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Análise de

Sistemas Elétricos
Washington Neves/Benemar Souza

setembro de 2018
unidade 5
Matrizes de
Representação
de Redes
Elétricas
2
Matrizes de Redes ██████████████████████
 Análise de sistemas de potência com elevado número de barras;
 Necessidade de armazenamento de dados que descrevam as
equações nodais da rede com o objetivo de aplicar técnicas para
solução computacional;

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Diagrama unifilar de parte do sistema CHESF
Matrizes de Redes ██████████████████████
 linha A
 linha B

• Um sistema de gerador
G
motor
M
carga
potência ... C
linha D

• ... e seus circuitos equivalentes


zD yD

zA zB yA yB
   
 
ZG zM
yG yC yM
zC
eG eM iG iM

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Matrizes de Redes ██████████████████████

Matriz de impedâncias de barra (Zbar) Matriz de admitâncias de barra (Ybar)

 O algoritmo de construção não é  Algoritmo de construção simples;


tão simples;  Matriz do tipo simétrica e
 A montagem pode ser feita passo apresentando característica esparsa;
a passo a partir de elementos  É a base da maioria das plataformas
conectados a uma barra de de simulação.
referência ou mediante descrição
das equações nodais da rede;

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Matrizes de Redes – Laços ██████████████

Lei de Kirchoff das malhas


 zG  z A  zC zC   I   eG  Para valores particulares dos
  
zM  zB  zC   I   eM 
parâmetros
 zC
eG = eM = 1 p.u.
v1  eG  zGI zG = j0,05 p.u., zM = j0,1 p.u.
v 2  v1  zAI zA = zB = j0,8 p.u., zC = j5 p.u.
v 3  em  zmI
v 2  v 3  zBI
zA zB

 
ZG zM
I zC I
eG eM

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Matrizes de Redes ██████████████████████

Lei de Kirchoff dos nós


  
linha A linha B
gerador G motor M

carga
C
linha D

yA yB
  
y A  yG  yA 0  v1   iG 
 y y A  yB  yC  yB  v 2    0 
yG yC yM  A    
 0 y yB  yM  v3  iM 
iG iM B 
Y  matriz admitância de barra (nodal)

 A matriz Y é de fácil construção, simétrica e esparsa (poucos elementos não nulos).


– Na diagonal: soma das admitâncias;
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– Fora da diagonal: simétrico da admitância entre os nós
Matrizes de Redes ██████████████████████

Para os mesmo valores particulares de parâmetros


eG = eM = 1 p.u. iG = yG =1/ zG = 20 p.u
zG = j0,05 p.u., zM = j0,1 p.u. iM = yM =1/ zM = 10 p.u.
zA = zB = j0,8 p.u., zC = j5 p.u. yA = yB = 1/0,8 = 1,25 p.u.
yC = 1/5 =0,2 p.u.

os valores da tensão devem ser os mesmos de antes. Só que agora se


determinam resolvendo-se a seguinte equação matricial:
yA yB
  
 21,25  1,25 0  v1  20
 1,25 2,7  1,25 v 2    0  yG yC yM
    
 0  1,25 11,25  v3  10 iG iM

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Matrizes de Redes ██████████████████████

 Matriz de laço

 Matriz de admitância de barra (Y)


 De construção fácil: dimensão igual ao número de barras

 Simetria estrutural e numérica, dominância diagonal e esparsidade

 De uso muito difundido

 Matriz de impedância de barra (Z)


 Inversa da matriz admitância: Z = Y -1

 Aplicação restrita praticamente a estudos de curto circuito

 Algoritmo de construção de maior complexidade

 Alternativa: construção da Y e inversão (completa ou parcial)


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Matrizes de Redes ██████████████████████

 O que significa a matriz de 1 I1

regime permanente senoidal


impedância de barra? V = Z I
2 I2

rede linear passiva em


...
 O que significam seus elementos? V1 j Ij
 V = vetor nx1 (tensões de barra)
V2

...
 I = vetor nx1 (correntes líquidas Vj n In
injetadas na rede)
Vn
0
 Z = matriz nxn cujo elemento
genérico é

Vi I1  I2  In  0
Zij ˆ
Ij I1I2 In 0 e I j  1  Zij  Vi
I j 0
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Matrizes de Redes ██████████████████████
1 I1
 O fato de Zij = Vi se Ij = 1

regime permanente senoidal


I2
(Ik = 0, para todo k  j) 2

rede linear passiva em


...
permite que uma coluna V1 j Ij
inteira da matriz Z seja
V2

...
obtida por inversão parcial Vj n In
1A
da matriz Y.
Vn
0

Y11 Y12  Y1 j Y1n   Z1 j  0


Y Y22  Y2 j Y2n  Z 2 j  0
 21  
          
    
Y j1 Y j1  Y jj Y jn   Z jj  1
Yn1 Yn 2  Ynj Ynn   Z nj  0
 11
Matrizes de Redes ██████████████████████
Exemplo yA yB
  
Construir as matrizes de admitância
do circuito ao lado. yG yC yM
iG iM
 Pela definição
j 1 n
YikVk  YijVj  YikVk  Ii 
k 1 k  j 1
 I2
Fazendo Vk = 0 para k  j e Vj = 1 yA yB
1V + 
Yij  Ii - 1V +
-
O elemento Y23 da matriz admitância yG yC yM
do circuito ao lado, por exemplo é –yB.

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Matrizes de Redes ██████████████████████
Solução por inspeção direta:

y A  yG  yA 0 
Y    yA y A  yB  yC  yB 
 
 0  yB yB  yM 


yA yB
iM 
yA yB
  

iG
yG yC yM
yG yC yM

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Matrizes de Redes ██████████████████████

Como se modifica a matriz


yD
admitância quando um novo
yA yB
ramo é inserido na rede?   
(Estudo de planejamento)
yG yC yM
iG iM

y A  yG  yA 0 
Y    yA y A  yB  yC  yB 
 
 0  yB yB  yM 

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Matrizes de Redes ██████████████████████
-yD
Como modificar a matriz admitância
yD
para refletir a remoção de um ramo
yA yB
  
da rede? (Análise de contingência)

yG yC yM
iG iM

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 Inversão Matricial
 Esforço computacional grande e desnecessário.
 Alternativa: solução do sistema de equações lineares associado
por técnica de fatoração.
 Na prática a inversão parcial quase sempre é suficiente.
 Por exemplo, no cálculo de curto-circuito só se precisa de uma
coluna (correspondente à barra da ocorrência) da matriz
impedância de barra.
 Mesmo quando a inversão completa é indispensável é mais
eficiente fazer a inversão parcial seqüencial.
 Solução de Sistemas de equações lineares
 Métodos de eliminação de Gauss (inclusive as fatorações).
 Métodos iterativos. 16
Matrizes de Redes ██████████████████████
 Eliminação de Gauss e a inversão parcial

Y11 Y12  Y1 j Y1n   Z1 j  0  Sistema de equações


Y Y22  Y2 j Y2n  Z 2 j  0 lineares a ser resolvido
 21  
           para determinar a coluna
     j da matriz impedância
Y j1 Yj 2  Y jj Y jn   Z jj  1
Yn1 Yn 2  Ynj Ynn   Z nj  0 de barra.

Y11 Y12  Y1 j Y1n 0  Matriz aumentada a ser


Y Y22  Y2 j Y2n 0 processada mediante
 21 operações por linha:
     
   Pivotamento.
Y j1 Y j1  Y jj Y jn 1
 Normalização.
Yn1 Yn 2  Ynj Ynn 0
  Redução.
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Matrizes de Redes ██████████████████████
 Exemplo

Determinar a segunda coluna da matriz Z correspondente à matriz Y


construída no exemplo anterior.

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Matrizes de Redes ██████████████████████
 Partição de Matriz (matriz de matrizes)

 Um método muito útil de manipulação que consiste em identificar várias


partes de uma matriz como submatrizes para serem tratadas como
elementos simples.

 Na equação de uma rede de n barras, YV = I , Y é uma matriz quadrada


e V e I vetores-colunas de ordem n. Quando for conveniente, essa
equação pode ser substituída por duas outras (ou mais):

PT + QU = J sendo T e U vetores mx1 e (n-m)x1


RT + SU = K P e S matrizes quadradas, mxm e (n-m)x(n-m)
Q e R matrizes retangulares, mx(n-m) e (n-m)xm
P Q T  J 
R S  U  K
    
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 Exemplo
2 1  x  0 4 2 1  x  4
2 1 0  x  4

1 2 y  0 z   5 1 2 y   5
           
 1 2 0 y   5
    
0  1 1  z  1 x 
0  1    1z  1 z  1 y
y 

Resolve-se o primeiro sistema, determinando-se x = 1 e y = 2.


Uma vez determinado y encontra-se z = 3.

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Matrizes de Redes ██████████████████████

 Partição de Matriz de Grandes Redes Interligadas

1 8

9
5 6 7
2 10
3
11
circuito de
4 interligação 12

subsistema subsistema
oeste leste

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Matrizes de Redes ██████████████████████
 Redução de Redes: eliminação de nós por álgebra linear

Y11 Y12 Y13  V1  Y14   I1 


Y Y22 Y23  V2   Y24  V4   I2 
Y11 Y12 Y13 Y14  V1   I1   21      
Y Y22 Y23 Y24  V2  I2  Y31 Y32 Y33  V3  Y34  I3 
 21   
Y31 Y32 Y33 Y34  V3  I3  V1 
 
Y41 Y42 Y43 Y44  V4   0  Y41 Y42 Y43  V2   Y44 V4   0
 
V3 
V1 
Y41 Y42 Y43  V2 
1
V4  
 Y12
Y11  Y13
  V1   I1  Y44  
Y  Y  Y   V   I  V3 
 21 22 23   2   2 
 Y32
Y31  Y33
  V3  I3  Y14  Y14Y41 Y14Y42 Y14Y43  V1 
Y  V   1 Y Y Y24Y42 Y24Y43  V2 
Yi 4Y4 j  24 4
Y44  24 41  
Sendo Yij  Yij  Y34  Y34Y41 Y34Y42 Y34Y43  V3 
Y44
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Exercício ██████████████████████

j0,2
 Calcule as tensões dos  
nós 1 e 2 em módulo e
j1 j1
fase sem trocar as fontes
a j0,8 j1 b

130°
pelos equivalentes de

10°
Norton.
 Construa a matriz admi-
tância nodal do circuito da
figura abaixo e calcule as
tensões (módulo e fase)
dos nós 1 e 2.

23
Solução ██████████████████████

j0,2
 Calcule as tensões dos nós  
1 e 2 em módulo e fase sem
j1 j1
trocar as fontes pelos
a I1 j0,8 I2 j1 I3 b

130°
equivalentes de Norton.

10°
 1,8  0,8 0  I1  130 

 
j  0,8 2  1 I2    0 
  
 0  1 2 I3    1 
 
1
 1,8  0,8 0 130  0,5683 - 50,16 
 
 I1 
I    j  0,8      
2  1  0    0,218727,38 
 2  
I3   0  1 2   1   0,558879,99 
   

 V1  130  j1 I1 0,450617,56 


V     
 2  1  j 1 I2   0,450112,18  24
Solução ██████████████████████

-j5
 Construa a matriz admi-  
tância nodal do circuito da

1-90°
1-60°

-j1,25
figura abaixo e calcule as

-j1

-j1

-j1
tensões (módulo e fase)
dos nós 1 e 2.

 7,25 5   V1  1  60 


j     
 5  7  2 
V 1  90 
1
 V1   7,25 5 1  60 
V    j  5  
 2   7
1  90 
 V1  0,2718 0,1942 1  60  0,450617,56 
V   j 0,1942 0,2816  
  
 2   1  90   0,460112,18 
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