ANATOMIA DOS DENTES
PERMANENTES
DECÍDUOS
→ O ser humano possui apenas 2 DENTIÇÕES
(formação dos dentes) = decídua e permanente e 3
DENTADURAS (momento em que o paciente se
encontra) = decídua, mista e permanente.
→ Em caso de perda precoce dos dentes decíduos,
devemos analisar o estágio de Nolla em que o
paciente se encontra através de uma panorâmica,
para decidir a necessidade de utilizar um
mantenedor de espaço ou não, caso a criança
esteja no estágio 8,9 ou 10, não é necessário
utilizar mantenedor, mas se estiver em estágios
inferiores, é necessário.
→ Atualmente, o sistema utilizado em maior
escala para determinar a notação dentária é o
preconizado pela Fédération Dentaire
Internationale (FDI), que utiliza dois dígitos para
dentes permanentes e decíduos. O primeiro
corresponde ao quadrante e o segundo ao dente.
IMPORTÂNCIA DA DENTIÇÃO DECÍDUA
→ Exercem função vital no desenvolvimento dos
músculos da mastigação e na formação dos ossos
dos maxilares.
→ Desempenham um papel importante na
localização, no alinhamento e na oclusão dos
dentes permanentes.
→ Sua erupção favorece o crescimento dos
arcos dentários.
→ São fundamentais no preparo mecânico dos
alimentos, em uma fase na qual a criança
está em um dos períodos mais ativos de seu
crescimento e desenvolvimento.
→ Têm importância na fonação e na estética, dois
fatores importantes para a socialização.
DIFERENÇA ENTRE DENTES DECÍDUOS E
DECÍDUOS PERMANENTES
→ Tamanho menor → Tamanho maior
(1:3) → Maior espessura
→ Menor espessura de esmalte e
de esmalte e dentina
dentina → Cor branco-
mineralizada amarelada
→ Término de
→ Cor branco-leitosa
esmalte em bisel
→ Término abrupto na região cervical
de esmalte na
região cervical
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS DOS DENTES
DECÍDUOS
→ Os dentes decíduos são menores, em todas as suas
dimensões, que os dentes permanentes
correspondentes.
→ O esmalte tem coloração branca mais clara e mais
opaca do que a dos dentes permanentes, o que dá
à coroa uma cor branco-azulada, branco-leitosa ou
branco-argilosa, uniformemente distribuída por
toda a coroa.
→ O esmalte dos dentes decíduos é mais permeável e
mais facilmente desgastado que o esmalte dos
dentes permanentes. O grau de permeabilidade é
diminuído após o início da reabsorção radicular.
→ A profundidade do esmalte é maior e mais fina
que nos dentes permanente, sendo que a
espessura de esmalte dos dentes decíduos está em
torno de 0,5 a 1,0 mm.
→ O esmalte tem espessura igual ou quase igual em
todas as faces da coroa, terminando
abruptamente no nível do colo. Nessa porção
cervical, os prismas de esmalte inclinam-se para
oclusal em vez de se orientarem gengivalmente,
como ocorre nos permanentes.
→ Nos dentes decíduos recém-irrompidos, as
cúspides tendem a ter pontas mais afiladas.
→ Têm margem e sulcos cervicais mais pronunciados,
em especial na face vestibular dos molares
decíduos.
→ As superfícies vestibulares e linguais dos molares
decíduos são mais planas na depressão cervical do
que as dos molares permanentes.

→ As superfícies vestibulares e linguais dos molares,
especialmente dos primeiros molares, convergem
até as superfícies oclusais, de modo que o
diâmetro vestibulolingual da superfície oclusal se
apresenta muito menor que o diâmetro cervical.
→ As raízes dos dentes decíduos são menores, mais
delgadas e mais claras que as dos dentes
permanentes.
→ As raízes dos dentes anteriores decíduos são
maiores em proporção à coroa e, no sentido
mesiodistal, mais estreitas que a dos dentes
permanentes.
→ As raízes dos dentes posteriores são mais
divergentes para permitir o desenvolvimento do
sucessor permanente. Sua divergência é maior que
a medida da coroa.
→ As câmaras pulpares são proporcionalmente mais
amplas em relação às coroas do que nos dentes
permanentes e acompanham a morfologia externa
da coroa.
→ Os cornos pulpares, especialmente os mesiais, são
mais altos nos molares decíduos.
→ Nos dentes decíduos, há menos estrutura dentária
para proteger a polpa do que nos dentes
permanentes. Na fossa oclusal dos molares
decíduos, há uma espessura de dentina
comparavelmente maior sobre a parede pulpar.
→ O canal radicular dos dentes decíduos é muito
delgado.
→ A raiz é normalmente única, regularmente cônica,
com ligeiro achatamento no sentido
vestibulolingual.
→ Há um acotovelamento do terço apical para o lado
vestibular, em virtude da presença do germe do
dente permanente.
→ A cavidade pulpar é relativamente volumosa em
relação ao tamanho do dente.
INCISIVO LATERAL SUPERIOR
→ Menor que o central em todas as dimensões.
→ O comprimento cervicoincisivo é maior que a
largura mesiodistal.
→ As faces proximais têm o mesmo formato do
incisivo central, e na borda incisiva, o ângulo
distoincisivo é consideravelmente mais
arredondado.
→ A raiz parece mais longa em relação à coroa que o
incisivo central.
→ A raiz apresenta um desvio para vestibular e para
distal no seu terço apical.
→ A cavidade pulpar também segue a forma externa
do dente.

INCISIVO CENTRAL SUPERIOR

→ A coroa do incisivo central superior decíduo é

bastante achatada no sentido vestibulolingual e há
um rebordo acentuado junto ao colo.
→ Coroa quadrada= cervico-incisal= mesio-distal
→ A largura mesiodistal é maior que a medida
cervicoincisiva.
→ O lado mesial é bastante plano, enquanto o distal
apresenta-se mais convexo.
→ A borda incisal é quase sempre reta, exceto em
alguns casos onde o ângulo distoincisal é
arredondado.
→ A mesial é mais alta que a distal.
→ A raiz desse dente é duas vezes mais longa que a
coroa.
 INCISIVO CENTRAL INFERIOR
→ Semelhante ao permanente.
→ A dimensão mesio-distal é maior que a cervico-
incisal.
→ Na borda incisiva, em geral, os ângulos formados
com as superfícies proximais são vivos, podendo
apresentar leve arredondamento no lado distal.
→ A raiz é única, longa, com cerca de o dobro da
coroa e muito achatada no sentido mesiodistal.
→ A raiz é curvada para vestibular e distal.
→ A cavidade pulpar segue o contorno geral externo,
sendo mais larga na altura do cíngulo.
→ O canal radicular é
único e ovalado.
INCISIVO LATERAL INFERIOR
→ Semelhante ao incisivo central inferior decíduo,
porém menor.
→ A superfície distal é menor e mais convexa que a
mesial.
→ A raiz é mais longa, mais afilada e mais estreita
que no central.
→ A raiz apresenta um desvio para vestibular e para
distal no terço apical.
→ A cavidade pulpar segue o contorno do dente e o
canal radicular é único e com formato oval.
CANINO SUPERIOR
→ A coroa do canino superior apresenta uma
constrição na cervical em relação à sua largura
mesiodistal.
→ A face vestibular tem forma lanceolada e bossa
desenvolvida.
→ Suas dimensões mesiodistal e cervicoincisiva
são aproximadamente iguais.
→ A face lingual apresenta duas cristas marginais
(mesial e distal) bem evidentes e um cíngulo bem
desenvolvido.
→ A raiz do canino superior é robusta nos terços
cervical e médio e levemente inclinada para
vestibular no terço apical.
→ A raiz tem formato cônico e apresenta duas vezes
o comprimento da coroa.
CANINO INFERIOR
→ A coroa é mais alta do que larga, o que lhe confere
uma aparência mais esguia que a do seu
antagonista.
→ Coroa mais plana e com sulcos de
desenvolvimento mais rasos.
→ A raiz tem aproximadamente duas vezes o
comprimento da coroa e é um pouco achatada no
sentido mesiodistal, além de ser mais curta que a
raiz do canino superior.
 PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR
→ Sem correspondente na dentição permanente.
→ A coroa do primeiro molar superior decíduo tem
um formato cúbico irregular, é mais larga do que
alta e tem um grande estrangulamento no colo.
→ Menor dos molares decíduos.
→ A face vestibular é plana em sua maior parte (2/3)
e convexa na região cervical.
→ A região cervical é mais proeminente para mesial,
onde se encontra o Tubérculo de Zuckerkandl
(mesio-vestibular).
→ A superfície oclusal possui 3 cúspides ( 2
vestibulares e 1 lingual)= mesiovestibular,
distovestibular e lingual (é a maior de todas).
→ Possui sulco principal (vestibular e lingual).
→ As cúspides vestibular e lingual são unidas por uma
crista marginal.
→ O primeiro molar superior decíduo apresenta três
raízes, sendo duas vestibulares e outra lingual.
→ A raiz lingual é mais longa e mais curvada, e a
distovestibular, mais curta e reta.
→ As raízes são divergentes e escavadas.
SEGUNDO MOLAR SUPERIOR
→ Semelhante ao 1° molar superior permanente.
→ Presença do tubérculo de Zuckerkandl na região
cervical da face mesiovestibular.
→ Apresenta o tubérculo de Carabelli por palatina, no
lado mesial.
→ Apresenta 4 cúspides na face oclusal (2
vestibulares e 2 linguais)= mesiolingual (maior de
todas), distolingual, mesiovestibular e
distovestibular.
→ Apresenta uma ponte de esmalte.
→ O segundo molar superior decíduo apresenta três
raízes, sendo duas vestibulares e uma palatina.
→ A raiz mesiovestibular pode ser tão longa quanto a
lingual e a raiz distovestibular é a mais curta das
três.
→ A cavidade pulpar consiste em uma câmara pulpar
ampla e três canais radiculares, que seguem a
forma externa do dente.
 PRIMEIRO MOLAR INFERIOR
→ Sem correspondente na dentição permanente.
→ Coroa irregularmente cúbica e alongada para
mesial.
→ Possui 4 cúspides na superfície oclusal (2
vestibulares e 2 linguais)= mesiolingual (maior de
todas), distolingual, mesiovestibular e
distovestibular.
→ Possui a face vestibular convexa.
→ O primeiro molar inferior tem duas raízes: a mesial
e a distal.
→ As raízes são planas, largas e bem separadas, além
de muito achatadas, afastando-se
consideravelmente no terço apical.
→ A raiz mesial tem dois canais radiculares e a distal,
apenas um.
SEGUNDO MOLAR INFERIOR
→ Semelhante ao 1º molar inferior permanente.
→ Apresenta 5 cúspides na face oclusal (3
vestibulares e 2 linguais)= mesiolingual (maior de
todas), distolingual, distovestibular,
mesiovestibular e distal.
→ Apresenta 2 raizes (mesial e distal), que são duas
vezes maiores que a coroa, são longas, delgadas e
separadas.
→ A raiz mesial tem dois canais radiculares, enquanto
a distal apenas um.
DENTES NATAIS E NEONATA IS
→ Natais= dentes presentes ao nascimento.
→ Neonatais= dentes que irrompem entre o
nascimento até um mês de idade.
→ Possuem tamanho e forma normais, porém na
maioria das vezes, são pouco desenvolvidos,
pequenos, cônicos, amarelados e hipoplásicos.
→ Etiologia da erupção prematura=
• Aumento da taxa de erupção durante ou
após um estado febril.
• Distúrbios endócrinos.
• Deficiências dietéticas.
• Efeitos da sífilis congênita.
• Posição superficial do germe dentário.
• Origens familiares.
• Associação com síndromes.
→ Esses dentes podem causar úlcera traumática na
superfície ventral da língua, levando a doença de
Riga-Fede (desidratação e dificuldades na
amamentação, além de aumentar o potencial de
infecção na área).
→ Tratamento=
• Devemos analisar se eles fazem parte da
contagem normal ou são
supranumerários.
• Caso eles apresentem mobilidade, devem
ser removidos para não correr o risco de
broncoaspiração.
• Exodontia após 15 dias.
• Alisamento das bordas incisais.