Com a necessidade de se armazenar produtos durante
longos períodos de tempo, torna-se necessário o seu
congelamento e acondicionamento em ambientes,
especificamente desenvolvidos para essa finalidade,
ao qual chamamos de Câmara Frigorífica.
Na refrigeração, normalmente a carga térmica é
calculada (estimada) para um período de 24 horas.
Capacidade do = Carga Térmica Total (Btu / 24
h)
Equipamento (Btu/h) e Tempo de Funcionamento (h /
24 h)
Tempo de funcionamento ≠ Tempo de resfriamento
Nos casos onde não ocorre o congelamento da água
na superfície externa da serpentina, como nos
aparelhos de ar condicionado, não há necessidade de
degelo, e o período de funcionamento do
equipamento de refrigeração é de 24 h/ 24 h, isto é,
funcionamento contínuo.
Onde ocorre formação de gelo no evaporador
(congelamento da água na superfície externa da
serpentina), o tempo necessário para o degelo
determina o tempo de funcionamento do
equipamento de refrigeração, que neste caso, é
menor que 24 h por dia.
Carga Térmica Média (Btu/h)
Carga térmica de transferência de calor através das
paredes:
Temperatura do lado externo:
Quando a parede, teto e o piso da câmara frigorífica
estiver localizada no interior de uma construção
(galpão), deve-se usar a temperatura do interior da
referida construção como temperatura do lado
externo da parede.
Quando a parede ou o teto da câmara frigorífica está
exposta ao ambiente externo (ao ar livre), deve-se
usar a temperatura ambiente média (temperatura de
projeto para o ar livre) como temperatura do lado
externo da parede.
Quando o piso da câmara frigorífica é concretado
diretamente sobre o solo, deve-se usar a temperatura
ambiente (ao ar livre), diminuída de 20 ºF, como
temperatura do lado externo do piso. Nestes casos
deve-se tomar cuidado para não haver infiltração de
água e possível congelamento da mesma sob o piso.
Quando alguma parede da câmara frigorífica receber
incidência direta de luz solar (radiação solar) ou outra
fonte de radiação térmica (fornos, estufas, etc.), deve-
se acrescentar à temperatura do lado externo os
valores apresentados na Tabela 10.5.
Carga Térmica de Produto
Quantidade de calor a ser removido do produto (pode
incluir embalagens) para reduzir a sua temperatura ao
nível desejado para armazenagem e conservação no
interior de uma câmara frigorífica.
Quando o produto é resfriado a uma temperatura
final abaixo do seu ponto de congelamento, ocorre
uma mudança de fase no mesmo
(solidificação/congelamento). Assim, torna-se
necessário remover calor latente do produto.
Quando frutas, verduras e vegetais são armazenados
acima da temperatura de congelamento, o processo
de respiração continua acontecendo e gerando calor
(Calor de Respiração).
Processo de respiração: (O2 + carbohidratos → CO2 +
calor).
 Carga Térmica: Uso do Fator de Segurança

• É prática comum adicionar de 5 a 10 % ao

valor da carga térmica total estimada para um
período de 24h como um fator de segurança.

Cresp – tabela 10.12 Cálculo da Carga Térmica pelo Método Rápido

Carga Térmica de Troca de Ar • Cálculo de rendimento da parede (inclui piso

e teto):
Quando a porta de uma câmara frigorífica é aberta, o
ar frio (de maior densidade) escoa do interior da (Área externa total (ft²)) x (Fator da Tabela 10.16
câmara frigorífica para o exterior, enquanto ar quente (Btu/ft²-24h))
(de menor densidade) escoa do exterior para o
interior da câmara frigorífica.
• Cálculo da carga de uso ou serviço:

(Volume interno (ft³)) x (Fator da Tabela 10.15

(Btu/ft³-24h))

Não utiliza fator de segurança.

Ou

NTar – Tabela 10.7

Ftar – Tabela 10.6

Carga Térmica Mista

Fontes de carga térmica:

• Pessoas dentro da câmara frigorífica.

• Lâmpadas (iluminação).

• Motores elétricos para ventilação.

• Empilhadeiras.

Calor cedido por pessoas dentro da câmara frigorífica:

• (Nº de pessoas) x (Fator da Tabela 10.14

(Btu/Pessoa-h)) x 24h

Calor cedido por lâmpadas (iluminação):

• (Potência (W)) x (3,24 Btu/W-h) x 24h

Calor cedido por motores elétricos para ventilação:

• (Potência (CV)) x (Fator da Tabela 10.13

(Btu/CV-h)) x 24h