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ESPECIFICAÇÃO ABNT

TÉCNICA IEC/TS
60079-39

Primeira edição
31.01.2019

Atmosferas explosivas
Parte 39: Sistemas intrinsecamente seguros
com limitação de duração de centelha controlada
eletronicamente
Explosive atmospheres
Part 39: Intrinsically safe systems with electronically controlled spark duration
limitation
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01

ICS 29.260.20 ISBN 978-85-07-07898-2

Número de referência
ABNT IEC/TS 60079-39:2019
49 páginas

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Sumário Página

Prefácio Nacional...............................................................................................................................vii
Introdução..........................................................................................................................................viii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Arquitetura do sistema Power-i.........................................................................................3
5 Requisitos para dispositivos Power-i...............................................................................4
5.1 Generalidades......................................................................................................................4
5.2 Fonte Power-i.......................................................................................................................5
5.3 Dispositivos de campo Power-i.........................................................................................7
5.4 Cabeamento Power-i...........................................................................................................8
5.5 Terminador Power-i.............................................................................................................9
5.6 Instrumentos de medição para verificação da malha Power-i......................................10
5.7 Classes de aplicação Power-i..........................................................................................10
6 Requisitos do sistema...................................................................................................... 11
6.1 Seleção da classe de corrente Power-i permitida para a fonte Power-i...................... 11
6.2 Verificação de um sistema Power-i.................................................................................12
7 Avaliação e ensaios..........................................................................................................13
7.1 Procedimento para a determinação dos parâmetros relevantes à segurança............13
7.2 Ensaios de tipo..................................................................................................................14
7.3 Ensaios de rotina..............................................................................................................14
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8 Marcação de dispositivos Power-i...................................................................................15


8.1 Generalidades....................................................................................................................15
8.2 Exemplos de marcação....................................................................................................15
9 Instruções..........................................................................................................................16
Anexo A (normativo) Avaliação dos parâmetros de segurança Power-i........................................17
A.1 Generalidades....................................................................................................................17
A.2 Equipamento de ensaio específico Power-i ..................................................................17
A.2.1 Equipamento de ensaio universal Power-i.....................................................................17
A.2.2 Carga de ensaio Power-i...................................................................................................19
A.3 Determinação dos parâmetros relevantes de segurança para dispositivos e
cabeamento Power-i.........................................................................................................20
A.3.1 Generalidades....................................................................................................................20
A.3.2 Parâmetros pertinentes de segurança para as fontes Power-i.....................................20
A.3.2.1 Determinação dos valores máximos pertinentes de segurança para fontes Power-i...20
A.3.2.2 Determinação do tempo de resposta tresp-source de fontes Power-i............................20
A.3.2.3 Determinação do fator de avaliação AFsource para fonte Power-i................................22
A.3.2.4 Ensaio de rotina para o fator de avaliação da fonte Power-i........................................23
A.3.2.5 Ensaio do pulso de transição para fonte Power-i..........................................................25
A.3.3 Parâmetros relevantes de segurança para os dispositivos de campo Power-i..........27

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A.3.3.1 Determinação dos valores máximos dos parâmetros pertinentes de segurança para
dispositivos de campo Power-i........................................................................................27
A.3.3.2 Determinação do tempo de resposta tresp-field-device para dispositivos de campo
Power-i...............................................................................................................................27
A.3.3.3 Determinação do fator de avaliação AFfield-device para dispositivos de campo
Power-i...............................................................................................................................27
A.3.3.4 Ensaio de pulso de transição para dispositivos de campo Power-i............................29
A.3.4 Parâmetros relevantes à segurança para o cabeamento Power-i................................32
A.3.4.1 Determinação dos valores máximos relevantes à segurança para o cabeamento
Power-i...............................................................................................................................32
A.3.4.2 Determinação do tempo de resposta tresp-trunk para o tronco Power-i.......................32
A.3.4.3 Determinação do fator de avaliação AFtrunk para o cabo tronco Power-i...................33
A.3.5 Parâmetros relevantes de segurança para o terminador Power-i................................34
A.3.5.1 Determinação dos valores máximos relevantes de segurança para terminadores
Power-i...............................................................................................................................34
A.3.5.2 Determinação do tempo de resposta tresp-terminator para terminadores Power-i........34
A.3.5.3 Determinação do fator de avaliação AFterminator para terminadores Power-i.............34
Anexo B (informativo) Explanação e detalhes do conceito básico do Power-i.............................35
B.1 Base física de uma ignição..............................................................................................35
B.2 Características de saída de uma fonte Power-i..............................................................37
B.3 Medições e resultados científicos como base para os valores mínimos de ignição
Power-i...............................................................................................................................40
B.3.1 Arranjos de ensaio para determinação da probabilidade de ignição..........................40
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B.3.2 Resultado dos ensaios de ignição por faísca e suas correlações com a Tabela 3....42
Anexo C (informativo) Exemplos de dispositivos e sistemas Power-i...........................................44
C.1 Aplicação Power-i para uma válvula solenoide.............................................................44
C.2 Exemplo de uma fonte Power-i genérica........................................................................45
C.3 Exemplo de um dispositivo de campo Power-i..............................................................45
C.4 Exemplo de uma carga simulada Power-i.......................................................................47
C.5 Exemplo de um terminador Power-i................................................................................47
Anexo D (informativo) Exemplo de interconexão de dispositivos Power-i incluindo o
cabeamento Power-i para um sistema Power-i..............................................................48
D.1 Objetivo específico e valores dados...............................................................................48
D.2 Exemplo de solução..........................................................................................................48

Figuras
Figura 1 – Sistema Power-i com arquitetura mais simples..............................................................4
Figura 2 – Exemplo de um conceito Power-i com arquitetura complexa.......................................4
Figura 3 – Elementos de uma fonte Power-i com limitação de tensão e corrente.........................6
Figura 4 – Exemplo de um dispositivo de campo Power-i universal (estrutura básica)...............8
Figura 5 – Procedimento básico de avaliação para um sistema Power-i.....................................13
Figura A.1 – Princípio básico de equipamento de ensaio universal Power-i...............................18
Figura A.2 – Pulso de saída entre os terminais 3 e 1 da Figura A.1..............................................19

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Figura A.3 – Princípio básico de uma carga de ensaio Power-i....................................................20


Figura A.4 – Princípio básico do equipamento para a determinação do tempo de resposta
tresp-source..........................................................................................................................21
Figura A.5 – Exemplo de uma tela de osciloscópio para determinação do tempo de resposta
tresp-source..........................................................................................................................21
Figura A.6 – Equipamento de ensaio para a determinação do fator de avaliação AFsource
(princípio básico)..............................................................................................................22
Figura A.7 – Equipamento para ensaio do fator de avaliação da fonte Power-i..........................24
Figura A.8 – Exemplo de uma tela de osciloscópio de um ensaio de uma fonte Power-I com
um fator de avaliação AF = 8,29 para uma centelha por abertura................................25
Figura A.9 – Equipamento para o ensaio de pulso de transição de uma fonte Power-i..............26
Figura A.10 – Equipamentos de ensaio para a determinação do fator de avaliação
AFfield device para dispositivos de campo Power-i (princípio básico)..........................29
Figura A.11 – Equipamento para o ensaio de pulso de transição de dispositivos
de campo Power-i..............................................................................................................31
Figura A.12 – Avaliação do parâmetro do ensaio de pulso Upulse para o ensaio de pulso
de transição.......................................................................................................................31
Figura A.13 – Equipamentos de ensaio para a determinação do tempo de resposta do
cabo-tronco Power-i tresp-trunk (princípio básico)..........................................................33
Figura B.1 – Exemplo de uma curva típica de um centelhamento por abertura fornecido por
uma fonte de limitação linear...........................................................................................36
Figura B.2 – Exemplo de uma curva típica de uma centelha de abertura limitada por uma fonte
Power-i...............................................................................................................................37
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Figura B.3 – Exemplo de um conjunto de curvas características de saída de uma fonte


Power-i durante a conexão de carga...............................................................................38
Figura B.4 – Princípio básico de uma fonte de alimentação Power-i para o modo de retorno
à tensão limite...................................................................................................................39
Figure B.5 – Exemplo conjunto de curvas características de saída de uma fonte Power-i
no caso de uma falha........................................................................................................39
Figura B.6 – Arranjo de ensaio com aparelho de faiscamento padrão
para centelhas de abertura ..............................................................................................40
Figura B.7 – Arranjo de ensaio com aparelho de faiscamento padrão para centelhas de
fechamento .......................................................................................................................41
Figura B.8 – Valores de ignição Power-i para classe de tensão 24 V (24 VDC) ..........................42
Figura B.9 – Valores de ignição Power-i para classe de tensão 32 V (32 VDC)...........................42
Figura B.10 – Valores de ignição Power-i para classe de tensão 40 V (40 VDC).........................43
Figura B.11 – Energia de ignição em relação à porcentagem de hidrogênio utilizada nas
misturas de gás.................................................................................................................43
Figura C.1 – Aplicação simples de válvula solenoide Power-i (exemplo)....................................45
Figura C.2 – Exemplo de um dispositivo de campo genérico Power-i ........................................46
Figura C.3 – Exemplo de uma unidade de limitação de tensão V (nível de proteção ib)............46
Figura C.4 – Exemplo de uma carga simulada Power-i..................................................................47
Figura C.5 – Exemplo de um terminador Power-i...........................................................................47

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Tabelas
Tabela 1 – Definição de classes de tensão Power-i........................................................................10
Tabela 2 – Definição de classes de corrente Power-i.....................................................................10
Tabela 3 – Combinações permitidas de classes de aplicação Power-i para fontes Power-i
em função do tempo de resposta do sistema para todos os Grupos (n.p. = não
permitido)........................................................................................................................... 11
Tabela 4 – Classe de corrente Power-i de dispositivos de campo ou terminadores Power-i
correspondendo à classe de corrente da fonte Power-i...............................................12
Tabela 5 – Relevância dos procedimentos de ensaio Power-i.......................................................14
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Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.
Os Documentos Técnicos Internacionais são adotados conforme as regras da ABNT Diretiva 3.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT IEC/TS 60079-39 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela
Comissão de Estudo de Equipamentos para Atmosfera Explosiva com Tipo de Proteção por Segurança
Intrinseca Ex “i”, Sistemas Ex “i”, “Fieldbus” Ex “i” (FISCO), Proteção de Equipamentos e Sistemas de
Transmissão Utilizando Radiação Óptica e Power i (CE-003:031.004). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 12, de 19.12.2018 a 17.01.2019.
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A ABNT IEC/TS 60079-39 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação,
à IEC/TS 60079-39:2015, Ed. 1.0, que foi elaborada pelo Technical Committee Equipment for Explosive
Atmospheres (IEC/TC 31), Subcommittee Intrinsically safe apparatus (SC 31G).
O Escopo em inglês da ABNT IEC/TS 60079-39 é o seguinte:

Scope
This Technical Specification specifies the construction, testing, installation and maintenance of Power-i
apparatus and systems which utilise electronically controlled spark duration limitation to maintain an
adequate level of intrinsic safety.
This Technical Specification contains requirements for intrinsically safe apparatus and wiring intended
for use in explosive atmospheres and for associated apparatus intended for connection to intrinsically
safe circuits entering such atmospheres.
This Technical Specification excludes the level of protection “ia” and the use of software-controlled
circuits.

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Introdução

Esta Parte da ABNT IEC/TS 60079, que é uma Especificação Técnica, está sendo emitida como
uma “norma prospectiva para aplicação provisória” no campo de Atmosferas Explosivas ‒ Sistemas
intrinsecamente seguros com limitação de duração de centelha controlada eletronicamente devido
ao fato de haver uma necessidade urgente para orientação de como é recomendado que as normas
deste campo sejam utilizadas para atender uma necessidade identificada.

Sistemas intrinsecamente seguros com limitação de duração de centelha controlada eletronicamente


podem fornecer mais potência disponível em circuitos intrinsecamente seguros mantendo o nível de
proteção “ib” ou “ic”. Adicionalmente, para limitar a tensão e corrente (similar a circuitos intrinsecamente
seguros convencionais), a duração da centelha é limitada, o que também restringe a quantidade de
energia disponível para ignição.

Os requisitos gerais para a instalação de equipamentos intrinsecamente seguros são aplicáveis aos
circuitos Power-i.

Esta nova tecnologia permite uma expansão no campo de aplicações industriais utilizando o tipo de
proteção Segurança Intrínseca “i”.

Esta tecnologia, entretanto, requer uma nova e extensiva abordagem do tipo de proteção por Segurança
intrínseca “i”.
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Atmosferas explosivas
Parte 39: Sistemas intrinsecamente seguros com limitação de duração de
centelha controlada eletronicamente

1 Escopo
Esta Especificação Técnica especifica os requisitos para o projeto, ensaios, instalação e manutenção
de equipamentos e sistemas Power-i que aplicam limitação da duração da centelha controlada eletro-
nicamente para manter um nível adequado de segurança intrínseca.

Esta Especificação Técnica contém requisitos para equipamentos intrinsecamente seguros e cabea-
mento a serem utilizados em uma atmosfera explosiva e para equipamentos associados planejados
para serem conectados a circuitos intrinsecamente seguros que possam entrar nestas atmosferas.

Esta Especificação Técnica exclui o nível de proteção “ia” e a utilização de circuitos controlados por
software.

Esta Especificação Técnica se aplica a equipamentos elétricos utilizando tensões não superiores a
40 V c.c. e um fator de segurança de 1,5 para Grupos I, IIA, IIB e III. Ela também é aplicável a equipa-
mentos “ic” do Grupo IIC com um fator de segurança de 1,0. Equipamentos “ib” do Grupo IIC com um
fator de segurança de 1,5 são restritos a tensões até 32 V c.c.

Este tipo de proteção é aplicável aos equipamentos elétricos nos quais os próprios circuitos elétricos
são incapazes de causar uma explosão da atmosfera explosiva no entorno.

Esta Especificação Técnica é aplicável aos equipamentos intrinsecamente seguros e sistemas que
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utilizam limitação da duração da centelha controlada eletronicamente com o objetivo de disponibilizar


mais potência elétrica enquanto mantém um nível adequado de segurança.

Esta Especificação Técnica é também aplicável a equipamentos elétricos ou partes destes, loca-
lizados fora de áreas classificadas ou protegidos por outro tipo de proteção definido na série
ABNT  NBR  IEC  60079, quando a segurança intrínseca dos circuitos em atmosferas explosivas
depende do projeto e construção destes equipamentos ou parte destes. Os circuitos elétricos loca-
lizados em áreas classificadas são avaliados para utilização nestes locais pela aplicação desta
Especificação Técnica.

Esta Especificação Técnica complementa e modifica os requisitos das ABNT  NBR  IEC  60079-0,
ABNT NBR IEC 60079-11, ABNT NBR IEC 60079-14, ABNT NBR IEC 60079-17 e ABNT NBR IEC 60079-25.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR IEC 60079-0, Atmosferas explosivas – Parte 0: Equipamentos – Requisitos gerais

ABNT NBR IEC 60079-11, Atmosferas explosivas – Parte 11: Proteção de equipamento por segurança


intrínseca “i”

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ABNT  NBR  IEC  60079-14, Atmosferas explosivas – Parte  14: Projeto, seleção e montagem de
instalações elétricas

ABNT  NBR  IEC  60079-25, Atmosferas explosivas – Parte  25: Sistemas elétricos intrinsecamente
seguros

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT  NBR  IEC  60079-0
e ABNT NBR IEC 60079-11, e os seguintes.

3.1
Power-i
conceito intrinsecamente seguro quando o nível de proteção tem por base a limitação de tensão
e corrente e adicionalmente por limitação de duração de centelha controlada eletronicamente

Nota 1 de entrada: Sistemas Power-i contêm dispositivos e cabeamentos Power-i.

Nota 2 de entrada: Sistemas Power-i englobam circuitos elétricos que no modo Power-i operam com valores
de tensão e corrente que podem exceder os valores definidos na ABNT NBR IEC 60079-11.

3.2
dispositivos Power-i
fontes Power-i, dispositivo(s) de campo Power-i e (se aplicáveis) terminadores Power-i

3.3
terminador Power-i
unidades para prevenção de reflexões de ondas de tensão e corrente na terminação do cabeamento
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Power-i

Nota 1 de entrada: O terminador Power-i somente é pertinente em caso de transmissão de dados via cabe-
amento Power-i.

3.4
fonte Power-i
fonte de alimentação para sistemas Power-i que, em caso de falha, corta a energia

Nota 1 de entrada: A fonte pode operar em dois modos: modo Power-i e modo shutdown.

3.5
dispositivo de campo Power-i
dispositivo conectado a uma fonte Power-i por meio de um cabeamento Power-i

Nota 1 de entrada: Dispositivos de campo Power-i podem ter conexões adicionais a outros dispositivos
(por exemplo, cargas).

3.6
modo Power-i
modo de operação da fonte Power-i disponibilizando a potência de saída nominal Power-i

Nota 1 de entrada: Neste modo, os valores de tensão e corrente permitidos podem exceder os valores das
curvas e tabelas da ABNT NBR IEC 60079-11.

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3.7
modo de corte
modo de operação da fonte Power-i depois da detecção de um evento de centelhamento

3.8
pulso de centelhamento
informação resultante de um evento de centelhamento no sistema Power-i

Nota 1 de entrada: É feita uma distinção entre um pulso de centelhamento de abertura e de fechamento de
um circuito.

3.9 tempo de resposta Power-i

3.9.1
tresp-source
máximo atraso entre a detecção do pulso de centelhamento e a ativação do modo de corte (pertinente
apenas para fontes Power-i)

3.9.2
tresp-trunk
tempo de propagação no cabo tronco utilizado (pertinente apenas para cabeamento Power-i)

3.9.3
tresp-system
tempo entre a ocorrência do centelhamento e a redução da potência de centelhamento para uma
operação segura no modo de corte em um sistema Power-i

3.10
fator de avaliação AF (assessment factor)
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fator de atenuação ou sensibilidade de dispositivos Power-i e cabeamento Power-i

Nota 1 de entrada: O fator de avaliação tem que ser diferenciado entre:

—— Fator de avaliação para dispositivos de campo, terminador e cabeamento Power-i: nestes casos, o fator de
avaliação é um parâmetro para atenuação de um pulso de centelhamento;

—— Fator de avaliação para fonte Power-i: neste caso, o fator de avaliação é um parâmetro definindo a sensi-
bilidade para a detecção do pulso de centelhamento.

Nota 2 de entrada: O fator de avaliação é indicado em unidade logarítmica.

4 Arquitetura do sistema Power-i


Em um sistema Power-i, apenas uma fonte Power-i ativa deve ser conectada por meio de cabeamento
Power-i para alimentar um ou diversos dispositivos de campo Power-i. A estrutura mais simples
consiste de uma fonte Power-i, cabeamento Power-i e um dispositivo de campo Power-i (ver Figura 1).

A utilização de fontes de alimentação redundantes que apresentam uma fonte de alimentação efetiva
é permitida.

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Fonte Cabeamento Dispositivo


Power-i Power-i de campo
Power-i

Figura 1 – Sistema Power-i com arquitetura mais simples

Um sistema Power-i pode ser estendido para um sistema complexo conforme a Figura 2.

Cabeamento Cabeamento Cabeamento


Power-i Tronco Power-i Tronco Power-i Tronco Terminador
+ Power-i
Fonte
(utilizado
Power-i
somente

Derivação n
em casos
Derivação 1

especiais)
Derivação 2

Dispositivo de
campo Power-i Dispositivo de
S2-1 campo Power-i
Dispositivo de Sn
campo Power-i
S1
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Dispositivo de
campo Power-i
S2-2

Figura 2 – Exemplo de um conceito Power-i com arquitetura complexa

NOTA O dispositivo de campo Power-i Sn é idêntico ao dispositivo de campo Power-i S1, S2-1 ou S2-2
em termos de conexão ao cabeamento Power-i, mas é mostrado com terminais de entrada/saída adicionais.
Estes terminais estão sujeitos aos requisitos de um tipo de proteção adequado para as aplicações, definido
pela série ABNT NBR IEC 60079.

5 Requisitos para dispositivos Power-i


5.1 Generalidades

Power-i tem que ser considerado como um sistema. Portanto os seguintes requisitos aplicam-se a
todos os dispositivos:

 a) a detecção do pulso de centelhamento não pode ser inibida durante condições estáticas ou tran-
sitórias (por exemplo, partida suave do tipo “soft start”) – nem pelo cabeamento Power-i nem por
dispositivos Power-i. Portanto, o Power-i requer a consideração do sistema inteiro;

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 b) todos os dispositivos e o cabeamento Power-i devem ser avaliados e ensaiados de acordo com
o Anexo A;

 c) todos os dispositivos Power-i devem ser classificados de acordo com 5.7;

 d) dispositivos Power-i devem atender aos requisitos das ABNT  NBR  IEC  60079-0,
ABNT NBR IEC 60079-11 e ABNT NBR IEC 60079-25 quando aplicável, assim como outras normas
da série (por exemplo, ABNT NBR IEC 60079-7 e ABNT NBR IEC 60079-18, se aplicáveis);

 e) a aplicação destes requisitos deve adicionalmente considerar qualquer efeito na temporização e
sensibilidade da função de segurança dos dispositivos Power-i devido ao efeito da temperatura
e tolerância dos componentes;

 f) falhas consideradas como as mais críticas (por exemplo, por temporização, sensibilidade etc.)
para a função de segurança dos dispositivos Power-i devem ser aplicadas ao equipamento para
todos os ensaios requeridos por esta Especificação Técnica.

5.2 Fonte Power-i

Somente é permitida uma fonte Power-i ativa por sistema Power-i. A fonte Power-i deve ser localizada
em um dos extremos do cabeamento do circuito Power-i (tronco).

A fonte Power-i deve detectar centelhamento de fechamento (centelhas ocorrem quando do apareci-
di
mento de um curto-circuito em um circuito elétrico causando uma variação de corrente + e cente-
dt
lhamento de abertura (centelhas ocorrem quando da abertura de um circuito elétrico causando uma
di
variação de corrente − ) e ela deve prover um corte rápido da potência de saída quando ocorre um
dt
pulso de centelhamento. A Figura 3 indica os elementos principais de uma fonte Power-i com uma
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unidade de limitação de tensão e corrente relacionada à segurança, posicionada anterior ao núcleo


da fonte.

Em todos os modos de operação quando os valores intrinsecamente seguros baseados em limitação


de potência convencional, conforme as ABNT NBR IEC 60079-11 e ABNT NBR IEC 60079-25, são
di
excedidos, a detecção da variação de corrente ± não pode ser inibida. Isto inclui a fase de transição
dt
do modo seguro para o modo Power-i.
di
NOTA A variação de corrente pode ser suprimida no modo de corrente constante. Portanto, uma
dt
centelha pode não ser detectada neste modo.

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lógica

Centelhamento
de fechamento

Centelhamento
de abertura
IO – source
Limitação detector detector
de tensão + di/dt – di/dt
Chave

UO – source
e corrente eletrônica

saída
conforme
U

a série
ABNT NBR
IEC 60079
Cabeamento
Power-i

Figura 3 – Elementos de uma fonte Power-i com limitação de tensão e corrente

A fonte Power-i deve atender aos seguintes requisitos pertinentes para a segurança:

 a) a corrente de saída da fonte Power-i IO-source e a tensão U O-source de saída limitada pela limitação
de tensão e corrente devem atender aos requisitos da Tabela 1 e Tabela 2;
di
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 b) a fonte Power-i deve ser capaz de detectar variações dinâmicas da corrente de saída lO ± ,
dt
como definido em A.3.2. A fonte deve reagir com uma transição subsequente do modo Power-i
para o modo de corte;

 c) no modo de corte o valor da corrente de saída Ishutdown pode ser zero, mas não pode exceder 50 % da
corrente permissível IO-IEC baseada na ABNT NBR IEC 60079-11 ou na ABNT NBR IEC 60079-25
com o fator de segurança aplicável à classe de tensão Power-i apropriada. Neste caso, a seguinte
equação se aplica:
l shutdown = lO − source ≤ 0, 5lO −IEC

 d) dentro de 20 µs da chegada da informação de surgimento da centelha na fonte Power-i, a corrente


de saída da fonte Power-i deve ser igual ou menor que 75 % do valor de IO-IEC dentro dos
primeiros 20 µs da transição para o modo shutdown, é permitido um transiente de corrente de
saída Ishutdown-20µs de 75 % do valor de IO-IEC (ver Figura A.5). Neste caso, se aplica a seguinte
equação:
l shutdown − 20µs = lO − source ≤ 0, 75lO −IEC

 e) o transiente de tensão de saída Uovershoot-40µs durante o modo shutdown não pode exceder a
tensão de saída nominal Uo-source em mais de 6 V para uma duração máxima de 40 µs. Neste
caso, a seguinte equação se aplica:
Uovershoot − 40µs ≤ UO − source + 6V

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 f) a fonte Power-i deve atender aos requisitos dos procedimentos de ensaio de A.3.2.

 g) os seguintes componentes da fonte Power-i (ver Figura 3) são pertinentes quanto à segurança e
devem atender aos requisitos de 5.1-a) e d) para o respectivo tipo de proteção:

●● limitação da máxima tensão Uo-source e corrente de saída Io-source;


di di
●● detectores de + e − ;
dt dt
●● lógica, e

●● chaveamento eletrônico;

 h) o circuito de saída da fonte Power-i deve ser isolada do terra. Os requisitos para a isolação devem
ser obtidos da ABNT NBR IEC 60079-11.

5.3 Dispositivos de campo Power-i

Dispositivos de campo Power-i consistem de um dispositivo desacoplador e da carga. Dispositivos de


campo Power-i devem desacoplar a carga do cabeamento Power-i.

O projeto de um dispositivo de campo Power-i deve assegurar a detecção de um pulso de centelhamento


conforme esta Especificação Técnica.

Os dispositivos de campo Power-i devem atender aos seguintes requisitos pertinentes de segurança:

 a) devem assegurar que ambos, centelhamentos de fechamento e de abertura, não sejam atenuados
de forma que a detecção pela fonte Power-i seja invalidada;
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 b) sob condições normais ou de falha, conforme especificado na ABNT  NBR  IEC  60079-11, o
dispositivo de campo deve permanecer passivo, isto é, os terminais não podem ser uma fonte de
energia para o sistema, exceto por uma corrente de fuga não maior que 50 µA.

A consideração de Li e Ci para dispositivos de campo Power-i, baseados na ABNT NBR IEC 60079-11


não é requerida. Isto é considerado nos procedimentos de ensaios descritos em A.3.3;

 c) devem ter um tipo de proteção apropriado de acordo com a ABNT  NBR  IEC  60079-0 para a
respectiva atmosfera explosiva na qual eles serão utilizados.

 d) devem ter parâmetros pertinentes de segurança determinados conforme A.3.3;

NOTA Devido à conexão paralela com o cabeamento Power-i, o tempo de resposta para os
dispositivos de campo Power-i é desprezível.

 e) todos os componentes determinantes para ambos, o fator de avaliação AFfield device e o resultado
do ensaio de pulso de transição (A.3.3.4) devem atender aos requisitos de 5.1-a);

 f) o circuito de entrada de um dispositivo de campo Power-i deve ser isolado da terra. Os requisitos
para isolação da terra devem ser os mesmos da ABNT NBR IEC 60079-11.

Como um exemplo, o dispositivo de campo Power-i mostrado na Figura 4 atende aos requisitos
mencionados anteriormente e pode ser utilizado para um vasto campo de aplicações. Estes dispositivos
de campo consistem de um dispositivo desacoplador em combinação com qualquer carga.

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A estrutura básica do dispositivo de campo Power-i apresentada na Figura 4 mostra os elementos


necessários para assegurar que ambos, centelhamentos de fechamento e de abertura, não sejam
atenuados de tal maneira que a detecção pela fonte Power-i seja invalidada.

Na Figura 4, a indutância L, a capacitância C, todos os diodos e a unidade de limitação-V são pertinentes


à segurança e devem atender aos requisitos de 5.1 para o tipo de proteção apropriado.
(+) Cabeamento Power-i

(–)
derivação

D1

unidade de
limitação de L
tensão

C Y
Dispositivo de
desacoplamento

carga real
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carga

Figura 4 – Exemplo de um dispositivo de campo Power-i universal (estrutura básica)

A unidade de limitação-V deve limitar a tensão positiva (mais (+) no ponto Y e menos (-) no ponto X)
em um valor de 5 V ± 1 V entre os pontos Y e X e deve atender aos requisitos de acordo com A.3.3.4.

Exemplos práticos da Figura 4 são mostrados em C.3.

5.4 Cabeamento Power-i

O cabeamento Power-i deve atender aos seguintes requisitos:

 a) a transmissão de um pulso de centelhamento não pode ser comprometida de maneira que impeça
a detecção de um pulso relevante de centelhamento de fechamento e abertura;

 b) todo o cabeamento Power-i (cabo tronco Power-i incluindo todos os cabos de derivação) deve
atender aos requisitos específicos das ABNT  NBR  IEC  60079-11, ABNT  NBR  IEC  60079-25 e
ABNT NBR IEC 60079-14;

 c) cabos do tipo C (multicabos), conforme definido na ABNT NBR IEC 60079-25, devem ser excluídos
em cabeamento Power-i;

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 d) o tempo de resposta do sistema tresp-system depende primordialmente do comprimento do

cabo-tronco Power-i utilizado e do atraso de propagação no mesmo; os requisitos da Tabela 3


devem ser aplicados;

NOTA Os parâmetros e o comprimento do cabo são pertinentes à segurança e determinam o máximo


tempo de resposta para o tronco Power-i (ver A.3.4).

 e) o comprimento máximo de cada cabo de derivação é limitado a 15 m. O comprimento total máximo
de todos os cabos de derivação de todo sistema Power-i é 50 m;

 f) se o comprimento do cabo-tronco Power-i for menor que 40 m, o tempo de resposta deste cabo é
considerado 0,5 µs (ver A.3.4.2);

neste caso o comprimento de cada cabo de derivação é limitado a 10 m e o comprimento total de


todos os cabos de derivação de todo sistema Power-i é limitado a 20 m;

 g) a base de cálculo para a impedância característica do cabo ZW nesta Especificação Técnica
é ZW  =  100 Ω; a faixa permitida da impedância característica ZW do cabeamento Power-i é
80 Ω ≤ ZW ≤ 120 Ω. Os valores especificados para a impedância característica do cabo se referem
à frequência de 100 kHz ± 20 %.

A seção g) não se aplica para f);

 h) o cabeamento Power-i deve atender aos requisitos da Seção 6 e de A.3.4;

 i) a utilização de uma blindagem para cabeamento Power-i não é essencial para segurança; se uma
blindagem for utilizada, ela pode ser aterrada desde que isolada do circuito Power-i, de acordo
com os requisitos de rigidez dielétrica da ABNT NBR IEC 60079-25;
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 j) o cabeamento Power-i deve ser isolado da terra. Os requisitos para isolação do terra devem ser
de acordo com os requisitos de rigidez dielétrica do cabo, conforme a ABNT NBR IEC 60079-25.

5.5 Terminador Power-i


Quando utilizado, o terminador Power-i deve atender aos requisitos seguintes:

 a) deve possuir parâmetros pertinentes à segurança determinados conforme A.3.5;

 b) todos os componentes do terminador Power-i que previnem a realimentação de energia do


terminador Power-i para o cabeamento Power-i e todos os componentes determinantes para o
fator de avaliação AFterminador (Ver A.3.5.3) são pertinentes à segurança e devem atender aos
requisitos de 5.1-a);

 c) deve possuir um tipo de proteção apropriado para instalação em áreas classificadas, de acordo
com a ABNT NBR IEC 60079-0;

 d) o circuito de entrada de um terminador Power-i deve ser isolado do terra. Os requisitos de isolação
do terra devem ser os mesmos da ABNT NBR IEC 60079-11.

NOTA 1 O terminador Power-i assegura um casamento c.a. para a impedância característica do tronco
conectado e somente é necessário no caso de transmissão de dados, como por exemplo, em sistemas de
rede de campo.

NOTA 2 Devido à conexão paralela com o cabeamento Power-i, o tempo de reposta Power-i para
terminadores é desprezível.

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Um exemplo de um terminador Power-i é mostrado na Figura C.5.

5.6 Instrumentos de medição para verificação da malha Power-i

Instrumentos de medição intrinsecamente seguros de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-11 podem


ser conectados diretamente ao cabeamento Power-i sem verificações adicionais do sistema Power-i
se os seguintes requisitos forem observados:

 a) a indutância efetiva Li de 5 µH não é excedida (Li < 5 µH);

 b) a capacitância efetiva de entrada Ci de 1 nF não é excedida, adicionalmente a resistência de


entrada Rs não pode ser menor que 10 kΩ (Rs ≥ 10 kΩ);

 c) o instrumento de medição deve possuir parâmetros Ui e Ii não menores que a classe de tensão
e corrente do circuito Power-i;

 d) o instrumento de medição não pode ser uma fonte de energia para o sistema, exceto para uma
corrente de fuga não maior que 50 µA.

Alternativamente, quando são utilizados instrumentos de medição em conformidade com os


requisitos para dispositivos de campo Power-i, eles devem ser incluídos na verificação de um
sistema Power-i conforme 6.2.

NOTA Estes requisitos não se aplicam a instrumentos de ensaio utilizados pelo fabricante durante a
produção, ensaio, reparo ou recuperação.

5.7 Classes de aplicação Power-i

Cada dispositivo Power-i deve ser classificado em uma das classes de aplicação Power-i conforme a
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Tabela 1 e Tabela 2.

Tabela 1 – Definição de classes de tensão Power-i


Máxima tensão de saída Uo-source Classes de tensão Power-i
24 V 24 V
32 V 32 V
40 V 40 V

Tabela 2 – Definição de classes de corrente Power-i


Máxima corrente de saída Io-source Classes de corrente Power-i
0,5 A 0A5
1,0 A 1A0
1,5 A 1A5
2,0 A 2A0
2,5 A 2A5

Os valores de tensão e corrente da Tabela 1 e da Tabela 2 não podem ser excedidos mesmo sob
condições de falha conforme a ABNT NBR IEC 60079-11.

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Dispositivos de campo e terminadores Power-i com limitação interna de corrente pertinentes à segu-
rança podem ser considerados como sendo de classe de corrente Power-i 2A5.

Devido à limitação de corrente interna não há necessidade de que a fonte Power-i limite a corrente
para prevenir sobrecarga no equipamento de campo ou no terminador Power-i, e assim estes podem
ser conectados até mesmo a uma fonte Power-i classe de corrente 2A5.

6 Requisitos do sistema
6.1 Seleção da classe de corrente Power-i permitida para a fonte Power-i

A classe de corrente máxima permissível Power-i dada em 5.7 depende da classe de tensão Power-i
selecionada e do tempo de resposta do sistema Power-i tresp-system considerando o Grupo e o fator de
segurança da aplicação específica.

A Tabela 3 apresenta as combinações para os Grupos I, II e III com fatores de segurança SF 1.0 e
SF 1.5, dependendo do respectivo nível de proteção.

Tabela 3 – Combinações permitidas de classes de aplicação Power-i para fontes Power-i


em função do tempo de resposta do sistema para todos os Grupos (n.p. = não permitido)
Grupo + Máxima classe de corrente permitida das fontes Power-i
Classe de
Fator de segurança Tempo de resposta do sistema tresp-system
tensão
SF 1 μs 2 μs 4 μs 6 μs 8 μs 10 μs 12 μs
IIC “ib” 24 V 2A0 1A5 1A0 1A0 0A5 0A5 n.p.
SF 1,5 32 V 2A0 1A5 1A0 0A5 0A5 n.p. n.p.
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24 V 2A5 2A5 2A0 1A5 1A0 0A5 0A5


IIC “ic”
32 V 2A5 2A0 1A5 1A0 0A5 0A5 n.p.
SF 1,0
40 V 2A5 1A5 1A0 1A0 0A5 n.p. n.p.
24 V 2A5 2A5 2A0 1A5 1A0 1A0 0A5
IIB “ib”
32 V 2A5 2A5 1A5 1A0 1A0 0A5 0A5
SF 1,5
40 V 2A5 2A0 1A5 1A0 0A5 0A5 0A5

IIB “ic” SF 1,0 e 24 V 2A5 2A5 2A0 1A5 1A0 1A0 0A5

IIA, I e III 32 V 2A5 2A5 2A0 1A5 1A0 1A0 0A5
SF 1,0 e 1,5 40 V 2A5 2A0 1A5 1A0 1A0 0A5 0A5
NOTA 1 As classes de corrente permitidas na Tabela 3 têm como base um máximo incremento de tensão possível de 1 V/μs
para um evento de centelhamento.
NOTA 2 Exemplo: A classe de tensão selecionada é 32 V e o tempo de resposta do sistema selecionado é 2 μs:
IIC SF=1,5: máxima classe de corrente Power-i permitida para a fonte Power-i é 1A5 (adicionalmente 1A0 e 0A5 são
permitidas);
IIB SF=1,5: máxima classe de corrente Power-i permitida para a fonte Power-i é 2A5; (adicionalmente 2A0, 1A5, 1A0 e
0A5 são permitidas).
NOTA 3 Os valores permitidos para Grupos IIA, I e III são os mesmos permitidos para Grupo IIB ic.

Exemplos práticos de aplicações da Tabela 3 são apresentados no Anexo D.

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Os procedimentos de avaliação especificados no Anexo A foram definidos e otimizados especificamente


para os parâmetros da Tabela 3 e os requisitos mencionados anteriormente. As condições de intercone-
xão para diversos dispositivos Power-i permitem interoperabilidade e aplicações “plug & play”.

NOTA 4 Parâmetros além das faixas das Tabelas 1, Tabela 2 ou Tabela 3 requerem considerações especiais
e não são cobertos por esta Especificação Técnica.

6.2 Verificação de um sistema Power-i

A interconexão de todos os dispositivos e cabeamento Power-i utilizados em um sistema Power-i


devem atender em sua totalidade aos requisitos seguintes:

NOTA Para dispositivos Power-i, a informação necessária para esta verificação está definida na docu-
mentação e na marcação de cada dispositivo Power-i.

 a) a classe de tensão Power-i dos dispositivos de campo e terminadores Power-i deve ser maior ou
igual à classe de tensão da fonte Power-i;

 b) a classe de corrente Power-i de todos os dispositivos de campo e terminadores Power-i deve
corresponder à classe de corrente da fonte Power-i conforme a Tabela 4.

Tabela 4 – Classe de corrente Power-i de dispositivos de campo ou terminadores Power-i


correspondendo à classe de corrente da fonte Power-i
Classe de corrente da Classes de corrente Power-i permitida para
fonte Power-i dispositivos de campo e terminadores Power-i
0A5 0A5 / 1A0 / 1A5 / 2A0 / 2A5
1A0 1A0 / 1A5 / 2A0 / 2A5
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1A5 1A5 / 2A0 / 2A5


2A0 2A0 / 2A5
2A5 2A5

 c) o tempo de resposta do sistema Power-i, tresp-system não pode exceder o valor dado na Tabela 3
para a classe de tensão e corrente Power-i da fonte Power-i utilizada, considerando o Grupo e o
fator de segurança da aplicação específica.

O tempo de resposta do sistema Power-i tresp-system deve ser determinado de acordo com A.3.4.

A seguinte equação se aplica:


tresp − system = tresp − source + 2tresp − trunk

 d) a soma dos fatores de avaliação (AF) de todos os dispositivos de campo Power-i, cabeamento
e terminadores em um sistema Power-i não pode exceder o fator de avaliação da fonte Power-i
utilizada. Os fatores de avaliação são determinados em conformidade com A.3.

A seguinte equação se aplica:


AF source ≥ ( AF terminator + AF power-i-trunk + AF field-device −1 + AF field-device − 2 + ...)

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A Figura 5 ilustra o processo de avaliação de um sistema Power-i. Exemplos práticos são mostrados
no Anexo D.

Início

As classes de tensão e corrente


Não Power-i de todos os dispositivos e
cabeamento Power-i
correspondem umas às outras?

Sim

Não O fator de Avaliação Power-i


AFsource está em conformidade com os
requisitos de 6.2 d)?

Sim

Não O tempo de resposta do sistema


Power-i tresp-system está em
conformidade com 6.2 c)?

Sim

Não
está em
conformidade O sistema Power-i reúne
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com os requisitos os requisitos Power-i


Power-i

Figura 5 – Procedimento básico de avaliação para um sistema Power-i

7 Avaliação e ensaios
7.1 Procedimento para a determinação dos parâmetros relevantes à segurança

Os parâmetros pertinentes à segurança dos dispositivos e cabeamento Power-i devem ser determinados
e verificados de acordo com os procedimentos de ensaios Power-i indicados a seguir. Informações
detalhadas são apresentadas no Anexo A:

 a) determinação dos valores elétricos máximos relacionados com a segurança (tensão U e corrente I),
como base para a classificação em classes de tensão e corrente Power-i, de acordo com 5.7;

 b) determinação do tempo de resposta da fonte Power-i tresp-source (ver A.3.2.2) e tempo de resposta
do tronco Power-i tresp-trunk (ver Anexo A.3.4.2);

 c) determinação dos fatores de avaliação específicos Power-i (AF) da fonte Power-i, dos disposi-
tivos de campo Power-i e, se aplicável, do terminador Power-i aplicando os métodos de ensaio
especificados em A.3.2.3, A.3.3.3 e A.3.5.3;

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NOTA 1 Para avaliar a segurança de um sistema Power-i, a soma dos fatores de avaliação AF de
todos os dispositivos Power-i incluindo o cabeamento Power-i, contidos no sistema é pertinente.

 d) dispositivos de campo Power-i e fontes Power-i devem atender aos requisitos do ensaio de pulso
de transição especificados em A.3.2.5 e A.3.3.4;

NOTA 2 Este ensaio é necessário para assegurar o comportamento intrinsecamente seguro (ensaio
das características do pulso de centelhamento).

 e) as fontes Power-i devem atender aos requisitos do ensaio de rotina do fator de avaliação de
acordo com A.3.2.4.

A Tabela 5 apresenta em detalhes os procedimentos de ensaios Power-i de (a) até (e) aplicáveis para
cada dispositivo Power-i e para o cabeamento Power-i.

Tabela 5 – Relevância dos procedimentos de ensaio Power-i

Fonte Dispositivo
Procedimento de ensaio Terminador Cabeamento
de campo
Power-i Power-i Power-i Power-i
Power-i
(a) parâmetro elétrico Ensaio de Ensaio de Ensaio de
ver A.3.4.1
pertinente à segurança tipo A.3.2.1 tipo A.3.3.1 tipo A.3.5.1
(b) tempo de resposta máximo Ensaio de Não Não Pertinente ver
tresp tipo A.3.2.2 pertinente pertinente A.3.4.2
Ensaio de Ensaio de Ensaio de Pertinente ver
(c) Fator de avaliação AF
tipo A.3.2.3 tipo A.3.3.3 tipo A.3.5.3 A.3.4.3
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(d) ensaio de pulso de Ensaio de Ensaio de Não


Não pertinente
transição tipo A.3.2.5 tipo A.3.3.4 pertinente
Ensaio de Não Não
(e) ensaio do fator de avaliação Não pertinente
rotina A.3.2.4 pertinente pertinente

NOTA 3 Os métodos de ensaio especificados no Anexo A são baseados na aplicação dos pulsos de ensaio
definidos. Desse modo, a modificação do pulso do ensaio pelo dispositivo Power-i, incluindo o cabeamento
Power-i está sendo avaliada, possibilitando assim a interoperabilidade e função “plug-and-play” de diferentes
dispositivos Power-i de diferentes fabricantes.

7.2 Ensaios de tipo

Os ensaios de tipo devem ser realizados conforme a Tabela 5.

7.3 Ensaios de rotina

Os ensaios de rotina devem ser realizados em cada fonte Power-i para verificar o fator de avaliação
AFsource (ver Tabela 5).

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8 Marcação de dispositivos Power-i


8.1 Generalidades

Exceto quando modificado por esta Seção, cada equipamento deve ser marcado em conformidade
com as ABNT NBR IEC 60079-0 e ABNT NBR IEC 60079-11 e adicionalmente com a palavra “Power-i”
seguida de uma indicação da sua função, por exemplo, “fonte”, “dispositivo de campo” ou “terminador”.

Quando o equipamento tem dupla marcação de modo que ele possa ser utilizado em um sistema
Power-i e um sistema intrinsecamente seguro convencional, cuidados devem ser tomados para dife-
renciar entre a marcação Power-i e a marcação de um sistema convencional intrinsecamente seguro.

Para fontes Power-i, os parâmetros de saída Uo, Io, Co, Lo, Po e Lo/Ro não precisam ser marcados.
Para equipamentos de campo Power-i e terminadores Power-i, os parâmetros internos e de entrada
Ui, Ii, Ci, Li, Pi e Li/Ri não precisam ser marcados. Em lugar destes parâmetros, as especificações
seguintes devem ser utilizadas: classes de corrente e tensão Power-i, o fator de avaliação AF Power-i
especificado e, quando aplicável, o tempo de resposta tresp Power-i especificado.

8.2 Exemplos de marcação

Os seguintes exemplos são de marcação.

 a) Fonte de alimentação


Fonte Power-i
John Delon Ltd., SW99 2AJ UK, Type ACD-XX1
‒5 °C ≤ Ta ≤ +50 °C
PTB-Nr 13C 98765
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Serial No. 012345


[Ex ib Gb] IIC
IN: Um = 250 V
OUT: 32V1A0
tresp = 1,2 μs AF = 12
 b) Fonte de alimentação
Fonte Power-i
Max Denver Ltd., SW99 2AJ UK, Type BCD-YY1
‒10 °C ≤ Ta ≤ +50 °C
PTB-Nr 13C 98722
Serial No. 012333
Ex eb mb [ib] IIC T4 Gb
IN: Um = 250 V
OUT: 32V2A0
tresp = 0,7 μs AF = 10
 c) Dispositivo de campo
Dispositivo de campo Power-i
Peter Pan plc., GL99 1JA UK, Type ZZS-222A
BAS 13 C 151860
Serial No. 812369

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Ex ib mb IIC T4 Gb
IN: 32V1A5
AF = 3,1
 d) Dispositivo de campo
Dispositivo de campo Power-i
Hans Müller GmbH, 38116 Braunschweig, D, Type 1AZS-33A
BAS 02 A 1234
Serial No. 220367
Ex ib IIB T4 Gb
IN: 40V1A5
AF = 2,8

9 Instruções
Instruções requeridas na Documentação da ABNT NBR IEC 60079-11 devem conter adicionalmente o
modelo do equipamento com os parâmetros Power-i:

●● Fonte Power-i: OUT, tresp e AF;

●● Dispositivo de campo Power-i e terminador Power-i: IN e AF;

Para fontes Power-i, parâmetros de saída Uo, Io, Co, Lo, Po e Lo/Ro não precisam ser mencionados.
Para dispositivos de campo e terminadores Power-i, os parâmetros internos e de entrada Ui, Ii, Ci, Li,
Pi e Li/Ri não precisam ser mencionados.
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Anexo A
(normativo)

Avaliação dos parâmetros de segurança Power-i

A.1 Generalidades
A determinação e a verificação dos parâmetros pertinentes à segurança de dispositivos Power-i e do
cabeamento Power-i baseiam-se em procedimentos de ensaios específicos Power-i como definidos
em 7.1 e neste Anexo. As avaliações e procedimentos de ensaio necessários estão na Tabela 5.

A.2 Equipamento de ensaio específico Power-i

A.2.1 Equipamento de ensaio universal Power-i

A Figura A.1 mostra o esquema elétrico do equipamento de ensaio universal Power-i utilizado para
determinar os parâmetros específicos Power-i e para confirmar o comportamento específico Power-i.

Componentes de um equipamento de ensaio universal Power-i (Figura A.1)

●● Gerador de pulsos

Um gerador ajustável de disparo de pulso único que gere dois diferentes tipos de pulsos retangu-
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lares de referência, com tempo de subida e descida menores que 0,2 µs.
di
 a) pulso retangular de referência para centelhas de abertura ⇒ − :
dt
um único pulso positivo retangular com uma amplitude de Upuls-ref = +10 V ± 5 %; o valor
absoluto da amplitude pode ser ajustado para valores menores e tem uma duração do pulso
de referência definida de tpulse-generator = 20 µs ± 5 %;
di
 a) pulso retangular de referência para centelhas de fechamento ⇒ + :
dt
análogo ao pulso retangular de referência positivo, um pulso negativo de Upuls-ref = –10 V ± 5 %
com as mesmas características como em a);

●● Chave seletora S1

É utilizada para selecionar entre os dois modos de operação “tempo de resposta” (posição B) e
“fator de avaliação” (posição A);

Chave na posição A: modo fator de avaliação AF;

Chave na posição B: modo tempo de resposta;

NOTA Chave seletora S1 na posição A simula uma falha na via paralela do cabo. Na posição A, o
equipamento de ensaio atenua o pulso aplicado gerando a menor amplitude de pulso.

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●● Resistência variável Rvariable

Uma resistência ôhmica ajustada para um valor que seja o quociente entre Uo e Io derivado do
Anexo A da ABNT NBR IEC 60079-11;

●● Módulo de acoplamento

Consiste de um circuito simples equivalente para simular a impedância da linha com uma
impedância característica definida ZW:
L' 660µH
ZW = = = 100Ω
C' 66nF

●● Filtro passa-baixa

Filtro RC passa-baixa simples.

●● Chave S2

utilizada para chavear para o modo de medição da amplitude do pulso (S2 na posição “OFF”);

●● Desacoplador C.C.

utilizado para desacoplamento c.c. do equipamento universal de ensaio Power-i;

chave S2 seletora S1
4
R = 100 Ohm B
22 μF
OFF S1
2
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Rvariável centelhamento de
ON 330 μH 330 μH A abertura
S2
Upulse

Upulse – ref
100
1 000 Ohm 0 t
100 K Ohm S1 - posição A
4,7 K = modo AF centelhamento de
3 S1 - posição B
66 nF

fechamento
= modo td 0 t
Upulse

1 nF – Upulse – ref

desacoplador filtro
módulo de resistência
cc passa gerador de disparo
acoplamento variável
baixa de pulso único

Figura A.1 – Princípio básico de equipamento de ensaio universal Power-i


A Figura A.2 mostra o sinal de saída do filtro passa-baixa ULPF da Figura A.1 entre os pontos de
conexão 3 e 1 com a chave seletora S1 na posição A e a chave S2 na posição “ON” e o equipamento
Power-i conectado entre os pontos de conexão 2 e 1.

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ULPF ULPF

ULPF – ref

ULPF – lim

0 t 0 t

Figura A.2 – Pulso de saída entre os terminais 3 e 1 da Figura A.1


NOTA O pulso com amplitude menor é resultado da redução da amplitude do gerador de disparo de pulso
único, a fim de determinar o fator de avaliação AF dos equipamentos Power-i (ver Figura A.6 e Figura A.10).

A.2.2 Carga de ensaio Power-i

A carga de ensaio Power-i deve assegurar um comportamento de partida definido (soft start) realizando
uma subida lenta da corrente. Isto permite que a fonte opere no modo Power-i.

Deve ser assegurado que a carga de ensaio cause uma mínima atenuação do pulso de ensaio do
equipamento de ensaio universal (ver Figura A.1).

O princípio da carga de ensaio Power-I é mostrado na Figura A.3. Ele consiste de uma unidade de
partida lenta em combinação com um gyrator, para atender aos requisitos mencionados anteriormente.
Um exemplo é mostrado no Anexo C.4.
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NOTA BRASILEIRA O gyrator é um circuito elétrico passivo, linear, sem perdas como um hipotético
quinto elemento linear (os outros são o  resistor, o  capacitor, o  indutor  e o  transformador  ideal). Ao
contrário dos outros elementos lineares, o gyrator é não recíproco, ou seja, inverte as características
de um  componente elétrico  ou de uma rede elétrica e, no caso de elementos lineares, também inverte
a impedância. Por exemplo, faz um circuito capacitivo se comportar como indutivo, um circuito LC em série
se comportar como um circuito LC em paralelo, um filtro passa-faixa se comportar como um filtro rejeita-
faixa, e assim por diante.

O fator de avaliação da carga de ensaio Power-I é medido de acordo com A.3.3.3. Neste caso,
o dispositivo de campo Power-I mostrado na Figura A.10 é substituído por uma carga de ensaio
Power-i. Para se atingir um alto fator de avaliação da fonte Power-I, é recomendável a utilização de
uma carga de ensaio com baixo fator de avaliação. Um exemplo prático de baixo fator de avaliação
está mostrado na Figura C.4.

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Carga Carga
de ensaio variável

Gyrator

unidade de
partida lenta

Figura A.3 – Princípio básico de uma carga de ensaio Power-i

A.3 Determinação dos parâmetros relevantes de segurança para dispositivos


e cabeamento Power-i

A.3.1 Generalidades
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Esta Seção toma como base os procedimentos específicos de ensaio Power-i descritos em 7.1.

É necessário um osciloscópio digital com retenção para medir o tempo de resposta e o fator de
avaliação. A mínima frequência de corte deste osciloscópio não pode ser menor que 50 MHz.

A.3.2 Parâmetros pertinentes de segurança para as fontes Power-i

A.3.2.1 Determinação dos valores máximos pertinentes de segurança para fontes Power-i

Os valores de saída U0-source e I0-source da fonte Power-i não podem exceder os valores definidos
para as classes de tensão e corrente nas Tabelas 1 e 2, de modo a especificar as classes de aplicação
de fontes Power-i sob as condições fornecidas pela ABNT NBR IEC 60079-11 para U0 e I0.

A.3.2.2 Determinação do tempo de resposta tresp-source de fontes Power-i

A determinação do tempo de resposta tresp-source da fonte Power-i é feita com o equipamento de


ensaio mostrado na Figura A.4. O tempo tresp-source da fonte Power-i é determinado com um pulso
de ensaio definido gerado por um equipamento de ensaio universal Power-i (incluindo o gerador de
disparo de pulso único) conforme a Figura A.1, resultando no modo shutdown conforme 5.2. Este
ensaio deve ser realizado com a chave seletora S1 na posição B e a chave S2 na posição “OFF” (ver
Figura A.1) O ensaio deve ser realizado com uma carga de ensaio Power-i ajustável (ver A.2.2). Esta
carga consiste da combinação de um dispositivo de campo Power-i com uma carga ajustável para
atingir a máxima potência de saída.

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4
Seletora
S1
2 pos. B

Centelhamento
principal exemplo:

de abertura
Alimentação

Fonte

Upulse
pos. A
i
230 Vca

Power-i Carga u Upulse-ref


de
ensaio 0 t
Equipamento
sob ensaio
Chave S2 Centelhamento
1 de fechamento
0 t

upulse
3 OFF − Upulse-ref
Fonte u/iosci
Power-i
Equipamento 0
t
sob ensaio Equipamento de
ensaio universal
Power-i Gerador de disparo
de pulso único

Osciloscópio digital
com memória

Figura A.4 – Princípio básico do equipamento para a determinação do tempo de resposta


tresp-source
Um desligamento é alcançado quando as condições descritas em 5.2-b), d) e) são completadas.

NOTA Mais informações são fornecidas no Anexo B.2. Na Figura B.4, o valor de Ishutdown tem como base
o valor da resistência Rstart.

A Figura A.5 mostra um exemplo de determinação do tempo de resposta tresp-source de uma fonte
Power-i (24 V, IIC, FS 1,5).
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5 µs/div
Uovershoot-40 µs = 28,5 V

I UO-source = 24 V

Ishutdown
IO-source = 900 mA
800 mA

tresp-source = 2 µs
600 mA
tshutdown = 20 µs

400 mA
IO-IEC = 174 mA

200 mA Ishutdown -20 µs Ishutdown


Ishutdown -20 µs ≤ 131 mA
≤ 0,75 IO-IEC ≤ 87 mA
Ishutdown ≤ 0,5 IO-IEC Ishutdown
0 mA 0
T 2.000000us
Calc1 ∗∗∗∗∗∗
Calc2 ∗∗∗∗∗∗
CH1 INPUT CH3 INPUT
DC 1M DC 1M Tempo
5.00 V/div 200 mA/div
1:1 10A:1V

Figura A.5 – Exemplo de uma tela de osciloscópio para determinação do tempo de resposta
tresp-source

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A.3.2.3 Determinação do fator de avaliação AFsource para fonte Power-i

A determinação do fator de avaliação AF é feita com equipamento de ensaio como mostrado na


Figura A.6. Este ensaio deve ser realizado para condições de carga especificadas com uma carga de
ensaio Power-i ajustável (ver A.2.2) em conformidade com a Figura A.6. O ensaio deve ser realizado
com a chave seletora S1 na posição A no equipamento de ensaio universal Power-i (ver Figura A.1).

NOTA As condições diferentes de carga somente podem ser obtidas utilizando cargas com características
específicas Power-i de partida ou de ligação.

Seletora 4
S1
2 pos. B

Centelhamento
principal exemplo:

de abertura
Fonte pos. A
Alimentação

Upulse
Power-i Carga
230 Vca

de Upulse-ref
ensaio 0 t
Equipamento Chave S2
sob ensaio
OFF
1 Centelhamento
de fechamento
0 t
ON

upulse
Carga de Uosci 3 − Upulse-ref
ULPF

ensaio
Power-i Equipamento de
(ajustável) 0 ensaio universal
t Power-i

Gerador de disparo
de pulso único

Osciloscópio digital
com memória
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Figura A.6 – Equipamento de ensaio para a determinação do fator de avaliação AFsource


(princípio básico)
Componentes do equipamento de ensaio da fonte Power-i - AFSource

●● Equipamento universal de ensaio Power-i com a chave S1 na posição A (ver Figura A.1) incluindo
o gerador de disparo de pulso único;

●● Carga de ensaio Power-i ajustável:

é utilizada para garantir um desligamento seguro nas faixas de carga definidas;

Estas são especificadas a seguir:

 1) potência total de saída; IO-source-max

 2) três quartos da potência total; ¾ IO-source-max

 3) metade da potência total; ½ IO-source-max

 4) um quarto da potência total; ¼ IO-source-max

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Procedimento para a determinação do fator de avaliação de uma fonte Power-i

 a) utilizar a configuração de ensaio conforme mostrado na Figura A.6.

 b) ajustar o Rvariable da Figura A.1 de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-11; por exemplo, uma
dada tensão de U = 24 V leva a uma corrente permitida de I = 174 mA, resultando em uma
resistência de R = 138 Ω; Rvariable deve ser ajustado para este valor;

 c) ajustar a carga de ensaio Power-i para obter a máxima potência de saída da fonte Power-i (máxima
corrente de saída Io-source);

 d) ajustar o pulso retangular de referência para centelha de abertura do gerador de disparo de
pulso único do equipamento universal de ensaio Power-i (ver Figura A.6) no terminal 4 para os
seguintes parâmetros
Upuls − ref = 10V ± 5% e tpuls − ref = 20µs ± 1µs

 e) comutar a chave S2 para a posição “OFF”: disparar um pulso único do gerador de pulsos e medir
o pico do pulso de referência na saída do filtro passa-baixa ULPF-ref (ver Figura A.2) no terminal
de saída 3 do equipamento universal de ensaio; isto é utilizado para definir o valor de referência
ULPF-ref para determinar o fator de avaliação da fonte de alimentação Power-i;

 f) comutar a chave S2 para a posição “ON”: reduzir progressivamente a amplitude do pulso
retangular Upuls < 10 V até que a fonte Power-i deixe de responder com um desligamento; o
comportamento de desligamento deve ser verificado com este pulso; um desligamento é obtido
quando as condições se aplicam conforme 5.2;

 g) comutar a chave S2 para a posição “OFF”: determinar o valor do pico do pulso reduzido ULPF-lim
de acordo com f) na saída do filtro passa baixa da Figura A.6, terminal de saída 3, por meio de
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um osciloscópio;

 h) o fator de avaliação AFsource é obtido conforme a seguir (ver Figura A.2):
U 
AFsource = 20 lg  LPF − ref 
 ULPF − lim 

 i) repetir os passos de ensaio de d) até h) para cargas de ensaios com ¼ , ½ e ¾ IO-source-max.

 j) repetir os passos de ensaio de e) até i) com o pulso retangular de referência para centelha por
fechamento utilizando o equipamento universal de ensaio conforme a Figura A.1 e Figura A.6;

 k) o menor fator de avaliação de todos os ensaios deve ser utilizado como o fator de avaliação
nominal AFsource.

A.3.2.4 Ensaio de rotina para o fator de avaliação da fonte Power-i

Este ensaio somente é relevante para o ensaio de rotina em conformidade com 7.3 e é executado com
o equipamento de ensaio conforme a Figura A.7.

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Seletora
S1 4
2 pos. B

Centelhamento
de abertura
Upulse-ref

upulse
Fonte pos. A
Power-i Carga Upulse-test
de 0 t
Equipamento ensaio
sob ensaio 3
Chave S2 Centelhamento
de fechamento
0 t
ON − Upulse-test

upulse
1 − Upulse-ref

Carga de Equipamento de
ensaio ensaio universal
Power-i Power-i Gerador de disparo
ajustável de pulso único

Figura A.7 – Equipamento para ensaio do fator de avaliação da fonte Power-i


Procedimento de ensaio do fator de avaliação

 a) Configurar os equipamentos de ensaio conforme a Figura A.7.


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 b) O Rvariable do equipamento de ensaio universal Power-i (ver Figura A.1) deve estar em conformi-
dade com a ABNT NBR IEC 60079-11

(Por exemplo: U = 24 V → I = 174 mA → Rvariable = 138 Ω).

 c) A carga de ensaio Power-i (ver A.2.2) deve ser ajustada para a máxima corrente nominal de saída
da fonte Power-i.

 d) A amplitude do pulso Upuls-test do gerador de pulso único no terminal 4 da Figura A.7 deve ser
ajustada conforme as seguintes equações:
AF AF
− −
Upuls − ref = 10V ± 5% e Upuls − test = Upulse − ref ∗ 10 20 = 10V ∗ 10 20

e tpuls − ref = 20µs ± 1µs

AF é o fator de avaliação nominal da fonte Power-i sob ensaio, conforme definido no Anexo
A.3.2.3-i);

Um exemplo deste procedimento é mostrado na Figura A.8 para uma centelha por abertura. O valor
assumido para o fator de avaliação neste gráfico é AF = 8,29. Utilizando a equação em d), o valor
calculado para a amplitude do pulso de ensaio é de Upuls-test = 3,85 V. Esta amplitude de pulso deve
conduzir a um desligamento da fonte Power-i conforme 5.2.

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Upulse-test = 3,85 V
I, U

IO-source

Ch2
Upulse-ref = 10 V

6 µs/div
Ishutdown
Ch1

CH1 INPUT CH2 INPUT CH3 INPUT


DC 1M AC Full DC 1M Tempo
2.00 V/div 5.00 V/div 200 mA/div
10:1 1:1 10A:1V

Figura A.8 – Exemplo de uma tela de osciloscópio de um ensaio de uma fonte Power-I com
um fator de avaliação AF = 8,29 para uma centelha por abertura
 e) Um pulso único de abertura com amplitude conforme d) deve resultar em um desligamento da
fonte Power-i conforme 5.2.
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 f) O mesmo se aplica para um pulso único de fechamento.

 g) O ensaio é aprovado quando as condições de e) e f) forem atendidas.

A.3.2.5 Ensaio do pulso de transição para fonte Power-i

A Figura A.9 mostra a configuração dos equipamentos para realização do ensaio de pulso de transição
para uma fonte Power-i na configuração mais simples conforme a Figura 3.

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Máxima
Upulse

carga
0
t
Monitoramento
de corrente

i ZD
Botão de partida 10 V

+ Disparo único
pulso negativo
& ES1 ES2
20 µs Chaves
principal exemplo:

Fonte eletrônicas
Alimentação

Power-i
230 Vca

Compa-
rador Sensor de
Equipamento corrente
sob ensaio
var ref

Equipamento para
ensaio de pulso
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Figura A.9 – Equipamento para o ensaio de pulso de transição de uma fonte Power-i
Dispositivo
de campo
A configuração de ensaio é composta dos seguintes componentes:
Power-i

●● fonte Power-i (dispositivo sob ensaio);

●● máxima carga (com base nos parâmetros da etiqueta da fonte Power-i);


Condições
●● deosciloscópio
carga digital com memória.
Fonte
máxima
●● gerador de pulsos com os componentes:

—— botão de partida;

—— chaves eletrônicas: ES1 e ES2 simulando conexão e desconexão da carga máxima;

—— sensor de corrente e elemento de referência variável para ajustar o limite do comparador


Uvar ref;

—— disparo de pulso único negativo: disparado pelo comparador quando a corrente através do
sensor de corrente excede o valor-limite.

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Procedimento de ensaio de pulso de transição para fonte Power-i:

 a) Configurar os equipamentos de ensaio conforme a Figura A.9.

NOTA 1 O pulso positivo do botão de partida resulta no fechamento de ES1 e ES2; isto leva a uma
conexão da máxima carga à fonte Power-i e uma subsequente queda de corrente até o desligamento da
fonte Power-i.

NOTA 2 Devido às características de partida lenta da fonte Power-i após a queda de corrente que
causa o desligamento, uma corrente crescente flui através do sensor de corrente.

NOTA 3 Quando a tensão através do sensor de corrente excede a tensão de referência ajustada
inicialmente UVar ref , o comparador dispara o pulso único negativo.

Isto leva ao desligamento de ES1 e a um pulso de 10 V no sistema.

 b) A tensão de referência UVar  ref na Figura A.9 deve ser ajustada para permitir um disparo do
comparador de tensão para valores de corrente de 25 %, 50 %, 75 % e 100 % da máxima corrente
de saída IO-source.

 c) Pressionar o botão de partida e verificar que isto leva ao desligamento da fonte Power-i de acordo
com 5.2-b). Isto deve ser verificado monitorando com o osciloscópio a queda de corrente até o
desligamento

A.3.3 Parâmetros relevantes de segurança para os dispositivos de campo Power-i

A.3.3.1 Determinação dos valores máximos dos parâmetros pertinentes de segurança para
dispositivos de campo Power-i
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Os valores máximos dos parâmetros pertinentes de segurança devem atender aos requisitos das
ABNT NBR IEC 60079-11 e ABNT NBR IEC 60079-25 e devem ser classificados conforme 5.7.

A.3.3.2 Determinação do tempo de resposta tresp-field-device para dispositivos de campo Power-i

A determinação do tempo de resposta tresp-field-device para dispositivos de campo Power-i não é


necessária (ver 5.3).

A.3.3.3 Determinação do fator de avaliação AFfield-device para dispositivos de campo Power-i

A Figura A.10 apresenta a configuração de ensaio necessária para a determinação do fator de


avaliação. Este ensaio deve ser realizado para as condições de carga máxima do dispositivo de
campo Power-i.

A configuração de ensaio conforme a Figura A.10 consiste dos seguintes componentes:

●● equipamento universal de ensaio Power-i (ver Figura A.1);

●● fonte de tensão: gera a tensão máxima especificada para o dispositivo de campo;

●● módulo de acoplamento: consiste de um indutor para assegurar o desacoplamento c.a. da fonte


de tensão em combinação com um resistor de 100 Ω em paralelo;

●● chave S3: é utilizada para conectar o dispositivo de campo ao sistema de medição;

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●● dispositivo de campo Power-i em condição de carga máxima;

●● osciloscópio digital com memória.

Procedimento para a determinação do fator de avaliação de um dispositivo de campo Power-i:

 a) Configurar o arranjo de ensaio conforme a Figura A.10.

 b) Configurar o equipamento universal de ensaio mostrado na Figura A.1:

●● posicionar a chave S2 na posição “ON” e comutar a chave S1 para a posição A;

●● ajustar o valor de pico do pulso de centelhamento por abertura do gerador de pulso único
para +10 V ± 5 % no terminal 4 da Figura A.10.

 c) Configurar os equipamentos de ensaio conforme a Figura A.10:

●● posicionar a chave S3 na posição “OFF”: fonte de tensão ajustada para o máximo valor
relacionado à segurança;

●● posicionar a chave S3 na posição “OFF”: medir o valor de pico do pulso ULPF-ref. (ver Figura
A.2) com o osciloscópio na saída 3 do equipamento universal de ensaio (ver Figura A.1);

●● posicionar a chave S3 na posição “ON”: medir o valor de pico do pulso ULPF-lim (ver Figura
A.2) com o osciloscópio na saída 3 do equipamento universal de ensaio (ver Figura A.1);

 d) O fator de avaliação AFfield-device é obtido conforme a seguir:


 1, 25ULPF − ref 
AF field − device = 20lg 
 ULPF − lim 
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NOTA O fator de 1,25 inclui uma atenuação adicional definida de 25 %. Um Fator de avaliação
AFfield-device mais alto significa maior segurança devido a uma restrição artificial intencional.

 e) Repetir os passos b) a d) com o pulso retangular de referência do gerador de pulso único para
gerar centelhas de fechamento de -10 V ± 5 % no terminal 4 da Figura A.10.

 f) O mais alto fator de avaliação deve ser utilizado como o fator de avaliação nominal para o dispo-
sitivo de campo Power-i (etiqueta de marcação).

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S3-ON: Seletora
OFF Módulo de S1
modo AF acoplamento pos. B
2
Centelhamento
S3-OFF:
de abertura
modo de S3 ON

Upulse
referência

100 Ohm
Upulse-ref

20 mH
pos. A
0 t
1
Centelhamento
Chave S2 de fechamento
0 t

Upulse
3 − Upulse-ref
Dipositivo de Fonte de Uosci ON
campo Power-i tensão
ULPF
Equipamento Equipamento de
0 t ensaio universal
sob ensaio
Gerador de disparo
Power-i
de pulso único
Condições de
carga máxima

Osciloscópio digital
com memória

Figura A.10 – Equipamentos de ensaio para a determinação do fator de avaliação AFfield device
para dispositivos de campo Power-i (princípio básico)
A.3.3.4 Ensaio de pulso de transição para dispositivos de campo Power-i

A Figura A.11 mostra a configuração de equipamentos necessários para a execução do ensaio de


pulso de transição.

Este equipamento de ensaio consiste dos seguintes componentes:


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●● dispositivo de campo Power-i sob condições de carga máxima;

●● fonte de tensão disponível comercialmente;

●● módulo de acoplamento;

●● osciloscópio digital com memória;

●● medidor de pulsos para dispositivos de campo com os componentes (ver também Figura A.9):

—— botão de partida;

—— chaves eletrônicas: ES1 e ES2 simulando conexão e desconexão do dispositivo de campo


Power-i à fonte de tensão;

—— elemento de referência variável para ajustar o limite do comparador e sensor de corrente;

—— disparo único/pulso negativo: disparado pelo comparador quando a corrente através do


sensor de corrente exceder o valor-limite.

Procedimento para realizar o ensaio de pulso de transição:

 a) configurar o arranjo de ensaio conforme a Figura A.11;

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NOTA 1 Um pulso positivo de partida da unidade de ensaio resulta no fechamento de ES1 e ES2, levando
a uma conexão do dispositivo de campo Power-i à fonte de tensão.

NOTA 2 Devido às características de partida lenta do dispositivo de campo Power-i, uma corrente crescente
flui através do sensor de corrente.

NOTA 3 Quando a tensão através do sensor de corrente exceder a tensão de referência do comparador
ajustada inicialmente, o pulso negativo é disparado. Isto resulta no desligamento de ES1 gerando, portanto,
um pulso de 10 V através dos terminais do gerador de pulsos.

 b) ajustar a tensão de referência Uvar ref na Figura A.11 de modo a permitir um disparo do comparador
de tensão para valores de corrente de 25 %, 50 %, 75 % e 100 % da máxima corrente.

 c) medir com o osciloscópio o pulso de tensão Upulse (ver Figura A.11) resultante da ação de
chaveamento por meio do módulo de acoplamento para diferentes valores de corrente conforme
descrito em b).

O nível de Upulse resultante deve estar acima do nível da curva envoltória, conforme mostrado na
Figura A.12, dentro da janela de tempo exibida. Alternativamente, a área tensão-tempo do pulso
resultante deve estar acima de ± 64 µVs dentro da janela de tempo de 20 µs exibida.

NOTA 4 Isto se aplica especificamente a dispositivos de campo com componentes ativos de


desacoplamento.

Dispositivos de campo Power-i contendo uma unidade interna de limitação de corrente (ver 5.7) devem
ser ensaiados com o dispositivo interno de limitação de corrente em funcionamento, ou seja, a carga
interna/externa nominal deve ser colocada em curto-circuito.

Os procedimentos de ensaio a) a c) devem ser executados com a variável de referência do medidor


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de pulsos ajustado para disparar o comparador no valor de corrente que equivale ao valor da limitação
interna de corrente relacionada à segurança.

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Upulse
0
t

ZD
10 V
Início do

Upulse
ensaio

100 Ohm
Dispositivo

20 mH
de campo
Power-i Disparo único
pulso negativo
Equipamento
20 µs
& ES1 ES2
sob ensaio Módulo de
Chaves
acoplamento
eletrônicas

Condições Compa- Sensor


de carga rador Fonte
de
máxima
corrente
Equipamento
para ensaio var ref
de pulso

Figura A.11 – Equipamento para o ensaio de pulso de transição de dispositivos


de campo Power-i

Upulse
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Upulse

5.0 V

3.0 V

Mínima
curva envoltória Upulse

0 2 18 t / µs

tstart-pulse

Figura A.12 – Avaliação do parâmetro do ensaio de pulso Upulse para o ensaio de pulso
de transição

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A.3.4 Parâmetros relevantes à segurança para o cabeamento Power-i

A.3.4.1 Determinação dos valores máximos relevantes à segurança para o cabeamento


Power-i

Cabos utilizados para Power-i devem estar em conformidade com as ABNT NBR IEC 60079-11,
ABNT NBR IEC 60079-25 e ABNT NBR IEC 60079-14.

A.3.4.2 Determinação do tempo de resposta tresp-trunk para o tronco Power-i

O tempo de resposta tresp-trunk deve ser considerado como o tempo unidirecional de propagação no
cabo-tronco Power-i. Se o comprimento do cabo-tronco for menor que 40 m, o tempo de resposta tresp-
trunk é definido como sendo 0,5 µs. Para todos os outros casos, dois diferentes métodos de avaliação
podem ser utilizados:

Cálculo de tresp-trunk

Este método se baseia nos valores mais desfavoráveis dos parâmetros L’ e C’ do cabo. Os parâmetros
L’ e C’ são unidades por comprimento do cabo-tronco e devem ser conhecidos, o valor de t´resp-trunk
é uma unidade de tempo por comprimento. A equação seguinte se aplica:

(lcable é o comprimento do cabo em questão, por exemplo, em m)


t 'resp-trunk = L' C' e tresp-trunk = t 'resp-trunk ∗ lcable

NOTA 1 Valores típicos para t’resp-trunk são de 5 ...7 ns/m.

Medição na prática do tresposta-tronco


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A Figura A.13 mostra um exemplo da configuração do equipamento de ensaio requerida para medir o
tempo de reposta do cabo.

NOTA 2 Um cabo com um comprimento mínimo de 100 m é aconselhável para se atingir uma precisão
suficiente.

Procedimento para a determinação do tempo de resposta tresp-trunk:

 a) Configurar os equipamentos de ensaio conforme a Figura A.13.

NOTA 3 A maioria dos geradores possui uma resistência interna R de 50 Ω, portanto é recomendado
reduzir o valor da resistência externa R para casar a resistência de 100 Ω do cabo.

 b) Gerar um pulso positivo de 200 ns de duração pelo gerador de pulso.

 c) Observar o sinal no ponto B com um osciloscópio.

 d) Medir o tempo de retardo tdelay entre a borda de subida positiva do pulso inicial e a borda negativa
de descida do pulso refletido.

 e) Calcular o tempo de resposta por comprimento t’resp-trunk com a seguinte equação;
(lcable = comprimento do cabo considerado):
tdelay
t 'resp − trunk = e tresp-trunk = t 'resp-trunk ∗ lcable
2lcable

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 f) Se necessário, calcular a impedância característica ZW por meio da seguinte equação:


100Ω ∗ UB
Zw =
U A − UB

UA R = Zw UB
A 100 Ohm B
Tronco

Generador:
pulso para
o cabo
UA
Canal A

Pulso de
referência

0
t
UB Pulso na
Canal A Canal B Canal B
entrada do
Osciloscópio cabo
digital com 0
memória t

Pulso
refletido
tdelay
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Figura A.13 – Equipamentos de ensaio para a determinação do tempo de resposta do


cabo-tronco Power-i tresp-trunk (princípio básico)
A.3.4.3 Determinação do fator de avaliação AFtrunk para o cabo tronco Power-i

O fator de avaliação do cabo tronco Power-i utilizado deve ser especificado de acordo com a equação
a seguir:
R
AFtrunk = 4.34 e R = R' ∗ lcable
Zw

O parâmetro R é a resistência ôhmica (resistência de loop com a unidade Ω) do cabo utilizado e deve
ser conhecida, o parâmetro R’ é a resistência ôhmica por comprimento.

A impedância característica ZW pode ser determinada pela equação a seguir:

Z W = L' C'

Para determinar o valor da impedância característica ZW também é possível utilizar o arranjo para
medição prática do tempo de resposta tresp-trunk de acordo com A.3.4.2 f) utilizando o equipamento de
ensaio da Figura A.13.

NOTA 1 A resistência de loop R pode ser facilmente medida com um ohmímetro.

NOTA 2 Exemplo: R’ = 25 Ω/1 000 m, L’ = 666 µH/1 000 m e C’ = 66 nF/1 000 m → ZW = 100 Ω → AFtrunk = 1,1;

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A.3.5 Parâmetros relevantes de segurança para o terminador Power-i

A.3.5.1 Determinação dos valores máximos relevantes de segurança para terminadores


Power-i

Os parâmetros relevantes máximos de segurança devem atender aos requisitos das


ABNT NBR IEC 60079-11 e ABNT NBR IEC 60079-25, e devem ser classificados de acordo com 5.7.

A.3.5.2 Determinação do tempo de resposta tresp-terminator para terminadores Power-i

A determinação do tempo de resposta tresp-terminator para terminadores Power-i não é necessária (ver 5.5).

A.3.5.3 Determinação do fator de avaliação AFterminator para terminadores Power-i

A determinação do AFterminator é baseada no procedimento para determinar o fator de avaliação dos


dispositivos de campo Power-i conforme descrito em A.3.3.3 com as seguintes mudanças:

●● substituir o dispositivo de campo Power-i (dispositivo sob ensaio) na Figura A.10, pelo terminador
Power-i;

●● seguir o procedimento descrito em A.3.3.3 para medir o fator de avaliação AFterminator;

●● o maior fator de avaliação determinado deve ser utilizado como fator de avaliação nominal para
o terminador Power-i.
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Anexo B
(informativo)

Explanação e detalhes do conceito básico do Power-i

B.1 Base física de uma ignição


O objetivo do ensaio de capacidade de ignição de faíscas de equipamentos intrinsecamente seguros
é distinguir se a origem da faísca vem, por um lado, de circuitos indutivos, capacitivos, mistos e resis-
tivos, e por outro lado, das várias características de saída da fonte de alimentação. Os parâmetros de
centelhamento de tensão Us, de corrente Is e tempo de duração da ts são de particular relevância. Isto
permite determinar a potência Ps e a energia Ws da faísca. Com base nestes parâmetros, na maioria
dos casos, é possível avaliar a energia da faísca liberada pelo circuito.

A precondição geral para uma ignição é a necessidade de exceder uma temperatura definida de
ignição dentro de um volume inicial de mistura gás/ar. Para tal, é necessário que se atinja uma
certa densidade de energia dentro deste volume inicial. Como a densidade de energia deriva do
consumo de potência dentro de um certo tempo de duração da faísca, pode ser deduzido que
este fator “tempo” é de fundamental importância durante uma ignição. O comportamento da
ignição pode ser fortemente influenciado pelo fator “tempo” de um modo bem fundamentado – isto
significa que podem ser alcançados os mais altos valores intrinsecamente seguros aprovados.
A ABNT NBR IEC 60079-11:2013 que não leva em consideração esta circunstância.

O “Power-i” considera esta circunstância e leva em conta o fator “tempo” porque tem como base o
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reconhecimento dinâmico e a reação às condições críticas de segurança.

Entretanto, para otimização da avaliação relacionada à segurança, é requerida a verificação dos três
componentes essenciais do sistema geral – fonte Power-i, cabeamento Power-i + dispositivos de
campo Power-i (incluindo a carga).

Para entendimento do princípio de operação do “Power-i”, é útil se ter uma visão da curva típica de
um centelhamento de abertura dado pelo equipamento de centelhamento padrão de acordo com
a ABNT  NBR  IEC  60079-11. A Figura B.1 mostra um exemplo de um centelhamento de abertura
fornecido por uma fonte com limitação resistiva. Cada centelhamento de abertura é caracterizado
inicialmente por um incremento de tensão em torno de 10 V em combinação com uma queda de
corrente. O fim do centelhamento é caracterizado pela máxima tensão de saída da fonte.

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Duração do
centelhamento ts
Fim do
Degrau centelhamento
inicial
Corrente, Tensão

Corrente Is

Tensão Us
Potência Ps

Tempo

Figura B.1 – Exemplo de uma curva típica de um centelhamento por abertura fornecido por
uma fonte de limitação linear
Este tipo de centelhamento é caracterizado por uma duração da centelha muito variável – geralmente
entre 20 µs e 2 ms (para equipamento do grupo IIC). A variação da duração da centelha leva a
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uma introdução de energia indefinida na centelha e na mistura explosiva. Na segurança intrínseca


convencional, a potência de entrada da centelha é portanto limitada a valores baixos quando a perda
térmica excede a entrada de energia. Portanto, a temperatura do gás ao redor do arco pode não
alcançar os valores-limite de temperatura de ignição. Isto significa que a potência disponível para
requisitos de funcionamento é também limitada.

O Power-i não utiliza o conceito de limitação de potência, mas sim o de limitação de tempo. Isto
significa que mais potência é disponibilizada para requisitos de funcionamento. A limitação da centelha
assegura que a temperatura da mistura de gás não atinja o limiar de ignição (ver Figura B.2).

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Duração do
centelhamento ts
Corrente, Tensão

Fim do
Degrau
centelhamento
inicial

Corrente Is

Tensão Us
Potência Ps

Tempo

Figura B.2 – Exemplo de uma curva típica de uma centelha de abertura limitada por uma fonte
Power-i
Quando se utiliza dispositivos Power-i, o passo inicial na Figura B.2 é idêntico ao mostrado na
Figura B.1. A diferença fundamental é que o conceito Power-i tem como base a limitação definida da
duração da centelha. A duração da centelha depende primariamente do máximo tempo de resposta
do sistema Power-i como um todo. Este tempo é principalmente dependente do cabo-tronco utilizado
(tempo de propagação no cabo) e do tempo de resposta da fonte Power-i (tempo de desligamento
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do hardware da fonte). Valores típicos para um cabo-tronco com comprimento de 1 000 m são, por
exemplo, 10 µs a 15 µs, e para a fonte Power-i, por exemplo, 1 µs. Portanto, a máxima energia de
centelhamento pode ser calculada com relativa exatidão.

B.2 Características de saída de uma fonte Power-i


No Power-i, dois modos de operação são implementados: o modo shutdown e o modo Power-i.
No modo shutdown o sistema complete é situado na área intrinsecamente segura conforme a
ABNT NBR IEC 60079-11 ou a ABNT NBR IEC 60079-25. O modo Power-i é o modo de operação
normal.

O Power-I está baseado em uma influência direcionada no surgimento de qualquer tipo de formação
de centelha, e um retorno à operação normal (modo Power-i) não é possível antes que o estado crítico
(centelha) tenha acabado. Quando se utiliza o Power-i, o sistema como um todo, constituído de fonte,
dispositivos de campo, fiação e terminadores deve ser avaliado como uma entidade sob os aspectos
relevantes de segurança.

Dois modos de transição funcional do modo shutdown para o modo Power-i são possíveis:
di
 a) Modo de retorno contínuo: A fonte Power-i retorna vagarosamente para o modo Power-i. O
dt
tempo de subida da corrente deve ser suficientemente baixo para evitar o acionamento do modo

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shutdown da fonte Power-i. A intenção deste modo é alimentar aplicações simples como válvulas
solenoides, elementos de aquecimento etc.

 b) Modo de retorno à tensão-limite: para a transição do modo shutdown para o modo Power-i,
uma tensão-limite definida Uthres deve ser excedida, para assegurar que uma transição para o
modo Power-i seja impossível em caso de resistência baixa ou uma situação de curto circuito.
Dispositivos de campo Power-i em conformidade com este modo irão permanecer em estado de
alta resistência até que a transição para o modo Power-i seja completada (ver Figura B.3).

A Figura B.4 mostra um exemplo de hardware que assegura este comportamento. A intenção
deste modo é energizar as mais complexas aplicações (por exemplo, dispositivos fieldbus).

Para ambos os modos de transição funcional, o seguinte se aplica: Se uma alteração de corrente
não permitida é detectada durante o retorno ao modo Power-i, a fonte Power-i imediatamente
retorna para o modo shutdown.
U Rthres

UO-source Modo P RL
ower-i

Uthres
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Mod
o Sh
utdo
wn

IO-source I

Figura B.3 – Exemplo de um conjunto de curvas características de saída de uma fonte Power-i


durante a conexão de carga
O conjunto das curvas características conforme a Figura B.3 consiste de duas faixas diferentes –
a faixa shutdown e a faixa Power-i. A faixa shutdown é a área intrinsecamente segura abaixo dos
valores de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-11 ou a ABNT NBR IEC 60079-25. Esta é a faixa
de partida e retorno. A faixa Power-i é a faixa normal de operação baseada em um conceito de
hardware em conformidade com a Figura B.4.

 a) Modo shutdown: (ver Figura B.5 – chave eletrônica S1 da Figura B.4 está aberta). Esta
curva está completamente situada na área intrinsecamente segura em conformidade com a
ABNT NBR IEC 60079-11. A corrente de saída (residual) intrinsecamente segura em combinação
com a resistência de carga determina, portanto, a tensão de saída nos terminais da fonte Power-i.
Tão logo que o valor-limite Uthres especificado (ver Figura B.3 - Uthres e Rthres) seja excedido,
começa a transição para a faixa das características Power-i.

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 b) Modo Power-i: (ver Figura B.5 – chave eletrônica S1 da Figura B.4 está fechada). O modo Power-i
é a faixa de operação que permite a máxima potência de saída.
di
 c) Se uma mudança de corrente que esteja acima do valor mínimo de acionamento do shutdown
dt
dinâmico, for detectada, ele rapidamente retorna ao modo shutdown (chave eletrônica S1 na
Figura B.4 está aberta).

Tensão limite

Lógica

Chave
Centelhamento

Centelhamento
de fechamento
Sobrecorrente

eletrônica
de abertura

S1
Cabeamento
Power-i

IO-source
Detector Detector Detector
Rstart
I + di/dt - di/dt

UO-source
Controle
Controle de
de
sobretensão
V tensão
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Figura B.4 – Princípio básico de uma fonte de alimentação Power-i para o modo de retorno
à tensão limite

U Rthres

UO-source Modo P
RL
ower-i

Uthres
Mod
o Sh
utdo
wn

IO-source I
Figure B.5 – Exemplo conjunto de curvas características de saída
de uma fonte Power-i no caso de uma falha

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A transição do modo shutdown para o modo Power-i (partida) pode acontecer vagarosamente, por
exemplo, na faixa de ms. Esta transição não é pertinente para segurança. A transição pertinente
para segurança do modo Power-i para o modo shutdown é preferencialmente o mais curto possível
(na faixa de alguns µs).

B.3 Medições e resultados científicos como base para os valores mínimos de


ignição Power-i

B.3.1 Arranjos de ensaio para determinação da probabilidade de ignição

Para encontrar o pior caso de valores de ignição para os ensaios da Tabela 3, foram realizados
arranjos para centelhas de abertura e fechamento como mostrado na Figura B.7.

Componentes dos arranjos de ensaio (ver Figura B.6 e Figura B.7):

●● Fonte Power-i: Equipamento sob ensaio;

●● STA: Aparelho de faiscamento padrão de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-11;

●● Detector de corrente: assegurar a contagem das operações de contatos apenas na corrente


especificada;

—— Unidade de desacoplamento: necessária para assegurar a funcionalidade e a segurança do


sistema Power-i;

—— Carga ajustável: determina a corrente especificada para o ensaio;

—— Contador digital: conta as operações de contatos válidos.


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Cabeamento
Power-i STA
principal exemplo:

Fonte
Alimentação

230 Vca

Power-i

Equipamento
sob ensaio

Detector
de
corrente
&
I ≥ I spec

Arranjo de ensaio para


centelhas de abertura

Unidade de
desacoplamento

Contador digital
R

Carga
ajustável

Figura B.6 – Arranjo de ensaio com aparelho de faiscamento padrão


para centelhas de abertura

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Cabeamento
Power-i STA
principal exemplo:
Alimentação Fonte
230 Vca
Power-i

Equipamento
sob ensaio

Detector
de
corrente &
I ≥ I spec

Arranjo de ensaio para


centelhas de fechamento Unidade de
desacoplamento

Contador digital
R
C

Carga
ajustável

Figura B.7 – Arranjo de ensaio com aparelho de faiscamento padrão para centelhas de
fechamento
Com estes arranjos de ensaio, a probabilidade de uma ignição de 10-3 ou menor foi alcançada, por
exemplo, em média é permitida uma ignição a cada 1 000 contatos.
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Procedimento para determinar os valores-limite de ignição:

A determinação da probabilidade de ignição para Power-i foi realizada em conformidade com a


avaliação das tabelas e curvas de ignição da ABNT NBR IEC 60079-11, no Anexo A. Estes valores
têm como base, conforme mencionado acima, a probabilidade de ignição de 10-3 ou menor. Devido a
característica do sistema Power-i é necessário assegurar que o sistema esteja especificado no modo
Power-i durante os contatos de abertura e fechamento do STA. O detector é utilizado para monitorar
o estado do sistema. Portanto o contador digital somente conta operações de contato válidas durante
o modo Power-i. Os ensaios devem ser realizados com o STA em duas posições diferentes, conforme
mostrado na Figura B.7. Os resultados do ensaio são encontrados nas Figuras B.8, B.9 e B.10.
Os valores marcados nas curvas medidas estão baseados em no mínimo 15 ignições.

Todos os ensaios foram realizados com o equipamento do Grupo IIC para um fator de segurança de
1,5, utilizando uma mistura enriquecida com oxigênio, por exemplo, 30 % hidrogênio e 53 % ar e 17 %
de oxigênio (de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-11).

Os valores de ignição resultantes na Tabela 3 são baseados na seguinte suposição:

A Figura B.11 mostra a dependência da energia mínima de ignição em relação à razão hidrogênio/ar
na mistura do gás. A energia mínima de ignição é aproximadamente 17 µJ a 21 % de hidrogênio no ar.
A mistura de oxigênio enriquecido utilizada para o fator de segurança SF 1,5 para o Grupo IIC tem
uma energia mínima de ignição de aproximadamente 10 µJ. As misturas com fator de segurança SF
de 1,0 para IIC e o fator de segurança SF 1,5 para os grupos IIB e IIA são baseados em misturas de
hidrogênio e ar, conforme a ABNT NBR IEC 60079-11.

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B.3.2 Resultado dos ensaios de ignição por faísca e suas correlações com a Tabela 3

Todas as curvas resultantes das medições, na Figura B.9 e na Figura B.10, foram geradas com mistura
de oxigênio enriquecido para grupo de equipamentos IIC utilizando o equipamento de centelhamento
padrão da ABNT NBR IEC 60079-11.

Todas as curvas na Figura B.9 e Figura B.10 com o nome “***Tabela 3” são para referência. Somente
os pontos marcados correspondem às classes de corrente válidas da Tabela 3.

3,00
24V IIC SF 1,5 medida
24 V
2,50 24V IIC SF 1,5 Tabela 3

24V IIC SF 1,0 Tabela 3


2,00 24V IIB SF 1,5 Tabela 3
Corrente/ A

24V IIA SF 1,5 Tabela 3


1,50

1,00

0,50

0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tempo de resposta do sistema t resp-system / µs
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Figura B.8 – Valores de ignição Power-i para classe de tensão 24 V (24 VDC)

3,0

32V IIC SF 1,5 medida


32 V
2,5 32V IIC SF 1,5 Tabela 3

32V IIC SF 1,0 Tabela 3

2,0 32V IIB SF 1,5 Tabela 3


Corrente/ A

32V IIA SF 1,5 Tabela 3


1,5

1,0

0,5

0,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tempo de resposta do sistema t resp-system / µs

Figura B.9 – Valores de ignição Power-i para classe de tensão 32 V (32 VDC)

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3,0

2,5
40 V 40V IIC SF 1,5 medida

40V IIC SF 1,0 Tabela 3


2,0
40V IIB SF 1,5 Tabela 3
Corrente / A

1,5

1,0

0,5

0,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tempo de resposta do sistema t resp-system / µs

Figura B.10 – Valores de ignição Power-i para classe de tensão 40 V (40 VDC)
NOTA Na Figura B.10, a curva “40 V IIC SF 1,5 medida” é a base para as curvas “ 40 V IIC SF 1,0 Tabela 3”
e “40 V IIB SF1,5 Tabela 3”.

Mínima energia de ignição (misturas H2 / ar)


100

90
SF 1,5 IIA ∼60 µJ
(48% H2)
80
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Mínima energia de ignição / µJ

70 SF 1,5 IIB ∼30 µJ


(38% H2)
60

50
SF 1,0 IIC ∼17 µJ
40 (21% H2)

30

20

10 Somente para informação - mínimo valor de ignição


SF 1,5 IIC ∼10 µJ (30% H2, 53% ar, 17% O2)
0
0 10 20 30 40 50 60
Misturas hidrogênio (H2) no ar / %

Figura B.11 – Energia de ignição em relação à porcentagem de hidrogênio utilizada nas


misturas de gás

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Anexo C
(informativo)

Exemplos de dispositivos e sistemas Power-i

C.1 Aplicação Power-i para uma válvula solenoide


A Figura C.1 apresenta um sistema Power-i otimizado para válvulas solenoides simples, com as
seguintes condições de contorno para o Grupo IIC, Power-i com nível de proteção “ib” e fator de
segurança SF 1.5:

20 V c.c. ≤ U ≤ 30 V c.c., P < 15 W, comprimento de tronco máximo = 400 m

Isto corresponde à máxima aplicação Power-i classe 32V2A0;

Um exemplo desta aplicação específica é mostrado na Figura C.1. A solenoide na Figura C.1 é utilizada
como indutância de desacoplamento. A capacitância paralela C depende da indutância L e da corrente
estática da válvula solenoide. Convém que os requisitos seguintes sejam atendidos:
5V ∗ R2
L ≥ 10mH,C ≥ 500 nF e R3 = ≥ 1000Ω
(UO − source − 5V )

Indutância L, capacitância C, resistências R2 e R3 e todos os diodos são relacionados à segurança,


conforme a ABNT NBR IEC 60079-11. Adicionalmente, o seguinte se aplica (para a constante de
tempo):
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L
≥ 10R2C
R
Esta aplicação para o dispositivo de campo válvula solenoide requer um tipo de proteção “Ex” (por
exemplo, encapsulamento Ex “m”).

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Por exemplo, encapsulado


em conformidade
com Ex m
(+) 2 × D1
Lógica
de fechamento
centelhamento

centelhamento
de abertura
4x
D2 R2 L

solenoide
Cabeamento

Válvula
Power-i
Limitação delector delector R
UeI +di/dt −di/dt
Chave “i”
em eletrônica R3

Saída
conformidade
com a C
Máximo comprimento
ABNT NBR
IEC do tronco = 400m
60079-11
(−)

Dispositivo de campo
Fonte Power-i otimizada para IIC SF=1,5 válvula solenoide
Classe de aplicação: 32V2A0

Área segura Área classificada

Figura C.1 – Aplicação simples de válvula solenoide Power-i (exemplo)


NOTA Outros parâmetros para U, I, P ou comprimento do tronco são também possíveis, mas para este
caso, são necessárias as considerações de segurança pertinentes.

C.2 Exemplo de uma fonte Power-i genérica


A Figura B.4 mostra um exemplo de uma fonte Power-i genérica. Esta fonte Power-i é concebida como
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uma combinação de funcionalidade e componentes relacionados à segurança. Esta fonte Power-i está
em conformidade com os seguintes requisitos funcionais importantes:

●● Prevenindo o retorno do modo shutdown para o modo Power-i desde que a tensão de limiar Uthres
de 15 V não seja excedida;

(Outros valores de 10 V até 2/3 da tensão de alimentação também são possíveis)

NOTA É necessário assegurar que apenas um valor de resistência acima da resistência mínima
conectada na saída da fonte Power-i, conduza a uma transição do modo shutdown para o modo Power-i.
De outra forma, uma transição para o modo Power-i seria possível com uma baixa resistência conectada
(por exemplo, resistência de contato).

●● A transição do modo shutdown para o modo Power-i requer comportamento de partida definido
(partida suave) da fonte Power-i.

C.3 Exemplo de um dispositivo de campo Power-i


A Figura C.2 mostra um exemplo de um dispositivo de campo Power-i genérico. A partida suave interna
mostrada na Figura C.2 é somente necessária por razões funcionais. Se o limitador de corrente for
pertinente para a classificação em uma classe de corrente Power-i (ver 5.7) é para ser considerada
como relacionada à segurança.

NOTA 1 A partida suave é relacionada à segurança para classificação de temperatura.

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di
A capacitância C na Figura C.2 é relevante para gerar um pulso detectável para qualquer tipo de
dt
carga (carga arbitrária) conectada (por exemplo, altas indutâncias). Convém que a capacitância C
tenha um valor mínimo de 500 nF. A indutância L determina o valor do fator de avaliação do dispositivo
de campo Power-i. Um valor de L maior resulta em um fator de avaliação menor.

●● O dispositivo de campo Power-i mostrado na Figura C.2 assegura que qualquer centelha por
abertura ou fechamento de contato no cabeamento Power-i causará um pulso com amplitude
suficiente para disparar uma reação de shutdown da fonte Power-i (para nível de proteção “ib”)

(+) Cabeamento Power-i

(-)
Derivação

D1
Partida suave
&
limitador de
X
corrente Unidade de
limitação de L
tensão

C Y
Dispositivo de
desacoplamento
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Carga real

Carga

Figura C.2 – Exemplo de um dispositivo de campo genérico Power-i


Um exemplo prático de unidade de limitação V para nível de proteção “ib” é mostrado na Figura C.3.

X Y
2 × D1

2 × D2

2 × D3

2 × D4

2 × D5

2 × D6

2 × D7

2 × D8

Figura C.3 – Exemplo de uma unidade de limitação de tensão V (nível de proteção ib)
NOTA 2 No caso de um curto-circuito de um diodo, a tensão através da unidade de limitação de tensão V
decresce em 0,7 V.

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C.4 Exemplo de uma carga simulada Power-i


A Figura C.4 apresenta um circuito detalhado de uma carga simulada Power-i como um exemplo.

+Ub
R var

100 K
10 K
R9 R5
BC847C
10 K
IRF530 R1
D1

220 µ
C1 L 15V
470 K

220
R8
1M

R2 R3 10 µ D3 10V
470n D3 15V

−Ub

Figura C.4 – Exemplo de uma carga simulada Power-i

C.5 Exemplo de um terminador Power-i


Um exemplo de um terminador Power-i para nível de proteção “ib” é mostrado na Figura C.5:
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D1
Tronco Power-i D2
(+)
C
Corrente
de dreno /
(-)
100 Ohm

consumo
R

Figura C.5 – Exemplo de um terminador Power-i


Na Figura C.5, apenas os diodos D1 e D2 são relacionados à segurança

NOTA A corrente de dreno é necessária para gerar uma corrente de polarização apenas para fins de
transmissão de dados.

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Anexo D
(informativo)

Exemplo de interconexão de dispositivos Power-i incluindo o cabeamento


Power-i para um sistema Power-i

D.1 Objetivo específico e valores dados


Determinação do número máximo de dispositivos de campo Power-i em um tronco Power-i considerado
(predefinido).

O grupo de gás considerado é o IIC com um fator de segurança SF = 1,5 e a classe de tensão consi-
derada é 32 V.

Os seguintes dispositivos de campo Power-i e terminadores Power-i estão disponíveis:

●● dispositivos de campo Power-i tipo 1: 32V2A0, AFfield device-1 = 1,5 ou

●● dispositivos de campo Power-i tipo 2: 32V2A0, AFfield device-2 = 2,1;

●● terminador Power-i: 40V2A0, AFterminator = 5,0.

A seguinte aplicação de cabeamento Power-i é considerada:


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Comprimento do cabo Icable = 700 m tresp-trunk = 3,2 µs AFtrunk = 1,1

D.2 Exemplo de solução


Passo 1: Que tipo de fonte Power-i é aplicável? (ver Seção 6)

Cada fonte Power-i que atenda aos requisitos conforme as classes de aplicação dadas na
Tabela 3 é aplicável.

Classes de aplicação permitidas: 32V0A5

Fonte Power-i pré-selecionada: 32V0A5, tresp-source = 1 µs, AFsource = 12;

Passo 2: Verificar o tempo de resposta do sistema Power-i tresp-system (ver 6.2c)

tresp-system = 1 μs + (2*3,2 μs) = 7,4 μs ≤ 8 μs

Fonte Power-i pré-selecionada está de acordo com a Tabela 3 e é adequada para esta
aplicação.

NOTA 2 Se o valor do tempo de resposta da fonte Power-i selecionada tresp-source exceder 1.6 µs,
esta fonte Power-i é inadequada para esta aplicação.

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Passo 3: Determinação do número máximo de dispositivos de campo para o tronco Power-i, conforme
a Seção 6.
n
AF source ≥ AF terminator + AF trunk + ∑ AF field− device
1

sem terminador Power-i:


n
12 ≥ 0 + 1,1 + ∑ 1, 5 ⇒ n ≤ 7, 27
1

●● máximo de sete dispositivos de campo Power-i tipo 1 ou

●● máximo de cinco dispositivos de campo Power-i tipo 2 são permitidos;

com terminador Power-i:


n
12 ≥ 5, 0 + 1,1 + ∑ 1, 5 ⇒ n ≤ 3, 93
1

●● máximo de três dispositivos de campo Power-i tipo 1 ou

●● máximo de dois dispositivos de campo Power-i tipo 2 são permitidos.


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