aplicado o aterramento dos terminais dos enrolamentos de fase por meio de impedância.

7.6 Interpretação de oscilogramas de impulsos atmosféricos

7.6.1 Generalidades

A interpretação de oscilogramas é baseada na comparação dos registros de formas de impulsos de tensão


e de corrente:

a) entre registros da tensão de valor reduzido e com valor suportável nominal;

b) entre registros sucessivos da tensão de valor suportável nominal.

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Para um ajuste adequado da sensibilidade oscilográfica, ver 7.4.1.

No caso ideal, se não ocorrer falha, estes oscilogramas devem ser idênticos, exceto pelas variações causadas
por inevitáveis mudanças na amplitude entre o impulso com tensão reduzida e o impulso com valor suportável
nominal.

Analogamente, se ocorrer falha, ela deve ser claramente indicada no oscilograma.

No caso real, contudo, nos oscilogramas podem ser encontradas irregularidades menores. Deve, então,
ser determinado se estas discrepâncias são devidas a falhas ou a outras causas. Esta tarefa requer perícia, sendo
freqüentemente difícil, mesmo com considerável experiência, decidir quanto ao significado das discrepâncias,
em vista do grande número de possíveis fontes de perturbação.

Qualquer que seja a natureza das discrepâncias, elas devem ser investigadas. Alguma orientação para
este procedimento é dada em 7.7.

7.6.2 Ensaios com impulsos plenos

7.6.2.1 Oscilogramas de tensão

A análise de oscilogramas de tensão aplicada constitui, geralmente, um meio relativamente pouco sensível para
a detecção de falhas. Por isto, discrepâncias observáveis nestes oscilogramas indicam falhas de maior porte na
isolação. Contanto que haja resolução no tempo suficientemente elevado, é possível a análise mais detalhada das
discrepâncias:
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a) falhas para terra na isolação principal, no terminal sob ensaio ou próximo a ele resultam em colapso rápido
e total da tensão (ver Figura B.1);

b) uma descarga disruptiva progressiva, porém total, através do enrolamento sob ensaio, resulta num colapso
mais lento da tensão, normalmente em forma de degraus;

c) uma descarga disruptiva através de parte do enrolamento reduz a impedância deste, resultando
em decréscimo do tempo virtual até o meio valor. No instante da descarga, ocorrem também oscilações
características no impulso de tensão (ver Figuras B.2, B.3 e B.4);

d) falhas menos amplas, como perda da isolação de espira para espira, ou mesmo entre partes de bobinas,
e falhas incipientes no terminal sob ensaio ou próximas dele, não são, normalmente, evidenciadas nos
oscilogramas de tensão, embora possam, às vezes, ser detectadas como oscilações de alta freqüência.
Estas falhas são normalmente detectadas por registros de corrente (ver Figura B.5).

Oscilogramas de tensão transferida indicam também as falhas acima. A sensibilidade desta medição é melhor que
a da tensão aplicada.

7.6.2.2 Oscilogramas de corrente

Embora a análise dos oscilogramas de corrente constitua o meio mais sensível de detecção de falha, eles
apresentam a desvantagem de poder indicar vários efeitos não associados à falha (ver 7.7).

Mudanças de maior porte em oscilogramas de corrente indicam provável colapso dentro dos enrolamentos ou para
terra (ver Figura B.1). A forma da mudança difere de acordo com o método de detecção de falha empregado.
As correntes podem aumentar ou diminuir; o sentido da mudança, juntamente com o tipo de registro de corrente
empregado, fornece orientação sobre a natureza e localização da falha (ver Figura B.2).

Um aumento significativo na corrente do neutro é indicativo de uma falha dentro do enrolamento ensaiado,
enquanto uma diminuição indica uma falha do enrolamento sob ensaio para um enrolamento adjacente ou para
a terra.

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No caso de falhas de maior porte no enrolamento ensaiado, a corrente transferida capacitivamente geralmente
mostra uma crista sobreposta; às vezes pode ocorrer também mudança na freqüência básica. No caso de falhas
para terra do enrolamento ensaiado, entre partes de maior porte do enrolamento ensaiado e um enrolamento não
utilizado para medição de correntes capacitivas, a crista é de polaridade oposta à da tensão de ensaio. No caso de
descargas disruptivas para o enrolamento não utilizado para indicação de falhas, a crista tem a polaridade da
tensão de ensaio.

Todas estas falhas resultam em certo grau de oscilações de alta freqüência sobrepostas nos registro.

Perturbações pequenas, de curta duração, talvez esparsas por alguns microssegundos, constituem uma possível
indicação de descargas parciais de grande intensidade na isolação entre espiras ou bobinas, ou ligações
de bobinas.

Em enrolamentos de pequena “capacitância série”, isto é, que exibem essencialmente comportamento de onda
itinerante, pode ser possível localizar a origem das perturbações pela avaliação da diferença entre os tempos
de chegada ao neutro da perturbação capacitativa e da perturbação de onda itinerante.

7.6.2.3 Ensaios com impulsos cortados – Oscilogramas de tensão e corrente

Contanto que o tempo até o corte seja razoavelmente idêntico de uma aplicação de tensão para outra, as falhas
durante este ensaio são detectáveis em ambos os oscilogramas de tensão e corrente por meio das diferenças nas
oscilações após o corte (ver Figuras B.6 e B.7).

Não obstante, nos casos em que a falha ocorre antes do instante de corte, aplicam-se as mesmas considerações
que para ensaios com impulso pleno (ver Figuras B.8 e B.9).
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7.7 Identificação e eliminação das perturbações

Em oscilogramas de corrente, freqüentemente ocorrem perturbações que não são devidas a falhas no objeto sob
ensaio. Perturbações similares podem ocasionalmente ser encontradas em oscilogramas de tensão.

Recomenda-se verificar primeiro se as discrepâncias são causadas pelo circuito de ensaio, pelo circuito
de medição ou pelas práticas de aterramento.

Se as perturbações forem originadas pelo circuito de ensaio, deve-se procurar eliminá-las ou ao menos reduzir
os seus efeitos ao mínimo.

Deve-se levar em conta que, em geradores de impulso de múltiplos estágios, diferenças entre os tempos
de disparo dos estágios individuais podem dar margem a pequenas mudanças nos registros de corrente, sem
modificação da forma básica (ver Figura B.10). Na maioria dos casos, entretanto, essas mudanças ocorrem
somente na frente do impulso de tensão no período entre o início do impulso aplicado e 50 % do tempo virtual
de frente.

Imperfeições no sistema de aterramento do circuito externo ou do núcleo do objeto sob ensaio podem causar
pequenas perturbações em forma de oscilações de alta freqüência, ou pulsos sobrepostos em qualquer ponto
do oscilograma de corrente.

Em segundo lugar deve ser verificado se a fonte de perturbação é constituída de elementos não lineares no objeto
sob ensaio, como, por exemplo, a proteção dos enrolamentos ou o aterramento do núcleo. A Figura B.11 mostra
um exemplo do desenvolvimento lógico e progressivo, com níveis crescentes de tensões, características do efeito
de resistores não lineares sem centelhadores.

Mesmo pequenas diferenças nos instantes de corte podem, em alguns transformadores, dar origem a diferenças
pronunciadas no traçado da oscilação após o corte (sendo este traçado constituído por uma superposição
de fenômenos transitórios devidos à frente do impulso original e ao corte). Estas diferenças podem causar
confusão entre os registros de aplicações bem-sucedidos e aquelas em que existe falha (ver Figura B.12).
A Figura B.13 mostra um exemplo de oscilogramas, com tempos até o corte idênticos, que não apresentam as
diferenças mencionadas.

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8 Ensaios de tensão suportável nominal de impulso de manobra


A resposta de transformadores a impulsos de manobra é diferente da de reatores, devido ao circuito
ferro-magnético fechado que atravessa os enrolamentos dos transformadores e à duração relativamente longa
do impulso de manobra, podendo o fluxo resultante levar à saturação do núcleo dos transformadores (ver Anexo E
da ABNT NBR 5356-1:2007). Este não é o caso de reatores, para os quais, além disto, são diferentes
os problemas relativos à forma de impulso e os procedimentos de ensaio empregados. Por isso, estes
dois equipamentos são parcialmente tratados em separado.

8.1 Ligações dos terminais do objeto sob ensaio

8.1.1 Transformadores

As Figuras 3-a e 3-b mostram dois circuitos recomendados para ensaios de impulsos de manobra
de transformadores trifásicos que satisfazem os requisitos do Anexo E da ABNT NBR 5356-1:2007.
Nos dois casos é assumido que o enrolamento ensaiado é ligado em estrela com o neutro aterrado durante
o ensaio. Os terminais do enrolamento não ensaiado devem ser deixados abertos, exceto um dos de linha ou,
se houver, de neutro, que deve ser aterrado para reduzir o efeito de sobretensões transferidas capacitivamente.

A tensão pode ser aplicada diretamente ao terminal do enrolamento a ser ensaiado (ver Figura 3-a).
Alternativamente, a tensão aplicada no terminal do enrolamento a ser ensaiado pode ser obtida por transferência
de tensão do outro enrolamento (ver Figura 3-b).

Terminais não ensaiados do enrolamento ensaiado devem ser ligados um ao outro, salvo quando o transformador
tiver pelo menos um enrolamento ligado em triângulo. Neste caso, aqueles terminais podem ficar em aberto.
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Figura 3a – Aplicação direta da tensão


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Figura 3b – Aplicação indireta

NOTA Esta ligação pode ser dispensada caso o transformador tenha pelo menos um enrolamento ligado em triângulo.

Figura 3 — Ligações dos terminais em ensaios de impulsos de manobra

Como especificado no Anexo E da ABNT NBR 5356-1:2007, a tensão entre fases dos enrolamentos a serem
ensaiados deve ser igual a 1,5 vez a tensão de ensaio. Embora o impulso de manobra básico seja transferido
indutivamente, o acoplamento capacitivo entre fases e as capacitâncias e indutâncias de fase inerentes podem
causar oscilações sobrepostas às tensões transferidas. A Figura B.14 fornece um exemplo deste efeito.
Portanto, a hipótese admitida no Anexo E da ABNT NBR 5356-1:2007 de que entre terminais ocorre uma tensão
1,5 U, quando a um terminal for aplicada uma tensão U, é válida somente em princípio. Por isso, durante
um ensaio, é provável que as tensões de linha excedam 1,5 U, se não forem tomadas providências para suprimir
as tensões oscilatórias nos terminais não ensaiados. As tensões fase-terra nos terminais não ensaiados podem
ser superiores a 0,5 U.

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Este fenômeno pode ser reduzido pela aplicação de cargas resistivas aos terminais não ensaiados do enrolamento
ensaiado. Esta carga, contudo, pode causar um aumento considerável do tempo virtual de frente nestes terminais
e a ocorrência de valores de crista da tensão de linha e da tensão fase-terra em instantes diferentes.

Em transformadores monofásicos, o neutro é normalmente aterrado. Entre o neutro e terra pode ser inserido
um derivador para indicação adicional de falha. Os enrolamentos secundários do transformador são deixados
em aberto.

NOTA 1 Somente em transformadores de três colunas e em transformadores com enrolamentos ligados em triângulos,
a tensão entre terminais do enrolamento ensaiado atinge 1,5 vez a tensão entre fase e neutro. No enrolamento ensaiado
de transformadores de outros tipos, a tensão entre terminais não atinge esse valor.

NOTA 2 Em ensaios com autotransformadores monofásicos podem também ocorrer oscilações sobrepostas.

8.1.2 Reatores

Ensaios de impulsos de manobra em reatores de derivação trifásicos são executados com o neutro aterrado.
Com reatores de derivação monofásicos, o terminal não ensaiado deve ser aterrado.

Em reatores trifásicos, a tensão entre terminais não atinge 1,5 vez a tensão fase-neutro, visto que o fluxo não
pode ser dirigido através dos enrolamentos nas colunas não ensaiadas.

8.2 Formas de impulso de manobra, ajuste e tolerância

8.2.1 Transformadores
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Como indicado na ABNT NBR 5356-3, não há especificação estrita de valores para o tempo virtual de frente
de uma tensão de impulso de manobra. Ele deve, no entanto, ser suficiente para assegurar distribuição
essencialmente linear da tensão no enrolamento do transformador. O tempo virtual de frente é determinado
pela capacitância eficaz do enrolamento, pela capacitância de carga e pela resistência série.

A cauda do impulso é influenciada não somente pelos componentes usuais que determinam a forma de impulso,
mas também por uma provável saturação do núcleo. Na maioria dos transformadores, a queda exponencial da
cauda do impulso de manobra é interrompida por uma súbita queda, passando por zero, devido à saturação
do núcleo. O tempo após a crista em que ocorre esta súbita queda depende das condições de saturação.
Por isto, não se utiliza o tempo virtual até o meio valor T2 para especificar a cauda do impulso aplicado, mas
o tempo acima de 90 %, Td, e o tempo até a primeira passagem pelo zero, Tz (estas grandezas são ilustradas
na Figura 4-a). A Figura B.14 apresenta um oscilograma que mostra o efeito da saturação.

O tempo até a saturação do núcleo depende de seu projeto, do seu estado inicial de magnetização e do valor
e da forma de impulso da tensão aplicada. Em aplicações sucessivas de tensão com dado nível, não são obtidas
formas de impulso idênticas, salvo se o estado de magnetização do núcleo for idêntico antes de cada aplicação.
Além do mais, não podem ser obtidas formas idênticas de impulso nos valores reduzidos e especificado da tensão
de ensaio.

A saturação do núcleo não ocorre, geralmente, durante aplicações de tensão com valor reduzido e pode mesmo
não ocorrer durante aplicações com o valor especificado. Quando ela ocorrer, o seu efeito sobre a forma do
impulso de tensão pode ser grande ou pequeno, dependendo do grau de saturação. Por esta razão, a partir de
aplicações de tensão com valor reduzido, podem ser estabelecidos somente T1 e Td. Tz somente pode ser
estabelecido após a primeira aplicação de tensão com o valor especificado.

Independentemente de fenômenos de saturação, pode ocorrer tensão de polaridade oposta. O seu valor deve ser
limitado a 50 % do valor especificado; para tanto, a orientação fornecida em A.1.3 para impulsos atmosféricos
é aplicável também aos impulsos de manobra.

Pode haver diferenças significativas na forma da cauda para diferentes colunas do transformador, devido
às características diferentes do circuito magnético considerado.

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8.2.2 Reatores

Geralmente, os reatores não ficam saturados; neste caso, a forma de impulso é co-senoidal amortecida.
A forma de impulso co-senoidal deve ser caracterizada principalmente pela sua freqüência, determinada pela
indutância do reator, pela capacitância do gerador de impulso e pelo coeficiente de amortecimento. Contudo, a
prática atual tem sido a de especificar formas de impulso para ensaio de reatores do mesmo modo que para
transformadores, isto é, T1/Td e Tz (ver Figura 4-b).
O tempo virtual de frente é determinado, como para transformadores, principalmente pela capacitância eficaz
do enrolamento, pela capacitância de carga e pela resistência série. Ele deve ser suficientemente longo para
assegurar distribuição aproximadamente linear da tensão no enrolamento. Para valores elevados de T1,
o coeficiente de amortecimento é elevado, resultando num tempo Tz relativamente curto. Para valores baixos
de T1, Td é curto e a crista de polaridade oposta pode atingir 75 % do valor da tensão de ensaio, surgindo o risco
de descarga disruptiva de fase para terra ou de fase para fase. Devido a estas implicações, a crista de polaridade
oposta deve, como no caso de transformadores, ser limitada a um nível seguro, como 50 %, aceitando-se
os valores correspondes de T1,Td e Tz.

8.3 Registros oscilográficos, métodos de detecção de falhas para transformadores e reatores


8.3.1 Generalidades

Tanto para transformadores como para reatores, o registro da tensão do terminal sob ensaio é requerido em
ensaios de impulso de manobra. Em vista de poder ocorrer entre os terminais não ensaiados e terra, ou entre
terminais, tensões excessivas, como exposto em 8.1.1 e 8.2.2, recomenda-se verificar estas tensões.

Esta verificação pode ser feita por meio de um gerador de impulsos repetitivos de baixa tensão.
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Normalmente, o registro da tensão indica também satisfatoriamente qualquer falha em enrolamentos acoplados,
não sujeitos diretamente ao impulso de manobra. A corrente de neutro pode ser registrada e dá, em muitos casos,
informação adicional sobre uma falha.

8.3.2 Registro oscilográfico de tensão

Determinação da forma de impulso durante o ajuste: para o registro da frente, com a finalidade da determinação
da forma de impulso durante o ajuste preliminar dos parâmetros do circuito de ensaio, é necessário um tempo de
varredura que abranja a crista de impulso, normalmente de 100 μs a 300 μs. Para o registro da cauda, utilizado
somente para a determinação do tempo acima de 90 %, Td, recomenda-se um tempo de varredura de
500 μs a 1 000 μs.
Registro durante o ensaio: a fim de determinar a amplitude do impulso de ensaio e permitir a detecção de qualquer
falha que possa ser revelada pelo oscilograma, o tempo de varredura deve ser suficiente para englobar a primeira
passagem pelo zero, portanto deve ser superior ao tempo esperado Tz. Normalmente, isto significa um tempo de
varredura de 1 000 μs a 5 000 μs. No caso em que a amplitude de polaridade oposta é significativa, deve ser
usado um tempo de varredura que seja suficiente para o registro do valor de crista desta polaridade.

8.3.3 Registros oscilográficos da corrente

Como mencionado em 8.3.1, a corrente de impulso também pode ser registrada.


A corrente registrada no enrolamento, ao qual a tensão de impulso é aplicada diretamente (seja ou não este
enrolamento aquele em que deve ser obtido o valor especificado da tensão de ensaio), compreende normalmente
três partes:
a) uma parte inicial com oscilações devidas à transferência capacitiva;
b) uma elevação subseqüente, lenta e progressiva, que ocorre durante a cauda do impulso de tensão,
determinada pela indutância do enrolamento ensaiado;
c) um pico determinado pela saturação, se houver.
NOTA Se o impulso de tensão aplicada for aproximadamente co-senoidal amortecida, a ela corresponde um impulso
de corrente aproximadamente senoidal amortecida (ver Figuras 4-b e B.15).

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A corrente registrada em outros enrolamentos apresenta geralmente apenas a parte da alínea a). Quando forem
registrados oscilogramas de corrente, é preferível empregar o mesmo tempo de varredura que para o registro
da tensão. Pode ser conveniente utilizar, além disso, tempo de varredura mais curto, de modo a permitir registro
mais detalhado do transitório capacitivo inicial.

Figura 4a – Transformador
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Figura 4b – Reator

Legenda:
1 Forma de onda da tensão
2 Forma de onda da corrente
Tz Tempo até a primeira passagem por zero
Td Tempo acima de 90 % da amplitude especificada
T1 Tempo virtual de frente
T Tempo de frente entre o instante quando o impulso é 30 % e 90 % do valor de crista

Figura 4 — Formas de impulsos de manobra para transformadores e reatores

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8.4 Procedimentos de ensaio

8.4.1 Transformadores

O procedimento de ensaio é descrito no Anexo E da ABNT NBR 5356-1:2007. Este procedimento faz referência
a providências para aumentar a duração do impulso pelo reterdamento do possível início da saturação do núcleo.

No método de aplicação direta ao enrolamento de alta tensão, do qual esta Norma trata primordialmente,
o procedimento, em cada terminal de fase, compreende:

a) ajustamento da forma de impulso;

b) aplicação de um impulso com valor reduzido (entre 50 % e 75 % da tensão suportável nominal de impulso
de manobra) de polaridade negativa;

c) aplicação de três impulsos com o valor suportável nominal, de polaridade negativa, com introdução
de remanência antes de cada impulso.

O método preferencial de introduzir remanência consiste na aplicação de impulsos de polaridade oposta


(isto é, positiva). Para obter oscilogramas razoavelmente idênticos para qualquer valor da tensão de ensaio,
recomenda-se estabelecer sempre o mesmo ponto de remanência, de preferência a “remanência de saturação”.
Este ponto é atingido quando o tempo até a primeira passagem pelo zero permanecer constante em aplicações
consecutivas de impulso. O número requerido de “impulsos pré-magnetizantes” e o seu valor dependem do valor
desejado da tensão de ensaio. Para evitar descargas disruptivas durante este procedimento, o valor desses
impulsos pré-magnetizantes de polaridade positiva não deve ultrapassar 50 % a 60 % do valor da tensão
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do ensaio.

Outro método de introduzir remanência consiste em aplicar corrente contínua por meio de uma fonte de baixa
tensão.

NOTA Tomar precauções contra o surgimento de sobretensões excessivas causadas pela interrupção da corrente.

8.4.2 Reatores

O procedimento de ensaio para reatores deve compreender:

a) ajustamento da forma de impulso;

b) aplicação de impulso com valor reduzido, de polaridade negativa;

c) aplicação de três impulsos com valor suportável nominal de polaridade negativa, sem pré-magnetização.

8.5 Interpretação de oscilogramas de impulsos de manobra

Como para os impulsos atmosféricos, a interpretação de oscilogramas é baseada na comparação dos registros
das formas de impulso:

a) entre registros com a tensão de valor reduzido e com a tensão suportável nominal;

b) entre registros sucessivos com a tensão suportável nominal.

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Em impulsos de manobra, devido à distribuição linear da tensão pelo enrolamento, a falha normalmente envolve
um curto-circuito entre seções, entre partes principais de um enrolamento ou mesmo entre enrolamentos ou para a
terra. Estes tipos de falha causam uma mudança significativa no impulso de tensão, seja na forma de um colapso
completo do impulso ou de um encurtamento do impulso ou, às vezes, como um entalhe no traçado.
Por isto, os registros de tensão em ensaios de impulso de manobra constituem um meio suficientemente sensível
para a detecção da maioria das falhas (ver Figura B.16).

No ensaio de transformadores o encurtamento da cauda do impulso, devido à falha, é geralmente bem distinto
do encurtamento resultante de diferentes estados iniciais de magnetização do núcleo, devido a aplicações
sucessivas. No entanto, quanto mais próximos estes estados iniciais, mais fácil será constatar a existência ou não
de falhas.

A forma genérica dos oscilogramas de corrente foi descrita em 8.3.3. Exceto no início do impulso ou, no caso de
transformadores, na vizinhança da saturação do núcleo, mudanças bruscas da corrente, ocorridas ao mesmo
tempo em que uma distorção do oscilograma de tensão, constituem indicação de falha. Em vista da natureza
das falhas a serem esperadas, os registros de corrente são tão sensíveis quanto os registros de tensão.

Devido ao fato de que as falhas são normalmente indicadas de modo claro, irregularidades menores como aquelas
descritas em 7.7 podem ser desprezadas.
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Anexo A
(informativo)

Princípios de controle de forma de impulsos atmosféricos e de manobra

A.1 Impulsos atmosféricos


Os princípios de controle da forma de impulsos atmosféricos em transformadores e reatores são indicados
por meio dos diagramas simplificados das Figuras A.1 e A.2; outras ligações são também possíveis. Ressalta-se
que os princípios descritos dão apenas uma orientação geral e que é necessário um ajuste subseqüente
do circuito por tentativas. O controle da forma de impulso é subdividido em três categorias:

a) para enrolamentos de alta indutância Lt ≥ 100 mH;

b) para enrolamentos de média indutância com 20 mH ≤ Lt < 100 mH;

c) para enrolamentos de baixa indutância Lt < 20 mH.

NOTA Lt = indutância de curto-circuito do transformador ou indutância do reator.


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Rs Rs

Cg Rp C Cg Rp C

IEC 1410/02 IEC 1411/02

Figura A.1-a Figura A.1-b

Legenda:
Cg = capacitância série do gerador
C = Ct + C1 + Cd
Ct = capacitância efetiva do objeto sob ensaio
C1 = capacitância de carga
Cd = capacitância do divisor de tensão
Rs = Rsi + Rse, resistor série total
Rsi = resistência série interna do gerador
Rse = resistência série externa do gerador
Rp = resistor paralelo do gerador

Figura A.1 — Circuito equivalente para determinação da forma de impulso para


enrolamentos de alta indutância

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A.1.1 Enrolamentos de alta indutância (Lt ≥ 100 mH)

A.1.1.1 Para impulsos atmosféricos padronizados, o tempo virtual de frente T1 e o tempo até o meio valor T2
são aproximadamente determinados por:

Rs R p CgC
T1 = 3 x (ver Figura A.1-a) (1a)
Rs + R p Cg + C

ou

CgC
T1 = 3 R s (ver Figura A.1-b) (1b)
Cg + C

T2 = 0 ,7 R p ( Rs + R p )( C g + C ) (ver Figura A.1-a) (2a)

ou

T2 = 0 ,7 R p ( C g + C ) (ver Figura A.1-b) (2b)

Para Rp >> Rs e Cg >> C

T1 = 3 Rs C e T2 = 0,7 Rp .Cg (3)


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A.1.1.2 Nos cálculos, o objeto sob ensaio foi considerado puramente capacitivo. Deve-se observar,
que a capacitância efetiva Ct do objeto sob ensaio é diferente para frente e para a cauda do impulso.

Para o tempo de frente, Ct pode ser calculada pela fórmula:

Ct = Cb + K ⋅ Ce

Onde:

Cb é a capacitância da bucha;

K é a capacitância série do enrolamento;

Ce é a capacitância para terra do enrolamento.

Para a cauda, Ct pode ser estimada como Cb, somada com parte de Ce, dependendo da distribuição inicial
da tensão. Evidentemente, no que se refere à cauda, o valor de Ct é de pouca importância na maioria dos casos
práticos (ver equação (3)).

A.1.2 Enrolamentos de média indutância (20 mH ≤ Lt < 100 mH)

Em enrolamentos com indutância na faixa de 20 mH a 100 mH, a indutância do enrolamento reduz o tempo
até o meio valor. Desta forma, a equação (3) não é mais aplicável. A resistência Rp deve ser aumentada
consideravelmente para levar em conta este efeito, tendo sido experimentados valores de duas a dez vezes
os calculados de acordo com a equação (3).

A.1.3 Enrolamentos de baixa indutância (Lt < 20 mH)

A.1.3.1 Aos ajustes de frente do impulso aplica-se o mesmo que para enrolamentos de alta indutância.

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A.1.3.2 Para ajustes de cauda do impulso, o objeto sob ensaio pode ser representado pela indutância,
como mostrado na Figura A.2.

A.1.3.2.1 A forma da cauda do impulso Ut é oscilatória ou aproximadamente exponencial, dependendo do valor


do coeficiente de amortecimento (k) do circuito. Circuitos criticamente (k = 1) ou sobre criticamente (k > 1)
amortecidos resultam em impulsos aproximadamente exponenciais.
Rs

Cg
Lt
(U)
(Ut)

IEC 1412/02

Figura A.2 — Circuito equivalente para determinação da forma de impulso


para enrolamentos de baixa indutância

A.1.3.2.2 Normalmente, esses circuitos não são aplicáveis, visto que o valor de Rs adotado para obter-se
o tempo virtual de frente especificado é tão baixo que resulta num impulso oscilatório subcriticamente amortecido
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(k < 1).

Para k < 1:

⎡ α ⎤ U
U t = U ⋅ e −αt ⎢cos( ϖt ) − sen( ϖt )⎥ = e −αt cos( ϖt + φ ) (4)
⎣ ϖ ⎦ cos φ

Onde:

1
ϖ 2 = ϖ 02 −α 2 , ϖ 02 =
Lt ⋅ C g

Rs
α=
2 ⋅ Lt

α k
tan φ = =
ϖ 1− k2

α Rs
k= =
ϖ 0 2 ⋅ Lt / C g

A.1.3.2.3 Para a primeira estimativa do tempo virtual até o meio valor T2, admite-se Rs = 0, de forma que k = 0.
A equação (4) torna-se Ut = U.cos (wo.t), sendo T2 dado por:

1 2π π
T2 = x = Lt C g (5)
6 ϖ0 3

Esta condição teórica, porém, daria uma oscilação não amortecida com uma crista de polaridade oposta de 100 %.

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A.1.3.2.4 Face à limitação da crista de polaridade oposta a 50 %, de acordo com o Anexo E da


ABNT NBR 5356-1:2007, deve ser introduzido um amortecimento considerável, o qual corresponde a um aumento
do valor de k. Isto pode ser conseguido de formas diferentes, aplicáveis individualmente ou em combinação, como
segue:

a) utiliza-se uma elevada capacitância série Cg do gerador de impulso: para este fim, ligam-se os estágios
do gerador de impulso em paralelo ou série paralelo;

b) utiliza-se uma elevada resistência de frente Rs: para este fim, a capacitância de carga C1 deve ser tão baixa
quanto possível. Deve-se notar, no entanto, que o aumento de Rs resulta na redução do tempo virtual até
o meio valor T2;

c) no caso de enrolamentos ligados em triângulo ou ligados em estrela com neutro não aterrado, aterram-se
os terminais não ensaiados do enrolamento ensaiado por meio de resistores;

d) aterra-se o neutro por meio de um resistor;

e) aterram-se por meio de resistores os enrolamentos de fase dos enrolamentos não ensaiados,
em correspondência com o enrolamento de fase ensaiado.

A.1.3.2.5 Os valores dos resistores empregados nos casos c), d) e e) de A.1.3.2.4 não devem ocasionar,
nos terminais não ensaiados, valores de tensão superiores a 75 % do respectivo nível de isolamento, mesmo que
isto obrigue à aceitação de tempo virtual até meio valor inferior ao especificado.

A.1.3.2.6 A Figura A.3 mostra mais um método de melhorar o tempo virtual até o meio valor, o qual utiliza
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um indutor adicional em paralelo com Rs, aumentando desta forma a indutância total do circuito. A Figura A.3
mostra também o resistor de aterramento.

Figura A.3 — Circuito equivalente com indutor em paralelo com o resistor de frente

A.2 Impulsos de manobra


A.2.1 Ao ajuste do tempo virtual de frente do impulso de manobra aplicam-se as equações (1a) e (1b) de A.1.1.1.
Neste caso, contudo, a capacitância eficaz Ct do transformador, devido ao tempo virtual de frente mais longo,
é aproximadamente igual a Cb + 0,5 Ce.

A.2.2 O ajuste do tempo virtual até o meio valor não se aplica a transformadores e reatores, conforme
8.2.1 e 8.2.2.

A.2.3 Para reduzir a tensão de polaridade oposta, são aplicáveis os métodos descritos em A.1.3.

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Anexo B
(informativo)

Oscilogramas

B.1 Registros oscilográficos típicos


B.1.1 Os oscilogramas de condições de falha e da inexistência de falha, reproduzidos neste Anexo, foram
obtidos em ensaios reais.

B.1.2 Ressalta-se novamente que o fato de encontrar-se em transformadores de tensão nominal, projeto
e fabricação diferente discrepâncias aparentemente similares às ilustradas neste Anexo não deve conduzir
à admissão de terem sido causadas por uma falha idêntica. A ilustração de falhas particulares é feita com a mera
intenção de fornecer orientação genérica.

B.2 Sumário dos oscilogramas

B.2.1 Ensaios de impulsos atmosféricos


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B.2.1.1 Falhas sob impulsos plenos

Para exemplos de falhas sob impulsos, ver Tabela B.1.

Tabela B.1 — Exemplos de falhas sob impulsos

Figura Exemplo

B.1 Falha fase para terra, através do enrolamento de alta-tensão ensaiado

B.2 Falha entre camadas num enrolamento com degraus de derivação grossos
Falha entre os terminais de derivação do enrolamento externo com derivações
B.3
(duas seções de degraus de derivação finos)
B.4 Falha através de uma seção num enrolamento com degraus de derivação finos
Falha entre condutores paralelos num enrolamento principal de alta tensão de condutores
B.5
múltiplos

B.2.1.2 Falhas sob impulsos cortados

Para exemplos de falhas sob impulsos cortados, ver Tabela B.2.

Tabela B.2 — Exemplos de falhas sob impulsos cortados

Figura Exemplo
B.6 Falha entre espiras no enrolamento principal de alta-tensão ensaiado
B.7 Falha de espira para espira no enrolamento com degraus de derivação finos
B.8 Falha entre discos no enrolamento de alta-tensão ensaiado
B.9 Falha entre camadas da bucha

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B.2.1.3 Aplicações sem falha sob impulsos plenos

Para exemplos de aplicações sem falha sob impulsos plenos, ver Tabela B.3.

Tabela B.3 — Exemplos de aplicações sem falha sob impulsos plenos

Figura Exemplo

B.10 Efeito de diferenças no disparo do gerador

B.11 Efeito de resistores não lineares no comutador de derivações

B.2.1.4 Aplicações sem falha sob impulsos cortados

Para exemplos de aplicações sem falha sob impulsos cortados, ver Tabela B.4.

Tabela B.4 — Exemplos de aplicações sem falha sob impulsos cortados

Figura Exemplo

B.12 Corte com diferenças grandes e pequenas no tempo

B.13 Corte sem diferenças no tempo


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B.2.2 Ensaios de impulso de manobra

Para exemplos de ensaios de impulso de manobra, ver Tabela B.5.

Tabela B.5 — Exemplos de ensaios de impulso de manobra

Figura Exemplo

B.14 Ensaio bem-sucedido num transformador, mostrando o efeito da saturação

B.15 Ensaio bem-sucedido num reator

B.16 Falha num transformador

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(1)

(2)

(3)
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IEC 1417/02 IEC 1418/02

Figura B.1-a – Impulso pleno com valor reduzido Figura B.1-b – Impulso pleno com o valor
(75 %) (sem falha) suportável nominal (100 %) (com falha)

Legenda:

1 Impulso aplicado, varredura 100 µs

2 Tensão transferida para o enrolamento de baixa tensão, varredura 100 µs

3 Corrente no neutro, varredura 25 µs

NOTA As amplitudes não foram igualadas

Figura B.1 — Falha fase para terra, através do enrolamento de alta-tensão ensaiado (falha após
aproximadamente 13 µs, indicada efetivamente nos oscilogramas de tensão, de tensão transferida
e de corrente no neutro)

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(1)

(2)

(3)

IEC 1421/02 IEC 1422/02


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Figura B.2-a – Impulso pleno com valor reduzido Figura B.2-b – Impulso pleno com valor reduzido
(62,5 %) (sem falha) (75 %) (com falha)

Legenda:
1 Impulso aplicado, varredura 100 µs
2 Corrente transferida capacitivamente a um enrolamento curto-circuitado adjacente, varredura 100 µs
3 Corrente no neutro, varredura 100 µs

Figura B.2 — Falha, entre camadas, num enrolamento com degraus de derivação grossos
(falha após 30 µs, indicada efetivamente nos oscilogramas de tensão, de corrente transferida
capacitivamente e de corrente no neutro)

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(1)

(2)

(3)
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(4)

IEC 1423/02 IEC 1424/02

Figura B.3-a – Impulso pleno com o valor suportável Figura B.3-b – Impulso pleno com o valor
nominal (100 %) (sem falha) suportável nominal (100 %)
(com falha)

Legenda:
1 Impulso aplicado, varredura 100 µs
2 Corrente no neutro, varredura 100 µs
3 Corrente no neutro, varredura 25 µs
4 Corrente no neutro, varredura 250 µs

Figura B.3 — Falha entre os terminais de derivação do enrolamento externo com derivações (duas seções
de degraus de derivação finos) (falha evidenciada por pequenas variações em todos os registros da
segunda aplicação de impulso pleno)

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(1)

(2)

IEC 1425/02 IEC 1426/02

Figura B.4-a – Impulso pleno com valor reduzido Figura B.4-b – Impulso pleno com o valor suportável
(62,5 %) (sem falha) nominal (100 %) (com falha)

Legenda:
1 Impulso aplicado pleno, varredura 100 μs
2 Corrente transferida capacitivamente ao enrolamento curto-circuitado adjacente para terra, varredura 100 µs

Figura B.4 — Falha através de uma seção num enrolamento com degraus de derivação finos
(falha evidenciada nos oscilogramas de tensão e de corrente, transferida capacitivamente)
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(1)

(2)

(3)

IEC 1427/02 IEC 1428/02

Figura B.5-a – Impulso pleno com valor reduzido Figura B.5-b – Impulso pleno com o valor
(62,5 %) (sem falha) suportável nominal (100 %) (com falha)

Legenda:
1 Impulso aplicado, varredura 100 μs
2 Corrente no neutro, varredura 100μs
3 Corrente transferida capacitivamente ao enrolamento adjacente curto-circuitado, varredura 100 μs

Figura B.5 — Falha entre condutores paralelos num enrolamento principal de alta-tensão de condutores
múltiplos (falha após 30 µs a 35 µs, indicada efetivamente nos oscilogramas de corrente no neutro e de
corrente transferida capacitivamente, não havendo indicação no oscilograma do impulso aplicado)

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(1)

(2)
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(3)

IEC 1431/02 IEC 1432/02

Figura B.6-a – Impulso cortado (60 %) (sem falha) Figura B.6-b – Impulso cortado (100 %) (com falha)

Legenda:
1 Impulso aplicado, varredura 10 µs
2 Corrente transferida capacitivamente ao enrolamento adjacente curto-circuitado, varredura 50 µs
3 Corrente no neutro, varredura 50 µs

Figura B.6 — Falha entre espiras no enrolamento principal de alta-tensão ensaiado (falha ocorrida após
o corte, evidenciada pelo oscilograma da corrente transferida capacitivamente e pela corrente no neutro,
mas não pelo oscilograma do impulso aplicado)

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(1)

(2)

IEC 1433/02 IEC 1434/02

Figura B.7-a – Impulso cortado (70 %) (sem falha) Figura B.7-b – Impulso cortado (115 %) (com falha)

Legenda:
1 Impulso cortado aplicado, varredura 50 µs
2 Corrente transferida do enrolamento adjacente curto-circuitado para terra, varredura 50 µs

Figura B.7 — Falha de espira para espira no enrolamento com degraus de derivação finos (falha ocorrida
imediatamente após o corte, como indicado nos oscilogramas da tensão e da corrente transferida)
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(1)

(2)

IEC 1419/02 IEC 1420/02

Figura B.8-a – Impulso cortado (100 %) (sem falha) Figura B.8-b – Impulso cortado (100 %) (com falha)

Legenda:
1 Impulso aplicado, varredura 10 μs
2 Corrente no neutro, varredura 100 μs
NOTA Falha ocorrida antes do instante de corte, sendo a falha, portanto, de impulso pleno.

Figura B.8 — Falha, entre discos, no enrolamento de alta-tensão ensaiado (falha após aproximadamente
2 µs, indicada efetivamente nos oscilogramas de tensão e corrente no neutro)

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(1)
(1)

(2)

IEC 1429/02 IEC 1430/02

Figura B.9-a – Impulso pleno com o valor Figura B.9-b – Impulso cortado (115 %) (com falha)
suportável nominal (100 %)
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(sem falha)

Legenda:
1 Impulso aplicado, varredura 10 μs
2 Corrente no neutro, varredura 15μs
NOTA Falha ocorrida antes do instante de corte e, portanto, considerada falha de impulso pleno.

Figura B.9 — Falha entre camadas da bucha (falha entre camadas de uma bucha ocorrida imediatamente
após a crista e antes do instante de corte, evidenciada por uma queda de 10 % no impulso aplicado
e pelo oscilograma de corrente no neutro)

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(1) (1)

(2) (2)

IEC 1444/02 IEC 1447/02

Figura B.10-a – Impulso pleno com valor reduzido Figura B.10-b – Primeira aplicação do impulso
(62,5 %) inicial atmosférico com o valor suportável
nominal (100 %)
(1)

(2)
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IEC 1445/02 IEC 1446/02

Figura B.10-c – Aplicação final de impulso pleno Figura B.10-d – Segunda aplicação do impulso
com valor reduzido (62,5 %) atmosférico com o valor suportável
nominal (100 %)

Legenda:
1 Impulso aplicado, varredura 50 μs
2 Corrente transferida, varredura 50 μs

NOTA As oscilações iniciais de alta freqüência nos registros da corrente transferida são diferentes para diferentes níveis
do impulso aplicado.

Figura B.10 — Efeito de diferenças no disparo do gerador

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IEC 1441/02

Figura B.11-a – Impulso pleno com valor reduzido (50 %)


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IEC 1442/02

Figura B.11-b – Impulso pleno com valor reduzido (75 %)

IEC 1443/02

Figura B.11-c – Impulso pleno com o valor suportável nominal (100 %)

Corrente no neutro, varredura 75 μs.

NOTA A forma da corrente no neutro varia progressivamente com a tensão. As modificações mostradas acima são mais
pronunciadas que as geralmente associadas a resistores não lineares.

Figura B.11 — Efeito de resistores não lineares no comutador de derivações

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(1)

(2)

IEC 1437/02 IEC 1438/02

Figura B.12-a – Impulso cortado com valor Figura B.12-b – Impulso cortado com o valor
reduzido (62,5 %) suportável nominal (100 %)

(3)
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(4)

IEC 1439/02 IEC 1440/02

Figura B.12-c – Impulso cortado com valor Figura B.12-d – Impulso cortado com o valor com
reduzido (62,5 %) suportável nominal (100 %)

Legenda:
1 Impulso aplicado, varredura 25 μs
2 Corrente transferida, varredura 25 μs
3 Impulso aplicado, varredura 50 μs
4 Corrente transferida, varredura 50 μs

NOTAS

1 As Figuras B.12-a e B.12-b correspondem a um ensaio com grande diferença no tempo até o corte (enrolamento de
alta tensão). Deve-se notar as modificações nas oscilações de alta freqüência sobre a corrente transferida capacitivamente
e as modificações no impulso de tensão após o corte.

2 As Figuras B.12-c e B.12-d correspondem a um ensaio com diferenças pequenas no tempo até o corte (enrolamento
de baixa tensão). Devem-se notar as modificações nas oscilações de alta freqüência superpostas à corrente transferida
capacitivamente, mas virtualmente sem diferenças nos impulsos da tensão.

Figura B.12 — Corte com diferenças grandes e pequenas no tempo

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(1)

(2)
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IEC 1435/02 IEC 1436/02

Figura B.13-a – Impulso cortado com valor Figura B.13-b – Impulso cortado com o valor valor
reduzido (75 %) suportável nominal (100 %)

Legenda:
1 Impulso aplicado, varredura 10 μs
2 Corrente no neutro, varredura 100 μs

NOTA Impulsos com o mesmo tempo até o corte apresentam oscilogramas idênticos.

Figura B.13 — Corte sem diferenças no tempo

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(1)
(3)

(2)
IEC 1448/02

Figura B.14-a – Impulso de manobra com valor reduzido

(1)
(3)
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(2)

IEC 1449/02

Figura B.14-b – Primeira aplicação do impulso de manobra com o valor suportável nominal (100 %)

(1)

(3)

(2)

IEC 1450/02

Figura B.14-c – Segunda aplicação do impulso e manobra com o valor suportável nominal (100 %)

Legenda:
1 Impulso aplicado, varredura 5 000 μs
2 Impulso induzido entre os terminais interligados do enrolamento de fase não ensaiado e terra (52 % do valor aplicado, polaridade oposta),
varredura 5 000 μs
3 Corrente no neutro, varredura 5 000 μs

Figura B.14 — Ensaio bem-sucedido num transformador, mostrando o efeito da saturação

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(1)

(2)
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IEC 1453/02 IEC 1454/02

Figura B.15-a – Impulso com valor reduzido (60 %) Figura B.15-b – Impulso com o valor suportável
nominal (100 %)

Legenda:
1 Impulso aplicado, varredura 5 000 μs
2 Corrente no neutro, varredura 5 000 μs

Figura B.15 — Ensaio bem-sucedido num reator

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(1)

(2)

(3)
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IEC 1451/02 IEC 1452/02

Figura B.16-a – Aplicação de impulso de manobra Figura B16-b – Aplicação de impulso de manobra
com valor reduzido (90 %) com valor especificado (100 %)

Legenda:

1 Impulso de manobra aplicado, varredura 5 000 μs

2 Corrente no neutro, varredura 5 000 μs

3 Corrente no neutro, varredura 500 μs

NOTA Falha a aproximadamente 300 μs por descarga disruptiva axial no enrolamento principal de alta-tensão, resultando
modificações drásticas nos oscilogramas de tensão e corrente no neutro.

Figura B.16 — Falha num transformador

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