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PROPÓSITO
Compreender as principais preparações cosméticas aplicadas na higiene, limpeza, hidratação e
proteção facial, corporal e capilar, proporcionando o uso adequado nos programas de tratamentos
cosméticos e indicação Home Care (tratamento em casa).
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
Identificar os principais cuidados relacionados à higiene e limpeza da fibra capilar, couro cabeludo
e unhas
INTRODUÇÃO
Neste conteúdo, identificaremos as principais preparações cosméticas utilizadas na higiene,
limpeza, hidratação e proteção da pele e dos cabelos. Esses produtos devem conter princípios
ativos e veículos adequados à necessidade e ao tipo cutâneo ou de seus anexos, sem provocar
efeitos indesejáveis.
Você compreenderá que os cosméticos são utilizados com diversas finalidades e que o seu uso
correto promove a harmonia, a manutenção e o equilíbrio da pele, da fibra capilar e das unhas.
Esse conhecimento permitirá ao profissional de estética selecionar o produto e o tratamento
adequados, considerando os diferentes tipos de pele e os seus anexos.
MÓDULO 1
Álcali é uma base que pode ser constituída por um sal iônico de metal alcalino ou de um
elemento metal alcalinoterroso com ph >7.
SABÕES
O sabão foi um dos primeiros produtos utilizados na higiene e limpeza da pele, e ainda persiste
nos dias atuais. Trata-se de um sal alcalino de ácido graxo obtido da reação de saponificação de
óleos ou gorduras mediante a adição de um alcalinizante, como, por exemplo, o hidróxido de
sódio, ou por meio da neutralização de ácidos graxos. O sabão possui a capacidade de decompor
o óleo presente na superfície da pele e de remover impurezas ou sujidades sem causar irritação
ou sensibilização cutânea.
Os sabões de sódio são mais duros, os de potássio são mais solúveis em água e os de
trietanolamina são menos alcalinos. O material graxo empregado no processo de saponificação
pode ser de três tipos:
ESTEARINA
Principal constituinte das gorduras animais; glicerol.
A gordura animal possibilita sabões em barra altamente rijos e menos solúveis que os obtidos com
óleos vegetais, porém mais solúveis que os processados com estearina. No entanto, algumas
empresas vêm substituindo o uso de material graxo derivado de fonte animal por óleos vegetais,
adotando no rótulo dos seus produtos a frase: “Não contém derivados animais”.
Foto: Shutterstock.com
SABONETES
Um dos produtos mais difundidos para a higiene e limpeza corporal é o sabonete em barra, cuja
preparação é feita a partir do sabão. Dependendo do tipo de tensoativo ou mistura que compõe a
formulação do sabonete, esse pode ser classificado em regular, combo ou combars (combination
bars ou barras de combinação), syndet (syntetic detergent ou detergente sintético), glicerinados e
pó.
TENSOATIVO
Substância constituída de longa cadeia carbônica hidrofóbica (sem afinidade pela água) com
um grupo hidrofílico (com afinidade pela água) em uma de suas extremidades, permitindo
interagir tanto com moléculas polares (água) quanto apolares (sebo e sujidades).
líquidos;
semissólidos; e
em pó.
Detergente
Tipo de sabonete pH Sabão
sintético
Sabonete em barra
9 – 12 X
Regular
Combar 9 – 12 X X
Líquidos 5–7 X
Glicerinado 9 – 12 X X
Pó 5–7 X
Consistem em uma mistura de sabões elaborados com gordura animal e óleo vegetal, na
proporção de 4:1, correspondendo a 80% de sabão derivado de sebo animal e 20% derivado de
óleo vegetal. Contudo, há os que contêm 95% de sabão derivado de sebo animal e 5% de óleo
vegetal, ou formulados somente com os óleos vegetais.
corantes;
agentes branqueadores;
fragrâncias;
água;
substâncias de preenchimento;
ligantes;
antioxidantes;
umectantes;
sobre-engordurantes;
quelantes etc.
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Sabonetes glicerinados
Sabonetes syndets
São formulações que contêm menos de 10% de sabão em sua composição. Associados à
formulação, encontram-se os isotionatos e, especialmente, o cocoil e lauril isotionato de sódio,
tensoativos que podem compor até 70% do produto, além de ligantes, plastificantes,
potencializadores de espuma, agentes de preenchimento, água, fragrância e agentes
opacificantes.
Sabonetes combars
Sabonetes líquidos
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Sabonetes em pó
RECOMENDAÇÃO
Esses cosméticos podem ser prejudiciais quando utilizados de forma inadequada, acelerando o
processo de envelhecimento. Não se deve, por exemplo, lavar o rosto com sabonete todas as
vezes que a pele apresentar um aspecto oleoso. Esse procedimento remove o manto hidrolipídico,
deixando a pele exposta à poluição e sujeita às agressões climáticas.
Após os 30 anos de idade, a produção das glândulas sebáceas começa a ser reduzida,
intensificando-se com o tempo, e essa redução pode ser agravada pelo constante uso de
sabonetes, geralmente muito abrasivos e com pH alcalino, como os utilizados para banho. O
banho com água muito quente também contribui para a remoção do manto hidrolipídico.
Alguns cuidados são recomendados na utilização dos sabonetes para limpeza facial (Figura 5),
conforme o tipo de pele:
O mais recomendado é um leite ou loção de limpeza hidratante pela manhã, com subsequente
enxágue, e pequena quantidade de sabonete específico para pele seca à noite.
Deve-se utilizar sabonete próprio pela manhã e à noite. Durante o dia, caso necessário, lavar com
água pura, ou limpar com lenços absorventes. Para peles oleosas desvitalizadas, desidratadas
e/ou fotoenvelhecidas, executa-se o procedimento para pele seca, apenas substituindo o sabonete
por um exclusivo para pele oleosa.
Esse tipo de pele apresenta hiperatividade das glândulas sebáceas, portanto sua higiene deve ser
semelhante à da pele oleosa, utilizando com maior frequência lenços absorventes associados a
outros cosméticos, como ceratolíticos, loções secativas e antissépticas.
Atenção: Deve-se ter cuidado com a excessiva retirada de sebo, uma vez que a atividade das
glândulas sebáceas pode ser intensificada e aumentar a produção de óleo.
CERATOLÍTICOS
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Sua finalidade é retirar os resíduos e o óleo que não foram totalmente removidos na “higienização
ou retirada de sujidade”, além de equilibrar o pH. Suas ações podem ser transitórias,
normalizando características estéticas (tônicos adstringentes) ou funcionais (tônicos
descongestionantes).
De acordo com o tipo de pele, as loções tônicas podem apresentar composições distintas,
devendo ser aplicadas com algodão:
a) Tonificação da pele normal: os tônicos para a pele normal devem conter em sua formulação
baixas concentrações de álcool, podendo apresentar ativos calmantes (ex.: extrato de
Hamamélis), anti-inflamatórios e refrescantes (ex.: extrato de Hawthorn).
c) Tonificação da pele seca: As loções tônicas e refrescantes devem ser aplicadas como um
segundo passo da limpeza de pele, especialmente após o uso de loções ou leites de limpeza.
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DESODORANTES E ANTITRANSPIRANTES
O suor é produzido pelas glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas (Figura 7). As primeiras são
mais numerosas, menores em tamanho e distribuídas por todo o corpo. Estão presentes
principalmente nas palmas das mãos e nas solas dos pés. As segundas são maiores e
encontradas nas axilas, região pubiana, genitais e abdômen. Uma variante dessas glândulas é
encontrada nas pálpebras e glândulas mamárias.
Glândulas Écrinas
As glândulas écrinas são as responsáveis pela formação do suor aquoso, cuja finalidade é
impedir a hipertermia, mantendo a temperatura corporal em aproximadamente 37°C. O suor
écrino, mais abundante, consiste em uma solução inodora diluída de íons e alguns compostos
orgânicos, cujo pH varia de 3,8 a 5,6. Apesar de não ser o principal responsável pelo odor, esse
suor supre a pele de água, facilita o desenvolvimento de bactérias e ajuda a dispersar o suor
apócrino para uma área maior.
Glândulas Apócrinas
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DESODORANTES
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Desodorante spray.
SAIBA MAIS
Substâncias
Características
desodorantes
Bicarbonato de
Ao reagir com os ácidos voláteis presentes nos odores fétidos, forma
sódio e
outros odores e subprodutos menos odoríferos
potássio
ANTITRANSPIRANTES
A teoria mais aceita para explicar a redução da transpiração ou dos efeitos antiperspirantes
consiste na formação de um tampão no ducto sudoríparo. Os sais metálicos formariam um molde
(gel de alumínio) no interior do ducto, bloqueando-o e diminuindo o fluxo de suor, que é
reabsorvido, sem causar problemas para a saúde. Alguns exemplos de substâncias
antitranspirantes são apresentados na Tabela 3:
Substâncias
Características
antitranspirantes
Primeiro ativo usado como antitranspirante com boa eficácia. A
Cloreto de alumínio solução aquosa contendo essa substância causa irritação da
pele, manchas e danos aos tecidos devido ao pH
A) Sabão
B) Desodorante
C) Loção tônica
D) Antitranspirante
E) Sabonete em pó
GABARITO
A loção tônica é uma preparação cosmética cuja finalidade é retirar os resíduos e o óleo que não
foram totalmente removidos na etapa de limpeza da pele, além de equilibrar o pH. Suas ações
podem ser transitórias, normalizando características estéticas (tônicos adstringentes) ou
funcionais (tônicos descongestionantes).
MÓDULO 2
Listar os diferentes fotoprotetores de acordo com a sua categoria química e aplicação
FOTOPROTETORES E PREPARAÇÕES
ANTISSOLARES
O sol é a fonte de energia fundamental que permite a existência da vida na Terra. Quase todos os
ciclos biológicos conhecidos dependem, direta ou indiretamente, da luz visível, radiação
infravermelha e radiação ultravioleta (RUV). A radiação solar influencia diretamente o metabolismo
humano.
O progressivo aumento das atividades ao ar livre e a grande incidência de pessoas com fototipo I
vivendo em climas tropical e equatorial proporcionaram o surgimento do fotoenvelhecimento
cutâneo e do câncer de pele.
FOTOTIPO I
Pele branca que sempre queima, nunca bronzeia e muito sensível ao sol.
Para se evitar os efeitos indesejáveis da ação solar sobre a pele, três alternativas podem ser
adotadas:
Evitar o sol.
As primeiras opções requerem mudanças profundas de hábitos e a última tem custo relativamente
alto e requer disciplina na sua aplicação.
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ATENÇÃO
Os filtros solares ocupam um lugar de destaque entre os diversos tipos de cosméticos, mas
infelizmente seu uso diário é inexpressivo se comparado ao aumento anual dos cânceres de pele.
Entre os fatores que contribuem para a falta de adesão está a desinformação sobre o produto
adequado ao tipo de pele, o modo de aplicação e a necessidade de reaplicação ao longo do dia.
Cabe ao profissional de estética orientar sobre os efeitos prejudiciais e cumulativos das radiações
solares e indicar o protetor solar adequado, a fim de proporcionar resultados exitosos e
duradouros após os procedimentos estéticos.
No sol, ocorrem constantes reações nucleares que transformam o hidrogênio em hélio, liberando
uma enorme quantidade de energia na forma de ondas eletromagnéticas (radiações solares), com
comprimento, frequência e nível de energia distintos.
O espectro eletromagnético emitido pelo sol e de interesse em fotoproteção compreende os
comprimentos de ondas na faixa de 100 – 400nm. São elas:
RAIOS ULTRAVIOLETA C OU UVC (100 – 280NM)
RAIOS ULTRAVIOLETA B OU UVB (280 – 320NM)
são parcialmente filtrados pela camada de ozônio; apenas cerca de 5% do total da radiação UV,
que chega à superfície da Terra, corresponde ao UVB.
RAIOS ULTRAVIOLETA A OU UVA (320 – 400NM)
de intensidades praticamente constantes durante todo o ano e ao longo do dia. É 800 a 1000
vezes menos ativa do que o UVB na pele. Podem ser divididas em curto ou UVA-II (320 – 340nm),
mais eritematosa e fotossensibilizante, e longo ou UVA-I (340 – 400nm), menos eritematosa.
Outra parte é absorvida pela camada córnea.
Outra parte é transmitida para as demais camadas que formam a pele, até a energia incidente ser
completamente dissipada.
A camada córnea de uma pele branca transmite mais radiação do que a de uma pele pigmentada.
Como consequência, é observado um aumentado risco de danos actínicos.
DANOS ACTÍNICOS
SAIBA MAIS
O UVA curto e o UVB parecem atuar, na maioria das vezes, como um mutagênico direto, isto é, o
DNA absorve a radiação incidente e sofre alterações em sua conformação original. Essas
alterações são detectadas e corrigidas e, se irreparáveis, ainda é possível que ocorra apoptose.
Quando não ocorre o reparo e apoptose, há o perigo de desenvolvimento de uma célula mutante.
APOPTOSE
Nem todos os efeitos da radiação UV são maléficos. O UVB é responsável pela síntese da
vitamina D3 na pele. Portanto, a exposição moderada a essa radiação é necessária. Todos os
efeitos maléficos do UV podem ser minimizados com o uso diário de preparações cosméticas com
filtros solares associados (protetores solares). Para tanto, alguns estudos afirmam que 15% das
radiações UVB e 50% das radiações UVA que atingem a pele conseguem chegar à camada basal.
Oferecer proteção contra RUV-A (fotoenvelhecimento) e RUV-B (câncer).
Não provocar irritação.
Não devem ser tóxicos nem sensibilizantes.
Ser insolúveis em água e suor.
Não manchar as roupas e a pele.
Ser de fácil aplicação.
Aderir bem à pele, sem que sejam absorvidos.
Ser quimicamente estáveis, não reagindo com outros componentes.
Filtros solares são substâncias químicas capazes de absorver, refletir ou dispersar a RUV que
incide sobre a pele e podem ser classificados em físicos, químicos ou biológicos.
Não é permeável à radiação solar. Atua como um espelho, refletindo e/ou dispersando a RUV.
Seus componentes são dióxido de titânio, óxido de zinco, óxido de ferro, caolim, bentonita,
vaselina, entre outros. Não provoca irritação nem sensibilidade, mas é opaco e não muito aceito
cosmeticamente, pois deixa a pele esbranquiçada.
As substâncias desse tipo de protetor solar captam a energia que incide sobre a pele e a
transforma em uma energia não nociva. Atuam na RUV e nos raios infravermelhos. O filtro solar
químico é incolor e bem-aceito cosmeticamente. Pode ser sintético, natural ou misto (Tabela 4).
Tipos de
Características
filtro solar
químico
ATENÇÃO
É importante lembrar que o veículo é essencial para a eficácia do produto final, devendo se
adequar aos tipos de pele e não interferir na ação dos ativos. No caso dos fotoprotetores, não é
diferente.
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É antioxidante e protege os tecidos das reações causadas pela formação de radicais livres,
quando expostos à RUV. O seu uso aumenta a proteção natural da pele diante dos radicais livres.
As substâncias mais empregadas são vitaminas A, C e E, bem como polifenóis extraídos do chá-
verde, do trevo vermelho, da soja, do dente-de-leão e do polipódio.
PROTETOR SOLAR:
É um creme, loção, gel ou óleo com FPS estimado. É um fotoprotetor químico, pois atua
quimicamente na pele oferecendo proteção contra o sol por meio da absorção dos raios
ultravioleta. Devido à necessidade de um determinado tempo para que ocorra a reação do filtro
solar com a pele, deve ser aplicado 20 minutos antes da exposição solar. É de fácil aplicação e
invisível na pele.
BLOQUEADOR SOLAR:
É um fotoprotetor físico, geralmente uma emulsão ou pasta opaca contendo óxido de zinco e
dióxido de titânio. O bloqueador reflete a luz solar. Adequadamente aplicado, protege a pele de
toda radiação ultravioleta (UVA e UVB), portanto não é classificado quanto ao FPS. Entretanto,
alguns fotoprotetores com FPS acima de 15 são algumas vezes referidos como bloqueadores,
apesar de deixar passar a radiação UV.
Assim, FPS é uma indicação de quanto tempo um indivíduo protegido com um fotoprotetor pode
permanecer exposto ao sol sem que apresente queimadura, comparado com o tempo que poderia
permanecer exposto caso não estivesse protegido.
Vamos a um exemplo: um produto com FPS 8 permitiria que o indivíduo permanecesse exposto ao
sol sem se queimar por um período oito vezes maior do que ele poderia permanecer caso não
tivesse aplicado um fotoprotetor.
COMENTÁRIO
É importante ressaltar que o FPS refere-se à proteção contra as radiações UVB (eritematosas).
Para a proteção UVA, deve ser avaliado o Fator de Proteção UVA (FPUVA), cujo valor é obtido
pela razão entre a Dose Mínima Pigmentária em uma pele protegida por um protetor solar (DMPp)
e a Dose Mínima Pigmentária na mesma pele, quando desprotegida (DMPnp).
A Dose Mínima Pigmentária (DMP) é a dose mínima de radiação UVA requerida para produzir um
escurecimento pigmentário persistente da pele com bordas claramente definidas, observado entre
2 e 4 horas após a exposição à radiação UVA. O parâmetro que avalia a proteção contra essa
radiação solar é o Persistent Pigmented Darkening (PPD) acima de 12.
Fator de Fator
Indicações
Categoria Proteção mínimo de Comprimento
adicionais não
indicada no Solar proteção de onda
obrigatórias na
rótulo (DCP) medido UVA crítico mínimo
rotulagem
(FPS) (FPUVA)
Pele pouco
BAIXA
sensível à 6,0 -14,9
PROTEÇÃO
queimadura solar
1/3 do fator
de
Pele
proteção
moderadamente MÉDIA
15,0-29,9 solar 370nm
sensível à PROTEÇÃO
indicado
queimadura solar
na
rotulagem
Pele muito
ALTA
sensível à 30,0-50,0
PROTEÇÃO
queimadura solar
Atendendo ao que é estabelecido pela ANVISA, os protetores solares devem cumprir os seguintes
requisitos:
FPS de, no mínimo, 6.
FPUVA cujo valor corresponda a, no mínimo, 1/3 do valor do FPS declarado na rotulagem.
Comprimento de onda crítico mínimo de 370nm.
As preparações antissolares podem apresentar média, alta e máxima proteção (Tabela 6):
Preparações
Absorventes Veículo
antissolares
UVA ++ e UVB
Fórmula de máxima ++
Creme viscoso, excipiente anidro
proteção
Barreira física
O FPS desejado de uma formulação é obtido com uma mistura equilibrada de filtros químicos e/ou
físicos e outros componentes de formulação que podem contribuir para o aumento de FPS, sem a
necessidade de aumentar filtros. No entanto, outros fatores podem interferir no FPS:
FATORES HUMANOS
Tipo de pele, conteúdo de melanina, quantidade de pelo.
FATORES AMBIENTAIS
Temperatura, umidade, intensidade da radiação, ângulo de radiação incidente, presença de
produtos refletores da radiação.
O protetor leva aproximadamente 30 minutos para atingir sua proteção máxima, por isso
recomenda-se a sua aplicação bem antes da exposição solar. Mesmo com filtro solar, uma parte
da RUV atinge a pele e estimula o bronzeamento.
O FPS presente nessas preparações cosméticas mede o grau de proteção oferecido contra os
raios UV, indicando quanto tempo uma pessoa pode ficar exposta ao sol usando uma formulação
com filtro solar sem desenvolver eritema (pele vermelha).
Se o filtro solar utilizado permite que a pele fique vermelha após a exposição solar, é sinal de que
a proteção não está sendo eficaz e de que o FPS deve ser aumentado, ou o produto deve ser
aplicado em intervalos menores. O FPS mínimo recomendado é 15, com reaplicação a cada 2 ou
4 horas, conforme orientação do fabricante.
Todos os protetores solares, mesmo os resistentes à água, devem ser reaplicados nos seguintes
casos:
Após duas horas de exposição contínua ao sol.
Nado ou mergulho.
Secar-se com toalhas.
Prática de exercícios físicos.
Suar excessivamente.
Orelhas
Pescoço
Nariz
Pés e mãos
O uso de chapéu contribui para a proteção de áreas sensíveis como olhos, orelhas, rosto, pescoço
e nuca, sendo imprescindível para os calvos. Óculos de sol com 99% a 100% de proteção contra
RUV também podem auxiliar na proteção dos olhos, que podem sofrer sérios danos. A catarata,
por exemplo, é uma lesão ocular que pode ser desencadeada pela exposição solar sem proteção.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Óxido de zinco
B) Vitamina E
C) PABA
D) Benzofenona
E) Vitamina C
A) 4h50min
B) 5h10min
C) 5h50min
D) 6h50min
E) 7h30min
GABARITO
1. Filtros solares físicos atuam como um espelho na pele, refletindo e/ou dispersando a
radiação UV. É um exemplo de filtro solar físico:
A alternativa "A " está correta.
Filtros solares físicos não são permeáveis à radiação solar, atuando como um espelho, refletindo
e/ou dispersando a radiação UV. O óxido de zinco é filtro solar físico, assim como o dióxido de
titânio, o óxido de ferro, o caolim, a bentonita e a vaselina.
2. O Fator de Proteção Solar (FPS) presente nos protetores solares aumenta o tempo que a
pele fica protegida dos raios solares. Por exemplo, uma pele que leva dez minutos para
sofrer os efeitos do sol, ao passar protetor solar com FPS 15 fica protegida 15 vezes
durante aquele tempo, nesse caso, 150 minutos. Considere uma pessoa cuja pele sem
proteção sofre os efeitos do sol após 18 minutos. Ao fazer uso de um protetor solar de FPS
25, ela terá sua pele protegida dos efeitos do sol por até:
Se na ausência de proteção solar o eritema começa a ser formado após 18 minutos de exposição
solar, ao usar corretamente o protetor solar FPS 25 o indivíduo poderá ficar exposto com
segurança durante 450 minutos, o que corresponde a 7h30min.
MÓDULO 3
MÁSCARAS COSMÉTICAS
As máscaras cosméticas constituem uma das preparações mais antigas da história da
cosmetologia, sendo utilizadas, atualmente, na estética facial, capilar ou corporal. Podem ser
definidas como formulações destinadas ao tratamento da pele, mediante a aplicação de uma fina
ou espessa camada que ficará aderida à pele. Geralmente, as máscaras são aplicadas com a
utilização de pincéis, com a ponta dos dedos ou com espátulas, permanecem por um período de
10 a 20 minutos e são retiradas com água.
De acordo com a RDC nº 7/2015, as máscaras faciais, corporais e capilares são enquadradas
como produtos de grau 1, desde que obedecidos alguns critérios. As máscaras faciais são
classificadas em grau 1 exceto quando indicadas para pele acneica, peeling químico e/ou outros
benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia. Já as máscaras corporais devem
apresentar finalidade exclusiva de limpeza e/ou hidratação.
As máscaras cosméticas formam uma película sobre a pele, isolando-a do ambiente externo. Essa
película pode ser opaca ou transparente, seca ou úmida, rígida ou flexível, dependendo do tipo de
formulação usada. Além dessa função, as máscaras produzem hiperemia após algum tempo de
aplicação, devido à oclusão provocada. Quanto maior for o efeito oclusivo, mais intensa será a
hiperemia. De forma geral, esses produtos também adsorvem secreções e debris celulares
(mistura de proteínas, lipídios e outros fragmentos celulares).
PEELING
São produtos que apresentam propriedades básicas, que não precisam ser comprovadas
inicialmente e não requerem informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e a suas
restrições de uso.
ADSORVEM
As máscaras podem ser classificadas quanto à função que exercem na pele e quanto à sua forma
de apresentação.
NUTRITIVAS OU REPOSITORAS
Esse tipo de produto visa repor componentes dos quais a pele necessita, como, por exemplo,
ácidos graxos em uma pele envelhecida ou vitaminas para melhorar o metabolismo cutâneo.
ANTISSÉPTICAS
São formulações destinadas a promover a assepsia da pele, principalmente em peles acneicas.
Os óleos essenciais e alguns extratos vegetais padronizados são aplicáveis nesse tipo de produto.
HIDRATANTES
São preparações destinadas à reposição cutânea de substâncias fundamentais para a
manutenção da água na camada córnea. Podem ser aditivados com substâncias hidratantes
oclusivas e/ou umectantes.
CLAREADORAS
São usadas quando se deseja obter o clareamento da pele. O efeito é sempre psicológico e deve-
se, na maioria das vezes, a uma impregnação temporária de argilas brancas na superfície da
camada córnea e/ou melhora da reflexão da luz. É difícil uma máscara cosmética clarear a pele
instantaneamente, pois seu tempo de contato é curto e a frequência de uso é pequena.
CALMANTES
Essas máscaras visam diminuir os processos irritativos como coceira, ardor, queimação e eritema
na pele. São usadas, principalmente, em peles que receberam alguma interferência estética
desencadeadora dos sinais de irritação. Ácido glicirrízico, glicirizinato de potássio, alfa-bisabolol,
azuleno, óxido de zinco e calamina são exemplos de ativos que podem ser encontrados nesse tipo
de formulação.
QUERATOLÍTICAS/
ESFOLIANTES
Promovem a esfoliação química da camada córnea. Podem conter substâncias com ação química
como alfa-hidroxiácidos e beta-hidroxiácidos, ou ação mecânica como sementes de frutas, sílica e
microesferas de polietileno. Esse tipo de máscara deve ser usado antes das extrações de
comedões, acne e milliuns ou para melhorar a permeabilidade cutânea.
Embora utilizadas com diversas finalidades, as máscaras vêm sendo empregadas como
finalizadoras, dando acabamento nos procedimentos estéticos faciais. Elas não devem ter
secagem rápida, a fim de permitirem uma permeação mais prolongada de seus ativos.
Máscaras em pó:
São dispersões de ativos em um veículo sólido pulverizado, como talco ou argila. Esse tipo de
formulação deve ser homogeneizado com água preferencialmente filtrada ou com uma solução
tônica apropriada no momento da aplicação. Uma camada espessa do preparado é aplicada com
pincel ou com a ponta dos dedos, obstruindo a pele. Após algum tempo de atuação, o líquido
dispersante evapora e, posteriormente, o pó é retirado do local com água ou loção tônica. Esse
tipo de veículo é indicado para formulações adstringentes, redutoras de oleosidade, clareadoras e
esfoliantes. Algumas máscaras em pó recebem denominação especial, como as de porcelana e
argila.
Máscaras de porcelana:
Na realidade, trata-se de uma máscara em pó (gesso) umedecida, que endurece após ser
aplicada no rosto sobre uma gaze. São oclusivas e podem ser colocadas sobre uma camada de
outro produto para tratamento cosmético com a finalidade de aumentar a sua eficácia.
Máscaras de argila:
secativas;
clareadoras;
adstringentes; e
antissépticas.
Emulsões:
As máscaras assim apresentadas podem conter ou não pós opacificantes em sua formulação. No
primeiro caso, os pós podem entrar apenas com a função de opacificar o produto final, conferindo
melhor efeito à máscara no momento da aplicação. Dependendo do pó empregado, a emulsão
exerce função terapêutica.
As formulações sem adição de pós são, basicamente, emulsões que podem ser aplicadas com
uma camada mais espessa, formando assim a máscara. São formulações ideais para máscaras:
nutritivas;
hidratantes;
calmantes; e
esfoliantes.
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Figura 13. Camada espessa de máscara facial na forma de emulsão distribuída na pele.
Géis:
As máscaras na forma de gel aquoso são pouco aceitas por não formarem o filme que promova
efeito de máscara; todavia, dependendo do ativo adicionado, podem ter aplicações em máscaras:
calmantes;
esfoliantes;
antissépticas; e
adstringentes.
Com a retirada da película, que pode sair inteiramente, a percepção é de que a pele foi renovada.
São aplicadas principalmente em formulações:
redutoras de oleosidade;
antissépticas;
esfoliantes; e
adstringentes.
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Alguns tipos exóticos de produtos sem fundamento científico podem ser encontrados no mercado.
Seu único efeito é o psicológico, devido ao glamour de se usar uma máscara facial elaborada com
material nobre (ouro, prata ou pérola, por exemplo), portanto, primeiramente, deve-se observar os
componentes ativos do produto.
Recomenda-se fazer uma leve massagem, após o tempo estipulado, para melhorar a penetração
dos ativos restantes nas máscaras veiculadas em géis ou cremes (emulsões) com ativos
hidratantes, antioxidantes e nutritivos.
A) Máscaras antissépticas
B) Máscaras hidratantes
C) Máscaras calmantes
D) Máscaras clareadoras
E) Máscaras adstrinsgentes
2. MÁSCARAS ELABORADAS NA FORMA DE GEL
HIDROGLICEROALCOÓLICO OU HIDROALCOÓLICO, UTILIZANDO COMO
ESPESSANTE O ÁLCOOL POLIVINÍLICO, QUE, ALÉM DESSA FUNÇÃO,
FORMA FILME TRANSPARENTE FLEXÍVEL APÓS EVAPORAÇÃO DO
ÁLCOOL, PODENDO SER APLICADAS EM FORMULAÇÕES REDUTORAS DE
OLEOSIDADE, ANTISSÉPTICAS, ESFOLIANTES E ADSTRINGENTES, SÃO
CARACTERIZADAS COMO:
A) Máscaras em pó
B) Emulsões
C) Géis
D) Máscaras plásticas
E) Máscaras de argila
GABARITO
1. Máscaras cosméticas que contêm ativos para reposição e manutenção hídrica da pele,
podendo conter aditivos umectantes, são chamadas de:
MÓDULO 4
SAIBA MAIS
Produtos cosméticos para a higiene capilar promovem a remoção de gordura, suor, poeira, células
mortas, microrganismos e resíduos de outros cosméticos do couro cabeludo e do cabelo. Como
todo produto cosmético, a formulação deve ser agradável no aspecto e na aplicação, com
viscosidade adequada, e não ser irritante para olhos e pele.
Por sua vez, produtos cosméticos destinados ao tratamento capilar possuem uma ação
condicionante, permitindo hidratação e melhorando a retenção hídrica no fio, deixando-o protegido
dos fatores externos que degeneram a estrutura dos cabelos. O condicionador ideal é capaz de
restaurar a hidrofobia (Aversão à água ) da fibra e neutralizar a eletricidade estática.
São encontrados no mercado cosmético diversos produtos para tratamento e para um visual
esteticamente bonito das unhas, destacando-se o uso de hidratantes, esmaltes e seus
removedores, fortalecedores, emolientes e removedores de cutícula.
Essas preparações cosméticas, portanto, contribuem não só para a beleza, mas também
desempenham um papel primordial na saúde, incluída a sensação psicológica de bem-estar que
resulta em ver unhas e cabelos bonitos e agradáveis ao tato.
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Sensação psicológica de bem-estar ao ver unhas e cabelos bonitos e agradáveis ao tato.
XAMPUS
São preparações cosméticas com a finalidade de promover a higiene dos cabelos e do couro
cabeludo por meio da eliminação da oleosidade, de células epidérmicas descamativas, de
resíduos de cosméticos e de sujeiras do meio ambiente. Podem ser encontrados como
preparações líquidas, em creme, em gel, aerossol, sólidas ou pó absorvente (xampu seco).
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Espuma abundante: o xampu será mais apreciado se a sua espuma for abundante, úmida,
com bolhas pequenas, proporcionando uma sensação de cremosidade.
Viscosidade adequada: o xampu deve possuir viscosidade suficiente para não escorrer das
mãos durante o uso e para espalhar-se rapidamente sobre o cabelo e o couro cabeludo após
sua aplicação.
Efeito positivo sobre a penteabilidade e maleabilidade dos cabelos, que devem ser
facilmente penteados, sem ficar eletrizados (com “frizz”) ou encrespar-se após a lavagem.
Uma vez secos, devem apresentar volume e brilho.
As bases para xampus constituem o veículo da formulação cuja concentração pode variar de
acordo com o efeito desejado para os diversos tipos de cabelo ou ainda para alguma condição
específica. Esta classificação é apresentada na tabela a seguir:
Tipos Características
Tabela 8. Classificação dos xampus quanto ao tipo de cabelo e/ou couro cabeludo.
Extraído de: Ferreira, 2010
Tensoativos ou detergentes:
Possuem em sua estrutura molecular grupos hidrofílicos e lipofílicos com capacidade de alterar
a força de ligação entre sujeira e cabelo, removendo-a. Produzem espuma, emulsionamento e
detergência.
HIDROFÍLICOS
LIPOFÍLICOS
A oleosidade natural funciona como inibidor de espuma. O consumidor deseja espuma abundante
e estável durante a aplicação do xampu, por isso os estabilizadores são usados em concentração
de 2-5% e têm algum efeito suavizante (sobre-engordurante).
São exemplos:
as monoetanolamidas.
Sobre-engordurantes:
a lanolina etoxilada; e
os derivados de lecitina.
Espessantes:
Servem para aumentar a viscosidade, pois xampus mais viscosos apresentam maior aceitação
entre os consumidores. Os principais agentes ativos encontrados são:
gomas (ágar);
polímeros carboxivinílicos;
polivinilpirrolidonas; e
álcoois polivinílicos.
Reguladores de pH:
ácido cítrico;
ácido lático;
ácido fosfórico; e
Conservantes:
parabenos;
imidazolidinil ureia; e
Essências:
Além de deixar o cabelo cheiroso e com o aspecto de limpeza, também são usadas para conferir
odor agradável ao banho. No entanto, podem turvar ou alterar a viscosidade do xampu. São
usadas geralmente a 0,5%.
Outros aditivos:
Conservam a estabilidade
da formulação, evitando a Tocoferol (vitamina E) e BHT
Antioxidantes
oxidação de alguns (butilhidroxitolueno)
componentes.
Concedem brilho e
Silicones Dimeticona e ciclometicona
penteabilidade ao cabelo.
Tabela 9. Outros aditivos utilizados na formulação para xampu e suas respectivas funções.
Adaptada de Kede e Sabatovich, 2009
Principais ativos: Conferem ao produto a ação final a que se destina, conforme apresentado na
tabela a seguir.
Finalidade Exemplos
CONDICIONADORES
São preparações cosméticas emulsionadas (cremes e loções) destinadas à aplicação nos cabelos
após a sua limpeza com xampu, cuja finalidade principal é facilitar a penteabilidade por meio do
condicionamento dos fios capilares.
Condicionamento por neutralização de cargas estáticas presentes no cabelo após a limpeza com
xampus.
Formação de filme lubrificante nos fios, melhorando a sensação táctil dos cabelos.
Matérias-graxas:
triglicérides;
óleos vegetais; e
Silicones:
Os tensoativos catiônicos adquirem carga positiva quando em solução aquosa. Apresentam alta
irritabilidade para pele e olhos e baixa detergência. Possuem atividade bactericida e reduzem a
carga eletrostática do cabelo. Formam uma película lubrificante responsável pela diminuição do
embaraçamento, facilitando o penteado quando molhado, aumento do volume, efeito antiestático,
aumento do brilho e maciez. O uso contínuo pode levar à formação de depósitos indesejáveis do
polímero sobre o cabelo.
Proteínas hidrolisadas:
colágeno; e
Ceramida:
Apresenta alta aderência ao fio. Usada em cabelos muito danificados e sem brilho.
Instantâneos
Cremes rinses
Leave in ou leave on (sem necessidade de enxágue)
Profundos
Transparentes
Possuem diferentes orientações para aplicação, conforme podemos conferir a seguir (Tabela 11):
Condicionadores Aplicação
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ATENÇÃO
Silicones formadores
Devido à ação oclusiva, reduzem a perda de água.
de filme
Além das formulações com ativos funcionais para cuidados das unhas, algumas preparações
cosméticas são utilizadas com finalidade de embelezamento e cobertura de imperfeições. São os
esmaltes cremosos (incolores ou coloridos) e cintilantes (perolizados). Esses produtos são
formulados na forma líquida e consistem em três sistemas básicos:
1
Sistema formador de filme, composto por nitrocelulose, solventes com diferentes pontos de
ebulição e cossolventes (acetato de etila, acetona, etanol, entre outros), diluentes, resinas
modificadoras (arilsulfonamida-formaldeído, acrílicas, cetônicas, alquídicas) e plastificantes
(ftalatos, cânfora, acetil-tributil-citrato).
2
Sistema tixotrópico, constituído por argilas coloidais e bentonitas que gelificam (isto é,
transformam-se em géis) sem perder a fluidez, mantendo as partículas de pigmentos em
suspensão.
3
Sistema de coloração, podendo conter pigmentos orgânicos, pigmentos inorgânicos, micas e
oxicloreto de bismuto.
A) Esmaltes
B) Leave in
C) Xampu
D) Máscaras capilares
E) Cremes rinses
A) Condicionadores instantâneos
B) Xampu
C) Cremes rinses
D) Máscaras capilares
E) Leave in ou leave on
GABARITO
Os xampus são preparações cosméticas com a finalidade de promover a higiene dos cabelos e do
couro cabeludo por meio da eliminação da oleosidade, de células epidérmicas descamativas, de
resíduos de cosméticos e de sujeiras do meio ambiente, podendo ser encontrados nas formas
cosméticas líquida, gel, emulsão, aerossol, pó ou sólido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Produtos cosméticos são preparações aplicadas com diversas finalidades, podendo ser utilizados
para higiene, proteção, correção e prevenção das alterações da pele e seus anexos. Você viu que
o veículo deve ser adequado ao tipo cutâneo e que os ativos devem atender a essas
necessidades sem provocar efeitos indesejáveis de qualquer ordem.
A orientação ao cliente deve ser feita com clareza e objetividade, buscando reforçar o
compromisso com a manutenção do tratamento. O resultado só poderá ser mensurado com a
utilização dos produtos recomendados e o acompanhamento profissional, visto que o sucesso de
qualquer proposta de tratamento, seja clínico seja estético, depende da disciplina.
É fundamental o uso diário dos filtros solares, que não devem se restringir à face, ao pescoço e ao
colo, devendo ser usados em todo o corpo, principalmente nas áreas mais expostas. Dessa forma,
é responsabilidade do profissional de estética ter o conhecimento necessário para selecionar
adequadamente as preparações cosméticas e o tratamento, orientando corretamente o cliente
para a obtenção de resultados eficazes.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 07, de 10 de fevereiro de
2015. Dispõe sobre os requisitos técnicos para a regularização de produtos de higiene pessoal,
cosméticos e perfumes e dá outras providências. Diário Oficial da União nº 29, seção 1, p. 39.
Brasília, DF, 11 de fevereiro de 2015.
FERREIRA, A. O. Guia prático de farmácia magistral. 4 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010.
GOMES, R. K.; DAMAZIO, M. G. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. 5. ed. São
Paulo: Livraria Medica Paulista Editora, 2017.
GRIMALTI, R. La seguridad en los cosméticos capilares. Piel (Barc), 29(3): 184 – 189. 2014.
EXPLORE+
Saiba mais sobre avaliação de segurança de produtos antiperspirantes no artigo intitulado
Aspectos atuais sobre a segurança no uso de produtos antiperspirantes contendo derivados de
alumínio, disponível na área de publicações da Revista online do Conselho Federal de Farmácia.
Leia mais sobre o uso de filtros solares no artigo intitulado O conhecimento e a utilização de filtro
solar por profissionais de saúde, disponível na plataforma Scielo.
Conheça mais sobre os benefícios da argila no artigo de Rubia Matola e Deuselândia de Sá para a
Scire Salutis, intitulado Argiloterapia associada em procedimentos estéticos, disponível no portal
da Companhia Brasileira de Produção Científica.
Saiba mais sobre a preparação de xampus sólidos com propriedades condicionantes no artigo
intitulado Formulação e elaboração de um produto xampu-condicionador de base orgânica na
forma sólida, disponível no site Brazilian Journal of Development.
CONTEUDISTA
Glauce Cardoso Desmarais