Você está na página 1de 210

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENGEKHARIA DE SÃO CARLOS

Departamento de Geotecnia

"ENSAIOS DE LABORAT6RIO EH MECÂNICA DOS SOLOS"

Autores

GENE STANCATI

JOÃO BAP'TISTA NOGUEIRA

ORENCIO f10NJE VILAR

-1981-
Esta apostila foi escrita oara alunos de gr~

duação em Engenharia Civil, de acordo com as disci-


plinas ministradas na EESC-USP, e refletem algumas
situações particulares dos equipamentos existentes
no Laboratório de Geotecnia desta Escola.

As linhas gerais do procedimento de cada en-


saio, pod~~ no entanto,ser utilizadas para qualquer
equipamento, sem grandes alterações.

Procuramos também descrever cada ensaio, em


uma linguagem acessível a profissionais não p~rten­
centes a área geotécnica, e ao oessoal técniéo.

Esperamos ter atingido o objetivo. ·

Os Autores
1 N D I C E

Capitulo 1 - RETIRADA DE AMOSTRAS • • • • • • • • o • • 1

Capitulo 2 - IDENTIFICAÇÃO VISUAL E TÁCTIL DO


SOLO o • o ••••••••••• o o o • o ••••••• 11

Capitulo 3 - DETERMINAÇÃO DOS ÍNDICES FÍSICOS 23

Capitulo 4 - MASSA ESPECÍFICA DOS S6LIDOS ... 31

Capitulo 5 -.ANÁLISE GRANULOMÉTRICA •• o •••••• 42

Capitulo 6 - LIMITES DE CONSISTÊNCIA ........ 62

Capitulo 7 - COMPACTAÇÃO DO SOLO ............ 81

Capitulo 8 - ÍNDICE DE SUPORTE CALIFORNIA.


CBR ............................. 94

Capitulo 9 - COMPACTAÇÃO DE CORPOS DE PROVA .. 110

Capitulo lO - ENSAIO DE PER1'1EABILIDADE ....... 121

Capitulo 11 - ENSAIO DE ADENSAMENTO •••••••••• ':! l 1_8


--~.-~-~

Capitulo 12 - ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO 158

Capitulo 13 - ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL 171

Capitulo 14 - ENSAIO DE COMPRESSÃO SIMPLES ... 197

BIBLIOGRAFIA •••••••••••••• o ••• ~ 207


-1-

CAPÍTULO 1 - RETIRADA DE kMOSTRAS

1. INTRODUÇÃO

A confiabilidade nos resultados dos ensaios de


pende fundamentalmente da qualidade e da represent~

tividade da amostra retirada do solo.

Para que uma amostra represente a camada da qual


foi retirada, devem ser tomados cuidados durante a
amostragem, a fim de se manter a estrutura, o teor
de umidade e a textura. Estes cuidados serão rela-
tados a seguir.

São de dois tipos as amostras utilizadas nos


laboratórios de Mecânica dos Solos: amostras defor-
madas e amostras indeformadas.

As amostras deformadas são representativas dos


solos, quanto a textura e constituição miner.al, não
,.
conservando a estrutura do solo "in si tu", nem a umJ:.
dade do mesmo, no local e data da amostra~em.

Estas amostras são utilizadas nos ensaios de


classificação (granulometria, limites de consistên-
cia, massa especifica dos sólidos) , ensaios de com-
pactação e na moldagem dos corpos de prova com ca-
racteristicas definidas e utilizados nos ensaios de
resistência, compressibilidade e permeabilidade.

As amostras indeformadas são representativas -


do solo quanto a estrutura, umidade, constituição mi
neralógica, além daquelas já mencionadas para as
amostras deformadas.
-2-

Elas são utilizadas quando se quer determinar


.
as características do solo "in si tu", au.anto aos in
-
dices físicos, resistência ao cisalhamento, compre~
sibilidade e permeabilidade.

As amostras indeformadas podem ser obtidas a-


través de amostradores especiais (Nogueira, 1977)
ou retiradas em bloco no fundo de um poço, ou no ta
lude de um corte.

Cuidados adicionais devem ser tomados com as


amostras indeformadas durante o transporte até o la
boratório, e no manuseio das mesmas na fase prepa-
ratória dos ensaios, a fim de que sejam preservadas
as cara~:.:erísticas do solo "in situ".

A seguir será descrito o procedimento necessa-


rio a retirada de amostra indeformada em bloco.

2 . APARELHAGEM

2.1 - Sacos de lona ou plástico para recolher a-


mostras deformadas.

2.2 - Moldes para retirada de amostras indeforma


das (Figura l) .

2.3- Pá, enxada, faca, espátulas.

2.4 -Fogareiro a gas.

2.5 - Parafina.

2.6 - Estopa ou talagarça (entretelas).

2.7- Etiquetas.
-3-

FIGURA 1 - Molde para retirada de amostras indefor-


mada
3. PROCEDIMENTO

3.1 - O poço deverá ser aberto até a mais ou me-


nos 10 em acima da cota de onde vai se re
tirar o bloco (cota0).

3.2 - Caberá ao técnico encarregado da retirada


da amostra, alisar a superfície do solo,
deixando-a mais ou menos 3 em acima da co-
ta O.

3.3 - O molde deverá ser colocado com a ponta bi


selada voltada para o solo.

3.4 - A seguir, o operador começará a cortar o


solo exterior ao molde, e ao mesmo tempo
deverá ir pressionando-o para que ele pene
tre no solo.
-4-

3.5 -A precisao com que o molde entra nos lados


do bloco depende do tipo de solo; para so-
lo argiloso esta folga poderá ser pequena,
enquanto para o material granular, sera
necessário moldar um bloco com dimensões
menores.
3.6 - Assim que a parede do molde chegar ao fun-
do, deve ser colocado parafina no topo do
bloco e a tampa superior.

3.7- A separação do bloco é feita cortando-~ho


rizontalmente por baixo, até que ele possa
ser retirado ou tombado (Figura 2).

! bl
-5-

3.8- Alisar a superficie inferior ~o bloco, co~


:cear parafina, e a:sequir a tampa inferior.

3.9 -A seguir a amostra será retirada do molde,


suas faces laterais serão parafinadas com
uma camada de 5 ~u de espessura, envolta
com estopa (talagarça) e a seguir deverá
ser colocada uma nova cruuada de parafina,
com espessura de 5 mm.
A amostra assim preparada estará em condi-
çoes de permanecer estocada sem perder umi
dade por um periodo superior a um ano, (No
gueira, 1977) .

3.10 - Caso a ruuostra tenha que ser transportada


para um laboratório, utilizando-se de um
veiculo, é conveniente que o bloco seja co
locado dentro de um caixão e apoiaqo em
serragem.

3.11 - Se o bloco estiver sendo retirado ~ob luz


solar direta, é necessário que a area a
ser utilizada seja protegida com um guar-
da-sol, a fim de se evitar perda de umida-
de durante o processo de retirada.

3.12 - A amostra de solo não deve permanecer mui-


to tempo em contato com o metal do molde,
pois poderá ser atacada por este e alterar
sua composição química.

3.13 - Os cuidados descritos nos dois ítens ante-


riores são necessários para a manutençãoda
umidade e estrutura do solo.
-6-

3.14 - Quando se trata de amostra deformada os equi


pamentos utilizados são pas e enxadas no
fundo do poço escavado, no talude de um ror
te ou superficialmente. Pode-se ainda re-
tirar uma amostra deformada através de tra
dos, do tipo cavadeira ou espiral (Figura_ 3).

FIIII~JIIIA 3• TI,.O$ DE TRA$10$

3 .15 - Na retirada de uma amostra deformada can uti


lização de trados, o trado cavadeira é uti-
lizado para profundidades até 6 metr9s, ou
até que o furo necessite de revestimento.

3.16 - A partir de 6 metros passa-se a utilizar ~m


-7-

trado espiral.
3.17 - Para profundidades, onde o trabalho com tra
do se torna difícil, ou abaixo do nível de
água onde se torna ineficaz, o solo poderá
ser amostrado, utilizando-se o barrilete do
equipamento de sondagem a percussao.

3.18 - A amostra deformada, deve ser colocada den-


tro de sacos plásticos ou de lona, conveni-
entemente identificadas para serem enviadas
ao laboratório.

3.19 - Como cuidado adicional deve-se locar a amos


tra na area, e identificar a posição da a-
mostra no local. Assim deve ser colocado
uma etiqueta no topo do bloco, e/ou no saco
com características identificadoras.

3. 20 - Deve ser preenchida a folha de campo;, mos-


trada na Figura 4.

LOCAL SÃO CARLOS

LOCAÇÃO EH PLANTA
BOCA POÇO' 620,00
COTAS

+L
{ BLOCO ' 816,20
l

OATA 21/10178
BARRACÃo

CLASSIFICAÇÃO ' AREIA MÉ"OIA

j .... l À FINA , ARGILOSA, CINZA ES-


CURA.

FI6VRA 4 - LOCAÇÃO OE POÇO


-8-

4. PROGRAMAÇÃO DE ENSAIOS

Para que um programa de ensaios seja cumprido


dentro do prazo estipulado, é preciso que os técni-
cos de laboratório tenham uma visão geral de amo de
vem os ensaios serem realizados; para isto, e conve
niente que se faça um programa com todas as informa
çoes julgadas necessárias.
Nas Tabelas 1 e 2 estão indicados os ensaios a
serem realizados sobre corpos de prova indeformados
e corpos de prova moldados.
CLASSIFICAÇÃO LOCAL SÃO CARLOS

AREIA MÉDIA A FINA POÇO 4 !!I LOCO Ji

ARGILOSA . CINZA ESCURA PROFUNDIDADE s,om

' DATA 17/02/77

DIMENSÕEs DO !!!JLOCO

.
É'W1
1/ / a 25cm
.;r--;:::~..-<---
15/.--
-Ir-_
16 11
1
1:> . 25t11'R
..-: 9 I I
1
1: .

r
c 25Cm
I I 11
IJ I I I I 1 ,I

-'-?
I 1 1 I 1
1li 1
1
I I 1 I1
! 1 I I I 11
IJ 1 I I I I 11

1:.j
}--Ç-../~
,J i I/ / I_, I
II 'I -;rf'- / /
I 'I.,..,.,.,. I,.,.
.).!.: _ _ ...,&____ - -
_, c

L /
-'I/ I
í/"
/

I
I 1:>
"i

ENSAIOS A REALIZAR

DATA
C.P ENSA lO TÉCNICO OBSERVAÇÃO
ÍNICIO

1 Os =0.5 19/2 COM MEDIDA

2
I
Os •1.0
TRIAXIAL
20/2 SIDNEY DE PRESSAD
...
RA.PIDO

s Os•2.o 21/2 NEUTRA

COMPRESSAO
4 19/2 MOLA DE 50KgP
SIMPLES ;


5 ADENSAMENTO 24/2 LUIZ ~· • 0,12 KgP/CIIJ2

CARGA CONSTANTE
6 PERMEABILIDADE 23/2
A H • 40Cm

TABELA I - PLANO OE ENSAIOS - BLOCO


-10-

i AREIA
CLASSIFICAÇÃO '

NÉDIA A FINA , ARSI-


LOCAL

POÇO .1·
..SÃO CARLOS

.SJIU:O ' f

PROFVNOIDADE ' .1.0•


LO.SA, CINZA ESCURA.
DATA' ~1 /-04/??

w0 ,. • '14.9•/.
EN.SAJO PROCTOR NORMAL
~ aax • f.U4 g/clll1>.3
ENERBIA E z 5.4 .trgtl'cm/c-.:1
&Vi' • 18.2 ft/a

OBSERVAÇÃO AMOSTRA DE .SOLO .SECADO À .SOMI!JRA

ENSAIOS A REALIZAR

MOLDA BEM C4HADA DATA rÉc-


OS.SER-
C. R ENSAIO ÍNI- Nl-
V A CÃO
w "/. Ytgom-3 1 N• MA.S.SA g CIO co

TRIAXIAL RA.P/00

1 ~4 Q_.5 15/4
~

.S/0-

2 o, •1.0 13.5 2.036 3 168,6 1.?/4 NEY COM

.1 03 •2,0 19/4 MEDIDA

DE

ADENSADO RA.F!
PRESSÃO

4 03 •0,5 22/4
NEVTRA


s Os •-t.o 13.5 2,036 3 168,6 25,4

LUIZ
6 Os ·2.o 211/4

CARSA
? PERMEASILIOADE 15.5 2.0?2 3 169,6 2/S
I VAR.fAVEL
I

SID- O;· 0,25


8 ADENSAMENTO 15,5 2.0?2 1 1.?8.6 29/4
NEY lrgtl'/t::~

f()

TA BELA 2 - PLANO DE ENSAIOS- MOLOAOO


-11-

u~P!TULO 2 - IDENTigiCAÇÃO VISUAL E TÂCT!L DO SOLO

INTRODUÇÃO

Por oca.sj_ ao da execuçao de 1_;.ma sondagem a pe!:_


::Jssão, ou da re-tirada de amos-tras indeformadas ou
não; o solo é identificado não só em relação ao lo
cal, mas também em relação às caracteristicas de
fácil reconhecimento.

Sendo assim, anotado o local de amostragem, a


medida que o solo vai sendo retirado, ele passa p~

lo que se denomina Identificação Visual e Táctil.


Isso é feito geralmente em campo e eventualmentere
petido em laboratório para confirmação.

Esse procedimento consta essencialmente de


identificar e anotar:

1) a ocorrência ou nao de matéria estranha ao


solo (raizes, pequenas conchas, matéria or
gânica, etc. )
2) a cor natural da amostra
3) teor de umidade
4) minerais reconhecíveis, no caso de solo gr~

nular
5) odores estranhos
6) granulometria

Essa sequência é quase simultânea, e pratica-


mente não exige equipamento, exigindo sim, uma gr..an
de experiência no reconhecimen-to e trato com o solo.

Com excessão da granulometria, todas as obser


-12-

vaçoes sao imediatas. A classificação granulométri


ca, usando-se equipamentos simples, além do tacto,
visão e experiência é a mais difícil e por isso há
alguns testes básicos, que são usados como procedi-
mento de rotina no reconhecimento das amostras.

2 . APARELHAGEM

2.1 - Água corrente


2.2 Bisnaga de borracha
2.3 - Proveta
2.4 - Recipiente de vidro
2.5 - Almofariz de porcelana e mao de borracha

3. PROCEDIMENTO

3.1 - Teste visual e tãctil - Figura 5

Misturando-se uma pequena quantidade de solo


com água, sabe-se que:

- as areias são ásperas ao tacto, apresentam parti~

culas visíveis a olho nu e permitem muitas vezes


o reconhecimento de minerais.

- o silte é menos áspero que a areia, mas percepti


vel ao tacto. Entre os siltes grossos e areia fi
na, a distinção é praticamente impossível, a -o
na
ser com o auxílio de outros testes.

as argilas, quando misturadas com água e trabalha


das entre os dedos, apresentam uma semelhança com
pasta de sabão escorregadia; quando seca,os grãos
finos da argila, proporcionam ao tacto, a sensação
de farinha.
-13-

FIGURA 5 - Teste Visual e Táctil

3.2 - Teste de sujar as maos - Figuras 6 e 7

Faz-se urna pasta de solo + água e esfrega-se


na palma das mãos, colocando-se em seguida sob
água corrente:

- o solo mais arenoso lava-se facilmente, isto e,


os graos de areia limpam-se rapidamente das
-
maos.
-14-

- o solo mais sil~oso só se limpa depois que bas-


tante água correu sobre as mãos, sendo necessa-
rio sempre alguma fricção para a limpeza total.
- o solo mais argiloso, distingue-se pela dificu!
dade de se desprender da palma das mãos, porque
os grãos muito finos, impregnam-se na pele, sen
do necessário friccionar vigorosamente para a
palma da mão se ver livre da pasta.

FIGURA 6 - Teste de sujar as mãos (solo mais arenó


so)
-15-

FIGURA 7 - Teste de sujar as maos (solo mais argi-


loso)
3.3 - Teste de Desagregação do Solo Submerso
Figura 8

Coloca-se um torrão de solo, em um recipiente


contendo agua, sem deixar o torrão imerso por com-
pleto.

- a desagregação da amostra é rápida quando os so-


los são siltosos e lenta quando os solos são argilosos.
-l6-

FIGURA 8 - Teste de desagregação do solo submerso

3.4 - Teste de Resistência do Solo Seco - Figu-


ra 9

Uma amostra de solo seco agregado, pode apre-


sentar grande, média ou nenhuma resistência, quan-
do se tenta.desfazê-la entre os dedos. Isso indi-
ca respectivamente uma grande coesão, dos solos ar
gilosos, pouca coesão para os solos siltosos e ne-
nhuma coesão para os solos arenosos.
-17-

I 8~
'~ l '

FIGURA 9 - Teste de Resistência do solo seco,

3.5 - Teste de Dispers~o em Ãgua - Figura 10

Para esse teste, o solo deve estar completamen-


te desagregado, por isso, deve-se desfazer os tor-
roes com o auxilio de almofariz e m~o de borracha.

Deve-se tomar especial cuidado com os agrega-


dos de solos finos, porque estes s~o muitas vezes
resistentes à desagregaç~o mecânica feita pelo alm~

fariz e m~o de borracha, sendo necessário, oara uma


separaçao perfeita dos gr~os, a adiç~o de deflocu -
lantes.
-18-

Coloca-se uma pequena quantidade da amostra de


solo destorroado, numa proveta com agua; agita-se o
conjunto, provocando assim uma dispersão homogênea
do solo na agua. Deixa-se em repouso e observa-se
o tempo de deposição da maior parte de partlculas
constituintes da amostra:

- os solos mais arenosos assentam suas partlculas


em 30 a 60 segundos.
- os solos siltosos em 15 a 60 segundos.
-
- os solos argilosos podem levar horcs em suspensao.

~ ...

FIGURA lO - 1este de Dispersão em Âgua


-19-

3.6 - Teste de Mobilidade da Água Intersticial


Figuras ll e 12

Faz-se uma mistura homogênea de solo e agua,


até a consistência de pasta, sem chegar ao estado
de lama. Coloca-se essa pasta na palma de uma das
mãos em concha, e com auxílio da outra mão, provo-
ca-se vibrações na pasta de solo. A reação a esse
movimento, é o aparecimento de uma superfície Úm~
da e brilhante, na pasta de solo com a mão em con-
cha; a seguir abre-se a mão, o que provocará o
aparecimento de fissuras e o ressecamento aparente
da superfície da pasta.

O tempo de reação da massa de solo, isto e,


sob as vibrações, rapidamente assumiu o aspecto li
so e brilhante, indica a presença de maior por-
centagem de partículas grossas. Também ao s~_;abrir

a mão, o solo rapidamente se fissura e torna a


absorver a água superficial, indica a facilidade~

movimento de água através das partículas ou prese~

ça de solos grossos.

A reação lenta, tanto no aparecimento da su-


perfície brilhante,como na fissuração reduzida, in
dica a presença de solos finos, ou seja, indica a
dificuldade de movimentação das partículas de agua
aderentes ou coesas às partículas de solo.
-20-

FIGURA 11

FIGURA 12

FIGURAS 11 E 12 - Teste de Mobilidade da Água


Intersticial
-21-

4. OBSERVAÇÃO

Esses testes descritos são simples e um tan-


to rudimentares, contudo eles são de valor inesti-
mável, por isso devem ser feitos com critério.

Corno o solo é urna mistura heterogênea de areia,


silte e argila, com presença ou não de pedregulho,
esses testes servem para classificar a granulorne -
tria predominante da amostra. Isto e, ao executar
a classificação visual e táctil de um solo, deve-
mos chegar a conclusões tais corno:

- a argila siltosa, onde a maior porcentagem de


graos é de argila e urna menor é de silte, ou

silte areno-argiloso, onde a maior porcentagem


de grãos é de silte e uma menor porcentagem, de
partes quase iguais e de areia e argila.

Reside ai a dificuldade da classificação vi-


sual e táctil, isto é, conseguir com poucos recur-
sos, identificar da maneira mais corretapossivel,
a granulornetria percentual da amostra. A expe-
riência e o constante manuseio: são fundamentais p~
ra tal fim.
-23-

CAP!TULO 3 - DETERMINAÇÃO DOS !NDICES FÍSICOS

l. INTRODUÇÃO

A finalidade do conhecimento dos índices físi-


cos é caracterizar o solo, com parâmetros repre-
sentativos do estado em que o mesmo se encontrana
época da amostragem.

No laboratório são determinados diretamente


apenas três índices, quais sejam: o teor de umi-
dade, massa especifica do solo e a massa especifi
ca dos sólidos. Os demais, são calculados através
de fórmulas de correlação entre eles.

A determinação da massa especifica dos sóli-


dos, será descrita no Capitulo 4, ficando 2ste,
restrito a determinação do teor de umidade .e da
massa especifica do solo.

2 • APARELHAGEM

2.1 - Torninho de talhagem - Figura 13


2.2 - Balança de capacidade 1.000 g e precisao
de 0,01 g
2.3 - Berço - Figura 13
2.4 - Paquímetro
2.5 - Estufa, com termostato que permita manter
te '2ratura constante
2.6 - Câpsu~as de alumínio, facas, espátulas.
-24-

/'

FIGURA 13 - Berços e Torninho de Talhagem para cor


pos de prova

3. PROCEDIMENTO

3.1 - De uma amostra indeformada, retirar um pri~

ma com dimensões aproximadas de 7 x 7 x 12 an.

3.2 - Colocar a amostra prismática em um berço e


alisar a base e topo até que se obtenham
superflcies planas e paralelas, e com uma
altura de 10 em.

3.3 - Colocar a amost~a obtida no item anterior,


em um torninho de talhagem e com a utili-
-25-

zaçao de facas e espátulas alisar a super


fície lateral até obter um cilindro com
diâmetro aproximado de 5 em.

3.4 - Obter, pelo menos, três medidas do diâme-


tro do corpo de prova, em alturas diferen
tes, utilizando-se do paquímetro.

3.5 - Obter, pelo menos, três medidas da altura


do corpo, em posições diferentes, utili -
zando-se do paquímetro.

3.6 -Obter a massa do corpo de prova.


3.7- Durante a operação do item 3.3 retirar
amostras de solo, para determinação do teor
de umidade com massa não inferior a 20 g,
e colocar em uma cápsula de alumínio. Es
tas determinações não devem ser inferiores
a 3.

3.8 - Logo apos a colocação do solo nas cápsulas


estas devem ser tampadas, para determina
ção posterior da massa das mesmas.
3.9 - Determinar a massa da cápsula mais solo.
3.10- Retirar a tampa da cápsula, e colocar em
estufa mantida a temperatura constante de
105°C, até constância da massa.

Por constância da massa entende-se, que


entre duas determinações não haja varia-
çao sensível da mesma. O número de horas
que o solo deverá permanecer na estufa e
função do tipo do mesmo.
-26-

Apenas como ordem de grandeza, pode ser di


to que para solos arenosos um minimo de 6
horas e para solos argilosos um minimo de
12 horas de permanência na estufa.

Caberá ao responsável pelo laboratório de-


finir os intervalos de tempo que cada tipo
de solo deverá permanecer em estufa, para
que possa ser considerado seco.

3.11 - Retirada a cápsula da estufa, tampá-la e


deixar resfriar até temperatura ambiente.

3.12 - Determinar a massa da cápsula mais a de so


lidos.

4. CÂLCULO'DOS ÍNDICES FÍSICOS

4.1 - Massa Especifica

A massa especifica do solo, é definida co-


mo a relação entre massa e volume do solo.

M =massa do corpo de prova, obtida em 3.6.


V = volume do corpo de prova, calculado a partir dos
valores obtidos em 3.4 e 3.5.

3 3
As unidades usadas são: g/cm ou t/m .

4.2 - Teor de Umidade

O teor de umidade e definido como a relação


-27-

entre a massa de água e a massa de sólidos, exis-


tente em um mesmo volume de solo.

M
w
w =
M
s

M = massa de agua
w
M = massa de sólidos
s
M == massa da cápsula (tara da cápsula) r obtida
c
anteriormente ao ensaio, ou em tabelas no
Laboratório.

No item 3.12, se determina a massa de sólidos


mais cápsula:

No item 3.9, se determinou a massa de sóli-


dos, mais água e mais cápsula: Ms + Mw + Me.
Assim sendo, tem-se:

. (M s + Mw + Mc ) - (M s + Me) M
w
w = =
(MS + M )
c
- M
c

O teor de umidade é normalmente apresentadoem


porcentagem, sendo maior ou igual a zero, e poden-
do ter como limite superior um valor acima de 100%.

O teor de umidade do solo sera a média aritmé


tica das determinações realizadas.

4.3 - Massa Especifica Seca

Calculada a partir da fórmula de correlação

=
l + w
-28-

As unidade utilizadas são as mesmas que para


massa específica.

4.4 - índice de Vazios

O Índice de vazios também será calculado atra-


vés de fórmula de correlação, admitindo-se conheci-
do o valor da massa específica dos sólidos.

y (1 + w) - y
s
e = - 1 ou e =

o Índice de vazios é apresentado como um nume-


ro puro, sendo maior do que zero.

4.5 - Pbrosidade

A porosidade também será calculada através de


fórmulas de correlação. ~ normalmente apresentado
em porcentagem sendo maior do que zero e menor do
que 100%.
e y (1 + w) - Y
s
n = ou n =
1 + e Y ( 1 + w)
s

4.6 - Grau de Saturação

O grau de saturação será também calculado atr~


ves de fórmulas de correlação, estando seus valores
compreendidos no intervalo fechado O - 100%.

y w y w y
s s
sr = ou sr =
e Y
w (y (l+w)-y)y
s w
-29-

4.7- Massa Específica da Água

Na maior parte dos cálculos em Mecânica dos So


los, a massa específica da água é admitida constan
te e igual a 1 g/cm 3 .

5. EXEMPLO

Para a determinação dos indices fisicos de uma


areia média a fina, argilosa, cinza escura, foi ta-
lhado um corpo de prova do bloco 2 e feitas três de-
terminações da altura e do diâmetro do mesmo, bem
como a determinação da massa.

Durante a talhagem do corpo de prova foram re-


tiradas 5 cápsulas para determinação do teor de umj
dade, conforme mostrado na Tabela 3.

O teor de umidade indicado na parte inferior


da Tabela 3, representa a média das determinações
realizadas.
-30-
!..OCA!.. SA-0 C A RI... OS

CLASSIFICAÇÃO ' li I... OCO i! C.P. ' 3

AREIA MÉDIA A FINA, ARtiU.. O- PROFUNDIDADE IJ,IUI•

tJA, CINZA ESCURA. DATA J!O/OJ!/741

TÉCNICO SIDNEY

TEOR DE VNIDADE

DETERMINAÇÃO 1 2 3 4 5

CAPtJULA N! p 1311 p 93 p 64 p 119 I P135


SdLIDOS -1- TARA +A.I!JUA 9 1'11.47 71.011 20,97 20,74 151,30

SÓLIDOS + TARA 9 111.17 19.51 19,41! 1JJ,:!!1 111.03

TARA DA CAPSULA -9 11,07 10.96 10,95 10,67 11,12

MASSA DE A(GUA -9 1,30 1,!17 1,55 1,53 I 1,:17

MASSA DE sdt...!DOS -9 7,10 8,55 11.47 11,54 6,91

TEOR DE UNIDADE .,. 111,31 111.36 111,30 17,92 111,38

INDICES FISICOS

ALTURA ( '12,51 I 12,5:/ I 11!,50 I em 12,51

.DJÃNETRO f 4,95 J 4,911 I 5,00 em 4,911

A.REA cm2 19,411

MASSA 9 406,17

VOLI/NE cm3 243,69

MAS-SA ESPECIFICA 9cm-3 1,667

TEOR OE 1/NIDAOE .,. 111,25

HAS.SA ESPECIFICA SECA gcm""3 1,410

MA-SSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS gcm""3 2,752

NA.S.SA ESPECÍFICA DA ÁGUA gcm-3 1,000

INDICE DE VAZIOS 0,9112

JI!>OJIIIOSIDADE .,,. 411,11

SRAV DE SATURAÇÃO .,. 53t,7

- , ,
TABELA 3 - DETERMINAÇAO DOS INDICES FISICOS
-31-

CAPÍTULO 4 - MASSA ESPECÍFICA DOS SOLIDOS

l. INTRODUÇÃO

A determinação da massa especifica dos sólidos,


e feita em ensaio a parte, e completa o conhecimen
to dos indices físicos do solo.

O ensaio se compõe de duas partes distintas,


sendo a primeira de calibração do picnômetro e a
segunda a realização do ensaio propriamente dito.

A primeira parte é realizada quando da utili-


zação primeira do picnômetro, ou quando se desejar
verificar a calibração do mesmo.

o procedimento do ensaio, difere em parte de-


pendendo do tipo de solo a ser ensaiado, se argil~

so ou arenoso.

2 . APARELHAGEM
3
2.1 - Picnômetro com capacidade de 500 cm (Fi-
gura 14) .
- . -
2.2 - Termometro, com preclsao de 0,1 o c.
2.3 Balança com capacidade de 1000 g e preci-
são de 0,01 g.
2.4 -Bomba de vâcuo.
2.5 -Água destilada.
o
2.6 -Estufa, com temperatura constante de 105
:t 5°C.
2.7- Câpsulas de alumínio, espâtulas, recipie~
tes de evaporação.
FIGURA 14 - Picnômetro

3. CALIBRAÇÃO DO PICN6METRO

3.1- Deixar o picnômetro seco.


3.2 - Obter a massa do picnômetro seco e vazio.
3.3- Colocar água destilada no picnômetro,atéa
marca de referência do gargalo (a parte i~
ferior do menisco deve tangenciar a marca
de referência) .
3. 4 - Homogeneizar temperatura da água contida no
picnômetro, usando o próprio termômetro.
3.5 - Determinar a temperatura da água em três
0
profundidades, com aproximação de O,l c.
-33-

3.6 - Secar a face externa do picnômetro,. deter


minar a massa do picnômetro mais água, na
temperatura referida no ítem anterior.

3.7- Aquecer o conjunto picnômetro mais água, a


uma temperatura 5°C acima da anterior e re
petir 3.4, 3.5 e 3.6.
3.8 - Este procedimento deverá ser repetido o nu
mero de vezes necessário a se obter um bom
traçado da curva temperatura massa do pie
nômetro mais água, não devendo ser inferi-
or a 5.
3.9 - O intervalo de variaçao da temperatura, d~

verá compreender a mínima e máxima do lo-


Cal do laboratório.
3.10 - Desenhar a curva de calibração do picnôme-
tro, onde em abcissas serão colocadas as
temperaturas e nas ordenadas a mass~ do pi~

nômetro mais água (Tabela 4) .


3.11 - A fim de se verificar as determinações fei
tas, pode-se calcular alguns pontos, atra-
vés da fórmula:

M = M
P
+ V
.p
(1 + ~T x E) (y
w
- y
ar
)

M = massa do picnômetro mais água à tempe-


ratura T°C
Mp =massa
.
do picnômetro
V =vo.lume do picnômetro, na temperatura
p
de calibração
-
T = temperatura da agua em o C
-34-

"'
IJIIICNO.NETRO , !I DATA 'i!JI/'f'f/78 TÉCNICO ZÉ I..UIZ

IJI1ROCESSO EXIJIIERI.NENTAL

DETER.HI.NAÇÁO N!! 1 i! $ <I !I

A
IJI11CNO.HET-RO -1- AOUA ' 11 6.!/I!,H ti!U,i!S 4!11,18 16!16.43 4SIJ,14

TE/l!IPERAT.URA "C '116,0 214•<1 so.s :~s.11 $16,11

IJII.ROCEIJ$0 TEÓRICO

MASSA ""
DO -PICNOHETRO ' g 15<1.32

TEMPERATURA DE CALIBRAÇÃO ' •c i! ti

VOLLI.HE DO PICNOHETRO
.. , t:•$ 500

COEFICIENTE DE EXPANSÃO CÚBICA D"O VIDRO ' •c O,fOIJ X 10-<1

H ASSA ESPECIFICA DO AR • g/t:III03 O, 0012

DETERMINAÇÃO N! 1 2 $ <I

TEMPERAT-URA •c 18,0 2<1.0 so.o 9.5, o

HA.S$A E.SPEC. DA A'9UA g/t:m3 0,99114 0,9972 0,99!141 0,9940

... + A'9UA
PICNOMETRO ' g 4.53,09 6!12,$9 6!11,!17 6.50,110

-
~
-
"t
tl$9
1--f---

~
~ +EXPERIMENTAL
.<e Ci> TEÓRICO
"t
~
6!19
c
lt

-
lo- Q

<~
;:: 651 ~
~Ci)
...
~

...
ll
o
·~ +
Q 650

"t
!I)
".1
"t
\: tf49
JUJ $(} TEMPERATURA f•CJ

TABELA 4 - CALIIJRAÇÃO "


OE PICNOMETRO
-35-

T
c
= temperatura de calibração do picnômetro
0
em c
6T = T - T (positivo ou negativo)
c
E = coeficiente de expansão cúbica do vidro
pirex = 0,108 x 10- 4 c
0

= massa es~ecifica da água a temperatura


T°C
Yar =massa especifica do ar, e considerada -
3
constante = 0,0012 g/cm

4. PROCEDIMENTO DO ENSAIO

4.1 -Material Granular


4.1.1 - tomar uma quantidade de materialgr~
nular, com massa seca da ordem de
300g.
4.1.2 - colocar em estufa e deixar secar
""';

4.1.3 - apos a secagem da amostra, deixar -


resfriar até a temperatura ambiente
4.1.4 - tomar uma quantidade de material da
ordem de l50g e colocar no picnôme-
tro
4.1.5 - colocar 250 cm3 de agua destilada
no picnômetro
4.1.6 - aquecer até a fervura agitando con-
tinuamente, para expelir todo o ar
contido nos vazios da amostra. Até
se notar o não aparecimento de bo-
lhas
4.1.7 -A fervura poderá ser obtida mais fa
cilmente, pela aplicação conjunta -
de aquecimento e vacuo.
-36-

4.1.8- deixar o conjunto resfriar-até uma


temperatura dentro da curva de ca-
libração do picnômetro. Durante o
resfriamento deve-se deixar o con-
junto em repouso.
4.1.9 - completar com agua destilada, o VQ
lume restante até a marca existen-
te no gargalo do picnômetro.
4.1.10 - uniformizar a temperatura da agua
e fazer três medidas em profundida
des diferentes.
4.1.11 - secar o frasco externamente.
4.1.12 - determinar a massa do conjunto (pi~
nômetro, + solo, + água) a uma da-
da temperatura.
4.1.13 - repetir todo o processo para cinco
temperaturas diferentes, e contidas
no intervalo de calibração do picn~
metro.
4.1.14 - terminada as determinações, r eco-
lhe r o material em um recipiente de
evaporaçao e levar a estufa.
4.1.15 - determinar a massa de sólidos utili
zado no ensaio. Esta massa deverá
ser da mesma ordem da grandeza, da-
quela obtida em 4.1.4.

4.2 - Solo

4.2.1 - a massa seca a ser utilizada em en-


saio, dependerá do solo ser arenoso
ou argiloso.
-37-

4.2.2 - para solos arenosos, tomar uma


amostra seca aproximadamente lOOg
e para solos argilosos este va-
lor deverá ser de 70 g.

4.2.3 - o solo não deve ser secado em es


tufa ou a luz solar direta, an-
tes do ensaio. Se possível tra-
balhar com o solo na umidade de
campo.

4.2.4 - tomar uma amostra de solo, homo-


geneizá-la, e retirar duas por-
çoes: uma para três determina
çoes em estufa do teor de umida-
de e uma outra para utilizar no
ensaio.

4. 2. 5 - determinar a massa da amostra uti


lizada no ensaio.

4.2.6 - acrescentar água à amostra do


item anterior, de forma a se ter
uma pasta, que possibilite a co-
locação da mesma no picnômetro,
sem sujar o gargalo.

4.2.7- o material não utilizado no en-


saio, deverá ser colocado em es-
tufa, e obtida a massa seca do
mesmo, para conferência posterior.

4.2.8 - seguir o mesmo roteiro a partir


do item 4.1.5 até 4.1.15.
-38-

5. C.ÂLCULO 00 ENSAIO

5.1 -A massa especifica dos sólidos e definida


como a relação entre a massa e o volume
dos sólidos.

M
s
s =
vs

5.2 - A massa dos sólidos é obtida no final do


ensaio, após secagem do material ut~liza­

do (item 4.1.5 e o correspondente para so


los).
5.3 - O volume de sólidos e dete:rrminado como se
gue:

__7_

~$

FIGURA 15- OETERM!NAÇAO 00 VOLUME OE SOL!OOS

Os esquemas da Figura 15, representam pie


nômetro + água, e picnõmetro + água + so-
lido, ambos com água até a marca de referên
cia no gargalo, e a urna mesma temperatura T0 c.
-39-

No esquema picnômetro + agua, tem-se:

M2 = M
w
+ Jl1p onde

M = massa de agua contida no volume v do


w
picnômetro a temperatura T°C.
= massa do picnômetro.
= massa do conjunto oicnômetro + agua,
o
a temperatura T C.

No esquema picnômetro + agua + sólidos tem


se:

M
1
= M'w + Mp + M
s
onde

M'
w = massa de agua contida no volume V' w =
v - vs
M = massa de sólidos.
s

Fazendo-se: M2 Ml = Mw +M p M' - M M
W· p s

M2 Ml = (M
w
M')
w
M
s

M LIM
w w

Onde LIM e a massa de aqua deslocada pelos


w
sólidos, e portanto

LIM
w
vs = =

Onde Yw = massa especifica da agua a temp~


-40-

ratura ·T o C.
5.4 - A massa especifica dos sólidos sera calcu-
lada por:
M y
y =
s w
·S

5.5 - Para cada temperatura obter os valores de


y , e calcular a massa especifica dos sóli
w
dos.
5.6 -A massa especifica dos sólidos final sera
a média das determinações realizadas.

6. EXEMPLO

6.1 - Calibração do Picnômetro


Na Tabela 4, estão indicados os valores obti-
dos na calibração do picnômetro n9 5, e a curva ob-
tida.
6.2 - Determinação da massa especifica dos sóli-
dos.

Na Tabela 5, estão indicados os valores obti-


dos na determinação da massa especifica dos sólidos.
F
C L A .fl$1/fi"ICA ÇÁO ' LOCAL ' 8ÃO CARLO$
____
' .,
.
.o A r A '
--------
14/111?7
,dll/1!'114 rol .O IA Á PINA, AIUJ!t.o~ IIOND4(fJIIIfH ,.oço AH081"1fA ,9
,JA, CINZA lf#CUIU)
'
lflltojiii'IJNDIDI4DI!! ' 9, (//d/'*
'
" rlfcNICO , '11/.0NEY
..... ,

T'lf!'Oif DI IJHIDAD/If /liA q,SA DE 8Ót,IDOII


------ - -----
-- CAfii~HILA

,"Jo'LIDO:J -~ rAII'A ~ A'EPUA


NR

81
~~'"
~JP,fU
p~

8P,IUI JUidll
P$
- - - r---
CAPI!JUL.,A Nll
AN)'"If!'$

-
DEPOIS
·--
13-,
1--
, ~--~

-
-
---
!lio'LIDO$
"'
r AlfA DA CAP>o/BULA
- ----
,t/f/11/A
1"A/IIIA

,
,
1111,$11

"'·'11
!1.11!
114,f!ill

ft,lfll4
,t,Qifl
Jl/1, (i/IIJ

111,<1(1
..
!I .f?
r411A
NAIIIJA
...
<I OLO ~ CAII't!JULA

CAII'IJYLA

blf $01.0
11
,
9 11PD, fJlJ
1ç;?t{,JI!J

INI?offlfl

------
>-·
.tio'L I D OJI
1-------.
11
"·li" tl/,(11/1
- ''·"'
----
'YIU/111 Df!f tiNIDA DI!
f--·
á!o ?fi,()()
-
TII'0/111 DIE 1/MIOADif •;, ftlloll1 1ii;IJIP ?lloJ/1111 HAI!J.'IA DIE $ÓLID0-8 fiJI.-tl -
--01!1$/f!'lfVAÇiJEJI ---·~·-~-~

. -··
NAI. DI! .SOL, NÃO tl'riLIZAOA !I
1---------
fi
111• .,, . ~
I

NA$. f!J)f!f IJOL. í"AIM lU./ SAIO g (!ltll,lfl<l llfi,PD 1-'


I
~~------
Dll'ri/IIININACÃ() DA HAIUJA llt!Jii'lltCfprfcA DO.S .So'LIIJOIII
-·~~-----~

P'1 CN.JMIO 1/'0


.........
-v• .!1
-
--------- -·-- ~

------ ---· -·-p-- t--·


lfi!CtviJMil1'PIO f ti<.Íi./0.:1!1 ~ Áti'UA JPfl',lltl ?t?,Jit:l !'14.80 ,"f!I,/PO
------ ---- --- . .... ------ ..
fil __..............___ 1'19,.:1$
1- --------' -~---- - - - - - - 1 - - - - - - -1-----------
1 "·(I
7 lli•l P.l! PIA f L' HA I) I( I!."NJIA/0 •c 111,0 ,U,8 11,6 8#, Jl
-·- -~--

.. .. ---- ---------------- ------~-- ·-----..--- ~---~--~-- -------~- ·-------


1
"-~f...'(; N' (!' 't l;· (;, A!'!PU-4 ~111.111' tltl~.ll? tUH,$6 titiO ,ti#
-~ 1--·-------
/ 1
tlllfi,#Jtl
-·----------- ---------------.
·,:J't.//)08
---------~ ... ------ . --
,
------ '-------~- ----.
8((1,1'0
------------ -- .
~.'IP.'"'~•-:·•,c;t
-- . --,,f4tUA ~-- --~------+------
fi~M'I
. . . . . ----.....-----.------.----1
.,.;:.JA âA ll,llfllfl ~.fllll?dl o,l>tJIIP I,!PtiNJ~ ,,!lfl4f
\ Aj~ ~ ·:;,~-~~,;:::::;-;; /f·;l ~~ 4- .;::--;,.;·· -~~L--;;;;-,-;;;;,;'j 41,1/Jtt 1/,§911, 11, ?Jfl
·--····-......-.-· ..... ·--------- . -· ______ ,.,, ... ...,. ..... - /1,1'44' 11,1'#11

1~~---~·;~~:~~~~- .. ~~-~~0~L-IMD_.____~~'---------------~---------~
fi~'* ·I

I ·!:l/t::;. 1 t ..
'·"'"
JJ-.rr:N'IIIINAÇA-t1 DA IIA$IA 1'8111111}/FICA 110:1 IIOÍ.IIJOI
L~--~ ··~- .. ------~-----------------------------!
-42-

CAPÍTULO 5 - k~ÂLISE GRANULOMETRICA

l. INTRODUÇÃO

A determinação da curva granulométrica pode ser


feita através de um peneiramento, para solos gros-
sos (areias e pedregulhos) e de uma sedimentação
para os solos finos (siltes e argilas) .
Quando o solo é formado por uma parcela de so-
lo grosso e de solo fino (mais comum) , a determina
ção da curva grànulométrica é feita através de ~m
peneiramento e sedimentação realizados simultanea-
mente.
A série de peneiras utilizadas em Mecânica dos
Solos, é a, definida por USBS, indo desde a malha 400
(abertura de 0,037 rrm) até a malha 4 (abertura de 4,76 rnrn),
- - Ll. ;---,
constituindo uma progressao geometrica de razao ~~/ 2.

Para efeitos práticos? utiliza-se apenas até a


peneira 200, em ensaios de peneirarnento.
~ conveniente que o conjunto de peneiras a ser
utilizado tenha aberturas que no gráfico esteja~

equidistantes ~mas das outras.

2 • AP ARELHAGR.M

2.1 - Conjunto de peneiras USBS: desde a ri 4


( 4, 7 6 mrn) a # 2 OO (O, 7 4 rnm) , (Figura 16) .
2. 2 - Peneirado r automático ou manual (Figura 16).
2.3 - Densímetro, para medidas no intervalo
0,995 a 1,040 (Figura 17) .
2.4 - Proveta com capacidade de 1000 em 3 .
-43-

2.5 - Dispersar (Figura 18).


2.6 Balança com capacidade 1000 g e preci-
são de 0,01 g.
2.7- Termômetro graduado no intervalo 0-100°C.
2.8 - Cronômetro.
2.9 - Estufa.
2.10- Defloculante.
2.11- Recipientes para secagem do solo, cápsu-
la de porcelana, cãpsul~s de aluminio.

FIGURA 16 - Conjunto de peneiras no vibrador


-44-

FIGURA 17 - Densimetro e Termômetro mergulhados


em agua
-45-

FIGURA 18 Dispersor
-46-

3}~ PROCEDIMENTO

J 1 - Peneiramento

3.1.1 - O peneiramento será utilizado pa-


ra um material granular (areia ou
pedregulho) .

3.1.2 - a amostra a ser ensaiada deverá


permanecer em e·stufa o tempo ne-
cessário para ser considerada se-
ca.

3.1.3 - tornar 100 a 150 q de material se-


cado em estufa, e deixar resfriar
até a temperatura ambiente.

3.1.4- escolhido o conjunto'de peneiras,


mais conveniente parà cada solo,
colocar o solo na peneina supe-
rior (maior abertura) e levar o
conjunto para o peneirador.

3.1.5 - deixar vibrar o conjunto por um


tempo não inferior a lO minutos.

3.1.6 - determinar a massa de sólidos re-


tido em cada peneira e no prato.

3.2 - Sedimentação

3.2.1 - a sedLmentação será realizada com


as partículas das frações silte e
argila (material que passa na #
2 00) .

. 3.2.2 - a amostra nao deve ter sido seca


-47-

da, anteriormente, em estufa ru. ao


sol direto. Se possivel deve es-
ta r em suas condicões naturais.
"
3.2.3 - a sedime..n. tàção ser a realizada com
uma amostra de solo, que deve con
ter de 40 a 70 g de sólidos.

3.2.4 -para isto, determinar a umidade


da amostra e calcular a massa de
solo, necessária para fornecer uma
massa de sólidos dentro do inter-
valo.

3.2.5 - juntar água destilada (aproximada


3
mente 300 cm ) à amostra, e um de
floculante de qualidade e quanti-
dade o mais adequado.

3.2.6 - a escolha do defloculante poderá


"~

ser feita por tentativas em)tubos


c1e ensaios . Os defloculantes mais
comuns sao o silicato de sódio e o
hexametafosfato de sódio.
3.2.7- levar a solução a um dispersar e
deixar que a dispersão se faça de
modo mais conveniente.
3.2.8 - tran.sferir toda a suspensao para urna
proveta graduada, e juntar água des-
3
tilada até completar o vulurre de 1000 an .

.3. -2.9 - misturar, com técnica adequada (ta~

par a boca da proveta com uma das


maos e movimentar a proveta para
cima e para baixo) a suspensão con
-48-

tida na proveta.
3. 2 .lO - colocar rapidamente a proveta so--
b~e uma mesa, e iniciar a conta-
gem dos tempos.
3.2.11 - introduzir o densimetro na suspen
são, realizando leituras no meni~
co forma~o junto a haste do mesmo,
após decorridos 15, 30, 60, 120 e
24:_) segundos, do instante inicial.
(F lgura 19) .

F~GURA 19 -- Leitura de Densidade


-49-

3.2.12 - deteminar a temperatura da sus-


-
pensao.

3.2.13 - repetir os ítens 3.2.9 a 3.2.12.

3.2.14 - repetir os ítens 3.2.9 a 3.2.10.

3.2.15 realizar leituras após decorri -


dos 2, 4, 8, 15, 30 minutOSi 1,
2, 4, 8 horas do instante ini-
cial, levando estas leituras até
24 horas.
3.2.16 ~ para as leituras realizadas con-
forme item 3.2.15, o densímetro
sera colocado antes e retirado a
apos a leitura.
3.2.17 - para leituras que estejam· muito
espaçadas determinar temperatura
da suspensão.
,.
3.2.18 - entre as leituras, o densímetro
e o termômetro deverão ser deixa
dos em uma proveta com agua des-
tilada.
3.2.19 - após a última leitura, transfe-
rir a suspensão da proveta, para
um recipiente de evaporação.
3.2.20 - determinar a massa de sólidosuti
lizada no ensaio.

3.3 - Granulometria Conjunta

3.3.1 -ensaio utilizado para a determi-


nação da curva granulométrica do
-50-

solo que contenha frações grossa


e fina.
3.3.2 - a amostra que conter de 40 a 70 g
de sólidos que passa na # 100.
3.3.3 - separar uma quantidade de solo,
no dia anterior ao ensaio, sufi-
ciente para a realização deste,e,
determinar a umidade do mesmo. t
necessário que esta amostra seja
guardada em lugar onde não perca
umidade.
3.3.4 -para se determinar a quantidade
de solo úmido que se deva tomar,
para se ter uma massa de sólidos
no intervalo definido proceder~

mo indicado a seguir:

1. com uma amostra determinar por


um processo rápido, a umidade
da mesma.

2. tomar uma amostra de solo úmi


do com massa de ordem de 50 g.

3. com esta amostra realizar um


peneiramento por lavagem na
malha 100.

4. o material retido deverá ser


secado por um processo rápi-
do e determinada a massa se-
ca do mesmo.
-51~

5. com a massa seca total da amos


tra e a massa seca retida na
# 100, calcular a porcentagem
retida.

6. com a porcentagem calculada no


item anterior, e escolhido um
valor da massa seca entre 40 e
70 g, e tendo a umidade da amos
tra, calcular a massa úmida ne
cessária para o ensaio.

3.3.5 - tomar uma amostra do solo separa-


do no item 3.3.3, e com massa da
mesma ordem de grandeza da deter-
3
minada em 3.3.4, juntar 150 cm de
água destilada e o defloculante a
ser usado.

Misturar bem, e deixar em repouso


at~ a hora do inicio dp ensaio
(minimo de 6 horas em repouso).

3.3.6 - transferir a amostra para um dis-


persar, tomando o cuidado de não
3
acrescentar mais do que 100 em de
água destilada, e deixar disper
sar por um tempo não inferior a
5 minutos·/

3.3.7- fazer um peneiramento com auxilio


de lavagem, na malha 10~. Figu-
ra 20.
-52-

O material que passa nesta malha


será recolhido em uma proveta, e
o volume deste nao poderá ser su-
3
perior a 1000 cm , no fim do pe-
neiramento.

FIGURA 20 - Peneiramento com lavagem na malha 100


-53-

3.3.8 - o material retido na peneira 109:,


será deixado secar em estufa, e
depois peneirado em um conjunto
de peneiras mais convenientemente.

3.3.9 - com a suspensao que passou na #


lOJJ, será feito uma sedimentação,
devendo ser seguido os i tens 3. 2. 9
a 3.2.18.

3.3.10- apos a última leitura realizada,


passar a suspensão através da pe-
neira 200, recolhendo em um reci-
piente de evaporação o material -
que passa.

3.3.11- determinar a massa de sólidos re-


tido na peneira 200.

3. 3. 12- determinar a massa de sólidqs que


passa na peneira 200.

4. CÂLCULO DO ENSAIO

4.1 - Peneiramento

4. 1.1 - obter a soma das massas de sólidos


retide nas diversas peneiras. A
massa obtida desta forma e a mas-
sa obtida em 3.1.3, deve ser da
mesma ordem e grandeza.

4.1.2 - com as massas retidas em cada pe-


neira e com a massa total, cb~ida

no i tem anterior, calct:-_:;_ar as poE_


centagens retidas err, cada peneira.
-54-

4.1.3 - calcular as porcentagens acumula-


das retidas, para as diversas pe-
neiras.

4.1.4 - com os pares de valores, peneira


porcentagem acumulada retida, tra
çar a curva granulométrica do ma-
terial.

4.2 - Sedimentação

4.2.1 - as massas de sólidos obtidas nos


itens 3.2.4 e 3.2.20, devem ter a
mesma ordem de grandeza.

4.2.2 - os diâmetros equivalentes, serao


calculados utilizando-se da equa-
ção de Stokes:

onde os simbolos, representam:

D = diâmetro equivalente
~ = viscosidade da água, função -
-2
da temperatura em gfs em , e
que poderá ser calculada atra
ves da fórmula:

18,2 X 10- 6
-2
ll = gfs em
1 + 0,0337 T + 0,00022 T2

ou através da Tabela 6.
u: 10- 6 gfscm· 2
•c o. 1 I 3 4 5 d ? I ,
10 1.!1,9(/ 111,Pfil 111,6.!1 fll, 90 91,91 11,(§1 11,31 ff,OGI 10,11 10,!14 \I

Jf() 10,1/GI 10,09 p,,o P,!Jd 1'.94 9,13 1,911 fJ,?I II,!IJI 11,94 ' '

90 8,1d ?,98 ?,()2 7,6(/ ?,50 7,-/5 7,20 J?,Od !I,P!I (/.?fi

40 d,óJ? (.1,5!1 d,4!1 d,!JO d,f!O d,09 !J,f)9 fJ,fJIJ .!J,?GI !J,d9

TABELA 6 - VISCOSIDADE DA AGUA EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA

I
lJ1
lJ1
I

-·---- -·· ·--

Yw ; gcm·J

•c o f !I .9 4 fJ d 7 , p

fO 0,9997 0,999d 0,9995 0,9994 O,P99!J 0,9991 0,9990 0,99011 0,99116 O,PP114

20 0,9982 0,9{}80 0,99?0 O,P9?d 0,9P?3 O,PP?f 0,99dll O,P9d5 0,9949 0,9P{/_O

90 0,995? 0,9954 O,PP!Jf O,p9f.J' O.JJ944 0,9941 0,91'9? 0,9P34 0,9990 0,9P:Id

40 0,9922 0,9919 0,9P1!1 0,9911 O,PPO?' O,PPOll 0,91198 0,9894 0,111190 0,988!1

TA BELA 7 - MASSA ESPECIFICA


. DA
.
AGUA EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA
-56-

massa específica dos sólidos,


-3
g em

= massa específica da água, fun


3-
ção da temperatura, em g/cm .
Tabela 7.

g aceleração da gravidade,igual
2
a 980,665 cm/s .

z = distância entre o centro do


volume do bulbo do densimetro,
e as leituras na haste do mes
mo, em em. Estas distâncias
sao retiradas nas curvas de
calibração do densimetro. Fi-
gura 21.

t = tempo decorrido desde o ins-


tante t = O, até um instante
qualquer, em segundos.

4.2.3 -para o cálculo de z, sera necessa-


rio fazer-se a correção das leitu-
ras realizadas pelo densimetro em
função da temperatura do deflocu -
lante utilizado, Figura 22.
-57-

Z : 1;7,50 - 0,27 f L - 1.000 I ,


Z 16.+2 - 0.27 f L - 1.000 I
t
r

z 15

ALrCJRA

OE

QC/EOA

ztcm I 10

OEN.SIHErRO 6~2~66

<ti min iniciais


átJ111t:TÍ4

0~----------~--------~----------~----------~----~
o ?O 20 30 .{0
LE!rC/RA$ (L-1.000/

FIGURA 21,· ALTURA OE QUEDA z LEITURAS

OENSIHErRO • 6~2~66

OEFLOCCJLANrE , .SILtCA ro DE so'Dto

10 20 30
rEM PERA rCJRA f •c I
1

CORREÇÃO

DA

LEtrCJRA

FíJJRA 22 • CORREÇA O OA LEITURA COM


A TEMPERATURA
I
-58-

4.2.4 - as porcentagens de particulas com


diâmetros menores do que o calcu-
lado no item 4.2.2, serão calcula
dos por:

v
N- = Yc (r. - r )
1 w
y - y
s w

onde, Ys e Yw tem o mesmo signifi


cado anterior,.
V = -
volume de suspensao, em em 3.
M = massa de sólidos utilizado
s
no ensaio, e determinado no
item 3.2.20, em g.
Yc = massa especifica da ~gua, na
temperatura de calibração do
~ o -3
dens1metro, a 20 c, em g an
Y = 0,99823 9 cm- 3 .
c
r.
1
= leituras realizadas na sus
pensão, em cada instante t ..
1
rw = leituras __realizadas da água
destilada a mesma temperatu
ra da suspensão, nos mesmos
instantes t ..
1

4. 2. 5 - com os pares de valores (D ,N) ,


calculados nos itens anteriores,
desenhar a curva granulométrica do
material.
-59-

4.3 - Granulometria conjunta


4. 3 .1 - com o teor de umidade determina-..
do em 3.3.3, calcular o valor da
massa de s6lidos utilizada no
item 3.3.4.
4.3.2 - calcular a massa de s6lidos apos
ensaio, somando as massas obtidas
nos ítens 3.3.8, 3.3.11 e 3.3.12.
A massa de s6lidos apé)s ensaio deve
ser da mesma ordem de grandeza que
a massa calculada antes do ensaio.
4.3.3 - com as massas retidas em cada p~

neira e com a massa total obtida


em 4.3.2, calcular as porcenta-
gens retidas em cada peneira.
Calcular as percentagens acumula
das retidas nas diversas peneiras.
4.3.4- para a parte de sedimentaÇão se-
guir roteiro anterior sendo que
a massa de s6lidos utilizada pa-
ra cálculo da porcentagem e aqu~
la obtida em 4.3.2.
4.3.5 - com os pares de valores obtidos,
desenhar a curva granulométrica
do solo.

S. EXEMPLO

Desenhar c curva granulométrica de um solo da


cidade de São carlos, profundidade de 0,50 m (Ta-
bela 8, Figura 23).
-60-

CLASSIFICAÇÃO LOCAL • SÃO CARLOS POÇO'


AREIA NÉDIA À FINA, AR tU- IJIILOCO ' AMOSTRA N!ll!l PROF.. ·o. 5o•
LOSA, CINZA ESCVRO DATA , INICIAL 1.11/0'1/77- FINAL 15/01/7?

MASSA ESPECt'FICA DOS SÓLIDOS <2,752 gcm- 3 1 TÉCNICO • SJDNEY

V MIDADE DO SOLO DETERNINAÇAO

CAPSVLA Nfl P52 P59 P99 1 - GERAL

SOL. -1- A.VA -1- TARA g\17,90 20,011 20,()() DEFLOC.•HEXA-META-FOSFATO DENc
SO.L/00.$ -1- TARA 9 17,17 1 !J,/!3 19,12 PROVETA NIJ f! OENS. ND 6924d6

i TARA g !t/1,15 11,1 !J 10,60 2 - ANTES DO EN-SAIO


IA.GVA 9 0,7.!1 0,85 0,1/UI MAS-SA DE SOLO g 724.70
.
-SÓLIDOS g 7,02 8,04 8,52 TEOR DE VMIDADE o/o 10,4.$
----
TEOR DE VNIDADE"/a 10,40 '10,57 '10,.$.$ MASSA DE SOL. INICIAL g 112.92

PENEIRAMENTO 3 - APo·s ENSA /O

MA-S-SA SECA~~PORCENT. .!1.1- PENEIRA MENTO


# .,.
,----
22 TOTAL REr.-l4C:Rri RETIDO # 1 0 0 g 64,47

4 - - -
I
- - RETIDO # 2 0 0 g 1,56

- - - - - PRATO g 0,15
"
16 0,19 - 0,19 0,2 0,2 .!1.2- SEDIMENTAÇAO

.10 2.U - 2.84 2.5 2,7 RETIDO_=If:_:__oo 9 10,12

50 UJ,60 - 16,60 16.5 19,2 PRATO -f- TARA


.
g 999.49
~~
-
100

200
42,8+
1,56 10,12
42,84 38,0
- - - - - - - - - --
11,68 10,+ 67,6
5?,2 TARA

PRATO
DO PRATO g

g
963,12

36.3? ><" 36,3?

PRATO 0,15 36,37

SEDIMENTAÇAO
36,52 32,4 '100,0 MASSA

MASSA
SÓLIDOS

DE
!l
SO.LIDOS
46.49

FINAL gj
><II112,6?

DIA HORA TEMPO LEITURAS TEMP. I COR. LEIT.ALT.DE lotAMETRO v 0


/o I Q VE I
MÊ-S iHINVT. MIN. DENS!METRO °C TE MP. COR. QVEDA
em mm I PASSA I
0,25 21,8 22,0 19,00 12,37 0,086 31,0
0,50 21,5 21,6 18,65 12.46 0,061 30,7

13•(}1 1 20,6 20,5 26.4 -2,90 18,05 12,6.!1 0,044 29,8

2 19.7 19.0 16,45 1.!1,06 0,0.!11 27.6

+ 1/J,$ 16,3 15,40 1.!1,$4 O, 022


I 27,1

1$•01 14•~5 o

2 19,0 16,10 12,07 0,030


I 26,1

4 18.2 15,30 12.29 0,022 26,0

a 1?,9 15,00 12,3? 0,015 ! 25.6


15•00 15 16,/J 1$,90 12,6? 0,011
I 2+,0

.!10 16,0 26.6 -2.85 1.!1,15 12,8? 0,0060 I 23,1

15•~5 60 15,3 12,45 1.!1,06 0,0057 I 22.2


I
16•45 120 14.9 12,05 1$,1? 0,00~1 21,6

'1/1•+5 240 1+.3 11,45 1.!1,$$ 0,0029 I 20,7


14•01 8•15 1050 1.!1.9 2-;,7' ' -.!1,.!10 10,60 13,56 0,(}014 11!1,0

13•50 1355 1.!1.2 26,.!1 -2.95 10,25 13,65 0,0012 UJ.9

TAIJELA 11 - ENSAIO OE PENEIFIAMENTO E SEDIMENTAÇÃO


o 200 fOO 50 90 _M__ 11
100
II aI / .
~·---
I I
- - 1-1-- IJ. ____t
2;
I
I I / I I
10
J PO
-------f---
I I
--------!- I I JI
I l v v~' I ~
I
~
:
!lO IJO
I
1:: - - - - !---------- - - f--- -I-
I
I I
I
I
141 I
I
I
I I I

:
Q: .fiO ?O
"(
~
------- f----
I
+-
I
I
:-----1--
I
f- I
I
I

I
:
~
"'"' 40 -
: 60 "(
~ II I
-
I
'
:t
~
\) !JO
---
I i/ : I
!JO
llj
:)
"(

:il:
-,------- r---- - - d 1/
r -
I
: (!I

~
I ,: \ Í( I- I ~ ltt I
141
(!)

;!
;;:
60

~- - --1
I v, -+
I I
I
I
40. (!)

~
0'\
1-'
I
lti ?O ~f ' ' 6·1/p I
I 30
~
liJ
I
(.)
1): li:-. ~-- 1-1'- I I
______j_
I
I
(.)
1):
+-
- +- f-1- + ~.
I \')
()
I I
Q. 80 lo o...
+--.=----- li I I I
--- - -~--·
t---- --- 1- -11I +---____j__
I I I
PO I
10
I I I I

100
PO.OOI 2 3 4 56 ?8PO.OI 2 .fi 4 5 6?8/10.1 I
r
lt : 3 4 !J 6 ? tJ fJ
:
I. O
: 4 11 6
o
OIÂMErR'o 'OOS GRÃos I mm I

E/LAS SI LTE
-------~-------------------------~---------------------------~~----------~
FIGURA 23 - CURVA GRANULOMÉTRICA
-62-

CAPÍTULO 6 - LIMITES DE CONSIST~NCIA

1. INTRODUÇÃO

Os limites de consistência foram introduzidos


para caracterizar um solo quanto a plasticidade.

Os limites de consistência são teores de umida


de que separam dois estados de consistência de um so
lo; tem-se o limite de liquidez (separa o estado li
quido do plástico); limite de plasticidade (estado
plástico do semi-sólido) e limite de contração (es-
tado semi-sÓlido do sólido) .

Os dois primeiros limites sao de determinação


mais frequente, e são também utilizados para a ela-
boração de sistemas de classificação do solo.

são ensaios de rotina em Laboratório de Solos,


devendo-se observar que a sua determinação deve se-
guir rigorosamente a padronização proposta, a fim
de que possam ser comparáveis os resultados obtidos
por laboratórios diferentes.

2. LIMITE DE LIQUIDEZ

2.1 - Aparelhagem

2.1.1 - aparelho e cinzel de Casagrande (Fi


gura 24).
2.1.2 - balança com capacidade de lOOOg e
precisão de O,Olg.
2.1.3 - estufa
-63-

2.1.4 - cápsulas de porcelana e de aluml-


nio, espátula, agua destilada.

1
FIGURA 24 - Aparelho de Casagrande

2.2 - Calibração do Aparelho de Casagrande

2.2.1 - verificar se a altura máxima da e-


levação do ponto da concha que ba-
te na base, está na altura oadroni
zada de 10 rnrn. Para isto utilizar
o calibrador que acompanha o apar~

lho.
Se esta distância for diferenLe da
padronizada, ajustar a con~ha uti-
lizando-se do parafuso de ajusta-
gem (Figura 25 ) .
-64-

PONTO DE CONTACTO
COH A BA.SE

CA/...IBRAOOR
OE ALTGIRA

FI6URA 25 - CALI8RAÇÁO DE ALTURA


DE QUEDA

2.2.2 - verificar se o local da base on-


de a concha bate não está gasto.

2.2.3- verificar se o ponto da concha


que bate na base não está gasto.

2.2.4 - verificar se as dimensões e con-


dições do cinzel estão dentro do
padronizado.

2.2.5 - verificar a resistência dinâ-


mica do material de base. O ma-
terial de base será considerado
dentro dos padrÕes se uma esfera
de aço de 8 mm de diâmetro cain-
do de uma altura de 254 mm, ele-
var-se acima de 180 mrn.
-65-

2.2.6 - verif~ca~ as condições gerais do


aparelho, tais como: o polimento
da parte interna da concha, se o
aparelho permanece em nível quan-
do apoiado sobre os pés e a condi
ção dos mesmos, se não há folgano
sistema excêntrico-manivela.

2.3 -Procedimento
2.3.1 - o ensaio deverá ser realizado com
material que passa na peneira 40
(abertura 0,42 mm).

2.3.2 - o material a ser utilizado no en-


saio não deverá ter sido secadoem
estufa nem a luz solar direta. Se
possível iniciar com o teor de
umidade que o solo tem no c'~po.

2.3.3 - se o teor de Qmidade da amostra-


proveniente do campo, for alta,
deixar secar a sombra uma quanti-
dade de solo suficiente para o en
saio.

2.3.4 - obtida a amostra para o ensaio, -


está deverá ser destorroada e ho-
mogeneizada. Para isto utilizar
almofariz com mão de borracha, a
fim de se evitar triturar as par-
tículas do solo.
-66-

2.3.5 - colocar em uma cápsula de porcel~

na, cerca de 100 g de solo, adi-


cionar água destilada suficiente
para formar uma pasta.
2.3.6 - com a concha do aparelho de Casa-
grande na mão, transferir parte
da massa para a concha. Alisar a
superfície com a espátula, de fo~

ma a obter uma camada de espessu-


ra de 12 mm na seção maisprofunda,e
com um comprimento máximo de 2/3
do diâmetro da concha.
2.3.7- com o cinzel de Casagrande, abrir
uma ranhura ao longo do plano de
simetria do aparelho (Figura 26).

FIGURA 26 - Fenda (aberta) no. solo contido na con-


cha
-67-

O cinzel deve permanecer normal


a concha 1 durante todo o movi-
mento de abertura.
2.3.8 - colocar a concha no aparelho,
tendo-se o cuidado de evitarclo
ques.
2.3.9 - girar a manivela a razao deduas
revoluções por segundo, e ao mes
mo tempo contar o numero de go_!
pes.
2.3.10 - anotar o numero de golpes da
concha na base e necessários p~

ra que as bordas inferiores da


ranhura se unam de 10 mm ao lon
go do eixo de simetria (Figura
2 7) •

FIGURA 27 - Fenda (fechada) no solo contido na con


cha
2.3.11 - retirar cerca de 15 g de solo
junto às bordas que se uniram,e
determinar o teor de umidade do
solo.

2.3.12 - transferir o solo restante na


concha para a cápsula de porce-
lana e misturá-lo com o já exi~

tente homogeneizando a umidade.

A concha deverá ser deixada lim


pa e seca.

2.3.13 -adicionar água destilada à amos


tra (suficiente para aumentar -
de 2% o teor de umidade do so-
lo), e homogeneizar a pasta.

2.3.14- repetir os ítens 2.3.6 a 2.3.13,


até que se tenha 5 pares de va-
lores teor de umidade x n9 de
golpes. Os números de golpes -
devem estar entre lO e 40, sen-
do 2 abaixo e 2 acima e um pro-
ximo de 25 golpes.

2.4 - Cálculo

2. 4 .l - Colocar em um papel semi -logarí trn!_


-69-

co, os pontos representativos dos


pares obtidos, sendo que o numero
de golpes será colocado em abcis-
sas (escala log) e o teor de umida
de em ordenadas (escala natural) .
2.4.2 - traçar a reta que m~lhor se ajuste
aos pontos do gráfico.
2.4.3 - o valor do limite de liquidez do
solo, ser a o teor de umidade cor-
respondente a 25 golpes.

3. LIMITE DE PLASTICIDADE

3.1 - Aparelhasa~

3.1.1 - placa de vidro, espessura 5mm, com


uma face esmerilhada (Figura 28) .
3.1.2 - cilindro comparador com diâmetro -
de 3 mm.
3 .1. 3 - balança com capacidade de lO OOg pre-
cisão de O,Olg.
3.1.4 - estufa.
3.1.5 - cápsulas de aluminio, cápsulas de
porcelana, espátula, água destila-
da.

3.2 - Procedimento

3.2.1 - o ensaio deverá ser realizado com


material que passa na neneira 40 -
(abertura 0,42mm).
3.2.2- igual ao item 2.3.2.
3.2.3 - igual ao item 2.3.3.
-70-

FIGURA 28 - Placa de Vidro e Bastonete para Limi-


te de Plasticidade

3.2.4 - igual ao item 2.3.4.


3.2.5 - colocar em uma cápsula de porcela-
na cerca de SOg de solo, adicionar
água destilada, necessário para
formar uma pasta.
3.2.6 - rolar o solo com a mao (Figura 29)
sobre a face esmerilhada da placa
de vidro, para tanto utilizando a
palma da mão e não os dedos.
3.2.7- interromper o ensaio quando asduas
condições descritas a seguir, fo-
rem atendidas simultaneamente:
- bastonete estiver com diâmetro de ~-
-71-

- aparecimento de fissuras no baste


nete.

3.2.8 - colocar o trecho fissurado do bas-


tonete obtido no i tem 3. 2. 7 ,em uma
cápsula de alumínio, para determi-
nação do teor de umidade.

3.2.9- repetir os itens 3.2.6 a 3.2.8 até


obter um· mínimo de 5 valores do teor
de umidade.

FIGURA 29 - Execução do Limite de Plasticidade


3.3 - Cálculo

3. 3. l - para cada pc:-, t.o determinar a urnida


de do bastonete.
3.3.2 - o limite de plasticidade do solo,
será igual à média aritmética dos va
lores 1 determinado no item anterior.

4. LIMITE DE CONTRAÇÃO

4.1 - Aparelhagem

4.1.1 - recipiente para moldagem do corpo


de prova (Figura 30).
4. l. 2 - placa de vidro 1 com tripé (Figura 30).

FIGURA 30 - Equipamento para Limite de Contração


-73-

4.1.3 - balança com capacidade 1000 g e


precisao de 0,01 g.
4 .l. 4 estufa.
4.1.5 mercúrio.
4.1.6 - cápsulas de porcelana e alumínio,
espátulas, água destilada.

4.2 -Procedimento
4.2.1 - Ídem 2.3.1.
4.2.2 - ídem 2.3.2.
4.2.3- ídem 2.3.3.
4.2.4- Ídem 2.3.4.
4.2.5 - determinar a umidade inicial da
amostra.
4.2.6 - colocar em uma cápsula de porcel~
na, cerca de 50 g de solo e adi-
cionar água destilada o necess~io

para se atingir um teor d~ umida-


de correspondente a dez gdlpes do
ensaio do limite de liquidez.
4.2.7- homogeneizar a amostra do Ítem an
terior, até que a pasta tenha a
consistência necessária ao ensaio.
4.2.8 -untar as paredes laterais e o fun
do do recipiente de moldagem, com
Óleo ou vaselina, a fim de impe -
dir que o solo adira as paredes,
durante a rnoldagem e secamento ini
cial.
4. 2. 9 - colocar no centro do molde uma qu~

tidade de pasta equivalente a um


-74-

terço do volQme do molde.


4.2.10 - dar batidas ligeiras do molde em
uma superfície dura, espalhando
a pasta e obrigando o ar a sair
da pasta.
4.2.11 - repetir o processo até que o mol
de esteja totalmente preenchido
com solo, e todo o ar tenha saí-
do. A amostra deve estar satura
da.
4.2.12 - retirar o solo que excede o mol-
de, para que o corpo de prova t~
nha um volume inicial conhecido.
4.2.13 - obter a massa de solo e molde.
4.2.14 - deixar o corpo de prova secar ao
ar, lentamente, até que se note
uma mudança na cor do mesmo.
4.2.15 - colocar o conjunto na estufa até
secagem.
4.2.16 - detenminar a massa de molde mais
sólidos.
4.2.17 - determinar a massa e o volume do
molde.
4.2.18 - determinar o volume final do cor
po de prova seco conforme descri
çao a seguir.
Imergir o corpo de prova dentro
de uma cuba de mercúrio, utili -
zando-se da placa de vidro com
tripé (Figura 31). O mercúrio
transbordado será recolhido e te
-75-

ra seu volume conhecido, ãvravés


da determinação da massa. O vo~

lume final do corpo de prova se~

co será igual ao volume de mer-


cúrio transbordado.

IG ·I

(;\
40

LU~>)!~\~;:g;~;:;;li]
ANTES 00 OEPOIS 00
(. ~/ ENSAIO ENSAIO

~ 16 pl
3 x 100 x 100mm
f PLANTA J

~~~
_t
~ I I

i:~ ___Jjlllo.s I
f CORTE I

PLACA CON TRIPÉ

F/61/fiA 31- OETERMitVAÇÁO 00 VOLUME 00 C.P.

4.3 -Cálculo

4.3.1 - determinar o teor de umidade da


amostra inicial, w ..
l

4.3.2 - determinar a massa de solo a :ser


colocada na cápsula de porcelana
(i tem 4 . 2 . 6 ) M. .
l
-76-

4.3.3 -calcular a massa de sólidos cor-


respondente a massa de solo do
item anterior.

M.
~
M =
s
1 + w.
~

4.3.4 - calcular o teor de umidade de mol


dagem do corpo de prova, w.
m
4.3.5 - calcular a massa de agua a ser a-
crescentada a massa M. , para pas-
~

sar o teor de umidade w. para w ,


~ m
6M
w
= M
s
(w - w.).
m ~

4,3.6 - calcular a massa do corpo de pro-


va (com teor de umidade de molda-
gero) , M.
rn
4. 3. 7 - calcular a massa especifica seca -
do corpo de prova

M
s
vo

-.. 3. 8 - calcular o grau de saturação do


corpo de prova, com teor de urnida
de de rnoldagern

sr

Verificar se o grau de saturação


satisfaz o item 4.2.11.
-77-

4.3.9 - o limite de contração do solo se-


rá calculado por:

v.l -v f
w
c
= w
m Yw
M
s

onde os di versos símbolos indicam:

w = teor de umidade de moldagem


m
vo = volume inicial do corpo de
prova, igual ao volume do rnol
de.

vf = volume final do corpo de pr~

v a seco.

MS = massa de sólidos.

Ml - Mc
v
o =
13,6

MH g
vf =
13,6

Ml = massa de molde + mercúrio.


M massa do molde.
c

5. EXEMPLO

Determinar os limites de consistência de urna ar


gila silto-arenosa, cinza (Tabelas 9 e 10 e Figura
32) •
-78-
r-
LOCAL ·· ~AIIOTICAI!IAL

CLA.SS/JZ"ICA CÃO ' POÇO • 1 AMOSTRA • -1

AJUII!.. A .SILTO -ARENO-SA, Plf<)Jii'"UNDIDADE , 0,60111>


CINZA DATA, fUI,/ tldi / .?.?

TlffCNICO • ZÉ LUIZ

LINITE DE LIQUIDEZ

DETERMINAÇÃO N~ 1 2 , ,ç s

CA,PSULA· N!! P-$1.? P-11$ P-!11 P-7.:1 P- t<IQ

SÓLIDOS ~A-UA ~TARA 9


.
~if
:'!11;,JJ4 14,11.$ f S. tiS f$,0$ 14,11.$

.SÓLIDOS+ TARA !I ~ 14.41 14,V '?1,49 f$,$.1

-'
TARA g 11,:10 H,44 H,4JI 10.84 H,39

A;I/IIUA g 2.!14 1.41 1,46 1,56 1,31

so'LIDOS · g $,12 2,.?11 :1,41 :1!,61 2.18

TEOR DE-UNIDADE •;., !1.?, <I 5.?,9 !19.4 !19.8 1!11,!1

NVNERO ·J:JE 1/fJOLPE.S 40 3JP :1!5 19 13

LIMITE DE PLASTICIDADE

OETER/I<f!NAÇÃO N! .s 5
1 2
"
CA.P.SULA · N!! P-144 P-!16 P- !19 P-69 p- 10:1

so't..!Do.S ? A.UA +TARA g 1:1.!18 13,/U 12 • .!N H.9!1 12.4.?

.SÓUJ:JD$ -+TARA g 1JI.M 11.82 12,041 H,.?l!!i 12,41

TARA g 11,2!1 10,9.? H,11JI H,OS 11.4?

A'I/IIUA g O,tUI 0.22 0,23 0,19 O,JlS

.SÓLIDOS 9 1,01 O.J!JS 0,1/1/1 0.71 0,9!1

.,,
TEOR DE UNIDADE 21"• .?
I 2S;I1 J!S,II Jl#,ll 26~$

OB.SERVAÇÃO ' EN.SAIO REALIZADO COM SOLO E/11

3VA U/11/DAI>E NATURAL

TA/I ELA 9 - LIMITE DE L!fJ.IJIOEZ E PLASTICIDADE


-79-

CLASSIFICAÇÃO • LOCAL • ..IABVTICABAL POÇO • 1


ARBIL.A S!LTO-ARENC>- AHO.STRA • 4 PROFVNDIDA DE • O,IUlM
SA, CINZA DATA • Oi' rotS 1 TT TÉCNICO • JOSÉ LVIZ

DETERHINAÇAO DO TEOR DE VHIDADE

INICIAL HOLDABEN

DETERHINAÇAO Nll 1 2 .!! 1 2 .!!

CAPSVLA Ng P5 P15 P51 P-5.1 P-130 P-148

SÓLIDOS +A·suA +TARA 9 20,12 2t7,6ó 20,60 17,81 16,26 17,48

SOL IDOS +TARA 9 17,61 18,04 17.10 15,20 14,13 14,91

SÓLIDOS 9 5,21 5,91 6,02 4,18 3,37 4,14

,{SUA 9 2,51 2,82 2,90 2,61 2,13 2,57

TARA 9 12,40 12,09 11,68 11,02 10,76 10,77

TEOR DE UNIDADE "lo 48,2 47.4 46,2 62,-? 63,2 62,1

DETERHINAÇÕES INICIAIS

H ASSA DE SOLO INICIAL g 52,-?8

TEOR DE UH IDADE INICIAL •;. -?7,9

MASSA DE SÓLIDOS g 35,48

TEOR DE UMIDADE DE MOLDA BEM •;. 62,6


f--
MASSA DE SOLO DE I>VOLDABEM g 57,70
--
MASSA DE A'euA À ACRESCENTAR g 5,22

LIMITE DE CONTRAÇÃO

MAS.SA DO /MOLDE + MERCUR/0 I g Mt 179,00

MAS-SA DO MOLDE g Me 11,25

VOLUME INICIAL DO C.P. cmS Voz f Mt -Mel 1.1,6 12,.SS


f---
MASSA DO MERCVRIO DESLOCADO g MHg 90,03
VOLUME DO C.P. SECO cm3 VfzMHg/13,6 6,62

MASSA DO /MOLDE +SÓLIDOS/ g M.s 23,:10


MASSA DE SO.LIDOS g MszM.s-Mc 12,05
---
TEOR DE l/MIDADE DE MOLDAISEM •;. wm 63,4

L/H/TE DE CONTRAÇÃo •;.


- Vo- V f
Wc=,..m-~
Yw-
w 16,0

-
I TABELA lO LIMITE OE CONTRAÇÃO
-80-

...... l/ltJ

~
......
iq -----
C&
"t
...C&
~
~

iq
C&

'=o
li.i
.._

55
10 20 $0 ,ço !lO
ND OE I!JOLPES

FIGI,IRA 32- LIMITE OE LIQI.IIOEZ

RE.SULTAOOS FINA/$ .,.


""'L Wp ""c
59,0 26,!1 16,0
-81-

CAPÍTULO 7 - COMPACTAÇÃO DO SOLO

l. INTRODUÇÃO

A compactação de um solo em laboratório tem à


finalidade de determinar a curva de variação da
massa especifica seca em função do teor de umidade,
para uma dada energia de compactação.

Além desta curva o ensaio apresenta também a


curva de variação. do grau de saturação em função do
teor de umidade.

A energia de compactação e calculada pela fór


mula:
P.L.N.n
E
c v

onde:
3
E energia de compactação (kgf . cm/cm )
c
p peso do soquete (kgf)
L altura de queda do soquete (em)
N numero de golpes por camada
n = numero de camadas
v = volume do cilindro r
,em 3) .

3
Na Figura 33 aparecem o cilindro (V = lO OO em ) f

e o soquete pequenos (P = 2 5 kgf e L = 30,5 em) uti-


f

lizados geralmente para a energia do Proctor Nor


mal, enquanto na Figura 34 aparecem o cilindro
3
(V= 2300 em ) e o soquete grandes (P = 4,5 kgf e
-82-

L= 45,7) utilizados geralmente para compactar ma


terial grosso e para o ensaio CBR.

~ o fl/ 16

_Jw•n...~~
.,. .,
=t
0::. 0::.

"'
150

..

FI61.1!UJ 33 - CILINDRO OE PROCTOR


-83-

'ftS5- I

1'. '~>f
exTensão ~
~l
()
~
1'.

I-- -,.- 't ~

FI6UHA 34 - CILINDRO C8R

Na Tabela ~l est~o indicadas as energias de


cornpactaç~o utilizadas bem corno as possiveis cornbi
nações de equipamento para essas energias.
-84-

SOQVETE CILINDRO
ENER.IA CANADAS •oLPE.S
I kgt' J 1 ca3J

:1!,$ - 3 2$ 1(}()0

NORNAL 2,$ $ 34 2300

4,$ $ f .I 2.100

4,$- !! 1:1! 1000


INTERNEDIAR!A
4,$ !! 26 2.100

4.5 5 :1!$ 1000


NODIFICADA
4,5 !J tiO 11300

TABELA 11- ENERGIA DE COMPACTAÇA-0

Existem basicamente duas maneiras de se con


duzir o ensaio com relação à amostra utilizada.
No primeiro caso, a mesma amostra é utilizada pa-
ra todas as determinações, sendo o ensaio conhec~
do como "com reaproveitamento" ou "com reúso" do
solo.

A segunda opçao ocorre quando se toma uma a-


mostra maior de forma que se possa abandonar após
cada determinação o solo utilizado, assim,para as
determinações sucessivas utiliza-se a porçao da
amostra que restou, isto e, o ensaio é conduzido
sem reutilização do solo.

2. APAH.ELHAGEM

2.1 - Cilindro e soquete (Figura 35).


2.2 Peneiras de abertura 4,76 mm e 19,1 mm.
-85-

2.3 - Balança com capacidade de lO.OOD g e pr~

cisão de 20 g e capacidade de 1000 g e


precisão de 0,01 g.
2.4- Bandejas metálicas, para destorroar e ho
mogeneizar o solo.
2.5 - Destorroadores de madeira ou metálicos.
2.6- Extrator de amostras (Figura 36).
2.7 -Estufa.
2.8 - Quarteador de amostras.
2.9 - Cápsulas de aluminio, facas.

FIGURA 35 - Equipamento Proctor Normal


-86-

FIGURA 36 - Extrator de Corpos de Prova Compactados

3. PREPARAÇÃO DA AMOSTRA

3.1 - Colocar a amostra original num encerado ou


numa bandeja, desmanchar os torrões maio-
res e uniformizá-la.

3.2 - Se a amostra estiver muito Úmida, deixá-la


secar à sombra até um teor de umidade de
cerca de 5% abaixo do teor de umidade óti-
ma pressumivel.
-87-

3.3 -Utilizando um quarteador, reduz2r a amos-


tra inicial até que se tenham as seguin -
tes quantidades aproximadas, dependendo do
cilindro utilizado e do tipo de ensaio.

Tipo de Ensaio
Cilindro
r e uso sem reuso

Pequeno 5 Kg 25 Kg
Grande 8 Kg 42 Kg

3.4 -A amostra assim preparada deverá ser pene~


rada na # 4 ( 4, 76 mm) , procurando-se de.§_
manchar os torrões eventualmente existen-
tes, porém, evitando a quebra dos grãos.

3.5 - Caso se vá utilizar o cilindro pequeno,


deve-se tomar a amostra que passe na pe-
neira # 4.

3.6 -Havendo material retido na peneira# 4 de


ve-se providenciar a sua substituição por
igual quantidade de material que passe na
peneira # 4 e fique retido na peneira
# lO .
3.7- Caso haja grande quantidade de material-
retido na peneira # 4 (acima de lO% em
peso) sugere-se utilizar o cilindro grande.
3.8 -A amostra agora, obtida em 3.3, dev€ -5€~

peneirada na peneira de abertura 19,1 mm,


procurando-se desmaDchar os torrões, po-
rém sem quebrar os grãos.
-88-

3.9 - Havendo material retido na peneira de


19 1 1 mm, procede-se a substituição domes
mo por igual quantidade (em peso) d(' mate
rial que passe na peneira de 19,1 :mm e fi
que retido na peneira # 4 (4, 76 m:m).

4. PROCEDIMENTO

4.1 - Determinar o teor de umidade da amostra -


preparada conforme o ítem 3.

4.2 - Preparar plano de ensaio, calculando qual


o volume de agua a acrescentar em cada
ponto, conforme o tipo de ensaio a ser rea
lizado.

4.3 -ApÓs acrescentada a massa de água necessa


ria para ajustar o teor de umidade do pr~

meiro ponto, homogeneizar toda a massa do


solo. O volume d'água deve ser acr~scen­

tado em quaDtidades pequenas.

4.4 - Colocar o solo solto no cilindro até uma


altura tal que, o solo após compactado t~
nha uma altura igual a l/3 ou l/5 da altu
ra do cilindro, dependendo do numero de
camadas que o ensaio obriga a ter.
Para ensaio Proctor Normal a altura ini-
cial do solo solto dev.erã estar entre me
tade e três quartos da altura do cilindro.

4.5 - Com o soqUéte padronizado, aplicar ao so-


lo o número de golpes especificado, tendo
o cuidado de distribuir os golpes por to-
-89-

da a area do cilindro, de tal forma, que


a energia recebida por unidade de volume
seja a mesma.
4.6 - Repetir os ítens 3.12 e 3.13, tantas ve-
zes quantas forem o número de camadas do
ensaio (3 ou 5).

4.7- Terminada a operaçao de compactação, re


-
tirar o colar. Cuidar para queo solo nao
exceda de 10 mm da borda superior do ci-
lindro Proctor, nem que o cilindro nao
esteja totalmente preenchido.

4.8 - Retirar o excesso do solo, deixando o


corpo de prova com o mesmo volume do ci-
lindro.

4.9 - Determinar a massa de solo + cilindro.

4.10 - Colocar o cilindro no extrator de u~os­

tras e retirar o solo.

4.11 - Determinar a umidade do solo compactado,


retirando do interior da amostra, uma
parte no terço superior, outra no terço
médio e uma no terço inferior, totalizan
do uma amostra com massa aproximada de
100 g, conforme estimado em 4. 3.

4.12 -Se o ensaio estiver sendo realizado com


reuso, fazer o seguinte:

4.12.1 - do corpo de prova, apos retira-


da a amostra para umidade, des-
torroá-lo, e juntar com solo
restante na bandeja.
-90-

4.12.2 - Homogeneizar todo o solo quanto


a umidade.
4.12.3 - acrescentar volume d'água calcu
lado em 4.2, e fazer nova homo
geneização de teor de umidade
do solo.
4.12.4 repetir os itens 4.4 a 4.11.

4.13 - Se o ensaio for sem reuso, fazer o seguin-


te:

4.13.1 tomar nova amostra e acrescen -


tar água conforme plano.
4.13.2- repetir itens 4.3 a 4.11.

4.14 - Para ambos os tipos de ensaios, o número


mínimo de pontos deve ser 5, sendo 2 abai
xo, 2 acima e l próximo ao teor de umida
de Ótimo do solo.

4.15 - O intervalo no teor de umidade entre dois


pontos quaisquer não deve ser superior a
2%.

5. CÂLCULO

5.1 - Para cada ponto calcular:

5.1.1 - a massa do solo + cilindro.


5.1.2 - a massa e o volume do cilindro de
compactação.
5.1.3 - a massa do solo úmido, M .
w
5.1.4 - o teor de umidade, w.
5.1.5 - a massa especifica seca, yd.
-91-

5.2 -Obtidos os pares de valores teor de umida


de, massa especifica seca, colocar em gr~
fico e traçar a curva que melhor se ajus-
te a eles.
5.3- Da curva obtida retirar.o valor da massa
especifica seca máxima (pico da curva) e
o teor de umidade Ótima.

5.4 - Traçar as curvas de saturação para valo -


res de Sr = 100%, 90%, 80% e 70%, a par-
tir da fórmula:
:;
fs s r-',w
yd 0
y
.w
sr + Y
\s rJJ

5.5 - Calcular os valores do Índice de vazios e


do grau de saturação para o ponto de umi-
dade Ótima.

6. EXEMPLO

Determinar a curva de compactação, para energia


-
de compactaçao de E c = 5, 72 K;gf em/em 3 (Proctor tb!:_
mal) de uma areia média a fina, argilosa cinza es-
cura. Os resultados dos ensaios estão na Tabela
12 e Figura 37.
CLASSIF'ICA ÇÁO I
LOCAL I $ÁO CARLO$ fBOÇ011! AHOIJTRA I f
AREIA NÉDIA Á F' INA I ARI!JILO-
PROF'UND. 1 t,oom TÉCNICO I .SIDNEt" DA TA I 1411.11?4
SA 1 CINZA ESCURO

CILINDRO TIPO I PROCTOR


MASSA ESPEC/F'ICA DOS sdL IIJt:~íl
8, ?!18 gom·9
N'9
1 MASSA I .f$60 fi
I VOLUME I 1.000 om 9

MASSA DO CILINDRO + C.P. fi 4 f f !I 4405 4495 44?0 440!1 48411


·----~---- ------- ----- ~--- ---- --- --·--- ~· -~·

MASSA DO C.P. 9 1?95 1!01111 1115 8090 UJIII fPtHI


~·------~ --- -- --· ·- r----~- ,--~~---- -------- ---- r- ~----

MASSA éSPEC/F'ICA gom·9 1,?44 .1!,09!1 8,fld 1.101 8,0.1111 fiP?6


r--------- -~
r-·
CAPSULA NU H-94 M- 6.11 M- d6 M- , , H- P8 H-P4

SÓLIDOS .,. A'euA + TARA g 119' !lO 99,$6 110,05 109,6$ f/!1,?!1 111!11 9!1

so'LtDO.S 105,46 65,99 99,?9 96,4$ 10?,$8 10?,16


I
f TARA g

TARA g
-~----

86,66 26,511 116, !11


----~-

!19.ffJ
r-·
19,11? li 9, 411
""I
1\J

~- r--~~

A'eUA g ?,?11 ?,99 10,1!6 11,40 14,4$ ?tJ,ItO


-·,
SOL/DOS
~----

fi
r-~--
?6,60 !19,47 ?1, 26
~------

69,116 ?8 ,O fi ,,,,.,
0
TEOR DE UMIDADE /o 10,0!1 111,49 14,99 fd,4fJ 16,49 /10,64
~- .. ~- -----~-

MA .SSA E.SPEC/F'tCA $/ECA gcm·$ 1,116!1 1,, 10 f, 8119 1,6 04 1,?1? 1,694
----~-- ~- - ----- ------- --~--~- ---~-·

!NDICE DE VAZIOS 0,?.9d 0,!120 0,480 0,111!5 0 1 d0.9 0,684


r-~~-- - - •' ~- ---~---~~---~~~~--- ------- -~ .. ~~--~- ~---~- 1------~-- ------- ---
GRAU DE SATURAÇÃO •;. .9?, d d5,8 811,5 Od,l 84,4 (1$,8

TABELA 12 - E'NSA /0 DE COMPACTAÇÃO "PNOCTOH NORMAL"


'--·
-93-

.,....
e;
1,9
Ya máx z 1,884 gcm-3

Q F= 5.6+ kgfcm cm-3


1:11
c= 0,641
~'b Sr= 81,2 •t.

10 15 20
UMIDADE", W f •t./

F"I6URA 37 - CURVA DE COMPACTAÇÃO- PROCTOR


NORMAL
-94-

CAPÍTULO 8 - ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA- CBR

1. INTRODUÇÃO

Este ensaio se presta para a determinação do


índice de suporte (California Bearing Ratio - CBR)
de um solo compactado em laboratório, comparando-se
a carga de penetração do solo com a carga de pene-
tração de uma mistura padrão de brita estabilizada
granulometricamente.

A finalidade do ensaio é a de fornecer subsí -


dios para o projeto de pavimentos, determinando as
características de suporte para os materiais de sub
leito e também das demais camadas do pavimento até
a base.

Basicamentem existem duas maneiras de se condu-


zir o ensaio: a primeira delas moldando-se um cor-
po de prova com teor de umidade pré-fixado (em tor-
no do teor de umidade ótima do solo, determinado -
num ensaio de compactação realizado com a energiade
compactação especificada); a segunda delas, efe-
tuando-se a moldagem dos corpos de prova para en-
saio de compactação com posterior penetração desses
mesmos corpos de prova, obtendo-se neste caso, si-
multânearnente, os parâmetros de compactação e os va
lores de CBR do solo.

Constitui rotina, realizar a imersao dos cor-


pos de prova e anotar as medidas de expansao que se
verificam, com o intuito de simular a ação de chu-
vas intensas sobre as diversas camadas constituintes
-95-

do pavimento.

A Tabela 13 a seguir indica as energias de com


pactação especificadas pelo DER~SP.

90LPE.S POR Mqj14ERO DE


ENE84UA DIS.SERVAÇÕE:I
CANADA CAJtfADA.S
--
NORNAL ~~- 5 .SOQVETE DE PE.SO · 4,$ kg' 1

INTERNEDIA.RIA Jlll·
.. ·.s ~ALTVRA DE QVEDA-· 45,?t::l!llf
- · E CILINDRO DE VOLVME
MODIFICADA 11/J.·. - --·c !I : 3.300 t:mS
' . . . ·_o·~\:
·-
TAIIELA 1'_3.·. ::: ÉNER61A DE, éÓMPACTAÇ-;to
- . .
-
":"
: ~-

"
. .-.
~

'~.

2. EQUIPAMEN~Q

de ••. ~ 5, O em que se mo
ve __ a- velocidade de 1, 25;~ mm/min {Figb.ra 38) .
2. 2 - Cilindro de compactaçã() dotado de do lar e
base circular para moldagem dos ~orpos de
prova com as seguintes dimensões: 152 mm
de diâmetro; 177,8 mm de altura _total; dÍs
co espaçador de 50,8 rnm de altura; 127 · mm
de altura efetiva (FigÚra 34).
2.3 - Disco espaçador, disco perfurado provido
de haste ajustável, pesos de sobrecarga,
tripé, extensômetro, papel de filtro
(~ = 15 em) (Figura 39).
2.4- Tanque de imersão (Figura 40).
2.5 - Cronômetro.
2.6 - Extrator de corpos de prova.
-96-

2.7- Balanças com capacidad~ de 1000 g e preci


são de 20 g e de 1000 g e precisão de
0,01 g.

2.8 - Estufa.
2.9 Bandejas metálicas, colheres, facas, espã
tulas, cápsulas de aluminio.

FIGURA 38 - PRENSA CBR


-97-

FIGURA 39 - Equipamento CBR

FIGURA 40 - Tanque de Imersão


-98-

3. PREPARAÇÃO DA AMOSTRA

3.1 -A preparação da amostra segue basicamente


o especificado no ítem 3 - Preparação da
Amostra do Capítulo 7 - Compactação do So
lo.
3.2 - Tomar uma porçao de solo da amostra prepa
rada para determinação do teor de umidade
(w) •

3.3 - Se o ensaio for conduzido com teor de umi


dade pré-fixado, acrescentar água sufi-
ciente para que esse teor de umidade seja
atingido. A quantidade de água a acres -
centar pode ser obtida através da seguin-
te relação:

vw =
1 + w

3
V volume de água (cm )
w
M.]_ massa da amostra (g)
w - teor de umidade Ótima (%) obtido ào
ot
~saio de compactação especiiicaSü
w teor de umiGade da amostra.

3.4- Acondicionar a amostra umidecida em reci-


piente fechado para completa homogeneiza-
ção da umidade, por doze horas.
3.5 - Caso contrário, ensaio de compactação e
penetração simultâneos, separar cinco po~
-99-

çoes com cerca de 7 kg cada da amostra


preparada-de acordo com o item 3 do en-
saio de compactação.
3.6 - Adicionar água a cada porçao, de forma
que a mais seca delas esteja cerca de 5%
abaixo do teor de umidade Ótima presumi-
vel do solo e as demais com teores de
umidades crescentes em intervalos de cer
ca de 2%.
3.7- Acondicionar as amostras umidecidas em
recipientes fechados para completa homo-
geneização da umidade, por doze horas.

4. PROCEDIMENTO

O procedimento a adotar para os dois tipos


de ensaio é semelhante, devendo-se ressaltar que
no caso de compactação e penetração simultâ~eas o
especificado a seguir deverá ser repetido para cin
co ou seis corpos de prova.

4.1 - Prender o cilindro a base, colocando no


seu interior o disco espaçador.
4.2 - Tomar uma quantidade de amostra umideci-
da que seja suficiente para a execuçao
da primeira das cinco camadas, atentando
para que a camada acabada não tenha altu
ra muito diferente de l/5 da altura Útil
do cilindro. Caso se esteja fazendo en-
saio com teor de umidade pré-fixado po-
de-se tomar a seguinte quantidade de so-
lo para uma camada:
Mcamada = ydmáx x 550
-100-

4.3 - Colocar o solo no cilindro e iniciar a com


pactação, procurando distribuir os golpes
por toda a área do cilindro.
4.4 - Repetir essa operação por cinco vezes até
completar o corpo de prova. Determinar o
teor de umidade do corpo de prova retiran-
do solo da primeira e da quarta camada, lo
go apos elas terem sido compactadas.
4.5 - Retirar o colar do cilindro e rasar o cor-
po de prova.
4.6 - Soltar o cilindro da base e obter a massa
do cilindro mais o corpo de prova.
4.7- Inverter o cilindro, de forma que o espaço
deixado pelo disco fique para cima, prend~
lG à base, tomando o cuidado de colocar
um papel de filtro entre o corpo de prova
e a base.
4.8 - Colocar, no espaço deixado pelo disco, um
papel de filtro e sobre esse papel um dis
co perfurado provido de haste ajustável.
4.9 - Colocar sobre o disco perfurado dois anéis
de sobrecarga.
4.10 - Aiustar o tripé ou a barra do extensômetro
para medida da expansão.
4.11 - Colocar o conjunto assim montado dentro do
tanque de imersão, anotar a leitura inicial
do extensômetro e encher o tanque com
água até ultrapassar o cilindro em 1 cm.Re
gistrar o dia e a hora da imersão.
4.12- Registrar as leituras diárias de expansão
por quatro dias sucessivos, e apos a Últi
-101-

ma leitura retirar o corpo de prova de


tanque.
4.13 - deixar verter o excesso de água durante
15 minutos e após retirar os anéis e o
disco perfurado.
4.14 - recolocar os anéis de sobrecarga e condu
zir o cilindro para a prensa.
4.15 - colocar o cilindro em posição, procuran-
do acertar o pistQo de maneira que ele
esteja perfeitamente no centro do corpo
de prova.
4.16 - acionar a prensa para que o pistão toque
o corpo de prova (' exerça sobre o mesmo
uma tensão que corresponda a uma carga
de 5 Kgf.
4.17 - zerar o extensômetro que dará a leitura
das penetrações, cuidando que sua.haste
esteja vertical.
4.18 - dar inicio a penetração do corpo de pro-
va, fazendo com que o pistão penetre a
uma velocidade de 1,25 mm/min.
4.19 - registrar as leituras de deformação do
anel que fornecer3o as cargas para as se
guintes penetraçÕes:
0,63; 1,25; 2,50; 5,00; 7,50; 10,00 e
12,50 mm.
4.20 - descarregar a prensa e retirar o cilin-
dro da prensa. Determinar o teor de umi
dade do corpo de prova utilizando uma
amostra situada a aproximadamente 2, 5 em
abaixo do local de penetração.
-102-

5. CÂLCULO DO ENSAIO

5.1 - Ensaio a teor de umidade pré-fixado.


5.1.1 - determinar o teor de umidade de
moldagem do corpo de prova e ver i
ficar se o desvio de umidade está
dentro do especificado.
5.1.2 - calcular a massa específica apa-
rente seca do corpo de prova e
verificar se ela se enquadra den-
tro dos limites especificados.
5.1.3 -havendo alguma discrepância com
relação ao teor de umidade ou a
massa especifica desejados rejei-
tar o ensaio.
5.1.4 - calcular a expansao do corpo de
prova, com aproximação de 0,1%, a
través da seguinte relação:

E = . 100%

onde:

E = expansao do corpo de prova em


porcentagem.
~F= leitura final do extensômetro
após 4 dias de imersão do cor
po de prova.
~-= leitura inicial do extensôme-
l
tro, antes da imersão.
H = altura inicial do corpo de pr~

va.
-103-

5.1.5 - com os valores obtidos em 4.19,


traçar a curva carga-penetração,
colocando nas ordenadas os valo-
res de carga (kgf) e nas abcis-
sas os valores da penetração (mm).
5.1.6 - caso não haja inflexão na curva
carga-penetração, registrar os
valores de carga F 1 e F 2 corres-
pondentes, respectivamente, as
penetrações de 2,5 rnrn e 5,0 rnrn.
5.1.7- tornar corno valor do índice de Su
porte California (ISC ou CBR) ao
maior dos índices obtidos da se-
guinte forma:

Fl X 100
CBR a 2,5 rnrn
1350

F X 100
CBR a 5,0 rnrn = 2
2050

5.1.8 - caso a curva carga-penetração a-


presentar ponto de inflexão, tra
çar urna tangente por esse ponto
e considerar corno origem das abci~

sas o ponto de intersecção entre


essa tangente e o eixo das abcis
sas. Obter as cargas corrigidas,
tal qual se explica na Figura 41,
e calcular o índice de Suporte
California conforme se explica
em 5.1.7.
-104-

--/
/ / ----
NECE~.SI-1/
v ~

I CURVA .SEH
DADE DE CORRECAO

\ /- v
y /: N --r
/ v/
PENETRAÇÃO PARA
5,0ommCORRI$/DA

v /
/ /--H PENETRAÇÃO PARA
2,50mmCORRIGIDA
l
1/ v
liv ~ 2,50 5,00 7.50 10,00 12,50

PENETRA CÃO EM f mm I

FI6URA 41 - CORREÇÃO DA CURVA CAR6A z PENETRAÇAO

5.2 - Ensaio com Compactação e Penetração Simul


tâneas.

5.2.1 - calcular para cada corpo de prova


o teor de umidade de moldagem e a
massa especifica aparente seca.
-105-

5.2.2 - igual a 5.1.4.


5.2.3 - para cada corpo de prova, repetir
os ítens de 5 .1. 5 até 5 .1. 7 ou,
eventualmente, até 5.1.8.
5.2.4 - traçar a curva de variação do ín-
dice de Suporte Ca1ifornia (ISC
ou CBR) em função do teor de umi-
dade, colocando os valores de CBR
em ordenadas (escala-log) :e os _teo
res de umidade nas abcissas.
5.2.5 - traçar a curva de compactação do
solo.

6. EXEMPLOS

6.1 - Calcular o Índice de Suporte California ··


para uma areia argilosa vermelha ensaia-
da a teor de umidade pré-fixado.
A Tabela 14 a seguir sintetiza o aridamen~

to do ensaio e os resultados obtidos e a


Figura 42 mostra a curva carga x penetra-
çao.

6.2 - Determinar as curvas de compactação e do


índice de Suporte Califórnia em função do
teor de umidade de moldagem para uma areia
fina pouco argilosa marrom.
A Tabela 15 sintetiza os resultados obti-
dos e a Figura 43 mostra as curvas de com
pactação e de variação do Índice de SupoE
te Ca1ifornia com o teor de L~idade.
r-~----------------------.------------,.-------------------
LOCAL ' t::NCRUZILHADA- BAHIA I JAZIDA '09 I AMO.STRA I 04

E"NStl/0 MPACTAÇÃO CARACTE"R(STICAS DE MOLDA(!JEM

1----
l:Nfi:'P/(!)fil NORMAL G_'L:~NDRO. I N• p lL
TARA ; ú1i'i r·n-vOZ:v-~M,--E=---~--=~c-~-:-,=--tl-:-c-m-,"..,--t
so_QUET!!___~_ 2_,_5kgt_L __~NER(!J0_~_!"0Rf.f_A L l 3 ! go/pt~s /camadas)
Yamox ~/<Nt{l 1, 846
r------- ------ILM~A SSA__D_E_SO L O g ' 5P_P_tJ_ _ _ _ _ _ _ _ _--I
Wof I •;. I ' 13,20 TEOR DE UM/DA DE NATURA L •;. 1 1,05
~--
y g/am·3
·---~~-
----------f vo Ni --- u A ~ ADIcIoNA R LU oii ':.."' 3 ' ? !' ~--------------1
' Jl,OPO
MASSA ___ lJMtDA POR CAMADA g 1 1015
CARACTERlSTICAS DO CORPO DE PROVA
TEOR DE UMIDADE MOLDAGEM
---- --
f:--CAPSULA N• 11!11 .1011
------- -- ----------
-- SOLO f CILINDRO g P510
r--s-JLIDOS + A;OUA + TARA g 1301!'P 1Jif,Jl8
1-- ,-- SOLO ÚMIDO 50119
SOL/DOS f TARA 120,24 120,2.1
I
Tt1RA t::S PEC/FICA 2,081 1-'
.. /:~aliA .. -- -----------·-- . -+--·- o
l:SPEC/rtCA SECA g;am·.f 1,89P m
so'LtD<7S 80,02 IJ4 1 1P I
99,tJ
TEOR DE UMIDADE •;. 13118 13,19
RESULTADO.S DO ENSAIO
PENETRAÇÃO EXPANtJÃO
CARO~---- -1-LE~I-~T~U-R-A--~--------~~~----------~
PENETRAÇÃO EXTENSÕMETRO
DIA
lmml I 0,01"/ lkgf/ lmml
f-'-- - - - --------
0,69 0,!10 2.1 ,, f,fp
r--- -1--------
46 -- - Jlf I f,U - ----
1,15 1,00
r-- 1 -------- -· - - -
2,50 1,60 !'9 ,. 1,1'1
1---
!J,OO 2,40 109 4• 1,)1'8 I.S C • !1,9 •;.
f--· - - - - - --------
!',50 .1,00 191' EXPANSÃO
f- - ------~ --~-~-~--·~-

10,00 9,!10 OPERADOR (!}/(!JANTE


1---- .... -. ---- ---- 1!JP-- - - - - 1/?ll
1/ld X 100 8 1 ,..-'f 0/

12,50 4,00 1111 CA'LCULO HA BIB

TABELA 14 ; DETERMINAÇÃO 00 INOICE' OE' SUPORTE' CALIFORNIA


200

1110

1d0 ~
1-10 - ~
..._
.... /
ti>
.}(
'-..

't
(!)
1Jl0

100 -~
v
/
~
I
'<t
1-'
\,) o
_____ -..J
110
v I

/
v
dO

J
40

:lO I
v
o 1/
O O,d3 1,/l!J :l,!JO 5,00 ?,!JO 10,00 11/,!JtJ
PENKrRAÇÃO EM {mm/
FIGURA 42 CURVA CARGA x PE'NE'TRAÇAO
LOCAL ' .SÃO JO.SÉ 00 Pf/0 PPfE"TO JAZIOA I 111
ENE"Pf~IA 1 MOO/F/CAOA TE" O !f 0/!: UMIOA OE OA A MOS TPfA 1 fPI4 °/o
cA'LcuLo 1 HA sts oPt:PfAOOPf 1 eti!IANrt:
1-- -----~- - --~ ---~----------------
CAPfACTt:Pfl.srtCAS OOS éOPfPOS OE 1-PfOVA

Of OI 0.1 0-1 05
-- -- - ---- -- - ------ -
fO ?.1 1-12 212 IPO
g 9?0 1010
118 119
/UI f 1.120
g <lf2f 4125
I
-f C/LINOPfO g llt/90 81180 flfOO 11250 1-'
g 4509 41'115 491'0 51211 50119
o
00
--iilari{" , tu,
I 2,090 11.152 /1, f 110 I
TE"OPf 0/!: UMIOAOE" •1. 91 I'? ,,1 f(J fl,d9
-----c----
fd,04
,_f.?Ãs-.M
-~~~--

-isP/Ec/P.t-cA st:cA gloni-;g 11?1'0 1,046 f,PfO f.OO?

Pft:.SULTAOO.S 00 ENSAIO

EXPANSÃO
1------ -
"I•
:rsc o 2,5mm 11
1---~·-
:r .s c o 5,0 mm d
1--------- "
IS C FINAL d

T-48ELA 15 DETERMINAÇÃO 00 ISC COM COMPACTAÇÃO


E PENETRAÇÃO SIMUL TÃNEAS
-109-

70 70
I I I I I I I II
60

50
i
.~.:"""
- ............ ,.._
60

50

40
I \ \
~
30
1/ i\
lt
llll
~
J!O
I \
15
1
I 15

10 I
7
9
7
7
I
5
10 11 12 13 14
I
15 16

1.__
2000
,.

...
~
1900 ..-+-
........._
.,
~ai I
r------.
...()"> - +/
.... E
.... , 1800
/
[,.+•.---v
-~I>
IJ ~
~ai .....
.,
Q.

111

.,.,... 1700

... ' ~ I EXPANSAo!


:t

1600
~ -i_ I
o
10 11 12 13 14 15 16 17
UMIDADE (•!./
F16URA 43- CURVAS DE COMPACTAÇÃO E DE VARIAÇÃO DO
ÍNDICE OE SUPORTE CALIFORNIA COM O TEOR
DE UMIDADE DE MOLDA GEM
-110-

CAPÍTULO 9 - COMPACTACÃO DE CORPOS DE PROVA

1. INTRODUÇÃO

Em obras de solo compactado, como aterros e


barragens, é necessário e muito importante que se
-conheça, antecipadamente à construção, alguns par~
metros críticos do solo.

Conhecidos os parâmetros de compactação (Ydmáx'


w t) do solo da área de empréstimo, bem como as
0
especificações de construção (GC e ~w) , é possível
moldar, em laboratório, corpos de prova com essas
características que fornecerão, de antemão, para-
metros de ~nteresse do solo.

Esses parâmetros são resultantes de ensaiosde


permeabilidade, compressão simples e triaxial, ci-
salhamento direto, adensamento, tração, etc.

2 . APARELHAGEM

2.1 - Cilindro e soquete (Figura 44), apropria-


dos ao ensaio a ser executado com o corpo
de prova compactado.

2.2 - Balança com capacidade de 1000 g e preci-


são de O, Ol g .

2.3 - Bandejas metálicas para destorroar e homo


geneizar o solo.

2.4 - Extrator de amostras.

2.5 - Cápsulas de alumínio e facas.

2.6 -Funil de material flexível e bico largo.


-111-

FIGURA 44 - Conjunto de Compactação - Cilindro


Soquete

3. PROCEDIMENTO

3.1 - Preparo do Solo

3.1.1 - O solo a ser compactado deve ser


destorroado e peneirado na penei-
ra # 4.
3.1.2 - Determinar a umidade do solo a ser
compactado.
3.1.3 - se o solo estiver com umidade aci-
-112-

ficada pelo projeto,

2sp c:t.
se.:-:<"::,:- 2. a. ·essa
- se o selo estiver co~lu. lJ.rnidadrs
xo da especificada , ::leve
sp
se acrescentar água suficiente p~
ra que esta seja atingida.
Isto é, o volume de água a ser
acrescentado ao solo nesse caso
sera:

M
vw =

sendo:
3
V (em ) volume de agua a acres -
w
centar no solo.
M (g) massa total do solo na umi
dade natural (deve ser su-
.Perior às necessidades do
ensaio) .
w umidade natural do solo (menor
1
que a especificada em projeto).
w umidade especificada em proj~
esp
to.
massa específica da água, (p~
3
de ser adotada l g/cm ).
3.1.5 - se for acrescentado agua para atil1
gir a umidade Wespr deve-se homo-
geneizar bem a massa solo + agua.
destorroando e peneirando novarnen
te se necessário.
-113-

3.2 - Execução do ensa~o

3.2.1 - escolher o modelo de cilindro de


compactação apropriado ao ensaio
que se pretende executar com o cor
po de prova {Figura 45) • Junto com
o cilindro, deve-se ter a base e
o cabeçote a serem adaptadas ao
soquete de compactação.

FIGURA 45 - Cilindros de Compactação


-114-

3.2.2 - determinar a massa Me e as me-


didas internas exatas do cilin-
dro bem como seu volume inter
no, Vc.
3.2.3 lubrificà.r levemente as paredes
internas do cilindro.

3.2.4 - fixar com segurança_, o cilindro


à base de armaçao do soquete,
(Fi·gura 44) •

3.2.5 - descer o soquete até a base do


cilindro vazio.

3.2.6 - o corpo de prova pode ser com-


pactado em 1, 3, 5 ou mais ca-
madas. Esse numero de cama-
das, n co é uma especific~ção de
projetó, ou do ensaio a que o
corpo de prova se prestará. Mar
car, a partir de uma referência
qualquer, na haste do soquete,.
as alturas iguais das n cama-
c
das a serem compactadas no ci-
lindro, no sentido de cima para
baixo, completando a altura to-
tal, h , do cilindro (Figura 46).
c
3.2.7- levantar o soquete, travando-o
acima do cilindro.
C:.ê.S

v
c

;:;r..âe:
-116-

M
c
= massa de solo a ser usada para
compactar o corpo de prova (g) .
vc = volQme do cilindro = volume do
3
corpo de prova compactado (an ) .
y massa especifica natural do so
3
lo comoactado (g/cm ) .
y = yd (l + w esp )
yd = massa especifica aparente seca
do corno de orova a St'r compac
3
tado (g/cm ) .
(G.C.) X yd _
max
GC = Gráu de Compactação, especifi-
cado em orojeto.
massa esoecifica aparente seca
máxima determinada no Ensaio de
-
Compactaçao desse solo (g/an 3 ) .

3.2.9 - da massa (M) do solo previamente


preparado no Item 3.1 retirar solo
suficiente para determinação da umi
dade em três cáosulas.
3.2.10 - tomar agora da massa (M) de solo
previamente preparada no item 3.1,
uma auantidade
-- Mc . Dividir esse so
lo em oartes iguais de forma que
me = Mc/nc ou seja, a massa de solo
me' representa a auantidade de solo
a ser comnactada, em camadas de al-
tura h /n .
c c
-11 7 -

3.2.11 - com o auxilio de um funil flexi


vel, introduzir a primeira par-
cela de solo m dentro do cilin
c
dro (Figura 47).

FIGURA 47 - Introdução do Solo no Cilindro

3.2.12- destrava~ o soquete e ocmpactaro


solo da primeira camada até a
haste do soquete, atingir a pr~

meira marca de referência dahas


te, isto é, até atingir a pri-
-118-

meira parceia h /n , no sentido


c c
de baixo para cima. Parar a
compactação (Figura 48).

FIGURA 48 - Compactação de uma camada

3.2.13 - levantar o soquete, travando-o


novamente acima do cilindro.
3.2.14 - com o auxílio de uma faca, es-
carificar a superfície compac-
tada da 1~ camada.
-119-

3.2.15 - com o auxilio do funil, introd~


zir a segunda parcela de solo
m , dentro do cilindro.
c
3.2.16 - destravar o soquete e compactar
o solo da segQ~da camada, até a
haste do soquete atingir a se-
gunda marca de referência da
haste, isto e, a segunda parce-
la h /n , no sentido de baixo -
c c
.para cima. Parar a compactação.

3.2.17 - repetir o procedimento até com


pactar todas as parcelas m de
c
solo nas n camadas, de alturas
c
iguais, utilizando todo o solo
M , completando a altura h do
c c
cilindro.

3.2.18 - desprender o cilindro da base e


com o auxílio do extrator, ti-
rar o corpo de prova do. cilin -
dro (Figura 49).

3.2.19 -pesar o corpo de prova.

3.2.20 - tomar três medidas de altura e


três medidas de diâmetro do cor
po de prova compactado.

3.2.21 - iniciar com esse corpo de prova


compactado o ensaio de interBs
se.
-120-

FIGURA 49 - Extração do Corpo de Prova


-121-

CAPiTULO lO - ENSAIO DE PERJV!EABILIDADE

l. INTRODUÇÃO

~A determinação do coeficiente de permeabilida-


de em laboratório, embora ensaio de rotina, aPrese~

ta uma série de dificuldades, que se não forem con-


-tornadas poderão alterar o resultado do ensaio.

-:;;A montagem do corpo de prova no permeâmetro, e


a consequente impermeabilização da área do mesmo não
ocupado pelo corpo de prova, a saturação do corpo -
de prova e a utilização da água deairada durante o
ensaio, são as principais dificuldades que precisa-
rao ser vencidas, e que alteram subitamente os re-
sultados do coeficiente de permeabilidade.

O ensaio exige que o corpo de prova fique na


vertical, e portanto devem ser tomados cuidados du-
rante a montagem.

~A saturação de um corno de prova node.ser u~

processo dificil e lento dependendo do solo ser ar-


giloso ou nao.

A utilização de agua deairada durante o ensaio,


sera necessário para se evitar a introdução de bo-
lhas de ar. Esta água deve ser preoarada com ante-
cedência evitando-se que depois ele absorva ar nova
mente.

O Coeficiente de Permeabilidade pode ser deter


minado em Laboratório, através dos ensaios de car~~
constante ou carga variável.
-122-

O ensaio de carga constante se aplica melhor a


solo com permeabilidade alta, enquanto que o ensaio
de carga variável a solos com oermeabilidade
baixa.
Para a determinação do coeficiente de oermeabi
lidade de solos argilosos, é mais conveniente a de-
terminação durante o ensaio de adensamento.

2 . APARELHAGEM

2.1 - Permeâmetro (Figura 50)


~}/<) x~(:>./)-/ r>' ';~>_: ::.-
2.2 -Terninho de talhagem
2.3 Balança com caoacidade de lOOOg e precisão
de O,Olg

FIGURA 50 - Permeâmetro
-123-

2.4 - Estufa
o
2.5 - Termômetro, com precisão de 0,1 C
2.6 - Água deairada, recinientes de evanoração,
cápsulas de aluminio
2.7- Painel de permeabilidade (Fiqura 51)

FIGURA 51 - Painel de Permeabilidade

3. PROCEDIMENTO

3.1 - Preparo do corpo de prova


3.1.1 - retirar de uma amostra indeformada
(bloco ou tubo) , um prisma com di-
mensões aproximadas de 70 x 70 x
lOOmm com o eixo vertical no senti
do em que se quer medir a nermeabi
lidade.
-124-

3.1.2 - colocar este prisma de solo em


um berço, alisar a base e o topo
da amostra, até obter superficiés
planas e paralelas.

3.1.3 - colocar a amostra assim prepara-


da no torninho de talhagem e ali
sar a superficie lateral até
obter um cilindro com as dimen-
sões de 50 mm de diâmetro e 8Ô mm
de altura.

3.1.4 - durante o processo de talhagem -


do corpo de prova, retirar mate-
rial necessário à determinação
de pelo menos três teores de umi
dade do solo.

3.1.5 - com o paquimetro determinar em


posições diferentes três medidas
de diâmetro e de altura do corpo
de prova.

3.1.6 - se a determinação for em um cor-


po de prova compactado em labora
t6rio, os itens 3.1.1, 3.1:2,
3.1.3, 3.1.4, nem sempre -
sao
necessários.

3 .1. 7 - determinar a massa do corpo de


prova.
3.1.8 - colocar parafina na superficie -
~~ lateral do corpo de prova, a fim
de evitar percolação d'água radial.
-125-

f\
3.1.9 - colocar na base do permeametro, -
uma camada de areia grossa, com
'
espessura da ordem de 20 mm. Esta
camada de areia servirá de apoio
ao corpo de prova e camada drenan
te a jusante.

3.1.10 - apoiar o corpo de prova sobre a


~ areia, tomando cuidado para que
ele fique vertical. Colocar par~

fina não muito quente, a sua vol-


ta até a altura de 1/4 do corpo
de prova.

3.1.11 - colocar uma pasta de bentonita e~


volvendo o corpo de prova até 3/4
de sua altura.

3.1.12 - colocar parafina até completar a


altura do corpo de prova.

3.1.13 - colocar sobre o ~orpo de'prova


uma camada de areia média a gros-
sa com uma espessura de 20 mm (Fi
gura 52).

3.1.14 - a saturação do corpo de prova de


~ vera ser feito por processos de
circulação d'água durante algum
tempo ou por saturação por con-
~~~P.~~~s~o~.
-126-

LE6ENOA

D AREIA

PARAFINA

~ BENTONITA

D CORPO OE PROVA

Fl6lJRA 52 - CONTE ESQUEMÁTICO OE UM


PEHMEÃMETRO

3.2 - Ensaio a Carga Constante

3.2.1 - para a realização do ensaio de


permeabilidade a carga constan
te 8 será utilizado o esquema in-
dicado na Figura 53.
-127-

RE.SERVATÓR/0
DE A'8u.A

TERMÔMETRO

R E.SERVA TÓRIO
DE ,t{GUA

FIGURA 53 -P.IHNÉL DE PERMEABILIDADE


A CARGA CONSTANTE

3.2.2 -·determinar o valor da carga que


deverá permenecer constante duran
te o ensaio e que é a distância -
de níveis d'água de :rn::mtante e jusante.
-128-

3.2.3 -permitir que a agua percole atr~


vés do corpo de prova, durante
um certo tempo.
3.2.4 - recolher a agua que percola atra
vés do corpo de prova, até um vo
lume da ordem de 100 cm 3 , deter-
minando o tempo necessário para
este preenchimento.

3.2.5 - determinar a massa de agua perc~

lada, (item 3.2.4).

3.2.6 - determinar a temperatura da agua


utilizada no ensaio.
3.2.7- repetir os itens 3.2.4 a 3.2.6-
pelo menos 5 vezes.

3.2.8 - após desmontagem do ensaio, reti


rar do interior do corpo de pro-
_va, em posições diferentes, amos
tras para a determinação de pelo
menos três teores de umidade.

3.3 -Ensaio Com Carga Variável

3.3.1 - para a realização deste ensaio


sera utilizado o esquema indica
do na Figura 54.
-129-

TUBO OE CAR9A
VAR!A'VEL

TERMÕMETRO

~~\
\-\l
,v
RE$ERVATÓR!O
OE A'BUA

FIGURA 54 - PAINEL DE PERMEABILIDADE


PARA CARGA VARIÁVEL
-130-

3.3.2 - determinar o diâmetro interno do


tubo de carga.

3.3.3 - fazer duas marcas de referência


ao lado do tubo de carga a ser
utilizado, e que determinará o
início e o fim do ensaio.

3.3.4 -permitir que a água percole pe-


lo corpo de prova durante algum
tempo, até atingir a marca infe-
rior. Repetir algumas vezes.

3.3.5 - o volume d'água no início do en-


saio, deverá estar acima da mar-
ca superior.

3.3.6 - iniciar o ensaio. Quando ovo-


lume d'água (menisco) estiver no
mesmo plano da marca superior, -
iniciar contagem de tempo.

3.3.7- quando o volume d'água (menisco)


atingir plano da marca inferior,
parar a contagem do tempo.

3.3.8- repetir os itens 3.3.6 e 3.3.7,


pelo menos 5 vezes.

3.3.9 - apos desmontagem do corpo de


prova, retirar do seu interior,
amostra em posições diferentes -
para determinação de pelo menos
três umidades.
-131-

4. CÂLCULO

4.1 - Ensaio a Carga Constante


4.1.1 - calcular o diâmetro e a altura me
dios do corpo de prova.

4.1.2 - calcular a área e o volume do cor


po de prova.

4.1.3- com a massa determinada em 3.1.7


e o volume, calcular a massa esp~

cifica do solo.

4.1.4 - calcular o teor de umidade do cor


po de prova antes do ensaio.

4.1.5 - calcular a massa especifica seca,


indice de vazios e grau de satura
ção do corpo de prova.

4.1.6 - o coeficiente de permeabilidade -


será calculado pela fórmu~a:

V H
K
A L t

onde:

V =volume d'água percolado no


tempo t, em cm3 .
. H = altura do corpo de prova, em an.
A = area
,... do corpo d e prova em em 2
L = altura da carga, constante du
rante o ensaio, em em.
-132-

t = tempo decorrido, para percolar


no volume V, em s.

4.1.7- calcular o teor de umidade do cor-


po de prova apos o ensaio.

4.1.8 - calcular os indices flsicos apos o


ensaio.

4.2 - Carga Variável

4.2.1 - calcular a area e volume do corpo


de prova.

4. 2. 2 - calcular os lndices flsicos do cor


po de prova antes do ensaio.

4.2.3 - o coeficiente de permeabilidade -


sera calculado pela fórmula:

A H L
c o
K = 2,3 log
A t

onde:

A
c
= area interna do tubo de car-
ga, em cm 2
L , L 1 = alturas dra carga, nos
0
instantes inicial e fi-
nal, em em e os demais
simbolos são os mesmos
definidos em ensaios a
carga constante.
-133-

4.3 -Calculando o coeficiente de permeabilid~

de a uma temperatura T°C, o mesmo deve


o
ser calculado a temperatura de 20 C, a-
através da relação:

onde:

K20 coeficiente de permeabilidade a


20°c.
KT = coeficiente de permeabilidade a
0
T c.
J.lT = viscosidade da agua a T°C.
].1 2o viscosidade da agua a 20°c.

A relação T/T 20 = ck em função da tempe-


ratura está dada na Figura 55 e na Tabe-
la 16.

5. EXEMPLO

Determinar o coeficiente de permeabilidade -


de urna argila areno-siltosa, vermelha escura, e
de uma areia média a fina argilosa cinza escuro.

Os valores obtidos durante ensaio estão indi


cados nas Tabelas 17 e 18.
id

16 / s ,')
r T r CK
r CK
CK CK •c
•c •c •c

10 1,298 16 1,106 22 0,952 2tJ 0,82{)

··1-------·· - - - - - - - - - - - - - - · - - - - - - - - 1------ 1---------


11 1,263 1? 1,0?(} 23 0,930 29 O,(}?f

--~--~----·- · · - - - - ------------- ----·------- - I


1-'
12 1,220 10 1,051 24 0,900 30 0,?9.9 w
lJl
1----·-- - - - - - - - - - - -1 - - - -·-·------------- -- I
18 1,195 19 1,025 25 0,00? 9 1,336

. - ---- - . - - - - -

14 1,165 20 1,000 26 0,06? o 1,.9?5

1-- ...... --------


15 1,1.95 21 0,9?5 2? 0,04? ? 1,416

TABELA J(J -FATOR OE CORREÇAO CI(


CLASSIFICAÇÃO 1
LOCA L ' SÃO CARLOS POÇO • BLOCO I C.R • 2
AREIA MÉDIA A FINA, ARGILOSA, C/N·
ZA ESCURA
PROFUNDIDADE • m DATA 10?/051?? Tt!CNICO • SIDNEY

TEOR DE UMIDADE CARACTERlSTICAS GERAIS DO C.R

ANTES DEPOIS DIÂMETRO om 6,PP

CAPSULA N' p 59 p 99 p 11? ALTURA em 11,?1


f- -,-
SOL/DOS f TARA ,. A'euA 9
~ -·-~--

25,1? 25,.1?
-

2?,?9

SÓLIDOS + TARA 9 2.1,5!1 2.1,65 25,86 VOLUME


- ---
1-
9 ??,19 10,60 10,{)? MASSA 9 6611,!10
--- -I - -- ---- ------
"(I
--

9 1,62 1,?2 1, p!J MASSA ESPECIFICA gcm·.1 1, (J


--~-
--- -- -- -------
SÓLIDOS g 12,.16 1.1,05 14,89 MASSA ESPEC. SECA gom·.1 f, .116
- ----- ------- -
TEOR DE UMIDADE % 1.1, f f 1.1, 1 (J 12,96 lNDICE DE VAZIOS f,OPII
----'------- ------ ----- --- - - - -
--- --~---- ----·- ------- I
TEOR DE UMIDADE , INICIAL 1.1,08 •;.- FINAL •;. MASSA ESPEC/FICA DOS SÓLIDOS 9cm·.1 .1,446 f-J
f------ - -~- w
D
C.P I
MOLDADO IX)
NATURAL
?0,0 •;. i--
PERMEAMETRO
GRAU

Nl 2
DE COMPACTAÇÃO
GRAU DE SATURAÇÃO • INICIAL .12,8°/o- FINAL
"'I
1-----------------------~----- -- '---- ----------- ----------------------;
ENSAIO DE PERMEABILIDADE

:_o_~ f! ME DE A_~UA PERCO LA!!_~-- -~---;;;; -- 9.9,~- -- rp~:~-- 8P,O 92,0 {)4,0
--
ALTURA DE CARGA em 120,40
1------ ~- ----- ------ -- - -- -- - -- ------- -----~-- --
TEMPO DE ENSAIO s 180
- "----~-- --- - -- --- !------ ~----- ---~-

TEM PE I?/~-- '.!RA DA A'GUA •c 110,?


1--- - - - - ---- ------ I

COE!="ICIENTE DE PERMEABILIDADE cm/7 ~1,2? X 10" 3 ,'1,.10 x to· 3 1,25 x to" 3 1,20 x to" 9 1,.12 x to""
----
COEFICIENTE DE CORREÇÃO I 0,9?-{l'

~~~;~;~~ 1t :::::~:::: :;;; N;;:~ :::~__'_·_2--_..-_x___f__O__ _'·_"_5_x_t_o_·_s..L:_:_22_:_:_:_:_~_:..L_1_,_2_6_x_1o_-"_. .-. ,.f._ ~_o_~___x


-_-.,_l.li .-_;_;;_--_.1

4
TABELA 17 - ENSAIO DE PERMEABILIDADE CARGA CONSTANTE
'----- --- --·· ------------------------.,-----:-----------------
CLASSIFICAÇÃO ' .fi
LOCAL SÃO CARLOS POÇO ' BLOCO I C.P I
ARGILA A RENO- SIL TOSA , VER- '
PROFUNDIDADE DATA 0?/0ti/P'? TÉCNICO SIDNIIJ'Y
MELHA ESCUF!A ' ' '
TEOR DE UM/DA DE CARACTERfSTICAS t!JERAIS DO q.P.
ANTES DEPOIS DIÂMETRO om f,P-1
--- --~-~ -----~-------- ---~---·------- .----- --- ------------
CAPSULA N9 p ?8 p 8.!1 p 111 ALTURA om 1(,81
. - -·
.SÓLIDOS + TARA f A'GUA g 2.!1,14 24,21 22,01 ,t/REA o mil ,!J 1'. 8 .!1
r------------·----------- - - r-- -- ---- --·---- ----------------- ·---
SOL/DOS f A'GUA g 20,05 om.S
20,?0 19,22
--- --·----- -----
VOLUME
-----------~------~----
-~-~~·'"
TARA 9 10,?2 10158 10,92 MASSA 9 ?-lfltl-1
------- --------- - - - - - ---~- ------- --~--

llGUA 9 .!1,09 .!1,51 2,?9 MA .S.SA ESPECIFICA 9om"$ 1,4?8


--- - - - ---- ---~-
------- ~-
--
SÓLIDOS 9 {J,$.!1 10,12 8,90 MASSA ESPEC/FICA .SECA 9 onf.!l 1,1114
TEOR DE UMIDADE
·----- ------ f- ----
.,.----

9.9, 12 .!14,68 9.!1,61


--- c-- ------- ---
lNDICE DE VAZIOS 11 .!idO
- - - - -- ----- -
TEOR DE ()MIDADE • INICIAL .!1.!1, fi? .,. -FINAL .,.
C.P '
NATIJRAL
MOLDADO
o
IXJ
GRAU
li,., 1 .,.
DE COMPACTAÇÃO
(:)RAIJ DE COMPACrAÇÃO • INICIAL N/,6°/o- FINAL
------
------
.,. - I
f-'

.
MASSA E.S P EC lFI CA DOS .SÓL IDOS 2,959 9om".!l w
PERMEAMETRO . ND .!1
J DIÃMETRO INTERNO DO TIJBO DE CARGA
--~-
5,8 mm
I ;:{REA ' 0,264 em2
-.....]
I
ENSAIO DE PERMEABILIOADE

ALTURA INICIA L OA A'euA em 120,00


------ ------------------- - - ---. ------ --------
ALTIJRA FINAL DA A'c:>UA em 110,.!10 109,80 111,00 11 o. 20 109,10
------------- -- ---- · - -
-------------~--
-------- -------- ---~--- - 1 - - - - - - - - - --
TEMPO OE ENSAIO 90,00
f-------~------~------------~--~------------- "
------- -- -- ----- --- ----- - - - - - -~-------
!-----
TEMPERATURA DA A'GUA •c 18,00
--~~-~-~--~------ ------~---~ r------------,-
COEFICIENTE OE PERMEABIL.IOADE em/.:J 0,?7 X 10"4 0,81 x to·<~ 0,71 X to·<~ 0,?8 X to"4 0,66 I< w·-1

COEFICIENTE OE CORRfÇÃO 1,051


-- 1 - - - - -
COEFICIENTIJ' DE PERMEABILIDAOE em/.3~ 0,81 X 10"4 0,85 .X 10"4 0,75 X 10"4 0,82 X f(Í4 O, dP I( 10"4
------- ---------- -------- -- ----- ~----

COEFICIENTE OE PERMEABILIDADE MÉDIO om/.:J 0,?8 )( 10"4

TABELA 18- E'NSA /O O E' PE'RMEA BILIOA OE - CARGA VARIA,VE'L


-138-

CAPÍTULO 1 1 - ENSAIO DE ADENSA..MENTO

l. INTRODUÇÃO

o cálculo de recalques de estruturas na engenh~

ria, necessita dos parâmetros de compressibilidade -


do solo, isto é, do indice de compressão, tensão de
pré-adensamento e do coeficiente de adensamento.

Estes parâmetros são obtidos no ensaio de aden-


samento, sendo o coeficiente de adensamento calcula-
do para cada estágio de tensão aplicado ao corpo de
prova e os demais retirados junto a curva indice de
vazios, versus logaritmo das tensões aolicadas.

o coeficiente de adensamento oue nos oermiteca!


cular a relação tempo-recalque, na forma como e cal-
culado só vale para solos saturados, embora o seja
também calculado para solos não saturados.

O coeficiente de adensamento deverá ser determi


nado por um dos dois processos: Taylor ou Casagrande,
enquanto que o processo para calcular a tensão de pre-
adensamento será o desenvolvido por Casagrande.

2. APARELHAGEM

2.1 - Prensa de adensamento (Figura 56)


2.2 - Anel de adensamento (Figura 57).
2.3 Balança com capacidade de lOOOg e precisao
de O,lg.
2.4- Torninho de talhagem.
2.5 - Estufa.
-139-

2o6 ~Facas, espátulas, cápsulas de alumínio,


cronômetro, paquímetro.

FIGURA 56 - Prensa de Adensamento com e sem


anel
-140-

FIGURA 57 - Anéis de AdenEamento

3. PROCEDIMENTO

3.1 - Preparo do Corpo de Prova

3.1.1 - de uma amostra indeformada (bloco


ou tubo) retirar um prisma com lO
em de lado e 4 em de altura.
3.1.2 - uma da:s faces da amostra deve ser
plana, para que possa ficar bem apoi~

da na base dG torninho de talhagem.


3.1.3 - talhar o corpo de prova, de manei
ra a ter as estratifiçações orien
tadas na mesma direção, no anel
de adensamento e·no campo.
-141-

3.1.4 - talhar o corpo de prova com diâ-


metro igual ao do anel de adensa
mento.
3.1.5 - colocar a amostra obtida no item
anterior, dentro do anel e reti-
rar o excesso de solo na altura
do mesmo.
3.1.6 - durante a fase de talhagem do
corpo de prova, retirar amostras
de solo, para a determinação de
pelo menos três teores de umida-
de.
3.1.7- o diâmetro e a altura do corpo-
de prova serão os mesmos do anel.
3.1.8 - determinar a massa do conjunto
solo-anel. Em cooa tabela obter
a massa do anel.
3.1.9 -para solos saturados, antes de
colocar o anel na base, a pedra
porosa inferior deve ser satura-
da, isto é, o nível d'água deve
aflorar nesta.
3.1.10 - levar o conjunto anel-solo para
a base e montá-lo conforme indi-
cado na Figura 57.
3.1.11 - colocar o anel de vedação e pre~

der este a base.


3.1.12 - colocar o colar para manter a umi
dade do corpo de prova.
3.1.13 - colocar sobre o corpo de prova
urna pedra porosa e a placa de car-
regamento.
-142-

3.1.14 - levar o conjunto para a prensa.


(Figura 56) .
3.1.15 - acertar o extensômetro que irá
medir as deformações do corpo -
de prova em uma dada leitura.
3.1.16 - corpo de prova preparado para -
iniciar o ensaio.

3.2 - Ensaio

3.2.1 - O ensaio é realizado através do


carregamento do corpo de prova
em "estágios de pressão", onde a
pressao do estágio atual é o do-
bro da correspondente ao estágio
anterior.

3.2.2 - apressao inicial depende de ca-


da solo, e das pressões anterio~

mente aplicadas ao mesmo.

3.2.3 - a pressão final deverá ser pel':)


menos superior a 50% da pressão
do corpo de prova nas co~di~3es

iniciais.

3.2.4 -para cada estágio de carga, deve~

ser realizadas leituras da defor


mação do corpo de prova em tem -
pos pré-determinados. Será con-
veniente que estes tempos sejam
quadrados perfeitos, pelo menos
nas 10 primeiras leituras.
-143-

3. 2. 5 - sugere-se que as leituras sejam-


realizadas nos tempos: O,25; 1,00;
2,25; 4,00; 6,25; 9,00; 12,25;
16,00; 20,25 e 25,00 minutos do,
instante inicial do ensaio.

3.2.6 - o ensaio deve ser acompanhado p~


la realização do gráfico leitura
do extensômetro - quadrado do
tempo e leitura do extensômetro-
logarítmo do tempo.

3.2.7- as leituras devem prosseguir até


que entre duas leituras sucessi-
vas se tenha uma deformação pe-
quena.

3.2.8 - apenas como exemplo, pode-se di-


zer que cada estágio de pr~ssão
demora 24 horas.

3.2.9 - terminado o estágio, aplicar uma


nova pressão ao corpo de prova,
que deverá ser o dobro da ante -
rior e repetir o procedimento no
estágio anterior.

3.2.10 - terminado o último estágio de


carregamento, deve-se proceder ao
descarregamento. Nesta fase, não
sao lidas as deformações em fun-
ção do tempo.
Cada estágio de descarregamento
deve durar o tempo suficiente pa
-144-

ra que as deformações do corpo de


prova se estabilizem.

3.2.11 - durante o ensaio, o reservatório


sobre o anel e a bureta deverão -
ser mantidos cheios de água, de
maneira a evitar ressecamento da
amostra e a proporcionar agua du-
rante a descompressão.

3.2.12 - terminado o ensaio, desmontar ra-


pidamente o anel, secar a água da
superfície da amostra e determinar
a massa do anel + solo.

3.2.13 - colocar o corpo de prova na estu-


fa e determinar a massa de sóli -
dos, ou retirar amostras para de-
terminar a umidade.

4. CÁLCULO

4.1 - Cálculo dos lndices Físicos

4.1.1 - com o diâmetro e altura do corpo


de prova, calcular a área e volu-
me do mesmo.

4.1.2 - com a massa do corpo e volume, ca!


cular a massa específica do solo.

4.1.3 - calcular o teor de umidade ini -


cial do corpo de prova.

4.1.4 - calcular a massa especifica seca,


índice de vazios e grau de satu-
-145-

raçao antes do ensaio.

4.1.5 - após o ensaio calcular os índices


f.isicos.

4. 2 - Em cada estágio de carregamento calcular:

4.2.1 - compressao do corpo de prova.

4.2.2 - .indice de vazios no f±nal do está


gio.

4.2.3 - distância de drenagem.

4.2.4 - coeficiente de adensamento,~~

do processo de Taylor e Casagrande.

4.2.5 - o coeficiente de permeabilidade


do solo no fim do estágio.

4.3 - Compressão do Corpo de Prova

4.3.1 - a compressão do corpo de prova se


- ,...

rã igual a diferença entre' as le!


turas inicial e final do estágio.

li.H =

t
o
= leitura inicial
tf leitura final

4.4 - !ndice de Vàzios no final do estágio

4.4.1 - a variação do Índice de vazios -


no estágio sera calculado por:
li. H
li.
e
-146-

onde:

H e e sao a altura e o indi-


o o
ce de vazios iniciais do corpo de
prova~ no estágio.

4.4.2 - o indice de vazios no final do es


tágio será:

= 6
e

4.5 - Distância de Drenagem

4.5.1 - a distância de drenagem em cada


estágio será igual a metade da al
tura inicial do corpo de prova.

4.6 - Cálculo do Coeficiente de Adensamento pe-


lo Processo de Taylor

4.6.1 - colocar em um gráfico a raiz qua-


drada dos tempos observados, em
abcissas, e as correspondentes lei
turas de extensômetro em ordena -
das (Figura 58).

4.6.2 - a curva traçada, apresentará um


trecho reto e a seguir um trecho
com uma curvatura voltada para
cima.
-:147-

0----------------~-------------,--------------~

FIGURA 58 - PROCESSO DE TAYLOR PARA


DETERMINAÇÃO DO Cy

4.6.3 -prolongar o trecho reto até inter-


ceptar o eixo das ordenadas, ponto
do.
4.6.4 -em uma ordenada qualquer no trecho
reto, traçar uma horizontal. Mar-
car sobre esta reta, a partir de
sua intersecção com a curva, um seg-
mento igual a 15% do segmento com-
preendido entre o eixo de ordena-
das e a curva.
4.6.5 - unir d 0 ao extremo do segmento. O
ponto de intersecção desta reta a::rn a
-148-

curva tem coordenadas que corres-


pondam a 90% do adensamento e raiz
quadrada do tempo necessário para
o desenvolvimento desta.
4.6.6 - calcular o tempo necessário t .
90
4.6.7- calcular a distância de drenagem-
para o estágio, e igual a Hd = Hof2.
4.6.8 - o cálculo do coeficiente de adensa
mento se fará através da fórmula:

onde para u = 90%, tem-se T = 0,848


90
4.6.9 - a ordenada correspondente a 100% -
de adensamento no estágio sera cal
culada por:

L L 1 L
100 90 - --9-- (do - 90)

4.7- Cálculo do coeficiente de adensamento pelo


processo de Casagrande.

4.7.1- colocar em gráfico, o logaritmo dos


tempos observados em abcissas, e as
correspondentes leituras do extens~
metro em ordenadas (Figura 59) .
4.7.2- a curva originada apresenta um pri-
meiro trecho parabólico, e um segug
do trecho curvo não parabólico.
4.7.3- traçar a tangente e a assintota a
curva conforme indicado na Figura -
59.
FIGVRA 59 - PROCESSO DE CASAGRANDE PARA
DETERMINAÇÃO DO C,

4.7.4- a abcissa do ponto de encontro da


tangente com a assintota, é o va-
lor do tempo correspondente a 100%
do recalque. A ordenada do oonto
de encontro dá a leitura corresoon
dente a 100% de recalque.
4. 7. 5 - determinar a ordenada d (corres--
o
pendente a 0% do récalque teõrico) ,
valendo-se da re-la_Ção oarabÕlica -
da fase in-iQial do recalque. Acha-
se a difere:nç.'a de ord:ehadas entre
dois pontb_S CO[n temoo na relação -
4:1. Tral}S:fere-se es:te valor D2.r;;J.
-150-

cima da curva. Obtém-se vários va··


lores que unidos vão dar no eixo
das ordenadas o ponto
. do .

4.7.6- determinar a ordenada corresponde~

te a 50% do recalgue e igual a:


Qcc - 9-,.j:;
--100 - .. cLo
p
= d
50 o
2

a abcissa correspondente sera o tem


po para 50% do recalque.
1
1, 7. 7 -· calcular a distância de drenagem, -
igual a:

H =
d
2

4. 7. 8 - calcular o coeficient.e de adensamen


to, através da fórmula:

= 0,197

1,B - Cálculo do Índice de compressao e da tensão


de pré-adensamento.

4.8.1 - calculados os índices de vazios no


final de cada estágio, colocar em
um papel semi-logaritmo os pontos
cujas ordenadas são: Índice~ de va-
zios e tensão no estágio (Figura 60).
-15:1.

0.1 10.0
TENSÃO

Fl6l/RA 60 - DETERMINAÇÃO DA TENSÃO DE


PRÉ-ADENSAMENTO

4.8.2 - a curva resultante apresenta três


trechos bem distintos: um primeiro
trecho, quase horizontal e referen-
te a baixas pressões, um trecho fi-
nal que pode ser assimilado a urna
reta e um trecho curvo concordando
estas duas retas.
4.8.3 - o Índice de comoressão é o coefici-
ente angular do trecho final reto,
e sera calculado Por:
e2 - el
cc =
02
log
0
l
-152..:..

se tomarmos 0 /0
2 1
= 10, então vi-
ra que C
c
= 6e .
1.8.4 - a tensão de pré-adensamento sera
calculada através do processo gr~

fico desenvolvido por Casagrande


(Figura 40).

- tomar no trecho concordante, um


ponto (M) de maior curvatura.
- por este ponto, traçar uma hor~

zontal e uma tangente a curva.


- traçar a bissetriz do ângulo
formado pela horizontal e tan-
gente.
- prolongar a reta de -
compressao
virgem, até encontrar a bisse -
triz.
- as coordenadas do ponto de en-
contro são: tensão de pré-ade~

samento e indice de vazios cor-


respondente.

4.9 -Determinação do Coeficiente de Bermeabili


dade.

4.9.1 - no fim de cada estágio, poderá


' '

ser realizado no ensaio de perme~

bilidade a carga constante, para


determi.nação do coeficiente de
permeabilidade.
4.9.2 - o coeficiente de permeabilidae po
derá também ser estimado através
-153-

da fórmula:

K (l + e)
c
v av a J

K =
1 + e

H 2
d
c T
v t

w H2 g
K = d

onde:

6 variaç~o do indice de vazios


e
no estágio.
e indice de vazios inicial.
T fator tempo, igual a 0,848
se calculado pelo precesc
- v
so de Taylor ou 0,197 se cal
culado por Casagrande.
t tempo igual a t90' se cal cu-
lado por Taylor ou tso se
por Casagrande.
60' = acréscimo de tens~o dada no
-154-

estágio.
Hd= distância de drenagem-.
g = aceleração da gravidade o

4.10 - O resultado final do ensaio de adensamen


to, é apresentado em um gráfico 1 onde são
colocadas as curvas e x log a' , c x log-cr'
v
e L x log 0' •

5o EXEMPLO

Calcular os parâmetros de compressibilidade de


uma argila arenosa vermelha. (Tabelas 19, 20, Figu
r as 61 e 62) .

Há "~"50 t9o
PROCESSO Tso T9o Cv cm2/s
em

TAYLOR 1,21 - 0,8+8 - 320 3,8 X 10- 3

-~- ---

CASA GRANDE - 0,197 - tJ7 - 3,$ X 10- 3

TABELA 20 - CALCULO DO cv
:i
~~LOCAL
t,.<;R~iLA A , C!lVZA c '~aoço ' !!i' LOCO 'i C.;~ '
C0l4 T:if.f€'1P~ Of..'DA-1</fC.AJ 1P~C?Oi=-ONa. 1r:SC1 F:J TÉCNICO -· .SlDI'JEY {

~ ;VrfTflf!"'l;l$~ '
1 AN!EL. ' 4
! TARA f DISCO + PEDRA POROSA/ Slil<fíJ C

~ TEOR OE f./HIOA.OE l ANTES I DEPOIS

I CA:,i<.ILA ;v a l p 110 Jp 111 Ip 19? l H-$$ H-59 H- l!i6

I SOL IDOS -;.:[SUA + TARA 9'1 1?,49 l 2S,JU I .!11,JPi! IM$,00 f(J4,f0 iNJ,tUíJ

l SO,L.!OOS
:1
f IARA 91 16,1iiJ 1 zs,2z 241,41 1 IP1,6(J 9Jf,)P:!J iii!,JPS
1 -
·;SOL/CO$
9'l f$,12 j 1'~:.10 16, ,a 1 63 .a1 64,14 $111,14

Í ,.{o v-A Y'i 11120


l 2,62 :l,$1! 1 19,40 11~;.97 i 10~?$
&
1: 7'.41 ,-;:,4. 9J 19r-S6 :1 ".-1 0('72 ' 11,6$ l 2JP,JP91 2tJ.5JJ I :t.tt, JP>P
i
1
\TEOR OE UNIOAOE %1 19,111 \ 21,$0 I 19, n 1 1.?.,($7 1?,?4 1 16,47 J
•J

1 .;'ARA C TERÍS T!CAS 9€RAIS l ANTES IDEPOIS,' ANO$ c R.&Z i


J

~Dffi1fo"11E7RO em\ ?,60 I ?,60 NATé./RAL @


j.-1-:'?EA em!! j 45;;;9ó I 45,36

! ALTURA cmj 2,4?


l 2,$4
, {l'fOL.OAOA
~VOLUME
LJ
cm.ft 112,04 HJ6,1S
I
l " __
1,_N_A_s_..,_A
f ..
• _c_.P._._._A_N_E_L_l_ _ _ _ _ _ _ _l------+-~-lil-JP_.f_,_P_JP---'1~ 6J R A V -DE C O :~f
J, ;,4.~~ /:JO ArVEL j - -
·:---------------------~,'------!-1- - - - - 1 PA C !A ÇA.O ~
j "!dfASSA
1

:::JO C.P.

-;r''''!.r•:s.:;....-: :?SP~-c/FtCA gcml


-----------------1,------r-------~
/DADE 9
/-:;j 20"':! <ftt:.O
---,--------------~~-----y------- lf!lC"i.L..:..
1

','/ASSA C:$;~~7i:~:;:Ó:~;~S :::-:.-J~---·1_,_7_1_::_,+----1_•"-'_'_:;;_6--i~; ;:~AL


3/1tl/Yil
,
i ifJ.OlCE" DE VAZIOS '

00 ENSAIO
! l
i
I l
LJO EXTENSO- LJH H. tõ.!!l X c,..
kgl?cm-2 METRO mm mm mm
LJe f!/
cm2s

1
I
i
I
·:e, o-o o 24,700 0,$56 ! ~
J
I
:/~~it
i
i ;',922 O,OJPS 24.622
I
o,oos o.ss1 ! I
1(},12 P, JliPIS 0,039 24,58$ o. 00:1 0,549 ~
---------.
0,:1$ !P, {1$2 0,0$1 24.552 0,002 0,54?
---
O,!JJQ 9,JP+<J 0,112 24,+40 0,(J07 (3,540 $,0 J
---,~
1,00 9,47.1 (},26? 24,1?3 0,01? 0,$23 3,.4

(J,$45
--~-- ---i '
2,00 9,128 2$,1128 0,(122 Q,SC1 ....,; ,..~
i
,.
j .;.co
#,00
i/,700

l!,:Z.JtJ
(),4 211

0,462
2!1,400

22,9311
0,02?

fJ,029
0,474

0,44$
Jd
5,0
'----4

4,00 5.2~8 0,010 22.9411


I
O,IJ01 0,446
I
L
~
r
l
2,(:1(1

"~ C12
[1,()$
I

J
11,270

11,2911

tJ,$$0.
I
(),022
G.OJlfl

14224
22,97C

22,?118

2:1,240
0,001

(J,

0,(114
002
0,447

(/,449

0,4$-'1
-----
.i
-·--,--1
----- i
!
I

"" TA !!SELA 1~ - ENSAIO OE ADENSAMENTO


--~---------------------------------------------
·-
P"OLHA DE LE/iURA.S
DIA HORA
ilífHPO lífXTii'NSÕ· ifli'HPO VT' EXilífNofiÕ·
DIA HORA
N' 11 mln. IIIDIJ. mln.Billg. "m ./ mín' Hfli'iROmlfl
PRENSA 11110 91•00 0•00 111•19 .9•90 P,f/1!1
Nlfl -- - ~~----

0•04 111•00 4•00 fJ, 1 ?(I


-- ----~--

O• 1!1
---·· -·-·
110•1!1 4•110
·-~---

--- 0•.94 0•?8


--- ----- ··- --~-------

/111•00
------
11 t()() (11, 11111
ANiERIOR 1----- ---- ·---;------- - ----r----- - t---- ------- -- ~---~-
-- ·-
1•00 f•OO p,I/PO .96•00 11•00 9,11111
.9,/10 kg J----- - - ~--
114 ,o o 8•00 P,1911
ACRESCENTADA --
.9,1/0 kg 19•1/IJ 19!1 1 00 1fl•90 P,149

1?•.90 .990 1 00 19 1 ?0 9.1911
rorAL 11,40 kg t------- r-- ~-~---- -------
9/10 P,1!1 19.91!1 1 00 9ó•l10 9,f "f!
- - - - · - -· ----- --·· - -------
kg 14•00 1111/0,00 40 •!lO 9, 1.91
PRESSÃO 1/,00 ;;;;;il 7Tio- --- ----- --- -- --
8•40 11?40•00 51!•40 Pdlltl
I
f-"
.,

~\
lJl
<h
tpo • .120 s I
I tso •8?s
Hct•1,21/ em Hct• 1,111 s
' I
~-- r 90 •0,848 t-- -------1--; r so • o, 1 P'

\ ~,
C v • .9,8 x 10-.9 cmll;s

I
Cv•9,.9 x to" 9 oml/a

--
~-~
I
I
I
-.
-+-
..

I
l
.9
I
4 !J
I P,?L-~-------L------~------~L-----~~--~
0,08 0,1 1,0 10,0 100,0 1.000,0 5.000,0
1/ 1/,.91
./ tompo tmín u tos I Log i't~mpo I mínu toa/

P"IGVRA (J I OBSERVAÇÓE'S IJVRANTE' O AOEN$AME'NTO


'-------------------------
-157-

PRE.S.SÃO {kg;cmJ!J

O,S/1~ S 6? 8 9 0.1 2 $ ~ 5 67119/.0 2 $ ~56 78910.0 2 $ 4


l:lo
"'.,
.........
E:
I>

0,$(/
- 0,556 - 1-
~ i - - -- 1-- -1-- -- t-- 1 - '..
0:::.

:>.
\.)

-+- ... C)
0,54
I';;;
,, ~
""'
<'!
!.u
<:
---
11)
!"-..
C)
.....
~
0,52
I
~\
.............
r......
"'<'!
11)

"<: I li;
::. '\\ Cl
'\
~
Cl
'\
\
"'
!.u
Cl
~ 0,50 5
\.)
1\ ~
..... ....
Cl
-~
0,411
I
i I
- I
\

·-
\
/ I
3
<'!
~
~
i;:
I \ lu
! C)
I \.)
I \
o.,ç6

o.,ç4
-- - -. ·-:--· ·-,...
1\
1

PERMEABILIDADE {cm/seg/

CARACTERÍ.STICA.S DOS CORPOS DE PROVA

MASSA GRAI/ DE PRESSA O DE


AMOSTRA l/MIDADE ÍNDICE DE
ESPECIFICA SATI/RAÇÃO PRÉ"-ADENSAMENTO
NS! f •;. I COMPRESSÃO
g/cm.!l r •;. 1 kg;cm2

01 20,2 2.059 97 0,72 0,10

FIGVRA 62 - CVRVAS TENSÃO -ÍNDICE OE VAZIOS E


CVRVA TENSÃO - COEFICIENTE DE ADENSAMENTO
-158-

CAPÍTULO 12 - ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO

1. INTRODUÇÃO

O ensaio de Cisa1hamento Direto é um dos proce~


sos de laboratório usados para determinação dos pa
râmetros c (coesão) e ~ (ângulo de atrito) e con-
sequentemente de envoltória de resistência do solo.

Esse ensaio em sua forma simples estabelece o


deslizamento de uma metade do corpo de prova do so
lo em relação à outra, determinando assim para ca-
da tensão normal (cr) à superficie do deslizamento,
o valor do. esforço cortante (T) necessário parapr~

vocar a deformação continua até a ruptura. O en-


saio e executado mantendo-se constante a tensão -
vertical (cr) e pode essencialmente ter três molda-
lidades: Ensaio Rápido, Ensaio Adensado-Rápido e
Ensaio Lento. Em todos é possivel medir a varia-
ção de volume do corpo de prova, através das defor
maçoes verticais.

Ensaio de Cisalhamento Direto Rápido - esse en-


saio se caracteriza pela aplicação simultânea ini-
cial das tensões normal (cr) constantee cortante (T)
que deverá aumentar gradativamente até a ruptura -
do corpo de prova.

Ensaio de Cisa1hamento Direto Adensado Rápido -


neste ensaio, aplica-se inicialmente sobre o corpo
de prova apenas a tensão normal (a) e apos a esta-
bilização das deformações verticais devido a essa
-159-

(b)

1- FXTFN.SÕMFTRO PARA MFDIR AS DFFORMAÇÕFS VFRTICAIS

2- FORÇA NORMAL APLICADA

3 - FXTFNSÕMFTRO PARA MFDIR DFFORMACÃO HORIZONTAL

4- PLANO DF CISALHAMFNTO DO CORPO DF PROVA

5- CONJUNTO DE PÊSOS

6- DINAMÕMETRO

7- FXTENSÕMETRO PARA MFDIR DEFORMAÇÕES DA ·MOLA


!i- SISTFHA PARA DAR AO CORPO DF PROVA, UMA DFFOR-

MAÇÃO UNIFORME'

FIGI.IRA 63 ESCJI.IEMAS 00 ENSAIO OE CISALHAMENTO


O/RETO,
b J dedormor::Õo controlado
-160-

tensão que será mantida sobre o corpo de prova, a


plica-se a tensão cortante (T), crescente até a
ruptura.

Ensaio de Cisalhamento Direto Lento - neste en


saio a tensão normal (o) e aplicada e, apos o
adensamento da amostra, a tensão cortante (T) e
aplicada gradativamente até a ruptura, com uma di
ferença fundamental dos ensaios Rápido e Adensado
Rápido: a velocidade de aplicação da tensão cor-
tante e/ou a velocidade de deformação do corpo de
-4
prova devem ser mínimas, da ordem de lO mm/min.

O Ensaio de Cisalhamento Direto Rápido é execu


tado principalmente em areias fofas, quando e pr~

ticamente. impossível talhar um corpo de prova ci-


lÍndrico para execução do Ensaio Triaxial.

Os Ensaios de Cisalhamento Direto ainda podem


ser executados com deformação controlada (aquide~
crito) ou tensão controlada (Figura 63).

2 • AP ARELHAGE!-'1

2.1 -Prensa de Cisalhamento direto (Figura64)


2.2 - Caixa de Cisalhamento (Figura 65)
2.3 - Balanças com capacidade de 1000 g e pre-
- de 0,01 g
cisao
2.4 - Talhador ou equipamento de compactação
2.5 - Estufa
2.6 - Facas, cápsulas de alumínio, paquímetro.
-161-

FIGURA 64 - Anel de Cisalhamento Direto

FIGURA 65 - Prensa de Cisalhamento Direto


-162-

3. PROCEDIMENTO

3.1 - Preparo do Corpo de Prova

3.1.1 - para amostra compactada, compac-


tar o corpo de prova sob as con-
dições de grau de compactação e
umidade especificadas, nas medi-
das do anel superior de cisalha-
mento ou de preferência no pro-
prio anel. Recolher o material
não utilizado para determinação
da umidade em 3 cápsulas.

3~1.2 - para solo indeformado, retirar -


do bloco, uma amostra prismática
com a altura e lados da base su-
ficientes para talhagem de um
corpo de prova cilíndrico com
diâmetro igual a 2,5 vezes a al-
tura aproximadamente.

3.1.3 - a amostra indeformada retirada -


deverá ter as estratificações
orientadas na mesma direção no
campo e na caixa de cisalhamento.

3.1.4 - colocar sobre a amostra indefor-


mada o anel talhador e cortar os
cantos, à medida que o anel é suave
-163-

mente ernourrado para baixo, até oue


a seção circular seja obtida.
3.1.5 - transferir a amostra do anel ta-
lhador oara o anel superior de ci-
salharnento. Razar a base e o topo
da amostra, obtendo assim um corno
de prova ajustado e nas medidas do
anel superior. Tornar cuidado em
manter tono e base do corpo de oro
va sernore os mesmos que do bloco -
indeforrnado.
3.1.6 - do material cortado na talhagern,r~
colher porções para determinação -
de umidade. A determinação de umi
dade deve ser feita com no rninirno
três cáosulas.
3.1.7- pesar o corpo de orova com o anel.

3.2 - Execução do Ensaio

3.2.1- verificar se as arestas da oedraoo


rosa inferior estão perpendiculares
à direção da aplicação do esforço
tangente; colocar o anel superior
com o corno de prova na caixa de ci
salharnento, prendendo-o ao anel in-
ferior com os oinos de trava.
3.2.2 - observar se os anéis sunerior e in-
ferior estão com as superficies de
contacto separadas pelos parafusos
apropriados. Os dois anéis (infe-
-164-

rior e superior) devem manter uma


fresta de seoaração entre si = lrnm •
3.2.3 - colocar a oedra porosa superior~
bém com as arestas oerpendiculares
à direção de cisalhamento.
3.2.4 - com os polegares comprimir suave-
mente o corpo de prova para baixo,
de forma que oarte fique no anel -
inferior, apoiado na pedra oorosa
dentada inferior, e oarte no anel
superior com a pedra oorosa denta-
da superior por cima.
3.2.5 - ajustar os extensômetros: horizon-
tal, vertical e do dinamômetro.
O extensômetro horizontal, que me-
de as deformações do corpo de ora-
va nessa direção, com uma haste
longa deve encostar-se do ladoopos
to do coroo de orova que recebe a
tensão cisalhante (Figura 63) .o ex
tensômetro vertical, que mede as
deformações do corpo de prova nes-
sa direção deve localizar-se sobre
o topo da oedra porosa superior
Figura 63. O extensômetro do dina
mômetro mede as deformações do anel
dinamométrico, que aplica a força
horizontal ao coroo de prova.
3.2.6 - zerar todos os extensômetros e ret~

rar os pinos de trava entre os ~s

superior e inferior.
-165-

3.2.7- para o Ensaio ·Rápido- aplocar a


carga normal no mesmo instante que
a aplicação da força horizontal,
pelo dinru~Ômetro, se inicia.
3.2.8 - para os Ensaios Adensado-Rápido e
Lento, aplicar a carga normal a-
companhando a deformação vertical
até sua estabilização, iniciando
a partir de então a aplicação da
força horizontal pelo dinamômetro.
3.2.9 - após o inicio de aplicação da for
ça horizontal, fazer leituras em
intervalos regulares de tempo, nos
extensômetros que dão as deforma-
ções verticais tv' horizontais th
e dinamométricas ou de mola , t
m
até ruptura do corpo de pro;va,que
se dará ao longo da superflcie en
tre os anéis superior e inferior.

4. CÁLCULOS DO ENSAIO

4.1 - A deformação horizontal do corpo de pro-


va é dada a cada instante pelo extensôme-
tro horizontal thi.
4.2 - Calcular E. = thi/D, deformação cisalha~
l
te especifica, sendo D o diâmetro do cor-
po de prova admitido oonstante durante o ensaio.
4.3 - Com as leituras t . do dinamômetro calcu-
ml
lar a força horizontal aplicada T. = K t .,
l IDl
-166-

onde K é a constante do anel dinamométrico


usado no ensaio.
4.4 - A tensão cisalhante é dada, a cada instan-
te por T.
l
= T./A,
l
sendo A, a área do corpo
-
de prova considerada constante durante o
ensaio.
4.5 - Calcular a tensão normal aplicada a = N/A,
onde N é a carga normal constante aolicada
durante todo o ensaio, sobre o corpo de
prova e A é área do mesmo.
4.6- Com os pares (T l. , E:.l ) traçar a curva ten-
sao cisalhante em função da deformação es-
pecifica (em porcentagem) .
4.7- Dessa curva tirar o valor da tensão cisa-
lhante máxima do ensaio.
4.8 - Com as leituras de deformação vertical ~vi'
calcular a variação de volume do corpo de
prova a cada instante, 6V. = ~ .• A, sen-
l Vl
do A a área do corpo de prova.
4.9 - Colocar em gráfico a variação 6V. em fun-
l
ção da deformação especifica E:i' em porceE_
tagem.
4.10 - Repetir o ensaio, com tensões normais (o)
diferentes, em novos corpos de prova.
4.11 - Colocar em gráfico os pares de valor 0 x
T de cada ensaio. Traçar a reta que me
max
lho r se ajuste aos pontos, que reoresenta-
r a a envoltória do solo para os ensaios de
Cisalhamento Direto executados.
-167-

S. EXEMPLO

Determinar a tensão cisalhante máxima (T _ ) de


max
uma argila arenosa vermelha compactada, submetida
à tensão normal (cr) de 0,40 kgf/cm 2 , no ensaio de
Cisalhamento Direto Rápido. Determinar também a
variação de volume durante o ensaio (Tabelas 21 e
22 , Figura 66) .
-168-

CLASSIFICAÇÃO , LOCAL , ARARAQUARA POÇO , 1


AR61LA ARENOSA, VERME PROFUNDIDADE, DE O,S à $,Om C.P, 1
LHA DATA '16/01/76 TÉCNICO , SIDNEY

CARACTERÍSTICAS 6ERAIS

ANEL Nll 1
-- TIPO DE AMOSTRA
DIÂMETRO DO ANEL em 6,35

TARA DO ANEL 9 746,57 NATURAL


o
~---
CAR6A NORMAL APLICADA K9 2,0 COMPACTA DA
0'"=-
TEN-SA O NORMAL k9f'/em2 0,40 wot• 23.8 111/o
VELOC. DE DEFORMAÇAO mm/min 1,00 "Yct.mcix "1,755 g/cm3
DINAMOMETRO Nll 911411 GRAU DE COMPACTAÇAO• 95,5 °/0

1f TRECHO F • 55,56 1m IIm~ 1,2Smm I


EQUAÇÃO DA MOLA '
' 2f TRECHO F• 196,06 (lm-0,7241
'

t.IMIDA_DE DO SOLO INICIAL FINAL

CAP-SULÀ NR P70 p 110 ! P146 P96 p 75 p 1f1

-SO.LIDO$ + TARA + Á6UA 21,25 19,22 22,00 27,74 23,65


--
21,46
9

-SÓLIDOS +TARA
--
9 19,41 17,63 19,92 24,92 2"f,27 19,53

10,67 12,3$
--
TARA !7 11,33 10,67 10,70 10,93
---
A•Gt.IA 9 1,84 1,59 2,08 2,82 2,38 1,9$
~

-SO.LIDOS !1 8,08 7,06 9,25 12,59 10,57 8,60

•;.
--
TEOR DE VMIDADE 22,77 22,52 22,49 22,40 22,52 22.44

CARACTERÍSTICA-S DO CORPO DE PROVA

ALTURA 2,82 em DIA METRO 6.32 em

_A.REA 31,37 em2 VOLVME 88,47 em3


1

MASSA DO C.P. f ANEL 928.37 g MASSA 00 C.P. 181,110 g

MASSA E-SPECf"FICA 9/em.S 2,055

TEOR DE (.!MIDADE •;. ' 22,6


·-··~~

MASSA ESPECÍFICA SECA 9/C~ ' 1,676

MASSA ESPECÍFICA DOS SO.LIDO-S g/t:IM3 ' 2,910

/NO ICE DE VAZIOS ' 0.74 fiiRAV DE SATURAÇÃO •;. ' 119,4

TABELA 21 - ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO


-169-

POÇO ' 3 C.P. ' 1 O• 0,40 kgf/cm2

LEITURA o os EXTEN- L! v
SÕMETROS r mm 1
r Vo
1:
é:(%}
lrs;l' kfll'/cM2
(%)
fv Ih 1m

0,01 0,03 0,04 0,04 2,2 0,04 0,07

0,05 0,13 0,09 0,20 5,0 0,111 0,16

0,08 0,25 0.16 0,40 8.9 0,28 0,28

0,11 0,51 0,32 0,80 17.8 0,39 0,57

0,12 0,76 0,43 1.20 23,9 0,43 0,76

0,10 1.02 0,49 1.60 27,2 0,35 0,87

0.06 1.27 0,54 2,00 30,0 0,21 0,96

o 1,52 0,57 2,40 31,7 o 1,01

-0,08 1.78 0,60 2,80 33,3 -0,28 1,06

-0.15 2,03 0,61 3,20 $3,9 -0,53 1, 08

-0,23 2,29 0,62 3,60 34,5 -0,82 1,10

- 0,32 2.54 0,56 4,00 31,7 -1,1$ 0,99

-0,48 3,17 0,39 5,00 21.7 -1.70 0,6/! ..


c----·
-0,53 3,81 0,36 6,00 20,0 -1.811 0,64

-0,57 4.45 0,34 7,00 18,9 -2,02 0,60

-o ,60 5,08 0,$3 8,00 18,3 -2.13 0,58

-0,62 5,71 0,32 9,00 17,8 -2,20 0,57

-0,63 i 6,$5 0,32 10,00 17,8 -2,23 0,57

-0.66 6,99 0,32 11,00 17,8 -2,$4 0,57

-0,67 7,62 0,32 12,00 17,8 -2,38 0,57

-0.641 8,25 0.32 13,00 17,8 -2,34 0,57


..
-0,69 8, 99 0,$2 14,00 17,8 -2,45 0,57

CISALHAMEI'ITO O/RETO
TABELA 22 - FOLHA OE LEITURAS
-170-

+
/'~\

1/ \
0,5
I
+
+""+
---"'--- +--+--+--+--+--+--+

I
+
O • 0,40 kgF/cm2

I
2.04-----------------~------------------~----------------~r-
o 10 15

2.0

1, o

0,5

o
5 10 f5
êf%
EXPAN.SJiO
\,/1+
o.s

FIGURA 66- RESULTADOS DO ENSAIO DE


CISALHAMENTO DIRETO
-171-

CAPÍTULO 13 - ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL

1. INTRODUÇÃO

o ensaio de Compressão Triaxial é o mais ver


sátil para a determinação da resistência ao cisa-
lhamento do solo. O corpo de prova cilíndrico e
submetido a uma tensão confinante, cr 3 , que atua
em toda a superflcie. A seguir a tensão axial,cr 1 ,
e aumentada até a ruptura do corpo de prova.

A tensão confinante(cr ) é aplicada dentro -


3
da câmara, através de água que envolve o corpo de
prova que por sua vez é protegido poruma membrana
de látex. As tensões axiais são transmitidas por
um pistão apoiado no cabeçote colocado no topo do
corpo de prova. são colocadas pedras poros9-s no
topo e base do corpo de prova; esses cabeçótes -
são perfurados e ligados ao ·exterior da câmara de
confinamento por tubos com registros.

Pode-se realizar ensaios com ou sem drenagem


do corpo de prova desde que os registros sejam~

tidos fechados ou abertos.

Essa condição permite que se dissipe ou nao


as pressões neutras desenvolvidas no interior do
corpo de prova.

Quando não dissipadas as pressoes neutras p~

dem ser medidas, conectando-se aos tubos de dre


nagem dispositivos especiais, como o nível de roer
cúrio.
-172-

Nesse ensaio também podem ser feitas determi


nações das variações de volume do corpo de prova,
através de conexoes que medem a tensão confinan-
te (0 ) .
3
Dentre as diversas maneiras de conduzir o en
saio, no que se refere a carregamento e drenagem,
pode-se ter as seguintes modalidades:

- Ensaio Lento - Neste ensaio há drenagem perma-


nente do corpo de prova. Aplica-se a tensão oo~

finante e espera-se que o corpo de prova adense.


A seguir, a tensão axial é aumentada lentamente
(para que a agua sob pressão possa percolar pa-
ra fora do corpo de prova), até a ruptura. Des
ta forma, a pressão neutra durante o carregame~

to permanece praticamente nula e as tensões to-


tais medidas são as tensões efetivas.
Este ensaio é também chamado Drenado, Adensado
Drenado e é representado pelos símbolos S(Slow)
e C.D. (de Consolidated Drained).

- Ensaio Adensado Rápido - Neste ensaio permite -


se drenagem do corpo de prova, somente sob a
ação da tensão confinante (0 ). Aplica-se a
3
tensão confinante e espera-se que o corpo de
prova adense. A seguir fecham-se os registros
de drenagem e a tensão axial é aumentada até a
ruptura, sem que se altere a umidade do corpo -
de prova. As tensões medidas neste ensaio são
totais e poder-se-á ter as tensões efetivas, se
forem feitas medidas de pressões neutras após o
adensamento inicial.
-173-

Este ensaio é tfu~ém chamado, rápido pré-adens~


do, adensado sem drenagem, e representado pe-
los símbolos R ou CU (Consolidated Undrained).
Havendo leitura de pressões neutras costuma-se
representá-lo por R.

Ensaio Rápido - Neste ensaio, o corpo de prova


é submetido a tensão confinante e ao carregame~
to axial até a ruptura sem qualquer drenagem. O
teor de umidade do corpo de prova permanece
constante e as tensões medidas são tensões to-
tais. Poder-se-á ter as tensões efetivas se
forem feitas medidas de pressões neutras, duran
te o ensaio todo.
Esse ensaio é também chamado, sem drenagem e e
representado pelos símbolos Q e UU (Unconsolida
ted Undrained) . Havendo leitura de pressões ne~

tras, costuma-se representá-lo por Q.

2 . AP A.."R.ELHAGEM

2.1 - Prensa de compressao triaxial - Figura 67.


2.2 - Câmara triaxial - Figuras 68 e 69.
2.3 - Painel de medidas - Figuras 70 e 71.
2.4 - Balanças com capacidade de 1000 g e pre-
cisão de O, 01 g.
2.5 - Talhador e berço ou cilindro e soquete -
de compactação.
2. 6 - Estufa.
2.7- Facas, cápsulas de alumínio, paquíme-
tro.
-l74-

FIGURA 67 - Prensa Triaxial


-175-

FIGURA 68 - Câmara Triaxial


-176-

' f - PISTÃO DE APLICAÇÃO DE FOR- 10- CORPO DE PROVA ENVOLTO


ÇA NORMAL POR MEMBRANA DE BORRACHA
2 - CABEÇA DA CÂMARA TRIAXIAL 11- PEDRA POROSA
.!J- VÁLVULA DE SAÍDA DE AR 12- CHAPA META.LJÇA ÇOH RANHfL
~-ARRUELAS DE BORRACHA RAS RADIAIS
5 - ESFERA E PISTÃO COM ANGULO 1.!1- PARAFUSO E PORCA P/ PREN-
DE 120• DER ANEL @ À BASE
t f - ARRUELAS OE BORRACHA. PARA 14- COLAR DE LATÃO
PRENDER A MEMBRANA DE SOB 15- ENTRADA E SAÍDA lYÁe!IUA DA
RACHA CÂMARA
7 - BARRA PARA PRENDER A CÃMA f ( f - TUBULAÇÃO P/ ORENAe!IEM OU
RA À BASE MEDIR PRESSÃO NEUTRA
8 - CILINDRO DE LUCI TE 17- BASE DA CÂMARA TRIAXIAL
9 - CABEÇA OE LI/CITE, COLOCADO 111- ENTRADA DE ÓLEO
EH CIMA DO C.P.

FIGURA 69 CÂMARA TRIAXIAL


-177-

FIGURA 70 - Painel Triaxial


-178-

OFPÓS!TO OF ÁGUA
OFSTILAOA

'I

/
o
/

- ''

--
c~;~?Pj
0HFOIOA
i

OF PRFS 1
SÃO NFUTRA -

---
PARA
CÃ HARA \
'"-' PARA APLICAR
--- .. 03
FIGURA 71 PAINEL DE 8/SHOP
-179-

3 . PROCEDIMENTO

3.1 - Preparo~do Corpo de Prova


3. 1.1 - se o ensaio ·for executado rom amos
tra compactada, compactar o corpo
de prova sob as condições de umi-
dade e grau de compactação espec~
ficados, no cilindro de ~compacta­
çao, com as medidas pré-determina
das.
3.1.2 - do material nao utilizado na com-
pactação, recolher o suticiente -
para determinação da umidade em
três cápsulas.
3.1.3 - retirar o corpo de prova do cili~

dro de compactação no extrator de


amostras.
3.1.4 - para amostra indeformada, :retirar
de um bloco de solo, uma amostra
prismática com altura e lados da
base suficientes para talhagem de
um corpo de prova cilíndrico com
altura igual a 2,5 vêzes o diâme-
tro, aproximadamente.
3.1.5 - a amostra indeformada retirada do
bloco deverá ter as estratifica -
ções orientadas na mesma direção
no campo e na câmara.
3.1.6 - colocar a amostra indeformada no
berço e acertar as seções trans -
versais de topo e base, até se
-180-

obter faces rigorosamente paral~

las e planas.
3.1.7- transferir a amostra do berço p~
ra o talhador com cuidado sem es
quecer as orientações de topo e
base.
Cortar os cantos do prisma a ca-
da corte, até que uma seção cir-
cular seja obtida.
3.1.8 -recolher do material cortado da
amostra, porções para determina-
ção da umidade, no mínimo em três
cápsulas.
3.1.9 -medir o diâmetro do corpo de pr~

va indeformado ou compactado no
mínimo com três determinações (ba
se, centro, topo) e a altura do
corpo de prova, também num míni-
mo de três determinações.

3 .1.10 -pesar o corpo de prova.

3.2 - Execução do Ensaio

3.2.1 - verificar se todas as torneiras -


do painel (Figura 51) estão fecha
das.
3.2.2 - abrir as torneiras (3), (4) e (l)
do painel.
3.2.3- regular o manômetro do painel pa-
ra aplicação do cr desejado.
3
-181-

3.2.4 - fechar as torneiras (4) e (5) e


acoplar o dispositivo (A) do pa~

nel à base da câmara.

Para medida de Pressão Neutra


Ensaios Q e R.

3.2.4.1- zerar o manômetro com


o auxílio do êmbolo.

3.2.4.2 - fechar a torneira (1)


e abrir as torneiras
(2) e (3).

3.2.4.3 - girar o dispositivo (B)


do painel , de forma que
a passagem de agua er
tre as tubulações (f
(i) seja livre.

3.2.4.4- com o auxílio do,·êmbolo,


saturar as tubulações
(f) e (i) .

3.2.4.5 - colocàr o disco de pe-


dra na base da camara
(Figura 69) .

3.2.4.6 - voltar o dispositivo -


(B) para a posição or~
ginal vedando a passa-
gem de passagem de agua
entre (.f) e (i) .

3.2.4.7- marcar o nível do mer-


cúrio do dispositivo -
-182-

(B) com a agulha apro-


priada ali existente.
Caso esse nível esteja
muito baixo, pode ser
elevado com o auxílio
do êmbolo. Anotar o
valor da leitura na
coluna (C) de mercúrio
tuATM (pressão atmosfé
rica} .
OBSERVAÇÃO 3.3.1.

3.2.5 - colocar o corpo de prova na base


da camara triaxial.

3.2.6 - no topo do corpo de prova colocar


a cabeça apropriada ao ensaio.
OBSERVAÇÃO 3.3.2.

3.2.7- colocar a membrana de látex en-


volvendo o corpo de prova late -
ralmente, tendo o cuidado de
prendê-la com anéis de borracha
na base de apoio da camara e no
cabeçote de lucite.

3.2.8 - colocar a parte superior da cama


ra triaxial fixando-a bem.

3.2.9 - conectar a tubulação (C) do pai-


nel .à câmara. OBSERVAÇÃO 3. 3. 3.

3.2.10 - encher a câmara de água abrindo


as torneiras (6) , (7), (lO).
-183-

3.2.11 - fechar a torneira (6).

3.2.12 lubrificar o encaixe-guia do pi~

tão na câmara.

3.2.13 - colocar o pistão.

3.2.14 - abrir a torneira (6) para retir~

da do ar que eventualmente se en
contre dentro da câmara.

3.2.15 - fechar as torneiras (6) e (10).

3.2.16 - ajustar a camara na Prensa Tria-


xial. OBSERVAÇÃO 3.3.4.

3.2.17 - aplicar a tensão confinante o ,


3
abrindo as torneiras apropriadas
do painel. Ou seja:

Para ensaios sem medida de pres-


- neutra e sem medida de varia
sao
çao de volume abrir apenas as
torneiras (10), (5) e (4) en-
saios Q.

Para ensaios sem medida de pres-


sao neutra e com medida de varia
çao de volume, abrir apenas as
torneiras (8), (9), (S) e (4)
ensaios Q, R, S.

Para ensaios com medida de pres-


são neutra e com medida de varia
çao de volume, abrir apenas as
torneiras (8), (9) e (5) - en-
saias Q, R.
-184-

Para ensaios com medida de pres


são neutra e sem medida de varia
ção de volume, abrir apenas as
torneiras (5) e (10) - ensaio Q.
OBSERVAÇÕES 3.3.3 e 3.3.5.

3.2.18 - ajustar os extensômetros para a-


plicação do acréscimo de tensões
através do pistão.
OBSERVAÇ0ES 3.3.6 e 3.3.7.

3.2.19 - ligar a prensa para aplicação do


acréscimo de tensões (0 - 0 )
1 3 i
através do pistão.
OBSERVAÇÃO 3.3.8.

3.2.20 - a intervalos regulares fazer lei


turas simultâneas da deformação
do corpo de prova e do dinamôme-
tro (ou mola) que aplica a força
axial.
OBSERVAÇÃO 3.3.9.

3. 2. 21 - levar as leituras até que o exten


sômetro da mola indique a diste~

são desta, ou seja a ruptura do oo~


po de prova. Continuar as leitu
ras pormais alguns pontos se possível.

3.2.22 - retirar do sistema a tensão con-


finante, 0 . OBSERVAÇÃO 3.3.3.
3
3. 2. 23 - fechar todas as torneiras do pa.i.nel
e desligar todas as oonexões, reti-
-185-

rando em seguida, a camara da pre~

sa.
3.2.24 - retirar a membrana do corpo de pr~

va com cuidador
3.2.25 - desenhar esauematicamente os pla-
nos de ruptura do corpo de prova.
j.2.26 - recolher material do corpo de Pro-
va romPido com três cápsulas de u-
midade.

3.3 - Observações e Cuidados

3.3.1 - todas as leituras de pressao neu-


tra, serão feitas com o nível de
mercúrio do dispositivo (B) em sua
posição original. Essa Posição po
de ser mantida com o auxílio do
êmbolo.
3.3.2 - no caso de dissiPação ou m~dida de
pressão neutra pelo topo dd corpo
de nrova, o cabeçote de lucite, de
verá ter lli~ tubo plástico, que e
a conexão ligada à base da camara.
Entre o tono do corno de prova e a
cabeça de lucite, dever-se-á colo-
car também um disco de pedra poro-
sa saturada.
3.3.3 - nos ensaios com medida de pressao
neutra, e indispensável que duran-
te toda a oneração não ocorra pas-
sagem de água entre as tubulações
(i) e (f) do dispositivo (B). Redo
-186-

brar esses cuidados durante as ope


rações descritas nos Itens 3.2.10
a 3.2.14; 3.2.17 e 3.2.22.
3.3.4 - para os ensaios R e L, aPÓs a ope-
ração de colocação da carnara na
Prensa Triaxial (Item 3.2.16) ,aju~

tar o dispositivo (A) de forma a


vedar qualquer passagem de água pe
la tubulação (i), permitindo ao in
vés disso, a passagem de água do
corpo de prova diretamente pela tu
bulação (j) e consequentemente pa-
ra a bureta (E) . Anotar o nivel -
inicial da parafina na coluna (D)
e da água bureta (E) .
3.3.5 -para os ensaios R e L esperar pelo
tempo que se fizer necessário, a e~
tabilização da parafina na coluna
(D) (anotar essa leitura 9.) e da
vo
água na bureta (E) , apos a aPlica-
ção de 0 , anotando essa leitura -
3
também. Isto é, esperar o adensa-
mento, a dissipação das pressoes -
neutras e a variação de volume do
corpo de prova sob a tensão confi-
nante 3.0

3.3.6 - nos ensaios Q, com medidas de pre~

sao neutra e/ou variação de volume,


as respectivas leituras devem ser
feitas após a aplicação da tensão
confinante 0
3 e estabilização das
-187-

colunas (C) de mercúrio e (D) de pa-


rafina, anotar essa leitura
(~
vo
) .
3.3.7- nos ensaios R, o disPositivo (A) d~

ve ser reajustado de forma a perm!


tir a passagem de água não mais Pe-
la tubulação (j), mas sim novamente
pela tubulação (i) .
3.3.8 - nos ensaios L, a aplicação de (o -
1
o )i, deve ser feita de forma que a
3
cada acréscimo de força axial, (F.)
l
do pistão, seja possivel dissipar -
as Pressões neutras do interior do
corpo de prova, isto é, à velocida-
des mui to baixas.
3. 3. 9 - as leituras de pressão neutra, ( ~u.)
l
e de variação de volume (~ .) que
Vl
se desenvolv~u durante o ensaio de-
vem ser sinultâneas às de deforma-
- do corpo de prova
çao ( 9., •) e da mo
a1
la ( 2 . ) •
m1
4. CÁLCULOS

4.1 - A deformação
-
.6H.l do coroe de prova,
.
em cada
instante, será igual â leitura dos extensô-
metros 9., •
a1

.6H.
1
= 9., •
a1
-188-

4.2 - Com as leituras t ml. , e a equaçao da mola


podemos calcular a força normal F., apl~
l
cada pelo pistão a superfície horizontal
do corpo de prova.

F.
l
= K t
ml
.

Onde K é a constante da mola utilizadano


ensaio.
- transversal do cor
4.3 - Se Ai e a area da seçao
po de prova no instante da leitura i en-
tão:
F.
l
=
A.
l

4.4 - Sejam A , H , V a area, altura e volume


o o o
iniciais do corpo de prova, e A., H., V.,
l l l
estas mesmas características em um certo
instante i.

4.5 - Sendo V. a variação de volume, no instan


l
te i , isto e , V. (t . - t )
l Vl VO

V. V - D.V
l o i

A. H.
l l = Ao Ho - D.V.
l

A H
o o
- D.V.
l
A.
l
=
H.
l
-189-

4.6 - A altura do corpo de prova, em cada instan


te ser a igual a H.1. = Ho - 6H.1. e a are a em
cada instante ser a calculada por:
A H - 6V.
o o 1.
A.
1.
H - H.
o 1.

6V.
1.
1 - vo
A. X A
1. o
6H.
1.
1 -
H
o

4.7- A relação 6H./H


1. o
= EJ... e a deformação especi
fica do corpo de prova até o instante i. Ou
seja:
6V.
1.
1 -
vo
A. X A
1.
1 - E.
o
1.

4.8 - A área A. é chamada area corrigida do corpo


1.
de prova no instante i.
4.9 - Nos ensaios rápidos Q, e adensados rápidos
R (após o pré-adensamento) , sem medida de
variação de volume, V.
1.
= Vo ,e portanto:

A.
1.
=
1 - E
i
-190-

4.10 - Em cada instante i, calcular:

F.]_

A.]_

4.11 - O cálculo das pressoes neutras, em cada ins


tante é calculada por:

2
u.]_ (!Cu.
]_
- JCuATM) 0,00252 (kgf/cm )

4.12- Com os pares de valores si, - 0 )i e u., (0


1 3 ]_

traçar as curvas (tensão x deformação) e


(pressões neutras x deformação) do corpo de
prova. As deformações s.]_ são colocadas em
abcissa, em porcentagem.

4.13 -Para o pico da curva tensão x deformação, de


terminar (0 - 0 ) - e o valor corresponden
1 3 max
te da deformação s.

4.14 - Determinar o valor 1


max do ensaio e o va- 0

lor correspondente da Pressao neutra u.

4.15- Determinar os valores ou


0
1 ' máx e
seja:

a max = 0 ' max + u


1 1

0
3
= 0
3
' + u

4.16 - Fazer um mlnimo de três ensaios com 0 dif~


3
rentes, obtendo-se os vários pares de valo-
-191-

4.17 - Traçar os vários circulos de 1'1ohr corres-


pondentes às tensões totais e efetivas de
ruptura.
4.18 - Traçar as envoltórias total e efetiva que
melhor se ajustem aos vários circulos.
4.19 - Obter a equação das envoltórias acima tra-
çadas.

5. EXEMPLO
Determinar a curva (o o ) total x E e u x E
-
1 3
de acordo com os dados do ensaio executado na areia
fina argilosa marrom. Tabelas 23 e 24 (Figura 72) .
Determinar também a envoltória de tensões to-
tais e efetivas do mesmo material, de acordo com os
resultados fornecidos na Tabela 25 (Fiqura 73).
-192-

CLASSIFICAÇÃO LOCAL SÃO CARLOS


AREIA FINA ,ARt/1/LOSA, PROFLINIIUDADE '4,0t!J M POÇO ' 1
MARROM DATA • t:J4/1JI/JI'II TÉCNICO

CA RACTERl.ST!CAJG e/ERA UI

I DINAHOMETIIIIO Nfl !Jffld

I EQLIA CAO 00 DI NA HONET/11!0

'VELOCIDADE DE DEFORNAÇÃO ' O,§ mm/mÍ!I

NATURAL [g]
TIPO OI ANO.!JTPJA
CONPACTADA 0
UMIDADE DO SOLO j INICIA LI I
I FINA L

ICAPSVLA N• IN-1.:1'4'1·'1-.:?1 1·"1-.:54 jM-311 j."J-2$ ,ófi-·~7


! .:;ÓL!DO$ + TARA + ,;leJVA g I !P$,5{; i 9t!,!'U) I 99,38 J>:S,.:?C i 112,':~-
l SÓLIDO$ + TARA g I $1,76 I tJJ:i!,SS I ilN!I,:l.'lJ I 9F,i!tJ I ::í7.C::5 , ,;:;,<~
ITARA !fi/ I ::!JP,:f!(j 9?,60 I 27,441 ! SJI',JI'fll I .:Jí!J,<52 27,C<Õ

1-Ú!l>VA

i SÓLIDOS
I TEOR DE UMIDADE
g
g

%,
l 11,$4
i 52,50
~ :1!1,60 i
9,}?$

44.JI'S

21,74!
I 12.15 11&,01
l 55,110 I &!7,91!1
:N.,"'JI' I :1!.1,05
i
; 14,$:9

!1/J,:U

:1!4,29 I
'J.C,Jt§

I G.J,O.:t
2:7,.1/J:
J
-

! CARACTERÍSTICAS DO CORPO DE PROVA

12,46

jDIAl>!JETRO 14,.9$; 4,114;4,9$} em


I.<(REA INICIAL
~\
1l VOLVME INICIA L .. _...,, 11
\ l

MASSA 11 314,74 ) I
MA$..SA

TE'~Jq

1-:Ã.SSA
ESPEC/FJCA

DE UMIDADE

ESPEClFiCA

ESP'EC.~'FICA
INICIAL

sECA

.SÓLíi>O.; gç;m-$
gc•-s

c/.,

goR!Í:I
1,66

111,71

1,.116
vI
J \
i
I

'I
/ti! ASSA DOS i!,?1$

lNDICE DE VAZIOS t;I,IJP9

I!JRAV DE SATURAÇÃO ~/e 1 311,$4

TABELA 2;3. - ENSAIO DE COMPIIfESSAO TR!AXIAI.


-193-

LEITVRA$
c ~
1m lo
lu
,., vo
..IIIQ !"'
"' !Cf"!- Cf,J
f "/• J /tm.ZJ kgP kgP/tt:M-1 kgl/cm-Z
fmmJ tmmJ cm-1 f"/., I

xnr" 500 19.1

8 0,10 56{1 19.2 o, 0110 0.0~2 111, 96{1 1,176 0,171 0,062-

25 0,20 569 19.4 0,161 0,126 19,C~7 3.676 0,174 0,193

$4 0,$0 571 19.6 0,2.(:1 0,2'f0 19. 08+ 5,000 0,179 0,262

42 0,40 573 19,8 0,321 0,29.5 19.2+0 6,176 0,184 0,321

46 0,50 574 20,0 0,40-f 0,379 14,694 6,7tf4 0,1{/tf 0.358

52 0.60 576 20,2 0,482 0,463 19,070 7,647 0,192 0,401

56 0,70 577 20,4 0,562 0,547 18.P31 8,2!15 0,1/U 0,4$5

61 0,80 579 20.6 0.642 O,tf$1 18,964 8.970 0,199 0,473

tf4 0,90 581 20,7 0,722 O,tf79 19,218 9,705 0,204 0,505

68 1,00 582 21,0 0,803 0,800 18,975 10,000 0,207


I 0,527

74 1,15 584 21,1 0,923 0,842 19,135 10,1182 0,212 0.569

78 1,30 587 21,5 1,043 1,010 19,117 11,470 0,219 0,600

82 1,4.5 590 21,6 1.164 1,052 19.079 12,054 0,227 0,632


--
84 1,60 593 21,9 1. 284 1,178 18,988 12.646 0,234 0.6tf6

90 1,75 595 22,2 1, 404 1,305 19,016 19,235 0.239 0,696


'
9+ 1,90 598 22,4 1,525 1,389 19,172 13,823 o.2+r· 0,721

97 2,05 600 22.6 1,645 1,473 19,095 14.264 0,252 0,747

102 2,25 603 23,9 1,806 1,599 19.180 14.999 0,260 0,7112

107 2,50 606 23.2 2,006 1,726 19,186 15,73+ 0,267 0,8 20

111 2,75 610 23,7 2.207 1,936 19,207 16.326 0,277


I 0,850

115 3,00 614 24.0 2,408 2,062 19,130 16,911 0,287 0.8114

119 3,25 617 24.2 2.608


I 2.1~6 19,230 17,499 0,295 0,910

122 $,50 621 24,6 2. 809 2,$1$ 19,126 17,940 0,305 0,9$8

126 $,75 624 24,9 3,010 2.441 19.220 18,526 0,312 0.964

129 4.00 626 25.2 $,210 2,567 19,219 18,96$1 0,32$ 0,987

135 4,50 635 25.6 3.612 2.1120 19,293 19,1152 0,340 1,029

140 !J,OO 641 :16,3 4.013 3,030 19.:194 20,587 0,355 1.067

144 5,50 647 26,7 4,414 3,199 19.250 :11,17!1 0,370 1,100

TABELA 24 - COMPRESSA O TRIAXIAL - FOLHA OE


LEITURAS f CONTINUA )
-194-

LE17VRA.S
ê --
AV
vc Ac F u rO,-Cl3J
IM la lu Iv
I •1,. I I cm2 J kgf kJI 1fl c.-2 kJII'/c.-2
(mml tmm/ em.!! I.,., J

1-f!l 6,00 654 27,1 4.1115 3.367 19.40? 21.910 0,3116 1.129

153 6,50 661 27.6 5.217 .!1.577 19.446 22.499 0.406 1,157

156 ?,00 666 27.9 5,6111 3,704 19.457 22.9-tO 0,418 1,179

160 ?,50 671 28.3 6,019 3,1172 19,558 23,528 0,431 1,203

162 11,00 676 2111,? 6,421 4,040 19,607 2.!1.1122 0,444 1,215

164 8,50 1!1112 29,1 6,1122 4.209 19,60? 24,116 0,459 1,2.!10

165 9,00 666 29.4 7,22.!1 4,.!135 19,614 24,263 0,469 1,23?

167 9,50 690 29,7 ?,624 4,461 19,677 24.557 0,479 1,248

169 10,00 694 29,9 8,026 4,545 19,8.!13 24,851 0,489 1,25$

1?0 10,50 699 $0,1 8.427 4,629 19,856 2.{.999 0,501 1,259

172 11,00 ?OS 30,3 8,828 4.71.{ 19,9.{7 25.29.!1 0,512 1,268

1?2 12,00 ?09 30,6 9,631 4,840 20,042 25,29.!1 0,52? 1,262

17.{ 1$,00 ?15 31.0 10,.{$3 5,0011 20,24$ 25,58? 0,542 1,264

1?3 14,00 ?20 31,2 11,2$6 5,092 20,336 25.440 0.554 1,251

1?3 15,00 ?24 31,3 12,0.!19 5,1$4 20,583 25,440 0,564 1,2$6

1?$ 16.00 729 31,5 12,841 5.219 20,767 25,440 0,577 1,225

171 17,00 ?31 31,6 13,644 5,261 20,920 25,146 0,582 1,202

COMPRESSÃO THIAXIAL - FOLHA DE


TABELA 24 '
LEITURAS f CONTINUAÇÃO)

Os tO.,- Oslrup u rup EN VOL ro'R!A.S

kJII'/cm2 kgf/cm2 kgf/cm2 kgf/cm2

0,5 0,97 0,18


T:r 0,24 .,. O?g 15•
1,0 1.27 0,41 I ,
T:r 0.09 + Cl?g ,,.,.
z.o 1.92 1,1.{

TABELA 25 - RESULTADOS DE ENSAIOS


-195

+
+

1,0

0,5

0+-------------------~----------------~------------~
o 5
é: ("JG,}

u (kgf/cm2)
0,600•
+ +
+ +
+
+
+ +
+- +
+
+ +
+
+
+
+
+

0 • .!100

0~---------------------+--------------------~~------------~·~~
o 5 10
é:'"''
FIGURA 7 2 - CURVAS (Ot- Os J x é: E U x é: DAS
TABELAS - COMPRESS-iO TRIAXIAL
;;- 1
1:
.... .....
..... .....
'?
....
~" v,
b>

"'
'-
--~- ......-;,;
I
7

...... .... / / ' \


'' \
""' .
-,(
....
I '\
\
... .... ' \ ~\ \
' '
I
)',
' '
'\
\
' I
I \
'\ \
I
+I
I
-+-
\ \
I
I
I ' I
I t
\
I I
I I
\
I
J ~
~
I
f-'
0'1
I I o o'
~
I
I
I I "
'', '~~
,
I I I I
\ \ I I (lrgf/cmltl
I I I
\
\
'\/ / ,/ I I
I
\
\ I
I
I I
I

....... .... __
_.....,. ).... "' ' ( .....- / / \/ I I

........ \
...........
' .... --
\-. - -- ~ ........
/
_,. .,.,.,
.... ""
/\

' \ /
I
I
I
I
I

/
\
' .... v / /

'
/

..... ...
......
""' ..... ............. ____ ...- -
/
..... ......
---- -
/

FI6URA 73 ENVOLTORIAS TOTAIS E EFETIVAS - COMPRESSÃO TRIAXIAL


-197-

CAP1TULO 14 - ENSAIO DE COMPRESSÃO SIMPLES

1. INTRODUÇÃO
~

Certos tipos de solo, como as argilas pre-


adensadas e areias compactadas apresentam uma cer-
ta resistência mesmo quando não estiverem submeti-
das à tensão externa.

O ensaio de compressão simples corresponde a~

sim a um ensaio triaxial rápido com tensão de con-


finamento igual à atmosférica ou = O.
0 Sendo a
3
tensão externa nula, o círculo de Mohr de pressões
totais neste caso, parte da origem das coordenadas
e o seu diâmetro é dado pela tensão axial máxima
0 na curva tensão-deformação do ensaio. Essa ten
1
são máxima é chamada Resistência à Compressão Sim-
ples.

2. APARELHAGEM

2.1 - Prensa de Compressão Simples (Figura 74).

2.2 Balanças com capaci?ade de 1000 g e preci


são de 0,01 g.

2.3 - Talhador Berço ou Cilindro e Soquete de


compactação.

2.4- Cápsulas de alumínio, facas, paquímetro.

2.5 - Estufa.
-198-

FIGURA 74 - Prensa de Compressão Simples

3. PROCEDIMENTO

3.1 - Preparo da Amostra

3.1.1 - para ensaios executados com amos-


tra compactada, compactar o corpo
de prova em camadas, no cilindro
com 5,0 em de diâmetro e 12,5 em
-199-

de altura, em condições especifi-


cadas de umidade e de grau de com
pactação. As dimensões do corpo
de prova poderão ser diferentes,
quando então a compactação poderá
ser executada em moldes apropria-
dos.

3.1.2 - recolher o material nao usado na


compactação para determinação da
umidade.

3.1.3 - retirar o corpo de prova do cilin


dro de compactaçao, com o extra -
tor de amostras.

3.1.4 -para amostra indeformada, retirar


do bloco de solo, uma amostra pri~

mática com altura e lados da base


suficientes para talhagem de um
corpo de prova cilíndrico com al
tura igual a 2,5 vêzes o diâmetro,
aproximadamente.

3.1.5 - a amostra deverá ter as estratifi


cações orientadas na mesma dire-
çao no campo e na prensa.

3.1.6 - colocar o prisma no berço e acer-


tar as seções transversais de to-
po e base (cuidado em manter es-
tas posições relativas de amostra
gem) até se obter faces rigorosa-
mente pla~as e paralelas.
-200-

3.1.7 - colocar a amostra no talhador com


a base (plana) para baixo e cortar
os cantos rodando a amostra apos
cada corte, até que uma seçao c ir
cular seja obtida.

3.1.8 - das paxtes cortadas das amostras,


separar porções representativas,
para no mlnimo três determinações
de umidade.

3.1.9 -para o corpo de prova seja indefor


mado ou compactado, determinar o
diâmetro através de 3 medidas (ba
se, centro e tôpo) e a altura,t~

bém com três medidas. Adotar as


médias aritméticas.

3.1.10 - pesar o corpo de prova.

3.2 - Execução do Ensaio


3. 2 .1 - levar o corpo de prova para a p:c~

sa, procurando centralizá-lo ~m

relação aos discos inferior e su-


perior da prensa.

3.2.2 - acertar as escalas dos extensôme-


tros que medirão as deformações
do dinamômetro e do corpo de pro-
v a.

3.2.3 - iniciar o ensaio, ligando o motor


da prensa e permitindo a subidado
disco da base à velocidade cons -
tante.
-201-

3.2.4 - a intervalos regulares de leitu-


ras do extensômetro que marca a
deformação axial do corpo de pro
va (f .) fazer leituras corres-
Vl
pendentes no extensômetro quemar
ca a deformação da mola ou dina-
mômetro (f . ) •
ml
3.2.5 - levar as leituras até que o ex-
tensômetro da mola indique uma
distensão, ou seja a ruptura do
corpo de prova. Continuar as lei
turas mais alguns pontos se pos-
sível.

3.2.6 -observar e desenhar esquematica-


mente o plano de ruptura.

4. CÁLCULOS DO ENSAIO

4 . 1 - A deformação do corpo de prova a cada ins


tante i, será dada pelas leituras de de-
formação axial t
- Vl
. = ~H ..
l

4.2 - A relacão ~H./H e a deformação es


~ o = E.l
l
pecífica do corpo de prova até o inst&~-
te i, sendo H , a altura inicial do cor-
o
po de prova. Essa deformação específica
é dada em porcentagem.
4.3 - Com as leituras do extensômetro do anel
dinamométrico r J1. • , calcular a força apli
rn1
cada sobre o corpo de prova, F. = K 1 .,
l rnl
onde K é a constante do ~~el.
-202-

4.4 - Sejam,A0 , H01 V ,


0
a areada seçao transver
salf a altura e volumes iniciais do corpo
de prova.

4.5 - Nesse tipo de ensaio, admite-se que o vol~

me do corpo de prova permanece constante,


ou seja V. =V , sendo V. o volume do cor
l o l
po de prova, no instante i.

4.6 - A área da seção transversal, a cada instan


te i, será igual a

H
A. = A o
l o
H.
l

4.7- A altura do corpo de prova em cada instan-


te i, será

H.
l
= Ho - LlH.
l
e portanto,

A A
o o
A. = =
l
LlH.
1 - e
l
1 - i
H
o

4. 8 - Se Ai é a area da seçao transversal do cor-


po de prova denominada, Área Corrigida, no
instante i, então

=
A.
l

Sendo a li a tensão axial no mesmo inst2.r:. te 2.. ~


-203-

4.9 -Com os pares de valores a 1 i e si, traçar


a curva tensão-deformação do corpo de
prova.,

4.10 -Para o pico da curva, determinar cr, ruptu


.....
ra e s ,
ruptura

5. EXEMPLO

Determinar a Resistência à Compressão Simples -


de uma areia média fina argilosa compactada. (Ta-
belas 26 e 27 e Figura 75).
CLASSIFICA CÃO ' A RIS/LA LOCAL~ SÃÓ CARLOS .SONDAGEM •

MEDIA À FINA , ARGILOSA-, PROFUNDIDADE 'S,Om AMOSTRA ~s POÇ0•4

CINZA ESCVRO TÉCNICO' ...IOSÉ LVIZ DATA • 25/(15/?7

CARACTERÍSTICAS GERAIS

DINAMOMETRO (\{fi! 5196 CAPACIDADE 100 kgP


'
EQVACÃO DO DINAMOMETRO , F z 14?,05/m F• kgP lm~mm
-------~--

VELOCIDADE DE DEFORMAÇÃO 1,14mtn/min

AMO.STRA'
NATVRAL
D SRAV DE COMPACTAÇÃO

MOLDADA
0 I 84,4 °/ol

W0 r c 1!!,6 °/o Ya,máx r 1,884 gcm-9

TEOR DE UMIDADE INICIAL FINAL

CAPSVLA N• p 01 p 03 p !!7 M 12 M UJ M 1.S1


----- - ------ :-----
.SÓLIDO$+ AeVA +TARA 9 $3,55 $0,$5 27,68 129,04 105,58 101,!!2
-------- -· - - - - - - r-
.SÓLIDOS+ TARA 9 31,41 28,50 26.09 119,95 98,83 93.90
1--------- ------ - - - - - - r---
TARA g 12,46 12.16 12,06 38;93 311;50 27JJ6
--
A'svA 9 2.14 1.!15 1,59 9,09 6,75 .?.42

SO.LIDOS 9 1!1,95 16,!!4 14.03 81,02 60,33 66,04

TEOR DE UMIDADE •/o 11,29 11,32 11,39 11,22 1f,f9 11,24

CARACTERÍSTICAS DO CORPO DE PROVA

ALTURA 1 '12,52 , 12,55 , 12,56 I em '12,54

DIÃMETRO I 5,'71 I 5,12 I 5,11 I em 5,11 ESQUEMA

A'REA f'NICIAL cm2 20,5'1 o E

c,.,S i
VOLVNE IÍVICJ'AL RVPTVRA

I'
25.?,12

MASSA 9 455.24>
r I
MA.S.SA ESPECIFICA gcm-3 tJ?O 1'-._I
J.
TEoR

MA.SSA
DE f/MIDADE

E.SPECÍFICA SECA
•.r..
gcn>.!l
f1.3

t;sr~tJ
II
i
j
~
I
l

,j~\
MA.SSA EsPECIFICA DO.S sÓLIDOS gcRfS .1,7511 '
INDICE DE ll'.t!AZIO$ til,?#

GRAV DE SATURAÇÃO .., <12,4$


-
TABELA ~6 - ENSAIQ DE COMPRESSÃO SIM?LES
.----------
EXTENSOMETRO
--~~-----------.~--- p-~--------
F
.. Ot -09
---------,-------------- (f: 1"1·1
Iv 1m kfll
~~------~---------~----~---~------~-----4---------_)~----~-~-~--~
o o o ()

1------- --- -- --- --- ---- - -------·--


0,025 0,01/ o,0/1 _';0,9'1 Jl,fl 0.14
I- --- - +------ ---
0,0/1 o,o-t 30,!1/íl O,i?1
--I---- ----
0,10 0,0? O,tJ(J /10,59 10,.9 0,!10
.__ _____ 1--------
--------------------+----- -- --------
(J,IUI 0 1 ?11 0,1(} f/{7,54 !/$,& '7,14
-------f----- --· ------------ ----- ---------------f------- -------
0,.!10 0,26 O,IU f/0,58 118,1! I
- - - - - - - - - - --- -------- --- - - - f-- ----------- -·- N
(),I/() (),.'Jtl (),,911 IPO,LI(J !J2,P o
U1
----------- 1--- ------
I
(;1,110 0,411 O, ;/0 t!O,!JP .;J$,lii' :1,0}'
1---~----+------------- . ------------- -1-- - ---------- ---1-----------------
(),tiO 0,411 O,<~IJ )'0,11 $,4$
1------------- ------------·- , _______ . ··----1------------------1
O,?() (},;//1 0,511 JlO,ó3 !'2,1 $,50
I---------- --------------- ... --------·------· -- 1--------· - - - - -
(1,00 0,4? 0,64 20,{}-f tiP,f .9.tll1
f----------\-------------- -------··--- ------------- ---------~ ----------
O,PO 0,411 0,?/1 flO,tJtl d.'J,II .9,0d
1-------------- ------------------1-------------- -------- ---------
,,00 0,110 fiO,tllll tlf,ll

~--------~--------~--------~-----------J--------~~-----------
TABELA 27 - FOLHA DE L EITUfiAS
-206-

;--+"
I \
t
I ·~

I
I ê,Rup•O.SJ%

I)
o
o 0.5 1.0 €(%)

FIGURA 75 - ENSAIO OE COMPRESSÃO SIMPLES

~
2 •
e:
~
....
"".""
'-

f 2 3 Ofkgf/cmif)
CIRCULO DE MOHR
-207-

BIBLIOGRAFIA

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)- Pro


jeto MB-27/77 - Preparação de Amostras de Solo p~
ra Ensaio de Compactação e Ensaios de Caracteriza
çao.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) -PrQ


jeto MB-28/77 - Determinação da Massa Especifica
dos Grãos de Solo.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - PrQ


jeto MB-30/77 - Determinação do Limite de Liqui-
dez dos Solos.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) -PrQ


jeto MB-31/77 - Dterminação do Limite de Plastici
dade e do Indice de Plasticidade de Solos.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) -Pro


jeto MB-32/77 - Análise Granulométrica de Solos.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) -Pro


jeto rffi-33/77 - Ensaio de Compactação.

BADILLO, E.J. e RODRIGUES, A.R. - r1ecánica de Suelos,


México - 1969.

BISHOP, A.W. e HENKEL, D.J. - The measurement of soil


properties in the triaxial test - Londres - ~d
Arnold Ltd. - 1957.

Bureau of Reclamation - Earth Manual - Denver-u.s.


Department of the Interior - 1968.

CAPPER,P.L. - CASSIE, WF - The Mechanics of Enginee-


ring Soils - Londres - E.& F.N. Soon - 1969.
-208-

CASAGRANDE, A. - Notes on the design of the liquid


limit device - Géotechnique, vol. VIII 1 pg.84-91
1958.

ESTEVES, VIRGILIO P. - Ajustamentos a solos POrtu-


gueses de um método rápido para a determinação do
limite de liquidez - Revista Técnica Lisboa - n9
296 - pg. 91-95 - 1959.
JUMIKIS, A.R. - Soil Mechanics - New York - D. Van
Nostrand Company, Inc. - 1962.
LAMBE, T.W. - Soil Testing for Engineers - New York
John Wiley & Sons, Inc. - 1951.

MEANS, R.G.- PARCHER, J.V.- Physical Propertiesof


soils - Nova Delhi - Prentice - Hall of India -
Ltd. - 1965.
MELLO, V.F.B. de - SILVEIRA 1 A. - SILVEIRA 1 E.B.S.-
Sugestões para revisão das normas de execução de
ensaios de limite de liquidez e de granulometria.
Anais do 29 Congresso Brasileiro de Mecânica dos
Solos, vol. I, pg. 245-255 - 1958.
MELL0 1 V.F.B. de - TEIXEIRA, A.H. - Mecânica dos So-
los - vol. I - Escola de Engenharia de são Car-
los-USP - 1967.

NORMAN, L.E.J. - The one-point method of determining


the value of the liquid limit of a soil Géo-
technique1 vol. IX, pg. 1-8 - 1959.
STANCATI, G. - Identificação Visual e Tactil dos So-
los - EESC-USP - 1972.

PINTO, C.S. - Resistência_ ao Cisalhamento dos Solos-


Escola Politécnica da USP - 1974.

Você também pode gostar