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ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


SECRETARIA ADJUNTA DE GESTÃO DA REDE DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DO ENSINO E DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
SUPERVISÃO DE MODALIDADES E DIVERSIDADES EDUCACIONAIS
Caderno pedagógico 2023
Anos Iniciais - Língua Portuguesa e Matemática

GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO

Carlos Orleans Brandão Júnior


Governador do Maranhão

Felipe Costa Camarão


Secretário de Estado da Educação

Anderson Flávio Lindoso Santana


Subsecretário de Estado da Educação

Nádya Christina Guimarães Dutra


Secretária Adjunta de Gestãoda Rede de Ensino e da Aprendizagem

Adelaide Diniz Coelho Neta


Superintendente de Gestão do Ensino e Desenvolvimento
da Aprendizagem

João Paulo Mendes Lima


Superintendente de Planejamento da Rede de Ensino
e Regime de Colaboração

Márcia Thaís Soares Serra Pereira


Superintendente de Informação e Avaliação
de Desempenho Educacional

Pedro de Alcantara Lima Filho


Supervisor de Avaliação Educacional

EQUIPE DE ELABORAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA


Prof.ª Ma. Francimone da Graça Barros Dutra
Prof.ª Esp. Danúbia Gabriela Silva Pereira
Prof.ª Esp. Gabrielle Raquel Silva Monteles
Prof.ª Esp. Jaqueline de Oliveira Almeida
Prof.ª Esp. Jôysse Pâmela Nojoza Araújo

EQUIPE DE ELABORAÇÃO DE MATEMÁTICA


Prof.ª Ma. Jacy Pires dos Santos
Prof. Me. Washington Luís Parga Garrido Júnior
Prof. Esp. Pedro de Alcantara Lima Filho
Prof.ª Esp. Rosiclea Brito Pereira

EQUIPE DE REVISÃO TEXTUAL


Prof.ª Ma. Francimone da Graça Barros Dutra
Prof. Esp. Pedro de Alcantara Lima Filho
Prof.ª Esp. Renata Priscila Feques Ferreira
EQUIPE DE REVISÃO CRÍTICA
Prof.ª Ma. Francisca das Chagas dos Passos Silva
Prof.ª Ma. Francimone da Graça Barros Dutra
Prof.ª Ma. Nádya Christina Guimarães Dutra
Prof. Mestrando João Paulo Mendes Lima
Prof.ª Mestranda Márcia Thaís Soares Serra Pereira
Prof.ª Mestranda Patrícia Maria de Mesquita Souza
Prof.ª Esp. Adelaide Diniz Coelho Neta
Prof.ª Esp. Mônica Ramos Timoteo Monteiro
Prof. Esp. Pedro de Alcantara Lima Filho

DIAGRAMAÇÃO
Fabiel Lima
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Aula 1 - D11. Artigos de opinião (conceito, característica,
exemplos) .................................................................................... 9

Aula 2 - D11. Distinção: fato x opinião ................................ 12

Aula 3 - D11. O ADJETIVO na construção da opinião .... 15

Aula 4 - D11. Resenha Crítica ................................................ 18

Aula 5 - D11. Operadores e modalizadores discursivos.


Gênero textual: diário ficcional .......................................... 21

Aula 6 - D8. Causa e consequência em textos expositi-


vos. Gênero textual: artigo de divulgação científica .. 27

Aula 7 - D8. Causa e consequência em textos narrati-


vos. Gêneros textuais: mito; lenda .................................... 32

Aula 8 - D8. Gênero textual: Notícia ................................. 35

Aula 9 - D2. Gêneros textuais diversos - Pronomes Pes-


soais: retos e oblíquos como recursos coesivos ........... 42

Aula 10 - D2. Gêneros textuais diversos - Sinônimos, Hi-


perônimos (termos genéricos) e Hipônimos (termos es-
pecíficos) como mecanismos de coesão ....................... 46

Aula 11 - D4. Gêneros textuais variados; Interpretação e


Inferência textual ................................................................... 49

Aula 12 - D6. Gêneros textuais diversos. Distinção: Tema


x Título ........................................................................................ 53

Aula 13 - D7. Textos narrativos. Elementos da narrativa -


ação, espaço, tempo. Gênero textual: conto ................. 56

Aula 14 - D7. Elementos da narrativa - tipos de narrador.


Gênero textual: conto de humor ....................................... 59

Aula 15 - D7. Elementos da narrativa - personagens (pro-


tagonista, antagonista e secundário). Gênero textual:
conto popular .......................................................................... 64

Aula 16 - D7. Elementos da narrativa - discurso direto e


indireto. Gênero textual: miniconto ................................ 68
MATEMÁTICA
Aula 1 - D13. Sistema de Numeração Decimal, Valor Po-
sicional e Quadro de Ordens ............................................... 74

Aula 2 -D13. Agrupamentos e trocas na base 10 ........... 80

Aula 3 - D16. Decomposição das ordens em unidades ....


....................................................................................................... 83

Aula 4 - D17. Composição e a decomposição de núme-


ros naturais em sua forma polinomial ............................. 87

Aula 5 - D18. Algoritmo da Adição ..................................... 90

Aula 6 - D18. Algoritmo da Subtração .............................. 95

Aula 7 - D20. Resolução de problemas envolvendo a


ideia de adição ....................................................................... 101

Aula 8 - D20. Resolução de problemas envolvendo a


ideia de subtração ................................................................ 105

Aula 9 - D19. Algoritmo da Multiplicação ....................... 110

Aula 10 - D19. Algoritmo da Divisão ................................. 116

Aula 11 - D21. Problemas envolvendo as ideias de multi-


plicação .................................................................................... 121

Aula 12 - D21. Problemas envolvendo as ideias de divi-


são .............................................................................................. 125

Aula 13 - D22. Número racional e suas diferentes repre-


sentações: fracionária, decimal e percentual .............. 129

Aula 14 - D25. Adição e subtração de números decimais


..................................................................................................... 132

Aula 15 - D25. Adição e subtração de números decimais


..................................................................................................... 137

Aula 16 - D10. Sistema Monetário do Brasil ................... 141

Referências ............................................................................. 147


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Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse

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fato

CONTEÚDO(S):
Artigos de opinião (conceito, característica,
exemplos)

ARTIGOS DE OPINIÃO

Caro/a estudante, você conhecerá um gênero textual muito impor-


tante, o qual permite a exposição de um ponto de vista/opinião por meio da
utilização de argumentos/justificativas. No dia a dia, trocamos ideias com
muitas pessoas durante os diálogos em que participamos, nos quais expres-
samos nossas opiniões e ouvimos, também, as opiniões das pessoas sobre
diferentes assuntos.

ARTIGO DE OPINIÃO: gênero textual utilizado para expressar uma opinião a


respeito de determinado assunto. É do tipo argumentativo e, desta forma, precisa de
justificativas relacionadas às informações expostas no texto.
Em seguida, questione os estudantes:
• Vocês já foram chamados de pré-adolescentes?
• Vocês conhecem o significado desse termo?

PRÉ-ADOLESCENTE É CRIANÇA?
Aproveite o finalzinho da infância, pois ela não volta nunca mais

Você já foi chamado de pré-adolescente? Pensa que é um deles? Eu acho a


coisa mais estranha essa história de chamar criança de pré-adolescente. Eu sei que
algumas gostam disso porque se sentem mais velhas e importantes. Quer saber de
uma coisa? Ser criança é muito, muito importante.
Vamos pensar na expressão “pré-adolescente”. “Pré” sempre quer dizer antes
de alguma coisa. Por exemplo, pré-Páscoa (antes da Páscoa), pré-provas (antes das
provas), etc.
Pensando nisso, pré-adolescente significa que a pessoa não é mais criança,
mas também não é adolescente. Mas ela é o quê? Nada? Dessa maneira, dá para
perceber como essa expressão é esquisita – afinal todo mundo é uma coisa e vai ser

9
outra depois. Isso é natural.
Já pensou se chamarmos os adultos de pré-velhos? Eles não vão gostar nem
um pouco, não é verdade? Mas eles nem pensam nisso quando chamam as crianças
de 11 e 12 anos de pré-adolescentes. Pois saibam que elas são crianças. Estão no final
da infância, mas ainda continuam crianças.
Vou contar uma coisa: quem usa essa expressão tem pressa que a infância
acabe logo. Não precisa ter esta pressa. Ser criança já dura bem pouco tempo, só 12
anos. Só! Depois disso, não dá mais para voltar atrás. (...) Por enquanto use seu tempo
livre e brinque, brinque muito ou fique sem fazer nada.
E quando um adulto disser que você é um pré-adolescente, faça cara feia e
afirme: sou criança e gosto de ser assim!
Disponível em: https://feeds.folha.uol.com.br/fsp/folhinha/215425-pre-adolescente-e-crianca.shtml.
Acesso em: 10 mar. 2023.
• Você concorda com a autora do texto? Explique.
• Geralmente, onde você encontra esse tipo de texto?
• Para que você acha que serve esse tipo de texto?
• Você concorda com a opinião do autor do texto? Explique.

ESTRUTURA DO ARTIGO DE OPINIÃO


• TÍTULO: pequena frase ou única palavra que dá dicas a respeito da mensa-
gem que será passada, atraindo o leitor.
• INTRODUÇÃO: primeiro(os) parágrafo(s) do texto, onde é apresentado o as-
sunto abordado. Neste caso, o problema que será discutido, seu contexto,
além das informações, a fim de situar o leitor.
• DESENVOLVIMENTO: aprofundamento e discussão a respeito do proble-
ma, onde serão apresentadas as comprovações a respeito do que foi dito no
parágrafo anterior, por meio de pesquisas, dados, exemplos, comparações e
tudo o que for pertinente.
• CONCLUSÃO: desfecho para as discussões expostas anteriormente. No caso
do artigo de opinião, trata-se do momento em que devem ser apresentadas
as soluções ou sugestões para resolverem o problema.

CARACTERÍSTICAS DO ARTIGO DE OPINIÃO


• Expressa um posicionamento sobre o assunto descrito (indignação, críticas,
sugestões).
• Tenta convencer o leitor sobre o ponto de vista defendido.
• Geralmente, trata de um problema recente (pode indicar causas e consequ-
ências, sugestões e outras informações).
Exemplo:
Trecho de artigo de opinião sobre racismo
Embora grande parte da população brasileira seja descendente de negros, o
problema do racismo está longe de ser resolvido no país.
No período colonial, os negros foram trazidos da África para trabalharem no
país em condição de escravos. Desde então, o racismo esteve incutido na mente de
muitos brasileiros.
Embora a Lei Áurea tenha libertado os africanos do trabalho escravo em 1888,
a população negra apresenta os maiores problemas ainda hoje no país. Destacam-
-se, as condições de vida, acesso ao trabalho, à moradia, dentre outros.
Se observarmos as favelas do país ou mesmo as penitenciárias, o número de

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negros é sem dúvida maior. A grande questão é: até quando o racismo persistirá no
nosso país? Pois mesmo séculos depois, ainda é possível nos depararmos com um
racismo velado no Brasil.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/artigo-de-opiniao/. Acesso em: 10 mar. 2023.

VAMOS PRATICAR
01. Escolha um dos temas abaixo e escreva um artigo de opinião. Considere a es-
trutura do texto:
Introdução – Desenvolvimento – Conclusão
• A preservação do meio ambiente
• Desigualdades sociais no Brasil
• Prevenção do bullying nas escolas

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse

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fato

CONTEÚDO(S):
Distinção: fato x opinião

DISTINÇÃO FATO X OPINIÃO

Caro/a estudante, lembra do tema da aula anterior? Precisaremos re-


tomar alguns conceitos para desenvolvermos a habilidade de distinguir um
fato da opinião relativa a esse fato.

Observe a charge abaixo.

Disponível em: https://www.ocachete.org/2016/02/armandinho-fato-x-opiniao.html. Acesso em: 11 mar.


2023.

12
• Qual foi a opinião do primeiro menino sobre o animal?
• O outro menino pesquisou sobre o animal e a qual conclusão ele chegou?
• Você sabe diferenciar um fato de uma opinião?

EU ACHO QUE BANANA É A MELHOR FRUTA QUE EXISTE.


• Você concorda com essa declaração?
• O que pensa a respeito?
• Essa declaração trata-se de um fato ou de uma opinião?”
• FATO: é um acontecimento ou uma ocorrência que pode ser comprovado
por meio de documentos ou outras formas de registro. Geralmente, é co-
nhecido por todos e possui informações objetivas.
Ex: As pessoas são mamíferos. (Observe que trata-se de uma afirmação que
pode ser comprovada).
• OPINIÃO: é um ponto de vista em relação ao fato, um julgamento pessoal a
respeito do acontecimento. A opinião possui caráter individual e subjetivo.
Ex: As pessoas são os mamíferos mais perigosos do planeta. (Observe que a
afirmação acima trata-se de um ponto de vista individual sobre as pessoas/
mamíferos. Outra pessoa poderá não concordar com o que foi dito, emitin-
do outra opinião acerca do fato: As pessoas são os mamíferos mais gentis
do planeta / As pessoas são os mamíferos mais observadores do planeta,
etc.).

A RAPOSA E AS UVAS III


Num dia quente de verão, a raposa passeava por um pomar. Com sede e calor,
sua atenção foi capturada por um cacho de uvas. “Que delícia”, pensou a raposa, “era
disso que eu precisava para adoçar a minha boca”. E,
de um salto, a raposa tentou, sem sucesso, alcançar as
uvas.
Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videi-
ra, dizendo: “Aposto que estas uvas estão verdes.”
Esta fábula ensina que algumas pessoas quando
não conseguem o que querem, culpam as circunstân-
cias.
Disponível em: https://www.soescola.com/2020/06/a-raposa-e-as-u-
vas-fabulas-para-criancas.html. Acesso em: 11 mar. 2023.
01. A frase que expressa uma opinião é:
A) “a raposa passeava por um pomar.”
B) “sua atenção foi capturada por um cacho de uvas.”
C) “a raposa afastou-se da videira.”
D) “aposto que estas uvas estão verdes.”

FIQUE ATENTO!
Em tempos de fake news, é muito importante reconhecer a distinção entre
FATO x OPINIÃO, para que sejam compreendidos os discursos e as afirmações, já que
os fatos poderão ser verificados ou comprovados. Já a opinião, que é um julgamento
pessoal, fundamenta-se somente em uma visão individual a respeito do fato.

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VAMOS PRATICAR
01. Leia as frases abaixo retiradas de textos e coloque (F) para FATO ou (O) para OPI-
NIÃO.
A) ( ) De um modo geral, as biografias contam sobre a vida de alguém.
B) ( ) O vírus pode se espalhar pela boca ou pelo nariz de uma pessoa infectada.
C) ( ) Eu considero a soneca ótima para quem vai trabalhar à tarde.
D) ( ) O primeiro dia do programa Mais Médicos foi marcado por faltas e desistências.
E) ( ) Para mim, a agricultura é mais importante do que a pecuária.

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse

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fato

CONTEÚDO(S):
O ADJETIVO na construção da opinião

O ADJETIVO NA CONSTRUÇÃO DA OPINIÃO


• Como podemos expressar a nossa opinião a respeito de um fato?
• Você sabia que podemos expor nossas opiniões atribuindo característi-
cas ao fato?
Na construção de textos, como os artigos de opinião, é comum haver palavras
que ajudam na apresentação do ponto de vista do autor a respeito de determinado
acontecimento. Assim, para que uma pessoa convença outra sobre a sua opinião, po-
derá utilizar adjetivos a fim de apresentar características sobre determinado fato.
ADJETIVO: é uma classe de palavras que atribui características aos substanti-
vos, ou seja, ele indica suas qualidades e estados. Variam de gênero (feminino / mas-
culino), número (singular / plural) e grau (comparativo / superlativo).
Exemplos:
• Garoto bonito/Garotos bonitos
• Água contaminada/Águas Contaminadas
• Menino inteligentíssimo

A MÉDICA PRESCREVEU UM REMÉDIO CARO PARA O PACIENTE.


Observe que a expressão CARO trata-se de uma característica atribuída ao
substantivo REMÉDIO, onde é possível compreender que houve a expressão de uma
opinião pessoal a respeito do fato, que é a médica ter prescrito um remédio ao pacien-
te.
Outra pessoa poderá ter um ponto de vista diferente a respeito do mesmo fato
e emitir uma opinião contrária à vista anteriormente. Veja:
A MÉDICA PRESCREVEU UM REMÉDIO ACESSÍVEL PARA O PACIENTE.
Observe que foram utilizados diferentes adjetivos para emitir opiniões que se
opõem a respeito do mesmo fato.

FIQUE ATENTO!
O adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser
e concorda sempre com o substantivo que ele acompanha. Ao analisarmos a pala-
vra BONDOSO(A), por exemplo, observamos que, além de expressar uma qualidade,
ela pode ser “encaixada diretamente” ao lado de um substantivo: homem bondoso,

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moça bondosa, pessoa bondosa. Já com a palavra BONDADE não acontece o mes-
mo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bon-
dade, portanto, não é adjetivo, mas um substantivo.
Leia o texto abaixo.

A ROTINA DIGITAL
É impossível fugir de um mundo tão conectado neste século. Com frequência,
dividimos nossa atenção entre o celular, a televisão e o computador. Interagimos
através de chamada de vídeo com quem está a dezenas de quilômetros de distância,
fugimos das filas do supermercado, das lotéricas, ao fazermos compras no conforto
da nossa casa. E boa parte dessas ações são feitas diante de um simples dispositivo
telefônico.
Ao viver nesse mundo interligado, seja em computadores, seja em celulares
ou outros dispositivos digitais, esquecemos que nem todos possuem a mesma opor-
tunidade para acessar os meios tecnológicos. (...)
O incentivo a políticas públicas que visem ampliar o acesso deve ser priori-
dade dos governantes. Esse incentivo pode partir das escolas, com a ampliação das
mídias tecnológicas nos espaços educativos.
Portanto, é fundamental introduzir crianças e jovens no mundo digital, tanto
em relação à internet quanto a programas que incentivem o estudo.
Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2021/04/atividade-portugues-artigo-de-opiniao-5ano-
-6ano.html. Acesso em: 14 abr. 2023.
• De que trata o texto lido?
• Identifique, no texto, três adjetivos.
• Você conseguiu identificar a opinião do autor do texto? Caso tenha iden-
tificado, cite um trecho do texto em que conseguiu verificar a opinião do
autor.

LOCUÇÃO ADJ ETIVA


A locução adjetiva é a expressão formada por mais de uma palavra e tem a
função de um adjetivo, que caracteriza os substantivos.
Em uma frase, seja ela escrita ou falada, a locução adjetiva tem o objetivo de
facilitar a compreensão e permitir que o discurso fique mais sofisticado.
Na maioria dos casos, a locução é formada por uma preposição e um substan-
tivo.
Algumas possuem adjetivos correspondentes, como em:
• As funcionárias receberam o pagamento do mês. (locução adjetiva)
• As funcionárias receberam o pagamento mensal. (adjetivo)
• Patrícia se queixou de dores de abdômen. (locução adjetiva)
• Patrícia se queixou de dores abdominais. (adjetivo)
Outras locuções adjetivas não possuem adjetivos correspondentes, como:
• Gol de placa;
• Instrumento de sopro;
• Caixa de papelão;
• Piano de cauda.
Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/locucao-adjetiva. Aces-
so em: 11 mar. 2023.

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VAMOS PRATICAR
Complete as frases abaixo, como no exemplo:
Quem tem bondade é bondoso
a) Quem tem alegria é ____________________
b) Quem tem respeito é ___________________
c) Quem tem inteligência é _________________
d) Quem tem medo é ______________________
e) Quem tem carinho é ____________________

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse

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fato

CONTEÚDO(S):
Resenha Crítica

RESENHA CRÍTICA

Você já obteve informações em textos que traziam uma opinião a res-


peito de algum livro que você queria comprar ou de algum filme que você
queria assistir?
Hoje nós iremos estudar um gênero textual muito importante, em
que iremos aprender a utilizar os argumentos na construção do texto, para
convencer o/a leitor/a a ler/assistir a uma obra, que pode ser um livro que
você tenha lido ou um filme que você tenha assistido.

RESENHA CRÍTICA
A resenha crítica possui como objetivo avaliar uma obra (livros, artigos, filmes,
séries, documentários, exposições de artes, peças teatrais, apresentações de dan-
ça, shows) e informar o leitor sobre uma opinião, a do/a resenhista, que sintetiza as
ideias e expõe suas apreciações. É um gênero textual informativo, descritivo e opina-
tivo sobre uma obra.
A resenha possui um resumo acerca da obra e apresenta críticas pontuais a
respeito de diferentes elementos desta, sendo que as críticas poderão ser tanto po-
sitivas como negativas.

UMA CHAPEUZINHO VERMELHO


“Uma Chapeuzinho Vermelho” foge ao conto original no qual uma menina
indefesa sai para visitar sua avó e é aterrorizada por um lobo.
Nesta versão da autora e ilustradora Marjolaine Leray, Chapeuzinho é uma
menina sabida, delicada, aparentemente indefesa, mas que sabe se virar e enfrentar
perigos com recursos próprios.
(...)
Esta versão, de forma lúdica, simples e divertida, apresenta uma protagonista

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capaz de enrolar o lobo. Ela é pega, mas ganha tempo. Trava um diálogo em que ela
dá as cartas e se torna dona do jogo, saindo de vítima com muito humor.
(...)
Moral da história: podemos sair de algumas enrascadas da vida apenas com
um pouco de bom humor e sacadas inteligentes e rápidas. Um bom aprendizado
para meninos e meninas.
Afinal, a vida é repleta de lobos maus e vencê-los também é possível, mesmo
sendo menor que eles e mais frágeis.
Fica uma sugestão “descolada”, com humor sutil e irreverente mostrando que
toda história pode ser contada de uma outra forma.
Texto de Luiz Guilherme Beaurepaire. Disponível em: https://ensinoereflexao.blogspot.com/2020/07/
sequencia-didatica-resenha-critica.html. Acesso em: 12 mar. 2023.
Questão 1
O texto acima é:
A) um trecho do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
B) uma resenha do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
C) um conto da Chapeuzinho Vermelho.
D) uma notícia do lançamento de um livro.
Questão 2
O primeiro parágrafo do texto é:
A) uma opinião sobre o livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
B) uma descrição do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
C) um trecho do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
D) uma comparação sobre o livro “Uma Chapeuzinho Vermelho” e a história original.

COMO FAZER UMA RESENHA CRÍTICA?


É preciso conhecer bem a obra: é necessário ler ou assistir atentamente a obra
e, se necessário, mais de uma vez.
Faça os registros fundamentais: é preciso saber o nome da obra, conhecer o
autor, a temática explorada, a opinião defendida pelo autor, quando a obra foi publi-
cada, se a obra é uma continuidade de outra, etc.
Pesquise sobre o/a autor/a: nome completo, se o tema da obra é recorrente em
outras obras do/a autor/a.
Exponha sua opinião sobre a obra: para isso, você deverá responder às seguin-
tes perguntas:
• Gostou ou não da obra?
• Qual a parte considera a mais importante?
• Ela possui relação com outras obras que conhece?
• Considera que faltou algo a ser apresentado na obra?
• Considerou alguma parte confusa?
• Quais emoções foram geradas em você após ler/assistir a obra?
Produza a resenha crítica: agora é a hora da produção do texto, onde irá utili-
zar as anotações feitas para melhor desenvolver seu texto. Assim, ele deverá seguir a
seguinte estrutura (modelo dos textos dissertativos-argumentativos):
• Introdução: exposição inicial sobre a obra, o tema e o/a autor/a, onde traz

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informações a respeito e possui o intuito de situar o/a leitor/a, a fim de que
ele/a saiba o que vai encontrar no texto.
• Desenvolvimento: maior parte do texto, onde são apresentados os argu-
mentos e as apreciações do/a resenhista a respeito da obra analisada. Aqui
ele/a expõe as suas ideias e opiniões, fundamentando-as e tornando-as co-
erentes.
• Importante: As resenhas críticas possuem a intenção de influenciar os/as
leitores/as e, por esse motivo, é nesse espaço que o/a resenhista deverá apre-
sentar os seus argumentos, indicando suas percepções negativas ou posi-
tivas da obra, sempre explicando o motivo daquilo que constatou. Caso a
resenha crítica não tenha a apresentação de um posicionamento do/a rese-
nhista, ela poderá ser considerada uma síntese ou resumo.
• Conclusão: apresenta o fechamento das ideias e geralmente trata-se de um
parágrafo pequeno. É o momento de sintetizar e opinar sobre alguns aspec-
tos da obra, mesmo que a opinião tenha sido exposta no desenvolvimento,
dentre eles: relevância da obra e do tema na atualidade, pontos positivos e
negativos, principais contribuições para o público, comparações com outras
obras, etc.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/resenha-critica/. Acesso em:12 mar. 2023.

VAMOS PRATICAR
Escreva uma resenha crítica sobre algum filme que você já assistiu e achou interes-
sante. Se puder, assista-o novamente prestando atenção na história, nos personagens,
cenário, costumes, efeitos espaciais, tempo e etc.
IMPORTANTE: Não esqueça de estar atento às orientações estudadas para que você
elabore um bom texto.

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse

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fato

CONTEÚDO(S):
Operadores e modalizadores discursivos.

Gênero textual: diário ficcional

Caro/a estudante, o objetivo desta aula é reforçar esta habilidade co-


nhecendo outros elementos que possam indicar opiniões emitidas em um
texto, para que, então, consiga diferenciá-las de fatos.

• Você já escreveu ou escreve em diário? Sabe para que serve? Sobre o que
geralmente se escreve? Para quem?
• Na sua opinião, os diários precisam ser reais ou podem existir diários fic-
cionais (com personagens e histórias criadas por um autor)? Conhece
algum?

Disponível em: https://grupoautentica.com.br/nemo/quadrinhos/os-diarios-de-amora/1526. Acesso


em:12 mar. 2023.
Diário pessoal é um gênero textual caracterizado pela presença de relatos.
De caráter intimista, nele, podemos encontrar registros informais de ações, fatos,
emoções e opiniões, respeitando uma ordem cronológica. O memorialismo é uma

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de suas principais características e a indicação de data serve tanto para demarcar
o tempo dos acontecimentos, como para o registro deles, de modo que quem o es-
creveu possa se lembrar com mais facilidade de quando os fatos aconteceram. Vo-
cativo e assinatura ao final também podem ser outros aspectos. Os tempos verbais
predominantes são os que expressam o passado. Além disso, esse gênero também
apresenta várias marcas de subjetividade (como pronomes e formas verbais de 1ª
pessoa).
No diário ficcional o relato não é da vida do próprio autor. Ele escreve o livro,
cria uma história na qual uma personagem faz o relato. Além disso, diferentemente
do diário pessoal, o ficcional nem sempre apresenta a data de uma maneira precisa
(dia, mês e ano), assim como pode suprimir algum outro elemento.
Nos livros, Os diários de Amora e Diário de Aventuras da Ellie, Amora e Ellie,
respectivamente, são as narradoras e quem “escrevem” os diários, relatando o que
ocorre na história. O primeiro livro é de autoria de Joris Chamblain e Aurélie Neyret,
e o segundo é de Ruth Mcnally Barshaw.

Espaço para anotações


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Fragmento 1. Os diários de Amora.

CHAMBLAIN, Joris; NEYRET, Aurélie. Os diários de Amora, volume 1: o zoológico petrificado. 1. ed. São
Paulo: Nemo, 2022.

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Fragmento 2. Os diários de Amora

CHAMBLAIN, Joris; NEYRET, Aurélie. Os diários de Amora, volume 1: o zoológico petrificado. 1. ed. São
Paulo: Nemo, 2022.
No fragmento 1, o assunto são as amigas da protagonista, Line e Érica, como se
conheceram e as características de Line. Já no fragmento 2, é falado sobre a senhora
Desjardins, uma escritora conhecida que inspirou a narradora da trama, Amora.
Fragmento 3. Diário de Aventuras da Ellie.

BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 26.

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Fragmento 4. Diário de Aventuras da Ellie.

BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 27
Fragmento 5. Diário de Aventuras da Ellie.

BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 31.
Nos fragmentos 3 e 4, há o relato sobre as audições que ocorreram para a peça
de “O mágico de Oz” que seria apresentada na escola. No fragmento 5, a narradora,
Ellie, fala sobre a angústia pela situação de sua amiga Mo não ter sido escolhida para
interpretar o papel de Dorothy e por ela não poder contar ou saber o que fazer para
aplacar o ocorrido com a amiga.

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Caro/a estudante, você observou a relação das ilustrações com a lin-
guagem verbal, bem como para outros recursos gráficos, os quais também
transmitem mensagens ao leitor e contribuem para o sentido do texto? Em
aulas anteriores, você já estudou a distinção fato-opinião. Aponte algumas
opiniões presentes nos textos. O que você verificou para chegar a essa con-
clusão.

FATO OPINIÃO
• Aquilo que aconteceu ou que está
• Uma interpretação; julgamento pes-
para acontecer;
soal;
• Pode ser comprovado (por números,
• É o que alguém pensa sobre um
documentos, registros...);
acontecimento;
• Realidade; verdade;
• Uma visão sobre alguma coisa;
• Pode ser verificado, fundamentado
• As opiniões refletem crenças, juízos,
ou negado por critérios e evidências
valores - subjetividade.
- objetividade.

Caro/a estudante, além da adjetivação, outros recursos gramaticais


(termos em destaque) podem sinalizar uma opinião expressa. O uso da 1ª
pessoa verbal, de verbos de atitude proposicional (acho, penso...), do futuro
do pretérito (adoraria), do modo subjuntivo, como também o de modaliza-
dores como adjetivos, advérbios ou locuções adjetivas e adverbiais, podem
evidenciar comentários, pontos de vista, subjetividades existentes no dis-
curso. Nos trechos lidos, esses operadores linguísticos foram cruciais para
que distinguissem fatos de opiniões.

Modalizadores discursivos são elementos responsáveis por manifestar o po-


sicionamento de quem fala, suas intenções, sentimentos e atitudes em relação ao
que é dito.
Recursos linguísticos que atuam como modalizadores: verbos modais, ver-
bos auxiliares, perífrases verbais, tempos e modos verbais, adjetivos, locuções ou ora-
ções adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, predicados cristalizados (é
certo, é preciso, é necessário) etc.
Assim, dependendo do modalizador utilizado, um efeito de sentido diferente
é impresso ao enunciado.
Entre as várias possibilidades que podem ser expressas na comunicação, des-
tacam-se: uso de modos verbais, indicando se o enunciado exprime um aconteci-
mento, uma ordem ou uma vontade (Arrume seu quarto; Queria que você arrumas-
se seu quarto); de verbos, apontando necessidades, possibilidades, dúvidas, desejos

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(Você tem que dialogar; você pode dialogar); emprego de adjetivos, revelando opi-
nião ou posicionamento (Que coisa certa!); e advérbios, traduzindo a avaliação do
falante frente ao enunciado (Lamentavelmente, ele veio).

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D08. Estabelecer relação causa/consequência

6
entre partes e elementos do texto

CONTEÚDO(S):
Causa e consequência em textos expositivos.

Gênero textual: artigo de divulgação científica

• Você já imaginou como seria se a maioria das pessoas fizesse atividade


física regularmente, tivesse uma alimentação mais equilibrada? O que
ocorreria?
• Por que as pessoas não fazem isso?
• O que a falta de atividade física gera?
• Como você sabe dessas informações? Em que meio/onde viu?

Caro/a estudante, as nossas ações têm consequências e há motivos para que


as coisas ocorram ou não. Geralmente temos conhecimento dessas informações por-
que tivemos contato com textos expositivos (muito presentes em livros didáticos ou
jornais, por exemplo) e a consequência é o efeito, resultado, e aquilo que gera o início
de algo, motivo, chamamos de causa. Em diversos textos do nosso cotidiano também
podemos encontrar causas e consequências. Você saberia identificá-las?

Os textos são construídos a partir de tipos de composição, sequências variadas,


tipologias (ou tipos textuais): narração, descrição, exposição, argumentação e injun-
ção. Há sequências que narram um acontecimento, outras que descrevem lugares,
pessoas ou fatos, há aquelas que apresentam informações, e ainda as que argumen-
tam e defendem uma ideia, além daquelas que dão instruções. Quando se diz que
um texto é “narrativo”, “descritivo” ou “argumentativo”, está se falando sobre o tipo
de sequência textual predominante nele. E esses modos de organização, por sua vez,
visam atender a diferentes finalidades de um texto.
O texto expositivo, como o nome diz, expõe informações. Estas informações
são obtidas em fontes como a internet, livros, enciclopédias, revistas ou depoimento
de especialistas. Para que a mensagem seja transmitida de modo claro e objetivo, é
importante que os dados estejam organizados e sejam apresentados de maneira im-
pessoal – sem exprimir juízos de valor ou defesa de opiniões – já que o objetivo é infor-
mar sobre algo. Além disso, o texto expositivo deve utilizar uma linguagem adequada
ao público-alvo a que se destina. Muito comum no meio acadêmico e jornalístico, esta
tipologia se faz presente em aulas, seminários, resumo, verbete de dicionário, notícia
etc.

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Vale lembrar que as fontes precisam ser confiáveis, com informações cientifica-
mente comprovadas, pois isto é uma garantia de que as informações são verdadeiras,
evitando a disseminação das famosas fake news.
O texto expositivo deve ter título e apresenta a seguinte estrutura:
• Introdução: apresentação do tema (ideia principal).
• Desenvolvimento: amplia o tema. Um modo de organizar as informações é
apresentá-las em sequência, marcada por expressões, como: primeiro, de-
pois, em seguida, finalmente.
• Conclusão: retoma e encerra a ideia principal.

Espaço para anotações


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Disponível em: https://www.maxieduca.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/11/Esquema.png. Acesso


em: 11 mar. 2023.

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Disponível em: https://www.maxieduca.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/11/Esquema.png. Acesso
em: 11 mar. 2023.

Caro/a estudante, você lerá o texto "Oceano ácido, alerta geral!", texto
de divulgação científica, e responderá aos questionamentos propostos.

OCEANO ÁCIDO, ALERTA GERAL!


Já ouviu falar que o oceano está se tornando mais ácido? Sabe o que isso sig-
nifica? Vamos pensar em algo ácido muito próximo da gente: o limão! Quem já expe-
rimentou o suco puro de limão sabe o quanto é azedo e ácido. Dá aquela sensação na
boca que faz a gente estremecer. Às vezes, faz até doer o estômago… Agora, imagine
derramar toneladas e mais toneladas de suco de limão no mar. Um fenômeno pare-
cido já acontece, mas, em vez de suco de limão em excesso, o que está chegando ao
oceano em quantidade muito além do normal é o gás carbônico, que, ao entrar em
contato com a água, é transformado em ácido. Vamos mergulhar nesse assunto para
entender melhor?
O gás carbônico é um gás encontrado naturalmente no ar. Todos os seres vivos
inspiram oxigênio e expiram gás carbônico, e isso não é um problema. Porém… diver-
sas ações humanas – como o uso de combustíveis fósseis, as queimadas de florestas,
a poluição das indústrias, entre outras – também produzem esse gás. É esse excesso
de gás carbônico, que vai se acumulando cada vez mais na atmosfera da Terra, que

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causa problemas graves para o planeta, como o efeito estufa e a acidificação dos oce-
anos. Pois é, graças às ações humanas, o gás carbônico se tornou um grande vilão.
No caso dos oceanos, o que causa a acidificação não é o gás carbônico sim-
plesmente, mas sua transformação quando entra em contato com a água. Esse en-
contro no ambiente marinho produz uma reação química que gera um ácido, o ácido
carbônico. E é o ácido carbônico que torna o oceano mais ácido!

MAR ÁCIDO É SINAL DE PERIGO?


Agora você deve estar se perguntando: por que um problema que acontece
no oceano afeta a vida no planeta inteiro? Ótima questão! Para começar, a acidez
dos oceanos ameaça diretamente a vida de diversos animais marinhos, como corais,
ouriços do mar, caranguejos, caramujos, ostras e até seres microscópicos. Para piorar,
a acidificação dificulta a reprodução de animais marinhos adultos, além de causar
problemas para o desenvolvimento de larvas e filhotes. Ou seja: prejudica ainda mais
o futuro das espécies, uma vez que menos filhotes conseguem sobreviver para che-
gar à vida adulta e cada vez menos os adultos conseguem reproduzir ou dar à luz a
filhotes saudáveis.
E não pense você que os animais maiores, como os peixes e as baleias, não
são afetados. Com gás carbônico em excesso na água, esses animais acabam conta-
minados, passando a ter problemas no metabolismo (reações que acontecem natu-
ralmente dentro do nosso organismo) e até nas suas capacidades sensoriais (como
de localização de predadores ou de deslocamento). Imagine quantos problemas de
saúde podem surgir na população humana ao comermos peixes e outros derivados
do mar! A diminuição da nossa imunidade, isto é, das defesas naturais do corpo, é
um deles.

SAÚDE DA ÁGUA, BENEFÍCIOS PARA TODOS


Além de afetar a saúde humana, a acidificação oceânica atinge diretamente
todos que têm o mar como sustento, seja com atividades de turismo ou pesca. Os
povoados costeiros, as comunidades caiçaras e todos que precisam das riquezas do
mar para sua sobrevivência acabam prejudicados.
Mas agora é hora de dar boas notícias: a acidificação oceânica tem solução!
Mas… é necessário que as emissões de gás carbônico sejam reduzidas e cada vez
mais soluções baseadas na natureza sejam aplicadas no dia a dia da sociedade, re-
sultando assim na melhoria de vida de todo o planeta.
Os governantes têm essa responsabilidade com o planeta, e nós temos res-
ponsabilidade em escolher os governantes que se preocupam com a natureza e com
a vida de todas as espécies. Enquanto somos crianças, podemos ir nos informando
da melhor forma para proteger a Terra, não é mesmo?
Revista Ciência Hoje das Crianças. 01 mar. 2023. Disponível em: https://chc.org.br/artigo/oceano-acido-
-alerta-geral/. Acesso em: 11 mar. 2023.
• Qual é o assunto do texto?
• Qual seria a intenção do autor, o objetivo do texto?
• Será que atingiu o objetivo?
• O que tem causado a intensificação do efeito estufa e a acidificação dos
oceanos?
• Que problemas são ocasionados pela acidificação dos oceanos?
• Com os animais contaminados pelo excesso de gás carbônico na água
(passando a ter problemas no metabolismo), o que mais pode ocorrer?
• Que outras consequências a acidificação oceânica pode gerar para o ser
humano?

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O artigo de divulgação científica é um texto expositivo cuja finalidade é trans-
mitir ao público em geral os conhecimentos científicos obtidos em estudos e pesqui-
sas realizadas por especialistas. Nele, divulgam-se dados, relatórios, procedimentos e
descobertas que podem contribuir para o avanço do conhecimento humano e me-
lhorar a qualidade de vida das pessoas.
Este texto é escrito em uma linguagem mais objetiva, formal, porém acessível
ao leitor e apresenta, geralmente, a seguinte estrutura:
• Introdução: apresentação da questão investigada.
• Corpo ou texto principal: hipóteses levantadas, explicações e descobertas
realizadas.
• Conclusão: afirmação final do que foi observado, fechamento do que foi ex-
posto e/ou outros aspectos.

Caro/a estudante, identifique causas e consequências no artigo “Aci-


dificação dos oceanos”.

Causa Consequências
ACIDIFICAÇÃO DOS
OCEANOS

31
Aula
HABILIDADE:
D08. Estabelecer relação causa/consequência

7
entre partes e elementos do texto

CONTEÚDO(S):
Causa e consequência em textos expositivos.
Gênero textual: artigo de divulgação científica

• Você gosta de ouvir histórias? De que tipo?


• Já percebeu que somos movidos por histórias?

Caro/a estudante, sabemos o que sabemos porque contamos histó-


rias desde sempre, desde os mitos, lendas, fábulas, parábolas bíblicas, con-
tos, passando pelas nossas conversas diárias (quando ouvimos e/ou narra-
mos casos) e até em nossos atuais threads ou stories nas redes sociais. De
alguma forma, todos contam-escrevem ou ouvem-leem alguma narrativa.
“Segue o fio!”.

O termo thread (“fio”) é visto com muita frequência no Twitter. Como a rede
social possui limite de 280 caracteres para cada postagem, usa-se o termo quando
os usuários postam tweets em uma mesma sequência, todos eles conectados pelo
mesmo tópico. A sequência é muito usada para contar histórias ou notícias cheias
de detalhes.
Storie é um recurso do Instagram usado para publicar um conteúdo tempo-
rário (visível por apenas 24 horas) de forma customizada. Para a personalização, ofe-
rece uma série de ferramentas: filtros, GIFs, textos coloridos, stickers, dentre outros.
Vale lembrar que o Instagram é uma rede social focada no aspecto visual, em que
vídeos e imagens têm destaque.

Caro/a estudante, você sabe o que é mito? Sabia que no Brasil tam-
bém temos uma mitologia? Conhece algum mito ou lenda? Sabe quem
conta esses mitos no nosso país? Os povos indígenas foram os que mais

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contribuíram com a mitologia brasileira e que, apesar de ser pouco falada
ou conhecida, é riquíssima e cheia de histórias e personagens interessan-
tíssimos. Por exemplo, mitos sobre a criação do universo, a lenda do boto
cor-de-rosa, seres como Curupira e divindades como Tupã. Vale lembrar a
diversidade étnica das populações indígenas, compreendendo suas carac-
terísticas socioculturais e suas territorialidades.
Você irá ouvir um mito da Amazônia “As estrelas nos olhos dos meni-
nos” que está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=CU-
TDVaMgt_4. Observe como a origem das estrelas é explicada.

AS ESTRELAS NOS OLHOS DOS MENINOS


Naquele tempo, a noite era completamente escura, nenhuma estrela brilhava
no firmamento, não havia estrelas.
Na aldeia indígena, fogueiras eram acesas logo que escurecia, e as famílias se
reuniam em torno delas para se esquentar do frio da noite, comer e descansar.
As mulheres assavam pedaços de pirarucus e tucunarés pescados no dia e
cozinhavam nas cinzas ovos de tartaruga que recolhiam dos ninhos na areia das
margens dos rios. Os homens falavam da guerra e contavam vantagem. No entorno
da aldeia era a escuridão e o mistério. O que vinha de lá era o pio da coruja, o miado
da onça, o canto do jurutaí.
[...]
Numa noite, quando foram preparar as comidas, as mulheres descobriram
que os ovos de tartaruga que tinham colhido haviam desaparecido. [...]
Noutra noite, a história se repetiu: os ovos tinham sido roubados.
Algumas noites depois o roubo aconteceu de novo, e as mulheres resolveram
tirar a limpo esses sumiços estranhos.
[...] Escondidas atrás de uns arbustos, elas observaram os meninos roubarem
os ovos e saírem sorrateiramente para o mato. Foram no encalço deles e viram quan-
do se enfiaram na floresta e, numa clareira, prepararam o fogo para assar os ovos
roubados. Eles queriam comê-los sem ter que dividir com os outros.
As mulheres começaram a gritar, e os meninos, surpreendidos, correram. As
mulheres correram atrás. Proferiram ameaças e prometeram castigos severos.
Para escapar das punições, os meninos pediram ao beija-flor que amarrasse
um cipó no céu. O beija-flor atendeu ao pedido, e eles começaram a subir. Já esta-
vam bem no alto quando as mulheres chegaram ao local da fuga para o firmamento.
Elas não tiveram dúvidas: subiram atrás deles.
Para não serem alcançados pelas mulheres, os meninos cortaram o cipó logo
abaixo deles, e as mulheres se precipitaram lá de cima. No chão, antes que se esbor-
rachassem, foram transformadas em animais da floresta. Os meninos, por sua vez,
ficaram presos no céu sem ter como descer.
Desde então, eles olharam a terra lá do céu. No escuro da noite, brilham para
sempre os olhos arregalados dos meninos. Foi assim que a noite acabou se enchen-
do de estrelas. São os olhos dos meninos.
Reginaldo Prandi. Ilustração de Pedro Rafael. Contos e lendas da Amazônia.
São Paulo: Companhia das letras, 2011.
In: UNOIEDUCAÇÃO. Língua Portuguesa. 4º ano. Santillana: São Paulo, 2021.
1. Por que naquele tempo a noite era completamente escura?
2. Por que o título do texto é “As estrelas nos olhos dos meninos”?

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3. Segundo o texto, como surgiram as estrelas?
4. Por que os ovos de tartaruga que as mulheres haviam colhido estavam
desaparecendo?
5. Por que os meninos roubaram os ovos?
6. O que as mulheres fizeram?
7. “Os meninos pediram para o beija-flor amarrar um cipó no céu.” Por que
eles fizeram isso?
8. O que aconteceu depois que os meninos cortaram o cipó? Qual a conse-
quência dessa ação?

O mito é uma narrativa popular que procura explicar os acontecimentos da


vida, os fatos históricos e a origem do mundo, dos seres e das coisas (como o sur-
gimento do dia e da noite, de práticas como a agricultura, etc.). Surgiu como uma
forma que o homem encontrou para compreender os fatos e eventos da vida e do
mundo e dar sentido a eles.
Na narrativa, a ação e a reação das personagens produzem os acontecimen-
tos, que mantêm entre si uma relação de causa e consequência.
Os mitos fazem parte da tradição de um povo e são (re)contados pelos mais
velhos aos mais novos como forma de transmitir saberes de uma geração a outra.
Como muitas vezes foram/são transmitidos oralmente e por diferentes povos
– relacionando-se com a vida social, os rituais, a história e o modo de viver e pensar
de cada um deles – essas histórias estão sempre se transformando. Por isso há várias
versões de um mesmo mito que, por sua vez, apresentam maneiras distintas de ver
a vida e o que nela há.

LENDA MITO
Sim, mas podem ser insubs-
Há evidências? Não
tanciais

Pode ter origem em aconte-


É baseada em algum contex- cimentos históricos, mas não
Contexto histórico
to histórico é possível identificá-los na
narrativa
Pode ser inspirado por um
momento histórico, mas seu
Geralmente é baseada em fa-
conteúdo é puramente fic-
tos, que são distorcidos, exa-
cional. O mito utiliza simbo-
Fato ou ficção gerados ou mesclados com
lismos e metáforas para ex-
elementos fantasiosos ou fic-
plicar a realidade e diversos
cionais
fenômenos naturais e huma-
nos
Às vezes baseia-se em pesso- É comum a presença de deu-
Personagens as ou acontecimentos reais e ses, seres e reinos sobrenatu-
até notáveis da história rais e heróis
Lenda de Robin Hood; lenda
Exemplo do guaraná; da mula sem ca- Mito da caixa de Pandora
beça

Disponível em: https://www.diferenca.com/mito-e-lenda/. Acesso em: 15 mar. 2023. Adaptado.

34
Aula
HABILIDADE:
D01. Localizar informações explícitas em um texto

8
CONTEÚDO(S):
Gênero textual: Notícia

• Você acha que é importante se manter informado?


• Onde costumamos ver notícias?
• Onde você costuma se informar?
• O que é importante para que algo vire notícia? Como será que os jornais
selecionam o que vai virar notícia?
• O que uma notícia não pode deixar de apresentar?

Vivemos cercados de informações. Acontecimentos veiculados em revistas e


jornais impressos, televisão, rádio e internet fazem parte de muitas de nossas con-
versas. Assim, manter-se informado é importante porque nos permite saber o que
se passa em nossa comunidade, na cidade, no país e no mundo. Contudo, não basta
saber dos acontecimentos, é preciso refletir sobre eles de forma crítica.
É importante que os estudantes concluam que viram notícias, geralmente,
fatos atuais e de interesse de determinada população. Podem ser fatos inusitados,
polêmicos, escândalos, tragédias, descobertas científicas, novidades políticas, etc.

Caro/a estudante, observe atentamente o texto. Leia-o e, em seguida,


responda a alguns questionamentos sobre o que visualizou.

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MAURÍCIO de Sousa candidata-se à Academia Brasileira de Letras. Aventuras na História, 15 mar. 2023.
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/mauricio-de-sousa-candi-
data-se-academia-brasileira-de-letras.phtml. Acesso em: 17 mar. 2023. Fragmento.

MAURICIO DE SOUSA CANDIDATA-SE À ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS


Criador da ‘Turma da Mônica’ escreveu uma carta à ABL demonstrando seu
interesse em ocupar a cadeira 8

Nesta quarta-feira, 15, o cartunista e criador dos quadrinhos “A Turma da Mô-


nica”, Mauricio de Sousa, oficializou sua candidatura à Academia Brasileira de Letras
através de uma carta. Na ocasião, ele demonstrou interesse em ocupar a cadeira de
número oito, anteriormente da escritora Cleonice Berardinelli, que faleceu aos 106
anos em fevereiro de 2023.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, o cartunista afirmou que
seu objetivo com a candidatura, que ocorre no mesmo ano de celebração dos 60

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anos de sua personagem mais famosa, é se aproximar dos leitores clássicos por meio
dos formatos de gibis, além de contribuir com a missão da Academia de formar no-
vos leitores.
“Penso que nossa função, como autores, é criar novos leitores. A ABL é o cen-
tro de valorização, não apenas do autor brasileiro, mas do leitor. Sem leitor não há a
mágica da literatura. E para conquistar o leitor, a melhor época é a infância. E este o
será para sempre. ‘A Turma da Mônica’ hoje está em todas as plataformas de comu-
nicação, para não deixar escapar a conexão que o futuro cobrará de todos”, afirmou.
Carta
Em outro trecho da carta, Mauricio de Sousa reitera sobre a importância de
seus personagens para o desenvolvimento educacional e social de crianças e jovens:
“Nossos personagens, por esta razão, são emprestados às campanhas impor-
tantíssimas no Brasil e no mundo. Projeto com a ONU mulheres e o UNICEF. Em
parceria com a UNESCO, ressaltando o direito humano à alfabetização. No projeto
Donas da Rua, foram homenageadas diversas escritoras brasileiras, como Clarice Lis-
pector, Maria Firmina dos Reis e Lygia Fagundes Telles. Personagens criados para
melhor informar o que é a empatia e a inclusão, como Luca (um garoto que usa ca-
deira de rodas) e Dorinha (menina cega inspirada em Dorina Nowill), aproveitando
a turminha como fonte de credibilidade para gerar a solidariedade e disseminar en-
sinamentos sobre os muitos amiguinhos com alguma deficiência. Crianças e jovens
precisam não apenas serem informados como formados pela magia da literatura e
seus incríveis personagens”, finaliza.
MAURÍCIO de Sousa candidata-se à Academia Brasileira de Letras. Aventuras na História, 15 mar. 2023.
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/mauricio-de-sousa-candi-
data-se-academia-brasileira-de-letras.phtml. Acesso em: 17 mar. 2023.

• O que foi noticiado?


• Por que será que o fato virou notícia? Você acha que o assunto tem rele-
vância?
• Quando a notícia foi publicada?
• Onde foi veiculada? Periódico impresso ou meio virtual? Como percebe-
ram isso?
• Quem a escreveu?

Caro/a estudante, você conhece Maurício de Sousa? O que sabe sobre


o autor? Já leu alguma de suas histórias?
Saiba que uma notícia geralmente responde às seguintes questões:
O que aconteceu/vai acontecer?
Quando?
Onde?
Como?
Por quê?

37
Quem está envolvido na ação?
Quais as consequências do fato noticiado?
Retorne à notícia e encontrem essas informações. Em que parte, pa-
rágrafo as encontraram? Essas informações, geralmente, encontram-se re-
sumidas no lead e fala sobre essa e outras partes da notícia, comentando
características do gênero.

A notícia relata fatos recentes, acontecimentos e informações atuais. Sua fun-


ção é divulgar uma ocorrência de interesse público. Como se trata de um texto infor-
mativo, deve empregar uma linguagem objetiva e clara e o produtor deve limitar-se
a transmitir as informações apuradas sem apresentar opiniões e impressões pesso-
ais, primando pela imparcialidade e veracidade dos fatos.
Uma notícia pode ser publicada em meio impresso ou digital, no rádio ou na
televisão.

Caro/a estudante, você sabia que mesmo se tratando de aconteci-


mentos já ocorridos, os verbos dos títulos das notícias costumam aparecer
no tempo presente para passar a ideia de que são fatos recentes.

PARTES DA NOTÍCIA

Disponível em: https://wordwall.net/pt/resource/30714292/partes-da-not%C3%ADcia. Acesso em: 18


mar. 2023.

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• Título ou Manchete: frase curta e objetiva que sintetiza a ideia central da
notícia e instiga o leitor a ler o texto. É possível usar elementos como cores
e letras diferentes para chamar mais atenção.
• Subtítulo ou Linha-fina: texto que acompanha o título da notícia e que vem
destacado do corpo da matéria, fornecendo mais informações sobre o que
será abordado, de forma a atrair/chamar a atenção do leitor para o conteú-
do da notícia. Funciona como subtítulo.
• Lide (ou lead): introdução, geralmente primeiro parágrafo; fornece, de ma-
neira resumida, as principais informações acerca do fato noticiado, tais
como: o que aconteceu? Quando? Onde? Com quem? Como? Por quê?
• Corpo do texto: conteúdo da notícia propriamente dito. Detalha os dados
introdutórios e acrescenta informações.
• Foto ou Recurso visual: fotografia, infográfico, gráfico, entre outros.
• Legenda: texto que acompanha uma imagem. Objetivo: complementar,
explicar ou, ainda, reafirmar uma informação visual.

Caro/a estudante, você receberá uma notícia, busque as principais in-


formações (seguindo o roteiro do lead), observando que fatos são divulga-
dos e como estão expostos. Ao término da atividade, você irá compartilhar
as respostas. Você poderá apresentar os dados como se estivesse noticiando
em um jornal televisionado.

Sugestões de textos:

TEXTO I - ANVISA APROVA NOVA VACINA CONTRA A DENGUE


De acordo com a agência, produto é indicado para crianças de quatro anos até
adultos de 60 anos; eficácia é superior a 80%
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quinta-feira
(2) o registro de uma nova vacina para a prevenção da dengue.
O imunizante da empresa Takeda Pharma Ltda, chamado Qdenga, é compos-
to por quatro sorotipos do vírus, promovendo uma ampla proteção contra a doença.
A aplicação é feita em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses en-
tre elas.
A avaliação clínica da vacina apontou que o imunizante tem eficácia de 80,2%
contra a dengue. O período de proteção é de 12 meses após o recebimento das doses.
De acordo com a Anvisa, o produto é indicado para crianças de quatro anos
até adultos de 60 anos.
Com a concessão de registro por parte da agência, o produto recebe autoriza-
ção para ser comercializado e aplicado no país.
FERNEDA, Gabriel. Anvisa aprova nova vacina contra a dengue. CNN, São Paulo, 03 mar. 2023. Disponí-
vel em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/anvisa-aprova-nova-vacina-para-a-dengue/ . Acesso em: 17
mar. 2023.

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TEXTO II - NASA E MICROSOFT SE UNEM PARA LEVAR MISSÕES ESPACIAIS
A ‘MINECRAFT’
Os jogadores de ‘Minecraft’ poderão lançar os seus próprios foguetes para
a Lua por meio da parceria entre Nasa e Microsoft

A National Aeronautics and Space Administration (Nasa) e a Microsoft decidi-


ram se unir em uma parceria que permitirá aos jogadores de “Minecraft” que “lan-
cem” seus próprios foguetes para visitar a Lua e vivam a rotina de um astronauta a
bordo de uma espaçonave Orion.
Desde 1970, a Nasa quer levar a humanidade de volta à Lua por meio do pro-
grama Artemis. Com a parceria junto à Microsoft, muitas crianças e jovens se sentirão
inspirados a se tornarem cientistas e, quem sabe, até mesmo astronautas no futuro.
A união das duas empresas vai trazer novas possibilidades para o jogo. Em um
comunicado oficial emitido pela Nasa, disseram:
“Tal qual a verdadeira equipe da missão Artemis, da Nasa, trabalhando para
levar os humanos de volta à Lua, os jogadores nesses novos mundos de Minecraft
podem construir e lançar um foguete, guiar sua espaçonave Orion e até mesmo es-
tabelecer uma base lunar ao lado de sua equipe.
As missões Minecraft Artemis foram desenvolvidas para envolver alunos de 8
anos ou mais no próximo capítulo da Nasa em voos espaciais tripulados e incentivá-
-los a se verem como futuros astronautas ou cientistas.”
Os dois novos mundos construídos pelo “Minecraft” tiveram inspiração em fu-
turas missões Artemis da vida real. A tripulação de astronautas, que inclui a primeira
mulher e a primeira pessoa negra, vão para a Lua.
Sobre ‘Minecraft’
O jogo é um sucesso entre os jovens de todas as idades. Ele pode ser jogado
de modo livre e o único objetivo é montar blocos e sair para se aventurar. Assim, o
jogador é quem decide o que vai fazer no seu próprio universo “Minecraft”.
Além disso, existem dois modos do jogo: criativo e sobrevivência. No criativo,
o jogador recebe recursos variados para construir o que quiser.
Já no modo de sobrevivência, eles precisam explorar para obter recursos para
comer, morar, dentre outros. O legal é que os jogadores podem se divertir entre ami-
gos e criar as próprias regras.
MACHADO, Bruna. Nasa e Microsoft se unem para levar missões espaciais a ‘Minecraft’. Multiverso
Notícias, 16 mar. 2023. Disponível em: https://multiversonoticias.com.br/nasa-e-minecraft-se-unem-pa-
ra-trazer-missoes-espaciais-ao-jogo/. Acesso em: 17 mar. 2023.

Caro/a estudante, em outro momento, você também poderá escolher


um fato relevante da escola, comunidade ou sociedade e, a partir disso, pro-
duzir uma notícia. Faça as seguintes reflexões:
• O que vou escrever?
• Quem vai ler?
• Onde vai circular?

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Lembre-se de:
• Dar um título e subtítulo à notícia.
• Dizer: O que aconteceu/Qual é o fato?
• Onde aconteceu? Quando aconteceu? Com quem? Como? Por
quê?
• Colocar uma imagem para ilustrar a notícia.
• Escrever uma legenda para a imagem.

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D02. Estabelecer relações entre partes de um

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texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto

CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos – Pronomes Pessoais:
retos e oblíquos como recursos coesivos

Caro/a estudante, veja os textos abaixo. Esta atividade tem como ob-
jetivo revisar a função dos pronomes pessoais no contexto de produção co-
municativa, bem como retomar seu uso como recurso coesivo e recuperar
relações entre partes de um texto, identificando substituições pronominais
que contribuem para a continuidade do texto.

TEXTO I - RARIDADE
A arara
é uma ave rara
pois o homem não para
de ir ao mato caçá-la
para a pôr na sala
em cima de um poleiro
onde ela fica o dia inteiro
fazendo escarcéu
porque já não pode
voar pelo céu.

E se o homem não para


de caçar arara,
hoje uma ave rara,
ou a arara some
ou então muda seu nome
para arrara.
José Paulo Paes. Olha o bicho. São Paulo: ática, 2012.

42
1. As palavras destacadas na 1ª estrofe do poema Raridade referem-se a quem?
2. As palavras -la, a e ela pertencem a que classe gramatical?
3. A classe gramatical da palavra arara é:
A) Artigo.
B) Numeral.
C) Pronome.
D) Substantivo.

ORIENTAÇÃO!
Essa atividade permite o trabalho com a coesão textual. A repetição
de termos é muitas vezes desnecessária e empobrece o texto. Porém, no po-
ema acima, propõe-se a análise de um recurso linguístico muito importante
para a compreensão de textos em geral: a substituição de substantivo por
pronome.

IMPORTANTE!
Coesão textual: trata-se da ligação, da conexão entre as palavras de
um texto, por meio de elementos formais que assinalam o vínculo entre os
seus componentes. A coesão textual pode se estabelecer por meio de diver-
sos elementos linguísticos. Dentre esses elementos, os pronomes assumem
grande relevância, principalmente, pelo fato de ser por meio deles que se faz
a retomada do referente, isto é, aquilo a que o texto se refere. Todos os tipos
de pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou ex-
pressões anteriormente empregados. Enfatizaremos nesta aula, os prono-
mes pessoais retos e oblíquos.

PRONOMES PESSOAIS RETOS E OBLÍQUOS

TEXTO COMPLEMENTAR
O pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou
acompanha o substantivo, indicando o vínculo existente entre os seres e as pessoas
do discurso.
As pessoas do discurso são as que participam da situação comunicativa, ou
seja, todo ato comunicativo envolve a pessoa que fala (eu), a pessoa com quem se
fala (tu) e a pessoa de quem se fala ou o objeto de que se fala (ele).
A palavra “pessoa” não se refere a ser humano. Nesse caso, é um conceito gra-
matical, que indica os papéis que os seres humanos e as coisas desempenham em
uma situação de comunicação verbal.

RESUMINDO:
• 1ª pessoa – a que fala – o emissor.
• 2ª pessoa – com quem se fala – o receptor.

43
• 3ª pessoa – de quem se fala (ou objeto de que se fala) – o referente.
Na sintaxe, desempenha qualquer função de substantivo ou adjetivo.
BUENO, Francisco da Silveira. Gramática de Silveira Bueno. São Paulo: Global, 2014. p. 163.
Observe que para cada pronome pessoal reto há pronomes pessoais oblíquos
correspondentes.

Pronomes Pessoais
Pessoa Retos Oblíquos
1ª pessoa do singular eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular tu te, ti, contigo
3ª pessoa do singular ele, ela se, si, o, a, lhe, consigo
1ª pessoa do plural nós nos, conosco
2ª pessoa do plural vós vos, convosco
3ª pessoa do plural eles, elas se, si, os, as, lhes, consigo

Leia o modo de preparo de uma receita culinária:


Modo de preparo: Quando a massa estiver firme, abra a massa com um
rolo. Use um copo para demarcar os biscoitos. Coloque-os em uma assadei-
ra e leve a assadeira ao forno brando. Retire os biscoitos quando estiverem
dourados. Espere os biscoitos esfriarem e depois decore os biscoitos com
confeitos coloridos.

• Destaque as palavras que foram repetidas desnecessariamente:


• Reescreva o modo de preparo da receita, substituindo as repetições des-
necessárias por pronomes pessoais.

A coesão textual é a relação de ideias que se estabelece entre as pa-


lavras, entre as orações ou entre os parágrafos de um texto. Em outras pala-
vras, é a conexão de ideias necessárias para que haja coerência das partes
que compõem o todo. Dessa forma, os pronomes têm um papel importante
dentro da coesão textual, pois permitem a recuperação de termos ou senti-
dos do texto, evitando repetições desnecessárias, por meio de substituição
de palavras. Oriente-os/as a consultar o quadro com os pronomes pessoais,
chamando a atenção para o fato de eles se referirem às pessoas do discurso,
e para a correspondência entre pronome pessoal reto e pronome pessoal
oblíquo.

ORIENTAÇÃO!
Alguns mecanismos de coesão são: a referência, a substituição, a elip-
se, a conjunção (conexão) e a coesão lexical.

44
• A referência diz respeito aos termos que se relacionam a outros
necessários à sua interpretação.
• A substituição é a colocação de um item lexical no lugar de ou-
tro(s) ou no lugar de uma oração.
• A elipse consiste na omissão de um termo recuperável pelo con-
texto.
• A coesão lexical é obtida por meio da reiteração de itens lexicais
idênticos ou com o mesmo referente. Destacam-se, então, os sinô-
nimos, os hiperônimos (termos de caráter genérico) e os hipôni-
mos (termos de caráter específico) - assunto que será abordado na
próxima aula.
• A conjunção é um recurso coesivo diferente dos anteriores porque
depende das relações significativas estabelecidas entre orações,
entre períodos ou entre parágrafos.

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D02. Estabelecer relações entre partes de um

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texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto

CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos – Sinônimos,
Hiperônimos (termos genéricos) e Hipônimos
(termos específicos) como mecanismos de coesão

Caro/a estudante, esta aula complementa a aula anterior (aula 09) e


por isso será necessário retomar alguns tópicos.

A coesão textual é a relação de ideias que se estabelece entre as palavras, en-


tre as orações ou entre os parágrafos de um texto. Em outras palavras, é a conexão de
ideias necessárias para que haja coerência das partes que compõem o todo. Dessa
forma, além dos pronomes, os sinônimos, os hiperônimos (nomes genéricos) e os hi-
pônimos (nomes específicos) também funcionam como mecanismos coesivos e por
isso têm um papel importante, pois permitem a recuperação de termos ou sentidos
do texto, evitando repetições desnecessárias, por meio de substituição de palavras.
Alguns mecanismos de coesão são: a referência, a substituição, a elipse, a con-
junção (conexão) e a coesão lexical.
Nesta aula, abordaremos especificamente a coesão lexical que é obtida por
meio de palavras de sentidos equivalentes ou com o mesmo referente. Destacam-se,
então, os sinônimos, os hiperônimos (termos de caráter genérico) e os hipônimos
(termos de caráter específico).
Atividade 1. Leia a sinopse do livro “O rei que odiava o verão”.
Era uma vez um rei muito poderoso que detestava o verão.
O calor o incomodava tanto, que ele descobriu uma forma de viver sempre no
inverno. Mas algo inesperado acontece, e o rei se vê obrigado a mudar todos os seus
planos.
Agustín Comotto. O rei que odiava o verão. Disponível em: https://www.grupoeditorial elementar.com.
br/editora-canguru/o-rei-que-odiava-o-verao. Acesso em: 31 jul. 2021.
Reescreva a sinopse substituindo a palavra em destaque por outra de sig-
nificado semelhante.
Consulte o verbete a seguir.
Rei s.m. 1. Aquele que governa um reino: monarca, soberano. 2. Carta do ba-
ralho com a figura de um homem com uma coroa na cabeça. 3. Peça mais
importante do jogo de xadrez. Fem.: rainha (1).
Rei. Em: Geraldo Mattos. Dicionário Júnior da língua portuguesa. São Paulo: FTD, 2010. p. 640.

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Dica: Uma das funções dos dicionários é ajudar a encontrar sinôni-
mos e outras palavras que possam evitar a repetição desnecessária de pala-
vras nos textos.

SINONÍMIA
Diz respeito à identidade de significados.
São chamadas sinônimas as palavras que remetem a um mesmo referente
extralinguístico, como mexerica e tangerina; gordo e obeso; professor e mestre; xixi
e urina.
Por apontarem para o mesmo referente, muitas vezes é possível uma substi-
tuir a outra. É possível, por exemplo, retomar na sequência do texto a palavra profes-
sor por mestre. Observe:
• O professor era muito rigoroso. O mestre não admitia que alunos entras-
sem depois de iniciada a aula.
A retomada de uma palavra por um sinônimo, no entanto, nem sempre é pos-
sível; porque, embora uma mesma palavra aponte para um mesmo referente, o con-
texto de utilização é diferente.
É o caso de xixi e urina no trecho a seguir:
• O médico solicitou ao paciente que procedesse à realização de diversos exa-
mes, hemograma completo, glicose, colesterol total e frações, triglicérides e
urina. Ao olhar os resultados, o médico notou que o resultado do exame de
xixi acusava uma infecção urinária.

COESÃO LEXICAL
A coesão lexical também pode ser obtida pelo uso de hiperônimos e hipôni-
mos, palavras que mantém uma relação de sentido apoiada na categoria abrangente
versus específico.
• Hipônimo é a palavra que, em relação à outra, possui sentido mais específi-
co (urologista em relação a médico).
• Hiperônimo é aquela que tem relação à outra (o hipônimo) sentido mais
abrangente (médico em relação à urologista).
Nos textos, é comum que se apresente primeiro o hipônimo, sendo o hiperôni-
mo o termo usado para a retomada, em outras palavras, o hipônimo funciona como
termo antecedente e o hiperônimo, como anafórico.
Observe a seguir exemplos de coesão resultantes da retomada de um hipôni-
mo por um hiperônimo.
• Nina adorava violetas, por isso sempre tinha essas flores em sua casa.
(Flores, o hiperônimo, termo anafórico, retoma violetas, o hipônimo, o ante-
cedente)
• Suspeitava que pudesse estar com diabetes, por isso procurou um endo-
crinologista. O médico, no entanto, após alguns exames, garantiu que ele
não estava com a doença.
(Médico, o hiperônimo, termo anafórico, retoma endocrinologista, antece-

47
dente, o hipônimo)
(Doença, o hiperônimo, termo anafórico, retoma diabetes, antecedente, hi-
pônimo)

ATIVIDADE
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede:

A FUGA DOS RINOCERONTES


Espécie ameaçada de extinção escapa dos caçadores da maneira mais radical possí-
vel – pelo céu

Os rinocerontes-negros estão entre os bichos mais visados da África, pois sua espé-
cie é uma das preferidas pelo turismo de caça. Para tentar salvar alguns dos 4.500
espécimes que ainda restam na natureza, duas ONG ambientais apelaram para uma
solução extrema: transportar os rinocerontes de helicóptero. A ação utilizou helicóp-
teros militares para remover 19 espécimes – com 1,4 toneladas cada um – de seu ha-
bitat original, na província de Cabo Oriental, no sudeste da África do Sul, e transferi-
-los para a província de Lampopo, no norte do país, a 1.500 quilômetros de distância,
onde viverão longe dos caçadores. Como o trajeto tem áreas inacessíveis de carro,
os rinocerontes tiveram de voar por 24 quilômetros. Sedados e de olhos vendados
(para evitar sustos caso acordassem), os rinocerontes foram içados pelos tornozelos
e voaram entre 10 e 20 minutos. Parece meio brutal? Os responsáveis pela operação
dizem que, além de mais eficiente para levar os paquidermes a locais de difícil aces-
so, o procedimento é mais gentil.
BADÔ, F. A fuga dos rinocerontes. Superinteressante, nº 229, 2011.
Na construção da coesão textual, a relação entre hiperônimos e hipônimos é funda-
mental, pois contribuem para a retomada de sentido no texto. Marque com 1 as pa-
lavras que no texto funcionam como hiperônimos e com 2 as que funcionam como
hipônimos.
( ) Espécie.
( ) Espécimes.
( ) Bichos.
( ) Rinocerontes-negros.
Assinale a sequência correta:
A) 2, 2, 1, 1
B) 1, 2, 1, 2
C) 1, 1, 2, 1
D) 2, 1, 1, 2

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D04. Inferir uma informação implícita em um

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texto

CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais variados;
Interpretação e Inferência textual

Caro/a estudante, faça a leitura dos textos a seguir e responda ao que


se pede. Uma boa leitura é um passo primordial para uma compreensão
significativa.

SUGESTÕES DE TEXTOS:

TEXTO I - NÃO TENHO MEDO DE NADA


(Pedro Bandeira)

Não tenho medo de nada


Eu sou valente de fato!
Nem de susto, nem de escuro
Nem de injeção, nem de rato!
Nem de sapo ou lagartixa
Nem de fantasma ou assombração!
Eu sou menino sem medo,
Corajoso e valentão!
Não tenho medo de aranha,
Nem de monstro, nem de dragão!
Não tenho medo de bruxa,
Nem do tal bicho-papão!
Mas eu só tenho coragem
Quando estou na minha casa,
Bem seguro, aconchegado.

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No colinho da mamãe...
Disponível em: http://maraisabb.blogspot.com/2010/11/poesias-para-ler-e-sonhar.html. Acesso em: 13
mar. 2023.

TEXTO II

Disponível em: http://rionaurocartuns.com.br/2016/04/charge-violencia-nas-escolas.html. Acesso em:


13 mar. 2023.

Caro/a estudante, observe os gêneros dos textos apresentados (poe-


ma/cartum) e comente o que entendeu sobre cada um.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
É a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja, a que conclusões chega-
mos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além do texto.
Assim, é imprescindível destacar que:
• A interpretação de textos envolve a capacidade de chegar a determinadas
conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto (visual, auditivo, es-
crito, oral).
• Por isso, a interpretação de texto é algo subjetivo e que pode variar de leitor
para leitor. Isso porque cada um possui um repertório interpretativo que foi
sendo adquirido ao longo da vida.
• Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, em grande
parte, da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e que auxilia na melhor
interpretação dos textos e conexão das ideias.

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Caro/a estudante, a partir dessa observação de elementos que se as-
sociam (linguagem verbal e não verbal), perceba que a informação trazida
pelo Texto II, está implícita, fazendo-nos “deduzir/inferir” que há uma crítica
em relação à violência nas escolas.

IMPORTANTE CONSIDERAR:
Quando estamos lendo, devemos ter atenção à forma como a linguagem é
apresentada, pois há algumas questões importantes que, se não forem bem enten-
didas pelo/a leitor/a, poderão comprometer a interpretação textual, entre elas, des-
tacamos:
a. Uso da linguagem conotativa – apresenta sentido figurado.
b. Polissemia – uma palavra ou expressão pode apresentar mais de um sen-
tido.
c. Informações implícitas – informações que não aparecem diretamente ex-
plícitas no texto, mas nas entrelinhas o leitor conseguirá captar as pistas e
decifrar essas informações implícitas.
O texto não se reduz à palavra, por isso é importante aprender a ler outras lin-
guagens, não só a escrita.
Ler é um exercício. Levantar hipóteses, analisar, comparar, relacionar são pas-
sos que auxiliam nessa tarefa. Entretanto, existe uma habilidade que merece desta-
que: a inferência.
O ato de inferir é ir além daquilo que o texto apresenta. É interpretar de for-
ma lógica e objetiva. Buscando informações que complementam a leitura. Para se
compreender um texto, é preciso fazer inferências, ou seja, é preciso que o/a leitor/a
complete o texto com informações que não estão explícitas nele. Inferências vão
além de quando o/a leitor/a estabelece ligações entre as palavras e interpreta o texto.
Ocorrem, também, quando ele/a busca, fora do texto, informações e conhecimentos
adquiridos pela sua experiência de vida, com os quais preenche os “vazios” textuais.
Para facilitar o entendimento, vamos ao exemplo.
Leia a tirinha abaixo:

Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/280630620502854699/. Acesso em: 14 mar. 2023.


Após uma leitura atenta de todos os quadrinhos, os/as estudantes devem
perceber que a resposta de Mafalda não foi construída por palavras, mas por uma

51
imagem que deve ser interpretada. O objetivo da interpretação não é simplesmente
descrever os fatos, mas acrescentar sentido a eles.
Muitos/as estudantes param na superfície do texto. Por exemplo, na tirinha
acima, muitos diriam: “Mafalda estava em sua casa, quando seu amigo chegou. Ela
pediu que ele não fizesse barulho, porque tinha alguém doente. O amigo pensou
que fosse um familiar, mas deparou-se com o mundo.” Qual sentido tem essa descri-
ção? Nenhum, não é verdade?
Então, para encontrar a essência do texto, é preciso partir dos fatos e procurar
o sentido que eles querem estabelecer.
O fato apresentado na tira é que o mundo está doente, por isso precisa de
cuidados. Isso é possível? Literalmente, não. Entretanto, se usarmos a linguagem co-
notativa, é possível inferir, ou seja, interpretar, deduzir, que o objetivo da tira era cha-
mar a atenção das pessoas para a “doença” do mundo. Em que aspectos? Os mais
diversos: desigualdade social, fome, guerras, violência, poluição, preconceito, falta de
amor etc. E agora, faz sentido? Então, só agora houve entendimento.

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D06. Identificar o tema de um texto

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CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos.
Distinção: tema x título

Caro/a estudante, nesta aula será abordado tema e título, dando ênfa-
se à diferença entre eles. Isto porque a habilidade esperada neste Descritor é
a de que você consiga, ao ler um texto, identificar o seu tema. Faça a leitura
e reflexão de uma crônica.

As crônicas são textos narrativos que relatam com leveza fatos do cotidiano,
situações do dia a dia.

DUAS MENINAS E O MAR


Foi há muito tempo, no Mediterrâneo, ou numa praia qualquer perdida na
imensidão do Brasil? Apenas sei que havia sol e alguns banhistas; e apareceram duas
meninas vestidas com vestidos compridos – o de uma era verde, e de outra era azul.
Essas meninas estavam um pouco longe de mim: vi que a princípio apenas brinca-
vam na espuma; depois, erguendo os vestidos até os joelhos, avançaram um pouco
mais. Com certeza uma onda imprevista as molhou; elas riam muito, e agora toma-
vam banho de mar assim, vestidas, uma de azul, outra de verde. Uma devia ter sete
anos, outra nove ou dez; não sei quem eram, se eram irmãs; de longe eu não as via
bem. Eram apenas duas meninas vestidas de cores marinhas brincando no mar; e
isso era alegre e tinha uma beleza ingênua e imprevista.
Por que ressuscita dentro de mim essa imagem, essa manhã? Foi um mo-
mento apenas. Havia muita luz, e um vento. Eu estava de pé na praia. Podia ser um
momento feliz, e em si mesmo talvez fosse; e aquele singelo quadro de beleza me
fez bem; mas uma fina, indefinível angústia me vem misturada com essa lembrança.
O vestido verde, o vestido azul, as duas meninas rindo, saltando com seus vestidos
colados ao corpo, brilhando ao sol; o vento...
Eu devia estar triste quando vi as meninas; mas deixei um pouco minha triste-
za para mirar com um sorriso a sua graça e a sua felicidade. Senti talvez necessidade
de mostrar a alguém – “Veja, aquelas duas meninas...”. Mostrar à toa; ou, quem sabe,
para repartir aquele instante de beleza como quem reparte um pão, ou um cacho
de uvas em sinal de estima e de simplicidade; em sinal de comunhão; ou talvez para
disfarçar minha silenciosa angústia.

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Não era uma angústia dolorosa; era leve, quase suave. Como se eu tivesse de
repente o sentimento vivo de que aquele momento luminoso era precário e fugaz; a
grossa tristeza da vida, com seu gosto de solidão, subiu um instante dentro de mim,
para me lembrar de que eu devia ser feliz naquele momento, pois aquele momen-
to ia passar. Foi talvez para fixá-lo de algum modo que pedi a ajuda de uma pessoa
amiga; ou talvez eu quisesse dizer alguma coisa a essa pessoa e apenas lhe soubesse
dizer: “Veja aquelas duas meninas...”.
E as meninas riam, brincando no mar.
Rubem Braga. Duas meninas e o mar. Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/12613/du-
as-meninas-e-o-mar. Acesso em: 14 mar. 2023.

1. Você já leu crônicas?


2. Sabe onde elas circulam, isto é, onde elas são publicadas e podem ser
lidas pelos leitores?
3. Qual o título dessa crônica?
4. Pelo título, sobre o que você imagina que essa crônica vai falar?
5. Ela foi escrita em 1961 por Rubem Braga (1913-1990), um dos grandes cro-
nistas brasileiros. O que você espera encontrar em um texto escrito há
mais de sessenta anos?

DISTINÇÃO: TEMA X TÍTULO


É muito comum as pessoas acharem que título e tema são algo igual, porém,
isso não é verdade. Eles são elementos distintos de grande importância para a elabo-
ração de um texto.
Apesar de apresentarem conceitos diferentes, as semelhanças entre título e
tema ainda provocam dúvidas recorrentes.
Você sabe o que é título? E tema? Saiba que existem diferenças importantes
entre essas duas partes fundamentais para a construção textual?
Basicamente, chamamos de título a expressão inicial que introduz um texto,
mostrando o assunto/o tema e o seu posicionamento. Chamamos de tema o assunto
a ser abordado: ele dará as diretrizes do texto ao expor a ideia que deverá ser defen-
dida.
Notou a diferença?

VAMOS PRATICAR!

TEXTO I - ASA BRANCA


Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu
Por que tamanha judiação.
Que brasileiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d’água, perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão.
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão

54
Entonce eu disse: adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração.
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar, ah! Pro meu sertão.
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, não chove não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração.
Luis Gonzaga e Humberto Teixeira. Luiz Gonzaga. Vinil/CD, BMG. Brasil, 2001.

Qual é o tema do texto?


A) A fauna sertaneja.
B) A seca do sertão.
C) A solidão dos sertanejos.
D) A vegetação do sertão.

TEXTO II - AUTOBIOGRAFIA DE UM BICHORRO


Dizem que nós gatos já nascemos pobres, porém
já nascemos livres. Eu nasci exatamente assim: um gato de rua, livre para ir aonde
quisesse. Mas na rua, sinceramente, eu não aproveitava a minha liberdade.
Ficava com fome, doente, sem ter uma “cama quentinha” para dormir...
Logo que minha dona me adotou, fiquei preocupado em perder a companhia da
minha mãe e dos meus irmãos, mas em pouco tempo percebi que eu tive uma sorte
danada. Ganhei carinho e vida boa! Além disso, conheci o meu melhor amigo: um
cachorro chamado Platão.
Aliás, é sobre isso que eu quero falar... Falar de como eu me tornei não só amigo de
um cão, mas muito parecido com ele. Você vai se divertir com as minhas histórias!
Ah, já ia me esquecendo... Meu nome é Hermes... [...]
Miriam Portela. Autobiografia de um bichorro. São Paulo: Noovha América, 2009. Texto da quarta capa.

a. O que você acha que significa a palavra bichorro?


b. Agora, faça uma leitura silenciosa e responda:
• De quem é a autobiografia?.
• Qual é o assunto principal do texto?
• Qual é o título desse texto?

55
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os

13
elementos que constroem a narrativa

CONTEÚDO(S):
Textos narrativos.
Elementos da narrativa – ação, espaço, tempo.
Gênero textual: conto.

Caro/a estudante, o objetivo desta aula é apresentar as características


dos textos narrativos e seus elementos constitutivos. Nas aulas seguintes,
outros elementos da narrativa serão aprofundados. Você gosta de ouvir e
ler histórias, qual tipo mais gosta, costuma criar (contar ou escrever) suas
próprias narrativas.

Os textos narrativos contam uma história, que pode ser real ou imaginária, por
meio de uma sequência de ações. Essa sucessão de acontecimentos é contada por
um narrador, o qual pode ser um dos personagens da história ou não. Outros ele-
mentos importantes da narrativa são tempo, espaço, personagens e enredo. Enfatize
que temos contato com diversas narrativas em nosso cotidiano, desde as histórias
contadas em notícias e reportagens apresentadas nos noticiários – que têm como
objetivo informar – até os filmes, séries e novelas a que assistimos para entreter-nos.
São exemplos de gêneros narrativos: novela, romance, contos, lendas, fábulas, entre
outros.
Nesta aula, vamos estudar os elementos: ação, espaço e tempo.
A ação refere-se aos acontecimentos contados. Assim, uma narrativa estrutu-
ra-se em quatro momentos:
• Situação inicial: como a história começa, pode conter uma contextualiza-
ção apresentando o lugar, as personagens ou situando o tempo em que os
fatos se deram.
• Conflito: acontecimento que modifica a situação inicial. Enfatize: o conflito
é o que motiva, gera a história.
• Clímax: ápice do conflito, momento mais tenso da história.
• Desfecho: conclusão, resolução do conflito.
O espaço é o local em que a narrativa se desenvolve. Ele pode ser físico, quan-
do a história indica o local: como uma escola, por exemplo. Nesse caso, pode-se clas-
sificá-lo em espaço fechado (quarto, casa, hospital, escola) ou aberto (vila, rua, ci-
dade). Em narrativas que contam os pensamentos de uma personagem e nenhum
local físico é apresentado, tem-se o que chamamos de espaço psicológico, por se tra-

56
tar do ambiente mental da personagem. Pode ser também que o espaço seja inde-
terminado, como nos contos de fadas, que costumam apontar um “reino distante”.
O tempo pode referir-se tanto ao período histórico em que a trama é desen-
volvida, quanto à duração dos fatos narrados. O tempo da narrativa pode ser cro-
nológico, físico, ou seja, indicado por dias, horas, anos, etc. Em textos com esse tipo
de tempo, a distinção entre passado, presente e futuro é bem demarcada. O tempo
pode ainda ser apresentado de maneira psicológica, quando segue os pensamentos
de uma personagem, sua subjetividade, dessa forma, há uma indefinição entre pas-
sado, presente e futuro. Assim como o espaço, o tempo também pode ser indetermi-
nado, sem trechos no texto que o indiquem ou com expressões como “era uma vez”
ou “há muito tempo”, comuns nos contos de fadas.
Leia o texto abaixo:

A DISCIPLINA DO AMOR
Foi na França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachor-
ro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na
esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu
encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à
casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe fes-
tinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo animado atrás dos mais íntimos.
Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu
dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a
presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava
sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente,
como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de espera. O jovem morreu
num bombardeio mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança.
Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando àquela hora ele
disparava para o compromisso assumido, todos os dias.
Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas fo-
ram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um pri-
mo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros amigos.
Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo
na sua esquina.
As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando… Uma tar-
de (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.
com/2019/02/conto-disciplina-do-amor-lygia-fagundes.html. Acesso em: 15 mar. 2023.

Caro/a estudante, você compreendeu a história? Qual a sua impres-


são sobre a atitude do animal? Você entendeu o que aconteceu com o ca-
chorro no desfecho do conto?

57
Conto: narrativa breve em prosa, cujo enredo é intenso e rápido, ocorrendo
uma ou poucas ações, vivenciadas num curto espaço de tempo por poucas persona-
gens, que são superficialmente caracterizadas.
NEVES, Flávia. Gênero épico ou gênero narrativo. Norma culta. Disponível em: https://www.normacul-
ta.com.br/genero-epico-ou-narrativo/. Acesso em: 15 mar. 2023.
Responda às perguntas abaixo:
1. Onde aconteceu a história?
2. Podemos considerar o espaço aberto ou fechado?
3. Que palavras ou expressões do texto indicam lugar?
4. Quando a história aconteceu?
5. O tempo é cronológico ou psicológico?
6. Que palavras ou expressões do texto indicam tempo?
7. Quem são os personagens?
8. Quais são os momentos da narrativa: situação inicial, conflito, clímax e
desfecho?

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os

14
elementos que constroem a narrativa

CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – tipos de narrador.
Gênero textual: conto de humor

Caro/a estudante, continuaremos trabalhando os gêneros narrativos.


Nesta aula, aprofundaremos o estudo do narrador por meio da leitura de
contos de humor.

Leia o texto a seguir.

TEXTO I - A OFERTA
Recentemente cancelei o serviço de TV a cabo por estar insatisfeita com a em-
presa. Após o cancelamento, recebi dezenas de ligações deles tentando me conven-
cer a voltar a ser cliente. A última foi num sábado antes das oito da manhã e, claro,
eu estava dormindo.
— Senhora, podemos lhe dar seis meses de isenção de mensalidade!
— Realmente não tenho interesse.
— A senhora pode, então, oferecer a promoção a um amigo!
Respirei fundo e, já irritada, disse:
— Sinceramente, só recomendaria essa oferta a um inimigo.
— Sem problema! A senhora pode me passar o nome e o telefone de seu ini-
migo?
ZANKER, Daniela. A oferta. Blog LUANAPRI. Disponível em: http://luanapri.blogspot.com/2016/11/a-ofer-
tadaniela-zanker.html. Acesso em: 15 mar. 2023.

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Caro/a estudante, você já presenciou alguma cena do tipo, se alguém
da família já se sentiu incomodado por ligações de telemarketing? Você
sabe o que gerou o humor do texto?

Os contos de humor utilizam as características do que é considerado divertido


e cômico para a estruturação de sua narrativa e constroem o humor por meio de me-
canismos linguísticos, figuras de linguagem, quebra de expectativa e conhecimen-
tos de mundo que são mobilizados na interação entre autor, texto e leitor.
RAMOS, Mariana do Nascimento. A oralidade característica dos contos de humor. Nova Escola. Dispo-
nível em: https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/7ano/lingua-portuguesa/a-oralidade-
-caracteristica-dos-contos-de-humor/4736. Acesso em: 15 mar. 2023.

Caro/a estudante, chamamos aquele que conta a história de narrador


do texto. Você sabe quem narra o conto lido? Esse narrador faz parte dos
acontecimentos contados?

Tipos de narrador ou tipos de foco narrativo:


• Narrador personagem: como o nome indica, esse narrador participa das
ações do enredo, pode ser o personagem principal ou não. Em geral, esse
tipo de narrador conduz a história conforme suas próprias impressões, ou
seja, leva o leitor a compreender os fatos segundo a ótica do personagem
que está contando os fatos. Por tratar-se de alguém que tomou parte nos
acontecimentos, a narração é feita em 1ª pessoa (eu). O texto “A oferta” pos-
sui esse tipo de narrador.
• Narrador observador: é como alguém que tivesse testemunhado, visto de
fora os fatos acontecerem. Por essa razão, não conhece os pensamentos,
sentimentos, intenções ou passado das personagens. Usa a 3ª pessoa (ele/
ela) e, diferentemente do narrador personagem, costuma ser neutro quan-
to aos fatos narrados.
• Narrador onisciente: também usa a 3ª pessoa, pois não participa das ações
da narrativa; mas, como o adjetivo onisciente indica, esse narrador sabe
tudo da narrativa: pensamentos das personagens, emoções que motivam
as ações, detalhes do passado e futuro. Tal tipo de narrador promove um
vínculo maior com o leitor, uma vez que as cenas da narração são mais bem
detalhadas e a interpretação das ações é orientada pelas informações da-
das pelo narrador.

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Caro/a estudante, observe o quadro abaixo para entender melhor as
explicações.

ALVES, Igor. Tipos de Narrador: onisciente, observador e personagem. Diferença. Disponível em: ht-
tps://www.diferenca.com/tipos-de-narrador/. Acesso em: 15 mar. 2023.

TEXTO II - A VELHA CONTRABANDISTA


Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava
pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal
da Alfândega tudo malandro velho começou a desconfiar da velhinha. Um dia, quan-
do ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A
velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
— Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí
atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que
ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
— É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a ve-
lhinha saltar da lambreta para examinar o saco.
A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito enca-
bulado, ordenou à velhinha que fosse em frente.

61
Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e
no outro com muamba, dentro daquele maldito saco.
No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal
mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu
que era areia, uai!
O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou
a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
— Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo
essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é
contrabandista.
— Mas no saco só tem areia! insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quan-
do o fiscal propôs:
— Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apre-
endo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando
que a senhora está passando por aqui todos os dias?
— O senhor promete que não “espáia”? - quis saber a velhinha.
— Juro,respondeu o fiscal.
— É lambreta.
Às vezes a verdade está debaixo do nosso nariz.
PRETA, Stanislaw Ponte. Dois amigos e um chato: manual do professor. 3 ed. São Paulo: Moderna,
2020, p.65.

Caro/a estudante, o final da estória lhe surpreendeu? Você tinha algu-


ma hipótese sobre as atitudes da senhora? Responda às seguintes pergun-
tas para entender melhor os elementos da narrativa.

1. Quem são as personagens?


2. Onde a história acontece? Que palavras ou expressões indicam lugar?
3. Quando os fatos narrados aconteceram? Que palavras ou expressões in-
dicam tempo?
4. Quais os momentos da narrativa (situação inicial, conflito, clímax e des-
fecho)?
5. Qual o tipo de narrador? Justifique com elementos do texto.
6. O que a expressão “diz que”, usada do primeiro e no décimo primeiro
parágrafos, pode indicar?

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Caro/a estudante, como tarefa para casa, você poderá reescrever um
dos textos estudados nesta aula. Faça uma mudança no foco narrativo, por
exemplo: contar o texto II do ponto de vista da velha ou contar o texto I,
usando um narrador onisciente que revele os pensamentos da atendente e
da cliente.
Você poderá fazer a leitura do texto produzido na próxima aula ou en-
tregá-lo a seu/sua professor/a para que seu texto seja reunido em um acervo,
para que todos os seus/suas colegas possam consultar e ler quando quise-
rem.

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os

15
elementos que constroem a narrativa

CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – personagens
(protagonista, antagonista e secundário).
Gênero textual: conto popular

Caro/a estudante, aprofundaremos nesta aula o estudo sobre os per-


sonagens. Para isso, vamos ler alguns contos populares.

Os contos populares ou tradicionais revelam características, valores e visão de


mundo de determinada cultura. Eles não têm autoria conhecida, pois surgiram no
imaginário comum e são contados e recontados oralmente, de geração em geração,
preservando a memória de um povo ou grupo. Além disso, costumam conter uma
lição de vida. [...] Há um elemento da narrativa que apresenta uma particularidade
marcante nesse gênero: o tempo é indeterminado.
JACINTHO, Mônica Franco (org.). Araribá Plus Português. – 4 ed. São Paulo: Moderna, 2014. p. 51.
Por terem sido transmitidos oralmente por gerações, é comum que os contos
populares escritos possuam linguagem mais informal e marcas da oralidade. Mes-
mo não determinando especificamente um tempo ou um lugar, é possível perceber
comportamentos e mentalidades diferentes dos atuais. Seus personagens, muitas
vezes, não possuem nomes próprios, sendo identificados pela profissão ou posição
social.

Caro/a estudante, você já ouviu falar em Pedro Malasarte? Ele é um


personagem tradicional da cultura portuguesa conhecido por sua criativi-
dade e esperteza, as quais eram usadas para mentir e enganar as pessoas.
Leia o texto abaixo, que narra uma das aventuras desse personagem.

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TEXTO I - DE COMO MALASARTE ENTROU NO CÉU
Quando Malasarte morreu e chegou ao céu, disse a São Pedro que queria en-
trar.
O santo respondeu:
— Estás louco? Pois ainda tens coragem de querer entrar no céu, depois que
tantas fizeste lá pelo mundo?
— Quero, São Pedro, pois o céu é dos arrependidos, e tudo quanto acontece é
por vontade de Deus.
— Mas o seu nome não está no livro dos justos e, portanto, não entras.
— Mas então eu desejava falar com o Pai Eterno.
São Pedro zangou-se só com aquela proposta. E disse:
— Não, para falar com Nosso Senhor, precisavas entrar no céu, e quem entra
no céu dele não pode sair.
Malasarte se pôs a lamentar e pediu que o santo ao menos deixasse espiar o
céu, só pela frestinha da porta para que tivesse uma ideia do que fosse o céu e la-
mentasse o que havia perdido por causa das más artes.
São Pedro, já amolado, abriu uma fresta da porta e Pedro Malasarte meteu por
ela a cabeça.
Mas, de repente gritou:
— Olha, São Pedro. Nosso Senhor, que vem falar comigo. Eu não te dizia!!
São Pedro voltou-se com todo respeito para dentro do céu, a fim de render as
suas homenagens ao Pai Eterno que supunha ali vir.
E Pedro Malasarte então pulou para dentro do céu.
O santo viu que tinha sido enganado. Quis pôr o Malasarte para fora, mas ele
disse:
— Agora é tarde, São Pedro! Lembra-te que me disseste que do céu, uma vez
entrando, ninguém pode sair? É a eternidade!
E São Pedro não teve outra saída senão deixar o Malasarte lá ficar.
GOMES, Lindolfo. Contos populares brasileiros. São Paulo: Melhoramentos, 1965. Disponível em: https://
www.culturagenial.com/contos-populares-brasileiros-comentados/. Acesso em: 15 mar. 2023.

Caro/a estudante, vamos identificar os elementos dessa narrativa de


acordo com o que já estudamos nas aulas anteriores.
Agora, vamos conhecer os tipos de personagens.
Os personagens são os seres que atuam em uma narrativa, podem
ser pessoas, animais e até mesmo objetos – desde que demonstrem carac-
terísticas humanas como falas, emoções, vontades.

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TIPOS DE PERSONAGEM:
• Protagonista: é o personagem principal da obra, em torno do qual a his-
tória é desenvolvida. É um herói (ou anti-herói) e, em alguns casos, pode
existir um ou mais personagens desse tipo.
Exemplo: Nino, de Castelo Rá-Tim-Bum.
• Co-protagonista: é o segundo personagem mais importante da obra. Pos-
sui uma relação próxima com o protagonista e o auxilia na busca de seus
objetivos. Em alguns casos, também pode haver mais de um.
Exemplo: Quico, de Chaves.
• Antagonista: o antagonista se contrapõe ao protagonista, mas nem sem-
pre está presente nas narrativas. Geralmente é o vilão da história e pode não
ser uma pessoa, mas algo que dificulta os objetivos do protagonista, como
um objeto, monstro, espírito, instituição, dentre outras.
Exemplo: Scar, de Rei Leão.
• Oponente: o oponente é o parceiro do antagonista, em uma relação similar
à existente entre protagonista e co-protagonista. Pode ser um amigo, pa-
rente ou funcionário do antagonista principal.
Exemplo: Sagat, de Street Fighter.
• Coadjuvante: é um personagem que auxilia no desenvolvimento da trama,
exercendo uma função que pode, ou não, estar relacionada com a história
principal. A quantidade de sua aparição e sua importância pode variar con-
forme o enredo.
Exemplo: Professor Girafales, de Chaves.
• Figurante: o figurante não é fundamental para o enredo principal e tem o
objetivo de ilustrar o ambiente.
SILVA, Débora. Literatura: Conheça os tipos de personagens. Estudo Prático. Disponível em: https://
www.estudopratico.com.br/literatura-conheca-os-tipos-de-personagens/. Acesso em: 15 mar. 2023.

Caro/a estudante, todos os personagens que não são protagonistas


ou antagonistas também são chamados de personagens secundários. O an-
ti-herói é um tipo de protagonista com um comportamento associado aos
vilões. Como demonstra suas fraquezas e defeitos, tal protagonista costuma
conquistar a simpatia do público, porque cria uma identificação – afinal, os
deslizes são parte da natureza humana.
No Texto I, o protagonista, Malasarte, é considerado um anti-herói de-
vido sua atitude de enganar o santo para conseguir o que queria. São Pedro
é o antagonista desse conto, pois se opõe ao protagonista. Apesar de ser
citado, Deus não deve ser considerado um personagem, uma vez que não
participa das ações narradas.

Leia o conto abaixo, publicado pelo pesquisador das histórias populares do


nosso país, Câmara Cascudo, no livro Contos tradicionais do Brasil.

66
TEXTO II - O CABOCLO, O PADRE E O ESTUDANTE
Um estudante e um padre viajavam pelo sertão, tendo como bagageiro um
caboclo. Deram-lhes numa casa um pequeno queijo de cabra. Não sabendo dividi-lo,
mesmo porque chegaria um pequenino pedaço para cada um, o padre resolveu que
todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse, durante a noite, o sonho mais
bonito, pensando engabelar todos com os seus recursos oratórios. Todos aceitaram e
foram dormir. À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.
Pela manhã, os três sentaram à mesa para tomar café e cada qual teve de con-
tar o seu sonho. O frade disse ter sonhado com a escada de Jacob e descreveu-a bri-
lhantemente. Por ela, ele subia triunfalmente para o céu. O estudante, então, narrou
que sonhara já dentro do céu à espera do padre que subia. O caboclo sorriu e falou:
— Eu sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor lá dentro do céu,
rodeado de amigos. Eu ficava na terra e gritava:
— Seu doutor, seu padre, o queijo! Vosmincês esqueceram o queijo.
Então, Vosmincês respondiam de longe, do céu:
— Come o queijo, caboclo! Come o queijo, caboclo! Nós estamos do céu, não
queremos queijo.
O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, levantei-me enquanto
vosmincês dormiam e comi o queijo...
CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Edusp.
1986. p. 213. Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2017/08/textos-classicos-de-portu-
gues-para-o.html. Acesso em: 15 mar. 2023.

Caro/a estudante, sobre os personagens: quem seria o protagonista?


E o antagonista? Há coadjuvante, quem seria?

Espaço para anotações


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67
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os

16
elementos que constroem a narrativa

CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – discurso direto e indireto.
Gênero textual: miniconto

Caro/a estudante, você sabe o que são minicontos? São textos nar-
rativos muito pequenos que têm se popularizado recentemente, especial-
mente em redes sociais. Algumas características comuns a esses textos são:
concisão (capacidade de contar uma história com uma quantidade mínima
de palavras); efeito (intenção de provocar uma reação no leitor, seja medo,
reflexão, compaixão); ausência de descrições ou descrições bem breves (so-
mente o essencial para a compreensão do texto).

O MINICONTO, como o próprio nome antecipa, é um conto pequeno, com os


mesmos elementos do conto tradicional: enredo, narrador, personagens, tempo e es-
paço. Para a construção dos minicontos, é preciso pensar em cenas/situações curtas,
vividas por uma ou duas personagens, com uma única ação central.
Plataforma Redigir. Miniconto – A menina e os passarinhos. Disponível em: https://www.plataformare-
digir.com.br/tema-redacao/miniconto---a-menina-e-os-passarinhos_conto. Acesso em: 16 mar. 2023.
Leia o miniconto Trem fantasma, de Nilo Maciel.

TEXTO I - TREM FANTASMA


O maquinista, logo após o desastre, deu um grito, levou as mãos à cabeça,
pôs-se a chorar e recostou-se a um canto da parede. Sentou-se. Descuido? Impru-
dência? A locomotiva partiu da primeira estação em alta velocidade, e, num segun-
do, alcançou a segunda, a terceira, feito bala, apitando. Não parou em nenhuma es-
tação. Quando o maquinista percebeu o perigo, não havia mais tempo para frear o
trem. O precipício abria-se a sua frente, profundo, mortal. O homenzinho fez careta,
arregalou os olhos: os vagões resvalaram, despedaçando-se no fundo do abismo. “Ó
meu Deus!” Mas um consolo: nenhum passageiro havia subido aos vagonetes. E aju-
dantes ele nunca teve. Assim, nada de vítimas. Mais sossegado, enxugou as lágrimas
e engatinhou até o primeiro pedaço do trem. Pôs-se a juntar um a um os restos da
máquina. Olhou para cima, para a grande mesa da sala, onde o desastre teve início.
MACIEL, Nilo. Trem fantasma. Plataforma Redigir. Disponível em: https://www.plataformaredigir.com.
br/tema-redacao/miniconto---a-menina-e-os-passarinhos_conto. Acesso em: 16 mar. 2023.

68
Caro/a estudante, você entendeu a história? Quem seria o maquinis-
ta? Onde aconteceu?
Você foi surpreendido pelo desfecho do texto que revela não se tratar
de um trem de verdade? Percebeu que as palavras usadas para designar
os objetos e o garoto são as responsáveis por criar essa ilusão? Maquinista,
locomotiva, estação, precipício, abismo, passageiro, vagonetes, ajudantes,
todas essas palavras criam a atmosfera de uma cena “real” – gerando inclu-
sive o alívio com a revelação de que não há vítimas –, para a conclusão ter o
impacto da quebra de expectativa.
O enredo desse texto não é linear, ou seja, não segue a ordem cro-
nológica dos acontecimentos. Assim, o texto já inicia com o clímax da nar-
ração (houve um desastre), para, em seguida, apresentar a situação inicial
(“a locomotiva partiu da primeira estação em alta velocidade”), o conflito
(“Quando o maquinista percebeu o perigo, não havia mais tempo para frear
o trem.”), retomar o clímax (“os vagões resvalaram, despedaçando-se no fun-
do do abismo.”) e concluir com a revelação de que eram apenas brinquedos.
Você sabe dizer em que trecho do texto há uma fala do maquinista?
Como você conseguiu identificar essa fala?
Ao contar uma história, podemos indicar as falas dos personagens.
Chamamos a introdução dessas falas de discurso, o qual pode ser feito de
maneira direta ou indireta a depender da intenção do autor do texto.

DISCURSO DIRETO
No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar
fielmente a fala do personagem.
O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneida-
de. Assim, o narrador se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é
dito. [...]

CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO DIRETO


• Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação
com o verbo “dizer”. São chamados de “verbos de elocução”, a saber: falar,
responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, dentre outros.
• Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação,
dois pontos, aspas.
• Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha
isolada.
Exemplos de Discurso Direto:
1. Os formados repetiam: “Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus
semelhantes com firmeza e honestidade.”.
2. O réu afirmou: “Sou inocente!”
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?

69
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.
DIANA, Daniela. Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre. Toda Matéria. Disponível em: https://www.
todamateria.com.br/discurso-direto-indireto-e-indireto-livre/. Acesso em: 16 mar. 2023.
Em alguns textos, após a fala do personagem, existe um comentário ou escla-
recimento feito pelo narrador. Nesses casos, este trecho de narração deve ser separa-
do por aspas ou travessão, conforme o exemplo 3.
Como no discurso direto vemos a fala do personagem com suas próprias pa-
lavras, algumas características podem ser reveladas pelo jeito específico de falar –
sotaque de determinada região e uso de gírias podem indicar, por exemplo, o grupo
social ao qual pertence o personagem. Além disso, esse discurso aproxima o leitor
dos personagens ao deixá-los falarem por si.
No discurso indireto, o narrador conta com suas palavras o que o personagem
teria dito.

DISCURSO INDIRETO
No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem
preferindo suas palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem.

CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO INDIRETO


• O discurso é narrado em terceira pessoa.
• Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, res-
ponder, perguntar, indagar, declarar, exclamar. Contudo não há utilização
do travessão, pois geralmente as orações são subordinadas, ou seja, depen-
dem de outras orações, o que pode ser marcado através da conjunção “que”
(verbo + que).
Exemplos de Discurso Indireto:
1. Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus se-
melhantes com firmeza e honestidade.
2. O réu afirmou que era inocente.
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou
quem estava falando. Do outro lado, alguém respondeu ao cumprimento e
perguntou com tom de simpatia com quem a pessoa queria falar.
DIANA, Daniela. Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre. Toda Matéria. Disponível em: https://www.
todamateria.com.br/discurso-direto-indireto-e-indireto-livre/. Acesso em: 16 mar. 2023.
Um ponto importante a destacar é que, quando precisamos fazer a passagem
do discurso direto para o indireto, várias mudanças precisam ser feitas para que a fala
seja reproduzida pela voz do narrador. Isso inclui mudanças de pessoa do discurso (1ª
para 3ª), tempos verbais, pontuações (frases interrogativas, por exemplo, tornam-se
declarativas), advérbio e adjuntos adverbiais (ontem/dia anterior; agora/naquele mo-
mento; aqui/lá), entre outros.
Veja alguns exemplos:
1. Discurso direto: Eu comecei a ler o livro ontem.
Discurso indireto: Ele afirmou que começara a ler o livro no dia anterior.
2. Discurso direto: Meu irmão viajará semana que vem.
Discurso indireto: Ela afirmou que seu irmão viajaria na semana seguinte.
Faça a leitura de outro miniconto.

TEXTO II - O PATINHO FEIO


Quando o quinto ovo da mamãe pato se abriu, o pai e os outros filhotes viram

70
a criatura mais feia que já existiu.
— Credo! Que cauda feia! Que boca horrorosa! – disse o mais velho e líder dos
irmãos — Ele nunca será um de nós.
Os pais advertiram o primogênito a nunca mais falar isso do irmão. Todavia,
nem sempre eles estavam por perto. E a zombaria era constante: era pena feia para
lá, boca horrorosa para cá, cauda anormal aqui ou jeito bizarro de se locomover ali.
O filhote desabafava com os pais ao anoitecer e era consolado pelos mesmos
com palavras gentis.
— Meu filho, um dia você vai crescer. E quando você ficar enorme, seus irmãos
vão te respeitar.
O tempo passou e o caçula cresceu à medida que os pais definhavam por con-
ta da idade. E sem eles para tomar as rédeas da família, os outros irmãos faziam coro
às palavras do mais velho, pois o mais novo só ganhava tamanho. Beleza, não.
Na noite em que o casal de patos faleceu, o caçula declarou aos irmãos:
— Eu nunca lhes fiz nada em respeito aos nossos pais, pois um pai nunca deve
enterrar o filho. Mas agora que eles se foram, eu posso me livrar de vocês.
E em poucos minutos, ele asfixiou e envenenou todos.
Depois saiu rastejando, como a orgulhosa serpente que era.
PAIVA, Davi. O patinho feio. Continho. Disponível em: https://www.continho.com.br/o-patinho-feio.
Acesso em: 16 mar. 2023.

Caro/a estudante, responda às seguintes perguntas.

1. Quem é o personagem principal?


2. Onde e quando os fatos da história aconteceram?
3. Qual o tipo de narrador?
4. Você conhece a história clássica do patinho feio? Ela influenciou suas
expectativas sobre o final do miniconto?
5. Destaque os trechos que possuem discurso direto. Quais sinais de pontu-
ação foram usados para indicá-los?
6. Destaque um trecho de discurso indireto. Que verbo foi usado para indi-
car a fala?

Caro/a estudante, você pode utilizar a ficha abaixo para identificar os


elementos constitutivos de uma narrativa, caso o seu/sua professor/a faça a
indicação de alguma atividade a ser realizada em casa.

71
ATIVIDADE COM NARRATIVA
Após ler a narrativa com atenção, e entender todo o contexto, preencha a ta-
bela abaixo com os elementos solicitados.

Aprende Brasil. Disponível em: https://educadores.aprendebrasilon.com.br/blogassessoria/2020/07/04/


trabalhando-os-elementos-da-narrativa/. Acesso em: 16 mar. 2023.

72
73
Aula
HABILIDADE:
D13. Reconhecer e utilizar características do

1
sistema de numeração decimal, tais como
agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do
valor posicional

CONTEÚDO(S):
Sistema de Numeração Decimal, Valor Posicional
e Quadro de Ordens

Sistema de Numeração Decimal

Esta primeira atividade tem como objetivo compreender por que o


sistema é chamado de decimal – são dez algarismos com os quais podemos
escrever qualquer número que precisarmos. Vejamos algumas situações:

Dois atletas de uma corrida de atletismo foram identificados com os números


indicados nos cartões abaixo, de acordo com a ordem da inscrição desses candidatos
para participarem da corrida:

Podemos observar que os números dos dois atletas têm os mesmos algaris-
mos.
a. Quais são os algarismos que aparecem nos dois números?
b. Os números 1 927 e 7 291 são iguais? Justifique.
c. Qual o significado do algarismo 1 nos dois números?
d. Qual o significado do algarismo 9 nos dois números?
e. Qual o significado do algarismo 2 nos dois números?
f. Qual o significado do algarismo 7 nos dois números?
Esses valores que cada numeral assume de acordo com a posição nos núme-
ros é uma característica especial do nosso sistema de numeração.
O sistema de numeração que utilizamos é chamado de Sistema Indo-arábico
ou Sistema de Numeração Decimal porque é composto de 10 algarismos:

74
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Com esses 10 algarismos podemos escrever qualquer número que possa exis-
tir e para qualquer situação que precisarmos. Vamos ver alguns exemplos e registrar
números que representem as seguintes situações:
a. Idade de uma pessoa:
b. Número da casa em um endereço:
c. Data de nascimento:
d. Número do celular:
e. Número da população de uma cidade:

Esta segunda parte da aula tem como objetivo compreender por que
o sistema decimal é chamado de posicional – um algarismo ocupa um valor
determinado de acordo com a posição (ou ordem) que ele ocupa na escrita
numérica.

VALOR POSICIONAL
Outra característica do nosso sistema de numeração é que ele é posicional, ou
seja, de acordo com a posição que o algarismo está localizado em um número, ele
assume um valor diferente.
Vamos entender isso nos exemplos dos números abaixo:

a. Na idade de João, o algarismo 3 está na última posição, então representa 3


unidades de ano.
b. Na população estimada do Maranhão, o algarismo 3 está na quarta posição,
então ele representa 3 unidades de milhar ou 3.000 unidades.
c. No valor do salário-mínimo, o algarismo 3 está na terceira posição, então ele
representa 3 centenas ou 300 unidades.

75
Observe as informações sobre casos de Zica e Chikungunya no ano de 2019,
publicados no site G1.

Fonte: G1.com.
De acordo com a publicação, em 2019, foram 10.708 casos de Zica e 132.205
casos de Chikungunya. Nesses dois números, responda:
a. Nos casos de Zica, qual o valor posicional dos algarismos 7 e 8?
b. Nos casos de Chikungunya, quais os valores posicionais dos numerais 2
e 5?

Esta terceira parte da aula tem como objetivo conhecer as ordens


simples e de milhar e organizar essas ordens no Quadro de Ordens.

QUADRO DE ORDENS
Na representação de um número no sistema de numeração decimal, a posi-
ção de cada algarismo indica uma ordem. Observe o número que aparece no texto
abaixo representado no Quadro de Ordens ou Quadro Valor de Lugar (QVL).
As três primeiras ordens do Sistema de Numeração Decimal são: Unidade (U),
Dezena (D) e Centena (C), que são organizadas no Quadro de Ordens da seguinte
forma:

76
Veja o número 857 organizado no Quadro de Ordens:

• Ordem das unidades: 7 unidades


• Ordem das dezenas: 5 dezenas ou 50 unidades
• Ordem das centenas: 8 centenas ou 800 unidades
Vamos ver outro exemplo: Na figura abaixo, observamos o número de curtidas
de uma postagem em uma rede social.

Fonte: Imagem do Instagram


Vamos representar o número de curtidas no Quadro de Ordens:
Observe que esse número tem cinco ordens: unidade, dezena, centena, uni-
dade de milhar e dezena de milhar.

• Ordem das unidades: 8 unidades


• Ordem das dezenas: 5 dezenas ou 50 unidades
• Ordem das centenas: 2 centenas ou 200 unidades
• Ordem das unidades de milhar: 1 unidade de milhar ou 1.000 unidades
• Ordem das dezenas de milhar: 3 dezenas de milhar ou 30.000 unidades
Vamos ver mais um exemplo? Leia a seguinte informação, retirada do site do
IBGE.

Fonte: https://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2022/Previa_da_Populacao/ MA_POP2022.


pdf.
Vamos representar o número da população do município de Imperatriz no
Quadro de Ordens.
Observe que agora esse número tem seis ordens: unidade, dezena, centena,
unidade de milhar, dezena de milhar e centena de milhar.

77
• Ordem das unidades: 7 unidades
• Ordem das dezenas: 2 dezenas ou 20 unidades
• Ordem das centenas: 0 centena
• Ordem das unidades de milhar: 3 unidades de milhar ou 3.000 unidades
• Ordem das dezenas de milhar: 7 dezenas de milhar ou 70.000 unidades
• Ordem das centenas de milhar: 2 centenas de milhar ou 200.000 unidades
De acordo com a prévia do Censo Demográfico de 2022. O município de Impe-
ratriz possui uma população de 273.027 habitantes.
Agora vamos ver o que você aprendeu: Observe o cartaz informativo sobre a
vacinação contra Covid-19 no município de Altamira do Maranhão, publicado em
15/08/2022.

Fonte: https://altamira.ma.gov.br/informa.php?id=760
O cartaz informa que foram recebidas 17.072 doses e que foram aplicadas
13.499 doses de vacina contra Covid-19 até aquela data.
Responda.
1. Do número 17.072, escreva o valor posicional dos algarismos 1, 7 e 2.
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2. Do número 13.499, escreva o valor posicional dos algarismos 1, 3 e 4.
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3. Organize o número 17.072 no Quadro de Ordens e escreva o valor corres-
pondente de cada ordem.

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4. Organize o número 13.499 no Quadro de Ordens e escreva o valor corres-
pondente de cada ordem.

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Espaço para anotações


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79
Aula
HABILIDADE:
D13. Reconhecer e utilizar características do

2
sistema de numeração decimal, tais como
agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do
valor posicional

CONTEÚDO(S):
Agrupamentos e trocas na base 10

Agrupamentos e Trocas na Base 10

As principais características do sistema de numeração que utilizamos é que


ele é decimal e posicional.
Observe como podemos representar os agrupamentos de 10 em 10 do sistema
de numeração decimal utilizando figuras.

A imagem corresponde ao material dourado Montessori.


Para exemplificar agrupamentos de 10 em 10 utilizando as figuras acima, va-
mos considerar a tabela abaixo, que apresenta a relação dos cinco países maiores
vencedores em olimpíadas:

80
Disponível: https://www.buenasdicas.com/paises-medalhas-olimpiadas-12470/ (Adaptado). Acesso em
11 de março de 2023.
Agora vamos representar o total de medalhas de algumas dessas nações em
agrupamentos.
Total de Medalhas dos Estados Unidos: 2.636.

2.636 = 2 x 1.000 + 6 x 100 + 3 x 10 + 6


Ou seja, 2.636 = 2.000 + 600 + 30 + 6

Total de Medalhas da extinta União Soviética: 1.010.

1.010 = 1 x 1.000 + 0 x 100 + 1 x 10 + 0


Ou seja, 1.010 = 1.000 + 0 + 10 + 0

81
Total de Medalhas da China: 634.

634 = 6 x 100 + 3 x 10 + 4
Ou seja, 634 = 600 + 30 + 4

Total de Medalhas da França: 764.

764 = 7 x 100 + 6 x 10 + 4
Ou seja, 764 = 700 + 60 + 4

Agora vamos ver o que você aprendeu: Na tabela abaixo, são informadas as
distâncias entre São Luís e algumas cidades do Maranhão, obtidas pelo Google Maps.

Município Distância até São Luís (km)


Açailândia 566
Alto Parnaíba 1.033
Bacabal 248
Fortaleza dos Nogueiras 709
Araioses 411

Represente as distâncias entre cada município e a Capital São Luís, utilizando


as imagens de material dourado.

82
Aula
HABILIDADE:
D16. Reconhecer a decomposição de números

3
naturais nas suas diversas ordens

CONTEÚDO(S):
Decomposição das ordens em unidades

Decomposição das Ordens dos Números em Unidades

Como sabemos, o sistema de numeração que utilizamos é decimal e posicio-


nal, ou seja, podemos formar qualquer número com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,8
e 9.
Vamos observar o seguinte card que informa o número de gols marcados por
Pelé, Messi e Cristiano Ronaldo:

Disponível em: https://twitter.com/rodolfo1975/sta-


tus/1346125899314450434. Acesso 11 de março de 2023.

Vamos representar no quadro de ordens os números referentes aos totais de


gols de cada um desses jogadores:
Total de gols marcados por Messi: 822
Primeiro, vamos organizar o 822 no quadro de ordens e acrescentar mais uma
linha abaixo o quadro:

83
Vamos registrar na nova linha a quantidade correspondente de unidades de
cada ordem.
• Na ordem das unidades: 2 unidades
• Na ordem das dezenas: 2 dezenas = 20 unidades
• Na ordem das centenas: 8 centenas = 800 unidades
Agora vamos colocar esses valores na segunda linha do quadro valor de lugar:

Como podemos observar no quadro de ordens, o número 822 é composto por


8 centenas, 2 dezenas e 2 unidades. Então, decompondo todas as ordens em unida-
des, podemos escrever:
822 = 800 + 20 + 2
Vamos decompor agora o número 759 que é total de gols marcados por Cris-
tiano Ronaldo. Primeiro, vamos organizar esse número no quadro de ordens e acres-
centar mais uma linha.

Agora vamos registrar na nova linha a quantidade correspondente de unida-


des de cada ordem.
• Na ordem das unidades: 9 unidades
• Na ordem das dezenas: 5 dezenas = 50 unidades
• Na ordem das centenas: 7 centenas = 700 unidades
Para finalizar, vamos colocar esses valores na segunda linha do quadro valor
de lugar:

Pronto! A decomposição é feita quando transformamos todas as ordens em


unidades:
759 = 700 + 50 + 9
Para garantir a compreensão da decomposição de todas as ordens de um nú-
mero, vamos decompor o número correspondente ao total de gols marcados por
Pelé: 1.283.
Lembrando que o número 1.283 tem quatro ordens e a quarta ordem é unida-
de de milhar. Vamos fazer o quadro valor de lugar.

84
Para finalizar, anotar a quantidade de unidades que cada ordem representa:
• Ordem das unidades: 3 unidades
• Ordem das dezenas: 8 dezenas = 80 unidades
• Ordem das centenas: 2 centenas = 200 unidades
• Ordem das unidades de milhares: 1 milhar = 1.000 unidades

Assim, podemos observar que 1.283 é decomposto em unidades da seguinte


forma:
1.283 = 1.000 + 200 + 80 + 3
Vamos praticar um pouco com alguns números especiais:

Vamos decompor esses números


a. a) Quantidade de dias do ano bissexto: 366. Esse número tem três ordens,
então a decomposição terá três parcelas:

366 = 300 + 60 + 6

b. Altura do Pico da Neblina (ponto mais alto do Brasil): 2.965 metros. Esse nú-
mero tem quatro ordens, então a decomposição terá quatro parcelas.

2.965 = 2.000 + 900 + 60 + 5

c. População do estimada de Colinas (MA): 42.196. Esse número possui cinco

85
ordens, então a decomposição terá 5 parcelas.

42.196 = 40.000 + 2.000 + 100 + 90 + 6

d. População estimada do Estado do Acre em 2023: 927.523 habitantes.


Ops! Esse número não cabe no quadro de ordens. Mesmo assim pode ser de-
composto em unidades. Basta saber quantas ordens ele tem para saber quantas
parcelas terá na decomposição.
927.523 tem seis ordens, logo a decomposição terá seis parcelas:
927.523 = 900.000 + 20.000 + 7.000 + 500 + 20 + 3

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Faça a decomposição dos números informados no quadro abaixo em unidades.

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02. Qual a forma decomposta do número 2.195?


A) 2.000 + 1 + 9 + 5
B) 2.000 + 10 + 9 + 5
C) 2.000 + 10 + 90 + 5
D) 2.000 + 100 + 90 + 5

03. A professora anotou um número no quadro e pediu que os estudantes fizes-


sem a decomposição. A decomposição correta do número 2.905 é:
A) 2.000 + 90 + 5
B) 2.000 + 900 + 5
C) 200 + 90 + 5
D) 200 + 900 + 5

86
Aula
HABILIDADE:
D17. Reconhecer a composição e a decomposição

4
de números naturais em sua forma polinomial

CONTEÚDO(S):
Composição e a decomposição de números
naturais em sua forma polinomial

Forma Polinomial dos Números Naturais e sua Composi-


ção e Decomposição

Para esta aula, vamos conhecer alguns números importantes:

Como sabemos o sistema de numeração que utilizamos é decimal e posicio-


nal.
No quadro acima os números possuem quantidade de ordens diferentes e al-
guns algarismos são repetidos no mesmo número em ordens diferentes, ocupando
valores posicionais diferentes.
Esses e quaisquer outros números podem ser decompostos em unidades. Va-
mos relembrar a decomposição deles em unidades.

A forma decomposta dos números em unidades também pode ser escrita na


forma polinomial. Vamos entender o que isso significa.
a. Observe a forma decomposta do número de dias do ano bissexto: 366
366 = 300 + 60 + 6
• A parcela referente a 300 corresponde a 3 centenas. Podemos escrever: 3 x

87
100
• A parcela referente a 60 corresponde a 6 dezenas. Podemos escrever: 6 x 10
• A parcela referente a 6 corresponde a 6 unidades. Podemos escrever: 6 x 1
A forma decomposta também pode ser escrita da seguinte forma:
366 = 3 x 100 + 6 x 10 + 6 x 1
Esta forma de representar a decomposição de um número natural é cha-
mada de Forma Polinomial.
Vamos escrever a forma polinomial dos outros números do quadro.

b. Velocidade atingida pelo jato supersônico Concorde: 2.179 km/h.


2.000 + 100 + 70 + 9
Reescrevendo os valores das ordens em unidades:
• 2.000 unidades = 2 x 1.000
• 100 unidades = 1 x 100
• 70 unidades = 7 x 10
• 9 unidades = 9 x 1
A forma polinomial de 2.179 será:
2 x 1.000 + 1 x 100 + 7 x 10 + 9 x 1

c. Forma polinomial do diâmetro da Terra: 12.742 km:


1 x 10.000 + 2 x 1.000 + 7 x 100 + 4 x 10 + 2 x 1

d. Velocidade alcançada pelo foguete espacial Voyager: 278.280 km/h:


2 x 100.000 + 7 x 10.000 + 8 x 1.000 + 2 x 100 + 8 x 10 + 0 x 1.

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Escreva a forma polinomial dos números indicados:
a) 875
b) 1.972
c) 15.049
d) 125.001
Também é possível, partindo da forma polinomial, fazer a composição de nú-
meros naturais.
Para entender melhor, vamos considerar a situação apresentada no quadro.

88
Vamos fazer a composição dessas três formas polinomiais:
a. a) Número na forma polinomial: 2 x 1.000 + 1 x 100 + 2 x 10 + 2 x 1
Número na forma decomposta em unidades: 2.000 + 100 + 20 + 2
Número formado: 2.122
b. Número na forma polinomial: 5 x 100 + 7 x 10 + 5 x 1
Número na forma decomposta em unidades: 500 + 70 + 5
Número formado: 575
c. Número na forma polinomial: 2 x 10.000 + 5 x 1.000 + 9 x 100 + 0 x 10 + 6 x 1
Número na forma decomposta em unidades: 20.000 + 5.000 + 900 + 0 + 6
Número formado: 25.906

Para finalizar, mostre o que você aprendeu:


01. Escreva a forma polinomial dos números:
a) 349
b) 5.038
c) 75.780
02. Escreva os números formados a partir da forma polinomial apresentada:
a) 5 x 100 + 9 x 10 + 5 x 1
b) 9 x 1.000 + 0 x 100 + 7 x 10 + 3 x 1
c) 8 x 10.000 + 8 x 1.000 + 7 x 100 + 0 x 10 + 0 x 1

Espaço para anotações


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89
Aula
HABILIDADE:
D18. Calcular o resultado de uma adição ou

5
subtração de números naturais

CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Adição

Para brincar com seus amiguinhos,


Marcos comprou 47 bolinhas de gude avul-
so e uma redinha com 50 bolinhas. Quantas
bolinhas de gude Marcos comprou?
Para responder a essa questão, vamos
juntar esses dois quantitativos de bolinhas
e, para facilitar, vamos organizar os números
no quadro de valores.
Vamos deixar uma linha para o pri-
meiro número, uma linha para o segundo
número e uma linha para os resultados, que
é o total de bolinhas.

Operação D U
4 7
Disponível em: https://www.lojade199online.
+ 5 0 com.br/institucional/importador-bola-gude-
-na-25-marco.php.
Resultado

Para calcular o total, vamos somar os algarismos de cada ordem, ou seja: 47 


50, lembrando sempre que 10 unidades formam uma dezena e 10 dezenas formam
uma centena e assim por diante.
• Na ordem das unidades: 7 + 0 = 7
• Na ordem das dezenas: 4 + 5 = 9

SINAL D U
4 7
+ 5 0
Resultado 9 7

Resposta: o total de bolinhas comprado é 97.

90
Na rua que Marcos mora, tem 39 casas de um lado e 38 do outro lado. Quantas
casas tem na rua de Marcos?
Para calcular quantas casas tem na rua de Marcos, vamos juntar a quantidade
de casas dos dois lados, ou seja: 39 + 38.
No quadro de ordens, vamos deixar uma linha para o 39, uma linha para o 38
e outra para o total.

Operação D U
3 9
+ 3 8
Resultado

Somando as unidades: 9 unidades + 8 unidades = 17 unidades. E como sabe-


mos 17 unidades valem 1 dezena e 7 unidades.
Na ordem das unidades, devemos representar apenas o algarismo das unida-
des e o algarismo das dezenas vai para a ordem das dezenas, por isso dizemos “vai
um”.

Operação D U
+1
3 9
+ 3 8
Resultado 7

Somando as dezenas: observe que veio uma dezena da ordem das unidades.
Então ficamos com 1 + 3 + 3, que totaliza 7.

Operação D U
+1
3 9
+ 3 8
Resultado 7 7

Resposta: na rua de Marcos tem 77 casas.

Indo de casa para a escola, Mariana gosta de contar coisas que vê pelo cami-
nho. Ontem ela estava contando carros de suas cores preferidas: vermelho e preto.
Conferiu 58 carros vermelhos e 74 carros brancos. No total, quantos carros dessas
cores ela contou?
Para saber quantos carros ela contou, precisamos juntar essas duas quantida-
des: 58 + 74. Veja como fica representado no quadro de ordens:

91
Operação D U
5 8
+ 7 4
Resultado

Somando as unidades: 8 unidades + 4 unidades = 12 unidades. E como sa-


bemos 12 unidades valem 1 dezena e 2 unidades. Devemos colocar o algarismo 2 na
ordem das unidades e “vai um” para a ordem das dezenas.

Operação D U
+1
5 8
+ 7 4
Resultado 2

Somando as dezenas: observe que veio uma dezena da ordem das unidades.
Então ficamos com 1 + 5 + 7, que totaliza 13 dezenas.
Mas 13 dezenas correspondem a 1 centena e 3 dezenas. Devemos colocar o
algarismo 3 na ordem das dezenas e “vai um” para a ordem das centenas.

Operação C D U
+1 +1
5 8
+ 7 4
Resultado 3 2

Somando as centenas: como na ordem das centenas temos apenas o 1 que


veio da ordem das dezenas, a soma totaliza 1.

Operação C D U
+1 +1
5 8
+ 7 4
Resultado 1 3 2

Resposta: Mariana contou 132 carros.

Resumindo o que fizemos até aqui:


• Como você percebeu, para somar dois números, foi necessário organizar
esses números colocando ordem debaixo e de ordem.

92
• A soma começa pela ordem das unidades. Toda vez que a soma dos alga-
rismos das unidades formar uma dezena, essa dezena é transferida, claro,
para a ordem das dezenas. Costumamos dizer “vai um” toda vez que isso
ocorre.
• Depois fazemos a soma dos algarismos das dezenas e quando formar uma
centena, ela irá para a ordem das centenas, e assim por diante.

Para ampliar a compreensão, vamos fazer mais algumas somas:


Qual o resultado das seguintes operações?
a) 63 + 32
b) 66 + 28
c) 125 + 49
d) 568 + 368
Para fazer essas somas, vamos representar os valores nos quadros de ordens:
a) Soma das unidades: 3 + 2 = 5
Soma das dezenas: 6 + 3 = 9

Operação D U
6 3
+ 3 2
Resultado 9 5

b) Soma das unidades: 6 + 8 = 14 (vai 1)


Soma das dezenas: 1 + 6 + 2 = 9

Operação D U
+1
6 6
+ 2 8
Resultado 9 4

c) Soma das unidades: 5 + 9 = 14 (vai 1)


Soma das dezenas: 1 + 2 + 4 = 7
Soma das centenas: 1

Operação C D U
+1
1 2 5
+ 4 9
Resultado 1 7 4

93
d) Soma das unidades: 8 + 8 = 16 (vai 1)
Soma das dezenas: 1 + 6 + 6 = 13 (vai 1)
Soma das centenas: 1 + 5 + 3 = 9

Operação C D U
+1 +1
5 6 8
+ 3 6 8
Resultado 9 3 6

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Qual o resultado das seguintes operações?
a) 35 + 45
b) 526 + 395
c) 489 + 697
d) 593 + 125
e) 867 + 573

Espaço para anotações


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94
Aula
HABILIDADE:
D18. Calcular o resultado de uma adição ou

6
subtração de números naturais

CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Subtração

Em uma brincadeira de bolinha de gude, Marcelo tinha inicialmente 68 boli-


nhas e perdeu 25 durante a brincadeira. Quantas bolinhas Marcelo tinha no final da
brincadeira?

Disponível em: https://i.ytimg.com/vi/YXszhdDLm0I/mqdefault.jpg


Para responder a essa questão, vamos tirar a quantidade de bolinhas que Mar-
celo perdeu da quantidade que ele tinha no início da brincadeira e, para facilitar,
vamos organizar os números no quadro de valores.
Vamos deixar uma linha para o primeiro número, uma linha para o segundo
número e uma linha para os resultados, que é o total de bolinhas.

Operação D U
Quantidade no iní-
6 8
cio (Minuendo)
Quantidade que
- 2 5 perdeu
(Subtraendo)
Resultado Resto ou diferença

• Na ordem das unidades: tirar 5 unidades de 8 unidades


8 − 5 = 3.

95
• Na ordem das dezenas: tirar 2 dezenas de 6 dezenas
6−2=4

Operação D U
6 8
- 2 5
Resultado 4 3

Resposta: Marcelo ficou com 43 bolinhas de gude no final do jogo.


Para a refeição da escola, a merendeira preparou 92 lanches. Por causa da
chuva, somente 78 estudantes vieram para a escola e lancharam cada um uma única
vez. Quantos lanches sobraram nesse dia?

Disponível em: https://i.pinimg.com/736x/15/31/7c/15317ca8beee3e336cc0f6278cd103fa.jpg


Para saber quantos lanches sobraram, devemos tirar o número de estudantes
que lancharam do número de lanches preparados, ou seja, 92 - 78.
No quadro de ordens, vamos deixar uma linha para o 92, uma linha para o 78
e outra para o resultado.

Operação D U
9 2
- 7 8
Resultado

Ordem das unidades: devemos tirar 8 unidades de 2 unidades. Isso é impos-


sível!
Então devemos desagrupar as 9 dezenas e levar uma dezena para a ordem
das unidades, chamamos isso de “pedir emprestado” 1 dezena ou 10 unidades, prá-
tica também conhecida como subtração com reserva. Aí ficaremos com 8 dezenas e
12 unidades. Assim:

Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado

96
Agora, sim, dá pra tirar 8 de 12: 12 - 8 = 4.

Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado 4

Pra finalizar, fazer a subtração na ordem das dezenas: eram 9 dezenas, em-
prestou 1 e ficou 8. Agora vamos tirar 7 dezenas de 8 dezenas: 8 - 7 = 1.

Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado 1 4

Resposta: sobraram 14 lanches.

A escola de Mariana tem 435 estudantes. Em um dia de provas, o ônibus es-


colar atrasou e 48 estudantes não chegaram a tempo para fazer as provas. Quantos
estudantes fizeram a prova nesse dia?
Vamos armar essa conta no quadro de ordens:

Operação C D U
4 3 5
- 4 8
Resultado

Vamos fazer as subtrações:


Ordem das unidades: retirar 8 unidades de 5 unidades. 5 − 8. Impossível!
Vamos desagrupar a ordem das dezenas e “pedir 1 dezena emprestada”. Fica-
rão 2 dezenas e 15 unidades.
Na ordem das unidades ficará 15 − 8 = 7

Operação C D U
4 32 5 15
- 4 8
Resultado 7

Ordem das dezenas: depois o reagrupamento ficou para tirar 4 de 2: 2 − 4.


Impossível!
Podemos desagrupar as 4 centenas, ficando 3 centenas e emprestar 1 centena

97
para a ordem das dezenas. Agora, ficam 3 centenas e 12 dezenas. Veja:

Operação C D U
43 3 12 5 15
- 4 8
Resultado 3 8 7

Resposta: 387 estudantes fizeram a prova.

Resumindo o que fizemos até aqui:


• Como você percebeu, para subtrair um número do outro, foi necessário or-
ganizar esses números colocando ordem debaixo de ordem.
• A subtração começa pela ordem das unidades.
Toda vez que o algarismo do subtraendo for menor que o algarismo do mi-
nuendo, será necessário reagrupar uma ordem “pedindo emprestado” uma dezena
ou centena da ordem superior.
Para ampliar a compreensão, vamos fazer mais algumas subtrações:
Qual o resultado das seguintes operações?
a) 198 - 156
b) 518 - 327
c) 923 - 546
d) 200 - 98
Para fazer essas subtrações, vamos representar os valores nos quadros de ordens:
a) 198 - 156 = 42
Unidades: 8 − 6 = 2
Dezenas: 9 − 5 = 4
Centenas: 1 − 1 = 0

Operação C D U
1 9 8
- 1 5 6
Resultado 0 4 2

b) 518 - 327 = 191


Unidades: 8 − 7 = 1
Dezenas: 1 − 2. Impossível!
Nesse caso é necessário desagrupar as 5 centenas e emprestar 1 centena para a
ordem das dezenas, ficando 4 centenas e 11 dezenas.
Agora é só fazer 11 − 2 = 9
Centenas: Como foi emprestada 1 centena, vai ficar 4 − 3 = 1
Veja:

98
Operação C D U
54 1 11 8
- 3 2 7
Resultado 1 9 1

c) 923 - 546 = 377


Unidades: 3 − 6. Impossível!
Será necessário desagrupar a ordem das dezenas para emprestar uma dezena
para a ordem das unidades. Ficará 1 dezena e 13 unidades.
Agora é só fazer 13 − 6 = 7
Dezenas: Como houve desagrupamento, ficou 1 − 4.
Será necessário desagrupar a ordem das centenas para empregar 1 centena para
a ordem das dezenas. Ficará 8 centenas e 11 dezenas
Agora é só fazer 11 − 4 = 7
Centenas: Como houve desagrupamento, ficou 8 − 5 = 3

Operação C D U
98 2 11 3 13
- 5 4 6
Resultado 3 7 7

d) 200 - 98 = 102
Unidades: 0 − 8. Não é possível.
Note que não é possível também desagrupar a ordem das dezenas porque ela tem
0 dezena.
A ordem que pode ser desagrupada é a ordem das centenas e emprestar uma cen-
tena para a ordem das dezenas. Ficará 1 centena, 10 dezenas e 0 unidade
Ainda não é possível fazer 0 − 8.
Mas já podemos desagrupar a ordem das dezenas para emprestar uma dezena para
a ordem das unidades.
Ficará 1 centena, 9 dezenas e 10 unidades.
Agora podemos fazer:
Unidades: 10 − 8 = 2
Dezenas: 9 − 9 = 0
Centenas: 1 − 0 = 1

Operação C D U
21 09 0 10
- 9 8
Resultado 1 0 2

99
Agora vamos ver o que você aprendeu:
01. Qual o resultado das seguintes operações?
a) 45 - 35
b) 593 - 375
c) 607 - 489
d) 523 - 195
e) 863 - 577

Espaço para anotações


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100
Aula
HABILIDADE:
D20. Resolver problema com números naturais,

7
envolvendo diferentes significados da adição ou
subtração: juntar, alteração de um estado inicial
(positiva ou negativa), comparação e mais de uma
transformação

CONTEÚDO(S):
Resolução de problemas de adição e subtração

VAMOS AOS DIFERENTES SIGNIFICADOS DA ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO:


1. Situações de transformação positiva ou negativa de um estado inicial
Esse tipo de problema é característico por serem conhecidos o estado ini-
cial e a transformação e o estado final deve ser determinado (associado à
ideia de acrescentar ou tirar). Podo ocorrer variação, sendo informado o es-
tado final, sem conhecer a situação inicial ou a transformação.
2. Situações de comparação
Nas situações de comparação não há transformação, uma vez que nada é
tirado ou acrescentado ao todo ou às partes, mas uma relação de compara-
ção entre as quantidades envolvidas (ideia de comparar).
3. Situações de composição ou combinação
As situações de composição relacionam as partes que compõem um todo
por ações de juntar ou separar as partes para obter o todo sem promover
transformação em nenhuma das partes (ideia de juntar).
4. Situação de composição de transformações
Trata-se de problemas aditivos de transformação desconhecida, uma vez
que são conhecidos os estados iniciais e o estado final da situação ou po-
dem envolver situações em que o todo e uma das partes são conhecidos,
sendo necessário determinar a outra parte (podem envolver todas as ideias).

Problemas envolvendo adição e subtração:


01. (SAEMI-PE). Em um ano, Juliana leu 39 livros de aventuras e 15 livros de contos
de fada. Quantos livros Juliana leu, no total, durante esse ano?
A) 24
B) 44
C) 53
D) 54
Resolução:
Situação Inicial: leu 39 livros de aventuras
Transformação: leu 15 livros de contos de fada
Situação final: total de livros lidos (39 + 15)

101
Operação D U
+1
3 9
+ 1 5
Resultado 5 4

Resposta: Juliana leu 54 livros.

02. Para a refeição da escola, a merendeira preparou 392 lanches. Por causa da
chuva, somente 278 estudantes vieram para a escola e lancharam cada um uma
única vez. Quantos lanches sobraram nesse dia?
Resolução:
Situação Inicial: preparou 392 lanches
Transformação: só vieram 278 estudantes
Situação final: quantos lanches sobraram (392 − 278)

Operação C D U
3 98 2 12
- 2 7 8
Resultado 1 1 4

Resposta: sobraram 114 lanches

03. Na cidade onde Marcos mora, tem dois bairros. No primeiro bairro vivem 2.582
pessoas e no segundo bairro, 4.739. Quantas pessoas vivem na cidade de Marcos?
Resolução:
Situação Inicial: no primeiro bairro vivem 2.582 pessoas
Transformação: no segundo bairro vivem 4.739 pessoas
Situação final: total de moradores (2.582 + 4.739)

Operação UM C D U
+1 +1 +1
2 5 8 2
+ 4 7 3 9
Resultado 7 3 2 1

Resposta: 7.321 pessoas vivem na cidade de Marcos.

04. (SPAECE). Gustavo sempre joga bolinha de gude com seus amigos. Na última
semana, ele tinha 2. 274 bolinhas de gude. Depois de perder algumas jogadas du-

102
rante a semana, ele ficou com 1.387 bolinhas de gude.
Quantas bolinhas de gude ele perdeu nessa semana?
A) 787
B) 887
C) 1 997
D) 4 661
Resolução:
Situação Inicial: preparou tinha 2.274 bolinhas
Transformação: perdeu bolinhas (2.274 - 1.387)
Situação final: ficou com 1.387 bolinhas

Operação UM C D U
21 2 11 7 16 4 14
- 1 3 8 7
Resultado 0 8 8 7

Resposta: Ele perdeu 887 bolinhas.

05. (SARESP). Na escola de Gabriela, foi realizado um baile de Carnaval.


Dos 754 alunos, faltaram 348. Foram ao baile:
A) 404 alunos
B) 406 alunos
C) 414 alunos
D) 416 alunos
Resolução:
Situação Inicial: a escola tem 754 alunos
Transformação: 348 alunos faltaram
Situação final: quantos foram ao baile (754 - 348)

Operação C D U
7 54 4 14
- 3 4 8
Resultado 4 0 6

Resposta: 406 alunos foram ao baile.

06. (SARESP). Flávio comprou um caderno de 200 folhas. Ele já usou 104 folhas
desse caderno.
Quantas folhas, sem uso, ainda restam no caderno de Flávio?
A) 96

103
B) 104
C) 106
D) 304
Resolução:
Situação Inicial: o caderno tem 200 folhas
Transformação: foram usadas 104
Situação final: quantas ainda restam (200 − 104)

Operação C D U
21 09 0 10
- 1 0 4
Resultado 0 9 6

Resposta: ainda restam 96 folhas.

07. (SARESP). Bete precisa pesar seu cachorrinho, mas ele não para quieto na ba-
lança. Então, Bete subiu na balança com ele. Observe quanto a balança marcou.
Como Bete pesa 29 kg então seu cachorrinho pesa:
A) 61 kg
B) 51 kg
C) 5 kg
D) 3 kg
Resolução:
Situação Inicial: peso total 32 kg
Transformação: peso de Bete 29 kg
Situação final: peso do cachorrinho de Bete (32 - 29)

Operação D U
32 2 12
- 2 9
Resultado 0 3

Resposta: o cachorrinho pesa 3 kg.

Espaço para anotações


_____________________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________________

104
Aula
HABILIDADE:
D20. Resolver problema com números naturais,

8
envolvendo diferentes significados da adição ou
subtração: juntar, alteração de um estado inicial
(positiva ou negativa), comparação e mais de uma
transformação

CONTEÚDO(S):
Resolução de problemas de adição e subtração

08. (SEAPE). Pedro e Fábio são fazendeiros e criam gado. Pedro possui 524 bois e
Fábio possui 218. Quantos bois Pedro tem a mais que Fábio?
A) 306
B) 314
C) 732
D) 742
Resolução:
Pedro: 524 bois
Fábio: 218 bois
Quantos a mais (524 - 218)

Operação C D U
5 21 4 14
- 2 1 8
Resultado 3 0 6

Resposta: Pedro tem 306 bois a mais de Fábio.

09. (SAEMI-PE). Marcele tem 47 figurinhas da Copa do Mundo e Rodrigo 92. Quan-
tas figurinhas Marcele precisa comprar para ficar com a mesma quantidade de
Rodrigo?
A) 45
B) 55
C) 92
D) 139
Resolução:
Marcele: 47 figurinhas
Rodrigo: 92 figurinhas
Quantos Rodrigo tem a mais (92 - 47)

105
Operação D U
98 2 12
- 4 7
Resultado 4 5

Resposta: Rodrigo tem 45 figurinhas a mais. Para Marcele ter a mesma quantidade,
ela precisa de mais 45.

10. (SAEMI). Em um jogo, Sílvio fez 52 pontos e Gilson fez 37. Quantos pontos Gilson
deverá fazer para empatar com Sílvio?
A) 15
B) 16
C) 25
D) 52
Resolução:
Sílvio: 52 pontos
Gilson: 37 figurinhas
Quantos pontos Sílvio tem a mais (52 - 37)

Operação D U
54 2 12
- 3 7
Resultado 1 5

Resposta: Sílvio tem 15 figurinhas a mais. Para Gilson empatar, precisa marcar mais
15 pontos.

11. Daniele tinha 584 figurinhas em sua coleção. Hoje, sua prima Juliana deu-lhe
64 figurinhas, mas ela perdeu 12 delas. Quantas figurinhas Daniele têm em sua
coleção agora?
A) 508
B) 520
C) 636
D) 648
Resolução:
Situação Inicial: 584 figurinhas
Transformação 1: ganhou 64 figurinhas
Transformação 2: perdeu 12 figurinhas
Situação final: (584 + 64) − 12

106
Operação C D U
+1
5 8 4
+ 6 4
Resultado 6 4 8

Operação C D U
6 4 8
- 1 2
Resultado 6 3 6

Resposta: No final Daniele tinha 636 figurinhas.

12. (SAEP). Na fazenda Boa Esperança, havia 1048 bois. Na feira de gado, o fazen-
deiro vendeu 366 de seus bois e comprou 532 bois. A fazenda agora tem:
(A) 1.204 bois
(B) 1.214 bois
(C) 882 bois
(D) 914 bois
Resolução:
Situação Inicial: 1.048 bois
Transformação 1: vendeu 366 bois
Transformação 2: comprou 532 bois
Situação final: (1.048 - 366) + 532

Operação UM C D U
1 09 4 14 8
- 3 6 6
Resultado 0 6 8 2

Operação UM C D U
+1 +1
6 8 2
+ 5 3 2
Resultado 1 2 1 4

Resposta: No final a fazenda terá 1.214 bois.

107
13. Depositei em minha conta bancária 230 reais em dinheiro e recebi dois PIX, um
de 84 reais e outro de 38 reais.
Qual foi o valor total desse depósito?
A) 252
B) 342
C) 352
D) 398
Resolução:
Situação Inicial: 230 reais
Transformação 1: PIX de 84 reais
Transformação 2: PIX de 38 reais
Situação final: (230 + 84) + 38

Operação C D U
+1
2 3 0
+ 8 4
Resultado 3 1 4

Operação C D U
+ +1
3 1 4
+ 3 8
Resultado 3 5 2

Resposta: No final terá 352 reais na conta.

14. A escola de Flavia estava participando de uma gincana. Na primeira tarefa, a


escola de Flávia fez 325 pontos. Na segunda, fez 785 pontos. Na terceira bateria,
perdeu 465 pontos. Quantos pontos a escola de Flávia fez ao final dessas três ta-
refas?
A) 535
B) 545
C) 645
D) 655
Resolução:
Situação Inicial: ganhou 325 pontos
Transformação 1: ganhou 785 pontos
Transformação 2: perdeu 465 pontos

108
Situação final: (325 + 785) − 465

Operação UM C D U
+1 +1 +1
3 2 5
+ 7 8 5
Resultado 1 1 1 0

Operação UM C D U
1 1 10 1 10 0 10
- 4 6 5
Resultado 0 6 4 5

Resposta: No final da terceira tarefa a escola terá 645 pontos.

15. Cláudio costuma jogar videogame com seu irmão Lucas. Lucas fez 6.410 pontos
e ele fez 1.880 pontos. Quantos pontos a mais Cláudio precisaria fazer para empa-
tar com seu irmão?
A) 6.410
B) 8.290
C) 4.530
D) 5.470
Resolução:
Lucas: 6.410 pontos
Cláudio: 1.880 pontos
Quantos pontos Lucas tem a mais (6.410 - 1.880)

Operação UM C D U
65 4 14 1 11 0
- 1 8 8 0
Resultado 4 6 3 0

Resposta: Lucas tem 4.530 pontos a mais. Para Cláudio empatar, precisa marcar mais
4.530 pontos.

Espaço para anotações


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_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
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109
Aula
HABILIDADE:
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou

9
divisão de números naturais

CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Multiplicação

Vamos compreender a técnica da multiplicação começando por cálculos mais


simples, com multiplicação por um dígito.
Um comércio vende ovos em cartelas contendo 12 ovos cada uma. Quantos
ovos são vendidos em 8 cartelas?
Para multiplicar 12 por 8, efetue a operação, mostrando que ao multiplicarmos
o 8 por 2 (8 x 2 = 16), escrevemos como resultado parcial apenas as 6 unidades, guar-
dando mentalmente 1 dezena do produto 16 (vai 1).
Ordem das Unidades: 8 x 2 = 16 unidades: anota 6 e vai 1 dezena
Ordem das dezenas: 8 x 1 = 8 dezenas + 1 dezena

Operação D U
+1
1 2
x 8
Resultado 9 6

Resposta: 8 cartelas têm 96 ovos.

A mãe de Giselle tem uma banca que vende água de coco gelado na praia. Ela
venda diariamente 32 cocos. Quantos cocos d’água ela vende em uma semana?
Para calcular quantos cocos gelados a mãe de Giselle vende em uma semana,
ou seja, em sete dias, precisamos efetuar uma multiplicação. Vamos utilizar o algo-
ritmo de conta armada.
Para multiplicar 32 por 7, efetue a operação com a criança, mostrando que ao
multiplicarmos o 7 por 2 (7 x 2 = 14), escrevemos como resultado parcial apenas as 4
unidades, guardando mentalmente a 1 dezena do produto 15 (vai 1).
Ordem das Unidades: 7 x 2 = 14 unidades: anota 4 e vai 1 dezena
Ordem das dezenas: 7 x 3 = 21 dezenas + 1 dezena = 22 dezenas

110
Operação C D U
+2 +1
3 2
x 7
Resultado 2 2 4

Resposta: em uma semana ela vente 224 cocos d’água.

Problemas envolvendo multiplicação:


01. Resolva:
a) 28 x 5
b) 243 x 8
Resolução:
a) 5 x 8 = 40 unidades. Anota 0 e vai 4 dezenas
5 x 2 = 10 dezenas + 4 dezenas = 14 dezenas

Operação C D U
+1 +4
2 8
x 5
Resultado 1 4 0

Resposta: 28 x 5 = 140

b) 8 x 3 = 24 unidades. Anota 4. Vai 2 dezenas


8 x 4 = 32 dezenas + 2 dezenas = 34 dezenas. Anota 4. Vai 3 dezenas
8 x 2 = 16 centenas + 3 centenas = 19 centenas

Operação UM C D U
+1 +3 +2
2 4 3
x 8
Resultado 1 9 4 4

Resposta: 243 x 8 = 1.944

Vamos agora calcular multiplicações com dois dígitos:


Nesta etapa, veremos o algoritmo da multiplicação de dois números, cada

111
um deles representado no SDN por dois algarismos. Neste momento, as crianças já
devem ter uma base para aprender o algoritmo, o que inclui um mínimo de novas
técnicas.
Vamos calcular o produto de 43 por 27. Vamos fazer esse cálculo em duas eta-
pas:
• Primeira etapa: 43 x 7
7 x 3 = 21 unidades. Anota 1 vai 2 dezenas
7 x 4 = 28 dezenas + 2 dezenas = 30 dezenas
• Segunda etapa: 43 x 2
2 x 3 = 6 dezenas. Anota na ordem das dezenas
2 x 4 = 8 centenas. Anota na ordem das centenas
• Somar os algoritmos de acordo com as ordens

Operação UM C D U
+3 +2
4 3
x 7
Primeira
3 0 1
etapa

Operação UM C D U

4 3 xxx
x 2 xxx
Segunda
8 6 0
etapa

Operação UM C D U
+1
3 0 1
+ 8 6 0
Resultado 1 1 6 1

Resposta: 1.161

02. Para ampliar a compreensão, vamos calcular as seguintes multiplicações:


a) 76 x 32
b) 157 x 19
c) 514 x 23

112
Resolução:
a) Primeira Etapa: 76 x 2
2 x 6 = 12 unidades. Anota 2 vai 1 dezena
2 x 7 = 14 dezenas + 1 dezena = 15 dezenas
Segunda etapa: 76 x 3
3 x 6 = 18 dezenas. Anota 8 na ordem das dezenas. Vai 1 centena
3 x 7 = 21 centenas + 1 centena = 22 centenas
Somar os algoritmos de acordo com as ordens

Operação UM C D U
+1 +1
7 6
x 2
Primeira
1 5 2
etapa

Operação UM C D U
+2 +1
7 6 xxx
x 3 xxx
Segunda
2 2 8 0
etapa

Operação UM C D U
+1
1 5 2
+ 2 2 8 0
Resultado 2 4 3 2

Resposta: 76 x 32 = 2.432.

b) Primeira Etapa: 157 x 9


9 x 7 = 63 unidades. Anota 3 vai 6 dezenas
9 x 5 = 45 dezenas + 6 dezenas = 51 dezenas. Anota 1. Vai 5 centenas
9 x 1 = 9 centenas + 5 centenas = 14 centenas
Segunda etapa: 157 x 1
1 x 7 = 7 dezenas. Anota 7 na ordem das dezenas

113
1 x 5 = 5 centenas. Anota na ordem das centenas
1 x 1 = 1 unidade de milhar
Somar os algoritmos de acordo com as ordens

Operação UM C D U
+1 +5 +6
1 5 7
x 9
Primeira
1 4 1 3
etapa

Operação UM C D U

1 5 7 xxx
x 1 xxx
Segunda
1 5 7 0
etapa

Operação UM C D U

1 4 1 3
+ 1 5 7 0
Resultado 2 9 8 3

Resposta: 157 x 19 = 2.983.

c) Primeira Etapa: 514 x 3


3 x 4 = 12 unidades. Anota 2 vai 1 dezena
3 x 1 = 3 dezenas + 1 dezenas = 4 dezenas
3 x 5 = 15 centenas
Segunda etapa: 514 x 2
2 x 4 = 8 dezenas. Anota 8 na ordem das dezenas
2 x 1 = 2 centenas. Anota na ordem das centenas
2 x 5 = 10 unidades de milhar
Somar os algoritmos de acordo com as ordens

114
Operação DM UM C D U
+1
5 1 4
x 3
Primeira
1 5 4 2
etapa

Operação DM UM C D U
+1
5 1 4 xxx
x 2 xxx
Segunda
1 0 2 8 0
etapa

Operação DM UM C D U
+1
1 5 4 2
+ 1 0 2 8 0
Resultado 1 1 8 2 2

Resposta: 514 x 23 = 11.822.

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Qual o resultado das seguintes operações?
a) 86 x 5
b) 45 x 9
c) 35 x 45
d) 56 x 95
e) 434 x 62
f) 365 x 45
g) 235 x 128

Espaço para anotações


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

115
Aula
HABILIDADE:
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou

10
divisão de números naturais

CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Divisão

Vamos começar por um exemplo bem simples: dividir 36 por 3.


No processo de divisão, o número 36 é denominado de dividendo e o número
3 é chamado de divisor. O resultado de uma divisão é chamado de quociente.
Inicialmente para facilitar a compreensão, vamos usar o quadro de ordens
para anotar os algoritmos do dividendo e do quociente, formando grupos inteiros
com as dezenas e com as unidades, quando for possível.
Como 36 tem duas ordens, vamos iniciar pela maior ordem:
É possível formar 3 grupos inteiros com 3 dezenas? Sim, e cada grupo terá
uma dezena.
Sobrará alguma dezena que não possa ser dividida por 3? Não, porque 1 x 3 = 3
e 3 - 3 = 0. Não sobrará nenhuma dezena.

Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
3 6 1
- 3
Resto 1 0

Já dividimos as e dezenas e não sobrou nenhuma, vamos passar agora para a


divisão das unidades:
Na direção do zero, vamos anotar as 6 unidades.
É possível formar 3 grupos com 6 unidades? Sim. É possível formar 3 grupos
de 2 unidades.
Sobrará alguma unidade que não possa ser dividida por 3? Não. Porque 2 x 3 =
6 e 6 - 6 = 0. Não sobrará nenhuma unidade.

116
Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
3 6 Quociente 1 2
- 3
Resto 1 0 6
- 6
Resto 2 0 0

Como não sobrou nenhuma unidade, o resultado da divisão de 36 por 3 é igual


a 12, ou seja: 36 / 3 = 12.

Segundo exemplo: vamos dividir 48 por 4.


Vamos fazer direto a divisão:
Quanto é 4 dividido 4? 4 / 4 = 1. Sobra resto? Não. Porque 1 x 4 = 4 e 4 - 4 = 0.
Quanto é 8 dividido 4? 8 / 4 = 2. Sobra resto? Não. Porque 2 x 4 = 8 e 8 - 8 = 0.

Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
4 8 Quociente 1 2
- 4
Resto 1 0 8
- 8
Resto 2 0 0

Com a divisão não teve resto, o resultado da divisão de 48 por 4 é igual a 12, ou
seja, 48 / 4 = 12.

Terceiro exemplo: vamos dividir 81 por 3.


É possível formar 3 grupos inteiros com 8 dezenas? Sim. Cada grupo terá 2
dezenas. Sobra resto? Sim, sobrarão 2 dezenas. Porque 2 x 3 = 6 e 8 - 6 = 2.
As 2 dezenas que sobraram se juntarão à 1 unidade, formando 21 unidades. É
possível formar 3 grupos inteiros com 21 unidades? Sim. Cada grupo terá 7 unidades.
Sobra resto? Não. Porque 7 x 3 = 21 e 21 - 21 = 0.

117
Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
8 1 Quociente 2 7
- 6
Resto 1 2 1
- 2 1
Resto 2 0 0

Com a divisão não teve resto, o resultado da divisão de 81 por 3 é igual a 27, ou
seja, 81 / 3 = 27.

Quarto Exemplo: dividir 86 por 5.


É possível formar 5 grupos inteiros com 8 dezenas? Sim. Cada grupo terá 1
dezena. Sobra resto? Sim, sobrarão 3 dezenas. Porque as 3 dezenas que sobraram se
juntarão com às 6 unidades, formando 36 unidades.
É possível formar 3 grupos inteiros com 36 unidades? Sim. Cada grupo terá 7
unidades. Sobra resto? Sim. Sobrará 1 unidade. Porque 7 x 5 = 35 e 36 - 35 = 1.

Dividendo Divisor 5
Operação /
D U D U
8 6 Quociente 1 7
- 5
Resto 1 3 6
- 3 5
Resto 2 0 1

Nesse caso, como não teremos uma divisão exata. Então podemos dizer que o
resultado da divisão de 86 por 5 é igual a 17, com resto de 1 unidade.
Para reforçar a compreensão, vamos fazer as seguintes divisões, sem uso do
quadro de ordens:
a) 96 / 5
b) 85 / 4
c) 972 / 4

Resolução:
a) Vamos começar pelas dezenas: 9 dividido por 5 é igual a 1, sobra 4
Veja: 1 x 5 = 5 e 9 - 5 = 4
As 4 dezenas de sobraram se agrupam com as 6 unidades. Ficam 46 unidades
46 dividido por 5 é igual a 9 e sobra 1 de resto, pois 9 x 5 = 45 e 46 - 45 = 1
Logo, 96 / 5 = 19 e resta 1

118
Dividendo Divisor 5
Operação /
D U D U
9 6 Quociente 1 9
- 5
Resto 1 4 6
- 4 5
Resto 2 0 1

b) Vamos começar pelas dezenas: 8 dividido por 4 é igual a 2


Não sobra resto, pois 2 x 4 = 8 e 8 - 8 = 0
Como não teve sobra de unidade, ficam 5 dividido por 4, que é igual a 1 e sobra 1 de
resto, pois 1 x 4 = 4 e 5 - 4 = 1
Logo, 85 / 4 = 21 e resta 1

Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
8 5 Quociente 2 1
- 8
Resto 1 0 5
- 4
Resto 2 0 1

c) Note que o dividendo é composto por três ordens. Começaremos pela maior que
é a ordem das centenas.
9 / 4 = 2 com resto 1, pois 2 x 4 = 8 e 9 - 8 = 1
A centena que sobra se agrupa com as dezenas, ficando 17 / 4 = 4 e resto 1, pois 4 x 4
= 16 e 17 - 16 = 1
A dezena que resta se agrupa com as unidades, ficando 12 / 4 = 3 sem resto, pois 3 x
4 = 12 e 12 - 10 = 0
Logo, 972 / 4 = 243

119
Dividendo Divisor 4
Operação /
C D U C D U
9 7 2 2 4 3
- 8
Resto 1 1 7
- 1 6
Resto 2 0 1 2
- 1 2
Resto 3 0 0 0

Mostre que você compreendeu:


01. Efetue as seguintes divisões:
a) 85 / 5
b) 97 / 8
c) 674 / 4
d) 834 / 9

Espaço para anotações


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120
Aula
HABILIDADE:
D21. Resolver problema com números

11
naturais, envolvendo diferentes significados
da multiplicação ou divisão: multiplicação
comparativa, ideia de proporcionalidade,
configuração retangular e combinatória

CONTEÚDO(S):
Problemas envolvendo as ideias de multiplicação

Trataremos dos três significados mais importantes por meio de alguns pro-
blemas.
01. Os irmãos José e João resolveram juntar suas economias para comprar uma
coleção de figurinhas que tanto desejam. Eles decidiram economizar 13 reais por
semana durante 5 semanas para poder comprar a coleção. Qual o valor total que
eles devem economizar para comprar as figurinhas?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de parcelas iguais: eles devem economizar o
mesmo valor durante 5 semanas: 13 + 13 + 13 + 13 + 13 = 65.
Essa ideia pode ser traduzida na forma de multiplicação: 5 x 13 = 65.
Ou seja, eles precisam economizar 65 reais para comprar a coleção de figurinhas.

02. A professora de Julia comprou 7 livros, cada livro


com 92 páginas, ao todo, quantas páginas possuem
os livros?
Resolução:
Esse problema também nos remete à ideia de adição
de parcelas iguais: 92 + 92 + 92 + 92 + 92 + 92 + 92 = 644
ou 7 x 92 = 644.

03. Em uma sala de aula, as carteiras dos estudantes estão organizadas em sete
fileiras, sendo que cada fileira tem seis carteiras. Quantas carteiras de estudantes
tem nessa sala de aula?

121
Resolução:
Este problema está associado à ideia de configuração retangular. Imagine se a sala
fosse uma malha quadriculada e cada quadrícula representasse uma certeira de es-
tudante. Assim:

Para calcular a área desse retângulo, não é necessário contar cada quadrículo e sim
multiplicar o número de linhas pelo número de colunas: 7 x 6 = 42.
No caso da sala de aula que tem 7 fileiras e cada fileira tem 6 carteiras, para calcular o
número de carteiras, também basta multiplicar o número de carteiras pelo número
de fileiras. Logo, a sala terá: 7 x 6 = 42 carteiras.

04. No dia de seu aniversário, Marcos ganhou um vale presente para comprar uma
calça e uma camisa na loja de dona Mariana. Dona Mariana dispõe de 5 modelos
de calças e 7 modelos de camisas. De quantas formas diferentes Marcos pode es-
colher uma calça e uma camisa para pagar com o vale presente?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de raciocínio combinatório. Nesse tipo de pro-
blema a solução é obtida multiplicando o número de possibilidades de modelos de
calças pelo número de possibilidades de modelos de camisas.
Assim, Marcos terá 7 x 5 = 35 formas diferentes de escolher uma calça e uma camisa
entre os modelos disponíveis.

05. Um copo descartável tem capacidade para 180 mililitros de líquido. Quantos
mililitros de líquido são necessários para encher 4 copos de mesma capacidade?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de proporcionalidade. Nesse tipo de problema
a solução é obtida pela multiplicação pelo fator de proporcionalidade. Se um copo
tem capacidade de 180 mL, quatro copos terão 4 x 180 = 720 mL de líquido. Assim
serão necessários 720 mL para encher quatro copos.

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. No caminho de casa para a escola, Mariana passou por 32 caminhões de trans-
porte de carga pesada. Os caminhões eram todos do mesmo modelo. Mariana
observou que o último caminhão possuía 10 pneus e ficou interessada em calcular
o total de pneus de todos os 32 caminhões. Qual o total de pneus encontrado por
Mariana?
Resolução:
Se um caminhão possui 10 pneus, então 32 caminhões possuem 32 x 10 = 320 pneus.
Efetuando o cálculo pela conta armada:

122
Operação UM C D U

3 2
x 0
Primeira
0 0
etapa

Operação UM C D U

3 2 xxx
x 1 xxx
Segunda
3 2 0
etapa

Operação UM C D U

0 0
+ 3 2 0
Resultado 3 2 0

02. A lanchonete da Gigi resolveu fazer uma promoção e divulgou o seguinte car-
taz:

De acordo com a promoção do dia, de quantas formas diferentes uma pessoa pode
fazer um pedido contendo um salgado, uma bebida e uma sobremesa?
Resolução:
Usando o raciocínio combinatório, a solução é o produto de todas as possibilidades:
Salgado 5 x Bebida 3 x Sobremesa 2

123
Então, terá 5 x 3 x 2 = 30 formas diferentes de fazer um pedido.

03. Em um auditório, as cadeiras estão organizadas em 9 fileiras com 100 cadeiras


em cada uma. Qual é o número total de cadeiras desse auditório?
A) 90
B) 900
C) 9.000
D) 9.100

04. Um edifício tem 12 andares com 15 salas por andar. Quantas salas há nesse
edifício?
A) 27
B) 72
C) 170
D) 180

05. Em uma viagem, um caminhão transporta 2.250 tijolos. Quantos tijolos trans-
portará em 35 viagens, levando sempre essa quantidade?
A) 76.550
B) 77.750
C) 78.750
D) 78.785

Espaço para anotações


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
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124
Aula
HABILIDADE:
D21. Resolver problema com números

12
naturais, envolvendo diferentes significados
da multiplicação ou divisão: multiplicação
comparativa, ideia de proporcionalidade,
configuração retangular e combinatória

CONTEÚDO(S):
Problemas envolvendo as ideias de divisão

Nesta aula trataremos dos principais significados associados à divisão – ideia


de repartição equitativa e de medida –, explorando cada uma delas na resolução dos
problemas abaixo.
01. Um feirante comprou 96 abacaxis e resolveu distribui-los em 4 caixotes. Quan-
tos abacaxis ficarão em cada caixote?
Resolução:
Esse problema nos remete à ideia de distribuir em partes iguais. O resultado da divi-
são pode ser obtido pela efetuação da conta armada para 96 / 4. Veja:

Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
9 6 Quociente 2 4
- 8
Resto 1 1 6
- 1 6
Resto 2 0 0

Portanto, cada caixote terá 24 abacaxis.

02. Seu Pedro recebeu um carregamento de 741 tijolos para terminar de fazer 3
muros. Ele separou os tijolos em 3 pilhas com quantidade iguais de tijolos. Quan-
tos tijolos ele colocou em cada pilha?
Resolução:
Raciocínio semelhante ao usado na questão anterior. Precisamos dividir 741 tijolos
em 3 pilhas.

125
Dividendo Divisor 3
Operação /
C D U C D U
7 4 1 2 4 7
- 6
Resto 1 1 4
- 1 2
Resto 2 0 2 1
- 2 1
Resto 3 0 0 0

Cada pilha terá 247 tijolos

03. Dez amigos foram a uma pizzaria e a conta deu R$ 130,00. A conta foi dividida
igualmente entre eles. Quanto cada um deles pagou?
Resolução:
Neste caso, precisamos dividir a conta de 130 reais igualmente entre os 10 amigos.

Dividendo Divisor 10
Operação /
C D U C D U
1 3 0 0 1 3
- 1 0
Resto 1 0 3 0
- 3 0
Resto 2 0 0 0

Cada um dos 10 amigos pagará R$ 13,00.

04. 208 pessoas vão participar de uma gincana em que serão formados 16 grupos
com a mesma quantidade de pessoas. Quantas pessoas ficarão em cada grupo?
Resolução:
Esse problema está associado a ideia de medida. Poderíamos perguntar da seguinte
forma: quantas vezes 16 cabe em 208. A resposta é o quociente da divisão de 208 por
16.

126
Dividendo Divisor 16
Operação /
C D U C D U
2 0 8 0 1 3
- 1 6
Resto 1 0 4 8
- 4 8
Resto 2 0 0 0

Cada grupo terá 13 pessoas.

05. Guardar 72 ovos em caixas iguais. Cada caixa pode conter 12 ovos. Quantas
caixas serão necessárias? Sobrarão ovos?
Resolução:
Esse problema também está associado a ideia de medida: quantas vezes 12 cabe em
72. A resposta é o quociente da divisão de 72 por 12.

Dividendo Divisor 12
Operação /
D U D U
7 2 Quociente 0 6
- 7 2
Resto 1 0 0

Serão necessárias 6 caixas e não sobrará ovos.

06. Para o aniversário de Gláucia, sua mãe mandou fazer 1.525 salgadinhos, que
devem ser colocados em bandejas. Em cada bandeja podem ser colocados 36 sal-
gadinhos. Quantas bandejas completas podem ser formadas? Vão sobrar salgadi-
nhos fora das bandejas? Quantos?
Resolução:
Esse problema também está associado a ideia de medida: quantas vezes 36 cabem
em 1.525

127
Divi-
Opera- Dividendo 36
/ sor
ção
UM C D U UM C D U
1 5 2 5 0 0 4 2
- 1 4 4
Resto 1 0 0 8 5
- 7 2
Resto 2 1 3

Serão necessárias 42 bandejas e ainda ficarão 13 salgadinhos fora das bandejas.

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Quantas equipes de vôlei, com 6 jogadoras cada uma, podem ser formadas por
48 alunas?

02. Ricardo tem 432 bombons para guardar em 18 caixas. Quantos bombons ele
deve colocar em cada caixa?

03. Uma empacotadora quer colocar 368 pacotes de biscoito em 15 caixas. To-
das as caixas devem ficar com o mesmo número de pacotes. Quantos pacotes de
biscoito devem ser colocados em cada caixa? Sobrarão pacotes fora das caixas?
Quantos?

04. O diretor de esportes de um clube comprou 25 bolas de voleibol para a catego-


ria mirim do clube. Quanto custou cada bola, se ele pagou 2.050 reais pela compra.

05. Em uma fábrica de copos, os produtos são embalados em pacotes com 6 uni-
dades e colocados em caixas. Em determinado dia foram embalados 768 copos.
Quantos pacotes de 6 copos foram feitos nesse dia?

Espaço para anotações


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128
Aula
HABILIDADE:
D22. Identificar diferentes representações de um

13
mesmo número racional

CONTEÚDO(S):
Número racional e suas diferentes representações:
fracionária, decimal e percentual

REPRESENTANDO NÚMEROS RACIONAIS


Todo número racional pode ser representado em forma de fração, na forma
decimal e forma de porcentagem.
Considere a figura a seguir que foi dividida em dez partes iguais.
Cada uma dessas partes pode ser indicada por uma fração: 1/10.

Podemos representar cinco dessas partes de cor amarela por um número na


forma decimal ou na forma de porcentagem.
5/10 = 0,5 = 50%
Todas essas representações correspondem a cinco das 10 partes do inteiro.
Acompanhe essa situação: a mãe de Rafael preparou uma pizza e a dividiu em
5 pedaços iguais. Rafael comeu 1 pedaço dessa pizza. A figura abaixo representa a
parte que sobrou.

Imagem disponível em: https://www.shutterstock.com/

129
Represente a quantidade de pizza que Rafael comeu usando números racio-
nais na forma de fração e na forma decimal.
A pizza foi dividida em 5 pedaços de mesmo tamanho. Rafael comeu um pe-
daço, ou seja, 15. A representação decimal dessa fração é 0,2 da pizza.

RELEMBRANDO UM POUCO...
Na indicação de um número na forma de fração, o número abaixo do traço
chama-se denominador e representa a quantidade de partes iguais em que o inteiro
foi dividido. Numerador é o nome dado ao número localizado acima do traço. Ele re-
presenta a quantidade de partes tomadas do inteiro.

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Com base nessas informações anteriores, represente na forma de fração o que
está destacado nas figuras.

02. Agora, leia o texto: uma pesquisa feita pelo CEMPRE (Compromisso Empresa-
rial para Reciclagem) revelou que em 2018 havia 1227 municípios brasileiros com
programas de coleta seletiva de lixo. Veja o gráfico abaixo da distribuição desses
municípios nas regiões brasileiras.

03. Agora, represente na forma de fração as outras porcentagens.


a) 1%
b) 4%
c) 42%
d) 45%

04. Em um número na forma de fração, quando dividimos o numerador pelo deno-


minador, encontramos a representação decimal desse número: 1/100 = 0,01 (1/100

130
= 0,01). Usando essa ideia, complete as lacunas com os valores correspondentes:
a) 3% = _______ ou _______
b) 9% = _______ ou _______
c) 54% = _______ ou _______
d) 92% = _______ ou _______

Espaço para anotações


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131
Aula
HABILIDADE:
D25. Resolver problema com números racionais

14
expressos na forma decimal envolvendo diferentes
significados da adição e subtração

CONTEÚDO(S):
Adição e subtração de números decimais

Adição de números decimais


O que vamos aprender?

Resolver problemas com adição e subtração de números decimais. Começa-


remos com a adição.
Veja esse problema:
01. Uma menina comprou uma barra de chocolate dividida em 10 partes iguais. No
1° dia comeu equivalente a 0,2 (dois décimos). No dia seguinte comeu uma quan-
tidade de chocolate equivalente a 0,25 (vinte e cinco centésimos) e, finalmente,
comeu equivalente a 0,125 (cento e vinte e cinco milésimos). Que quantidade de
chocolate a menina comeu?
O que fazer para resolvermos esta situação?
Primeiramente, vamos colocar os números no quadro de ordens e logo a se-
guida adicionar, lembrando que na representação decimal, a parte ingerira é separa-
da da parte decimal por uma vírgula.

PARTE INTEIRA PARTE DECIMAL


Unidade U Décimos d Centésimos c Milésimos m
0 2
0 2 5
0 1 2 5
0 5 7 5

FIQUE ATENTO!
Da direita para a esquerda:
• Soma-se os algarismos dos milésimos. Como temos apenas o algarismo 5,
a soma será igual a 5.
• Soma-se os algarismos dos centésimos: 5 + 2 = 7.
• Soma-se os algarismos dos décimos: 2 + 2 + 1 = 5.

132
• Soma-se os algarismos dos unidades: 0 + 0 + 0 = 0.
Sendo assim, a menina comeu uma quantidade equivalente a 0,575 (quinhen-
tos e setenta e cinco milésimos) de chocolate.
Vamos resolver esta situação através de outra maneira.

Você está percebendo como adicionar números decimais?


Então, veja esta outra situação:
02. Júnior gastou R$0,90 (noventa centavos) com petecas, R$4,50 (quatro reais e
cinquenta centavos) com pipas e R$1,70 (um real e setenta centavos) com linha.
Quanto Júnior gastou?
Observe como resolver esta situação.

Operação Unidade U Décimos d Centésimos c Milésimos m


0 9 0
4 5 0
+ 1 7 0
Resultado

Da esquerda para a direita:


• Ordem dos centésimos: 0 + 0 + 0 = 0
• Ordem dos décimos: 9 + 5 + 7 = 21 (vão duas unidades).
• Ordem das unidades: 2 + 0 + 4 + 1 = 7

Operação Unidade U Décimos d Centésimos c Milésimos m


+2
0 9 0
4 5 0
+ 1 7 0
Resultado 7 1 0

Júnior gastou R$ 7,10 (sete reais e dez centavos).

03. Um eletricista comprou um rolo de fio elétrico de 76,5 metros para fazer algu-
mas instalações. Na primeira instalação utilizou 14,03 metros de fio, depois usou
7,08 metros e finalmente 0,75 metros. Quantos metros de fio foram utilizados?
Veja como resolver, iniciando com a representação dos números correspondentes à

133
metragem utilizada no quadro de ordens.

Operação Dezena D Unidade U Décimos d Centésimos c

1 4 0 3
7 0 8
+ 0 7 5
Resultado

Observe no quadro de ordens, que a parte inteira é composta por dezenas e unida-
des e a parte decimal, composta por décimos e centésimos.
Iniciando a adição pela menor ordem:
• Ordem dos centésimos: 3 + 8 + 5 = 16 (vai um décimo)
• Ordem dos décimos: 1 + 0 + 0 + 8 = 8
• Ordem das unidades: 4 + 7 + 0 = 11 (vai 1 dezena)
• Ordem das dezenas: 1 + 1 = 2

Operação Dezena D Unidade U Décimos d Centésimos c


+1 +1
1 4 0 3
7 0 8
+ 0 7 5
Resultado 2 1 8 6

Então, o eletricista usou 21,86 metros de fio.


Você deve ter percebido que para adicionar números decimais, devemos organizar
vírgula debaixo de vírgula e ordem de baixo de ordem: milésimos debaixo de milé-
simos, centésimos debaixo de centésimos, décimos debaixo de décimos, unidades
debaixo de unidades e assim por diante.

04. Para melhor compreender o algoritmo da adição com números decimais, va-
mos efetuar as seguintes contas:
a) 15,705 + 23,004 + 5,7
b) 2,15 + 3,1 + 7,923
Resolução:
Vamos calcular sem o quadro de ordens, mas tendo o cuidado de colocar vírgula
debaixo de vírgula e cada ordem debaixo da ordem correspondente e completar as
ordens menores com zero:
a) milésimos: 5 + 4 = 9
centésimo: 0 + 0 = 0
décimos: 7 + 0 + 7 = 14 (vai 1)

134
unidades: 1 + 1 + 3 + 5 = 10 (vai 1)
dezenas: 1 + 5 + 2 = 8

Operação D U d c m
+1 +1
1 5 7 0 5
2 3 0 0 4
+ 5 7 0 0
Resultado 4 4 4 0 9

15,705 + 23,004 + 5,7 = 44,409

b) milésimos: 0 + 0 + 3 = 3
centésimo: 5 + 0 + 2 = 7
décimos: 1 + 1 + 9 = 11 (vai 1)
unidades: 1 + 2 + 3 + 7 = 13

Operação D U d c m
+1 +1
2 1 5 0
3 1 0 0
+ 7 9 2 3
Resultado 1 3 1 7 3

2,15 + 3,1 + 7,923 = 13,173

05. Beatriz pesava 44,225 kg e engordou 2,65 kg. Qual o peso atual de Beatriz?
Resolução:
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:

Operação D U d c m

4 4 2 2 5
+ 2 6 5 0
Resultado 4 6 8 7 5

Precisamos calcular 44,225 + 2,65 = 46,875

135
06. Depois de percorrer 235,605 quilômetros com seu carro, o pai de André parou
em um posto de gasolina. Ele verificou, então, que ainda faltavam 166,497 quilô-
metros para chegar ao seu destino. Qual é a distância total a ser percorrida por
Neide?
Resolução:
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:

Operação C D U d c m
+1 +1 +1 +1 +1
2 3 5 6 0 5
+ 1 6 6 4 9 7
Resultado 4 0 2 1 0 2

Precisamos calcular 235,605 + 166,497 = 402,102 km

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Calcule as somas:
a) 70,987 + 32,906 + 15
b) 1,675 + 0,067 + 0,307

02. Para fazer um tapete, Maria usou 1,34 m de barbante preto, 8,5 m de barbante
vermelho e 1,55 m de barbante verde. Quantos metros de barbante ela usou ao
todo para fazer esse tapete?
A) 2,89 m
B) 9,84 m
C) 10,05 m
D) 11,39 m

03. Carolina media 1,25 m e cresceu 0,37 m. A sua altura passou a ser:
A) 0,88 m
B) 1,52 m
C) 1,62 m
D) 1,63 m

04. Os irmãos Carolina, Joaquim e Vania foram almoçar em um restaurante self


service. Após se servirem das opções que o restaurante oferecia, o prato de Caroli-
na pesou 0,865 kg, o prato de Joaquim pesou 1,11 kg e o prato de Vânia pesou 0,675
kg. Qual o peso total das refeições dos três irmãos?

136
Aula
HABILIDADE:
D25. Resolver problema com números racionais

15
expressos na forma decimal envolvendo diferentes
significados da adição e subtração

CONTEÚDO(S):
Adição e subtração de números decimais

Subtração de números decimais


O que vamos aprender?

Na aula de hoje veremos problemas com subtração de números decimais.


Veja esse problema:
01. José possui R$ 8,56 (oito reais e cinquenta e seis centavos) e Graça R$ 5,15 (cin-
co reais e quinze centavos). Quanto José possui a mais que Graça?
Quando estudamos números naturais vimos como fazer uma subtração. No
caso de números decimais devemos proceder da mesma maneira.
Observe a representação no quadro de ordens.

PARTE INTEIRA PARTE DECIMAL


Unidade U Décimos d Centésimos c Milésimos m
8 5 6 0
5 1 5 0

Para resolver este problema, precisamos efetuar a subtração 8,56 - 5,15.


Iniciando da menor para a maior ordem:
• centésimos: 6 − 5 = 1
• Décimos: 5 − 1 = 4
• Unidades: 8 − 5 = 3
No quadro de ordens o resultado é 8,56 - 5,15 = 3,41

Operação D U d c m
8 5 6 0
- 5 1 5 0
Resultado 3 4 1 0

137
Assim, José possui R$ 3,41 (três reais e quarenta e um centavos) a mais que
Graça.
Deu para perceber como subtrair números decimais?
Então, tente resolver as situações a seguir.
02. Carlinhos percorreu uma distância 1.827 metros de bicicleta e seu irmão per-
correu 1.346,8 metros. Quantos metros Carlinhos percorreu a mais que seu irmão?
Para sabermos quantos metros Carlinhos percorreu a mais que o irmão, va-
mos realizar a subtração entre as unidades de medidas.
Igualamos as casas decimais, colocando o zero na casa dos décimos.

Operação UM C D U d
1 8 2 7 0
- 1 3 4 6 8
Resultado

Para resolver o problema, precisaremos efetuar a subtração 1 827,0 - 1 346,8.


Devemos fazer os cálculos da menor para a maior ordem:
• Décimos: 0 − 8. Não é possível tirar 8 de 0. Precisamos desagrupar a ordem
das unidades e agrupar na ordem dos décimos (isso que chamamos “pedir
1 emprestado”). Na ordem dos décimos teremos agora que efetuar 10 − 8,
que é igual a 2.
• Unidades: como emprestamos 1 unidade para a ordem dos décimos, deve-
mos efetuar a seguinte subtração: 6 − 6 = 0.
• Dezenas: precisamos efetuar 2 − 4, mas não é possível tirar 2 de 4. Precisa-
mos desagrupar a ordem das centenas e agrupar na ordem das dezenas,
ficando com 12 dezenas. Agora, sim, podemos fazer o cálculo 12 − 4 = 8.
• Centenas: como emprestamos uma centena para a ordem das dezenas, re-
taram apenas 8 centenas. O cálculo agora é 7 − 3 = 4.
• Milhares: 1 − 1 = 0
Veja no quadro o resultado da operação:

Operação UM C D U d
1 87 2 12 76 0 10
- 1 3 4 6 8
Resultado 0 4 8 0 2

Portanto, Carlinhos percorreu 480,2 metros a mais que seu irmão.

03. Para fixar a aprendizagem, vamos efetuar as seguintes subtrações:


a) 26,751 - 10,025
b) 9 - 3,75
Resposta:
a) Na ordem dos milésimos não é possível fazer 1 - 5. Precisamos pedir 1 décimo em-

138
prestado. Fica 10 - 5 = 5
Na ordem dos centésimos, fica 4 - 2 = 2
Décimos: 7 - 0
Unidades: 6 - 0
Dezenas: 2 - 1 = 1

Operação D U d c m
2 6 7 54 1 11
- 1 0 0 2 5
Resultado 1 6 7 2 6

26,751 - 10,025 = 16,726

b) Precisamos completar as ordens dos décimos e dos centésimos com 0.


Na ordem dos centésimos, não é possível fazer 0 - 5. Precisamos desagrupar a pró-
xima ordem possível, que é das 9 unidades. Desagrupamos uma unidade para a or-
dem dos décimos formado 10 décimos; em seguida desagrupamos esses 10 décimos
e agrupamos 1 décimo na ordem dos centésimos.

Operação D U d c m
98 09 0 10 0
- 3 7 5 0
Resultado 5 2 5 0

9 - 3,75 = 5,25

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Efetue as subtrações:
a) 125,281 - 80,175
b) 100 - 80,25

02. Joana comprou 7,5 m de tecido para fazer roupas. Deu para sua filha Mariana
2,55 m. Com quantos metros Joana ainda ficou?

03. (SPAECE). Para comprar um par de sapatos, Luiz pesquisou o preço em duas
lojas. Na loja “Só-botas”, o sapato custa R$ 178,30 e na loja “Só-sapatos”, o mesmo
sapato custa R$ 132,50. Qual é a diferença de preço desse sapato nessas duas lo-
jas?
A) R$ 46,80
B) R$ 46,20
C) R$ 45,80
D) R$ 45,20

139
04. Afonso mede 1,28 m e seu irmão, Adilson, mede 0,85 m. Qual é a diferença en-
tre a altura de Afonso e a de Adilson?
A) 0,09 m
B) 0,19 m
C) 0,24 m
D) 0,43 m

Espaço para anotações


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140
Aula
HABILIDADE:
D10. Num problema, estabelecer trocas entre

16
cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro,
em função de seus valores

CONTEÚDO(S):
Sistema Monetário do Brasil

Sistema Monetário do Brasil


O que vamos aprender?

Números decimais e frações, relacionando-os ao nosso sistema monetário.


Até agora, estudamos números naturais e outros que aparecem escritos com
vírgula. Esses números são chamados de decimais. Eles são úteis no sistema mone-
tário brasileiro.
Os números decimais estão presentes nos preços de mercadorias, quando
utilizamos a calculadora etc.

Imagem disponível em: http://www.sbembrasil.org.br/files/decimais.pdf.


Veja mais alguns exemplos de números decimais:
• O preço médio da gasolina nas bombas é de R$ 5,49.
• O dólar está sendo cotado hoje a R$ 5,23.
• Meu peso é 59,5 quilos. Você sabe quanto pesa? _____
• Minha altura é 1,65 metro. E a sua? _____
Você já estudou em aulas anteriores que o número decimal possui duas par-
tes: a que vem antes da vírgula é chamada de parte inteira e a após a virgula, chama-
da parte decimal ou casas decimais.
Chamamos a primeira casa após a vírgula de décimos, a segunda, de centési-
mos e a terceira de milésimos.
Veja o número: 1,54
Ele representa um inteiro, cinquenta e quatro centésimos. Vamos treinar?
Represente por extenso os números a seguir:
a) 1,5 ___________________________________

141
b) 1,50 __________________________________
c) 1,500 _________________________________
d) 2,444 ________________________________
e) 24,3 __________________________________
Comentários:
a) um inteiro e cinco décimos.
b) um inteiro e cinquenta centésimos.
c) um inteiro e quinhentos milésimos.
d) dois inteiros e quatrocentos e quarenta e quatro milésimos.
e) vinte e quatro inteiros e três décimos.

SISTEMA MONETÁRIO DO BRASIL


A moeda de um país é o meio que cada país controla todas as transações mo-
netárias. A moeda corrente do Brasil é o Real, que representamos por R$. O dinheiro
em circulação é composto por cédulas.

Fonte: https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/cedulasemitidas.

142
E moedas:

Fonte: https://www.casadamoeda.gov.br/
Com essas cédulas e moedas, podemos compor qualquer valor em dinheiro.
Veja alguns exemplos.
A loja Bom Esporte colocou as seguintes peças em promoção:

Fonte: https://www.edrawsoft.com/pt/
Vamos ler e escrever quanto valem essas quantias:
a) R$ 25,15: vinte cinco reais e quinze centavos
b) R$ 18,50: ________________________________
c) R$ 35,40: ________________________________
d) R$ 22,05: ________________________________
Veja algumas formas de representar essas quantias utilizando cédulas e moe-
das. Agora use as cédulas e as moedas e escreva a representação os valores a seguir.
a) R$ 25,15

143
b) R$18,50

c) R$ 35,40

144
d) R$ 22,05

Comentários: lê-se
a) R$ 25,15 (vinte e cinco reais e quinze centavos)
b) R$18,50 (dezoito reais e cinquenta centavos)
c) R$ 35,40 (trinta e cinco reais e quarenta centavos)
d) R$ 22,05 (vinte de dois reais e cinco centavos)

Agora vamos ver o que você aprendeu.


01. Beatriz comprou um picolé por R$ 4,50. Quais moedas ela utilizou para realizar
essa compra?
A) 1 moeda de 1 real, 3 moedas de 50 centavos e 2 moedas de 25 centavos.
B) 1 moeda de 1 real, 4 moedas de 50 centavos e 4 moedas de 25 centavos.
C) 1 moeda de 1 real, 5 moedas de 50 centavos e 4 moedas de 25 centavos.
D) 1 moeda de 1 real, 6 moedas de 50 centavos e 1 moeda de 25 centavos.

02. Flávia ganhou de seu pai R$ 5,00 em moedas diversas. Qual das respostas a
seguir representa esse valor?

03. (Provinha Brasil. Adaptada) Carol comprou uma caneta que custou três reais
e vinte e cinco centavos e pagou com moedas. Qual o conjunto de moedas que
Carol usou para o pagamento?

145
04. (Provinha Brasil. Adaptada) Kauan tem dez reais.

Qual a quantia representa o mesmo valor que Kauan possui?

05. (Provinha. Adaptada) Veja as moedas. Elas representam a quantia que João
tem.

146
REFERÊNCIAS CONSULTADAS

LÍNGUA PORTUGUESA

AI CINEMA. Quem é o anti-herói em uma trama e como identificá-lo?. Disponível


em: https://www.aicinema.com.br/anti-heroi/. Acesso em: 15 mar. 2023.

ALVES, Igor. Tipos de Narrador: onisciente, observador e personagem. Diferença.


Disponível em: https://www.diferenca.com/tipos-de-narrador/. Acesso em: 15 mar.
2023.

APRENDE BRASIL. Disponível em: https://educadores.aprendebrasilon.com.br/blo-


gassessoria/2020/07/04/trabalhando-os-elementos-da-narrativa/. Acesso em: 16 mar.
2023.

ARAÚJO, Ana Paula de. Mito ou lenda?. Info Escola. Disponível em: https://www.info-
escola.com/redacao/mito-ou-lenda/ . Acesso em: 12 mar. 2023.

AVENTURAS NA HISTÓRIA. Maurício de Sousa candidata-se à Academia Brasileira


de Letras. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-ho-
je/mauricio-de-sousa-candidata-se-academia-brasileira-de-letras.phtml. Acesso: em
17 mar. 2023.

BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar.
São Paulo: Ciranda Cultural, 2014.

BERRETA MARTINS, Andréia Cristina. Plano de aula: Conhecendo as lendas indí-


genas. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/planos-de-aula/funda-
mental/4ano/lingua-portuguesa/conhecendo-as-lendas-indigenas/4778. Acesso em:
12 mar. 2023.

CABRAL, Danilo Cezar. Quais são os principais deuses da mitologia indígena bra-
sileira?. Super Interessante, 23 mar. 2016. Disponível em: https://super.abril.com.br/
mundo-estranho/quais-sao-os-principais-deuses-da-mitologia-indigena-brasileira/.
Acesso em: 11 mar. 2023.

CARPANEDA, Isabella Pessôa de Melo. A conquista: língua portuguesa: 5º ano: ensi-


no fundamental: anos iniciais.1. ed. São Paulo: FTD, 2021.

CARPANEDA, Isabella Pessôa de Melo. Encontros língua portuguesa, 5º ano: ensino


fundamental, anos iniciais.1. ed. São Paulo: FTD, 2018.

CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte/São Pau-


lo, Itatiaia/Edusp. 1986. p.213. Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.
com/2017/08/textos-classicos-de-portugues-para-o.html. Acesso em: 15 mar. 2023.

CHAMBLAIN, Joris; NEYRET, Aurélie. Os diários de Amora, volume 1: o zoológico pe-


trificado. 1. ed. São Paulo: Nemo, 2022.

Coleção desafio língua portuguesa [livro eletrônico]: manual de práticas e acompa-


nhamento da aprendizagem: digital / organizadora Editora Moderna; obra coletiva
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