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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 13930
Segunda edição
18.08.2008

Válida a partir de
18.09.2008

Prensas mecânicas — Requisitos de segurança


Mechanical presses – Safety requirement
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Palavras-chave: Prensas. Segurança.


Descriptors: Press. Safety.

ICS 25.120.10

ISBN 978-85-07-00923-8

Número de referência
ABNT NBR 13930:2008
55 páginas

© ABNT 2008
ABNT NBR 13930:2008
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ABNT NBR 13930:2008

Sumário Página

Prefácio........................................................................................................................................................................v
1 Escopo ............................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................1
3 Termos, definições e abreviaturas ..............................................................................................................3
3.1 Termos e definições ......................................................................................................................................3
3.2 Abreviaturas...................................................................................................................................................6
4 Listagem dos perigos significativos ...........................................................................................................8
5 Requisitos e/ou medidas de segurança ....................................................................................................10
5.1 Introdução ....................................................................................................................................................10
5.2 Considerações básicas do projeto ............................................................................................................10
5.2.1 Freios e embreagens...................................................................................................................................10
5.2.2 Prensas com acoplamento freio embreagem (embreagem de fricção) .................................................11
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5.2.3 Sistemas hidráulicos e pneumáticos - Características gerais................................................................11


5.2.4 Sistemas pneumáticos................................................................................................................................13
5.2.5 Sistemas hidráulicos...................................................................................................................................13
5.2.6 Regulagem de altura e regulagem do curso do martelo .........................................................................13
5.3 Perigos mecânicos na área da ferramenta ...............................................................................................13
5.3.16 Condições de intertravamento do motor e da embreagem.....................................................................16
5.3.17 Ciclo individual ............................................................................................................................................16
5.3.18 Dispositivos mecânicos de travamento ....................................................................................................16
5.3.19 Outros requisitos.........................................................................................................................................16
5.3.20 Remoção de pessoas presas .....................................................................................................................17
5.4 Sistema de controle e monitoração...........................................................................................................17
5.4.1 Funções de controle e monitoração..........................................................................................................17
5.4.2 Prensas com sistema de engate por embreagens de fricção - Utilização de sistemas de controle do
freio/embreagem com redundância e monitoração, e monitoração de escorregamento em ciclo
individual ......................................................................................................................................................19
5.4.3 Desabilitação temporária (muting) ............................................................................................................20
5.4.4 Sistemas eletrônicos programáveis (PES), sistemas pneumáticos programáveis (PPS) e funções
relativas à segurança ..................................................................................................................................20
5.4.5 Chaves seletoras .........................................................................................................................................21
5.4.6 Chave de desconexão da embreagem ......................................................................................................21
5.4.7 Chaves de posição (ver 10.1.4 da IEC 60204-1:2005) ..............................................................................21
5.4.8 Botões de comando ....................................................................................................................................22
5.4.9 Válvulas ........................................................................................................................................................22
5.5 Ajuste de ferramental, ciclos (golpes) para ensaios, manutenção e lubrificação................................22
5.6 Outros perigos mecânicos .........................................................................................................................24
5.7 Escorregamento, tropeços e quedas ........................................................................................................24
5.8 Proteção contra outros perigos .................................................................................................................24
5.8.1 Perigos elétricos..........................................................................................................................................24
5.8.2 Perigos térmicos..........................................................................................................................................24
5.8.3 Perigo de ejeção de fluidos sob alta pressão ..........................................................................................25
5.8.4 Perigos gerados por pressão sonora (ruído) ...........................................................................................25
5.8.5 Perigos por vibrações .................................................................................................................................26
5.8.6 Perigos com matérias-primas e outros produtos ....................................................................................26
5.8.7 Perigos por negligenciar os princípios ergonômicos .............................................................................27
6 Verificação dos requisitos e/ou medidas de segurança .........................................................................27
7 Informações para uso .................................................................................................................................32
7.1 Identificação.................................................................................................................................................32
7.2 Manual de instruções ..................................................................................................................................32

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ABNT NBR 13930:2008

Anexo A (normativo) Proteções com dispositivos de intertravamento ..............................................................38


Anexo B (normativo) Cálculo das distâncias mínimas de segurança.................................................................32
Anexo C (informativo) Enclausuramento de ferramentas...................................................................................32
Anexo D (informativo) Ajuste do mecanismo de comando por cames rotativas .............................................32
Anexo E (informativo) Determinação do tempo total de resposta T ..................................................................32
Anexo F (normativo) Exigências para a medição de pressão sonora (ruído) em prensas mecânicas............32
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ABNT NBR 13930:2008

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 13930 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04),
pela Comissão de Estudo de Prensas (CE-04:001.12). O seu 1º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 30.09.2006 a 28.11.2006, com o número de Projeto ABNT NBR 13930. O seu 2º Projeto circulou
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em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 28.11.2007 a 29.01.2008, com o número de


2º Projeto ABNT NBR 13930. O seu 3º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 06,
de 12.06.2008 a 11.07.2008, com numero de 3º Projeto ABNT NBR 13930.

Esta Norma é baseada na EN 692:2005.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 13930:2001), a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte.

Scope
This Standard specifies technical safety requirements and measures to be adopted by persons undertaking
the design, manufacture and supply of mechanical presses with part revolution clutch hereinafter called presses
which are intended to work cold metal or material partly of cold metal. This standard is not applicable for servo-
presses (without clutch and brake).

NOTE The design of a machine includes the study of the machine itself, taking into account all phases of its “life”,i.e.
construction, transport and commission (including assembly, installation and adjustment), use (including setting,
teaching/programming or process changeover, operation, cleaning, fault finding and maintenance) and decommissioning,
dismantling and, as far as safety is concerned, disposal, and the drafting of the instructions related to all above-mentioned
phases of the “life” of the machine (except construction), dealt with it in 6.5 of ABNT NBR NM 213-1:2000.

This Standard also covers presses, whose primary intended use is to work cold metal, which are to be used in the
same way to work other sheet materials (such as cardboard, plastic, rubber or leather), and metal powder.

The requirements in this Standard take account of intended use, as defined in 3.12 da ABNT NBR NM 213-1:2000.
This standard presumes access to the press from all directions, deals with the hazards described in clause 4,
and specifies the safety measures for both the operator and other exposed persons.

This Standard also applies to ancillary devices which are an integral part of the press. This standard also applies to
machines which are integrated into an automatic production line where the hazards and risk arising are comparable
to those of machines working separately.

This Standard does not cover mechanical presses with full revolution clutch or similar ways of clutching (see 3.1.4).

This Standard applies to all machines manufactured after its published.

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ABNT NBR 13930:2008

Introdução

Esta Norma é aplicável a prensas mecânicas conforme definido em 3.1.16.

Esta Norma foi preparada para prover os meios de se atender aos requisitos essenciais de segurança de acordo
com a legislação brasileira vigente.

A abrangência de quais perigos são cobertos está indicada no conteúdo desta Norma. Em complemento,
para perigos que não estão contidos nesta Norma, ver especificações na ABNT NBR NM 213-1.
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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 13930:2008

Prensas mecânicas — Requisitos de segurança

1 Escopo
1.1 Esta Norma define os requisitos e medidas técnicas de segurança, que devem ser aplicados pelos responsáveis
pelo projeto, fabricação e fornecimento de prensas mecânicas com freio e embreagem de ciclo parcial, nesta Norma
simplesmente denominadas “prensas”, utilizadas para trabalhar metal frio ou material feito parcialmente de metal frio.
Esta norma não é aplicável para prensas servo-acionadas sem freio e embreagem.

NOTA O projeto de uma máquina inclui seu estudo, levando em consideração todas as fases de sua vida útil, por exemplo,
a construção, o transporte e o comissionamento (incluindo a montagem, a instalação e a otimização), o uso (incluindo ajustes,
“teaching”/programação ou troca de processo, operação, limpeza, localização de falhas e manutenção), a desmontagem
e, considerando-se aspectos de segurança, descarte e as instruções acima mencionadas, referentes a todas as fases da vida útil
da máquina (exceto a construção), tratado em 6.5 da ABNT NBR NM 213-1:2000.
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1.2 Esta Norma aplica-se também a prensas cuja finalidade de utilização é a conformação a frio de metais
e que podem ser igualmente utilizadas para o trabalho com outros materiais (como papelão, material sintético,
borracha ou couro) e pó de metal.

1.3 Os requisitos contidos nesta Norma referem-se à intenção de uso, como definido em 3.12
da ABNT NBR NM 213-1:2000. Esta Norma pressupõe o acesso por todos os lados da prensa, trata dos perigos
descritos na seção 4 e estabelece as medidas de segurança tanto para o operador como para outras pessoas
expostas ao perigo.

1.4 Esta Norma também se aplica a dispositivos auxiliares que estão integrados à prensa e à proteção de sistemas
de manufatura integrada utilizando prensas, onde os riscos e perigos são compatíveis, apesar de
as máquinas trabalharem separadamente.

1.5 Esta Norma não se aplica a prensas com sistema de engate por acoplamento tipo chaveta ou similar
(ver 3.1.4).

1.6 Esta Norma se aplica a todas as máquinas fabricadas após a publicação desta.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 10152, Níveis de ruídos para conforto acústico

ABNT NBR 13759:1996, Segurança de máquinas – Equipamentos de parada de emergência, aspectos funcionais –
Princípios para projeto

ABNT NBR 13970, Segurança de máquinas – Temperaturas de superfícies acessíveis – Dados ergonômicos para
estabelecer os valores limites de temperatura de superfícies aquecidas

ABNT NBR 14009, Segurança de máquinas – Princípios para apreciação de riscos

ABNT NBR 14152, Segurança de máquinas – Dispositivos de comando bimanuais – Aspectos funcionais e princípios
para projeto

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ABNT NBR 13930:2008

ABNT NBR 14153:1998, Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança –
Princípios gerais para projeto

ABNT NBR 14154, Segurança de máquinas – Prevenção de partida inesperada

ABNT NBR 14191-1, Segurança de máquinas – Redução dos riscos à saúde resultantes de substâncias perigosas
emitidas por máquinas – Parte 1: Princípios e especificações para fabricantes de máquinas

ABNT NBR NM 213-1:2000, Segurança de máquinas – Conceitos fundamentais, princípios gerais de projeto –
Parte 1: Terminologia básica e metodologia

ABNT NBR NM 213-2:2000, Segurança de máquinas – Conceitos fundamentais, princípios gerais de projeto –
Parte 2: Princípios técnicos e especificações

ABNT NBR NM 272:2002, Segurança de máquinas – Proteções – Requisitos gerais para o projeto e construção de
proteções fixas e móveis

ABNT NBR NM 273:2002, Segurança de máquinas – Dispositivos de intertravamento associados a proteções –


Princípios para projeto e seleção
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ABNT NBR NM ISO 13852:2003, Segurança de máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso
a zonas de perigo pelos membros superiores

ABNT NBR NM ISO 13854:2003, Segurança de máquinas – Folgas mínimas para evitar esmagamento de partes do
corpo humano

ISO 3746, Acoustics, Determination of sound power levels of noise sources using sound pressure – Survey method
using an enveloping measurement surface over a reflecting plane

ISO 4413:1998, Hydraulic fluid power – General rules relating to systems

ISO 4414:1998, Pneumatic fluid power – General rules relating to systems

ISO 4871, Acoustics – Declaration and verification of noise emission values of machinery and equipment

ISO 9355-2, Safety of machinery – Ergonomics requirements for the design of displays and control actuators –
Part 2: Displays

ISO 9355-3, Safety of machinery – Ergonomics requirements for the design of displays and control actuators –
Part 3: Control actuators

ISO 10130-1, Cold-rolled low carbon steel flat products for cold forming – Technical delivery conditions

ISO 11202, Acoustics – Noise emitted by machinery and equipment – Measurement of emission sound pressure levels
at the work station and at other specified positions – Survey method in situ

ISO 11428, Safety of machinery – Visual danger signals – General requirements, design and testing

ISO 11688-1, Acoustics – Recommended practice for the design of low-noise machinery and equipment –
Part 1: Planning (ISO/TR 11688-1:1995)

ISO 13855:2002, Safety of machinery – The positioning of protective equipment in respect of approach speeds
of parts of the human body

ISO 14122, Safety of machinery – Permanent means of access to machinery (todas as partes)

IEC 60204-1:2005, Safety of machinery – Electrical equipment of machines – Part 1: General Requirements

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ABNT NBR 13930:2008

IEC 61310-2, Safety of machinery – Indication, marking and actuation – Part 2: Requirements for marking

IEC 61496-1:2004, Safety of machinery – Electro-sensitive protective equipment – Part 1: General requirements and
tests

IEC 61496-2, Safety of machinery – Electro-sensitive protective equipment – Part 2: Particular requirements
for equipment using active opto-electronic protective devices (AOPDs)

EN 614-1, Safety of machinery – Ergonomic design principles – Part 1: Terminology and general principles

EN 1005-2, Safety of machinery – Human physical performance – Part 2: Manual handling of machinery
and component parts of machinery

EN 1127-1, Explosive atmospheres – Explosion prevention and protection – Part 1: Basic concepts and methodology

EN 1299, Mechanical vibration and shock – Vibration isolation of machines – Information for the application of source
isolation
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3 Termos, definições e abreviaturas

3.1 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1.1
freio de cinta
freio (ver 3.1.2) no qual está disposta uma cinta flexível com lonas de freio ao redor de um tambor

3.1.2
freio
mecanismo (comumente de fricção) destinado a parar e manter parado o martelo quando a embreagem estiver
desacoplada

3.1.3
embreagem
mecanismo que transfere a energia do volante para o martelo

3.1.4
engate mecânico por chaveta ou similar
tipo de engate que, uma vez colocado em funcionamento ou ativado, não pode ser desengatado até que o martelo
tenha realizado um ciclo completo. Inclui também certos tipos de embreagens que só podem ser desengatados
em certas posições do ciclo de funcionamento

3.1.5
embreagem – ciclo parcial
tipo de acoplamento que pode ser acoplado ou desacoplado em qualquer posição do curso do martelo, normalmente
embreagens por fricção

3.1.6
ciclo automático (golpe contínuo ou marcha contínua)
modo de operação em que o movimento do martelo é repetido contínua ou intermitentemente, e em que são
executadas todas as funções sem intervenção manual após o comando de partida

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3.1.7
ciclo de trabalho (golpe)

movimento do martelo a partir de sua posição de início do ciclo, comumente ponto morto superior (PMS), para
o ponto morto inferior (PMI) e retorno à posição de parada do ciclo, normalmente ponto morto superior (PMS).
O ciclo de trabalho (golpe) compreende todas as operações efetuadas durante este movimento

3.1.8
ciclo individual (golpe individual)
modo de operação onde cada ciclo de trabalho (golpe) do martelo deve ser ativado pelo operador

3.1.9
pontos mortos
pontos nos quais a ferramenta superior, durante o curso, está:

 ou mais próxima da ferramenta inferior (corresponde em geral ao final do curso de fechamento), designado como
ponto morto inferior (PMI)

 ou mais afastada da ferramenta inferior (corresponde em geral ao final do curso de abertura), designado como
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ponto morto superior (PMS)

3.1.10
ferramenta inferior
em geral a parte fixa da ferramenta utilizada em uma prensa

3.1.11
almofadas de repuxo
acessório para uma ferramenta inferior, que acumula e libera, ou absorve a força necessária em algumas operações
de conformação

3.1.12
acoplamento direto
tipo de acionamento de prensas com o qual não são utilizadas embreagens. O movimento do martelo é efetuado
diretamente através da energização ou desenergização do motor elétrico, possibilitando uma combinação com
o freio

3.1.13
proteção com abertura antecipada e intertravamento
equipamentos de proteção associados com dispositivos de intertravamento que, se abertos quando tenha cessado
qualquer movimento perigoso, não interrompem o ciclo de trabalho (golpe)

3.1.14
dispositivo de travamento da porta de proteção
dispositivo mecânico que mantém a porta de proteção fechada e travada durante a operação da máquina, até que
qualquer movimento perigoso tenha cessado

3.1.15
dispositivo de comando de movimento limitado (ajuste)
dispositivo de comando cuja atuação permite apenas um percurso limitado de movimento de um elemento
da máquina, reduzindo o risco; este movimento não se reiniciará enquanto o dispositivo de comando não for acionado
novamente (conforme 3.23.8 da ABNT NBR NM 213-1:2000)

3.1.16
prensa mecânica
máquina projetada para transmitir energia de um acionamento principal para uma ferramenta por meios mecânicos,
com o propósito de trabalhar (por exemplo, cortar ou conformar) metal frio ou material composto parcialmente de
metal frio entre matriz e punção de uma ferramenta. Essa energia pode ser transmitida por meio de um conjunto
volante e embreagem (ver Figura 1), ou acoplamento direto (não mais utilizado)

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3.1.17
monitoração (M)
função de segurança que garante que uma medida de segurança seja iniciada quando um componente ou
um dispositivo tiver sua função reduzida, ou quando houver situações de perigo devido a alterações nas condições do
processo

3.1.18
muting
desabilitação automática e temporária de uma função de segurança através de componentes de segurança
ou circuitos de comando responsáveis pela segurança durante o funcionamento normal da máquina (ver 3.8 da
ABNT NBR 14153:1998)

3.1.19
tempo total de parada (T)
tempo entre a ativação do equipamento de proteção e a paralisação do movimento perigoso ou para ter-se
a condição segura da máquina

3.1.20
escorregamento
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movimento do eixo de manivela (excêntrico) além de um ponto de parada definido, por exemplo o ponto morto
superior (PMS)

3.1.21
dispositivo de monitoração do escorregamento
dispositivo que fornece um sinal que impede uma nova partida da máquina (um novo ciclo), quando
o escorregamento exceder o(s) limite(s) preestabelecido(s)

3.1.22
chave de controle de posição
chave que é acionada por um elemento móvel da máquina quando este atingir ou deixar uma posição anteriormente
definida (chave do cilindro de comando)

3.1.23
redundância (R)
aplicação de mais de um dispositivo ou sistema ou parte de um dispositivo ou sistema, a fim de assegurar que,
havendo uma falha em um deles na execução de sua função, o outro estará disponível para executar esta função
(3.47 da IEC 60204-1:1997)

3.1.24
altura de fechamento
distância entre a superfície da placa da mesa e a superfície do martelo, medida com o curso máximo variável
do martelo, o curso do martelo embaixo e a regulagem do martelo em cima (3.12 da ISO 8540:1993)

3.1.25
função de ciclo individual
modalidade de operação em que o movimento da ferramenta é limitado a apenas a um ciclo de operação a cada
engate da embreagem, mesmo que o meio de inicialização do ciclo (golpe) permaneça acionado (por exemplo,
bimanual)

3.1.26
martelo
principal parte móvel da prensa onde é fixada a ferramenta superior

3.1.27
ferramenta superior
geralmente a parte móvel da ferramenta

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3.1.28
ferramenta
conjunto composto por ferramenta superior e inferior

3.1.29
ferramenta enclausurada
ferramenta projetada e construída para ser segura por si própria (ver Figura D.1)

3.2 Abreviaturas

Para os efeitos deste documento, aplicam-se as seguintes abreviaturas:

M Monitoração (ver 3.1.17)


R Redundância (ver 3.1.23)
S Canal simples
PMI Ponto morto inferior (ver 3.1.9)
PMS Ponto morto superior (ver 3.1.9)
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PES Sistemas eletrônicos programáveis


PPS Sistemas pneumáticos programáveis
AOPD Dispositivos de proteção optoeletrônicos ativos
ESPE Equipamentos de proteção eletrossensitivos

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Legenda:

1 Proteção da embreagem 6 Martelo


2 Freio/embreagem 7 Placa do martelo para fixação da ferramenta
3 Volante 8 Placa da mesa
4 Polia do motor 9 Mesa
5 Correia 10 Púlpito de comando bimanual

(Representação da área de ferramenta sem os equipamentos de segurança)

Figura 1 — Exemplo de uma prensa mecânica

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4 Listagem dos perigos significativos


4.1 A listagem de perigos, contida na Tabela 1, é o resultado de uma avaliação de risco realizada conforme
ABNT NBR 14009 para todas as prensas mecânicas abrangidas por esta Norma. As medidas técnicas
e as informações ao usuário contidas nas Seções 5 e 7 e Anexos A, B, C, E e F, referem-se à avaliação de risco
e eliminam ou reduzem os efeitos decorrentes dos perigos identificados.

4.2 A avaliação de risco prevê o acesso por todos os lados, bem como o escorregamento, ciclos (golpes),
movimentos inesperados e involuntários e também a queda por gravidade. Riscos para o operador e outras pessoas
que possam ter acesso às áreas de perigo identificadas, levando em consideração todos os perigos que possam
surgir durante a vida útil da prensa. A avaliação de risco abrange uma análise das conseqüências de uma falha do
sistema de comando.

4.3 Em complemento, o usuário desta Norma, por exemplo, projetista, fabricante ou fornecedor, deve conduzir uma
avaliação de risco de acordo com a ABNT NBR 14009, com especial atenção para:

 a finalidade do uso da prensa, incluindo a manutenção, troca de ferramenta e limpeza, além de prever o seu mau
uso;
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 a identificação dos perigos significativos relacionados com a prensa (ver 4.4).

4.4 A Tabela 1 é uma lista dos perigos significativos e das respectivas áreas de perigo normalmente relacionadas
com a prensa mecânica. Como parte da avaliação de riscos, o projetista deve verificar se a lista de perigos da
Tabela 1 é completa e aplicável à prensa em questão.

Tabela 1 — Perigos significativos, áreas de perigo, medidas preventivas

Medidas
preventivas: Parágrafos da
Perigos Áreas de perigo parágrafos ABNT NBR
referentes NM 213-1
nesta Norma
Perigos mecânicos
Perigo de esmagamento Entre ferramentas em movimento
Perigo de mutilação Martelo em movimento
5.3 a 5.5
Perigo de corte ou perfuração Almofada de repuxo em
movimento Anexos A, B,
Perigo de se enroscar C, D e E
Ejetor de peças
Perigo de arrastamento ou
aprisionamento Proteções
Peças em movimento de
equipamentos elétricos, hidráulicos 5.6.1 a 5.6.3 4.2.1
e pneumáticos
Perigo de impacto
Motor e acionamento de máquina
Dispositivo mecânico para 5.6.1 a 5.6.4
manuseio
Componentes de máquinas 5.6.5
Perigo de expulsão
Peças em produção e ferramentas 7.2.2 alínea “i”

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Tabela 1 (continuação)

Medidas
preventivas: Parágrafos da
Perigos Áreas de perigo parágrafos ABNT NBR
referentes NM 213-1
nesta Norma
Perigo de ejetar fluido em alta pressão Sistemas hidráulicos 5.8.3
Todos os trabalhos em lugares
Perigo de escorregar, tropeçar e cair altos 5.7 4.2.3
Piso ao redor da prensa
Perigos elétricos

Perigo de contato direto


Equipamento elétrico
Perigo de contato indireto 5.8.1 4.3
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Perigo de radiação térmica Peças eletrificadas devido ao


(queimaduras) equipamento elétrico com falha
Perigos térmicos
Perigos resultando queimaduras e
Freios, embreagens, peças do
escaldo, devido ao contato das 5.8.2 4.4
sistema hidráulico
pessoas
Perigos gerados por pressão sonora (ruído)

Perigos resultando em perdas de Qualquer área da prensa onde


5.8.4 4.5
audição (surdez) existam riscos para a audição

Perigos gerados por vibrações


Partes da prensa onde o risco
Perigos gerados por vibrações ocorre, por exemplo, a(s) 5.8.5 4.6
estação(ões) de trabalho
Perigos gerados por materiais a substâncias processadas, usadas ou liberadas pela máquina
Perigos que resultam de inalação ou Sistemas hidráulicos; pneumáticos
5.8.6.1 a
contato com fluidos, gases, névoas, e seus comandos; materiais
5.8.6.4
fumaças e poeiras nocivas tóxicos de trabalho 4.8
Ventilação de exaustão e
Perigo por fogo ou explosão 5.8.6.5
equipamento de coleta de poeira

Perigos gerados pela negligência aos


princípios ergonômicos no projeto de Postura de trabalho e comandos
máquinas (falta de concordância entre para os operadores e ferramentas
5.8.7 4.9
características e habilidades manuais do pessoal de
humanas), como postura não saudável manutenção
ou solicitação excessiva

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5 Requisitos e/ou medidas de segurança

5.1 Introdução

As prensas mecânicas cobertas por esta Norma abrangem em sua dimensão desde máquinas pequenas e rápidas
para fabricação de peças pequenas com apenas um operador, até máquinas grandes, relativamente lentas,
com vários operadores e peças grandes e complexas. Os métodos ou medidas a serem implementadas para eliminar
os perigos significativos, ou reduzir os riscos a eles associados, estão detalhados neste parágrafo da seguinte
maneira:

 considerações de projeto básico para os principais componentes de prensas ou sistemas (ver 5.2);

 proteção de segurança contra perigos mecânicos na área de ferramentas, nos diferentes modos
de produção (ver 5.3);

 proteção contra perigos devido ao sistema de controle ou monitoração de falha de componentes (ver 5.4);

 proteção de segurança contra perigos que podem acontecer durante a preparação de ferramentas, ciclo de testes
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da produção da ferramenta (try-out), manutenção e lubrificação (ver 5.5);

 proteção de segurança contra outros perigos (ver 5.6 a 5.8);

 as prensas devem atender aos requisitos e/ou medidas de segurança contidos nos parágrafos de 5.2 a 5.8
e para alguns riscos de menor gravidade, não tratados nesta norma, deve ser consultada a
ABNT NBR NM 213-2.

5.2 Considerações básicas do projeto

5.2.1 Freios e embreagens

5.2.1.1 Não se deve utilizar pressão de fluido hidráulico ou ar no acionamento dos freios, a não ser que sejam
tomadas as devidas precauções, a fim de assegurarem que, em caso de perda da pressão do fluido ou do ar,
a eficácia dos freios seja mantida e a embreagem desengatada. Não se deve utilizar diafragmas no acionamento dos
freios.

5.2.1.2 O projetista deve assegurar que:

a) as molas utilizadas no acionamento dos freios e no desengate das embreagens devem ser do tipo de
compressão;

b) sejam utilizados conjuntos de múltiplas molas;

c) todas as molas utilizadas sejam uniformes em dimensão, qualidade e especificação;

d) o mecanismo de ajuste de carga das molas deve garantir que as ancoragens das molas possam ser travadas,
a fim de prevenir um possível afrouxamento;

e) a disposição dos alojamentos das molas e de suas guias, seus pinos-guias, deve ser de tal forma que possa
reduzir ao máximo possíveis inclinações;

f) o freio possa funcionar mesmo quando 50 % do conjunto de molas falhar.

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5.2.1.3 O engate e desengate da embreagem e acionamento do freio não devem afetar seu funcionamento seguro.

NOTA São recomendados freio e embreagens conjugados, a fim de reduzir a possibilidade de sobreposição de seus engates.

5.2.1.4 O freio e embreagens devem ser projetados de modo que uma falha de qualquer de seus componentes
não sobrecarregue outros componentes, desencadeando assim uma falha rápida e perigosa.

5.2.1.5 Todo calor gerado que possa causar uma situação perigosa deve ser dissipado.

5.2.1.6 Devem ser adotadas medidas efetivas para impedir a penetração de lubrificantes nas superfícies
de contato dos freios de fricção, caso esta proteção não esteja prevista no projeto do freio.

5.2.1.7 O freio e embreagem devem ser projetados de tal modo que qualquer umidade, pó ou óleo que possam
destruir ou atacar o material de vedação (tais como anéis de vedação ou guarnições) não venham
a influenciar nas funções exigidas como, por exemplo, o entupimento de um canal de ar ou algo que comprometa sua
eficiência.

5.2.1.8 O projeto deve assegurar que seja minimizado o acúmulo de pó, fluidos ou detritos no freio e/ou nas
regiões onde possa haver redução da eficiência de frenagem. Componentes quebrados ou soltos não devem provocar
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falha no funcionamento do freio.

5.2.1.9 Freios de cinta não devem ser utilizados em prensas mecânicas para parar o martelo.

5.2.2 Prensas com acoplamento freio embreagem (embreagem de fricção)

5.2.2.1 As embreagens devem ter a capacidade de acoplar e desacoplar na posição correta, sem a elevação
excessiva de temperatura, sob condições de utilização máxima da embreagem.

5.2.2.2 Deve haver folga de trabalho suficiente para garantir que sob as condições mais severas de trabalho não
ocorra desgaste de fricção que provoque movimentos indesejáveis das partes acionadas.

5.2.2.3 Devem ser adotadas medidas preventivas para evitar o acúmulo de detritos das superfícies de fricção em
pontos que possam interferir no funcionamento da embreagem, descartando-os efetivamente.

5.2.2.4 A embreagem e seu sistema de controle devem ser projetados de tal maneira que, mesmo havendo falha
de energia pneumática, hidráulica ou elétrica, a embreagem seja desacoplada e o freio imediatamente acionado.

5.2.2.5 Quando forem utilizados diafragmas no sistema de embreagem, devem ser tomadas medidas para evitar
quaisquer falhas oriundas da ação de corte por cantos vivos ou desgastes provocados por superfícies rugosas.
O escape do ar não deve ser impedido caso se produza deterioração ou deformação do diafragma,
por exemplo, devido à fadiga do material.

5.2.3 Sistemas hidráulicos e pneumáticos – Características gerais

5.2.3.1 Os requisitos das ISO 4413 e ISO 4414 devem ser levados em consideração no projeto de sistemas
hidráulicos e pneumáticos, os quais devem estar de acordo com os requisitos especiais contidos em 5.2.3,
5.2.4 e 5.2.5.

5.2.3.2 Devem ser previstos filtros, reguladores de pressão e dispositivos de desligamento em baixa pressão.

5.2.3.3 Devem ser previstos dispositivos que assegurem que a pressão de trabalho seja mantida na faixa
admissível.

5.2.3.4 Reservatórios de vidro e de material sintético (exceto os resistentes a solventes) devem estar equipados
com uma proteção antiestilhaçamento e que não afetem sua visibilidade.

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5.2.3.5 Todas as tubulações, conexões, luvas, reservatórios, tanques e furações devem estar livres de cavacos
ou corpos estranhos, que possam provocar danos nas válvulas ou nas peças que constituem
o freio/embreagem (ver Seção 9 da ISO 4413:1998 e seção 9 da ISO 4414:1998).

5.2.3.6 As tubulações entre pontos de conexão devem ser contínuas, se possível. Devem ser adotadas medidas
preventivas para evitar danos decorrentes de dilatação térmica e devem ser fixadas em intervalos curtos, evitando-se
assim vibrações ou movimentos. Também devem ser adotadas precauções que impeçam o dobramento de
mangueiras que conduzam fluidos. Este dobramento pode causar fechamentos e impedir a vazão do fluido. Isso se
aplica especialmente a linhas que conduzam à união rotativa da embreagem.

5.2.3.7 Onde uma falha de pressão puder provocar um movimento acidental perigoso do martelo, tubulações
flexíveis não devem ser usadas. Devem ser escolhidos tubos e conexões que impeçam a queda de pressão.
Tais conexões não devem ser fabricadas com material que tenha sido encaixado por pressão, por anéis colados ou
dispositivos similares. Elas devem ser feitas por meio de junções e conexões positivas ou por solda de
duas superfícies ajustadas.

5.2.3.8 A fixação das válvulas de acionamento não deve ser feita exclusivamente nas tubulações.
Tal procedimento deve impedir conseqüências indesejadas decorrentes de vibrações, que poderiam danificar tanto as
válvulas como as próprias tubulações.
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5.2.3.9 Válvulas de acionamento devem ser projetadas de modo que, quando estiverem na posição de repouso,
garantam que os vazamentos através da entrada da válvula tenham escapes suficientemente livres para impedir a
formação de pressão no cilindro de acionamento da embreagem.

5.2.3.10 As válvulas de acionamento devem ser projetadas de modo que não seja possível que as conexões de
entrada e saída permaneçam fechadas ao mesmo tempo.

5.2.3.11 As conexões de escape e tubulações entre o cilindro de acionamento da embreagem e as válvulas devem
ter capacidade para assegurar a liberação imediata do fluido de dentro da embreagem. Devem ser tomadas
precauções para assegurar que as conexões de saída das válvulas de acionamento tenham
uma dimensão adequada para evitar pressão residual dentro do cilindro de acionamento. A válvula deve ser
selecionada de modo que a relação de pressão entre a embreagem e o freio seja tal que uma pressão residual dentro
do cilindro não se torne excessiva, no caso de uma falha da válvula.

NOTA Normalmente é satisfatória uma relação de pelo menos 3,5 para 1 entre a pressão das molas do freio e a pressão
residual no cilindro.

5.2.3.12 As válvulas e outros componentes de controle (por exemplo, reguladores e manômetros) devem ser
posicionados de modo a proporcionar um acesso adequado e também que fiquem protegidas (ver 4.5.1 da
ISO 4413:1998).

5.2.3.13 Se as válvulas de acionamento forem acionadas manual ou mecanicamente (ao contrário do acionamento
elétrico), elas devem retornar obrigatoriamente à posição de desengate no final do ciclo (quando
o atuador de uma válvula é substituído, a válvula deve automaticamente mover-se para uma posição segura).
Ver também 5.4.9.

5.2.3.14 Quando forem utilizadas válvulas de segurança independentes para o comando de prensas
e equipamentos similares com freio e embreagem separados, elas devem ser interligadas de modo a estabelecer uma
monitoração dinâmica entre si, assegurando que o freio seja imediatamente aplicado caso a embreagem seja liberada
durante o ciclo, e também para impedir que a embreagem seja acoplada caso a válvula do freio não atue.

5.2.3.15 Não se deve utilizar válvulas chamadas de escape rápido, bem como reguladores de fluxo unidirecionais
(retorno livre) entre as válvulas de segurança e as entradas dos freios/embreagens.

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5.2.4 Sistemas pneumáticos

5.2.4.1 Quando as válvulas ou outras partes do sistema de comando da prensa necessitarem de lubrificação,
deve ser previsto um sistema de lubrificação automática, visível, para pulverização de óleo na linha de ar de forma
adequada.

5.2.4.2 Onde são aplicados silenciadores, estes devem ser dimensionados e instalados conforme os dados do
fabricante de válvulas para a utilização nos sistemas de segurança, devendo-se considerar a sua influência sobre a
ação do freio. São permitidos somente silenciadores que realizem despressurização diretamente para
a atmosfera, sem a possibilidade de que haja entupimentos.

5.2.4.3 Devem ser aplicados sistemas para desumidificação.

5.2.5 Sistemas hidráulicos

5.2.5.1 Nos sistemas hidráulicos, deve ser prevista uma válvula de alívio para a unidade hidráulica. Deve ser
prevista também uma maneira de retirar o ar do sistema hidráulico, através de um dispositivo de sangramento
ou sistema de alívio automático.
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5.2.5.2 Os sistemas hidráulicos devem ser projetados de modo que o escape de fluidos empregados não cause
ferimentos ou acidentes.

5.2.5.3 Sistemas hidráulicos com acumuladores de pressão devem permitir uma queda da pressão do fluido
quando a unidade geradora de pressão for desligada. Caso isto não seja possível, as partes do circuito
sob pressão devem estar equipadas com uma válvula manual de despressurização, além dos outros dispositivos
requeridos nas normas e leis sobre acumuladores de pressão (válvulas de alívio, manômetros pneumáticos etc.)
e uma indicação clara sobre o perigo (através de placa de aviso).

5.2.6 Regulagem de altura e regulagem do curso do martelo

5.2.6.1 Deve-se assegurar que o motor de regulagem de altura do martelo não possa ser colocado em
funcionamento enquanto o circuito de comando da embreagem estiver energizado. Este requisito não se aplica
quando o motor de regulagem do martelo é operado em prensas de ciclo automático, com sistemas de controle
de compensação, por exemplo, o desgaste de ferramentas durante a operação da prensa.

5.2.6.2 Os dispositivos para controlar a regulagem de altura do martelo devem ser claramente identificados.

5.2.6.3 A regulagem da altura do martelo deve ser limitada através de dispositivos apropriados.

5.2.6.4 Deve-se providenciar mecanismos de travamento para a regulagem da altura e do curso do martelo,
para mantê-los numa posição definida, durante a produção.

5.2.6.5 Mecanismos de segurança devem evitar o ciclo (golpe) da prensa quando o motor de regulagem do curso
estiver em operação.

5.3 Perigos mecânicos na área da ferramenta

5.3.1 A principal área de risco em prensas mecânicas é a área da ferramenta; medidas preventivas de segurança
devem ser tomadas para evitar esses perigos. Em 5.3 a 5.5 é indicado como a área da ferramenta, as áreas
associadas, o movimento da almofada de repuxo e os extratores de peças devem ser protegidos.

5.3.2 Projetistas, fabricantes e fornecedores devem selecionar os métodos de proteção capazes de reduzir ao
máximo possível os riscos de acidentes, considerando os perigos significativos (ver Tabela 1). Os conceitos de
segurança descritos nas ABNT NBR NM 213-1 e ABNT NBR NM 213-2, os quais são apropriados para a proteção de
qualquer operador, estão listados a seguir:

a) ferramentas enclausuradas (ver ABNT NBR NM ISO 13852, ABNT NBR NM ISO 13854, 5.3.9 e Anexo C);

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ABNT NBR 13930:2008

b) proteções mecânicas fixas (ver ABNT NBR NM ISO 13852, ABNT NBR NM 272 e 5.3.10);

c) proteções intertravadas com bloqueio (ver ABNT NBR NM 272, ABNT NBR NM 273, ABNT NBR 14153, 5.3.11
e Anexo A);

d) proteções com controle de partida e sistema de bloqueio (ver 4.2.2.5 da ABNT NBR NM 213-2:2000,
ABNT NBR NM 272, ABNT NBR NM 273, ABNT NBR 14153 e 5.3.11);

e) proteções intertravadas de abertura antecipada (ver ABNT NBR NM 272, ABNT NBR NM 273, ABNT NBR 14153,
ISO 13855, 5.3.11, 5.3.15 e Anexo A);

f) sistemas de proteção eletrossensitivos (ESPE) utilizando dispositivos de proteção optoeletrônicos ativos (AOPD)
(ver ISO 13855, IEC 61496-1, IEC 61496-2, 5.3.13 e 5.3.15);

g) dispositivos de comando bimanual (ver ABNT NBR 14152, ISO 13855, 5.3.14 e 5.3.15) conjugados com sistemas
de proteção eletrossensitivos utilizando dispositivos de proteção optoeletrônicos ativos (ver ISO 13855,
IEC 61496-1, IEC 61496-2, 5.3.13 e 5.3.15);

h) botões de comando sem retenção (ver 3.23.3 da ABNT NBR NM 213-1:2000) e baixa velocidade de fechamento
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(menos que 10 mm/s), principalmente para o ajuste de ferramenta (ver 5.5).

Os métodos de proteção acima devem proteger também contra riscos produzidos pelos equipamentos auxiliares
de alimentação e de retirada de peças, os quais são parte integrante da máquina.

5.3.3 A combinação dos equipamentos de proteção escolhidos deve proteger todas as pessoas expostas, isto é,
toda pessoa que possa ter acesso à área de risco durante a operação, ajuste, manutenção, limpeza e atividades
de inspeção, conforme descrito em 4.2.

5.3.4 Quando uma prensa mecânica for utilizada com alimentação e/ou retirada manual, o sistema de proteção não
pode se basear somente no uso de ferramentas enclausuradas, proteções fixas e dispositivos de proteção, a menos
que a ferramenta enclausurada, as proteções fixas ou os dispositivos de proteção já tenham sido fornecidos como
parte da prensa para esse propósito único (ver 7.2.2, alíneas j e k).

5.3.5 Os requisitos para as medidas de proteção listadas em 5.3.2 estão especificados em 5.3.9 a 5.3.15 e devem
ser adicionados aos requisitos estabelecidos nas normas correspondentes.

5.3.6 Os equipamentos e os dispositivos de proteção escolhidos fornecidos devem ser intertravados com
os sistemas de controle da prensa, na mesma categoria de segurança dos dispositivos e proteções.

5.3.7 Se o trabalho for realizado na prensa e exigir o acesso à área de perigo por mais de um lado, devem ser
adotadas medidas de proteção como indicado nos Anexos A, C e D, mantendo-se o mesmo nível de proteção para o
operador em todos os lados da prensa.

5.3.8 Quando uma prensa muito grande for utilizada para prensagem especial de grandes componentes,
produzindo uma única peça, por exemplo, a calota de um vaso de pressão e o uso de proteção for impraticável,
o projetista, fabricante e fornecedor devem fazer uma provisão para permitir em tais casos um método de trabalho
seguro a ser aplicado pelo usuário, por exemplo, mover os dispositivos de comando para uma posição segura, onde
se tenha uma boa visão das ferramentas e peças e, se necessário, alertas sonoros ou alertas visuais de perigo de
acordo com a ISO 11428. Se esta prensa não for dedicada exclusivamente a este trabalho, deve ser aplicado
o descrito em 5.3.2 a 5.3.6.

5.3.9 As ferramentas enclausuradas devem ser intrinsecamente seguras. Suas aberturas e respectivas distâncias
devem corresponder aos requisitos da Tabela 4 da ABNT NBR NM ISO 13852:2003 (máximo 6 mm). Qualquer perigo
de esmagamento adicional deve ser evitado segundo a Tabela 1 da ABNT NBR NM ISO 13854:2003. Ver anexo C.

5.3.10 Proteções fixas devem atender ao descrito na ABNT NBR NM 272. Devem também estar firmemente fixadas
na máquina, em outra estrutura rígida ou no piso. As aberturas para alimentação de material a ser processado devem
atender ao descrito na Tabela 4 da ABNT NBR NM ISO 13852:2003.

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ABNT NBR 13930:2008

5.3.11 As proteções intertravadas com abertura antecipada devem atender à ABNT NBR NM 272 e, em conjunto
com as proteções fixas, devem impedir o acesso à área de perigo na área da ferramenta, durante qualquer movimento
perigoso. Deve ser impedida a inicialização do ciclo (golpe) até que as portas de proteção estejam completamente
fechadas. Os dispositivos envolvidos no intertravamento devem ser projetados e construídos conforme 6.2.2
da ABNT NBR NM 273 e conforme a categoria 4 da ABNT NBR 14153:1998 (ver Anexo B).

5.3.12 Não é permitido um comando de partida feito a partir do fechamento de uma proteção mecânica.

As proteções mencionadas em 5.3.11 devem ser providas de:

a) travamento de proteção que impeça a abertura da grade de proteção até que qualquer movimento perigoso
na área da ferramenta tenha cessado; ou

b) sem travamento de proteção, mas projetado de forma a parar o movimento perigoso antes que a área de perigo
seja alcançada.

5.3.13 Os equipamentos de proteção eletrossensitivos (ESPE) usando dispositivos de proteção optoeletrônicos


ativos (AOPD) devem estar conforme a seguir:
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a) os AOPD devem ser tipo 4, conforme IEC 61496-1:2004, projetados e construídos de acordo com a IEC 61496-2;

b) o acesso à zona de perigo deve ser possível somente através da zona de detecção do AOPD. Proteção de
segurança adicional deve impedir o acesso à zona de perigo por uma outra direção qualquer;

c) quando é possível ficar em uma posição entre a cortina de luz e a zona de perigo da prensa, meios adicionais,
devem ser providos para detectar uma pessoa que esteja dentro desta área, por exemplo, mais feixes de luz de
um AOPD tipo 4 ou barreira física. A máxima distância não monitorada entre o AOPD e a prensa não pode ser
maior que 75 mm;

d) não deve ser possível iniciar qualquer movimento perigoso enquanto qualquer parte do corpo estiver
interrompendo o AOPD;

e) os meios de rearme devem ser posicionados de maneira que, daquela posição, haja uma visão total da zona de
perigo. Não deve existir mais do que um meio de rearme para cada zona de detecção. Se a prensa estiver
protegida por AOPD nas laterais e na parte traseira, deve ser provido um dispositivo de comando de rearme
em cada uma das zonas de detecção;

f) onde o AOPD funciona refletindo de volta o feixe de luz transmitido ao longo de seu próprio caminho e refletores
adicionais são posicionados dentro da zona de detecção, então a configuração do(s) refletor(es) adicional(is)
não deve(m) permitir que um objeto de espessura igual ou maior que a dimensão da peça de teste especificada
(ver 4.1.2 da IEC 61496-2:2004) não seja detectável pelo AOPD dentro da zona total de detecção, a menos que
outras medidas sejam tomadas para assegurar que não é possível alcançar a zona de perigo.

5.3.14 Dispositivos de comando bimanual devem estar de acordo com os seguintes requisitos:

a) dispositivos de comando bimanual devem ser conforme o tipo III C na Tabela 1 da ABNT NBR 14152:1998;

b) o número de dispositivos de comando bimanual em operação deve obrigatoriamente corresponder ao número de


operadores;

c) o acionamento dos dispositivos de comando bimanual não deve ser possível usando uma mão, mão e cotovelo
do mesmo braço, antebraço(s) ou cotovelo(s), e outras partes do corpo.

5.3.15 Proteções intertravadas de abertura antecipada sem sistema de bloqueio, ESPE usando AOPD e dispositivos
de comando bimanual devem ser posicionados de maneira que o operador não tenha tempo de alcançar a zona de
perigo antes que qualquer movimento perigoso na área de ferramenta tenha cessado. O cálculo da distância de
segurança deve ser baseado no tempo de resposta total de parada da prensa e na velocidade do movimento do
operador. Ver ISO 13855 e Anexo B.

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5.3.16 Condições de intertravamento do motor e da embreagem

O movimento no sentido reverso deve ser possível apenas na modalidade ajuste. Não deve ser possível dar partida
no motor se a embreagem da prensa estiver engatada, e engatar ou deixar engatada a embreagem se o motor estiver
parado, exceto sob condições específicas de manutenção.

5.3.17 Ciclo individual

Onde a prensa é utilizada na modalidade ciclo individual, o comando eletroeletrônico deve impedir um ciclo (golpe)
subseqüente, mesmo que o dispositivo de comando permaneça continuamente atuado. Ciclos (golpes) adicionais
devem requerer a liberação do dispositivo de comando e uma nova inicialização.

5.3.18 Dispositivos mecânicos de travamento

5.3.18.1 Um dispositivo mecânico de travamento, por exemplo, um calço, que suporte o peso do martelo e da
parte superior da ferramenta deve ser providenciado para ser inserido na prensa para uso durante reparo ou qualquer
intervenção necessária entre a parte superior e a parte inferior da ferramenta, diferente da alimentação normal
(ciclo produtivo). O dispositivo deve ser intertravado ao controle da prensa de modo que um ciclo (golpe) não possa
ser executado enquanto o dispositivo esteja na posição de travamento e o martelo da prensa for mantido na posição
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superior de acordo com a ABNT NBR 14154. Esse intertravamento com o comando da prensa deve estar
em conformidade com as exigências da categoria 4 da ABNT NBR 14153.

5.3.18.2 Em prensas com curso de abertura maior que 500 mm e uma profundidade da mesa de mais de
800 mm, o dispositivo deve estar fixado permanentemente e integrado na prensa. Se um dispositivo integrado, quando
ativo, não puder ser facilmente visto da posição dos operadores, uma indicação clara adicional da posição do
dispositivo deve ser instalada.

5.3.19 Outros requisitos

5.3.19.1 A prensa deve ser projetada e construída de modo que as ferramentas possam ser fixadas à prensa de
maneira que nenhum perigo possa surgir no caso da falha de um único componente ou falta de energia.

5.3.19.2 Todas as fixações na prensa, tais como parafusos, porcas ou uniões por cola, devem ser montadas de
maneira que as partes não se soltem e causem acidentes ou danos.

5.3.19.3 Os meios de ajuste manuais, como, por exemplo, regulagem de curso ou de altura do martelo,
ou mudança de velocidade, ou alterações que possam causar perigos, devem ter um dispositivo de bloqueio de
acesso ou uma senha eletrônica (password).

5.3.19.4 Em prensas de operação automática com embreagem por fricção e linha de alimentação que seja
integrada à prensa, a ponta da bobina deve ser guiada automaticamente para dentro da ferramenta progressiva,
onde isto for praticável.

Se a ponta da bobina não puder ser guiada automaticamente durante a alimentação através do dispositivo de
manuseio e da ferramenta progressiva, o fabricante deve prover a prensa com:

a) dispositivo de comando por pulso (manter apertado para funcionar, conhecido como “CHAVE HOMEM MORTO”)
com três posições e velocidade de fechamento baixa (menos que 10 mm/s). O dispositivo de comando "manter
apertado para funcionar" consiste em um botão simples com as seguintes posições:

 1ª para parar;

 2ª para acionar;

 3ª para parar novamente.

Após pressionar o botão sobre o ponto de pressão da posição 3, o reinício deve ser possível apenas após
retornar o botão para a posição 1;

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ABNT NBR 13930:2008

b) um dispositivo de ajuste (ver 5.5.11).

Estes dispositivos devem estar operacionais quando qualquer proteção da prensa for removida de sua posição de
proteção, de maneira que a ponta da bobina possa ser guiada manualmente com um dispositivo de manuseio
auxiliar (garra, pinça, pegador magnético).

5.3.20 Remoção de pessoas presas

Alguns meios devem ser previstos para a remoção de qualquer pessoa presa na área da ferramenta
(ver também 7.2.2), por exemplo, acionamentos auxiliares, provisão de esquemas que permitam a rotação manual do
volante.

5.4 Sistema de controle e monitoração

5.4.1 Funções de controle e monitoração

5.4.1.1 Esta subseção deve ser aplicada a todos os componentes relacionados com a segurança, os quais direta
ou indiretamente controlam ou monitoram as funções das partes em movimento da prensa ou seus estampos
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(ferramentas). As IEC 60204-1 e ABNT NBR 14153 devem ser seguidas quando do projeto dos sistemas elétricos,
mecânicos, pneumáticos e hidráulicos.

5.4.1.2 Os sistemas de controle devem incluir funções de segurança projetadas de tal forma que os controles
sejam novamente acionados para que a prensa inicie um novo ciclo (golpe):

a) após a mudança do modo de operação da prensa;

b) após o fechamento de um equipamento de proteção com intertravamento;

c) após o acionamento manual do rearme do sistema de segurança;

d) após uma falha no sistema de alimentação elétrica;

e) após uma falha na alimentação principal de pressão pneumática;

f) seguido da atuação do dispositivo de proteção da ferramenta ou da atuação do detector de peça;

g) após a remoção de dispositivo de restrição mecânica com intertravamento.

5.4.1.3 No caso da atuação de um sistema de segurança (proteção com intertravamento, ESPE utilizando AOPD),
há necessidade de ser acionado o rearme (reset) manual, a fim de restabelecer as condições normais de operação:

a) se uma pessoa puder passar através da área de ação de uma proteção com intertravamento;

b) se um ESPE usando o AOPD, sendo utilizado para inicialização de ciclo, não for interrompido dentro de um
tempo predeterminado;

c) se um ESPE usando o AOPD for interrompido durante qualquer movimento perigoso no ciclo;

d) se um ESPE usando o AOPD proteger os lados em que a prensa não é operada.

Os controles de rearme (reset) devem estar a uma distância dentro do campo de visão da área de perigo, porém fora
do alcance da área de perigo. As funções de rearme devem ser monitoradas.

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5.4.1.4 Esta subseção deve ser aplicada para prensas construídas com os dispositivos de segurança dos seguintes
tipos:

 ESPE usando AOPD;

 proteções intertravadas com abertura antecipada e proteções com comando de partida;

 dispositivos de controle bimanual usados para operação normal.

Esta subseção não se aplica a prensas que utilizam alimentação ou retirada automáticas trabalhando em ciclo
contínuo e providas com proteções intertravadas.

Caso ocorra uma falha em uma das peças relacionadas com estes dispositivos de segurança ou sistema de controle,
então:

a) não pode ser possível a ocorrência de uma partida acidental para um novo ciclo;

b) a função de segurança do dispositivo de proteção deve ser mantida;


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c) deve ser possível parar a máquina durante o movimento perigoso;

d) o sistema de controle deve parar a máquina imediatamente durante a fase perigosa do curso de fechamento,
ou em outros casos1), pelo menos no final do ciclo de operação;

e) o sistema de controle deve impedir o início de novo ciclo de operação, até que a falha seja eliminada.

Para o cumprimento destas exigências, os componentes relacionados com a segurança do sistema de controle devem
estar em conformidade com as exigências da categoria 4 da ABNT NBR 14153. As funções de partida e parada dos
componentes relacionados com a segurança do sistema de controle da prensa devem ser montadas com dispositivos
redundantes e monitorados.

5.4.1.5 Se uma prensa estiver sujeita a níveis de choques e vibrações consideráveis, então o projeto do sistema
de controle deve levar em consideração as exigências de:

a) 3.7.3 da ABNT NBR NM 213-2:2000;

b) 4.5.1 da ISO 4413:1998;

c) 4.5.1 da ISO 4414:1998;

d) 11.1 da IEC 60204-1:2005.

5.4.1.6 A redundância e monitoração dos sistemas de controle da prensa devem operar em dois sistemas
funcionais separados. Cada sistema deve ser capaz de parar o movimento perigoso independentemente da condição
do outro sistema. A falha de um ou outro sistema deve ser detectada através de monitoração e outro ciclo (golpe)
do martelo não pode ser iniciado. Se um sistema fizer sua autodetecção de falha (quando a perda de uma função
inibe o início de um próximo ciclo), a monitoração adicional deste sistema não é necessária.

1)
Ver os casos abaixo:
a) Se ocorrer uma falha em um dos dois canais do sistema de controle, de modo que o outro canal permaneça em operação;
b) Se ocorrer uma falha durante a parte do ciclo fora da fase perigosa do fechamento do martelo.

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5.4.2 Prensas com sistema de engate por embreagens de fricção - Utilização de sistemas de controle do
freio/embreagem com redundância e monitoração, e monitoração de escorregamento em ciclo individual

Ver Tabela 2.

5.4.2.1 Devem ser previstos sistemas de controle com redundância e monitoração do sistema freio/embreagem
e escorregamento.

5.4.2.2 Proteções com intertravamento equipadas com dispositivo de travamento devem ser providas de
redundância e monitoração do sistema de controle do freio/embreagem.

5.4.2.3 A provisão de redundância e monitoração para o sistema de controle e monitoração de freio/ embreagem
deve seguir as exigências abaixo:

a) a prensa deve ser equipada com válvula de segurança específica, acionada por duplo solenóide que controlará
diretamente o fluxo do fluido para a operação do freio/embreagem ou instalação equivalente em outras formas
de acionamento;

b) os solenóides da válvula devem ser conectados ao circuito de controle por meio de fiação separada, de tal forma
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que uma falha simples na fiação não leve ao acionamento de ambas as bobinas;

c) deve ser garantido que um curto-circuito entre as conexões da válvula de segurança (por exemplo, solenóide para
solenóide, ou solenóide para o conjunto de automonitoração) será detectado automaticamente e não permitirá
um movimento adicional ou inesperado do martelo;

d) se para a função de monitoração das válvulas for necessário utilizar sensores detectando seu estado,
estes sensores devem ser parte integrante das válvulas. A válvula pode ter um sistema de monitoração interno de
tal forma que uma falha da válvula seja autodetectada;

e) a monitoração deve ser dinâmica, com freqüência de pelo menos uma vez a cada ciclo, e deve garantir que
em caso de falha da(s) válvula(s), a embreagem seja desacoplada e o freio acionado;

f) a reativação do funcionamento normal da prensa somente pode ser realizada de forma restrita, isto é, por meio
de ferramenta, chave ou senha eletrônica (password).

5.4.2.4 Na monitoração do escorregamento, os seguintes itens devem ser observados:

a) prensas com alimentação manual equipadas com dispositivos de proteção do tipo listado em 5.4.3.1 devem incluir
dispositivos de monitoração de escorregamento para assegurar que, se esse escorregamento do excêntrico
ultrapassar sua posição normal de parada de um valor especificado pelo fabricante, de no máximo 15°
e preferencialmente 10°, uma ação de parada deve ser imediatamente iniciada e não pode ser possível o início de
um novo ciclo;

b) a reativação do funcionamento normal da prensa somente pode ser realizada de forma restrita, isto é, por meio de
ferramenta, chave ou senha eletrônica (password);

c) se as cames para monitoração do escorregamento forem acionadas por um eixo de cames, que por sua vez for
acionado indiretamente por algum acionamento mecânico, como, por exemplo, por uma corrente dupla entre o
eixo dos cames e o excêntrico (manivela) ou um cardã, então o acionamento indireto deve ser monitorado de tal
forma que, se ele falhar, uma ação de parada deve ser iniciada e deve ser impossível novo acionamento da
prensa até que a falha seja eliminada.

5.4.2.5 As cames e as correspondentes chaves utilizadas para monitoração do escorregamento, função de


parada em ciclo individual e desabilitação temporária (muting) devem ser mecanicamente intertravadas, ou seja,
acionadas pelo mesmo eixo. Para prensas com velocidade variável, deve ser previsto um sistema adicional para a
parada em ciclo individual nas diversas velocidades. Todas as cames devem estar firmemente fixadas ao eixo.
Todas as cames e respectivas chaves devem ter enclausuramento que só possa ser removido ou aberto com auxílio
de chaves e/ou ferramentas.

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5.4.2.6 Também nos casos em que a prensa possua curso variável, o ajuste das cames ou das chaves acionadas
pelas cames usadas para controle de ciclo deve ser mecanicamente intertravado, ou seja, ser acionado pelo mesmo
eixo.

5.4.2.7 Se o eixo de cames for conectado ao eixo excêntrico (manivela) por meio de acoplamento, o engate
desse acoplamento deve ser positivo, por exemplo, através de engrenamento.

5.4.2.8 Recomenda-se que a máxima alteração da disposição do conjunto de cames rotativas seja
mecanicamente limitada a 60°, preferencialmente 45° (ver Anexo E).

5.4.2.9 Recomenda-se que sejam aplicados discos de cames para que um ajuste errado ou não intencional não
cause acidente e:

a) as chaves-limite (chaves fim-de-curso) e seus respectivos cames para controle da prensa sejam montados em
conjunto e adequadamente travados;

b) marcar a posição relativa entre as chaves-limite e as cames;

c) o reajuste das chaves-limite ou das cames seja limitado por batentes fixos, de tal forma que o tempo de
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desabilitação temporária (muting) durante o movimento de fechamento da prensa não exceda o tempo de
resposta geral da prensa, qualquer que seja a combinação de velocidade e a dimensão do curso;

d) se a prensa for acionada em modo reverso, nenhum dano às chaves-limite pode ser possível.

5.4.3 Desabilitação temporária (muting)

5.4.3.1 A desabilitação temporária (muting) pode ser aplicada para ESPE usando AOPD e controles bimanuais.
A função de desabilitação temporária (muting) somente pode ser ativada no ponto de inicio do ciclo de abertura da
ferramenta, ou quando a fase perigosa do ciclo de fechamento tiver terminado e nenhum risco de ferimento for
possível. Devem ser levados em consideração os pontos perigosos dos extratores e das almofadas de repuxo.
O sistema de proteção deve estar ativo novamente no início ou antes do início do ciclo de descida.

Adicionalmente:

a) a posição de desabilitação temporária (muting) deve ser protegida contra ajustes não autorizados, devendo estes
ser realizados através de ferramentas especiais, chaves ou senha eletrônica (password);

b) todo perigo adicional existente durante o ciclo de abertura deve ser evitado, por exemplo, por proteções fixas;

c) o sinal para início da função de desabilitação temporária (muting) deve ser monitorado.

5.4.3.2 A função de desabilitação temporária (muting) pode ser também aplicada a portas com proteção
intertravada, montadas em uma prensa com conjunto freio/embreagem, onde uma abertura antecipada da porta
é permitida quando a fase perigosa do ciclo de fechamento tiver cessado (ver 5.4.2).

5.4.4 Sistemas eletrônicos programáveis (PES), sistemas pneumáticos programáveis (PPS)


e funções relativas à segurança

5.4.4.1 O uso de PES e PPS não pode reduzir nenhum nível de segurança determinado nesta Norma.

5.4.4.2 Quando a prensa é controlada por um PES ou PPS, as funções relativas à segurança não devem ser
baseadas somente no PES ou PPS.

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5.4.5 Chaves seletoras

5.4.5.1 Quando a prensa oferece mais de um modo de operação (por exemplo, ciclo individual, ajuste, ciclo
automático), seleção de dispositivos para início de ciclo (por exemplo, comandos bimanuais, proteções mecânicas,
AOPD ou uso de sistema de segurança (por exemplo, na frente ou atrás e na frente e atrás), então devem ser
utilizadas chaves seletoras. O projeto deve assegurar total isolação para cada posição que não estiver sendo usada,
por contatos com acionamento positivo ou por dispositivo com monitoração e redundância. Nenhuma operação pode
ser possível enquanto a chave seletora não estiver em uma posição definida. Quando a chave seletora for acionada,
um sistema de bloqueio deve impedir todo e qualquer início de operação.

5.4.5.2 Onde uma chave seletora é utilizada, ela deve ser utilizada para selecionar o modo adequado de proteção,
que pode ser duas ou mais proteções ou dispositivos de proteção (ver 5.3.3). Quando duas ou mais chaves seletoras
são usadas e o modo de proteção é conectado ao sistema de controle, o modo de operação escolhido deve ser
automaticamente ligado ao modo correspondente de proteção.

5.4.5.3 Se uma prensa for também prevista para ser utilizada de acordo com 5.3.2 a) ou b) e operada ao mesmo
tempo, manualmente, sem qualquer outra segurança, este modo de produção deve ser selecionado por uma seletora
adicional acionada por chave separada ou dentro de um compartimento fechado a chave. A seleção deste modo deve
ser clara e automaticamente sinalizada na prensa, que deve ser utilizada somente com ferramentas fechadas ou com
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proteções fixas.

5.4.5.4 Se mais de um operador trabalhar na máquina, o nível de proteção deve ser o mesmo para cada
operador. Onde mais de um comando bimanual possa ser usado, a prensa somente pode ser operada se
a combinação selecionada corresponder exatamente ao número de comandos conectados à prensa.

5.4.5.5 As chaves seletoras para funções relativas à segurança devem ser operadas por meio de chave de
acordo com 9.2.3 da IEC 60204-1:2005. A seleção deve ser visível e facilmente identificável.

5.4.6 Chave de desconexão da embreagem

Uma chave de desconexão da embreagem pode ser instalada dentro do raio de ação do operador para permitir
a desconexão segura da embreagem.

5.4.7 Chaves de posição (ver 10.1.4 da IEC 60204-1:2005)

5.4.7.1 Generalidades

Existem duas funções de segurança para chaves de posição utilizadas em prensas que são particularmente
importantes:

a) as chaves rotativas de posição (chaves de cames) para, por exemplo, funções de desabilitação temporária
(muting), escorregamento e ponto morto superior (PMS);

b) as chaves de intertravamento das portas de segurança (ver Seção 5 da ABNT NBR NM 273:2002).

5.4.7.2 O acionamento das chaves e as próprias chaves devem ser projetados de forma que mantenham
a posição relativa entre elas, a came de acionamento e o ciclo (golpe), garantindo a leitura correta da posição da
máquina.

5.4.7.3 O mecanismo, por exemplo, a came e a chave de posição, deve ser projetado para trabalhar em modo
reverso (marcha a ré) sem ocorrer danos.

5.4.7.4 Nas prensas usadas com alimentação e retirada de peças de forma manual, todas as chaves de posição
que controlam o movimento do martelo devem ser do tipo eletromecânico. As exigências de redundância
e monitoração para as funções são especificadas em 5.4.1.4.

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5.4.7.5 Sensores de proximidade podem ser aceitos para o conjunto de cames rotativas do eixo excêntrico
somente em prensas automáticas. Os sensores de proximidade devem possibilitar redundância e monitoração.

5.4.8 Botões de comando

5.4.8.1 Os botões de comando, pedais e dispositivos de controle de partida devem ser adequadamente
protegidos para evitar sua operação acidental. Os pedais devem permitir somente o acesso por uma única direção
e por somente um pé. Barras de acionamento não podem ser usadas.

5.4.8.2 Os botões de emergência devem, quando acionados, parar todos os movimentos perigosos, funcionando
como categoria 0 (zero), conforme 4.1.5 da ABNT NBR 13759:1996.

5.4.8.3 Deve haver pelo menos um botão de emergência dentro do alcance direto de cada operador, incluindo
o(s) operador(es) na parte traseira da prensa. Toda estação de controle de comando bimanual que for plugável não
deve conter botões de emergência (ver também 5.4.5.4 e 7.2.2-j).

5.4.8.4 Para evitar partidas acidentais e não desejadas, os púlpitos de comando ou pendentes portáteis que
incorporam os botões de partida devem ser projetados com referência à estabilidade de sustentação, de acordo
com 4.4.8 e 10.6 da IEC 60204-1:2005.
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5.4.9 Válvulas

Dispositivos para acionamento manual incorporados nas válvulas devem ser projetados para incluir uma cobertura fixa
ou tampa, necessitando do uso de ferramenta ou chave para abri-la. Dispositivos elétricos de acionamento manual
devem ser operados por chave, e sua atuação somente pode ser possível com o martelo no ponto morto inferior,
motor desligado e volante parado.

5.5 Ajuste de ferramental, ciclos (golpes) para ensaios, manutenção e lubrificação

5.5.1 A máquina deve ser projetada de tal forma que os ajustes de ferramenta, manutenção e lubrificação possam
ser feitos em segurança. A necessidade de acesso e intervenção manual durante o ajuste e a manutenção deve ser
minimizada, como, por exemplo, no caso de lubrificação, onde poderia ser usado um sistema de lubrificação
automático ou um sistema remoto.

5.5.2 Meios devem ser previstos para permitir o movimento do martelo durante o ajuste do ferramental,
a manutenção e a lubrificação. Esses procedimentos devem ser efetuados com as guardas e dispositivos de proteção
em suas posições e ativados (ver 5.3.2). Onde isso não é praticável, pelo menos uma das seguintes possibilidades
deve ser prevista:

a) girar o eixo excêntrico manualmente, com o motor desligado;

b) baixa velocidade (igual ou inferior a 10 mm/s) e dispositivo de comando que deve ser mantido pressionado para
ter-se o movimento da máquina;

c) dispositivo de comando bimanual conforme 5.5.9, instalado de tal forma que não possa ser utilizado para regime
de produção, por exemplo, interrompendo pelo menos três vezes o ciclo durante uma revolução do eixo
excêntrico;

d) utilização de dispositivo de comando de movimento limitado (ver 3.1.15 e 5.5.11).

5.5.3 Todos os golpes de ensaios (ciclo individual) após o ajuste do ferramental ou ajustagens são considerados
nesta Norma como golpes em produção e por isso a segurança deve estar de acordo com as exigências de 5.3.

5.5.4 Os dispositivos de alimentação ajustados manualmente devem ser capazes de ser ajustados com o martelo
parado.

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5.5.5 Caso uma barra ou outro dispositivo seja utilizado manualmente para girar o eixo excêntrico:

a) quando o motor principal for desligado, um dispositivo deve evitar o engate da embreagem antes do volante estar
parado totalmente. Este dispositivo pode ser um temporizador não ajustável pelo usuário ou um detector
de movimento, que deve ser monitorado;

b) a barra (alavanca) não pode ser deixada inadvertidamente na posição durante a operação normal;

c) alguma parte do volante deve ser visível de tal forma a se ter certeza de que ele estará parado.

5.5.6 A não ser quando os dispositivos de proteção usados na produção normal possam ter restrições em seu uso
no início de operação, será necessário que o fabricante instale dispositivos de controle em cada lado de acesso
da prensa, de tal modo que pelo menos uma pessoa em cada lado, com visão clara da zona de acesso, possa
participar do acionamento.

Levando-se isso em conta, é bem previsível que se tenha mais de uma pessoa de cada lado, então dispositivos
adicionais devem ser instalados (por exemplo, dispositivos de habilitação, chaves seletoras, sinais de alerta).

5.5.7 Se uma proteção móvel tiver de ser aberta para um ajuste de ferramental, esta deve ser intertravada
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(ver 6.4.3 da ABNT NBR NM 272:2002).

5.5.8 O requisito mínimo para um intertravamento de proteções móveis, abertas ou removidas apenas para ajuste
de ferramental ou manutenção é a utilização de chaves de abertura positiva, conforme especificado
na ABNT NBR NM 273. A interface das partes relativas ao sistema de segurança do sistema de controle não pode
estar baseada somente em um relé.

5.5.9 Comandos bimanuais, devem cumprir os seguintes critérios:

a) comandos bimanuais devem corresponder no mínimo ao tipo II, conforme Tabela 1 da ABNT NBR 14152:1998;

b) a ativação dos sinais de saída não deve ser possível somente com uma mão ou mão e cotovelo de um mesmo
braço.

5.5.10 Os dispositivos de controle de retenção de partida e comandos de toque devem estar ligados por hardware,
conforme a categoria 2 da ABNT NBR 14153.

5.5.11 O movimento gerado pelo dispositivo de comando de movimento limitado deve ser mínimo, impedindo que
ocorra uma situação de perigo, deve ser limitado em tempo e distância de controle. Com o eixo excêntrico a 90°,
o movimento do martelo não deve exceder 6 mm por toque.

5.5.12 Comandos bimanuais ou equipamentos de bloqueio da partida, previstos somente para ajuste, devem ser
dispostos de modo a não serem utilizados para funcionamento em produção.

5.5.13 A ligação entre equipamentos de bloqueio da partida, comandos bimanuais, comandos de toque
e os componentes efetivos do comando não devem estar baseados em um único relé.

5.5.14 A prensa e seus sistemas de segurança devem ser projetados de tal forma que avaliações periódicas possam
ser realizadas.

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5.6 Outros perigos mecânicos

5.6.1 Os acionamentos e as transmissões de força da prensa e seus dispositivos auxiliares devem estar protegidos
de:

a) proteções fixas, quando o acesso se faz necessário, uma vez ou menos de uma vez por turno de trabalho
(ver 6.4.1 da ABNT NBR NM 272:2002);

b) proteções removíveis, interligadas com um sistema de controle, quando o acesso se faz necessário mais de
uma vez por turno de trabalho (ver 6.4.1. da ABNT NBR NM 272:2002);

c) caso o movimento perigoso não tenha parado antes que a área de perigo possa ser alcançada, então uma
proteção intertravada com dispositivo de liberação temporizado deve ser instalada (ver 7.4 da
ABNT NBR NM 273:2002).

Os equipamentos de proteção aqui descritos não são requeridos se o acesso à área de perigo não for possível
através de acesso por cima ou pelo lado, conforme Tabelas 1 e 2 da ABNT NBR NM ISO 13852:1998 e não for
necessário nenhum acesso para manutenção regular (como lubrificação, ajuste, limpeza).
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5.6.2 Os travamentos retardados devem ser configurados de tal forma que o temporizador ou o detector de
movimento controle o fechamento das proteções.

5.6.3 Os dispositivos de fechamento devem ser pelo menos da categoria 1 da ABNT NBR 14153.

5.6.4 Dispositivos auxiliares que não sejam controlados mecanicamente pela prensa devem ser adicionalmente
interligados ao sistema de controle da prensa, de tal forma que, durante qualquer intervenção, não aconteça
uma geração de situação de perigo (ver 1.4).

5.6.5 O lançamento de partículas perigosas, geradas por componentes da máquina ou partes deles, deve ser
eliminado, ou no projeto ou por adicionar proteções, onde ambos possam ser capazes de resistir às forças exigidas
(ver 8.1 da ABNT NBR NM 272:2002). Ver também 7.2.2-j) em relação a peças e ferramentas.

5.7 Escorregamento, tropeços e quedas

5.7.1 Plataformas de trabalho elevadas, fornecidas com as prensas, devem estar equipadas com laterais,
com corrimão e rodapé, de tal forma que se possa garantir o acesso seguro a elas (ver ISO 14122).

5.7.2 A prensa deve ser projetada, construída e fornecida de tal forma a minimizar os riscos de escorregamento,
tropeços e quedas na área da prensa.

5.8 Proteção contra outros perigos

5.8.1 Perigos elétricos

Todo equipamento elétrico deve ser projetado e construído de tal forma que se previna de perigos elétricos
(por exemplo, choques, queimaduras), de acordo com a Seção 6 da IEC 60204-1:2005.

5.8.2 Perigos térmicos

Proteções como anteparos ou outros isolamentos físicos devem ser previstas para prevenir queimaduras por partes
acessíveis da prensa, como, por exemplo, freios, embreagens e partes do sistema hidráulico, os quais podem exceder
os valores de limite da temperatura recomendados, especificados na ABNT NBR 13970.

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5.8.3 Perigo de ejeção de fluidos sob alta pressão

Mangueiras dispostas na área de trabalho do operador devem ser providas de uma cobertura adicional, como chapas
de captação, impedindo o perigo causado por danos nas linhas.

5.8.4 Perigos gerados por pressão sonora (ruído)

5.8.4.1 As prensas devem ser projetadas e construídas de forma a reduzir ao máximo o nível de pressão sonora
(ruído) gerado por emissão de ar comprimido, considerando-se o progresso técnico e a disponibilidade de medidas
para redução de pressão sonora (ruído) especialmente em sua fonte, desde que possível.

Quando do projeto de uma prensa, as informações e as medidas técnicas para controlar a pressão sonora (ruído)
e sua geração devem ser conforme ISO 11688-1.

5.8.4.2 O projeto deve levar em conta todas as fontes da pressão sonora (ruído). As medidas técnicas
apropriadas para redução da pressão sonora (ruído) nas fontes da prensa estão indicadas abaixo:

a) transmissão: equipamento de amortecimento para o volante e engrenagem;


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b) exautão pneumática: silenciadores;

c) fonte de geração de energia: painéis acústicos (parcial ou total);

d) ferramenta: enclausuramento da prensa;

e) extrator do produto: bicos silenciadores;

f) sistema de alimentação e transferência: caixas anti-ruidos, equipamentos de amortecimento;

g) transmissão de ruido estrutural: amortecedor de vibrações na montagem da prensa.

Podem ser utilizadas ainda medidas adicionais ou alternativas que resultem na mesma redução ou em uma redução
de nível de pressão sonora (ruído) maior. Em cada caso, os valores de emissão de pressão sonora (ruído) indicados
são o critério decisivo para a emissão de pressão sonora (ruído) de uma determinada máquina. O fabricante deve
estar em condições de fornecer as informações necessárias quanto às medidas adotadas para a redução de pressão
sonora (ruído).

5.8.4.3 A medição e a declaração dos níveis de pressão sonora (ruídos) emitidos devem estar de acordo com
as ISO 3746, ISO 11202, ABNT NBR 10152, conforme aplicáveis. A declaração dos níveis de pressão sonora (ruídos)
deve ser feita de acordo com a ISO 4871, preferencialmente com duas casas decimais.

5.8.4.4 A informação mínima a ser fornecida, no que se refere à medição de emissão de níveis de pressão
sonora (ruídos) por escape de ar, é a seguinte:

 dados da máquina:

a) nome e endereço do fabricante;

b) ano de construção;

c) designação da série ou tipo;

d) número de série ou de protótipo de prensa em ensaios;

e) capacidade nominal;

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ABNT NBR 13930:2008

f) número de golpes por minuto em ciclo contínuo, mínimo e máximo, caso a velocidade seja variável;

 condições de operação durante a medição:

g) velocidade em golpes por minuto;

h) comprimento do curso;

i) condições de montagem e instalação (ver G.1);

 e também:

j) força aplicada em quilonewtons (ver G.3-b);

k) detalhamento da ferramenta (ver G.3-c);

l) tipo e espessura do material utilizado (ver G.3-d);

― ou
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m) teste em condições sem carga, sendo que estas substituem as alíneas j), k) e l) (ver G.4);

― medições:

n) localização da prensa em relação às superfícies reflexivas (ver G.2);

o) procedimentos de medição (ver G.5);

p) pontos de medição (ver G.6);

q) tempo de medição (ver G.7);

― resultados:

r) níveis de pressão sonora de fundo, se esse fator de correção for necessário;

s) o equivalente contínuo do nível de pressão sonora da medida A na área do local de trabalho do operador;

t) o pico instantâneo da medida C de pressão sonora, na área do local de trabalho do operador;

u) a potência do som emitido onde o equivalente contínuo de nível de pressão sonora exceder 85 dB (A).

NOTA No caso de prensas muito grandes, ou seja, acima de 10 000 kN, no lugar do nível de potência sonora pode ser
indicado o equivalente contínuo de pressão sonora (ruído) em pontos de medição definidos ao redor da prensa.

5.8.4.5 Informações sobre condições de medição de pressão sonora (ruído) em prensas mecânicas podem ser
obtidas no Anexo F.

5.8.5 Perigos por vibrações

A prensa deve ser projetada de modo a impedir vibrações que possam causar danos, por exemplo, através de
isolamento da prensa com as fundações do piso (ver EN 1299).

5.8.6 Perigos com matérias-primas e outros produtos

5.8.6.1 Substâncias perigosas, sempre que possível, não devem ser usadas na construção de prensas.
Materiais que possam causar prejuízo ou dano à saúde devem ser eliminados (por exemplo, amianto).

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5.8.6.2 Não devem ser usados revestimentos de amianto para embreagem e freios.

5.8.6.3 Devem ser adotadas medidas apropriadas que impeçam a formação de dispersões e neblinas
de óleo inaláveis em concentração prejudicial à saúde, como óleo utilizado para lubrificação do sistema pneumático.

5.8.6.4 Quando substâncias perigosas forem utilizadas no processo, como, por exemplo, pó de metal duro,
devem ser projetados sistemas de proteção para minimizar a exposição do operador e que permitam um sistema de
extração de contaminantes (ver ABNT NBR 14191-1).

5.8.6.5 Medidas para o projeto do sistema de exaustão e equipamento de captação de pó devem ser concebidas
de maneira a minimizar o perigo de fogo e explosão (ver EN 1127-1).

5.8.7 Perigos por negligenciar os princípios ergonômicos

5.8.7.1 A prensa e seus controles devem ser projetados de modo que permitam posturas de trabalho adequadas
e que não causem fadiga.

5.8.7.2 A localização, identificação e iluminação (se necessário) dos dispositivos de controle e instalações para
manuseio de materiais e ferramentas devem estar de acordo com os princípios ergonômicos.
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5.8.7.3 O posto de trabalho, zonas com dispositivos de controle ou de proteção, barreiras, e onde mais
for necessário na prensa, devem ser suficientemente iluminados para assegurar que todos os materiais
e equipamentos de trabalho estejam visíveis, evitando a fadiga visual.

5.8.7.4 Partes da prensa com peso maior do que 25 kg e que necessitem ser içadas através de equipamentos
de elevação devem conter alças ou meios para tal (ver EN 1005-2).

5.8.7.5 Reservatórios com fluidos hidráulicos devem ser posicionados ou orientados de tal forma que os tubos de
drenagem e enchimento sejam facilmente alcançados.

5.8.7.6 Informações adicionais são dadas nas IEC 60204-1, ISO 9355-2, ISO 9355-3 e EN 614-1.

6 Verificação dos requisitos e/ou medidas de segurança


A Tabela 2 indica o(s) método(s) pelo(s) qual(is) se deve(m) ser verificados os requisitos de segurança descritos na
Seção 5, junto com uma referência dos itens correspondentes nesta Norma.

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Tabela 2 — Verificação dos requisitos e/ou medidas de segurança

Desenhos,
Inspeção Comprovação
Medição esquemas/
Item Requisitos e/ou medidas de segurança visual de auxílio/teste
(ver Nota 3) cálculos
(ver Nota 1) (ver Nota 2)
(ver Nota 4)
5.2 CONSIDERAÇÕES BÁSICAS DO PROJETO
5.2.1 FREIOS E EMBREAGENS
5.2.1.1 Meios de se aplicar a pressão x x x x
Diafragmas x
5.2.1.2 (a) Molas de acionamento dos freios x x x
Molas de desengate das embreagens x x x
5.2.1.2 (b) Conjuntos de múltiplas molas x x x
5.2.1.2 (c) Molas uniformes x x
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5.2.1.2 (d) Prevenção de afrouxamento x x


5.2.1.2 (e) Alojamento e guia de molas x x
5.2.1.2 (f) Funcionamento com 50 % das molas x x x
5.2.1.3 Funcionamento seguro x x x
5.2.1.4 Encadeamento de falhas x x x
5.2.1.5 Dissipação de calor x x
5.2.1.6 Prevenção de penetração de lubrificantes x x
5.2.1.7 Corpos estranhos x x x
5.2.1.8 Acúmulo de resíduos x x x
5.2.2 e B.2 PRENSAS COM EMBREAGEM DE FRICÇÃO
5.2.2.1 Capacidade da embreagem x x x x
5.2.2.2 Folga de trabalho x x x
5.2.2.3 Acúmulo e dispersão de resíduos x x x
5.2.2.4 Falha de energia x x x
Superfícies rugosas e arestas agudas x x x
5.2.2.5
Escape de ar x x x
A.1 Proteções com dispositivos de intertravamento
A.1 (a) Detectores de posição x x x
Atuação dos detectores em posição
x x x
fechada
A.1 (b) Redundância e monitoração x x x
Proteção com abertura antecipada
Circuitos de comando x x x
A.2
Sistema de freio x x x
Fechamento até PMI x x x
A.3 Ciclo contínuo: detectores em série x x x

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Tabela 2 (continuação)

Desenhos,
Inspeção Comprovação
Requisitos e/ou medidas de Medição esquemas/
Item visual de auxilio/teste
segurança (ver Nota 3) cálculos
(ver Nota 1) (ver Nota 2)
(ver Nota 4)
5.2.3 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS – CARACTERÍSTICAS GERAIS
Filtros x x
Reguladores de pressão x x x
5.2.3.2
Dispositivos de desligamento em baixa x x x
pressão
5.2.3.3 Dispositivo limitador de pressão x x x
5.2.3.4 Reservatórios x
5.2.3.5 Cavacos e corpos estranhos x x
Tubulações contínuas x
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Dilatação térmica x x
5.2.3.6
Fixação de tubulações rígidas x x
Dobramento de mangueiras x x
5.2.3.7 Tubulações e conexões x x
5.2.3.8 Fixação de válvulas x x
5.2.3.9 Escapes X x
5.2.3.10 Conexões de entrada e saída X x x
Exaustão do fluido dos cilindros x x x
5.2.3.11
Conexões de saída da válvula x x x
5.2.3.12 Localização das válvulas de comando x x
5.2.3.13 Comutação das válvulas x x x
5.2.4 SISTEMAS PENEUMÁTICOS
5.2.4.1 Sistema de lubrificação automática visível x x
5.2.4.2 Silenciadores x x x
5.2.4.3 Sistemas de desumidificação x x
5.2.5 SISTEMAS HIDRÁULICOS
Válvulas limitadoras de pressão x x x
5.2.5.1
Retirada do ar x x x
5.2.5.2 Escape do fluido x x
5.2.5.3 Descarga dos acumuladores x x x
5.2.6 REGULAGEM DE ALTURA E REGULAGEM DO CURSO DO MARTELO
5.2.6.1 Movimento do motor de ajuste do martelo x x x
Identificação dos dispositivos de ajuste
5.2.6.2 x
do martelo
5.2.6.3 Dispositivos de limitação x x x x
5.2.6.4 Dispositivos de fixação x x x

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Tabela 2 (continuação)

Desenhos,
Inspeção Comprovação
Medição esquemas/
Item Requisitos e/ou medidas de segurança visual de auxílio/teste
(ver Nota 3) cálculos
(ver Nota 1) (ver Nota 2)
(ver Nota 4)
5.2.6.5 Prevenção do início de um ciclo x x x
PERIGOS MECÂNICOS NA ÁREA DA
5.3
FERRAMENTA
Prensas com sistema de engate por
x
5.3.2 acoplamento mecânico
Dispositivos auxiliares x x x
5.3.3 Proteção das pessoas expostas x x
5.3.4 Métodos de proteção x
5.3.6 Categoria de interconexão dos x x x
dispositivos
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5.3.7 Proteções em todos os lados x x


5.3.8 Prensagem especial x x x
5.3.9 Ferramentas enclausuradas x x x
5.3.10 Proteções fixas x x x
Proteções intertravadas com abertura
5.3.11 antecipada, proteções com comando de x x x x
partida
Proteções intertravadas como proteção x x x x
5.3.12
com comando de partida
5.3.13 AOPD x x x x
5.3.13 (a) Tipo 4 x
5.3.13 (b) Possibilidade de acesso x x x
5.3.13 (c) Possibilidade de permanência x x x
5.3.13 (d) Impossibilidade de movimento x x x
5.3.13 (e) Meios de rearme x x x
5.3.13 (f) Refletores adicionais para proteção x x x
5.3.13 (g) Indicador luminoso x x x
5.3.14 Dispositivos de comando bimanual x x x x
5.3.14 (a) Tipo III C x x x
Um dispositivo bimanual para cada
5.3.14 (b) x x x
operador
5.3.14 (c) Acionamento do dispositivo bimanual x x x
5.3.15 Distância de segurança x x x x
Intertravamento entre o motor e a
5.3.16 x x x
embreagem

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Tabela 2 (continuação)

Desenhos,
Inspeção Comprovação
Medição esquemas/
Item Requisitos e/ou medidas de segurança visual de auxílio/teste
(ver Nota 3) cálculos
(ver Nota 1) (ver Nota 2)
(ver Nota 4)
5.3.17 Dispositivos de ciclo individual x x x
5.3.18 PREVENCÃO DE ACIDENTES DURANTE MANUTENÇÃO OU REPARO
Força x x x
5.3.18.1
Intertravamento x x x
Fixação e integração com a prensa x x x
5.3.18.2
Indicação de posição x x x
5.3.19 OUTROS REQUISITOS
5.3.19.1 Fixação de ferramentas x x x
5.3.19.2 Elementos de fixação x x
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5.3.19.3 Dispositivos de travamento para ajustes x x


manuais
5.3.19.4 Ponta da bobina x x x
5.3.19.4 Dispositivo de comando por pulso e baixa x x x x
(a) velocidade
5.3.19.4 Dispositivo de ajuste x x x x
(b)
5.3.20 Remoção de pessoas presas x x
5.4 SISTEMA DE CONTROLE E MONITORAÇÃO
5.4.1 FUNÇÕES DE CONTROLE E MONITORAÇÃO
5.4.1.2 Novo acionamento dos controles x x x
5.4.1.3 Funções manuais de rearme x x x

5.4.1.4 Dispositivos de segurança: redundância e x x x


monitoração
5.4.1.5 Vibrações e choques x x x
5.4.1.6 Canais separados x x x
5.4.2 PRENSAS COM SISTEMA DE ENGATE POR EMBREAGENS DE FRICÇÃO
5.4.2.1 e Redundância e monitoração do circuito x x x
5.4.2.2 de comando da embreagem/freio
5.4.2.1 Controle de escorregamento x x x x

5.4.2.3 (a) Válvula de segurança com duplo x x


solenóide
5.4.2.3 (b) Fiação separada para acionamento da x x
válvula
5.4.2.3 (c) Detecção de curto-circuito x x

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Tabela 2 (continuação)

Desenhos,
Inspeção Comprovação
Medição esquemas/
Item Requisitos e/ou medidas de segurança visual de auxílio/teste
(ver Nota 3) cálculos
(ver Nota 1) (ver Nota 2)
(ver Nota 4)
5.4.2.3 (d) Sensores como parte integrante das x x
válvulas
5.4.2.3 (e) Monitoração dinâmica das válvulas x x x
Funcionamento da embreagem e freio x x
5.4.2.3 (f) Reativação do funcionamento normal x x x

5.4.2.4 (a) Escorregamento normal: 10° a 15° x x x


Sinal de parada x x
5.4.2.4 (b) Reativação do funcionamento normal x x x
5.4.2.4 (c) Acionamento indireto das cames x x x
Conexão positiva x x x
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5.4.2.5
Enclausuramento com bloqueio x x
5.4.2.6 Conexão de ajuste do curso x x
5.4.2.7 Conexão da embreagem x x x
5.4.2.8 Alteração da disposição das cames x x x x
5.4.2.9 (a) Instalação de chaves-limite e cames x x
5.4.2.9 (b) Marcação da posição das chaves-limite e x x
cames
5.4.2.9 (c) Batentes fixos x x x x
5.4.2.9 (d) Nenhum dano devido à rotação inversa x x x x
5.4.3 DESABILITAÇÃO TEMPORÁRIA (MUTING)
5.4.3.1 Término da fase perigosa do ciclo x x
5.4.3.1 (a) Medidas contra ajustes não autorizados x x x
5.4.3.1 (b) Proteções contra perigos adicionais x x x x
5.4.3.1 (c) Monitoração do sinal de início da função x x x
5.4.3.2 Portas com proteção intertravada x x x
5.4.4 SISTEMAS PROGRAMÁVEIS E
FUNÇÕES RELATIVAS À SEGURANÇA
5.4.4.1 Nível de segurança x x x

5.4.4.2 Funções relativas à segurança x x x


5.4.5 CHAVES SELETORAS
Segurança de circuitos x x x
Contatos acionados positivamente x x
5.4.5.1 Dispositivo com redundância e x x x
monitoração
Posição intermediária x x
Sistema de controle x x

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Tabela 2 (continuação)

Comprovação Desenhos,
Inspeção
de auxílio/teste Medição esquemas/
Item Requisitos e/ou medidas de segurança visual
(ver Nota 2) (ver Nota 3) cálculos
(ver Nota 1)
(ver Nota 4)
5.4.5.2 Seleção dos modos de funcionamento e x x
proteção
Conexão entre o modo de funcionamento/ x x
modo de proteção
5.4.5.3 Ferramentas enclausuradas e proteções x x x
fixas
Sinalizações x x
5.4.5.4 Seleção de comandos bimanuais x x x
5.4.5.5 Chaves seletoras operadas por meio de x x
chave
5.4.6 COMUTADOR DE SEGURANÇA x x x
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5.4.7 DETECTORES DE POSIÇÃO


5.4.7.2 Posição relativa x x x x
5.4.7.3 Rotação inversa x x
5.4.7.4 Chaves cíclicas de posição (chaves de x x
cames)
5.4.7.5 Sensores de proximidade x x x
5.4.8 DISPOSITIVOS DE COMANDO
5.4.8.1 Proteções adequadas x x x
5.4.8.2 Parada de todos os movimentos perigosos x x x

5.4.8.3 Localização dos botões de emergência x x x


5.4.8.4 Botões de partida portáteis x x
5.4.9 VÁLVULAS
Acionamento manual com cobertura fixa x x
ou tampa
Dispositivos elétricos acionados x x x
manualmente: operados com chave
5.5 AJUSTE DE FERRAMENTAL, GOLPES
PARA ENSAIOS, MANUTENÇÃO
5.5.1 Minimização da necessidade de acesso x x
5.5.2 Movimento do martelo, com as proteções x x
e dispositivos de proteção operando de
acordo com 5.3.2
5.5.2 (a) Rotação manual x x
5.5.2 (b) Baixa velocidade e dispositivo de comando x x x
5.5.2 (c) Comando bimanual x x x
5.5.2 (d) Comando de movimento limitado (ajuste) x x x
5.5.3 Golpes de ensaio x x x

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Tabela 2 (continuação)

Desenhos,
Inspeção Comprovação
Medição esquemas/
Item Requisitos e/ou medidas de segurança visual de auxilio/teste
(ver Nota 3) cálculos
(ver Nota 1) (ver Nota 2)
(ver Nota 4)
5.5.4 Dispositivos de alimentação x x x
5.5.5 (a) Prevenção do engate da embreagem x x x
Temporizador/detector de movimento x x x
controlado e com monitoração
5.5.5 (b) Retirada da barra x x
5.5.5 (c) Visibilidade do volante x
Dispositivos de controle nos acessos x x x
laterais
5.5.6 Visibilidade x
Dispositivos adicionais x x
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5.5.7 Proteção móvel intertravada x x x


Intertravamento de proteções móveis x x
5.5.8
Interface x x x
Comandos bimanuais do tipo II x x x
5.5.9
Formas de ativar x x x

5.5.10 Dispositivos de controle de retenção de x x x


partida e comandos de toque
5.5.11 Limitação do movimento do comando de x x x x
toque: controle do tempo e da distância
5.5.12 Comandos bimanuais ou equipamentos x x x
de bloqueio da partida
5.5.13 Interface x x x
5.5.14 Revisão periódica x x
5.6 OUTROS PERIGOS MECÂNICOS
5.6.1 Acionamentos, transmissões e dispositivos auxiliares
5.6.1 (a) Proteções fixas x x x x
5.6.1 (b) Proteções móveis intertravadas x x x x

5.6.1 (c) Proteções com intertravamento e x x x x


bloqueio
5.6.2 Travamento com retardo de tempo x x x x
Dispositivos de intertravamento de
5.6.3 x x x
categoria 1
5.6.4 Dispositivos auxiliares intertravados x x x
5.6.5 Lançamento de partículas perigosas x x x
5.7 ESCORREGAMENTO, TROPEÇOS E QUEDAS
Plataformas de trabalho x x x x
5.7.1
Meios de acesso x x x
5.7.2 Área da prensa x

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Tabela 2 (continuação)

Desenhos,
Inspeção Comprovação
Medição esquemas/
Item Requisitos e/ou medidas de segurança visual de auxilio/teste
(ver Nota 3) cálculos
(ver Nota 1) (ver Nota 2)
(ver Nota 4)
5.8 PROTEÇÃO CONTRA OUTROS
PERIGOS
5.8.1 Perigos elétricos x x x
5.8.2 Perigos térmicos x x x
5.8.3 Perigo de ejeção de fluidos sob alta x x
pressão
5.8.4 Perigos gerados por pressão sonora x
(ruído)
5.8.5 Perigos gerados por vibrações x x x
5.8.6 Perigos gerados por materiais e x x x x
substâncias
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5.8.7 Perigos por negligenciar os princípios x x x x


ergonômicos
7 INFORMAÇÕES PARA USO
7.1 Identificação x x
7.2 Manual de Instruções x
Anexo B Distâncias de segurança x x x x
NOTA 1 Inspeções visuais são utilizadas para verificar as características necessárias para os requisitos por verificação visual dos componentes
fornecidos.
NOTA 2 O resultado da avaliação/ensaios verifica que as características fornecidas cumprem sua função de tal forma que os requisitos são
cumpridos.
NOTA 3 Medições verificam pelo uso dos instrumentos que os requisitos são cumpridos para os limites especificados.
NOTA 4 Desenhos/cálculos verificam que as características do projeto dos componentes fornecidos cumprem os requisitos.

7 Informações para uso

7.1 Identificação

7.1.1 Os requisitos de 7.1.2, de 5.4 e 1.7.3 do Anexo A da ABNT NBR NM 213-2:2000, devem ser seguidos.
A IEC 61310-2 também deve ser levada em consideração.

7.1.2 A prensa deve estar identificada com os seguintes dados:

a) nome e endereço do fabricante e, quando aplicável, do fornecedor;

b) ano de fabricação;

c) número de série;

d) designação de série e/ou tipo;

e) peso da prensa, sem ferramentas ou dispositivos auxiliares;

f) pontos de içamento para fins de transporte e instalação;

g) força nominal e curso nominal de trabalho;

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h) posição normal de parada do eixo de manivela, por exemplo PMS (ponto morto superior);

i) máximas dimensões e peso da ferramenta;

j) máxima velocidade permissível do volante em rotações por minuto e sentido de giro;

k) número de golpes em modo contínuo, em golpes por minuto; mínimo e máximo se houver variação de velocidade;

l) número máximo de acoplamentos por minuto permissível para a embreagem;

m) curso mínimo e máximo do ciclo (golpe);

n) regulagem do martelo e abertura para montagem da ferramenta;

o) dados para o fornecimento de energia aos sistemas elétricos, hidráulicos e pneumáticos (por exemplo pressão
mínima de ar comprimido);

p) pressão máxima e mínima do fluido do sistema freio/embreagem;


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q) diagrama indicando a pressão de ar nos cilindros compensadores de peso em função do peso da ferramenta
superior;

r) tempo de resposta total e correspondente(s) distância(s) de segurança; ver Anexo B;

s) qualquer limitação sobre tipo de dispositivo(s) de proteção e modo de operação, por exemplo, ferramentas
fechadas, para a qual a prensa é apropriada.

Dispositivos de proteção fornecidos com a prensa também devem estar marcados com os dados de identificação.

7.2 Manual de instruções

7.2.1 Os requisitos de 7.2.2, ambos de 5.5 e 1.7.4 do Anexo A da ABNT NBR NM 213-2:2000, devem ser seguidos.

7.2.2 O manual de instruções deve conter as seguintes informações:

a) uma repetição das informações que foram marcadas na prensa (ver 7.1.2);

b) referenciar esta Norma ou qualquer outra norma usada no projeto da prensa;

c) cópias das certificações dos componentes utilizados em segurança (por exemplo, vasos de pressão, tanques de
ar etc.) e documentação técnica do projeto;

d) instruções para uma instalação segura (condições do piso, serviços, elementos antivibração etc.);

e) devem ser apresentadas instruções de como iniciar o ensaio e inspeção da prensa e dos sistemas de proteção
antes da primeira utilização e da colocação em serviço;

f) instruções sobre os sistemas de controle, incluindo circuitos dos sistemas elétricos, hidráulicos e pneumáticos.
Onde forem fornecidos sistemas eletrônicos programáveis (PES) ou sistemas pneumáticos programáveis (PPS),
o circuito deve apresentar claramente sua interligação e instalação;

g) informação do nível de pressão sonora (ruído) a ser emitido durante o ensaio (ver 5.8.4);

h) detalhes de qualquer proteção adicional para o operador que está exposto a riscos residuais, como, por exemplo,
protetor auricular, óculos de proteção ou sapato de segurança;

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i) informações sobre as medidas preventivas usadas contra materiais e substâncias perigosas gerados pelo
processamento de produtos perigosos;

j) instruções para o uso seguro, ajustes, ciclos (golpes) para prova, manutenção, limpeza e programação
(onde requerida) para evitar todos os perigos, incluindo perigos de ejeção causados por peças produzidas,
ferramentas ou partes destas, fluidos, elementos de fricção etc.;

k) treinamentos específicos necessários para as pessoas qualificadas para a preparação mecânica da prensa para a
produção, incluindo instrução adequada e suficiente em:

 mecanismos de prensa;

 dispositivos de proteção;

 causas e prevenção de acidentes;

 o trabalho do preparador de ferramentas;

 projeto de ferramenta;
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 o uso de ferramentas enclausuradas e proteções fixas (ver 5.3.9);

l) detalhes de qualquer inspeção pré-produção das proteções e dispositivos de proteção necessários após a
preparação ou ajuste de ferramentas;

m) especificação de qualquer fluido a ser usado nos sistemas hidráulicos e para lubrificação, frenagem ou sistema
de transmissão;

n) descrições dos modos de falhas previsíveis e aviso sobre detecção, prevenção e correção por manutenção
periódica;

o) instruções para qualquer ensaio ou inspeção necessários após trocas ou modificações na prensa,
as quais podem afetar as funções de segurança;

p) instruções para manutenção periódica, ensaios e inspeção da prensa, proteções e dispositivos de proteção,
incluindo intervalos de manutenção, ensaio e inspeção. Inspeções periódicas devem ser possíveis de ser
executadas com equipamentos ou ferramentas que estão geralmente disponíveis, ou tais ferramentas
ou equipamentos devem ser fornecidos com a prensa;

q) instruções para o uso de meios para liberação de pessoa(s) presa(s) (ver 5.3.20).

É recomendado que seja preparada uma lista de inspeção para as operações cobertas pelas alíneas e), l) e p).
Em especial para as inspeções de segurança, deve existir uma lista de inspeção, a qual pode ser assinada pelo
inspetor.

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Anexo A
(normativo)

Proteções com dispositivos de intertravamento

A.1 Prensas com acoplamento freio/embreagem


Quando a prensa for de alimentação manual, a proteção deve ter:

a) intertravamento elétrico incorporado às chaves de posição (por exemplo, chaves fim-de-curso) acionadas
mecanicamente e funcionando em modos opostos (ver 6.2.2 da ABNT NBR NM 273:2002). As chaves de posição
não devem permitir a liberação do movimento da máquina até que a porta de proteção esteja na posição fechada,
impedindo o acesso à zona de perigo;
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b) redundância e monitoração (ver Figuras A.1 e A.2). Servem para minimizar o perigo de repetição de golpes
e golpes inesperados desde a posição de repouso. Por exemplo, cada um dos dois contatos de intertravamento
da proteção conectados em série com o solenóide que ativa uma eletroválvula. As eletroválvulas podem estar
separadas, ou em válvulas de corpo duplo. Obtém-se um nível maior de segurança através da redundância total
de circuitos separados. Desta forma, assegura-se a despressurização da embreagem da prensa corretamente
se pelo menos uma das eletroválvulas funcionar. A atuação das eletroválvulas deve ser monitorada.
A monitoração pode ser realizada:

 mediante contatos conectados a circuitos de monitoração de falhas, de forma que, em caso de falha em que
a eletroválvula não volte à sua posição de repouso, seja impedido o início de um novo ciclo (golpe);

 mediante um sistema de monitoração intrínseco.

A.1.2 Quando a proteção for de abertura antecipada, de forma que a porta de proteção possa ser aberta antes de
alcançar o PMS, a prensa deve ser dotada de um comando e um sistema de freio especificados em 5.4.2.
A porta de proteção não pode ser aberta antes do PMI. Essa proteção deve também estar de acordo com os
requisitos mencionados anteriormente em A.1.1.

A.1.3 Mesmo quando a prensa funcionar unicamente em ciclo automático, com alimentação e extração automáticas,
as condições de segurança devem ser atendidas.

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Figura A.1 — Exemplo de uma proteção com intertravamento, com redundância e monitoração (ver A.1.1-b)

A proteção deve estar intertravada com os dispositivos de comando da prensa por meio de dois circuitos elétricos
independentes, conforme mostrado na Figura A.1. Os detectores de posição G e H, ativados pela proteção A
e instalados em modos opostos, estão conectados em circuitos separados a uma eletroválvula dupla monitorada
e que opera a válvula de ar J, que controla o fornecimento de ar e a combinação freio/embreagem E/F.

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Saída 2 da válvula sem pressão Proteção aberta


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Saída 2 da válvula com pressão Proteção fechada

Ciclo iniciado

Saída 2 da válvula sem pressão Proteção aberta

O lado esquerdo da válvula falhou na posição fechada

Figura A.2 — Exemplo de um diagrama de um circuito relacionado com a Figura A.1

A válvula J é de fato uma válvula de três vias conectadas pneumaticamente em série, ativada por duas bobinas
e composta de contatos adicionais b2 e b4 para a monitoração das eletroválvulas. Cada eletroválvula é capaz de
expulsar a corrente de ar de saída de forma que, se uma das eletroválvulas falhar, não retornando a uma posição
segura quando a proteção se abrir, a prensa irá parar. A eletroválvula avariada acionará o contato correspondente,
b2 ou b4, impedindo o início de um novo ciclo sem que a falha tenha sido eliminada.
NOTA O exemplo não é uma solução completa na medida em que, por exemplo, nos circuitos elétricos não se mostra a
monitoração de C1 e C2.

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Anexo B
(normativo)

Cálculo das distâncias mínimas de segurança

B.1 A distância mínima na qual

 proteções intertravadas de abertura antecipada sem sistema de bloqueio,

 ESPS usando AOPD,

 dispositivos de comando bimanual,

devem ser posicionados em relação à zona de perigo, é para ser calculada de acordo com a equação geral
apresentada na Seção 5 da ISO 13855:2002, a saber:
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S = (K x T) + C

Onde:

S é a mínima distância, expressa em milímetros (mm), da zona de perigo até o ponto, linha ou plano de
detecção;

K é um parâmetro, expresso em milímetros por segundo (mm/s), derivado dos dados de velocidade de
aproximação do corpo ou partes do corpo;

T é o desempenho de parada de todo o sistema (tempo de resposta total), expresso em segundos (s);

C é a distância adicional, expressa em milímetros (mm), baseada na intrusão contra a zona de perigo antes da
atuação do dispositivo de proteção.

B.2 A fim de determinar K, uma velocidade de aproximação de 1 600 mm/s deve ser usada para AOPD dispostos
horizontalmente e para dispositivos de controle bimanual. Para AOPD dispostos verticalmente, deve ser usada uma
velocidade de aproximação de 2 000 mm/s se a distância mínima for igual ou menor que 500 mm. Uma velocidade
de aproximação de 1 600 mm/s pode ser usada se a distância mínima for maior que 500 mm.

B.3 A fim de determinar C para ESPS usando AOPD, ver B.6. Para dispositivos de comando bimanual sem
cobertura, C deve ser igual a pelo menos 250 mm. Para dispositivos de comando bimanual com cobertura e para
proteções intertravadas de abertura antecipada sem sistema de bloqueio, C pode ser zero.

B.4 Quando calculando o desempenho de parada de todo o sistema, as seguintes características devem ser
levadas em conta sobre as condições normais mais severas:

a) o máximo curso;

b) a velocidade máxima do martelo durante o movimento de fechamento (por exemplo, metade do curso para prensa
excêntrica);

c) o máximo número de golpes por minuto;

d) a influência da temperatura das peças relevantes do sistema;

e) a máxima massa de ferramenta, de acordo com o uso pretendido da prensa;

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f) a máxima pressão de fluido no sistema freio e embreagem;

g) a mínima pressão de ar permitida pelo arranjo para desligamento por baixa pressão nos cilindros do
compensador;

h) o desgaste de peças relevantes da função de parada;

i) o efeito de qualquer válvula de exaustão rápida e seus silenciadores.

B.5 Quando a posição de dispositivos de proteção, os quais estão ligados à prensa, pode ser alterada, a fim de
manter a mínima distância, os dispositivos devem estar intertravados ou ter a capacidade de serem travados na
posição, de forma que eles possam apenas ser movidos com o uso de ferramentas ou chaves.

B.6 Com respeito à capacidade de detecção do AOPD, deve ser usada pelo menos a distância adicional C
na Tabela B.1, quando se calcula a mínima distância S.

Tabela B.1 — Distância adicional C


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Capacidade de detecção Distância adicional C


mm mm
 14 0
> 14  20 80
> 20  30 130
> 30  40 240
> 40 850

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Anexo C
(informativo)

Enclausuramento de ferramentas
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Figura C.1 — Ferramenta enclausurada em prensas mecânicas

O emprego de ferramentas enclausuradas geralmente é feito quando se realizam operações de corte em tiras
e quando se combina mais de uma operação em um único jogo de ferramentas. O enclausuramento da ferramenta
pode ser obtido por um arranjo da placa-guia, a qual deve ser fixada à matriz, e deve também ter altura suficiente para
prevenir que a ferramenta superior (punção) não se desloque para fora da placa-guia (ver Figura C.1 e 5.3.9).

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Anexo D
(informativo)

Ajuste do mecanismo de comando por cames rotativas

D.1 Características básicas da regulagem da excentricidade e do mecanismo de came


rotativa
Manuseio do ângulo durante a regulagem dos diferentes cursos. A Figura D.1 mostra a regulagem da
excentricidade.
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Bucha excêntrica
Eixo da manivela

Bucha
Eixo excêntrico excêntrica

Onde:

e1 é a excentricidade do eixo da manivela ou do eixo excêntrico;


e2 é a excentricidade da bucha excêntrica;
e é a soma vetorial de e1 e e2 (metade do curso);
 é o ângulo formado entre e1 e e (ou seja, alteração do ângulo entre e1 e e conforme a variação do curso). Este é o ângulo
no qual o eixo da manivela tem que ser posicionado para recolocar o martelo na mesma posição angular de antes da
regulagem do curso.

Figura D.1 — Regulagem da excentricidade

Supondo que o movimento comece a partir do curso máximo e com o martelo no ponto morto superior, e1 e e2
ficam alinhados, a came rotativa indica que o martelo está posicionado no ponto morto superior (ver Figura E.2a).

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Eixo da
manivela
ou
eixo excêntrico
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Figura D.2 — Posição da bucha excêntrica no eixo

Girando a bucha excêntrica e2, obtém-se um novo curso menor que o anterior, que é igual a e (ver Figura E.2b).

Para recolocar o martelo no PMS, o eixo da manivela (e também a came rotativa) tem que ser posicionado em
um ângulo  na direção oposta à rotação da bucha excêntrica.

O curso fica reduzido, pois perde um comprimento equivalente a 2y (ver Figura D.2c). A came rotativa indica
a posição do martelo abrindo-se um ângulo  a partir do PMS. Este é o motivo por que a came rotativa tem que ser
ajustada.

O ângulo  pode ter valores de 0° até max, que dependem da razão entre e1 e e2.

O valor max será atingido se e2 ficar posicionado de tal forma que o ângulo entre e2.e e for 90° (ver Figura D.3).

max é obtido através da equação sen max = e2 / e1


com e1  e2, significa que max não pode ser maior do que 90°
(max = 90° pode ocorrer para e1  e2).
Se a bucha excêntrica for ajustável a 180°, max também pode ser calculado usando-se os cursos máximo e mínimo Smax e Smin.
Ver Tabela D.1.

Figura D.3 — Ângulo máximo da came rotativa

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Tabela D.1 Valores recomendados para o máximo ângulo de ajuste da came rotativa em relação à altura do
martelo e força aplicada

Usando:

Smáx - Smín e2
senγ  
Smáx  Smin e1

(máx) 63 71 80 90 100 112 125 140 160 180 200


Curso mm
(min) 12 16 20 25

51 59 68 74 84 92 105 120 135 155 175


Smáx  Smín
Smáx  Smín
75 83 92 106 116 132 145 160 185 205 225

sen máx 0,68 0,711 0,739 0,698 0,724 0,697 0,724 0,75 0,73 0,756 0,778
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máx º 42,9 45,4 47,7 44,4 46,5 4,33 46,5 48,74 47,0 49,3 51,2

Capacidade kN 100 160 250 400 630 (800) 1000 (1250) 1600 (2000) 2500

p + 2 não deve exceder 60°, preferencialmente p + 2  45°


NOTA Esta tabela é baseada na recomendação EPPMP (European Power Press Manufacturer’s Panel) para
cursos aumentados com ângulo máx e posição de parada   margem de escorregamento 2.

Se a posição de parada da prensa coincidir com o PMS nos cursos máximo e mínimo ( = 0°), a posição de parada
deve ser deslocada de acordo com o ângulo do PMS em todas as outras regulagens de curso.

Para compensar isto e para manter a posição de parada no PMS, deve ser possível ajustar o came rotativo para um
ângulo correspondente. Este ajuste pode ser feito girando-se os indicadores de limite, ou cames, em relação ao eixo
de manivela (ou eixo excêntrico).

O ângulo máximo que se pode obter entre os indicadores mecânicos de limite para a came rotativa é chamado de p.

Definição: p = máximo ajuste permissível da came rotativa.

A posição média de parada do martelo de uma máquina com curso variável não pode exceder 60° do PMS
(preferivelmente até 45°) para qualquer combinação de velocidade, curso e/ou ajuste do came rotativo. Sendo assim,
o ângulo p deve ficar limitado entre os indicadores mecânicos de limite.

O ângulo que controla a frenagem (escorregamento) 2 também deve estar incluso no limite máximo (60° ou de
preferivelmente 45°) (2 está definido no Anexo C).

Portanto, o valor de p + 2 não pode exceder 60° (ou preferivelmente 45°) na faixa de curso máximo da prensa
(ver Figura D.4).

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Escorregamento

máximo (Yp + ε2 )

Sentido de
rotação
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Figura D.4 — Escorregamento em relação ao ajuste da came rotativa

p normalmente é igual ao max, sendo assim a posição de parada do martelo sempre será no PMS nos diferentes
cursos.

Se o ângulo max for maior, p deve ser limitado de tal forma a não exceder a faixa do escorregamento.

Conseqüentemente, a parada do martelo em certos cursos (que serão tratados a seguir) não pode estar mais próxima
do PMS do que o ângulo  (ver Figura D.5).

 = deslocamento da posição de parada

Escorregamento
máximo (Yp + ε2 )

Sentido de
rotação

Figura D.5 — Posição de parada em relação ao ajuste da came rotativa

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A Figura D.5 mostra p = max - .


O tamanho de max depende dos cursos máximo e mínimo da prensa. O curso mínimo é o fator que tem maior efeito
sobre o tamanho do ângulo. Por essa razão, os cursos máximo e mínimo devem ser utilizados conforme a Tabela D.1.

Se p não puder ser igual ao max, então a parada do PMS não pode ser alcançada (  0). Isto pode ser resultado de:

a) curso máximo e mínimo;

b) curso criado para  = max.

Os limites para regulagem da came rotativa são determinados:

a) na direção de rotação do eixo da manivela (ou do eixo excêntrico): pelo escorregamento máximo (p - 2);

b) contra a direção de rotação do eixo da manivela (ou do eixo excêntrico): através da máxima parcela permissível
do ângulo entre o ponto de partida e o PMI, que é chamado de máx (ver Figura D.6).
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Escorregamento
máximo (Yp + ε2 )

Sentido de
rotação

Ponto de partida

Figura D.6 — Posição do ângulo máximo entre o ponto de partida e o PMI (máx)

Para evitar que o escorregamento máximo permissível seja ultrapassado, um dos limitadores da came rotativa deve
ser posicionado em relação ao eixo excêntrico quando o martelo estiver no PMS, tanto na alternativa a) como na b)
da Figura D.2. Isto é,  = 0 ou  = max.

Deve notar-se que a bucha excêntrica (e2) pode ser girada no sentido horário ou anti-horário por e1 (ver Figuras D.7
e D.8). Entretanto, a limitação necessária da regulagem da came rotativa permite que se use somente a metade de
uma rotação completa da bucha excêntrica. Por esta razão, a regulagem do curso deve ser planejada de tal forma que
somente a metade correta seja utilizada.

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Sentido de rotação

Figura D.7 — e2 girando em sentido horário Figura D.8 — e2 girando em sentido anti-horário

D.2 Determinação da posição onde começa a desabilitação temporária (muting)


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A Figura E.9 mostra o movimento esquemático de uma prensa.

Sentido de
rotação

Sinal de parada
Sinal de muting

Onde:

 é o ângulo de desabilitação temporária (muting) - ângulo entre os sinais de muting e de parada;

 é a parcela do ângulo de desabilitação temporária (muting) antes do PMI, que varia de acordo com o curso e com a
regulagem da came rotativa e é calculado negativo antes do PMI;

máx é a máxima parcela permissível do ângulo de desabilitação temporária (muting) antes do PMI, em graus, que é calculado
através do tempo total de resposta e da velocidade conforme descrito abaixo.

Figura D.9 — Posição do ponto de desabilitação temporária (muting)

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O tempo que vai do momento que a prensa recebe o sinal de início (ou partida) até o PMI (corresponde ao ângulo
máx) não deve exceder o tempo total de resposta da prensa com qualquer combinação de velocidade e curso
e/ou posição do came rotativo.

A Figura E.10 mostra máx   + max , de tal forma que o ângulo de desabilitação temporária (muting) não ocorra antes
do ângulo resultante desta equação.

Sentido da
rotação
Sentido da
rotação
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 é o ângulo de desabilitação temporária (muting) - ângulo entre os sinais de muting e de parada;

 é a parcela do ângulo de desabilitação temporária (muting) antes do PMI, que varia de acordo com o curso e com a
regulagem da came rotativa e é calculado negativo antes do PMI;

máx é a máxima parcela permissível do ângulo de desabilitação temporária (muting) antes do PMI, em graus, que é calculada
através do tempo total de resposta e da velocidade conforme descrito abaixo.

Figura D.10 — Posição do ponto do ângulo de desabilitação temporária em relação ao tempo de resposta total

O tempo que vai do momento que a prensa recebe o sinal de início (ou partida) até o PMI (corresponde ao ângulo
máx) não deve exceder o tempo total de resposta da prensa com qualquer combinação de velocidade e curso e/ou
posição do came rotativo.

A Figura D.10 mostra máx   + max, de tal forma que o ângulo de desabilitação temporária (muting) não ocorra antes
do ângulo resultante desta equação.

Isto significa que não é permitido que  exceda um valor específico.

 pode ser calculado por  =  x T

Onde:

 é a velocidade angular, expressa em graus por segundo (°/s);

T é o tempo total de resposta, expresso em segundos (s) (tratado no Anexo E).

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O valor máximo permissível máx , em graus, é:

máx = 6 xT x n

Onde:

n é o número de golpes por minuto.

NOTA máx deve ser calculado para o menor número de golpes/min (nmin) da prensa, se houver como ajustá-lo.

O valor obtido para máx pela fórmula acima é aplicado basicamente a prensas com um curso fixo e came rotativa fixa.
Portanto, o ponto onde começa o trabalho não deve ocorrer antes do ângulo máx, e/ou antes do PMI como resultado
da mudança do curso e/ou do ajuste da came rotativa (ver Figura D.10).

Isto significa que o ajuste da came rotativa deve ter um limitador (mecânico) fixo em uma posição final, tal que
 + max (ou p) não exceda máx quando o curso (ou a came rotativa) for ajustado.

NOTA Isto significa que o ângulo  pode ser negativo em certos ajustes.
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As posições a seguir dão as duas posições finais da came rotativa (entre os quais está o ângulo p):

a) no sentido da rotação do eixo da manivela (ou eixo excêntrico): a posição final é determinada por p (ou max) + 2
 60° (de preferência 45°) depois do PMS (ver Figura D.1);

b) contra o sentido da rotação do eixo da manivela (ou eixo excêntrico): a posição final é determinada por + max
(ou p)  máx antes do PMI.

Isto se aplica ao ajuste menos favorável.

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Anexo E
(informativo)

Determinação do tempo total de resposta T

As Figuras E.1 e E.2 descrevem os ângulos e tempos.


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Sentido de
rotação

Figura E.1 — Relação entre o tempo de resposta t1, o ângulo de rotação livre e o tempo de frenagem b

Figura E.2 — Variação da velocidade angular durante a frenagem

Onde:

 é o ângulo de rotação livre, expresso em graus (°);


 é o ângulo de frenagem (considerado linear), expresso em graus (°);

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2 é a margem de segurança de controle do frenagem (margem do controle de escorregamento), expressa em


graus (°);

 é a velocidade angular, expressa em graus por segundo (°/s);

 é o tempo total de resposta, expresso em segundos (s);

t1 é o tempo de resposta expresso em segundos (s), medido com pressão de trabalho;

t2 é a margem de segurança do controle de frenagem (margem de controle de escorregamento), expressa em


segundos (s), referente ao tempo t2 = 22 /;

t3 é o tempo de resposta do diferencial de pressão, expresso em segundos (s);

t é a imprecisão do método de medição, expressa em segundos (s);

 +  é o ângulo de parada medido em uma prensa com freio em boas condições, expresso em graus (°);
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 +  + 2 é o ângulo de parada medido na mesma prensa com freio desgastado, expresso em graus (°).

2 normalmente é  + , mas também pode ser somente  no pior caso.

O tempo total de resposta é determinado conforme descrito abaixo:

a) o tempo t1 deve ser medido sob as condições especificadas em B.4 a) a i);

NOTA O tempo total de resposta somente pode ser determinado para cada prensa individualmente.

b) o tempo t3, que corresponde a 3, e t2, que corresponde a ε2 (isto é, o tempo de pressão diferencial mais a margem
de segurança do monitor de frenagem), devem agora ser adicionados a t1 (ver Figuras E.3 e E.4).

Monitor de parada

Direção de
rotação

Sinal de parada

Figura E.3 — Posição de parada em relação ao tempo de resposta do diferencial de pressão t3 e a margem de
segurança do controle da frenagem t2

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Sinal de parada Monitor de parada

Pressão normal
de trabalho

Pressão
mínima
Ponto de parada com
Pressão mínima

Figura E.4 — Diagrama de seqüência de parada

As Figuras E.3 e E.4 mostram que, quando o sinal de parada e a posição do monitor de parada são fixos, os ângulos
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entre estes dois pontos são constantes, embora o tamanho dos ângulos parciais possa variar.

Na Figura F.3, “E” é o ângulo de parada que ocorre com pressão pneumática normal, quando o ajuste da came for
acertado de tal forma que a posição de parada média seja a mais próxima possível do PMS e “F” é a nova posição de
parada média que ocorre com a mesma regulagem da came, mas com pressão pneumática mínima determinada pelo
ajuste do seletor do monitor de pressão.

A Figura F.4 mostra que um menor ângulo de parada ocorre com pressão mínima no freio/embreagem do que com
pressão normal de trabalho, porque a despressurização é mais rápida a baixas pressões. Se o freio desgastar
trabalhando com pressão mínima, o tempo de resposta geral  pode ser excedido, embora o ângulo monitor de
frenagem não tenha sido excedido. Isto ocorre porque o eixo excêntrico gira com a velocidade máxima durante
 (ângulo de resposta), mas na média em meia velocidade durante  (ângulo mecânico de montagem).

Teoricamente t3 pode ser medido diretamente (t1 à pressão de trabalho menos t1 à pressão mínima igual a t3 como
tempo de pressão diferencial), mas de forma mais prática, medir 3 manualmente e convertê-lo em t3:

ε3 ε3
t3  
ω 6 x nmax
Isto é válido para rotação livre do eixo excêntrico com 3 em graus e nmax em golpes por minuto (máxima taxa de
golpes por minuto):

A margem de segurança do monitor de frenagem 2 é convertida ao tempo t2:

2x  2 2
t2  
 3 x nmax

Isto é válido para rotação do eixo excêntrico sob condições de frenagem com 2 em graus nmax em golpes por minuto
(máxima taxa de golpes por minuto);

a) possíveis valores adicionais devido às imprecisões nos métodos de medição são levados em conta por t;

b) o tempo geral de resposta  é então:

T  t 1  t 2  t

NOTA O tempo geral de resposta  é o tempo utilizado para calcular as distâncias de segurança.

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Anexo F
(normativo)

Exigências para a medição de pressão sonora (ruído) em prensas mecânicas

F.1 As condições de montagem e instalação devem corresponder ao uso típico e comum da prensa e devem ser
iguais para a medição do nível de potência de pressão sonora (ruído) e nível de emissão de pressão sonora.

F.2 A localização da prensa em ensaio deve ser indicada num desenho que contenha a posição e detalhes de todas
as superfícies com reflexão que possam influenciar os valores da pressão sonora (ruído) obtidos.

F.3 São recomendadas as seguintes condições de operação:

a) o número de golpes por minuto deve ser no mínimo 80 % do número de golpes por minuto máximo;

b) a força de prensagem aplicada deve ser no mínimo 80 % da força nominal;


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c) detalhes para as ferramentas:

 se a prensa executar operações com ferramentas de corte, deve ser utilizada uma ferramenta com faces de
corte de dimensões específicas, para atingir a força recomendada no material especificado (ver d));

 se a prensa executar operações com ferramentas de conformação, repuxo ou cunhagem, deve ser utilizada
uma ferramenta de dimensões específicas para atingir a força recomendada no material especificado
(ver d));

d) material utilizado.

Utilizar aço tipo Fe P01, sem liga (ISO 10130-1), ou correspondente. Para operações de corte, a espessura do
material deve corresponder ao ponto do curso para o qual foi calculada a força de prensagem.

F.4 As condições de operação e em particular aquelas listadas em F.3-b), c) e d) dependem da disponibilidade de


ferramentas e materiais correspondentes ao uso pretendido. Se não for possível dispor de um jogo de ferramentas
e materiais correspondentes ao uso pretendido, para efetuar a medição de pressão sonora (ruído), esta deve ser
efetuada sem carga sob as seguintes condições:

 ciclos de partidas e paradas no mínimo 80 % do número máximo de engates permitidos por minuto;

 a velocidade em golpes por minuto deve ser no mínimo 80 % do número de golpes por minuto máximo.

A intenção deste ensaio é evidenciar a emissão da pressão sonora (ruído) própria da prensa, sem a influência variável
de diferentes ferramentas.

F.5 O procedimento para medição da pressão sonora (ruído) utilizado para obter os valores de emissão deve ser
descrito indicando o procedimento de medição e as posições escolhidas para o microfone, relacionadas na ISO 11202.

F.6 Devem ser indicados em um desenho todas as posições de medição em que os níveis de pressão/potência de
som foram registrados, como também a posição normal de trabalho do(s) operador(es). Deve ser utilizada a descrição
da localização da prensa mencionada em 5.8.4.4-n).

F.7 Sob as condições de operação recomendadas em F.3-a) e b) e/ou em F.4, o tempo de medição deve durar até
que o valor na escala A do nível de pressão sonora tenha se estabilizado dentro de 1 dB, nos seguintes modos de
operação:

a) em modo de operação de ciclo contínuo;

ou, se o modo de operação de ciclo contínuo não estiver disponível, então:

b) em modo de operação de ciclo individual no número pretendido de ciclos de operação por minuto.

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