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13/03/2021 Televisão Pública de Angola – Wikipédia, a enciclopédia livre

Televisão Pública de Angola


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Televisão Pública de Angola (TPA) é uma rede


de televisão estatal angolana e principal emissora de Televisão Pública de Angola, E.P.
televisão do país. Atividade Comunicação Social
Fundação 1973 com o nome de
A sua sede oficial está em Luanda, que através da Radiotelevisão Portuguesa de
TPA1, é sintonizada através do Canal 2 VHF.[1] O Angola (RPA)
Presidente do Conselho de Administração é 1975 com o nome de Televisão
Popular de Angola (TPA)
actualmente Francisco Mendes.[2] 1997 com o nome de Televisão
Pública de Angola
Fundador(es) Governo de Angola
Índice Sede Av. Ho Chi Minh, Luanda,
Angola
História Website www.tpa.ao (http://www.tpa.sap
Novo centro de produção oficial o.ao/)

Canais de televisão
Parcerias
RTP
TVI
Controvérsias
Redução das 24 a 12 horas de grelha na TPA
em 2013
Referências
Ver também
Ligações externas

História
Em 1962, a Rádio Clube da Nova Lisboa (actual Huambo) iniciou emissões com as primeiras imagens
e a transmissão de televisão em Angola. Dois anos mais tarde, iniciou em Benguela e depois de 1970
em Luanda. No entanto, as transmissões foram suspensas por estarem ilegais, visto que a Rádio e
Televisão de Portugal (RTP) tinha monopólio exclusivo nas TVs da então colónia portuguesa.

Em 1973, o Governo colonial português fundou a Radiotelevisão Portuguesa de Angola (RPA),


secção da RTP.

Após a independência de Angola, em 11 de Novembro de 1975, e a partida de cerca de 500 mil


portugueses, o governo do Movimento Popular de Libertação de Angola nacionalizou a estação,
passando a designar-se como Televisão Popular de Angola.

Apesar da longa Guerra Civil (1975-2002), em 1979, a TPA passou a emitir em Benguela e Lobito, em
1981 é recebida no Huambo (ex-Nova Lisboa). Só depois do ano de 1992, passou a ser transmitido na
maior parte do país.[3][4]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Televisão_Pública_de_Angola 1/4
13/03/2021 Televisão Pública de Angola – Wikipédia, a enciclopédia livre
p p

Devido à regulamentação governamental nº 66/97 do canal em 1997, foi renomeado com o seu nome
atual "Televisão Pública de Angola" (TPA).

Em 2000, foi criado o segundo canal em Luanda, chamado de TPA 2 e a então a TPA passou a
chamar-se TPA 1. Em 2003, a TPA lançou a TPA Internacional, que passou a ser transmitida para a
Europa via satélite e que, actualmente, pode ser recebido através da rede de cabo em Portugal.[5]

No início de Maio de 2013, a TPA que ficava 24 horas no ar por anos, foi reduzida pela metade (12
horas), na sequência de uma determinação anunciada pelo produtor executivo e administrador da
Semba Comunicação, José Paulino dos Santos.[1] No comunicado, José Santos atribuiu a redução do
tempo de antena ao alegado incumprimento, por parte do Ministério da Comunicação Social e da
TPA, dos acordos assinados em 2007 relativos ao pagamento pelo serviços prestados, na qual
provocaram grandes prejuízos à sua empresa que vive de receitas próprias e não é dona de nenhum
dos três canais da TPA (1, 2 e Internacional) e que nega as acusações sobre um alegado
enriquecimento pessoal à custa do erário público.[1] A redução da grelha da TPA gerou inúmeras
críticas[1] (Ver Controvérsias).

Novo centro de produção


Os novos estúdios situam-se nos arredores de Luanda, na periferia da urbanização de Camama em
forma de paralelogramo ocupando um terreno plano com uma área de aproximadamente 200 000
metros quadrados, sendo 14 100 metros quadrados correspondentes à área de construção de blocos,
arruamentos e jardinagem. A planta dos estúdios foi concebida como uma estrela. Aí foi implantado o
edifício tendo no seu centro um espelho de água envolvido por uma área verde ajardinada que virá a
constituir o ponto central do complexo.

O novo centro de produção foi concebido de forma a integrar todas as necessidades de um


equipamento de produção televisiva numa área restrita. Cada estúdio está equipado com a sala de
controlo, sala de áudio, sala de luzes e obscuradores e com todos os serviços necessários em termos
de equipamentos eléctricos e mecânicos, apetrechado com tecnologia de ponta - bancadas
motorizadas, luzes automatizadas e câmaras de alta qualidade.

O complexo foi concebido de forma a integrar, assim como pôr em prática, as mais recentes
tecnologias de comunicação, tais como televisão digital e televisão interativa.[6]

Canais de televisão Ficheiro:TPA-CDP


Cuanzanorte.JPG
Centro de Produção da TPA
Atualmente, a TPA é constituída pelos seguintes canais: em Cuanza-Norte, Angola.

Canal Descrição Slogan Formato Fundação


Canal generalista,
dedicado à
TPA1
informação, ficção e
entretenimento.
Canal virado para o O canal
2000
TPA2 entretenimento e da
(21 anos)
juventude. juventude
Canal para atender a Angola 24 de julho
TPA
diáspora angolana e perto de de 2008
Internacional
não só. si (12 anos)

P i
https://pt.wikipedia.org/wiki/Televisão_Pública_de_Angola 2/4
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Parcerias

RTP

Tem vindo a destacar-se pela sua parceria com a RTP (Rádio Televisão Portuguesa) na elaboração e
exportação de séries e novelas, tal como por exemplo:

Regresso a Sizalinda (2007)


Voo Directo (2010)

Vários actores e actrizes angolanos que tem catapultado para as luzes da ribalta, tais como por
exemplo:

Raul do Rosário (participou na série Regresso a Sizalinda, no papel de Juca)


Catarina Matos (participou na série Regresso a Sizalinda, na novela Cinzas da RTP, na novela A
Outra entre outros projectos...)

TVI

Em 2015, a TVI gravou algumas cenas da novela A Única Mulher (telenovela), em Angola, e a TPA
decidiu comprar a novela e exibi-la no país.[7]

Controvérsias

Redução das 24 a 12 horas de grelha na TPA em 2013

No início de Maio de 2013, a TPA que ficava 24 horas no ar por anos, foi reduzida pela metade (12
horas), na sequência de uma determinação anunciada pelo produtor executivo e administrador da
Semba Comunicações, José Paulino dos Santos.[1] José Paulino dos Santos é conhecido por “Coréon
Dú” e é o filho do ex-presidente da República, José Eduardo dos Santos e da Luísa Abrantes.[1]

No comunicado, José Paulino atribuiu a redução do tempo de antena a um alegado incumprimento,


por parte do Ministério da Comunicação Social e da TPA, dos acordos assinados em 2007 relativos ao
pagamento pelo serviços prestados, na qual provocaram grandes prejuízos à sua empresa que vive de
receitas próprias e não é dona de nenhum dos três canais da TPA (1, 2 e Internacional), já que
mantém como emissoras estatais.[1]

Santos já negou inúmeras vezes, as acusações feitas pela imprensa local e dos políticos do MPLA e da
oposição, de aproveitar administração da TPA para seu enriquecimento pessoal, à custa do erário
público, já que é o filho do Presidente da República.[1]

A redução da grelha da TPA gerou inúmeras críticas.[1] O jornalista Makuta Nkondo condenou o
silêncio do Ministério da Comunicação Social e do Conselho da Administração da TPA e considera a
atitude do filho do Presidente da República como reveladora de que o país atingiu o “cúmulo da
brincadeira”.[1] “Nem nas piores ditaduras do mundo isso aconteceu. Até o Ministério da
Comunicação Social calou-se perante estes factos porque os seus membros não querem perder o lugar
que ocupam e o seu pão”, disse.[1]

Referências
1. Redacção VOA (21 de Maio de 2013). «Angola: Canal 2 da TPA reduzido» (http://www.voaportug
ues com/content/televisao silenciada/1665559 html) Voz da América Consultado em 26 de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Televisão_Pública_de_Angola 3/4
13/03/2021 Televisão Pública de Angola – Wikipédia, a enciclopédia livre
ues.com/content/televisao-silenciada/1665559.html). Voz da América. Consultado em 26 de
janeiro de 2016

2. Estrutura Administrativa da TPA (http://www.tpa.ao/artigo.aspx?sid=8f480575-6888-455a-887a-e4


673106df96&cntx=7a7Wa9H9cgGF2vNs7piI01eBl4IslhSlDx04Z8zIpQKycQp%2BKDGkpW2F%2F
3PSFAF3)
3. «Público: TPA Internacional inicia hoje emissões em Portugal» (http://www.publico.pt/Media/tpa-in
ternacional-inicia-hoje-emissoes-em-portugal_1336743) 28 de julho 2008
4. História da TPA (http://www.tpa.ao/artigo.aspx?sid=8f480575-6888-455a-887a-e4673106df96&cnt
x=LGs9L0SGj6h3fLc9epT1tXZgIp3%2BbMhOKXTneaEaxyA%3D)
5. Informação dos novos parâmetros técnicos (http://www.tpa.ao/artigo.aspx?sid=7de463d0-5ed7-4
101-b8d7-44efda05e49d&cntx=MiJaDkg6gTgzb%2BIR5NdpdftfyFExmCmR3aqb88X9i6u%2F10
mPKvy3MfQAa2QR0J%2Fj)
6. Novos estúdios TPA (http://www.tpa.sapo.ao/tpa/novos-estudios-tpa)
7. «TVI vende "A Única Mulher" para a TPA» (http://www.zapping-tv.com/tvi-vende-unica-mulher-par
a-tpa/). Zapping. plus.google.com/+Zappingtv103448/posts. Consultado em 11 de novembro de
2015

Ver também
Televisão em Angola

Ligações externas
TPA Internacional (http://tpai.tv/)
Livestream TPA no Internet (http://www.angofama.com/entretenimento/tpa-internacional-online.ht
ml)
Antônio Marcos de Guide, São Paulo: "TPA - o modelo de tv pública de Angola" (http://biblioteca.
universia.net/html_bura/ficha/params/title/tpa-modelo-tv-publica-angola/id/48993743.html)(2007)

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Televisão_Pública_de_Angola 4/4

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