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“A prece é uma invocação: por ela nos pomos em relação com o ser a
que nos dirigimos. Ela pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou
um louvor. Podemos orar por nós mesmos, ou pelos outros, pelos vivos ou
pelos mortos. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos
encarregados da execução dos seus desígnios; as que são dirigidas aos Bons
Espíritos vão também para Deus. Quando oramos para outros seres, e não
para Deus, aqueles nos servem apenas de intermediários, de intercessores,
porque nada pode ser feito sem a vontade de Deus.”
“É assim que a prece é ouvida pelos Espíritos onde quer que eles se
encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos
transmitem as suas inspirações, e as relações que se estabelecem à distância
entre os próprios encarnados.”
É por isso que a morte não separa os que se amam, visto estarem
unidos pelas vibrações dos pensamentos amorosos. O mesmo pode
acontecer entre os que se odeiam.
Assim, a prece pode ter ação direta e positiva, quando sai do íntimo do
ser, com confiança, com humildade, chegando até o ser a quem se dirige,
recebendo a resposta segundo a sua necessidade espiritual, sob a vontade
de Deus, que quer o melhor para seus filhos.
A eficácia da prece não está nunca nas palavras, mas nas ideias
representadas pelas palavras, vindas dos sentimentos de confiança no amor,
na sabedoria, na misericórdia de Deus, que deu esse recurso sublime de
ligação entre Ele, Seus mensageiros do Bem e todos os seus filhos.
Deus não precisa das nossas preces, nós é que precisamos delas para
nos dirigirmos a Ele e Seus mensageiros, para demonstrarmos nosso amor a
Ele e a nossa confiança n’Ele; para pedirmos o que nos falta, ou algo de que
necessitamos no momento, e que não encontramos dentro de nós; para
agradecer as bênçãos de todos os dias, as agradáveis e as desagradáveis, as
quais nos impulsionam a melhorarmo-nos; para pedirmos auxílio a outros que
desejamos ajudar...
“Se eu, pois, não entender o que significam as palavras, serei um estrangeiro
para aquele a quem falo; e o que fala, se-lo-á para mim do mesmo modo. Porque se eu
orar numa língua estrangeira, verdade é que o meu espírito ora, mas o meu entendimento
fica sem fruto. Mas se louvares apenas com espírito, como dirá Amém sobre a tua benção,
o ignorante, depois da tua ação de graças, visto não entender ele o que tu dizes? Verdade
é que tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado.” (Paulo, I Coríntios, XIV:11,14,16
E 17)