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Número 152
BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P. das assinaturas dos particulares atribui aos mesmos o valor
de documento autêntico.
AVISO
Artigo 714
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser remetida em
cópia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, (Forma)
além das indicações necessárias para esse efeito, o averbamento
1. O acto de constituição ou modificação de hipoteca
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim da
República».
voluntária quando recaia sobre bens imóveis, deve constar de
escritura pública, de testamento ou de modelos de contratos
aprovados por autoridade competente.
2. Os contratos que sejam celebrados por modelos,
SUMÁRIO nos termos do número anterior o reconhecimento notarial
Presidência da República: das assinaturas dos particulares atribui aos mesmos o valor
de documento autêntico.
Decreto-Lei n.º 2/2021:
ao abrigo do disposto no artigo 2 da Resolução n.º 25/2019, de d) Promoção e coordenação de estudos experimentais
21 de Novembro, que aprova o Estatuto Orgânico do Laboratório no campo de engenharia civil e dos materiais
de Engenharia de Moçambique, determino: de construção;
e) Homologação dos resultados da investigação na área de
Artigo 1 controlo de qualidade de obras;
f) Colaboração com estabelecimentos de ensino na
(Aprovação) preparação do pessoal técnico dos vários graus de
É aprovado o Regulamento Interno do Laboratório de especialização e revisão dos curricula respectivos; e
Engenharia de Moçambique, Instituto Público, abreviadamente g) Exercício da sua acção de criação, desenvolvimento
designado por LEM, IP, em anexo, que é parte integrante do e difusão da investigação e controlo de qualidade
presente Diploma Ministerial. no âmbito da Engenharia Civil, nomeadamente
Engenharia Civil/Obras Públicas; Edifícios; Habitação
Artigo 2 e Urbanismo e Tecnologia da Construção; Ambiente;
Hidráulica e Recursos Hídricos; Transportes, Infra-
(Revogação) estruturas e Vias de Comunicação; Geotecnia e Obras
É revogado o Diploma Ministerial n.º 193/2011, de 26 de Julho Subterrâneas; Metrologia; Indústria dos Materiais;
e outra legislação que contrarie o presente Diploma Ministerial. Componentes e outros materiais e produtos para
construção.
Artigo 3 2. O controlo de qualidade das obras públicas e privadas e dos
(Entrada em Vigor) materiais de construção a aplicar em obras públicas e privadas
é feito pelo Laboratório de Engenharia de Moçambique.
O presente Diploma Ministerial entra em vigor na data da sua
publicação. Artigo 4
Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, (Competências)
Maputo, aos 14 de Junho de 2021. — O Ministro, João Osvaldo
Compete ao LEM, IP:
Moisés Machatine.
a) Promover investigações, estudos e ensaios, quer por sua
Regulamento Interno do Laboratório iniciativa, quer por solicitação de entidades públicas
ou particulares nacionais ou estrangeiras;
de Engenharia de Moçambique, IP b) Proceder ao controlo de qualidade dos materiais de
construção aplicados ou a empregar em obras públicas;
CAPÍTULO I c) Homologar sistemas construtivos e controlar a qualidade
Disposições Gerais de elementos de construção;
d) Proceder à observação do comportamento de obras de
Artigo 1
engenharia, com vista a avaliar as suas condições de
(Natureza) segurança e durabilidade;
O Laboratório de Engenharia de Moçambique, IP, e) Prestar consultoria e assistência técnica, quando
abreviadamente designado por LEM, IP, é um instituto público solicitado;
de fiscalização e normalização da qualidade de obras públicas f) Prestar serviços de investigação da água, para efeitos da
e privadas, dotado de personalidade jurídica e autonomia construção civil;
g) Estabelecer acordos ou contratos com outras organizações,
administrativa e financeira.
públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, para
Artigo 2 a realização de investigação, estudos e ensaios de
interesse para os seus programas de acção;
(Sede e Âmbito) h) Criar, instalar e assistir laboratórios locais especializados
1. O LEM,IP, tem a sua sede na Cidade de Maputo e desenvolve junto das obras, sempre que se justifique;
a sua actividade em todo o território nacional. i) Licenciar laboratórios da área de engenharia civil
2. O LEM,IP, pode criar delegações ou outras formas e de materiais de construção;
de representação em qualquer parte do território nacional, j) Realizar estudos de investigação e desenvolvimento no
mediante autorização do Ministro que superintende a área das âmbito de normalização e regulamentação técnica
finanças, ouvido o representante do Estado na Província. e elaborar a documentação necessária em colaboração
com outros organismos;
Artigo 3 k) Defender a propriedade intelectual dos estudos e projectos
do LEM, IP;
(Atribuições) l) Manter intercâmbio científico e técnico no quadro das
1. LEM, IP, tem por atribuições: suas atribuições, ao nível interno ou internacional; e
a) Promoção da investigação, homologação e controlo m) Propor a revisão ou ajustamento de normas controlo
de qualidade no domínio da engenharia civil e de de qualidade das obras de engenharia civil e dos
materiais de construção, sobretudo das obras públicas; materiais de construção bem como os regulamentos de
engenharia civil e a sua aprovação pela tutela sectorial.
b) Promoção e coordenação da investigação científica,
controlo de qualidade de obras e do desenvolvimento Artigo 5
tecnológico, tendo em vista o contínuo aperfeiçoamento
(Tutela)
e a boa prática da Engenharia Civil;
c) Prestação de serviços de Ciência e Tecnologia 1. A tutela sectorial é exercida pelo Ministro que superintende
a entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, a área de obras públicas e compreende as seguintes competências:
contribuindo para a inovação, a disseminação do saber a) Aprovar as políticas gerais, os planos anuais e plurianuais
e a transferência tecnológica; bem como os respectivos orçamentos;
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b) Propor ao Conselho de Direcção a definição e revisão ou l) Emitir parecer sobre a atribuição de prémios de carácter
ajustamento de normas de qualidade, de controlo de científico;
qualidade das obras de engenharia civil e dos materiais m) Colaborar com outras instituições em todos os assuntos
de construção, bem como outros regulamentos relacionados com a avaliação e formação do pessoal
de engenharia civil; de investigação;
c) Propor os trabalhos que devem ser incluídos, por n) Pronunciar-se sobre todas as questões que lhe forem
iniciativa do LEM, IP, em publicações suas ou em submetidas pelo Conselho de Direcção;
quaisquer outras, nacionais ou estrangeiras; e o) Elaborar o seu regulamento interno e submete-lo
d) Emitir parecer sobre programas de formação técnica a aprovação pelo Conselho de Direcção; e
e científica e os respectivos curricula, quando p) Apreciar e emitir pareceres sobre a promoção, formação
técnico-científica e de pós-graduação dos técnicos,
destinados ao pessoal em serviço do LEM, IP.
para homologação pelo Director-Geral.
3. Compõem o Conselho Técnico:
3. O Conselho Científico é constituído por todos os que,
a) Director-Geral; a qualquer título, incluindo o de bolseiro, quer sejam cidadãos
b) Director-Geral Adjunto; nacionais ou estrangeiros, exerçam actividade no LEM, IP, desde
c) Directores dos Serviços Centrais; que habilitados com o grau de Doutor ou equivalente, ou ainda
d) Chefes de Departamento Central Autónomo; e os que, não possuindo qualquer destas qualificações, integrem a
e) Chefes de Repartição Central Autónomo. carreira de investigação científica em categoria igual ou superior
4. Podem ser convidados a participar das sessões do Conselho a de investigador auxiliar ou a carreira docente universitária em
Técnico, sob proposta do Director – Geral, além dos membros categoria igual ou superior à de professor auxiliar.
previstos no número anterior, e de acordo com a agenda de cada 4. O Conselho Científico pode ser constituído por cidadãos
sessão, outros técnicos de reconhecida competência. que exerçam actividade no LEM, IP, habilitados também com
5. O Conselho Técnico reúne-se, ordinariamente de três em o grau de mestre ou especialista, quando se revele insuficiência
de Doutorados.
três meses e, extraordinariamente, sempre que o seu presidente
5. O Presidente do Conselho Científico é eleito directamente
o convoque.
pelos respectivos membros, por escrutínio secreto, de entre os
Artigo 9 investigadores do LEM, IP, com a categoria de investigador-
coordenador e, na falta deste, com a categoria de investigador
(Conselho Científico) auxiliar.
1. O Conselho Científico é o órgão responsável pela apreciação 6. O mandato do Presidente Conselho Científico tem a duração
e acompanhamento das actividades de investigação científica de dois anos, podendo ser re-eleito para mandatos subsequentes.
e desenvolvimento tecnológico do Laboratório de Engenharia 7. O Conselho Científico rege-se por regulamento específico
de Moçambique. a ser aprovado pelo Conselho de Direcção.
2. Compete ao Conselho Científico:
Artigo 10
a) Pronunciar-se sobre a orientação geral das actividades de
(Conselho Fiscal)
investigação científica e desenvolvimento tecnológico
do LEM, IP; 1. O Conselho Fiscal é o órgão responsável pelo controlo
b) Emitir parecer sobre o orçamento, planos e relatórios da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira
anuais ou plurianuais de actividades de investigação e patrimonial do LEM, IP.
científica do LEM, IP, nomeadamente no que 2. Compete ao Conselho Fiscal:
respeita às actividades de investigação científica a) Acompanhar e controlar com regularidade o cumprimento
e de desenvolvimento tecnológico; das leis e regulamentos aplicáveis a execução
c) Apreciar e emitir pareceres sobre projectos e actividades orçamental, a situação económica, financeira
de investigação, extensão e acordos ou protocolos de e patrimonial do LEM, IP;
cooperação científica para aprovação pelo Conselho b) Examinar trimestralmente a contabilidade do LEM, IP;
de Direcção; c) Analisar o relatório e contas e emitir parecer sobre os
d) Apreciar e emitir pareceres sobre o desempenho técnico mesmos;
d) Emitir parecer sobre propostas orçamentais do LEM, IP,
científico do LEM, IP;
e respectivas revisões e alterações, incluindo o plano
e) Apreciar e emitir pareceres sobre a revisão das normas
de actividade na vertente de cobertura orçamental;
de ensaios e dos regulamentos técnicos na área de e) Emitir parecer sobre o relatório de gestão de exercício
engenharia civil dentro das atribuições do LEM, IP; e conta de gerência, incluindo documentos de
f) Propor ao Conselho de Direcção do LEM, IP, a concessão certificação legal de contas;
de títulos honoríficos; f) Manter a Direcção Geral informada sobre os resultados
g) Promover a publicação dos trabalhos científicos das verificações e exames que proceda;
do LEM, IP; g) Elaborar relatórios da sua acção fiscalizadora, incluindo
h) Elaborar o plano anual de investigação; um relatório anual global;
i) Pronunciar-se, sobre a solicitação do Conselho h) Propor ao Ministro da tutela financeira e à Direcção Geral
de Direcção, sobre a composição da unidade a realização de auditorias externas, quando se revelar
de acompanhamento do LEM, IP; necessário ou conveniente;
j) Propor ao Conselho de Direcção a composição dos júris i) Verificar, fiscalizar e apreciar a legalidade da organização
das provas públicas para atribuição de graus da carreira e funcionamento do LEM, IP;
de investigação científica; j) Verificar a eficácia dos mecanismos e técnicas adoptadas
k) Emitir parecer sobre a definição das áreas científicas pelo LEM, IP, para o atendimento e prestação
do LEM, IP; de serviços públicos;
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k) Pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam p) Submeter os instrumentos reguladores das actividades do
submetidos pelo Conselho de Direcção, pelo Tribunal LEM, IP, à aprovação da Direcção Geral; e
Administrativo e pelas entidades que integram o q) Exercer quaisquer funções que lhe sejam acometidas por
sistema de controlo interno da administração financeira Lei ou pelos Estatutos.
do Estado.
Artigo 13
3. As deliberações do Conselho Fiscal são tomadas por maioria
de votos expressos, desde que esteja presente a maioria dos seus (Competências do Director-Geral Adjunto)
membros em exercício, incluindo o presidente, tendo este ou Compete ao Diretor-Geral Adjunto:
quem o substitua voto de qualidade. a) Coadjuvar o Director-Geral no desempenho das suas
4. O Conselho Fiscal é composto por três membros, dentre funções;
os quais um presidente e dois vogais, representando as áreas b) Substituir o Director-Geral nas suas ausências
de tutela financeira, da função pública e tutela sectorial, sendo e impedimentos;
o presidente o representante do Ministério de Tutela Financeira. c) Exercer os poderes que lhe forem delegados.
5. O Conselho Fiscal tem um mandato de três anos, renovável
uma única vez. CAPÍTULO III
6. O Conselho Fiscal reúne-se trimestralmente, mediante Estrutura e Funções das Unidades Orgânicas
convocação formal do respectivo presidente, em sessões Artigo 14
ordinárias e, extraordinariamente, sempre que se mostre
(Estrutura)
necessário, por solicitação de dois dos seus membros ou, ainda,
a pedido da Direcção Geral. O LEM, IP, tem a seguinte estrutura orgânica:
a) Serviços Centrais de Materiais de Construção
Artigo 11 e Estruturas;
(Direcção) b) Serviços Centrais de Geotecnia, Hidráulica e Vias
de Comunicação;
1. O LEM, IP, é dirigido por um Director Geral, coadjuvado
c) Gabinete Jurídico;
por um Director-Geral Adjunto, nomeados pelo Ministro de
d) Departamento de Qualidade e Metrologia;
tutela sectorial. e) Departamento de Planificação e Administração;
2. O Director-Geral e o Director-Geral Adjunto têm um f) Departamento de Recursos Humanos; e
mandato de quatro anos, renovável uma única vez. g) Repartição de Aquisições.
3. Nas suas ausências ou impedimentos o Director-Geral
é substituído pelo Director-Geral Adjunto. Artigo 15
(Serviços Centrais de Materiais de Construção e Estruturas)
Artigo 12
1. São funções dos Serviços Centrais de Materiais de
(Competências do Director-Geral) Construção e Estruturas:
Compete ao Director-Geral: a) Controlar a qualidade na área de materiais de construção
a) Convocar e presidir às sessões do Conselho de Direcção e estruturas a aplicar em obras tais como edifícios,
e Técnico e assegurar o funcionamento regular do pontes, barragens de betão, postes de transmissão
LEM, IP; de energia eléctrica, pavimentos de vias rodoviárias;
b) Monitorar o cumprimento das deliberações do Conselho ferroviárias, aeroportuárias, portuárias e todos os
de Direcção; materiais usados na construção de estruturas de
c) Dirigir o LEM, IP, assegurando o funcionamento dos engenharia civil;
órgãos; b) Proceder a investigação, estudo e ensaios relativos
d) Executar e fazer cumprir a Lei, regulamentos e normas aos materiais, processos de construção e estruturas
aplicáveis, relativas à gestão do LEM, IP, bem como as tradicionais e não tradicionais que envolvam novas
directrizes emanadas das tutelas sectorial e financeira; tecnologias;
e) Exercer os poderes de direcção, gestão e disciplina do c) Emitir parecer sobre estudos referidos na alínea anterior;
pessoal; d) Realizar ensaios de recepção de pontes e outras estruturas
f) Elaborar propostas de programas de actividades, do e o seu controlo pós-construção;
orçamento e os respectivos relatórios de execução; e) Realizar estudos sobre patologias das construções;
g) Celebrar contratos aprovados pelo Conselho de Direcção; f) Proceder ao controlo de estabilidade pós-construção das
h) Celebrar contratos-programa; obras de engenharia civil;
g) Realizar estudos sobre patologias das construções tais
i) Controlar a arrecadação de receitas;
como em edifícios, pontes, pontões e aquedutos,
j) Autorizar a realização de pagamentos de despesas;
ferrovias, aeroportos, portos e barragens;
k) Assegurar a orientação científica e técnica dos trabalhos h) Proceder à análise química de betumes, adjuvantes,
do LEM, IP; aditivos e estabilizantes químicos dos solos;
l) Corresponder-se com outras entidades e estabelecer i) Proceder à análise química de ligas metálicas, solos,
intercâmbio com organismos de investigação águas, tintas, vernizes e materiais de construção, bem
e controlo de qualidades afins; como avaliar as suas propriedades tecnológicas;
m) Representar o LEM, IP, em juízo ou fora dele, activa j) Participar em actividades de normalização e qualidade
e passivamente; de materiais e processos de construção e respectiva
n) Licenciar laboratórios da área de engenharia civil; regulamentação;
o) Nomear os directores de áreas, chefes de departamento k) Garantir a implementação dos sistemas de gestão
e repartição do LEM, IP; de qualidade de ensaios;
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e) Efectuar estudos sobre critérios de qualidade das redes 2. O Departamento de Geotecnia e Vias de Comunicação
de abastecimento de água e de esgotos; é dirigido por um Chefe de Departamento Central, nomeado pelo
f) Realizar ensaios de recepção de equipamento de medição Director-Geral.
de caudais, bombas, tubos e acessórios de canalização;
g) Participar em actividades normativas e de regulamentação Artigo 20
respeitantes às características e comportamento (Departamento de Hidráulica, Química e Ambiente)
de obras de engenharia e vias de comunicação;
1. São funções do departamento de Hidráulica, Química
h) Garantir a implementação dos sistemas de gestão
e Ambiente:
de qualidade de ensaios;
i) Estudar e observar o comportamento hidráulico a) Realizar estudos, ensaios e observações para apoio ao
e hidrológico das bacias hidrológicas; e projecto, construção e previsão do comportamento de
j) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito obras hidráulicas;
de competências ou que lhe sejam superiormente b) Realizar ensaios de recepção de equipamento
incumbidas. de medições hidráulicas;
c) Controlar a qualidade de tubagem hidráulica e seus
2. Os Serviços Centrais de Geotecnia, Hidráulica e Vias de acessórios;
Comunicação são dirigidos por um Director de Serviços Centrais d) Realizar estudos de problemas hidráulicos relativos
apurado em concurso público e nomeado pelo Director Geral. as infra-estruturas de saneamento básico e redes
3. Os Serviços Centrais de Geotecnia, Hidráulica e Vias de abastecimento de água e efectuar estudos sobre
de Comunicação integram os seguintes departamentos: critérios e padrões de qualidade das redes de
a) Departamento de Geotecnia e Vias de Comunicação; e abastecimento de água e de esgotos;
b) Departamento de Hidráulica, Química e Ambiente. e) Realizar estudos experimentais ou analíticos referentes
aos órgãos hidráulicos;
Artigo 19 f) Realizar estudos hidrogeológicos e de águas superficiais
(Departamento de Geotecnia e Vias de Comunicação) e aperfeiçoamento da metodologia da recolha de dados
higrométricos;
1. São funções do Departamento de Geotecnia e Vias
g) Estudar os problemas electromecânicos e dos escoamentos
de Comunicação: fluviais e comportamentos marinhos, de suas
a) Realizar a prospecção geotécnica para fundação de obras morfologias, transporte, disposição de sedimentos
de engenharia; e controlo de erosão e conservação de solos;
b) Elaborar e executar planos de sondagens e ensaios h) Proceder à inspecção de bombas para o abastecimento
de campo, com colheita de amostras; de água. Proceder à análise química de betumes,
c) Desenvolver ou disseminar práticas que permitam adjuvantes, aditivos e estabilizantes químicos dos
a rápida descrição dos solos; solos;
d) Realizar ensaios de identificação e caracterização de solos i) Proceder à análise química de ligas metálicas, solos,
e rochas no domínio da engenharia civil; águas, tintas, vernizes e outros materiais de construção,
e) Coordenar a realização de ensaios e estudos; bem como avaliar as suas propriedades tecnológicas;
f) Assegurar o funcionamento pleno dos equipamentos de j) Participar em actividades de normalização e qualidade
ensaios de campo e de laboratório e elaborar planos de materiais e processos de construção e respectiva
de substituição e/ou aquisição bem como a calibração; regulamentação;
g) Realizar ensaios, estudos e observações das infra- k) Garantir a implementação dos sistemas de gestão de
estruturas em apoio para elaboração de projectos qualidade de ensaios;
de construção, reparação e manutenção das infra- l) Apoiar na elaboração de caderno de encargo sobre
estruturas; qualidade de materiais de construção a aplicar em
h) Realizar estudos sobre patologias em infra-estruturas obras de engenharia civil, nos termos previstos na
de transporte; legislação específica;
i) Realizar ensaios de caracterização de materiais a aplicar m) Proceder ao estudo do controlo de qualidade do ar e de
em infra-estruturas de transportes, barragem e outras águas residuais;
obras de engenharia; n) Realizar ensaios de controlo de qualidade tendentes a
j) Controlar a qualidade e certificar os materiais a aplicar nas avaliação do impacto da actividade industrial, agrícola
obras de construção em infra-estruturas de transportes, e domestica sobre o ambiente (ar, água e solos) no que
obras hidráulicas e outras obras de engenharia; se refere, entre outros, a deposição de resíduos líquidos
k) Realizar trabalhos de investigação sobre os materiais ou sólidos industriais e domésticos;
e soluções alternativas para construção de estradas o) Propor, executar e participar em projectos que visam o
revestidas e não revestidas; monitoramento e o controlo da qualidade do ambiente;
l) Participar em actividades normativas e de regulamentação p) Emitir pareceres sobre estudos de avaliação de impacto
respeitantes às infra-estruturas, barragens e outras ambiental;
obras de engenharia; q) Controlar a produção, armazenamento, transporte,
m) Produzir modelos construtivos reduzidos que simulem as comercialização, utilização de substâncias que
acções actuantes numa obra de engenharia civil (infra- comportam riscos à qualidade de vida e do meio
estruturas de transporte, barragens, represas, diques, ambiente;
etc); com vista a certificação do modelo construtivo r) Participar em estudos de impacto ambiental em obras de
adoptado; e construção civil e outros; e
n) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito s) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito
de competências ou que lhe forem superiormente de competências ou que lhe forem superiormente
incumbidas; incumbidas.
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2. O Departamento de Hidráulica, Química e Ambiente k) Solicitar a suspensão de actividades cuja qualidade julgue
é dirigido por um Chefe de departamento Central, nomeado pelo estar a ser posta em causa por não-conformidade;
Director-Geral. l) Propor ao Director-Geral o abate de equipamentos de
ensaios laboratoriais; e
Artigo 21 m) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito
de competências ou que lhe forem superiormente
(Gabinete Jurídico)
incumbidas.
1. São funções do Gabinete Jurídico: 2. O Departamento de qualidade e metrologia é dirigido por
a) Prestar assessoria jurídica e judiciária ao LEM, IP; um Chefe de Departamento Central Autónomo, nomeado pelo
b) Promover e assegurar a defesa dos direitos e interesses Director-Geral.
do LEM, IP;
c) Propor meios de conciliação e acordos em demandas; Artigo 23
d) Defender o LEM, IP, quando este seja parte em processos (Departamento de Planificação e Administração)
judiciais; 1. São funções do Departamento de Planificação
e) Interpor recursos aos tribunais competentes; e Administração:
f) Acompanhar o desenrolar dos processos judiciais a) No domínio da Planificação:
e administrativos que sejam do interesse do LEM,IP; i. Preparar propostas de planos e orçamento anuais
g) Assegurar e promover a legalidade das decisões tomadas e plurianuais do LEM, IP e monitorar a sua execução;
pelos órgãos do LEM, IP; ii. Preparar relatórios de gerência e balanço de contas
h) Elaborar e analisar contratos, acordos e outros do exercício anual do LEM, IP;
instrumentos reguladores do LEM,IP; iii. Preparar o plano de actividades e orçamento
i) Organizar o arquivo de legislação; para outorgar em contrato-programa com
j) Divulgar a legislação de interesse para as actividades o Governo, bem como monitorar e reportar sobre
do LEM, IP; sua implementação;
k) Assegurar a conformidade da tramitação de processos iv. Participar nas negociações com parceiros de
disciplinares e adequação da pena proposta; cooperação;
v. Assegurar o cumprimento efectivo dos acordos;
l) Emitir pareceres sobre propostas de acordos interna-
vi. Criar e manter actualizado o cadastro dos acordos
cionais; e estabelecidos pelo LEM; IP; e
m) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito vii. Realizar as demais actividades integradas no
de competências ou que lhe forem superiormente seu âmbito de competências ou que lhe forem
incumbidas. incumbidas.
2. O Gabinete Jurídico é dirigido por um Chefe de Gabinete b) No domínio da Administração e Finanças:
de Instituto Público, nomeado pelo Director-Geral. i. Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos
legais para a execução e controlo financeiro;
Artigo 22 ii. Tramitar o registo contabilístico de todo o expediente
(Departamento de Qualidade e Metrologia) referente às operações financeiras do LEM, IP;
1. São funções do Departamento de Qualidade: iii. Manter actualizado o registo do património
do LEM,IP;
a) Promover a aplicação de normas, em coordenação iv. Assegurar a articulação institucional com as demais
com outras instituições de normalização nacionais instituições envolvidas no processo de celebração
e internacionais; de acordos internacionais;
b) Desenvolver e implementar sistemas de gestão de v. Planificar e desenvolver uma estratégia integrada
qualidade do LEM, IP; de comunicação e imagem do LEM,IP;
c) Promover a acreditação de laboratórios de ensaios vi. Planear, desenvolver e implementar a comunicação
e velar pela continuidade das condições necessárias interna e externa do LEM, IP;
à sua manutenção; vii. Zelar pela manutenção das instalações, viaturas,
d) Elaborar planos anuais e/ou semestrais, de calibrações móveis e outros bens patrimoniais do LEM,IP;
dos equipamentos sob a sua responsabilidade viii. Assegurar, gerir e monitorar os processos de
e realizar todas as operações necessárias à calibração arrecadação de receitas e realização de despesas
dos equipamentos; do LEM,IP;
e) Analisar e emitir pareceres sobre processos de certificação ix. Implementar o sistema Nacional do Arquivo do
de laboratórios comerciais na área de Engenharia Civil Estado (SNAE);
que tenham sido submetidos ao LEM, IP; x. Preparar processos com vista a prestação de contas; e
f) Estabelecer e aplicar os critérios de utilidade dos xi. Realizar as demais actividades integradas no
equipamentos em função dos resultados da sua seu âmbito de competências ou que lhe forem
calibração; superiormente incumbidas.
g) Elaborar manuais de avaliação expedita dos materiais
e de verificação da qualidade; 2. O Departamento de Planificação e Administração é dirigido
h) Promover a redacção de procedimentos para por um Chefe de Departamento Central Autónomo, nomeado
as calibrações internas; pelo Director-Geral.
i) Velar pela realização dos ensaios solicitados ao LEM, 3. O Departamento de Planificação e Administração integra:
IP, e sua monitoria tendo em vista a certificação a) Repartição de Administração, Manutenção e Gestão
de conformidade e homologação dos resultados; Patrimonial;
j) Submeter propostas para aprovação e homologação, b) Repartição de Planificação e Finanças; e
pelo LEM, IP, de materiais e processos construtivos; c) Secretária-geral.
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b) Implementar as actividades no âmbito das políticas b) Assegurar e coordenar todas as acções operativas a nível
e estratégias de prevenção e controlo de doenças da respectiva área de jurisdição;
crónicas e degenerativas, do género e da pessoa c) Propor e gerir os meios materiais, humanos e financeiros
portadora de deficiência na função pública; necessários ao seu funcionamento;
c) Assegurar a gestão dos recursos humanos; d) Elaborar relatórios de actividades bem como o plano de
d) Preparar a estratégia e o plano de desenvolvimento acção para o ano seguinte e submetê-lo à Direcção-
de recursos humanos;
Geral;
e) Preparar as propostas do quadro de pessoal e de carreiras
profissionais específicas do LEM,IP; e) Elaborar relatórios mensais e trimestrais e submetê-los
f) Assegurar a realização da avaliação do desempenho dos à apreciação e avaliação do Governo Provincial; e
Funcionários e Agentes do Estado; f) Elaborar os inventários periódicos e anuais dos bens
g) Implementar as normas de previdência social dos patrimoniais e zelar pelo cumprimento do Regulamento
Funcionários e Agentes do Estado; do Património do Estado.
h) Planificar, implementar e controlar o estudo de legis- 2. O Delegado Provincial subordina-se ao Director Geral,
lação; e sem prejuízo da articulação com os órgãos de administração
i) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito
descentralizada.
de competências ou que lhe forem superiormente
incumbidas. Artigo 31
2. O Departamento de Recursos Humanos é dirigido por
(Competências do Delegado)
um Chefe de Departamento Central Autónomo, nomeado pelo
Director-Geral. Compete ao Delegado Provincial do LEM, IP:
a) Representar o LEM, IP, na respectiva área de jurisdição;
Artigo 28
b) Dirigir, organizar e planificar as actividades da Delegação
(Repartição de Aquisições) de acordo com as estratégias e orientações superiores;
1. São funções da Repartição de Aquisições: c) Realizar colectivos da Delegação e reportar à Direcção-
a) Efectuar o levantamento das necessidades de contratação Geral;
do LEM, IP; d) Promover a colaboração com outras entidades que, na
b) Preparar e realizar a planificação anual das contratações; respectiva área de jurisdição, prossigam finalidades
c) Elaborar os documentos de concursos; similares às do LEM, IP;
d) Apoiar e orientar as demais unidades de serviços na e) Assegurar a gestão dos recursos humanos, financeiros
elaboração do catálogo contendo as especificações e patrimoniais adstritos à Delegação;
técnicas e outros documentos importantes para f) Assegurar a aplicação das normas e regulamentos na área
a contratação; de controlo de qualidade de obras;
e) Prestar assistência aos júris e zelar pelo cumprimento g) Garantir a avaliação do desempenho dos funcionários
de todos os procedimentos pertinentes; e agentes do Estado a ele subordinados;
f) Administrar os contratos e zelar pelo cumprimento h) Elaborar e remeter ao Director-Geral a proposta de
de todos os procedimentos atinentes ao seu objecto; plano de actividades e orçamento a desenvolver no
g) Manter adequada a informação sobre o cumprimento dos ano seguinte;
contratos e sobre a actuação dos contratados; i) Decidir, ao seu nível, a aplicação das medidas de execução
h) Zelar pelo arquivo adequado dos documentos imediata que lhe forem presentes;
de contratação; e j) Propor ao Director-Geral a nomeação dos Chefes de
i) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente Departamento e de Repartição Provinciais;
determinadas, nos termos do Estatuto Orgânico k) Exercer o poder disciplinar sobre Funcionários e Agentes
do LEM, IP e demais legislação aplicável. do Estado a si subordinados; e
2. A Repartição de Aquisições é dirigida por um Chefe l) Realizar as demais actividades integradas no seu âmbito
de Repartição Central Autónomo, nomeado pelo Director-Geral. de competências, ou que lhe forem superiormente
incumbidas.
CAPÍTULO IV
Artigo 32
Representação Local do Laboratório de Engenharia
de Moçambique, IP. (Colectivo de Direcção)
Artigo 29 1. O Colectivo de Direcção é o órgão de consulta e de
apoio ao Delegado Provincial em matérias de carácter técnico-
(Delegações) administrativo, dirigido pelo Delegado Provincial.
1. O LEM, IP, é representado, a nível local, por Delegações 2. Compete ao Colectivo de Direcção:
Provinciais, que exercem as atribuições e objectivos do LEM, IP, a) Pronunciar-se sobre os actos de gestão correcta da
no âmbito da sua jurisdição. delegação, com vista a prossecução das suas funções;
2. A Delegação é dirigida por um Delegado Provincial b) Apreciar os planos e programas de actividades e de
nomeado pelo Director-Geral. orçamento, bem como os respectivos relatórios de
Artigo 30 execução; e
c) Analisar e pronunciar-se sobre as matérias que lhe sejam
(Funções da Delegação Provincial) submetidas.
1. São funções da Delegação Provincial do LEM, IP: 3. O Colectivo de Direcção tem a seguinte composição:
a) Promover e realizar as actividades relacionadas com a) Delegado;
controlo de qualidade dos materiais de construção b) Chefes de Departamento; e
a serem aplicados em obras; c) Chefes de Repartição.
9 DE AGOSTO DE 2021 1145
Preço — 60,00 MT