O documento discute os requisitos para um título executivo extrajudicial segundo o Código de Processo Civil brasileiro. Um termo de distrato assinado pelo devedor e duas testemunhas preenche esses requisitos e pode servir de base para uma execução. O documento também apresenta jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul confirmando que um termo de distrato nessas condições constitui título executivo válido.
O documento discute os requisitos para um título executivo extrajudicial segundo o Código de Processo Civil brasileiro. Um termo de distrato assinado pelo devedor e duas testemunhas preenche esses requisitos e pode servir de base para uma execução. O documento também apresenta jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul confirmando que um termo de distrato nessas condições constitui título executivo válido.
O documento discute os requisitos para um título executivo extrajudicial segundo o Código de Processo Civil brasileiro. Um termo de distrato assinado pelo devedor e duas testemunhas preenche esses requisitos e pode servir de base para uma execução. O documento também apresenta jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul confirmando que um termo de distrato nessas condições constitui título executivo válido.
O código de Processo Civil prevê expressamente em seu artigo
784, inciso III, que os Instrumentos Particulares assinados pelo devedor e por duas testemunhas possuem força de título executivo extrajudicial, in verbis:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: [...]
III. o documento particular assinado pelo devedor e por 2
(duas) testemunhas.
Assim, o termo de distrato anexo aos autos, claramente serve
como título executivo extrajudicial para ensejar a presente execução.
Este é o mesmo entendimento adotado pelo Tribunal de Justiça
do Rio Grande do Sul e suas Turmas Recursais:
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO
EXTRAJUDICIAL. INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. TÍTULO LIQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL. SUCUMBÊNCIA RECURSAL. CONFISSÃO DE DÍVIDA: Nos termos do art. 784, III, do CPC são títulos executivos extrajudiciais: o documento particul ar assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas, de modo que não é necessário, à constituição do título, a assinatura do credor. Assim, a confissão de dívida assinada pelo devedor e por duas testemunhas é apta a dar ensejo ao processo de execução extrajudicial; não se mostrando necessária a juntada das duplicatas que originaram o débito em discussão, quando novada a dívida primitiva e aceita aquelas como devidas pelo devedor principal. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. Recurso desprovido. SUCUMBÊNCIA RECURSAL: O art. 85, §11º, do CPC/15 estabelece que o Tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal. Sucumbência recursal reconhecida e honorários fixados em prol do procurador da parte embargada majorados. NEGARAM PROVIMENTO AO APELO.(Apelação Cível, Nº 50058585220208210005, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Eduardo João Lima Costa, Julgado em: 22-10-2021) (grifei).
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXTRAJUDICIAL. COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. DISTRATO. ACERTO DE DEVOLUÇÃO DE VALORES DE FORMA PARCELADA. INADIMPLEMENTO EVIDENCIADO. JUROS DE MORA QUE DEVEM INCIDIR DESDE A CITAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA QUE DEVE SER APLICADA PELOS CRITÉRIOS DO INCC, CONFORME TERMO DO DISTRATO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.(Recurso Cível, Nº 71010411122, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Fabiana Zilles, Julgado em: 12-04-2022)
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXTRAJUDICIAL. DISTRATO DE CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA. DOCUMENTO FIRMADO PELAS PARTES E POR DUAS TESTEMUNHAS. AUSÊNCIA DE EXIGÊNCIA LEGAL DE RECONHECIMENTO DE FIRMA. REQUISITOS DO ART. 784, III, DO CPC PREENCHIDOS. EXCESSO DE EXECUÇÃO NÃO COMPROVADO. RECURSO DESPROVIDO.(Recurso Cível, Nº 71010314169, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Ana Cláudia Cachapuz Silva Raabe, Julgado em: 23-02-2022)
Sendo assim, no presente caso, o título executivo extrajudicial,
objeto da demanda, atende aos requisitos exigidos pelo sistema normativo, restando incontroversa a certeza do crédito exigido e a inadimplência do devedor, por não ter havido o pagamento no tempo e modo acordados.
3.1 DOS REQUISITOS DA EXECUÇÃO
O artigo 783 do Código de Processo Civil preceitua que a
Execução fundar-se-á sempre em título que contenha obrigação, certa, líquida e exigível.
De acordo com Fredie Didier Jr:
O título executivo é o documento que certifica um ato jurídico normativo, que atribui a alguém um dever de prestar líquido, certo e exigível, a que a lei atribui o efeito de autorizar a instauração da atividade executiva. (DIDIER Jr., Fredie; CUNHA, Leonardo Carneiro da; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de Direito Processual Civil: execução. 7. ed. Salvador: Juspodivm, 2017. v. 5, p. 260).
Nesse sentido, verifica-se que:
Obrigação certa: A obrigação objeto do processo de execução
deverá cumprir com o requisito da certeza. Ou seja, a obrigação deverá existir.
Obrigação líquida: O princípio da liquidez da obrigação refere-
se à capacidade de determinação do objeto da obrigação.
Obrigação exigível: É preciso haver um direito sobre a
obrigação e um dever de cumpri-la.
In casu, versando a execução sobre TERMO DE DISTRATO
assinado por 2 testemunhas, contendo obrigação certa, líquida e exigível, não há o que se falar em iliquidez do título, capaz de ensejar a nulidade do feito executivo, porquanto preenchidos todos os requisitos legais previstos no dispositivo legal retro citado.
Ação Anulatória de Execução de Imóvel Extrajudicial - Anulação de Procedimento Cartorial para Retomada de Imóvel de Acordo Com A Lei de Alienação Fiduciária