Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TÉCNICA IEC/TS
60079-39
Primeira edição
31.01.2019
Atmosferas explosivas
Parte 39: Sistemas intrinsecamente seguros
com limitação de duração de centelha controlada
eletronicamente
Explosive atmospheres
Part 39: Intrinsically safe systems with electronically controlled spark duration
limitation
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Número de referência
ABNT IEC/TS 60079-39:2019
49 páginas
© IEC 2015
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT, único representante da IEC no território brasileiro.
© ABNT 2019
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito da
ABNT.
Sede da ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br
Sumário Página
Prefácio Nacional...............................................................................................................................vii
Introdução..........................................................................................................................................viii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Arquitetura do sistema Power-i.........................................................................................3
5 Requisitos para dispositivos Power-i...............................................................................4
5.1 Generalidades......................................................................................................................4
5.2 Fonte Power-i.......................................................................................................................5
5.3 Dispositivos de campo Power-i.........................................................................................7
5.4 Cabeamento Power-i...........................................................................................................8
5.5 Terminador Power-i.............................................................................................................9
5.6 Instrumentos de medição para verificação da malha Power-i......................................10
5.7 Classes de aplicação Power-i..........................................................................................10
6 Requisitos do sistema...................................................................................................... 11
6.1 Seleção da classe de corrente Power-i permitida para a fonte Power-i...................... 11
6.2 Verificação de um sistema Power-i.................................................................................12
7 Avaliação e ensaios..........................................................................................................13
7.1 Procedimento para a determinação dos parâmetros relevantes à segurança............13
7.2 Ensaios de tipo..................................................................................................................14
7.3 Ensaios de rotina..............................................................................................................14
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
A.3.3.1 Determinação dos valores máximos dos parâmetros pertinentes de segurança para
dispositivos de campo Power-i........................................................................................27
A.3.3.2 Determinação do tempo de resposta tresp-field-device para dispositivos de campo
Power-i...............................................................................................................................27
A.3.3.3 Determinação do fator de avaliação AFfield-device para dispositivos de campo
Power-i...............................................................................................................................27
A.3.3.4 Ensaio de pulso de transição para dispositivos de campo Power-i............................29
A.3.4 Parâmetros relevantes à segurança para o cabeamento Power-i................................32
A.3.4.1 Determinação dos valores máximos relevantes à segurança para o cabeamento
Power-i...............................................................................................................................32
A.3.4.2 Determinação do tempo de resposta tresp-trunk para o tronco Power-i.......................32
A.3.4.3 Determinação do fator de avaliação AFtrunk para o cabo tronco Power-i...................33
A.3.5 Parâmetros relevantes de segurança para o terminador Power-i................................34
A.3.5.1 Determinação dos valores máximos relevantes de segurança para terminadores
Power-i...............................................................................................................................34
A.3.5.2 Determinação do tempo de resposta tresp-terminator para terminadores Power-i........34
A.3.5.3 Determinação do fator de avaliação AFterminator para terminadores Power-i.............34
Anexo B (informativo) Explanação e detalhes do conceito básico do Power-i.............................35
B.1 Base física de uma ignição..............................................................................................35
B.2 Características de saída de uma fonte Power-i..............................................................37
B.3 Medições e resultados científicos como base para os valores mínimos de ignição
Power-i...............................................................................................................................40
B.3.1 Arranjos de ensaio para determinação da probabilidade de ignição..........................40
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
B.3.2 Resultado dos ensaios de ignição por faísca e suas correlações com a Tabela 3....42
Anexo C (informativo) Exemplos de dispositivos e sistemas Power-i...........................................44
C.1 Aplicação Power-i para uma válvula solenoide.............................................................44
C.2 Exemplo de uma fonte Power-i genérica........................................................................45
C.3 Exemplo de um dispositivo de campo Power-i..............................................................45
C.4 Exemplo de uma carga simulada Power-i.......................................................................47
C.5 Exemplo de um terminador Power-i................................................................................47
Anexo D (informativo) Exemplo de interconexão de dispositivos Power-i incluindo o
cabeamento Power-i para um sistema Power-i..............................................................48
D.1 Objetivo específico e valores dados...............................................................................48
D.2 Exemplo de solução..........................................................................................................48
Figuras
Figura 1 – Sistema Power-i com arquitetura mais simples..............................................................4
Figura 2 – Exemplo de um conceito Power-i com arquitetura complexa.......................................4
Figura 3 – Elementos de uma fonte Power-i com limitação de tensão e corrente.........................6
Figura 4 – Exemplo de um dispositivo de campo Power-i universal (estrutura básica)...............8
Figura 5 – Procedimento básico de avaliação para um sistema Power-i.....................................13
Figura A.1 – Princípio básico de equipamento de ensaio universal Power-i...............................18
Figura A.2 – Pulso de saída entre os terminais 3 e 1 da Figura A.1..............................................19
Tabelas
Tabela 1 – Definição de classes de tensão Power-i........................................................................10
Tabela 2 – Definição de classes de corrente Power-i.....................................................................10
Tabela 3 – Combinações permitidas de classes de aplicação Power-i para fontes Power-i
em função do tempo de resposta do sistema para todos os Grupos (n.p. = não
permitido)........................................................................................................................... 11
Tabela 4 – Classe de corrente Power-i de dispositivos de campo ou terminadores Power-i
correspondendo à classe de corrente da fonte Power-i...............................................12
Tabela 5 – Relevância dos procedimentos de ensaio Power-i.......................................................14
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Prefácio Nacional
A ABNT IEC/TS 60079-39 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação,
à IEC/TS 60079-39:2015, Ed. 1.0, que foi elaborada pelo Technical Committee Equipment for Explosive
Atmospheres (IEC/TC 31), Subcommittee Intrinsically safe apparatus (SC 31G).
O Escopo em inglês da ABNT IEC/TS 60079-39 é o seguinte:
Scope
This Technical Specification specifies the construction, testing, installation and maintenance of Power-i
apparatus and systems which utilise electronically controlled spark duration limitation to maintain an
adequate level of intrinsic safety.
This Technical Specification contains requirements for intrinsically safe apparatus and wiring intended
for use in explosive atmospheres and for associated apparatus intended for connection to intrinsically
safe circuits entering such atmospheres.
This Technical Specification excludes the level of protection “ia” and the use of software-controlled
circuits.
Introdução
Esta Parte da ABNT IEC/TS 60079, que é uma Especificação Técnica, está sendo emitida como
uma “norma prospectiva para aplicação provisória” no campo de Atmosferas Explosivas ‒ Sistemas
intrinsecamente seguros com limitação de duração de centelha controlada eletronicamente devido
ao fato de haver uma necessidade urgente para orientação de como é recomendado que as normas
deste campo sejam utilizadas para atender uma necessidade identificada.
Os requisitos gerais para a instalação de equipamentos intrinsecamente seguros são aplicáveis aos
circuitos Power-i.
Esta nova tecnologia permite uma expansão no campo de aplicações industriais utilizando o tipo de
proteção Segurança Intrínseca “i”.
Esta tecnologia, entretanto, requer uma nova e extensiva abordagem do tipo de proteção por Segurança
intrínseca “i”.
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Atmosferas explosivas
Parte 39: Sistemas intrinsecamente seguros com limitação de duração de
centelha controlada eletronicamente
1 Escopo
Esta Especificação Técnica especifica os requisitos para o projeto, ensaios, instalação e manutenção
de equipamentos e sistemas Power-i que aplicam limitação da duração da centelha controlada eletro-
nicamente para manter um nível adequado de segurança intrínseca.
Esta Especificação Técnica contém requisitos para equipamentos intrinsecamente seguros e cabea-
mento a serem utilizados em uma atmosfera explosiva e para equipamentos associados planejados
para serem conectados a circuitos intrinsecamente seguros que possam entrar nestas atmosferas.
Esta Especificação Técnica exclui o nível de proteção “ia” e a utilização de circuitos controlados por
software.
Esta Especificação Técnica se aplica a equipamentos elétricos utilizando tensões não superiores a
40 V c.c. e um fator de segurança de 1,5 para Grupos I, IIA, IIB e III. Ela também é aplicável a equipa-
mentos “ic” do Grupo IIC com um fator de segurança de 1,0. Equipamentos “ib” do Grupo IIC com um
fator de segurança de 1,5 são restritos a tensões até 32 V c.c.
Este tipo de proteção é aplicável aos equipamentos elétricos nos quais os próprios circuitos elétricos
são incapazes de causar uma explosão da atmosfera explosiva no entorno.
Esta Especificação Técnica é aplicável aos equipamentos intrinsecamente seguros e sistemas que
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Esta Especificação Técnica é também aplicável a equipamentos elétricos ou partes destes, loca-
lizados fora de áreas classificadas ou protegidos por outro tipo de proteção definido na série
ABNT NBR IEC 60079, quando a segurança intrínseca dos circuitos em atmosferas explosivas
depende do projeto e construção destes equipamentos ou parte destes. Os circuitos elétricos loca-
lizados em áreas classificadas são avaliados para utilização nestes locais pela aplicação desta
Especificação Técnica.
Esta Especificação Técnica complementa e modifica os requisitos das ABNT NBR IEC 60079-0,
ABNT NBR IEC 60079-11, ABNT NBR IEC 60079-14, ABNT NBR IEC 60079-17 e ABNT NBR IEC 60079-25.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR IEC 60079-14, Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e montagem de
instalações elétricas
ABNT NBR IEC 60079-25, Atmosferas explosivas – Parte 25: Sistemas elétricos intrinsecamente
seguros
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR IEC 60079-0
e ABNT NBR IEC 60079-11, e os seguintes.
3.1
Power-i
conceito intrinsecamente seguro quando o nível de proteção tem por base a limitação de tensão
e corrente e adicionalmente por limitação de duração de centelha controlada eletronicamente
Nota 2 de entrada: Sistemas Power-i englobam circuitos elétricos que no modo Power-i operam com valores
de tensão e corrente que podem exceder os valores definidos na ABNT NBR IEC 60079-11.
3.2
dispositivos Power-i
fontes Power-i, dispositivo(s) de campo Power-i e (se aplicáveis) terminadores Power-i
3.3
terminador Power-i
unidades para prevenção de reflexões de ondas de tensão e corrente na terminação do cabeamento
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Power-i
Nota 1 de entrada: O terminador Power-i somente é pertinente em caso de transmissão de dados via cabe-
amento Power-i.
3.4
fonte Power-i
fonte de alimentação para sistemas Power-i que, em caso de falha, corta a energia
Nota 1 de entrada: A fonte pode operar em dois modos: modo Power-i e modo shutdown.
3.5
dispositivo de campo Power-i
dispositivo conectado a uma fonte Power-i por meio de um cabeamento Power-i
Nota 1 de entrada: Dispositivos de campo Power-i podem ter conexões adicionais a outros dispositivos
(por exemplo, cargas).
3.6
modo Power-i
modo de operação da fonte Power-i disponibilizando a potência de saída nominal Power-i
Nota 1 de entrada: Neste modo, os valores de tensão e corrente permitidos podem exceder os valores das
curvas e tabelas da ABNT NBR IEC 60079-11.
3.7
modo de corte
modo de operação da fonte Power-i depois da detecção de um evento de centelhamento
3.8
pulso de centelhamento
informação resultante de um evento de centelhamento no sistema Power-i
Nota 1 de entrada: É feita uma distinção entre um pulso de centelhamento de abertura e de fechamento de
um circuito.
3.9.1
tresp-source
máximo atraso entre a detecção do pulso de centelhamento e a ativação do modo de corte (pertinente
apenas para fontes Power-i)
3.9.2
tresp-trunk
tempo de propagação no cabo tronco utilizado (pertinente apenas para cabeamento Power-i)
3.9.3
tresp-system
tempo entre a ocorrência do centelhamento e a redução da potência de centelhamento para uma
operação segura no modo de corte em um sistema Power-i
3.10
fator de avaliação AF (assessment factor)
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
—— Fator de avaliação para dispositivos de campo, terminador e cabeamento Power-i: nestes casos, o fator de
avaliação é um parâmetro para atenuação de um pulso de centelhamento;
—— Fator de avaliação para fonte Power-i: neste caso, o fator de avaliação é um parâmetro definindo a sensi-
bilidade para a detecção do pulso de centelhamento.
A utilização de fontes de alimentação redundantes que apresentam uma fonte de alimentação efetiva
é permitida.
Um sistema Power-i pode ser estendido para um sistema complexo conforme a Figura 2.
Derivação n
em casos
Derivação 1
especiais)
Derivação 2
Dispositivo de
campo Power-i Dispositivo de
S2-1 campo Power-i
Dispositivo de Sn
campo Power-i
S1
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Dispositivo de
campo Power-i
S2-2
NOTA O dispositivo de campo Power-i Sn é idêntico ao dispositivo de campo Power-i S1, S2-1 ou S2-2
em termos de conexão ao cabeamento Power-i, mas é mostrado com terminais de entrada/saída adicionais.
Estes terminais estão sujeitos aos requisitos de um tipo de proteção adequado para as aplicações, definido
pela série ABNT NBR IEC 60079.
Power-i tem que ser considerado como um sistema. Portanto os seguintes requisitos aplicam-se a
todos os dispositivos:
a) a detecção do pulso de centelhamento não pode ser inibida durante condições estáticas ou tran-
sitórias (por exemplo, partida suave do tipo “soft start”) – nem pelo cabeamento Power-i nem por
dispositivos Power-i. Portanto, o Power-i requer a consideração do sistema inteiro;
b) todos os dispositivos e o cabeamento Power-i devem ser avaliados e ensaiados de acordo com
o Anexo A;
c) todos os dispositivos Power-i devem ser classificados de acordo com 5.7;
d) dispositivos Power-i devem atender aos requisitos das ABNT NBR IEC 60079-0,
ABNT NBR IEC 60079-11 e ABNT NBR IEC 60079-25 quando aplicável, assim como outras normas
da série (por exemplo, ABNT NBR IEC 60079-7 e ABNT NBR IEC 60079-18, se aplicáveis);
e) a aplicação destes requisitos deve adicionalmente considerar qualquer efeito na temporização e
sensibilidade da função de segurança dos dispositivos Power-i devido ao efeito da temperatura
e tolerância dos componentes;
f) falhas consideradas como as mais críticas (por exemplo, por temporização, sensibilidade etc.)
para a função de segurança dos dispositivos Power-i devem ser aplicadas ao equipamento para
todos os ensaios requeridos por esta Especificação Técnica.
Somente é permitida uma fonte Power-i ativa por sistema Power-i. A fonte Power-i deve ser localizada
em um dos extremos do cabeamento do circuito Power-i (tronco).
A fonte Power-i deve detectar centelhamento de fechamento (centelhas ocorrem quando do apareci-
di
mento de um curto-circuito em um circuito elétrico causando uma variação de corrente + e cente-
dt
lhamento de abertura (centelhas ocorrem quando da abertura de um circuito elétrico causando uma
di
variação de corrente − ) e ela deve prover um corte rápido da potência de saída quando ocorre um
dt
pulso de centelhamento. A Figura 3 indica os elementos principais de uma fonte Power-i com uma
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
lógica
Centelhamento
de fechamento
Centelhamento
de abertura
IO – source
Limitação detector detector
de tensão + di/dt – di/dt
Chave
UO – source
e corrente eletrônica
saída
conforme
U
a série
ABNT NBR
IEC 60079
Cabeamento
Power-i
A fonte Power-i deve atender aos seguintes requisitos pertinentes para a segurança:
a) a corrente de saída da fonte Power-i IO-source e a tensão U O-source de saída limitada pela limitação
de tensão e corrente devem atender aos requisitos da Tabela 1 e Tabela 2;
di
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
b) a fonte Power-i deve ser capaz de detectar variações dinâmicas da corrente de saída lO ± ,
dt
como definido em A.3.2. A fonte deve reagir com uma transição subsequente do modo Power-i
para o modo de corte;
c) no modo de corte o valor da corrente de saída Ishutdown pode ser zero, mas não pode exceder 50 % da
corrente permissível IO-IEC baseada na ABNT NBR IEC 60079-11 ou na ABNT NBR IEC 60079-25
com o fator de segurança aplicável à classe de tensão Power-i apropriada. Neste caso, a seguinte
equação se aplica:
l shutdown = lO − source ≤ 0, 5lO −IEC
e) o transiente de tensão de saída Uovershoot-40µs durante o modo shutdown não pode exceder a
tensão de saída nominal Uo-source em mais de 6 V para uma duração máxima de 40 µs. Neste
caso, a seguinte equação se aplica:
Uovershoot − 40µs ≤ UO − source + 6V
f) a fonte Power-i deve atender aos requisitos dos procedimentos de ensaio de A.3.2.
g) os seguintes componentes da fonte Power-i (ver Figura 3) são pertinentes quanto à segurança e
devem atender aos requisitos de 5.1-a) e d) para o respectivo tipo de proteção:
●● chaveamento eletrônico;
h) o circuito de saída da fonte Power-i deve ser isolada do terra. Os requisitos para a isolação devem
ser obtidos da ABNT NBR IEC 60079-11.
Os dispositivos de campo Power-i devem atender aos seguintes requisitos pertinentes de segurança:
a) devem assegurar que ambos, centelhamentos de fechamento e de abertura, não sejam atenuados
de forma que a detecção pela fonte Power-i seja invalidada;
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
b) sob condições normais ou de falha, conforme especificado na ABNT NBR IEC 60079-11, o
dispositivo de campo deve permanecer passivo, isto é, os terminais não podem ser uma fonte de
energia para o sistema, exceto por uma corrente de fuga não maior que 50 µA.
c) devem ter um tipo de proteção apropriado de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0 para a
respectiva atmosfera explosiva na qual eles serão utilizados.
NOTA Devido à conexão paralela com o cabeamento Power-i, o tempo de resposta para os
dispositivos de campo Power-i é desprezível.
e) todos os componentes determinantes para ambos, o fator de avaliação AFfield device e o resultado
do ensaio de pulso de transição (A.3.3.4) devem atender aos requisitos de 5.1-a);
f) o circuito de entrada de um dispositivo de campo Power-i deve ser isolado da terra. Os requisitos
para isolação da terra devem ser os mesmos da ABNT NBR IEC 60079-11.
Como um exemplo, o dispositivo de campo Power-i mostrado na Figura 4 atende aos requisitos
mencionados anteriormente e pode ser utilizado para um vasto campo de aplicações. Estes dispositivos
de campo consistem de um dispositivo desacoplador em combinação com qualquer carga.
(–)
derivação
D1
unidade de
limitação de L
tensão
C Y
Dispositivo de
desacoplamento
carga real
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
carga
A unidade de limitação-V deve limitar a tensão positiva (mais (+) no ponto Y e menos (-) no ponto X)
em um valor de 5 V ± 1 V entre os pontos Y e X e deve atender aos requisitos de acordo com A.3.3.4.
a) a transmissão de um pulso de centelhamento não pode ser comprometida de maneira que impeça
a detecção de um pulso relevante de centelhamento de fechamento e abertura;
b) todo o cabeamento Power-i (cabo tronco Power-i incluindo todos os cabos de derivação) deve
atender aos requisitos específicos das ABNT NBR IEC 60079-11, ABNT NBR IEC 60079-25 e
ABNT NBR IEC 60079-14;
c) cabos do tipo C (multicabos), conforme definido na ABNT NBR IEC 60079-25, devem ser excluídos
em cabeamento Power-i;
e) o comprimento máximo de cada cabo de derivação é limitado a 15 m. O comprimento total máximo
de todos os cabos de derivação de todo sistema Power-i é 50 m;
f) se o comprimento do cabo-tronco Power-i for menor que 40 m, o tempo de resposta deste cabo é
considerado 0,5 µs (ver A.3.4.2);
g) a base de cálculo para a impedância característica do cabo ZW nesta Especificação Técnica
é ZW = 100 Ω; a faixa permitida da impedância característica ZW do cabeamento Power-i é
80 Ω ≤ ZW ≤ 120 Ω. Os valores especificados para a impedância característica do cabo se referem
à frequência de 100 kHz ± 20 %.
i) a utilização de uma blindagem para cabeamento Power-i não é essencial para segurança; se uma
blindagem for utilizada, ela pode ser aterrada desde que isolada do circuito Power-i, de acordo
com os requisitos de rigidez dielétrica da ABNT NBR IEC 60079-25;
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
j) o cabeamento Power-i deve ser isolado da terra. Os requisitos para isolação do terra devem ser
de acordo com os requisitos de rigidez dielétrica do cabo, conforme a ABNT NBR IEC 60079-25.
c) deve possuir um tipo de proteção apropriado para instalação em áreas classificadas, de acordo
com a ABNT NBR IEC 60079-0;
d) o circuito de entrada de um terminador Power-i deve ser isolado do terra. Os requisitos de isolação
do terra devem ser os mesmos da ABNT NBR IEC 60079-11.
NOTA 1 O terminador Power-i assegura um casamento c.a. para a impedância característica do tronco
conectado e somente é necessário no caso de transmissão de dados, como por exemplo, em sistemas de
rede de campo.
NOTA 2 Devido à conexão paralela com o cabeamento Power-i, o tempo de reposta Power-i para
terminadores é desprezível.
c) o instrumento de medição deve possuir parâmetros Ui e Ii não menores que a classe de tensão
e corrente do circuito Power-i;
d) o instrumento de medição não pode ser uma fonte de energia para o sistema, exceto para uma
corrente de fuga não maior que 50 µA.
NOTA Estes requisitos não se aplicam a instrumentos de ensaio utilizados pelo fabricante durante a
produção, ensaio, reparo ou recuperação.
Cada dispositivo Power-i deve ser classificado em uma das classes de aplicação Power-i conforme a
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Tabela 1 e Tabela 2.
Os valores de tensão e corrente da Tabela 1 e da Tabela 2 não podem ser excedidos mesmo sob
condições de falha conforme a ABNT NBR IEC 60079-11.
Dispositivos de campo e terminadores Power-i com limitação interna de corrente pertinentes à segu-
rança podem ser considerados como sendo de classe de corrente Power-i 2A5.
Devido à limitação de corrente interna não há necessidade de que a fonte Power-i limite a corrente
para prevenir sobrecarga no equipamento de campo ou no terminador Power-i, e assim estes podem
ser conectados até mesmo a uma fonte Power-i classe de corrente 2A5.
6 Requisitos do sistema
6.1 Seleção da classe de corrente Power-i permitida para a fonte Power-i
A classe de corrente máxima permissível Power-i dada em 5.7 depende da classe de tensão Power-i
selecionada e do tempo de resposta do sistema Power-i tresp-system considerando o Grupo e o fator de
segurança da aplicação específica.
A Tabela 3 apresenta as combinações para os Grupos I, II e III com fatores de segurança SF 1.0 e
SF 1.5, dependendo do respectivo nível de proteção.
IIB “ic” SF 1,0 e 24 V 2A5 2A5 2A0 1A5 1A0 1A0 0A5
IIA, I e III 32 V 2A5 2A5 2A0 1A5 1A0 1A0 0A5
SF 1,0 e 1,5 40 V 2A5 2A0 1A5 1A0 1A0 0A5 0A5
NOTA 1 As classes de corrente permitidas na Tabela 3 têm como base um máximo incremento de tensão possível de 1 V/μs
para um evento de centelhamento.
NOTA 2 Exemplo: A classe de tensão selecionada é 32 V e o tempo de resposta do sistema selecionado é 2 μs:
IIC SF=1,5: máxima classe de corrente Power-i permitida para a fonte Power-i é 1A5 (adicionalmente 1A0 e 0A5 são
permitidas);
IIB SF=1,5: máxima classe de corrente Power-i permitida para a fonte Power-i é 2A5; (adicionalmente 2A0, 1A5, 1A0 e
0A5 são permitidas).
NOTA 3 Os valores permitidos para Grupos IIA, I e III são os mesmos permitidos para Grupo IIB ic.
NOTA 4 Parâmetros além das faixas das Tabelas 1, Tabela 2 ou Tabela 3 requerem considerações especiais
e não são cobertos por esta Especificação Técnica.
NOTA Para dispositivos Power-i, a informação necessária para esta verificação está definida na docu-
mentação e na marcação de cada dispositivo Power-i.
a) a classe de tensão Power-i dos dispositivos de campo e terminadores Power-i deve ser maior ou
igual à classe de tensão da fonte Power-i;
b) a classe de corrente Power-i de todos os dispositivos de campo e terminadores Power-i deve
corresponder à classe de corrente da fonte Power-i conforme a Tabela 4.
c) o tempo de resposta do sistema Power-i, tresp-system não pode exceder o valor dado na Tabela 3
para a classe de tensão e corrente Power-i da fonte Power-i utilizada, considerando o Grupo e o
fator de segurança da aplicação específica.
O tempo de resposta do sistema Power-i tresp-system deve ser determinado de acordo com A.3.4.
d) a soma dos fatores de avaliação (AF) de todos os dispositivos de campo Power-i, cabeamento
e terminadores em um sistema Power-i não pode exceder o fator de avaliação da fonte Power-i
utilizada. Os fatores de avaliação são determinados em conformidade com A.3.
A Figura 5 ilustra o processo de avaliação de um sistema Power-i. Exemplos práticos são mostrados
no Anexo D.
Início
Sim
Sim
Sim
Não
está em
conformidade O sistema Power-i reúne
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
7 Avaliação e ensaios
7.1 Procedimento para a determinação dos parâmetros relevantes à segurança
Os parâmetros pertinentes à segurança dos dispositivos e cabeamento Power-i devem ser determinados
e verificados de acordo com os procedimentos de ensaios Power-i indicados a seguir. Informações
detalhadas são apresentadas no Anexo A:
a) determinação dos valores elétricos máximos relacionados com a segurança (tensão U e corrente I),
como base para a classificação em classes de tensão e corrente Power-i, de acordo com 5.7;
b) determinação do tempo de resposta da fonte Power-i tresp-source (ver A.3.2.2) e tempo de resposta
do tronco Power-i tresp-trunk (ver Anexo A.3.4.2);
c) determinação dos fatores de avaliação específicos Power-i (AF) da fonte Power-i, dos disposi-
tivos de campo Power-i e, se aplicável, do terminador Power-i aplicando os métodos de ensaio
especificados em A.3.2.3, A.3.3.3 e A.3.5.3;
NOTA 1 Para avaliar a segurança de um sistema Power-i, a soma dos fatores de avaliação AF de
todos os dispositivos Power-i incluindo o cabeamento Power-i, contidos no sistema é pertinente.
d) dispositivos de campo Power-i e fontes Power-i devem atender aos requisitos do ensaio de pulso
de transição especificados em A.3.2.5 e A.3.3.4;
NOTA 2 Este ensaio é necessário para assegurar o comportamento intrinsecamente seguro (ensaio
das características do pulso de centelhamento).
e) as fontes Power-i devem atender aos requisitos do ensaio de rotina do fator de avaliação de
acordo com A.3.2.4.
A Tabela 5 apresenta em detalhes os procedimentos de ensaios Power-i de (a) até (e) aplicáveis para
cada dispositivo Power-i e para o cabeamento Power-i.
Fonte Dispositivo
Procedimento de ensaio Terminador Cabeamento
de campo
Power-i Power-i Power-i Power-i
Power-i
(a) parâmetro elétrico Ensaio de Ensaio de Ensaio de
ver A.3.4.1
pertinente à segurança tipo A.3.2.1 tipo A.3.3.1 tipo A.3.5.1
(b) tempo de resposta máximo Ensaio de Não Não Pertinente ver
tresp tipo A.3.2.2 pertinente pertinente A.3.4.2
Ensaio de Ensaio de Ensaio de Pertinente ver
(c) Fator de avaliação AF
tipo A.3.2.3 tipo A.3.3.3 tipo A.3.5.3 A.3.4.3
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
NOTA 3 Os métodos de ensaio especificados no Anexo A são baseados na aplicação dos pulsos de ensaio
definidos. Desse modo, a modificação do pulso do ensaio pelo dispositivo Power-i, incluindo o cabeamento
Power-i está sendo avaliada, possibilitando assim a interoperabilidade e função “plug-and-play” de diferentes
dispositivos Power-i de diferentes fabricantes.
Os ensaios de rotina devem ser realizados em cada fonte Power-i para verificar o fator de avaliação
AFsource (ver Tabela 5).
Exceto quando modificado por esta Seção, cada equipamento deve ser marcado em conformidade
com as ABNT NBR IEC 60079-0 e ABNT NBR IEC 60079-11 e adicionalmente com a palavra “Power-i”
seguida de uma indicação da sua função, por exemplo, “fonte”, “dispositivo de campo” ou “terminador”.
Quando o equipamento tem dupla marcação de modo que ele possa ser utilizado em um sistema
Power-i e um sistema intrinsecamente seguro convencional, cuidados devem ser tomados para dife-
renciar entre a marcação Power-i e a marcação de um sistema convencional intrinsecamente seguro.
Para fontes Power-i, os parâmetros de saída Uo, Io, Co, Lo, Po e Lo/Ro não precisam ser marcados.
Para equipamentos de campo Power-i e terminadores Power-i, os parâmetros internos e de entrada
Ui, Ii, Ci, Li, Pi e Li/Ri não precisam ser marcados. Em lugar destes parâmetros, as especificações
seguintes devem ser utilizadas: classes de corrente e tensão Power-i, o fator de avaliação AF Power-i
especificado e, quando aplicável, o tempo de resposta tresp Power-i especificado.
Ex ib mb IIC T4 Gb
IN: 32V1A5
AF = 3,1
d) Dispositivo de campo
Dispositivo de campo Power-i
Hans Müller GmbH, 38116 Braunschweig, D, Type 1AZS-33A
BAS 02 A 1234
Serial No. 220367
Ex ib IIB T4 Gb
IN: 40V1A5
AF = 2,8
9 Instruções
Instruções requeridas na Documentação da ABNT NBR IEC 60079-11 devem conter adicionalmente o
modelo do equipamento com os parâmetros Power-i:
Para fontes Power-i, parâmetros de saída Uo, Io, Co, Lo, Po e Lo/Ro não precisam ser mencionados.
Para dispositivos de campo e terminadores Power-i, os parâmetros internos e de entrada Ui, Ii, Ci, Li,
Pi e Li/Ri não precisam ser mencionados.
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Anexo A
(normativo)
A.1 Generalidades
A determinação e a verificação dos parâmetros pertinentes à segurança de dispositivos Power-i e do
cabeamento Power-i baseiam-se em procedimentos de ensaios específicos Power-i como definidos
em 7.1 e neste Anexo. As avaliações e procedimentos de ensaio necessários estão na Tabela 5.
A Figura A.1 mostra o esquema elétrico do equipamento de ensaio universal Power-i utilizado para
determinar os parâmetros específicos Power-i e para confirmar o comportamento específico Power-i.
●● Gerador de pulsos
Um gerador ajustável de disparo de pulso único que gere dois diferentes tipos de pulsos retangu-
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
lares de referência, com tempo de subida e descida menores que 0,2 µs.
di
a) pulso retangular de referência para centelhas de abertura ⇒ − :
dt
um único pulso positivo retangular com uma amplitude de Upuls-ref = +10 V ± 5 %; o valor
absoluto da amplitude pode ser ajustado para valores menores e tem uma duração do pulso
de referência definida de tpulse-generator = 20 µs ± 5 %;
di
a) pulso retangular de referência para centelhas de fechamento ⇒ + :
dt
análogo ao pulso retangular de referência positivo, um pulso negativo de Upuls-ref = –10 V ± 5 %
com as mesmas características como em a);
●● Chave seletora S1
É utilizada para selecionar entre os dois modos de operação “tempo de resposta” (posição B) e
“fator de avaliação” (posição A);
NOTA Chave seletora S1 na posição A simula uma falha na via paralela do cabo. Na posição A, o
equipamento de ensaio atenua o pulso aplicado gerando a menor amplitude de pulso.
Uma resistência ôhmica ajustada para um valor que seja o quociente entre Uo e Io derivado do
Anexo A da ABNT NBR IEC 60079-11;
●● Módulo de acoplamento
Consiste de um circuito simples equivalente para simular a impedância da linha com uma
impedância característica definida ZW:
L' 660µH
ZW = = = 100Ω
C' 66nF
●● Filtro passa-baixa
●● Chave S2
utilizada para chavear para o modo de medição da amplitude do pulso (S2 na posição “OFF”);
●● Desacoplador C.C.
chave S2 seletora S1
4
R = 100 Ohm B
22 μF
OFF S1
2
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Rvariável centelhamento de
ON 330 μH 330 μH A abertura
S2
Upulse
Upulse – ref
100
1 000 Ohm 0 t
100 K Ohm S1 - posição A
4,7 K = modo AF centelhamento de
3 S1 - posição B
66 nF
fechamento
= modo td 0 t
Upulse
1 nF – Upulse – ref
desacoplador filtro
módulo de resistência
cc passa gerador de disparo
acoplamento variável
baixa de pulso único
ULPF ULPF
ULPF – ref
ULPF – lim
0 t 0 t
A carga de ensaio Power-i deve assegurar um comportamento de partida definido (soft start) realizando
uma subida lenta da corrente. Isto permite que a fonte opere no modo Power-i.
Deve ser assegurado que a carga de ensaio cause uma mínima atenuação do pulso de ensaio do
equipamento de ensaio universal (ver Figura A.1).
O princípio da carga de ensaio Power-I é mostrado na Figura A.3. Ele consiste de uma unidade de
partida lenta em combinação com um gyrator, para atender aos requisitos mencionados anteriormente.
Um exemplo é mostrado no Anexo C.4.
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
NOTA BRASILEIRA O gyrator é um circuito elétrico passivo, linear, sem perdas como um hipotético
quinto elemento linear (os outros são o resistor, o capacitor, o indutor e o transformador ideal). Ao
contrário dos outros elementos lineares, o gyrator é não recíproco, ou seja, inverte as características
de um componente elétrico ou de uma rede elétrica e, no caso de elementos lineares, também inverte
a impedância. Por exemplo, faz um circuito capacitivo se comportar como indutivo, um circuito LC em série
se comportar como um circuito LC em paralelo, um filtro passa-faixa se comportar como um filtro rejeita-
faixa, e assim por diante.
O fator de avaliação da carga de ensaio Power-I é medido de acordo com A.3.3.3. Neste caso,
o dispositivo de campo Power-I mostrado na Figura A.10 é substituído por uma carga de ensaio
Power-i. Para se atingir um alto fator de avaliação da fonte Power-I, é recomendável a utilização de
uma carga de ensaio com baixo fator de avaliação. Um exemplo prático de baixo fator de avaliação
está mostrado na Figura C.4.
Carga Carga
de ensaio variável
Gyrator
unidade de
partida lenta
A.3.1 Generalidades
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Esta Seção toma como base os procedimentos específicos de ensaio Power-i descritos em 7.1.
É necessário um osciloscópio digital com retenção para medir o tempo de resposta e o fator de
avaliação. A mínima frequência de corte deste osciloscópio não pode ser menor que 50 MHz.
A.3.2.1 Determinação dos valores máximos pertinentes de segurança para fontes Power-i
Os valores de saída U0-source e I0-source da fonte Power-i não podem exceder os valores definidos
para as classes de tensão e corrente nas Tabelas 1 e 2, de modo a especificar as classes de aplicação
de fontes Power-i sob as condições fornecidas pela ABNT NBR IEC 60079-11 para U0 e I0.
4
Seletora
S1
2 pos. B
Centelhamento
principal exemplo:
de abertura
Alimentação
Fonte
Upulse
pos. A
i
230 Vca
upulse
3 OFF − Upulse-ref
Fonte u/iosci
Power-i
Equipamento 0
t
sob ensaio Equipamento de
ensaio universal
Power-i Gerador de disparo
de pulso único
Osciloscópio digital
com memória
NOTA Mais informações são fornecidas no Anexo B.2. Na Figura B.4, o valor de Ishutdown tem como base
o valor da resistência Rstart.
A Figura A.5 mostra um exemplo de determinação do tempo de resposta tresp-source de uma fonte
Power-i (24 V, IIC, FS 1,5).
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
5 µs/div
Uovershoot-40 µs = 28,5 V
I UO-source = 24 V
Ishutdown
IO-source = 900 mA
800 mA
tresp-source = 2 µs
600 mA
tshutdown = 20 µs
400 mA
IO-IEC = 174 mA
Figura A.5 – Exemplo de uma tela de osciloscópio para determinação do tempo de resposta
tresp-source
NOTA As condições diferentes de carga somente podem ser obtidas utilizando cargas com características
específicas Power-i de partida ou de ligação.
Seletora 4
S1
2 pos. B
Centelhamento
principal exemplo:
de abertura
Fonte pos. A
Alimentação
Upulse
Power-i Carga
230 Vca
de Upulse-ref
ensaio 0 t
Equipamento Chave S2
sob ensaio
OFF
1 Centelhamento
de fechamento
0 t
ON
upulse
Carga de Uosci 3 − Upulse-ref
ULPF
ensaio
Power-i Equipamento de
(ajustável) 0 ensaio universal
t Power-i
Gerador de disparo
de pulso único
Osciloscópio digital
com memória
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
●● Equipamento universal de ensaio Power-i com a chave S1 na posição A (ver Figura A.1) incluindo
o gerador de disparo de pulso único;
b) ajustar o Rvariable da Figura A.1 de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-11; por exemplo, uma
dada tensão de U = 24 V leva a uma corrente permitida de I = 174 mA, resultando em uma
resistência de R = 138 Ω; Rvariable deve ser ajustado para este valor;
c) ajustar a carga de ensaio Power-i para obter a máxima potência de saída da fonte Power-i (máxima
corrente de saída Io-source);
d) ajustar o pulso retangular de referência para centelha de abertura do gerador de disparo de
pulso único do equipamento universal de ensaio Power-i (ver Figura A.6) no terminal 4 para os
seguintes parâmetros
Upuls − ref = 10V ± 5% e tpuls − ref = 20µs ± 1µs
e) comutar a chave S2 para a posição “OFF”: disparar um pulso único do gerador de pulsos e medir
o pico do pulso de referência na saída do filtro passa-baixa ULPF-ref (ver Figura A.2) no terminal
de saída 3 do equipamento universal de ensaio; isto é utilizado para definir o valor de referência
ULPF-ref para determinar o fator de avaliação da fonte de alimentação Power-i;
f) comutar a chave S2 para a posição “ON”: reduzir progressivamente a amplitude do pulso
retangular Upuls < 10 V até que a fonte Power-i deixe de responder com um desligamento; o
comportamento de desligamento deve ser verificado com este pulso; um desligamento é obtido
quando as condições se aplicam conforme 5.2;
g) comutar a chave S2 para a posição “OFF”: determinar o valor do pico do pulso reduzido ULPF-lim
de acordo com f) na saída do filtro passa baixa da Figura A.6, terminal de saída 3, por meio de
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
um osciloscópio;
h) o fator de avaliação AFsource é obtido conforme a seguir (ver Figura A.2):
U
AFsource = 20 lg LPF − ref
ULPF − lim
i) repetir os passos de ensaio de d) até h) para cargas de ensaios com ¼ , ½ e ¾ IO-source-max.
j) repetir os passos de ensaio de e) até i) com o pulso retangular de referência para centelha por
fechamento utilizando o equipamento universal de ensaio conforme a Figura A.1 e Figura A.6;
k) o menor fator de avaliação de todos os ensaios deve ser utilizado como o fator de avaliação
nominal AFsource.
Este ensaio somente é relevante para o ensaio de rotina em conformidade com 7.3 e é executado com
o equipamento de ensaio conforme a Figura A.7.
Seletora
S1 4
2 pos. B
Centelhamento
de abertura
Upulse-ref
upulse
Fonte pos. A
Power-i Carga Upulse-test
de 0 t
Equipamento ensaio
sob ensaio 3
Chave S2 Centelhamento
de fechamento
0 t
ON − Upulse-test
upulse
1 − Upulse-ref
Carga de Equipamento de
ensaio ensaio universal
Power-i Power-i Gerador de disparo
ajustável de pulso único
b) O Rvariable do equipamento de ensaio universal Power-i (ver Figura A.1) deve estar em conformi-
dade com a ABNT NBR IEC 60079-11
c) A carga de ensaio Power-i (ver A.2.2) deve ser ajustada para a máxima corrente nominal de saída
da fonte Power-i.
d) A amplitude do pulso Upuls-test do gerador de pulso único no terminal 4 da Figura A.7 deve ser
ajustada conforme as seguintes equações:
AF AF
− −
Upuls − ref = 10V ± 5% e Upuls − test = Upulse − ref ∗ 10 20 = 10V ∗ 10 20
AF é o fator de avaliação nominal da fonte Power-i sob ensaio, conforme definido no Anexo
A.3.2.3-i);
Um exemplo deste procedimento é mostrado na Figura A.8 para uma centelha por abertura. O valor
assumido para o fator de avaliação neste gráfico é AF = 8,29. Utilizando a equação em d), o valor
calculado para a amplitude do pulso de ensaio é de Upuls-test = 3,85 V. Esta amplitude de pulso deve
conduzir a um desligamento da fonte Power-i conforme 5.2.
Upulse-test = 3,85 V
I, U
IO-source
Ch2
Upulse-ref = 10 V
6 µs/div
Ishutdown
Ch1
Figura A.8 – Exemplo de uma tela de osciloscópio de um ensaio de uma fonte Power-I com
um fator de avaliação AF = 8,29 para uma centelha por abertura
e) Um pulso único de abertura com amplitude conforme d) deve resultar em um desligamento da
fonte Power-i conforme 5.2.
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
A Figura A.9 mostra a configuração dos equipamentos para realização do ensaio de pulso de transição
para uma fonte Power-i na configuração mais simples conforme a Figura 3.
Máxima
Upulse
carga
0
t
Monitoramento
de corrente
i ZD
Botão de partida 10 V
+ Disparo único
pulso negativo
& ES1 ES2
20 µs Chaves
principal exemplo:
Fonte eletrônicas
Alimentação
Power-i
230 Vca
Compa-
rador Sensor de
Equipamento corrente
sob ensaio
var ref
Equipamento para
ensaio de pulso
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Figura A.9 – Equipamento para o ensaio de pulso de transição de uma fonte Power-i
Dispositivo
de campo
A configuração de ensaio é composta dos seguintes componentes:
Power-i
—— botão de partida;
—— disparo de pulso único negativo: disparado pelo comparador quando a corrente através do
sensor de corrente excede o valor-limite.
NOTA 1 O pulso positivo do botão de partida resulta no fechamento de ES1 e ES2; isto leva a uma
conexão da máxima carga à fonte Power-i e uma subsequente queda de corrente até o desligamento da
fonte Power-i.
NOTA 2 Devido às características de partida lenta da fonte Power-i após a queda de corrente que
causa o desligamento, uma corrente crescente flui através do sensor de corrente.
NOTA 3 Quando a tensão através do sensor de corrente excede a tensão de referência ajustada
inicialmente UVar ref , o comparador dispara o pulso único negativo.
b) A tensão de referência UVar ref na Figura A.9 deve ser ajustada para permitir um disparo do
comparador de tensão para valores de corrente de 25 %, 50 %, 75 % e 100 % da máxima corrente
de saída IO-source.
c) Pressionar o botão de partida e verificar que isto leva ao desligamento da fonte Power-i de acordo
com 5.2-b). Isto deve ser verificado monitorando com o osciloscópio a queda de corrente até o
desligamento
A.3.3.1 Determinação dos valores máximos dos parâmetros pertinentes de segurança para
dispositivos de campo Power-i
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Os valores máximos dos parâmetros pertinentes de segurança devem atender aos requisitos das
ABNT NBR IEC 60079-11 e ABNT NBR IEC 60079-25 e devem ser classificados conforme 5.7.
●● ajustar o valor de pico do pulso de centelhamento por abertura do gerador de pulso único
para +10 V ± 5 % no terminal 4 da Figura A.10.
●● posicionar a chave S3 na posição “OFF”: fonte de tensão ajustada para o máximo valor
relacionado à segurança;
●● posicionar a chave S3 na posição “OFF”: medir o valor de pico do pulso ULPF-ref. (ver Figura
A.2) com o osciloscópio na saída 3 do equipamento universal de ensaio (ver Figura A.1);
●● posicionar a chave S3 na posição “ON”: medir o valor de pico do pulso ULPF-lim (ver Figura
A.2) com o osciloscópio na saída 3 do equipamento universal de ensaio (ver Figura A.1);
NOTA O fator de 1,25 inclui uma atenuação adicional definida de 25 %. Um Fator de avaliação
AFfield-device mais alto significa maior segurança devido a uma restrição artificial intencional.
e) Repetir os passos b) a d) com o pulso retangular de referência do gerador de pulso único para
gerar centelhas de fechamento de -10 V ± 5 % no terminal 4 da Figura A.10.
f) O mais alto fator de avaliação deve ser utilizado como o fator de avaliação nominal para o dispo-
sitivo de campo Power-i (etiqueta de marcação).
S3-ON: Seletora
OFF Módulo de S1
modo AF acoplamento pos. B
2
Centelhamento
S3-OFF:
de abertura
modo de S3 ON
Upulse
referência
100 Ohm
Upulse-ref
20 mH
pos. A
0 t
1
Centelhamento
Chave S2 de fechamento
0 t
Upulse
3 − Upulse-ref
Dipositivo de Fonte de Uosci ON
campo Power-i tensão
ULPF
Equipamento Equipamento de
0 t ensaio universal
sob ensaio
Gerador de disparo
Power-i
de pulso único
Condições de
carga máxima
Osciloscópio digital
com memória
Figura A.10 – Equipamentos de ensaio para a determinação do fator de avaliação AFfield device
para dispositivos de campo Power-i (princípio básico)
A.3.3.4 Ensaio de pulso de transição para dispositivos de campo Power-i
●● módulo de acoplamento;
●● medidor de pulsos para dispositivos de campo com os componentes (ver também Figura A.9):
—— botão de partida;
NOTA 1 Um pulso positivo de partida da unidade de ensaio resulta no fechamento de ES1 e ES2, levando
a uma conexão do dispositivo de campo Power-i à fonte de tensão.
NOTA 2 Devido às características de partida lenta do dispositivo de campo Power-i, uma corrente crescente
flui através do sensor de corrente.
NOTA 3 Quando a tensão através do sensor de corrente exceder a tensão de referência do comparador
ajustada inicialmente, o pulso negativo é disparado. Isto resulta no desligamento de ES1 gerando, portanto,
um pulso de 10 V através dos terminais do gerador de pulsos.
b) ajustar a tensão de referência Uvar ref na Figura A.11 de modo a permitir um disparo do comparador
de tensão para valores de corrente de 25 %, 50 %, 75 % e 100 % da máxima corrente.
c) medir com o osciloscópio o pulso de tensão Upulse (ver Figura A.11) resultante da ação de
chaveamento por meio do módulo de acoplamento para diferentes valores de corrente conforme
descrito em b).
O nível de Upulse resultante deve estar acima do nível da curva envoltória, conforme mostrado na
Figura A.12, dentro da janela de tempo exibida. Alternativamente, a área tensão-tempo do pulso
resultante deve estar acima de ± 64 µVs dentro da janela de tempo de 20 µs exibida.
Dispositivos de campo Power-i contendo uma unidade interna de limitação de corrente (ver 5.7) devem
ser ensaiados com o dispositivo interno de limitação de corrente em funcionamento, ou seja, a carga
interna/externa nominal deve ser colocada em curto-circuito.
de pulsos ajustado para disparar o comparador no valor de corrente que equivale ao valor da limitação
interna de corrente relacionada à segurança.
Upulse
0
t
ZD
10 V
Início do
Upulse
ensaio
100 Ohm
Dispositivo
20 mH
de campo
Power-i Disparo único
pulso negativo
Equipamento
20 µs
& ES1 ES2
sob ensaio Módulo de
Chaves
acoplamento
eletrônicas
Upulse
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Upulse
5.0 V
3.0 V
Mínima
curva envoltória Upulse
0 2 18 t / µs
tstart-pulse
Figura A.12 – Avaliação do parâmetro do ensaio de pulso Upulse para o ensaio de pulso
de transição
Cabos utilizados para Power-i devem estar em conformidade com as ABNT NBR IEC 60079-11,
ABNT NBR IEC 60079-25 e ABNT NBR IEC 60079-14.
O tempo de resposta tresp-trunk deve ser considerado como o tempo unidirecional de propagação no
cabo-tronco Power-i. Se o comprimento do cabo-tronco for menor que 40 m, o tempo de resposta tresp-
trunk é definido como sendo 0,5 µs. Para todos os outros casos, dois diferentes métodos de avaliação
podem ser utilizados:
Cálculo de tresp-trunk
Este método se baseia nos valores mais desfavoráveis dos parâmetros L’ e C’ do cabo. Os parâmetros
L’ e C’ são unidades por comprimento do cabo-tronco e devem ser conhecidos, o valor de t´resp-trunk
é uma unidade de tempo por comprimento. A equação seguinte se aplica:
A Figura A.13 mostra um exemplo da configuração do equipamento de ensaio requerida para medir o
tempo de reposta do cabo.
NOTA 2 Um cabo com um comprimento mínimo de 100 m é aconselhável para se atingir uma precisão
suficiente.
NOTA 3 A maioria dos geradores possui uma resistência interna R de 50 Ω, portanto é recomendado
reduzir o valor da resistência externa R para casar a resistência de 100 Ω do cabo.
d) Medir o tempo de retardo tdelay entre a borda de subida positiva do pulso inicial e a borda negativa
de descida do pulso refletido.
e) Calcular o tempo de resposta por comprimento t’resp-trunk com a seguinte equação;
(lcable = comprimento do cabo considerado):
tdelay
t 'resp − trunk = e tresp-trunk = t 'resp-trunk ∗ lcable
2lcable
UA R = Zw UB
A 100 Ohm B
Tronco
Generador:
pulso para
o cabo
UA
Canal A
Pulso de
referência
0
t
UB Pulso na
Canal A Canal B Canal B
entrada do
Osciloscópio cabo
digital com 0
memória t
Pulso
refletido
tdelay
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
O fator de avaliação do cabo tronco Power-i utilizado deve ser especificado de acordo com a equação
a seguir:
R
AFtrunk = 4.34 e R = R' ∗ lcable
Zw
O parâmetro R é a resistência ôhmica (resistência de loop com a unidade Ω) do cabo utilizado e deve
ser conhecida, o parâmetro R’ é a resistência ôhmica por comprimento.
Z W = L' C'
Para determinar o valor da impedância característica ZW também é possível utilizar o arranjo para
medição prática do tempo de resposta tresp-trunk de acordo com A.3.4.2 f) utilizando o equipamento de
ensaio da Figura A.13.
NOTA 2 Exemplo: R’ = 25 Ω/1 000 m, L’ = 666 µH/1 000 m e C’ = 66 nF/1 000 m → ZW = 100 Ω → AFtrunk = 1,1;
A determinação do tempo de resposta tresp-terminator para terminadores Power-i não é necessária (ver 5.5).
●● substituir o dispositivo de campo Power-i (dispositivo sob ensaio) na Figura A.10, pelo terminador
Power-i;
●● o maior fator de avaliação determinado deve ser utilizado como fator de avaliação nominal para
o terminador Power-i.
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Anexo B
(informativo)
A precondição geral para uma ignição é a necessidade de exceder uma temperatura definida de
ignição dentro de um volume inicial de mistura gás/ar. Para tal, é necessário que se atinja uma
certa densidade de energia dentro deste volume inicial. Como a densidade de energia deriva do
consumo de potência dentro de um certo tempo de duração da faísca, pode ser deduzido que
este fator “tempo” é de fundamental importância durante uma ignição. O comportamento da
ignição pode ser fortemente influenciado pelo fator “tempo” de um modo bem fundamentado – isto
significa que podem ser alcançados os mais altos valores intrinsecamente seguros aprovados.
A ABNT NBR IEC 60079-11:2013 que não leva em consideração esta circunstância.
O “Power-i” considera esta circunstância e leva em conta o fator “tempo” porque tem como base o
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Entretanto, para otimização da avaliação relacionada à segurança, é requerida a verificação dos três
componentes essenciais do sistema geral – fonte Power-i, cabeamento Power-i + dispositivos de
campo Power-i (incluindo a carga).
Para entendimento do princípio de operação do “Power-i”, é útil se ter uma visão da curva típica de
um centelhamento de abertura dado pelo equipamento de centelhamento padrão de acordo com
a ABNT NBR IEC 60079-11. A Figura B.1 mostra um exemplo de um centelhamento de abertura
fornecido por uma fonte com limitação resistiva. Cada centelhamento de abertura é caracterizado
inicialmente por um incremento de tensão em torno de 10 V em combinação com uma queda de
corrente. O fim do centelhamento é caracterizado pela máxima tensão de saída da fonte.
Duração do
centelhamento ts
Fim do
Degrau centelhamento
inicial
Corrente, Tensão
Corrente Is
Tensão Us
Potência Ps
Tempo
Figura B.1 – Exemplo de uma curva típica de um centelhamento por abertura fornecido por
uma fonte de limitação linear
Este tipo de centelhamento é caracterizado por uma duração da centelha muito variável – geralmente
entre 20 µs e 2 ms (para equipamento do grupo IIC). A variação da duração da centelha leva a
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
O Power-i não utiliza o conceito de limitação de potência, mas sim o de limitação de tempo. Isto
significa que mais potência é disponibilizada para requisitos de funcionamento. A limitação da centelha
assegura que a temperatura da mistura de gás não atinja o limiar de ignição (ver Figura B.2).
Duração do
centelhamento ts
Corrente, Tensão
Fim do
Degrau
centelhamento
inicial
Corrente Is
Tensão Us
Potência Ps
Tempo
Figura B.2 – Exemplo de uma curva típica de uma centelha de abertura limitada por uma fonte
Power-i
Quando se utiliza dispositivos Power-i, o passo inicial na Figura B.2 é idêntico ao mostrado na
Figura B.1. A diferença fundamental é que o conceito Power-i tem como base a limitação definida da
duração da centelha. A duração da centelha depende primariamente do máximo tempo de resposta
do sistema Power-i como um todo. Este tempo é principalmente dependente do cabo-tronco utilizado
(tempo de propagação no cabo) e do tempo de resposta da fonte Power-i (tempo de desligamento
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
do hardware da fonte). Valores típicos para um cabo-tronco com comprimento de 1 000 m são, por
exemplo, 10 µs a 15 µs, e para a fonte Power-i, por exemplo, 1 µs. Portanto, a máxima energia de
centelhamento pode ser calculada com relativa exatidão.
O Power-I está baseado em uma influência direcionada no surgimento de qualquer tipo de formação
de centelha, e um retorno à operação normal (modo Power-i) não é possível antes que o estado crítico
(centelha) tenha acabado. Quando se utiliza o Power-i, o sistema como um todo, constituído de fonte,
dispositivos de campo, fiação e terminadores deve ser avaliado como uma entidade sob os aspectos
relevantes de segurança.
Dois modos de transição funcional do modo shutdown para o modo Power-i são possíveis:
di
a) Modo de retorno contínuo: A fonte Power-i retorna vagarosamente para o modo Power-i. O
dt
tempo de subida da corrente deve ser suficientemente baixo para evitar o acionamento do modo
shutdown da fonte Power-i. A intenção deste modo é alimentar aplicações simples como válvulas
solenoides, elementos de aquecimento etc.
b) Modo de retorno à tensão-limite: para a transição do modo shutdown para o modo Power-i,
uma tensão-limite definida Uthres deve ser excedida, para assegurar que uma transição para o
modo Power-i seja impossível em caso de resistência baixa ou uma situação de curto circuito.
Dispositivos de campo Power-i em conformidade com este modo irão permanecer em estado de
alta resistência até que a transição para o modo Power-i seja completada (ver Figura B.3).
A Figura B.4 mostra um exemplo de hardware que assegura este comportamento. A intenção
deste modo é energizar as mais complexas aplicações (por exemplo, dispositivos fieldbus).
Para ambos os modos de transição funcional, o seguinte se aplica: Se uma alteração de corrente
não permitida é detectada durante o retorno ao modo Power-i, a fonte Power-i imediatamente
retorna para o modo shutdown.
U Rthres
UO-source Modo P RL
ower-i
Uthres
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Mod
o Sh
utdo
wn
IO-source I
a) Modo shutdown: (ver Figura B.5 – chave eletrônica S1 da Figura B.4 está aberta). Esta
curva está completamente situada na área intrinsecamente segura em conformidade com a
ABNT NBR IEC 60079-11. A corrente de saída (residual) intrinsecamente segura em combinação
com a resistência de carga determina, portanto, a tensão de saída nos terminais da fonte Power-i.
Tão logo que o valor-limite Uthres especificado (ver Figura B.3 - Uthres e Rthres) seja excedido,
começa a transição para a faixa das características Power-i.
b) Modo Power-i: (ver Figura B.5 – chave eletrônica S1 da Figura B.4 está fechada). O modo Power-i
é a faixa de operação que permite a máxima potência de saída.
di
c) Se uma mudança de corrente que esteja acima do valor mínimo de acionamento do shutdown
dt
dinâmico, for detectada, ele rapidamente retorna ao modo shutdown (chave eletrônica S1 na
Figura B.4 está aberta).
Tensão limite
Lógica
Chave
Centelhamento
Centelhamento
de fechamento
Sobrecorrente
eletrônica
de abertura
S1
Cabeamento
Power-i
IO-source
Detector Detector Detector
Rstart
I + di/dt - di/dt
UO-source
Controle
Controle de
de
sobretensão
V tensão
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Figura B.4 – Princípio básico de uma fonte de alimentação Power-i para o modo de retorno
à tensão limite
U Rthres
UO-source Modo P
RL
ower-i
Uthres
Mod
o Sh
utdo
wn
IO-source I
Figure B.5 – Exemplo conjunto de curvas características de saída
de uma fonte Power-i no caso de uma falha
A transição do modo shutdown para o modo Power-i (partida) pode acontecer vagarosamente, por
exemplo, na faixa de ms. Esta transição não é pertinente para segurança. A transição pertinente
para segurança do modo Power-i para o modo shutdown é preferencialmente o mais curto possível
(na faixa de alguns µs).
Para encontrar o pior caso de valores de ignição para os ensaios da Tabela 3, foram realizados
arranjos para centelhas de abertura e fechamento como mostrado na Figura B.7.
Cabeamento
Power-i STA
principal exemplo:
Fonte
Alimentação
230 Vca
Power-i
Equipamento
sob ensaio
Detector
de
corrente
&
I ≥ I spec
Unidade de
desacoplamento
Contador digital
R
Carga
ajustável
Cabeamento
Power-i STA
principal exemplo:
Alimentação Fonte
230 Vca
Power-i
Equipamento
sob ensaio
Detector
de
corrente &
I ≥ I spec
Contador digital
R
C
Carga
ajustável
Figura B.7 – Arranjo de ensaio com aparelho de faiscamento padrão para centelhas de
fechamento
Com estes arranjos de ensaio, a probabilidade de uma ignição de 10-3 ou menor foi alcançada, por
exemplo, em média é permitida uma ignição a cada 1 000 contatos.
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Todos os ensaios foram realizados com o equipamento do Grupo IIC para um fator de segurança de
1,5, utilizando uma mistura enriquecida com oxigênio, por exemplo, 30 % hidrogênio e 53 % ar e 17 %
de oxigênio (de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-11).
A Figura B.11 mostra a dependência da energia mínima de ignição em relação à razão hidrogênio/ar
na mistura do gás. A energia mínima de ignição é aproximadamente 17 µJ a 21 % de hidrogênio no ar.
A mistura de oxigênio enriquecido utilizada para o fator de segurança SF 1,5 para o Grupo IIC tem
uma energia mínima de ignição de aproximadamente 10 µJ. As misturas com fator de segurança SF
de 1,0 para IIC e o fator de segurança SF 1,5 para os grupos IIB e IIA são baseados em misturas de
hidrogênio e ar, conforme a ABNT NBR IEC 60079-11.
B.3.2 Resultado dos ensaios de ignição por faísca e suas correlações com a Tabela 3
Todas as curvas resultantes das medições, na Figura B.9 e na Figura B.10, foram geradas com mistura
de oxigênio enriquecido para grupo de equipamentos IIC utilizando o equipamento de centelhamento
padrão da ABNT NBR IEC 60079-11.
Todas as curvas na Figura B.9 e Figura B.10 com o nome “***Tabela 3” são para referência. Somente
os pontos marcados correspondem às classes de corrente válidas da Tabela 3.
3,00
24V IIC SF 1,5 medida
24 V
2,50 24V IIC SF 1,5 Tabela 3
1,00
0,50
0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tempo de resposta do sistema t resp-system / µs
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Figura B.8 – Valores de ignição Power-i para classe de tensão 24 V (24 VDC)
3,0
1,0
0,5
0,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tempo de resposta do sistema t resp-system / µs
Figura B.9 – Valores de ignição Power-i para classe de tensão 32 V (32 VDC)
3,0
2,5
40 V 40V IIC SF 1,5 medida
1,5
1,0
0,5
0,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tempo de resposta do sistema t resp-system / µs
Figura B.10 – Valores de ignição Power-i para classe de tensão 40 V (40 VDC)
NOTA Na Figura B.10, a curva “40 V IIC SF 1,5 medida” é a base para as curvas “ 40 V IIC SF 1,0 Tabela 3”
e “40 V IIB SF1,5 Tabela 3”.
90
SF 1,5 IIA ∼60 µJ
(48% H2)
80
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
50
SF 1,0 IIC ∼17 µJ
40 (21% H2)
30
20
Anexo C
(informativo)
Um exemplo desta aplicação específica é mostrado na Figura C.1. A solenoide na Figura C.1 é utilizada
como indutância de desacoplamento. A capacitância paralela C depende da indutância L e da corrente
estática da válvula solenoide. Convém que os requisitos seguintes sejam atendidos:
5V ∗ R2
L ≥ 10mH,C ≥ 500 nF e R3 = ≥ 1000Ω
(UO − source − 5V )
L
≥ 10R2C
R
Esta aplicação para o dispositivo de campo válvula solenoide requer um tipo de proteção “Ex” (por
exemplo, encapsulamento Ex “m”).
centelhamento
de abertura
4x
D2 R2 L
solenoide
Cabeamento
Válvula
Power-i
Limitação delector delector R
UeI +di/dt −di/dt
Chave “i”
em eletrônica R3
Saída
conformidade
com a C
Máximo comprimento
ABNT NBR
IEC do tronco = 400m
60079-11
(−)
Dispositivo de campo
Fonte Power-i otimizada para IIC SF=1,5 válvula solenoide
Classe de aplicação: 32V2A0
uma combinação de funcionalidade e componentes relacionados à segurança. Esta fonte Power-i está
em conformidade com os seguintes requisitos funcionais importantes:
●● Prevenindo o retorno do modo shutdown para o modo Power-i desde que a tensão de limiar Uthres
de 15 V não seja excedida;
NOTA É necessário assegurar que apenas um valor de resistência acima da resistência mínima
conectada na saída da fonte Power-i, conduza a uma transição do modo shutdown para o modo Power-i.
De outra forma, uma transição para o modo Power-i seria possível com uma baixa resistência conectada
(por exemplo, resistência de contato).
●● A transição do modo shutdown para o modo Power-i requer comportamento de partida definido
(partida suave) da fonte Power-i.
di
A capacitância C na Figura C.2 é relevante para gerar um pulso detectável para qualquer tipo de
dt
carga (carga arbitrária) conectada (por exemplo, altas indutâncias). Convém que a capacitância C
tenha um valor mínimo de 500 nF. A indutância L determina o valor do fator de avaliação do dispositivo
de campo Power-i. Um valor de L maior resulta em um fator de avaliação menor.
●● O dispositivo de campo Power-i mostrado na Figura C.2 assegura que qualquer centelha por
abertura ou fechamento de contato no cabeamento Power-i causará um pulso com amplitude
suficiente para disparar uma reação de shutdown da fonte Power-i (para nível de proteção “ib”)
(-)
Derivação
D1
Partida suave
&
limitador de
X
corrente Unidade de
limitação de L
tensão
C Y
Dispositivo de
desacoplamento
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO S/A. - 33.000.167/0001-01
Carga real
Carga
X Y
2 × D1
2 × D2
2 × D3
2 × D4
2 × D5
2 × D6
2 × D7
2 × D8
Figura C.3 – Exemplo de uma unidade de limitação de tensão V (nível de proteção ib)
NOTA 2 No caso de um curto-circuito de um diodo, a tensão através da unidade de limitação de tensão V
decresce em 0,7 V.
+Ub
R var
100 K
10 K
R9 R5
BC847C
10 K
IRF530 R1
D1
220 µ
C1 L 15V
470 K
220
R8
1M
R2 R3 10 µ D3 10V
470n D3 15V
−Ub
D1
Tronco Power-i D2
(+)
C
Corrente
de dreno /
(-)
100 Ohm
consumo
R
NOTA A corrente de dreno é necessária para gerar uma corrente de polarização apenas para fins de
transmissão de dados.
Anexo D
(informativo)
O grupo de gás considerado é o IIC com um fator de segurança SF = 1,5 e a classe de tensão consi-
derada é 32 V.
Cada fonte Power-i que atenda aos requisitos conforme as classes de aplicação dadas na
Tabela 3 é aplicável.
Fonte Power-i pré-selecionada está de acordo com a Tabela 3 e é adequada para esta
aplicação.
NOTA 2 Se o valor do tempo de resposta da fonte Power-i selecionada tresp-source exceder 1.6 µs,
esta fonte Power-i é inadequada para esta aplicação.
Passo 3: Determinação do número máximo de dispositivos de campo para o tronco Power-i, conforme
a Seção 6.
n
AF source ≥ AF terminator + AF trunk + ∑ AF field− device
1