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Sobre o Autor

Multiclicks é uma empresa brasileira, que adora

compartilhar conhecimento e ajudar outras pessoas no
tópico referente a saúde.

Multiclicks é uma empresa dedicada, que sempre se

esforça ao máximo para ir além.

Uma Mensagem de Multiclicks

"Eu acredito que não há segredos para se tornar bem-
sucedido na vida. E eu realmente creio que o resultado do
verdadeiro sucesso na vida é proveniente do trabalho duro,
da preparação e, o mais importante de tudo, do
aprendizado através das falhas.”

Se você quiser saber mais sobre a Multiclicks, por favor

visite: www.multiclicks.com.br/aromaterapia
Sumário

Introdução ................................................................................... 6

Composição dos Óleos Essenciais ................................................ 8

Métodos de Extração dos Óleos Essenciais ............................... 11

Destilação a Vapor .................................................................. 12

Prensagem a Frio .................................................................... 14

Hidrodestilação ....................................................................... 15

Enfleurage ............................................................................... 16

Extração por Solventes............................................................ 18

Fluídos Supercríticos ............................................................... 20

Como fazer o descarte dos óleos essenciais .............................. 22

Conclusão .................................................................................. 24
Introdução

Caso você já tenha sentido o perfume exalado por uma rosa,

já experimentou a pureza aromática vinda de um óleo essencial.
Esses compostos aromáticos voláteis naturais podem ser
encontrados em sementes, cascas, caules, raízes, flores e em
algumas outras partes das plantas. Possuem perfumes
extremamente agradáveis. Esses óleos são os responsáveis por dar
as plantas esse aroma singular, além de proteger e desempenhar
um papel fundamental no processo de polinização. Esses óleos
também vêm sendo usados a bastante tempo na preparação de
alimentos, tratamentos estéticos e cuidados com a saúde.

Atualmente, mais de 3000 tipos de compostos aromáticos

foram identificados. A composição e utilidade de um óleo essencial
varia entre as plantas. Mesmo quando se trata de óleos essenciais
considerados puros, a sua composição pode variar de acordo com a
hora, estação, localização, método de destilação, entre outros
fatores. Os óleos essenciais trazem diversos benefícios e podem
ser usados de diversas formas, visando o bem-estar integral do
indivíduo. Eles podem ser usados isoladamente ou fazer parte de
uma mistura.

Entre os benefícios provenientes da utilização dos óleos

essenciais estão: melhora na sensação de bem-estar, alívio dos
sintomas de várias doenças, ameniza as dores, fortalece as defesas
do organismo, combate a hipertensão (principalmente os óleos de
lavanda, ylang-ylang, manjerona e neroli), ajuda na cicatrização de
feridas, além de gerar uma sensação de bem-estar em pacientes
que sofreram com o AVC. Esses são apenas alguns dos benefícios
trazidos pelo uso dos óleos essenciais.

Contudo, a pergunta que não quer calar é: “Qual a

composição dos óleos essenciais e de que forma eles são
extraídos? ” Essas e outras questões serão respondidas ao longo
deste material, leia-o atentamente até o final, pois aprender um
pouco mais sobre esses óleos, sua composição e formas de
extração, são importantes para aqueles que buscam desfrutar de
todas as potencialidades que esses óleos têm a oferecer, e são
muitas.

Composição dos Óleos Essenciais

Quando nos referimos aos óleos essenciais, que são

substâncias produzidas naturalmente pelas plantas, associar isso à
química parece algo inimaginável. Contudo, é importante que você
saiba que os óleos essenciais são ativos químicos naturais. A
composição dos óleos essenciais é determinada pela planta que os
detêm, e pela parte da planta que armazena esse óleo, por
exemplo, as folhas, o caule, as raízes, as sementes, entre outros.
Podem ser modificados devido à diversas causas como, por
exemplo, a fase do ciclo de vida da planta, métodos de colheita e
extração do óleo, condições do ambiente (temperatura, vento,
duração da exposição à radiação solar e umidade relativa do ar),
entre outros fatores.

Geralmente, esses óleos têm em sua constituição química

componentes como o hidrogênio, o carbono e o oxigênio. São
divididos em dois grupos: os hidrocarbonos, que são constituídos
somente de terpenos como, por exemplo, os monoterpenos,
sesquiterpenos e diterpenos, e os oxigenados, que têm em sua
composição uma quantidade grande de ésteres, aldeídos, cetonas,
álcoois, fenóis, ácidos, lactonas, enxofre e nitrogênio.

Os óleos essenciais são substâncias no estado líquido que

possuem aromas distintos, que lembram a planta da qual foram
extraídos. Eles podem ser diluídos em etanol (álcool), contudo,
existem alguns óleos como, por exemplo, o de laranja, que
possuem ceras que são insolúveis em álcool. Esses componentes
químicos que são insolúveis são difíceis de serem incorporados aos
cosméticos.

Os óleos essenciais podem não ter cor, ser amarelados ou

possuir um tom castanho-escuro. Alguns dos óleos essenciais
chegam a atingir cerca de 800 componentes químicos em sua
composição, sendo que somente alguns deles são conhecidos. Um
bom exemplo disso é o óleo essencial de ylang-ylang, o qual cerca
tem cerca de 330 componentes químicos conhecidos, contudo
ainda existem muitos outros a serem descobertos e entendidos.
Nos últimos anos, tornou-se possível coligar a maioria dos óleos
essenciais em grupos químicos fundamentais, de acordo com a
composição das suas moléculas de hidrogênio, carbono e oxigênio,
confira a seguir às classificações:

• Terpenos (hidrocarbonos) – Contêm carbono e hidrogênio;

• Terpenóides (oxigenados) – Contêm carbono, hidrogênio e
oxigênio.

Apenas 25% das plantas consideradas medicinais na

atualidade da qual se tem conhecimento, produzem óleos
essenciais nas suas células glandulares, localizadas no tecido
tegumentar das folhas, cascas, raízes ou flores. As famílias de
destaque, como as dos ésteres, álcoois, aldeídos, cumarinas,
cetonas, lactonas, óxidos, fenóis e terpenos, assim como seus
componentes químicos, achados em cada uma de suas famílias,
são os principais responsáveis por efeitos farmacológicos como
analgesia, sedação, anti-inflamatórios, entre outros.

O Brasil, é um produtor de diversos gêneros de plantas

aromáticas como, por exemplo, o eucalipto, a citronela, a
bergamota, hortelã, a copaíba, o alecrim, a gengibre, laranja, cravo
da índia, limão, cânfora, melissa, camomila, entre muitas outras
plantas aromáticas. Nosso país também é o maior produtor do
mundo de óleos cítricos e pau rosa.
 Essas plantas são utilizadas pela indústria farmacêutica a fim
de compor antiespasmódicos, estimulantes, anti-inflamatórios,
calmantes, analgésicos, expectorantes, antioxidantes, diuréticos,
cicatrizantes, entre outros remédios. Com relação ao uso na
indústria de cosméticos, são usados para produzir diversos
perfumes, essências, óleos para a pele, cabelos e cremes. A
indústria de alimentos também usa esses óleos para a produção de
diversas comidas e bebidas.

Métodos de Extração dos Óleos

Essenciais
 Os óleos essenciais são substâncias aromáticas que podem
ser encontradas nas estruturas de algumas plantas, consideradas
como aromáticas. Por meio de processos de extração, é possível
obter os óleos essenciais, que além do aroma bastante
concentrado, possuem efeitos terapêuticos no organismo. Contudo,
você saberia dizer como é feita essa extração? Existem diversos
métodos pelos quais os óleos essenciais podem ser extraídos,
confira a seguir:

Destilação a Vapor

Esse é o método de extração mais comumente utilizado no

mundo inteiro para a obtenção dos óleos essenciais. Consiste em
submeter o material vegetal a ação do vapor de água, com isso, o
óleo é obtido através do “arraste do vapor”.

Funciona assim: o vapor de água passa pelo tecido da

matéria prima vegetal, extraindo o óleo que está dentro de suas
glândulas. Após o óleo sair, ele sofre um choque térmico,
vaporizando, o que faz com que ele seja arrastado até atingir o
condensador, onde esse hidrolato (nome que é dado a esse líquido
condensado com nutrientes resultantes do processo de extração)
resfria-se, com isso, ele volta para a fase líquida. No fim, essa
mistura passa pelo processo de destilação, que faz com que a água
seja separada do óleo essencial.

É sempre importante ressaltar que para se obter uma

extração eficaz e completa do óleo essencial, é necessário que o
material a passar pelo processo de destilação sofra uma eliminação
dos resíduos (impurezas na biomassa).
Prensagem a Frio

Esse método é o mais utilizado na extração de óleos de frutas

consideradas cítricas como, por exemplo, a laranja, o limão e a
tangerina. No Brasil e na maioria dos demais países, esse método é
muito utilizado em empresas que produzem suco, a fim de extrair o
seu insumo. Ele consiste em pôr a matéria prima em uma prensa
hidráulica, que comprime até expelir todo o suco e o óleo essencial
das frutas. O óleo essencial então é separado do suco com o auxílio
de jatos de água, que formam uma emulsão composta por 1% a 3%
de óleo essencial, fragmentos sólidos e alguns outros detritos, que
logo em seguida são separados por um ciclone.

Após finalizar essas etapas, o óleo passa por algumas

centrífugas, a fim de clarificar, deixando-o em três fases: uma fase
leve (rica em óleo), uma fase intermediária (rica em água) e uma
fase pesada (rica em sólidos insolúveis). Por fim, a fase leve, que
contêm até 80% de óleo, é levada para tanques a fim de passar por
uma separação final.

Hidrodestilação

Esse método de obtenção dos óleos essenciais é

principalmente utilizado pelos laboratórios. Ele consiste em
submergir toda a matéria prima vegetal, o que acaba o
diferenciando da destilação a vapor. A extração acontece a uma
temperatura menor do que 100ºC, o que, apesar de tornar a
destilação mais lenta e diminuir o seu rendimento, evita a perda de
compostos sensíveis a altas temperaturas. Industrialmente, esse
processo é considerado como ultrapassado, sem utilidade, muitas
vezes considerado até mesmo como artesanal, contudo, ainda é
praticado em vários países subdesenvolvidos, onde o acesso a
caldeiras a vapor é mais difícil.

Enfleurage

O termo “enfleurage”, que traduzindo para o português

significa “enfloração”, é um método utilizado desde o século XVII
para extrair os óleos essenciais de matérias primas mais delicadas
como, por exemplo, as rodas, jasmins, violetas, flores emblemáticas
cultivadas em Grasse, cujos compostos podem sofrer com
alterações e perder suas propriedades quando passam por outros
tipos de processo de extração. Apesar de esse ser um processo
lento, caro e praticamente inutilizado, o enfleurage ainda persiste e
passa por constantes reinvenções, com o uso de novas tecnologias.

O método clássico do enfleurage, consiste em picotar as

pétalas de determinada flor e pôr elas sobre algumas placas de
vidro, em contato com gordura animal ou vegetal sem odor, que
funciona como uma esponja.

Depois de 24hrs, as pétalas são substituídas, repetindo o

processo por semanas, até que a gordura animal fique semelhante
a uma “pomada” saturada de óleo. Com isso, a gordura passa pelo
processo de destilação, obtendo-se um concentrado óleo aromático
que, por fim, é misturado com álcool e novamente destilado,
formando assim o óleo essencial.
Extração por Solventes

Algumas plantas e vegetais possuem peculiaridades que os

tornam bastante delicados e sensíveis, com isso, acaba se tornando
inviável submeter eles a temperaturas altas. Isso os inabilita a
passar pelo processo de destilação a vapor. Por exemplo, as
Rosas, Jasmins e Neroli (Flor de Laranjeira), precisam passar por
métodos de extração menos agressivos para se obter o máximo de
suas propriedades. Nesses casos particulares, o uso de alguns
solventes como o hexano, benzeno, tolueno ou éter de petróleo,
são opções viáveis, pois preservam as características e benefícios
dos vegetais em demanda.

Quando a extração ocorre por meio de solventes, são gerados

dois produtos: o Concreto, e depois, o Absoluto. O concreto pode
ser definido como a primeira etapa, que resulta da extração através
dos solventes descritos acima, que são apolares. Nessa etapa o
óleo essencial é obtido por meio de parafinas, ceras gordurosas,
pigmentos e outros componentes oleosos. Essa é a razão de o
composto possuir uma textura pastosa, ou semi-sólida. O absoluto
é obtido quando o concreto é submetido a um outro solvente, agora
polar, por exemplo, o etanol. Nesse caso, o solvente purifica a
mistura das substâncias citadas, levando a um produto final, que
possui uma consistência mais líquida.

Hoje, as novas tecnologias permitem eliminar

consideravelmente os solventes dos concretos e absolutos, o que
fazia com que o processo fosse perigoso, eliminando praticamente
todo e qualquer traço dos solventes, permitindo com que sejam
seguros para uso.
Fluídos Supercríticos

Esse é um método de extração que vem se tornando cada vez

mais popular nas indústrias. Isso se deve ao fato de que ele
apresenta uma grande vantagem com relação as demais técnicas,
uma vez que ele utiliza uma tecnologia não-tóxica, limpa e não
residual, que mantém a integridade quase que total da matéria-
prima utilizada.

O processo consiste na utilização de gases que em certa

temperatura e pressão entram em um estágio entre o líquido e o
gasoso, fazendo com que se tornem supercríticos, podendo agir
como solventes de matéria-prima. O gás mais comumente utilizado
para esse tipo de processo é o CO2 supercrítico, que além de ser
barato e abundante, tem uma densidade alta, viscosidade baixa e
um elevado poder de penetração. Outro fator importante fica por
conta do fato de que, a fim de obtê-lo, é necessário operar todo o
sistema a uma temperatura de aproximadamente 31º, á uma
pressão de 73,8 bar. Devido a isso, o método não oferece riscos de
reações químicas secundárias, como oxidações, reduções,
hidrólises e degradações químicas.

Esse método de extração dos óleos essenciais funciona da

seguinte forma: a biomassa é posta dentro de um cilindro que
possui, em suas duas pontas, uma capa de metal poroso, que tem a
função de permitir a circulação de um fluído supercrítico e das
substâncias dissolvidas. Sendo assim, o CO2 passa pela matéria
prima dissolvendo os óleos até determinado nível de solubilidade de
equilíbrio. Depois desse processo, a solução gasosa sai do extrator
e passa por uma válvula, o que ocasiona a redução da pressão,
causando o que é nomeado como “precipitação dos componentes”,
dentro do separador. Nessa etapa, o CO2 acaba sendo separado
do óleo, e passa por um processo de reciclagem, iniciando um novo
ciclo. Acontecem diversos ciclos, tanto no cilindro quanto no
separador. A principal causa, e talvez a única, que não faz com que
este método seja amplamente utilizado, se deve ao fato de que
seus equipamentos de extração são muito caros.
Como fazer o descarte dos óleos
essenciais

Os óleos essenciais podem ser definidos como a essência de

uma planta, criada por meio da destilação a vapor, prensagem a frio
ou extração de CO2. Esses óleos são hidrofóbicos, não são
solúveis em água de forma alguma. Também são mais leves do que
a água, isso quer dizer que acabam flutuando nele. Por conta disso,
não é interessante descartar resíduos de óleos vencidos ou
estragados pelo ralo, pia ou vaso sanitário. O óleo essencial não se
dissolverá em água e acabará contaminando tanto o solo quanto a
água, trazendo prejuízos para os animais e as plantas da
localidade. Além disso, pelo fato de ser um óleo, pode ocasionar o
entupimento da tubulação, como acontece com alguns outros tipos
de óleos. Os óleos vão ficando presos na tubulação e com o passar
do tempo vão entupindo cada vez mais.

É recomendável conferir com o posto de reciclagem do seu

município, como e onde é possível realizar o descarte correto. Caso
não saiba onde ficam os postos de reciclagem, procure conferir com
a sua prefeitura, pois ela tem essa informação para fornecer ao
público. Em muitos casos, a própria empresa contratada pela
prefeitura pode lhe oferecer informações sobre como e onde
descartar os óleos.

Caso não haja outra opção para descartar, coloque em uma

garrafa pet e deixe junto com o lixo comum, para que seja levado
para um aterro sanitário. Caso opte por colocar dentro de uma
garrafa, você estará apenas adiando algo que é inevitável, pois
mesmo com isso o óleo irá contaminar o solo. Por isso, faça esse
processo apenas se não houver outra opção de descarte para o
óleo essencial.

No que diz respeito aos potinhos de vidro ou de plástico, eles

podem ser lavados deixando de molho na água com sabão. Depois
você deve enxaguar e secar. Caso ainda permaneça com o cheiro
do óleo essencial, coloque álcool dentro, deixe dentro por algumas
horas e depois lave novamente. Você pode reutilizar os potes para
guardar outras coisas posteriormente.
Conclusão
Os óleos essenciais são grandes aliados na busca de uma
qualidade de vida melhor. Busque a orientação de um
aromaterapeuta para saber como melhor utilizar esses óleos, de
acordo com as suas necessidades. Além de trazer benefícios para a
saúde, o aroma produzido pelos óleos essenciais gera uma
sensação de prazer e relaxamento indescritíveis. Por isso, se você
ainda não é um praticante da aromaterapia e não conhece o prazer
de participar de uma sessão, procure um aromaterapeuta.

Cada óleo essencial possui suas particularidades e são ideais

para determinados fins. A composição desses óleos determina sua
eficácia ou não para um tratamento. Por isso, é importante ficar
atento a composição dos óleos essenciais.

Outro fator importante para atentar com relação aos óleos

essenciais são suas contraindicações. Existem alguns óleos que
não são indicados para mulheres grávidas, por exemplo. A forma de
aplicação e utilização dos óleos também deve ser entendida
claramente para que não traga danos a pessoa que está fazendo
uso.

Por fim, com os devidos cuidados e a orientação de um

profissional da aromaterapia, você está pronto para fruir dos
benefícios trazidos pelos óleos essenciais!