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GUIA DE ORIENTAÇÃO
São Luís – MA
2022
Caderno pedagógico 2023
Anos Iniciais - Língua Portuguesa e Matemática
DIAGRAMAÇÃO
Fabiel Lima
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
8
Data Atividade Habilidade
D2. Gêneros textuais diversos – Sinônimos, Hiperônimos
__ /__ /__ Aula 10 (termos genéricos) e Hipônimos (termos específicos)
como mecanismos de coesão
D4. Gêneros textuais variados; Interpretação e Inferên-
__ /__ /__ Aula 11
cia textual
__ /__ /__ Aula 12 D6. Gêneros textuais diversos. Distinção: tema x título
__ /__ /__ Teste 3 D2, D4 e D6
D7. Textos narrativos. Elementos da narrativa – ação, es-
__ /__ /__ Aula 13
paço, tempo. Gênero textual: conto
D7. Elementos da narrativa – tipos de narrador. Gênero
__ /__ /__ Aula 14
textual: conto de humor
D7. Elementos da narrativa – personagens (protagonis-
__ /__ /__ Aula 15 ta, antagonista e secundário). Gênero textual: conto po-
pular
D7. Elementos da narrativa – discurso direto e indireto.
__ /__ /__ Aula 16
Gênero textual: miniconto
__ /__ /__ Teste 4 D7
1
fato
CONTEÚDO(S):
Artigos de opinião (conceito, característica,
exemplos)
ARTIGOS DE OPINIÃO
10
PRÉ-ADOLESCENTE É CRIANÇA?
Aproveite o finalzinho da infância, pois ela não volta nunca mais
11
ESTRUTURA DO ARTIGO DE OPINIÃO
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VAMOS PRATICAR
Professor/a, proponha aos (às) estudantes que escolham um dos temas apre-
sentados ou poderão ainda, em conjunto, propor temas relevantes do momento ou
aqueles que os(as) estudantes solicitarem que sejam acrescentados para que produ-
zam um artigo de opinião. Oriente-os(as) quanto à estrutura dos artigos de opinião e da
importância deles(as) apresentarem suas opiniões a respeito do tema escolhido. Apre-
sente, ainda, que devem estar atentos quanto à escolha do tema, que deverá atrair o
leitor, podendo ser polêmico ou instigante.
13
Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse
2
fato
CONTEÚDO(S):
Distinção: fato x opinião
14
Após a leitura, faça os seguintes questionamentos aos/às estudantes:
• Qual foi a opinião do primeiro menino sobre o animal?
O menino disse que se tratava de um rato e que ele deveria ser morto.
• O outro menino pesquisou sobre o animal e a qual conclusão ele chegou?
O outro menino, após ter pesquisado, compreendeu que não se tratava de
um rato e sim de um sariguê.
• Você sabe diferenciar um fato de uma opinião?
Resposta pessoal.
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A RAPOSA E AS UVAS III
FIQUE ATENTO!
VAMOS PRATICAR
01. Leia as frases abaixo retiradas de textos e coloque (F) para FATO ou (O) para OPI-
NIÃO.
A) ( ) De um modo geral, as biografias contam sobre a vida de alguém.
B) ( ) O vírus pode se espalhar pela boca ou pelo nariz de uma pessoa infectada.
C) ( ) Eu considero a soneca ótima para quem vai trabalhar à tarde.
D) ( ) O primeiro dia do programa Mais Médicos foi marcado por faltas e desistências.
16
E) ( ) Para mim, a agricultura é mais importante do que a pecuária.
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Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse
3
fato
CONTEÚDO(S):
O ADJETIVO na construção da opinião
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Professor/a, apresente aos/às estudantes a frase abaixo:
FIQUE ATENTO!
A ROTINA DIGITAL
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Professor/a, após a leitura do texto, faça as seguintes perguntas aos/
às estudantes:
• De que trata o texto lido?
• O texto trata sobre a utilização de dispositivos digitais.
• Identifique, no texto, três adjetivos.
• Os adjetivos presentes no texto são: impossível, conectado, sim-
ples, interligado, educativos, fundamental, digital.
• Você conseguiu identificar a opinião do autor do texto? Caso te-
nha identificado, cite um trecho do texto em que conseguiu ve-
rificar a opinião do autor.
• É possível identificar a opinião do autor nos trechos:
• “É impossível fugir de um mundo tão conectado neste século”.
• “O incentivo a políticas públicas que visem ampliar o acesso deve
ser prioridade dos governantes”.
• “Portanto, é fundamental introduzir crianças e jovens no mundo
digital, tanto em relação à internet quanto a programas que incen-
tivem o estudo”.
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VAMOS PRATICAR
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Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse
4
fato
CONTEÚDO(S):
Resenha Crítica
RESENHA CRÍTICA
RESENHA CRÍTICA
A resenha crítica possui como objetivo avaliar uma obra (livros, artigos, filmes,
séries, documentários, exposições de artes, peças teatrais, apresentações de dan-
ça, shows) e informar o leitor sobre uma opinião, a do/a resenhista, que sintetiza as
ideias e expõe suas apreciações. É um gênero textual informativo, descritivo e opina-
tivo sobre uma obra.
A resenha possui um resumo acerca da obra e apresenta críticas pontuais a
respeito de diferentes elementos desta, sendo que as críticas poderão ser tanto po-
sitivas como negativas.
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Professor/a, faça a leitura do texto abaixo com os/as estudantes e,
após, os questionamentos seguintes.
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Questão 2
O primeiro parágrafo do texto é:
A) uma opinião sobre o livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
B) uma descrição do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
C) um trecho do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
D) uma comparação sobre o livro “Uma Chapeuzinho Vermelho” e a história original.
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• Importante: As resenhas críticas possuem a intenção de influenciar os/as
leitores/as e, por esse motivo, é nesse espaço que o/a resenhista deverá apre-
sentar os seus argumentos, indicando suas percepções negativas ou posi-
tivas da obra, sempre explicando o motivo daquilo que constatou. Caso a
resenha crítica não tenha a apresentação de um posicionamento do/a rese-
nhista, ela poderá ser considerada uma síntese ou resumo.
• Conclusão: apresenta o fechamento das ideias e geralmente trata-se de um
parágrafo pequeno. É o momento de sintetizar e opinar sobre alguns aspec-
tos da obra, mesmo que a opinião tenha sido exposta no desenvolvimento,
dentre eles: relevância da obra e do tema na atualidade, pontos positivos e
negativos, principais contribuições para o público, comparações com outras
obras, etc.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/resenha-critica/. Acesso em:12 mar. 2023.
VAMOS PRATICAR
Escreva uma resenha crítica sobre algum filme que você já assistiu e achou interes-
sante. Se puder, assista-o novamente prestando atenção na história, nos personagens,
cenário, costumes, efeitos espaciais, tempo e etc.
IMPORTANTE: Não esqueça de estar atento às orientações estudadas para que você
elabore um bom texto.
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Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse
5
fato
CONTEÚDO(S):
Operadores e modalizadores discursivos.
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Disponível em: https://grupoautentica.com.br/nemo/quadrinhos/os-diarios-de-amora/1526. Acesso
em:12 mar. 2023.
Diário pessoal é um gênero textual caracterizado pela presença de relatos.
De caráter intimista, nele, podemos encontrar registros informais de ações, fatos,
emoções e opiniões, respeitando uma ordem cronológica. O memorialismo é uma
de suas principais características e a indicação de data serve tanto para demarcar
o tempo dos acontecimentos, como para o registro deles, de modo que quem o es-
creveu possa se lembrar com mais facilidade de quando os fatos aconteceram. Vo-
cativo e assinatura ao final também podem ser outros aspectos. Os tempos verbais
predominantes são os que expressam o passado. Além disso, esse gênero também
apresenta várias marcas de subjetividade (como pronomes e formas verbais de 1ª
pessoa).
No diário ficcional o relato não é da vida do próprio autor. Ele escreve o livro,
cria uma história na qual uma personagem faz o relato. Além disso, diferentemente
do diário pessoal, o ficcional nem sempre apresenta a data de uma maneira precisa
(dia, mês e ano), assim como pode suprimir algum outro elemento.
Nos livros, Os diários de Amora e Diário de Aventuras da Ellie, Amora e Ellie,
respectivamente, são as narradoras e quem “escrevem” os diários, relatando o que
ocorre na história. O primeiro livro é de autoria de Joris Chamblain e Aurélie Neyret,
e o segundo é de Ruth Mcnally Barshaw.
Fragmento 1. Os diários de Amora.
CHAMBLAIN, Joris; NEYRET, Aurélie. Os diários de Amora, volume 1: o zoológico petrificado. 1. ed. São
Paulo: Nemo, 2022.
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Fragmento 2. Os diários de Amora
CHAMBLAIN, Joris; NEYRET, Aurélie. Os diários de Amora, volume 1: o zoológico petrificado. 1. ed. São
Paulo: Nemo, 2022.
No fragmento 1, o assunto são as amigas da protagonista, Line e Érica, como se
conheceram e as características de Line. Já no fragmento 2, é falado sobre a senhora
Desjardins, uma escritora conhecida que inspirou a narradora da trama, Amora.
Fragmento 3. Diário de Aventuras da Ellie.
BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 26.
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Fragmento 4. Diário de Aventuras da Ellie.
BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 27
Fragmento 5. Diário de Aventuras da Ellie.
BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 31.
Nos fragmentos 3 e 4, há o relato sobre as audições que ocorreram para a peça
de “O mágico de Oz” que seria apresentada na escola. No fragmento 5, a narradora,
Ellie, fala sobre a angústia pela situação de sua amiga Mo não ter sido escolhida para
interpretar o papel de Dorothy e por ela não poder contar ou saber o que fazer para
aplacar o ocorrido com a amiga.
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Professor/a, chame a atenção dos estudantes para a relação das ilus-
trações com a linguagem verbal, bem como para outros recursos gráficos,
os quais também transmitem mensagens ao leitor e contribuem para o sen-
tido do texto. Em aulas anteriores, os estudantes já estudaram a distinção
fato-opinião. Assim, peça que apontem algumas opiniões presentes nos tex-
tos, questionando o que verificaram para chegar a essa conclusão. Desta
maneira, vá relembrando o assunto.
FATO OPINIÃO
• Aquilo que aconteceu ou que
está para acontecer; • Uma interpretação; julgamen-
to pessoal;
• Pode ser comprovado (por
números, documentos, regis- • É o que alguém pensa sobre
tros...); um acontecimento;
• Realidade; verdade; • Uma visão sobre alguma coisa;
• Pode ser verificado, funda- • As opiniões refletem crenças,
mentado ou negado por crité- juízos, valores - subjetividade.
rios e evidências - objetividade.
Espera-se que eles mencionem, por exemplo: “A Line é uma doçura em pes-
soa”, “Às vezes, eu queria ser um pouco mais parecida com ela”, “Mas não parece
ser uma pessoa triste”, “tenho a impressão de que ela me lê...”, “...ela parece saber o
que estou sentindo...”, “Adoraria ter...”, “Talvez eu consiga...”, “Talvez a Mo não seja a
melhor para o papel”, “...mas acho que ele daria um ótimo leão covarde”, “Ela atuou
muito bem”, “Bem que a Mo podia fazer aula de canto”, “Ela até parece a Dorothy”,
“Parecia que um tornado estava me seguindo”, “Finalmente, eu podia pensar e res-
pirar”, “Talvez não seja nada demais”.
30
Modalizadores discursivos são elementos responsáveis por manifestar o posi-
cionamento de quem fala, suas intenções, sentimentos e atitudes em relação ao que
é dito.
Recursos linguísticos que atuam como modalizadores: verbos modais, verbos
auxiliares, perífrases verbais, tempos e modos verbais, adjetivos, locuções ou orações
adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, predicados cristalizados (é cer-
to, é preciso, é necessário) etc.
Assim, dependendo do modalizador utilizado, um efeito de sentido diferente
é impresso ao enunciado.
Entre as várias possibilidades que podem ser expressas na comunicação, des-
tacam-se: uso de modos verbais, indicando se o enunciado exprime um aconteci-
mento, uma ordem ou uma vontade (Arrume seu quarto; Queria que você arrumas-
se seu quarto); de verbos, apontando necessidades, possibilidades, dúvidas, desejos
(Você tem que dialogar; você pode dialogar); emprego de adjetivos, revelando opi-
nião ou posicionamento (Que coisa certa!); e advérbios, traduzindo a avaliação do
falante frente ao enunciado (Lamentavelmente, ele veio).
Espaço para anotações
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Aula
HABILIDADE:
D08. Estabelecer relação causa/consequência
6
entre partes e elementos do texto
CONTEÚDO(S):
Causa e consequência em textos expositivos.
32
pessoal – sem exprimir juízos de valor ou defesa de opiniões – já que o objetivo é infor-
mar sobre algo. Além disso, o texto expositivo deve utilizar uma linguagem adequada
ao público-alvo a que se destina. Muito comum no meio acadêmico e jornalístico, esta
tipologia se faz presente em aulas, seminários, resumo, verbete de dicionário, notícia
etc.
Vale lembrar que as fontes precisam ser confiáveis, com informações cientifica-
mente comprovadas, pois isto é uma garantia de que as informações são verdadeiras,
evitando a disseminação das famosas fake news.
O texto expositivo deve ter título e apresenta a seguinte estrutura:
• Introdução: apresentação do tema (ideia principal).
• Desenvolvimento: amplia o tema. Um modo de organizar as informações é
apresentá-las em sequência, marcada por expressões, como: primeiro, de-
pois, em seguida, finalmente.
• Conclusão: retoma e encerra a ideia principal.
Espaço para anotações
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Professor/a, comunique aos estudantes que eles lerão o texto “Ocea-
no ácido, alerta geral!”, texto de divulgação científica. Projete-o ou distribua
cópias, organizando a turma da maneira que julgar mais conveniente para
o trabalho.
Já ouviu falar que o oceano está se tornando mais ácido? Sabe o que isso sig-
nifica? Vamos pensar em algo ácido muito próximo da gente: o limão! Quem já expe-
rimentou o suco puro de limão sabe o quanto é azedo e ácido. Dá aquela sensação na
boca que faz a gente estremecer. Às vezes, faz até doer o estômago… Agora, imagine
derramar toneladas e mais toneladas de suco de limão no mar. Um fenômeno pare-
cido já acontece, mas, em vez de suco de limão em excesso, o que está chegando ao
oceano em quantidade muito além do normal é o gás carbônico, que, ao entrar em
contato com a água, é transformado em ácido. Vamos mergulhar nesse assunto para
entender melhor?
O gás carbônico é um gás encontrado naturalmente no ar. Todos os seres vivos
inspiram oxigênio e expiram gás carbônico, e isso não é um problema. Porém… diver-
sas ações humanas – como o uso de combustíveis fósseis, as queimadas de florestas,
a poluição das indústrias, entre outras – também produzem esse gás. É esse excesso
de gás carbônico, que vai se acumulando cada vez mais na atmosfera da Terra, que
causa problemas graves para o planeta, como o efeito estufa e a acidificação dos oce-
anos. Pois é, graças às ações humanas, o gás carbônico se tornou um grande vilão.
No caso dos oceanos, o que causa a acidificação não é o gás carbônico sim-
plesmente, mas sua transformação quando entra em contato com a água. Esse en-
contro no ambiente marinho produz uma reação química que gera um ácido, o ácido
carbônico. E é o ácido carbônico que torna o oceano mais ácido!
Agora você deve estar se perguntando: por que um problema que acontece
no oceano afeta a vida no planeta inteiro? Ótima questão! Para começar, a acidez
dos oceanos ameaça diretamente a vida de diversos animais marinhos, como corais,
ouriços do mar, caranguejos, caramujos, ostras e até seres microscópicos. Para piorar,
a acidificação dificulta a reprodução de animais marinhos adultos, além de causar
problemas para o desenvolvimento de larvas e filhotes. Ou seja: prejudica ainda mais
o futuro das espécies, uma vez que menos filhotes conseguem sobreviver para che-
gar à vida adulta e cada vez menos os adultos conseguem reproduzir ou dar à luz a
filhotes saudáveis.
E não pense você que os animais maiores, como os peixes e as baleias, não
são afetados. Com gás carbônico em excesso na água, esses animais acabam conta-
minados, passando a ter problemas no metabolismo (reações que acontecem natu-
ralmente dentro do nosso organismo) e até nas suas capacidades sensoriais (como
de localização de predadores ou de deslocamento). Imagine quantos problemas de
saúde podem surgir na população humana ao comermos peixes e outros derivados
do mar! A diminuição da nossa imunidade, isto é, das defesas naturais do corpo, é
um deles.
34
SAÚDE DA ÁGUA, BENEFÍCIOS PARA TODOS
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Debatam o assunto e aclare que o texto lido é um artigo de divulga-
ção científica, explicando características do gênero, função e onde circula.
Verifique se os estudantes conseguiram estabelecer a relação causa/conse-
quência entre partes e elementos do texto, fazendo as considerações neces-
sárias.
Causa Consequências
ACIDIFICAÇÃO DOS
OCEANOS
36
Professor/a, apesar de o texto ter sido retirado de uma revista infantil,
por se tratar de um texto de divulgação científica podem aparecer termos
técnicos ou outras palavras que os estudantes não estejam familiarizados,
dificultando a compreensão. Caso seja necessário, discuta o significado dos
termos com a turma. Essa pode ser também uma ótima oportunidade para
trabalhar o uso do dicionário.
37
Aula
HABILIDADE:
D08. Estabelecer relação causa/consequência
7
entre partes e elementos do texto
CONTEÚDO(S):
Causa e consequência em textos expositivos.
Gênero textual: artigo de divulgação científica
O termo thread (“fio”) é visto com muita frequência no Twitter. Como a rede
social possui limite de 280 caracteres para cada postagem, usa-se o termo quando
os usuários postam tweets em uma mesma sequência, todos eles conectados pelo
mesmo tópico. A sequência é muito usada para contar histórias ou notícias cheias
de detalhes.
Storie é um recurso do Instagram usado para publicar um conteúdo tempo-
rário (visível por apenas 24 horas) de forma customizada. Para a personalização, ofe-
rece uma série de ferramentas: filtros, GIFs, textos coloridos, stickers, dentre outros.
Vale lembrar que o Instagram é uma rede social focada no aspecto visual, em que
vídeos e imagens têm destaque.
38
Professor/a, questione se sabem o que é mito (provavelmente alguns
já tenham ouvido falar de mitologia grega, romana ou nórdica, de deuses
como Thor, heróis como Hércules ou já assistiram séries ou filmes como Per-
cy Jackson).
Instigue-os:
• Sabiam que no Brasil também temos uma mitologia?
• Conhecem algum mito ou lenda?
• Sabem quem contam esses mitos no nosso país?
Esclareça que os povos indígenas foram os que mais contribuíram
com a mitologia brasileira e que, apesar de ser pouco falada ou conhecida, é
riquíssima e cheia de histórias e personagens interessantíssimos. Mencione,
por exemplo, mitos sobre a criação do universo, a lenda do boto cor-de-rosa,
seres como Curupira e divindades como Tupã.
Vale lembrar a diversidade étnica das populações indígenas, compre-
endendo suas características socioculturais e suas territorialidades.
Em seguida, diga que irão ouvir um mito da Amazônia. Professor/a,
você poderá, por meio de data show, reproduzir o vídeo “As estrelas nos
olhos dos meninos” disponível no link: https://www.youtube.com/watch?-
v=CUTDVaMgt_4.
Caso não seja possível, você poderá contá-lo. Para isso, disponibiliza-
mos o texto abaixo. Peça que observem como a origem das estrelas é expli-
cada.
39
roubados. Eles queriam comê-los sem ter que dividir com os outros.
As mulheres começaram a gritar, e os meninos, surpreendidos, correram. As
mulheres correram atrás. Proferiram ameaças e prometeram castigos severos.
Para escapar das punições, os meninos pediram ao beija-flor que amarrasse
um cipó no céu. O beija-flor atendeu ao pedido, e eles começaram a subir. Já esta-
vam bem no alto quando as mulheres chegaram ao local da fuga para o firmamento.
Elas não tiveram dúvidas: subiram atrás deles.
Para não serem alcançados pelas mulheres, os meninos cortaram o cipó logo
abaixo deles, e as mulheres se precipitaram lá de cima. No chão, antes que se esbor-
rachassem, foram transformadas em animais da floresta. Os meninos, por sua vez,
ficaram presos no céu sem ter como descer.
Desde então, eles olharam a terra lá do céu. No escuro da noite, brilham para
sempre os olhos arregalados dos meninos. Foi assim que a noite acabou se enchen-
do de estrelas. São os olhos dos meninos.
Reginaldo Prandi. Ilustração de Pedro Rafael. Contos e lendas da Amazônia.
São Paulo: Companhia das letras, 2011.
In: UNOIEDUCAÇÃO. Língua Portuguesa. 4º ano. Santillana: São Paulo, 2021.
40
Porque se as mulheres os pegassem, eles seriam punidos. Então,
para que isso não ocorresse, os garotos fugiriam através de um
cipó que dava para o céu. Contudo, as mulheres os encontraram e
também subiram pelo cipó.
8. O que aconteceu depois que os meninos cortaram o cipó? Qual a
consequência dessa ação?
As mulheres caíram e foram transformadas em animais da floresta.
Eles, por sua vez, ficaram presos no céu sem ter como descer.
Professor/a, explique o que são mitos, suas caraterísticas, como e em
que momentos são contados, sua importância e finalidade, aclarando que,
assim como viram na aula anterior (que textos expositivos apresentam cau-
sas e consequências), nas narrações, também há essas relações e elas é que
vão construindo o enredo da história.
41
LENDA MITO
Sim, mas podem ser in-
Há evidências? Não
substanciais
42
Aula
HABILIDADE:
D01. Localizar informações explícitas em um texto
8
CONTEÚDO(S):
Gênero textual: Notícia
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Professor/a, propomos, preferencialmente, a apresentação da notícia
a seguir em seu formato original, para que os estudantes atentem aos recur-
sos específicos do ambiente virtual e deduzam em que meio foi veiculada.
Peça que observem atentamente o texto. Leia-o com os/as estudantes e, em
seguida, levante alguns questionamentos sobre o que visualizaram.
MAURÍCIO de Sousa candidata-se à Academia Brasileira de Letras. Aventuras na História, 15 mar. 2023.
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/mauricio-de-sousa-candi-
data-se-academia-brasileira-de-letras.phtml. Acesso em: 17 mar. 2023. Fragmento.
44
MAURICIO DE SOUSA CANDIDATA-SE À ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
Criador da ‘Turma da Mônica’ escreveu uma carta à ABL demonstrando seu
interesse em ocupar a cadeira 8
Professor/a, pergunte:
• O que foi noticiado?
A oficialização da candidatura do cartunista e quadrinista Mauricio
de Sousa à Academia Brasileira de Letras.
• Por que será que o fato virou notícia? Você acha que o assunto
tem relevância?
Devido à importância que Mauricio de Sousa teve e tem para a cul-
tura nacional e desenvolvimento educacional e social de crianças e
45
jovens. Um posto na ABL reconhece a relevância de um artista para
a Língua Portuguesa e para a cena literária brasileira.
• Quando a notícia foi publicada?
Dia 15 de março deste ano, 2023.
• Onde foi veiculada? Periódico impresso ou meio virtual? Como
perceberam isso?
Ambiente virtual. A presença de ícones para compartilhamento
em e-mails e redes sociais, o indicativo da atualização da informa-
ção, campo para buscas e links para outras matérias podem ser
algumas respostas dadas pelos estudantes.
• Quem a escreveu?
Não é expresso o nome específico do autor, mas sabe-se que a no-
tícia foi escrita pela redação da revista Aventuras na História.
Professor/a, ao solicitar essas primeiras informações, a habilidade dos
estudantes de localizar informações explícitas já está sendo trabalhada.
Após este momento, levante uma discussão sobre o assunto, se eles
conhecem Maurício de Sousa, o que sabem sobre o autor, se já leram algu-
ma de suas histórias, etc. Elucide que uma notícia geralmente responde às
seguintes questões:
• O que aconteceu/vai acontecer?
• Quando? Onde?
• Como?
• Por quê?
• Quem está envolvido na ação?
• Quais as consequências do fato noticiado?
Peça que retornem à notícia e encontrem essas informações. Interro-
gue-os:
• Em que parte, parágrafo as encontraram?
Explique que estas informações geralmente se encontram resumidas
no lead e fale sobre essa e outras partes da notícia, comentando caracterís-
ticas do gênero.
46
Professor/a, chame a atenção dos/as estudantes para o fato de que,
mesmo se tratando de acontecimentos já ocorridos, os verbos dos títulos
das notícias costumam aparecer no tempo presente para passar a ideia de
que são fatos recentes.
PARTES DA NOTÍCIA
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Professor/a, divida a sala em grupos, distribuindo para cada estudan-
te uma notícia, a fim de que eles/as busquem as principais informações (se-
guindo o roteiro do lead), observando que fatos são divulgados e como es-
tão expostos.
Ao término da atividade, convide alguns estudantes para comparti-
lhar as respostas e atente para as dúvidas e/ou equívocos que surgirem no
momento da socialização com a turma. Você poderá até propor que eles/as
apresentem os dados como se estivessem noticiando em um jornal televi-
sionado.
Sugestões de textos:
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comunicado oficial emitido pela Nasa, disseram:
“Tal qual a verdadeira equipe da missão Artemis, da Nasa, trabalhando para
levar os humanos de volta à Lua, os jogadores nesses novos mundos de Minecraft
podem construir e lançar um foguete, guiar sua espaçonave Orion e até mesmo es-
tabelecer uma base lunar ao lado de sua equipe.
As missões Minecraft Artemis foram desenvolvidas para envolver alunos de 8
anos ou mais no próximo capítulo da Nasa em voos espaciais tripulados e incentivá-
-los a se verem como futuros astronautas ou cientistas.”
Os dois novos mundos construídos pelo “Minecraft” tiveram inspiração em fu-
turas missões Artemis da vida real. A tripulação de astronautas, que inclui a primeira
mulher e a primeira pessoa negra, vão para a Lua.
Sobre ‘Minecraft’
O jogo é um sucesso entre os jovens de todas as idades. Ele pode ser jogado
de modo livre e o único objetivo é montar blocos e sair para se aventurar. Assim, o
jogador é quem decide o que vai fazer no seu próprio universo “Minecraft”.
Além disso, existem dois modos do jogo: criativo e sobrevivência. No criativo,
o jogador recebe recursos variados para construir o que quiser.
Já no modo de sobrevivência, eles precisam explorar para obter recursos para
comer, morar, dentre outros. O legal é que os jogadores podem se divertir entre ami-
gos e criar as próprias regras.
MACHADO, Bruna. Nasa e Microsoft se unem para levar missões espaciais a ‘Minecraft’. Multiverso
Notícias, 16 mar. 2023. Disponível em: https://multiversonoticias.com.br/nasa-e-minecraft-se-unem-pa-
ra-trazer-missoes-espaciais-ao-jogo/. Acesso em: 17 mar. 2023.
49
Aula
HABILIDADE:
D02. Estabelecer relações entre partes de um
9
texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto
CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos – Pronomes Pessoais:
retos e oblíquos como recursos coesivos
TEXTO I - RARIDADE
A arara
é uma ave rara
pois o homem não para
de ir ao mato caçá-la
para a pôr na sala
em cima de um poleiro
onde ela fica o dia inteiro
fazendo escarcéu
porque já não pode
voar pelo céu.
50
para arrara.
José Paulo Paes. Olha o bicho. São Paulo: ática, 2012.
1. As palavras destacadas na 1ª estrofe do poema Raridade referem-se a quem?
Referem-se à palavra arara.
2. As palavras -la, a e ela pertencem a que classe gramatical?
Pronome.
3. A classe gramatical da palavra arara é:
A) Artigo.
B) Numeral.
C) Pronome.
D) Substantivo.
ORIENTAÇÃO!
Essa atividade permite o trabalho com a coesão textual. Mostre aos/às
estudantes que a repetição de termos é muitas vezes desnecessária e em-
pobrece o texto. Porém, no poema acima, propõe-se a análise de um recur-
so linguístico muito importante para a compreensão de textos em geral: a
substituição de substantivo por pronome. Nesse caso, o substantivo arara é
substituído pelos pronomes pessoais oblíquos (la, a) e reto (ela). Assim, revi-
se com os/as estudantes os pronomes pessoais retos e oblíquos, enfatizando
a habilidade que têm de estabelecer relações entre partes de um texto, por
meio de substituições que contribuem para a continuidade do mesmo.
IMPORTANTE!
Coesão textual: trata-se da ligação, da conexão entre as palavras de
um texto, por meio de elementos formais que assinalam o vínculo entre os
seus componentes. A coesão textual pode se estabelecer por meio de diver-
sos elementos linguísticos. Dentre esses elementos, os pronomes assumem
grande relevância, principalmente, pelo fato de ser por meio deles que se faz
a retomada do referente, isto é, aquilo a que o texto se refere. Todos os tipos
de pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou ex-
pressões anteriormente empregados. Enfatizaremos nesta aula, os prono-
mes pessoais retos e oblíquos.
TEXTO COMPLEMENTAR
51
fala (tu) e a pessoa de quem se fala ou o objeto de que se fala (ele).
A palavra “pessoa” não se refere a ser humano. Nesse caso, é um conceito gra-
matical, que indica os papéis que os seres humanos e as coisas desempenham em
uma situação de comunicação verbal.
RESUMINDO:
• 1ª pessoa – a que fala – o emissor.
• 2ª pessoa – com quem se fala – o receptor.
• 3ª pessoa – de quem se fala (ou objeto de que se fala) – o referente.
Na sintaxe, desempenha qualquer função de substantivo ou adjetivo.
BUENO, Francisco da Silveira. Gramática de Silveira Bueno. São Paulo: Global, 2014. p. 163.
Observe que para cada pronome pessoal reto há pronomes pessoais oblíquos
correspondentes.
Pronomes Pessoais
Pessoa Retos Oblíquos
1ª pessoa do singular eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular tu te, ti, contigo
3ª pessoa do singular ele, ela se, si, o, a, lhe, consigo
1ª pessoa do plural nós nos, conosco
2ª pessoa do plural vós vos, convosco
3ª pessoa do plural eles, elas se, si, os, as, lhes, consigo
52
Professor/a, o objetivo principal dessas atividades é que os/as estu-
dantes percebam que a repetição de termos ou expressões prejudica o en-
cadeamento da leitura. Comente que a coesão textual é a relação de ideias
que se estabelece entre as palavras, entre as orações ou entre os parágrafos
de um texto. Em outras palavras, é a conexão de ideias necessárias para que
haja coerência das partes que compõem o todo. Dessa forma, os pronomes
têm um papel importante dentro da coesão textual, pois permitem a recu-
peração de termos ou sentidos do texto, evitando repetições desnecessá-
rias, por meio de substituição de palavras. Oriente-os/as a consultar o qua-
dro com os pronomes pessoais, chamando a atenção para o fato de eles se
referirem às pessoas do discurso, e para a correspondência entre pronome
pessoal reto e pronome pessoal oblíquo.
ORIENTAÇÃO!
É importante compreender os mecanismos que estabelecem a coe-
são de um texto, mesmo que eles não sejam ensinados sistematicamente
aos estudantes nesta aula. Alguns mecanismos de coesão são: a referência,
a substituição, a elipse, a conjunção (conexão) e a coesão lexical.
• A referência diz respeito aos termos que se relacionam a outros
necessários à sua interpretação.
• A substituição é a colocação de um item lexical no lugar de ou-
tro(s) ou no lugar de uma oração.
• A elipse consiste na omissão de um termo recuperável pelo con-
texto.
• A coesão lexical é obtida por meio da reiteração de itens lexicais
idênticos ou com o mesmo referente. Destacam-se, então, os sinô-
nimos, os hiperônimos (termos de caráter genérico) e os hipôni-
mos (termos de caráter específico) - assunto que será abordado na
próxima aula.
• A conjunção é um recurso coesivo diferente dos anteriores porque
depende das relações significativas estabelecidas entre orações,
entre períodos ou entre parágrafos.
53
Aula
HABILIDADE:
D02. Estabelecer relações entre partes de um
10
texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto
CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos – Sinônimos,
Hiperônimos (termos genéricos) e Hipônimos
(termos específicos) como mecanismos de coesão
54
Era uma vez um rei muito poderoso que detestava o verão.
O calor o incomodava tanto, que ele descobriu uma forma de viver sempre no
inverno. Mas algo inesperado acontece, e o rei se vê obrigado a mudar todos os seus
planos.
Agustín Comotto. O rei que odiava o verão. Disponível em: https://www.grupoeditorial elementar.com.
br/editora-canguru/o-rei-que-odiava-o-verao. Acesso em: 31 jul. 2021.
Reescreva a sinopse substituindo a palavra em destaque por outra de sig-
nificado semelhante.
Consulte o verbete a seguir.
Rei s.m. 1. Aquele que governa um reino: monarca, soberano. 2. Carta do ba-
ralho com a figura de um homem com uma coroa na cabeça. 3. Peça mais
importante do jogo de xadrez. Fem.: rainha (1).
Rei. Em: Geraldo Mattos. Dicionário Júnior da língua portuguesa. São Paulo: FTD, 2010. p. 640.
Sugestão de resposta: Era uma vez um rei muito poderoso que detestava o
verão. O calor o incomodava tanto, que ele descobriu uma forma de viver sempre no
inverno. Mas algo inesperado acontece, e o monarca/soberano se vê obrigado a mu-
dar todos os seus planos.
SINONÍMIA
Diz respeito à identidade de significados.
São chamadas sinônimas as palavras que remetem a um mesmo referente
extralinguístico, como mexerica e tangerina; gordo e obeso; professor e mestre; xixi
e urina.
Por apontarem para o mesmo referente, muitas vezes é possível uma substi-
tuir a outra. É possível, por exemplo, retomar na sequência do texto a palavra profes-
sor por mestre. Observe:
• O professor era muito rigoroso. O mestre não admitia que alunos entras-
sem depois de iniciada a aula.
A retomada de uma palavra por um sinônimo, no entanto, nem sempre é pos-
sível; porque, embora uma mesma palavra aponte para um mesmo referente, o con-
texto de utilização é diferente.
É o caso de xixi e urina no trecho a seguir:
• O médico solicitou ao paciente que procedesse à realização de diversos exa-
mes, hemograma completo, glicose, colesterol total e frações, triglicérides e
urina. Ao olhar os resultados, o médico notou que o resultado do exame de
xixi acusava uma infecção urinária.
COESÃO LEXICAL
A coesão lexical também pode ser obtida pelo uso de hiperônimos e hipôni-
55
mos, palavras que mantém uma relação de sentido apoiada na categoria abrangente
versus específico.
• Hipônimo é a palavra que, em relação à outra, possui sentido mais específi-
co (urologista em relação a médico).
• Hiperônimo é aquela que tem relação à outra (o hipônimo) sentido mais
abrangente (médico em relação à urologista).
Nos textos, é comum que se apresente primeiro o hipônimo, sendo o hiperôni-
mo o termo usado para a retomada, em outras palavras, o hipônimo funciona como
termo antecedente e o hiperônimo, como anafórico.
Observe a seguir exemplos de coesão resultantes da retomada de um hipôni-
mo por um hiperônimo.
• Nina adorava violetas, por isso sempre tinha essas flores em sua casa.
(Flores, o hiperônimo, termo anafórico, retoma violetas, o hipônimo, o ante-
cedente)
• Suspeitava que pudesse estar com diabetes, por isso procurou um endo-
crinologista. O médico, no entanto, após alguns exames, garantiu que ele
não estava com a doença.
(Médico, o hiperônimo, termo anafórico, retoma endocrinologista, antece-
dente, o hipônimo)
(Doença, o hiperônimo, termo anafórico, retoma diabetes, antecedente, hi-
pônimo)
ATIVIDADE
Os rinocerontes-negros estão entre os bichos mais visados da África, pois sua espé-
cie é uma das preferidas pelo turismo de caça. Para tentar salvar alguns dos 4.500
espécimes que ainda restam na natureza, duas ONG ambientais apelaram para uma
solução extrema: transportar os rinocerontes de helicóptero. A ação utilizou helicóp-
teros militares para remover 19 espécimes – com 1,4 toneladas cada um – de seu ha-
bitat original, na província de Cabo Oriental, no sudeste da África do Sul, e transferi-
-los para a província de Lampopo, no norte do país, a 1.500 quilômetros de distância,
onde viverão longe dos caçadores. Como o trajeto tem áreas inacessíveis de carro,
os rinocerontes tiveram de voar por 24 quilômetros. Sedados e de olhos vendados
(para evitar sustos caso acordassem), os rinocerontes foram içados pelos tornozelos
e voaram entre 10 e 20 minutos. Parece meio brutal? Os responsáveis pela operação
dizem que, além de mais eficiente para levar os paquidermes a locais de difícil aces-
so, o procedimento é mais gentil.
BADÔ, F. A fuga dos rinocerontes. Superinteressante, nº 229, 2011.
Na construção da coesão textual, a relação entre hiperônimos e hipônimos é funda-
mental, pois contribuem para a retomada de sentido no texto. Marque com 1 as pa-
lavras que no texto funcionam como hiperônimos e com 2 as que funcionam como
hipônimos.
( ) Espécie.
( ) Espécimes.
( ) Bichos.
56
( ) Rinocerontes-negros.
Assinale a sequência correta:
A) 2, 2, 1, 1
B) 1, 2, 1, 2
C) 1, 1, 2, 1
D) 2, 1, 1, 2
57
Aula
HABILIDADE:
D04. Inferir uma informação implícita em um
11
texto
CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais variados;
Interpretação e Inferência textual
SUGESTÕES DE TEXTOS:
58
Bem seguro, aconchegado.
No colinho da mamãe...
Disponível em: http://maraisabb.blogspot.com/2010/11/poesias-para-ler-e-sonhar.html. Acesso em: 13
mar. 2023.
TEXTO II
ORIENTAÇÃO!
Professor/a, faça a socialização das respostas dos/das estudantes e
pontue com considerações gerais pertinentes, enfatizando que, o verso des-
tacado, os/as conduzirá a ler o poema até o final e descobrir que o menino
só tem coragem em casa, seguro e aconchegado, especificamente no colo
da mãe.
Antes dos comentários sobre o Texto 2, é importante considerar as
seguintes informações:
Interpretação de textos é a interpretação que fazemos do conteúdo,
ou seja, a que conclusões chegamos por meio da conexão de ideias e, por
59
isso, vai além do texto. Assim, é imprescindível destacar que:
• A interpretação de textos envolve a capacidade de chegar a de-
terminadas conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto
(visual, auditivo, escrito, oral).
• Por isso, a interpretação de texto é algo subjetivo e que pode variar
de leitor para leitor. Isso porque cada um possui um repertório in-
terpretativo que foi sendo adquirido ao longo da vida.
• Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, em
grande parte, da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e que auxi-
lia na melhor interpretação dos textos e conexão das ideias. Agora,
retomando o Texto II; é fundamental acrescentar sobre a impor-
tância de uma leitura mais profunda e atenta, pois, dessa forma, os/
as estudantes perceberão, informações implícitas, ou seja, aquelas
que não estão escritas, diretamente no texto, mas podemos com-
preendê-las, percebê-las e ainda associá-las a outros elementos
presentes no texto, como a linguagem verbal -na fala da mãe- e
ainda a linguagem não verbal -farda e colete, olhar da criança.
ORIENTAÇÃO!
Professor/a, a partir dessa observação de elementos que se associam
(linguagem verbal e não verbal), conduza os/as estudantes a perceberem
que a informação trazida pelo Texto II, está implícita, fazendo-nos “deduzir/
inferir” que há uma crítica em relação à violência nas escolas.
IMPORTANTE CONSIDERAR:
60
Leia a tirinha abaixo:
61
Aula
HABILIDADE:
D06. Identificar o tema de um texto
12
CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos.
Distinção: tema x título
As crônicas são textos narrativos que relatam com leveza fatos do cotidiano,
situações do dia a dia.
62
de uvas em sinal de estima e de simplicidade; em sinal de comunhão; ou talvez para
disfarçar minha silenciosa angústia.
Não era uma angústia dolorosa; era leve, quase suave. Como se eu tivesse de
repente o sentimento vivo de que aquele momento luminoso era precário e fugaz; a
grossa tristeza da vida, com seu gosto de solidão, subiu um instante dentro de mim,
para me lembrar de que eu devia ser feliz naquele momento, pois aquele momen-
to ia passar. Foi talvez para fixá-lo de algum modo que pedi a ajuda de uma pessoa
amiga; ou talvez eu quisesse dizer alguma coisa a essa pessoa e apenas lhe soubesse
dizer: “Veja aquelas duas meninas...”.
E as meninas riam, brincando no mar.
Rubem Braga. Duas meninas e o mar. Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/12613/du-
as-meninas-e-o-mar. Acesso em: 14 mar. 2023.
É muito comum as pessoas acharem que título e tema são algo igual, porém,
isso não é verdade. Eles são elementos distintos de grande importância para a elabo-
ração de um texto.
Apesar de apresentarem conceitos diferentes, as semelhanças entre título e
tema ainda provocam dúvidas recorrentes.
Você sabe o que é título? E tema? Saiba que existem diferenças importantes
entre essas duas partes fundamentais para a construção textual?
Basicamente, chamamos de título a expressão inicial que introduz um texto,
mostrando o assunto/o tema e o seu posicionamento. Chamamos de tema o assunto
a ser abordado: ele dará as diretrizes do texto ao expor a ideia que deverá ser defen-
dida.
Notou a diferença?
63
Professor/a, apresente os textos aos/às estudantes (pelo data show ou
tire cópias), peça que leiam e respondam às atividades propostas.
SUGESTÕES DE TEXTOS:
64
TEXTO II - AUTOBIOGRAFIA DE UM BICHORRO
ORIENTAÇÃO!
Professor/a, faça a socialização das respostas dos/as estudantes e
pontue com considerações gerais pertinentes, enfatizando que, no Texto I,
o tema da canção refere-se à seca do sertão no Brasil, a falta de água que faz
plantas e animais não suportarem o calor e morrerem ou migrarem (no caso
dos animais) para longe do sertão, como a asa branca e o próprio eu-lírico.
No Texto II, a partir da ênfase na interpretação, há a percepção da diferença
de título e tema.
65
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os
13
elementos que constroem a narrativa
CONTEÚDO(S):
Textos narrativos.
Elementos da narrativa – ação, espaço, tempo.
Gênero textual: conto.
Os textos narrativos contam uma história, que pode ser real ou imaginária, por
meio de uma sequência de ações. Essa sucessão de acontecimentos é contada por
um narrador, o qual pode ser um dos personagens da história ou não. Outros ele-
mentos importantes da narrativa são tempo, espaço, personagens e enredo. Enfatize
que temos contato com diversas narrativas em nosso cotidiano, desde as histórias
contadas em notícias e reportagens apresentadas nos noticiários – que têm como
objetivo informar – até os filmes, séries e novelas a que assistimos para entreter-nos.
São exemplos de gêneros narrativos: novela, romance, contos, lendas, fábulas, entre
outros.
Nesta aula, vamos estudar os elementos: ação, espaço e tempo.
A ação refere-se aos acontecimentos contados. Assim, uma narrativa estrutu-
ra-se em quatro momentos:
• Situação inicial: como a história começa, pode conter uma contextualiza-
ção apresentando o lugar, as personagens ou situando o tempo em que os
66
fatos se deram.
• Conflito: acontecimento que modifica a situação inicial. Enfatize: o conflito
é o que motiva, gera a história.
• Clímax: ápice do conflito, momento mais tenso da história.
• Desfecho: conclusão, resolução do conflito.
O espaço é o local em que a narrativa se desenvolve. Ele pode ser físico, quando
a história indica o local: como uma escola, por exemplo. Nesse caso, pode-se classifi-
cá-lo em espaço fechado (quarto, casa, hospital, escola) ou aberto (vila, rua, cidade).
Em narrativas que contam os pensamentos de uma personagem e nenhum local
físico é apresentado, tem-se o que chamamos de espaço psicológico, por se tratar do
ambiente mental da personagem. Pode ser também que o espaço seja indetermina-
do, como nos contos de fadas, que costumam apontar um “reino distante”.
O tempo pode referir-se tanto ao período histórico em que a trama é desen-
volvida, quanto à duração dos fatos narrados. O tempo da narrativa pode ser cro-
nológico, físico, ou seja, indicado por dias, horas, anos, etc. Em textos com esse tipo
de tempo, a distinção entre passado, presente e futuro é bem demarcada. O tempo
pode ainda ser apresentado de maneira psicológica, quando segue os pensamentos
de uma personagem, sua subjetividade, dessa forma, há uma indefinição entre pas-
sado, presente e futuro. Assim como o espaço, o tempo também pode ser indetermi-
nado, sem trechos no texto que o indiquem ou com expressões como “era uma vez”
ou “há muito tempo”, comuns nos contos de fadas.
A DISCIPLINA DO AMOR
Foi na França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachor-
ro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na
esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu
encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à
casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe fes-
tinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo animado atrás dos mais íntimos.
Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu
dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a
presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava
sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente,
como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de espera. O jovem morreu
num bombardeio mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança.
Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando àquela hora ele
disparava para o compromisso assumido, todos os dias.
Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas fo-
ram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um pri-
mo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros amigos.
Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo
na sua esquina.
67
As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando… Uma tar-
de (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.
com/2019/02/conto-disciplina-do-amor-lygia-fagundes.html. Acesso em: 15 mar. 2023.
68
clímax e desfecho?
• Situação inicial: o cachorro à espera do dono que retorna para
casa diariamente.
• Conflito: a morte do jovem na Guerra.
• Clímax: todos esquecem o rapaz, exceto o cão que ainda o
aguarda todos os dias.
• Desfecho: morte do animal.
69
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os
14
elementos que constroem a narrativa
CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – tipos de narrador.
Gênero textual: conto de humor
TEXTO I - A OFERTA
Recentemente cancelei o serviço de TV a cabo por estar insatisfeita com a em-
presa. Após o cancelamento, recebi dezenas de ligações deles tentando me conven-
cer a voltar a ser cliente. A última foi num sábado antes das oito da manhã e, claro,
eu estava dormindo.
— Senhora, podemos lhe dar seis meses de isenção de mensalidade!
— Realmente não tenho interesse.
— A senhora pode, então, oferecer a promoção a um amigo!
Respirei fundo e, já irritada, disse:
— Sinceramente, só recomendaria essa oferta a um inimigo.
— Sem problema! A senhora pode me passar o nome e o telefone de seu ini-
migo?
ZANKER, Daniela. A oferta. Blog LUANAPRI. Disponível em: http://luanapri.blogspot.com/2016/11/a-ofer-
tadaniela-zanker.html. Acesso em: 15 mar. 2023.
70
Professor/a, pergunte se os/as estudantes já presenciaram alguma
cena do tipo, se alguém da família já se sentiu incomodado por ligações de
telemarketing. Questione também sobre o que gerou o humor do texto. Ex-
plique que a quebra de expectativa gerada pela resposta da atendente é o
que provoca o humor na história.
71
Professor/a, você pode usar o quadro abaixo para resumir as explica-
ções.
ALVES, Igor. Tipos de Narrador: onisciente, observador e personagem. Diferença. Disponível em: ht-
tps://www.diferenca.com/tipos-de-narrador/. Acesso em: 15 mar. 2023.
72
Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e
no outro com muamba, dentro daquele maldito saco.
No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal
mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu
que era areia, uai!
O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou
a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
— Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo
essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é
contrabandista.
— Mas no saco só tem areia! insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quan-
do o fiscal propôs:
— Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apre-
endo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando
que a senhora está passando por aqui todos os dias?
— O senhor promete que não “espáia”? - quis saber a velhinha.
— Juro,respondeu o fiscal.
— É lambreta.
Às vezes a verdade está debaixo do nosso nariz.
PRETA, Stanislaw Ponte. Dois amigos e um chato: manual do professor. 3 ed. São Paulo: Moderna,
2020, p.65.
73
Situação inicial: a senhora passava na fronteira diariamente; confli-
to: os fiscais desconfiam da idosa; clímax: o fiscal desiste e pergun-
ta o que a velha contrabandeava; desfecho: a revelação dos objetos
contrabandeados.
5. Qual o tipo de narrador? Justifique com elementos do texto.
Trata-se de narrador observador. Além do uso da terceira pessoa –
portanto, não é narrador personagem –, não há indicação de que
o narrador saiba os pensamentos ou intenções das personagens,
a não ser aquelas reveladas por fatores externos como atitudes e
falas.
6. O que a expressão “diz que”, usada do primeiro e no décimo
primeiro parágrafos, pode indicar?
Essa expressão, comum na oralidade informal, sugere que o narra-
dor ouviu alguém contar os fatos e apenas os repassa, reconta.
Professor/a, como tarefa para casa, proponha que os/as estudantes
reescrevam um dos textos estudados nesta aula. Eles/as devem fazer uma
mudança no foco narrativo, por exemplo: contar o texto II do ponto de vista
da velha ou contar o texto I, usando um narrador onisciente que revele os
pensamentos da atendente e da cliente.
Vocês poderão fazer um momento de leitura na próxima aula ou reu-
nir os textos em um acervo que todos possam consultar e ler quando qui-
serem.
74
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os
15
elementos que constroem a narrativa
CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – personagens
(protagonista, antagonista e secundário).
Gênero textual: conto popular
75
TEXTO I - DE COMO MALASARTE ENTROU NO CÉU
Quando Malasarte morreu e chegou ao céu, disse a São Pedro que queria en-
trar.
O santo respondeu:
— Estás louco? Pois ainda tens coragem de querer entrar no céu, depois que
tantas fizeste lá pelo mundo?
— Quero, São Pedro, pois o céu é dos arrependidos, e tudo quanto acontece é
por vontade de Deus.
— Mas o seu nome não está no livro dos justos e, portanto, não entras.
— Mas então eu desejava falar com o Pai Eterno.
São Pedro zangou-se só com aquela proposta. E disse:
— Não, para falar com Nosso Senhor, precisavas entrar no céu, e quem entra
no céu dele não pode sair.
Malasarte se pôs a lamentar e pediu que o santo ao menos deixasse espiar o
céu, só pela frestinha da porta para que tivesse uma ideia do que fosse o céu e la-
mentasse o que havia perdido por causa das más artes.
São Pedro, já amolado, abriu uma fresta da porta e Pedro Malasarte meteu por
ela a cabeça.
Mas, de repente gritou:
— Olha, São Pedro. Nosso Senhor, que vem falar comigo. Eu não te dizia!!
São Pedro voltou-se com todo respeito para dentro do céu, a fim de render as
suas homenagens ao Pai Eterno que supunha ali vir.
E Pedro Malasarte então pulou para dentro do céu.
O santo viu que tinha sido enganado. Quis pôr o Malasarte para fora, mas ele
disse:
— Agora é tarde, São Pedro! Lembra-te que me disseste que do céu, uma vez
entrando, ninguém pode sair? É a eternidade!
E São Pedro não teve outra saída senão deixar o Malasarte lá ficar.
GOMES, Lindolfo. Contos populares brasileiros. São Paulo: Melhoramentos, 1965. Disponível em: https://
www.culturagenial.com/contos-populares-brasileiros-comentados/. Acesso em: 15 mar. 2023.
76
TIPOS DE PERSONAGEM:
• Protagonista: é o personagem principal da obra, em torno do qual a his-
tória é desenvolvida. É um herói (ou anti-herói) e, em alguns casos, pode
existir um ou mais personagens desse tipo.
Exemplo: Nino, de Castelo Rá-Tim-Bum.
• Co-protagonista: é o segundo personagem mais importante da obra. Pos-
sui uma relação próxima com o protagonista e o auxilia na busca de seus
objetivos. Em alguns casos, também pode haver mais de um.
Exemplo: Quico, de Chaves.
• Antagonista: o antagonista se contrapõe ao protagonista, mas nem sem-
pre está presente nas narrativas. Geralmente é o vilão da história e pode não
ser uma pessoa, mas algo que dificulta os objetivos do protagonista, como
um objeto, monstro, espírito, instituição, dentre outras.
Exemplo: Scar, de Rei Leão.
• Oponente: o oponente é o parceiro do antagonista, em uma relação similar
à existente entre protagonista e co-protagonista. Pode ser um amigo, pa-
rente ou funcionário do antagonista principal.
Exemplo: Sagat, de Street Fighter.
• Coadjuvante: é um personagem que auxilia no desenvolvimento da trama,
exercendo uma função que pode, ou não, estar relacionada com a história
principal. A quantidade de sua aparição e sua importância pode variar con-
forme o enredo.
Exemplo: Professor Girafales, de Chaves.
• Figurante: o figurante não é fundamental para o enredo principal e tem o
objetivo de ilustrar o ambiente.
SILVA, Débora. Literatura: Conheça os tipos de personagens. Estudo Prático. Disponível em: https://
www.estudopratico.com.br/literatura-conheca-os-tipos-de-personagens/. Acesso em: 15 mar. 2023.
77
Leia o conto abaixo, publicado pelo pesquisador das histórias populares do
nosso país, Câmara Cascudo, no livro Contos tradicionais do Brasil.
78
Espaço para anotações
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79
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os
16
elementos que constroem a narrativa
CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – discurso direto e indireto.
Gênero textual: miniconto
80
MACIEL, Nilo. Trem fantasma. Plataforma Redigir. Disponível em: https://www.plataformaredigir.com.
br/tema-redacao/miniconto---a-menina-e-os-passarinhos_conto. Acesso em: 16 mar. 2023.
DISCURSO DIRETO
No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar
fielmente a fala do personagem.
O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneida-
de. Assim, o narrador se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é
dito. [...]
81
dois pontos, aspas.
• Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha
isolada.
Exemplos de Discurso Direto:
1. Os formados repetiam: “Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus
semelhantes com firmeza e honestidade.”.
2. O réu afirmou: “Sou inocente!”
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.
DIANA, Daniela. Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre. Toda Matéria. Disponível em: https://www.
todamateria.com.br/discurso-direto-indireto-e-indireto-livre/. Acesso em: 16 mar. 2023.
Em alguns textos, após a fala do personagem, existe um comentário ou escla-
recimento feito pelo narrador. Nesses casos, este trecho de narração deve ser separa-
do por aspas ou travessão, conforme o exemplo 3.
Como no discurso direto vemos a fala do personagem com suas próprias pa-
lavras, algumas características podem ser reveladas pelo jeito específico de falar –
sotaque de determinada região e uso de gírias podem indicar, por exemplo, o grupo
social ao qual pertence o personagem. Além disso, esse discurso aproxima o leitor
dos personagens ao deixá-los falarem por si.
No discurso indireto, o narrador conta com suas palavras o que o personagem
teria dito.
DISCURSO INDIRETO
No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem
preferindo suas palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem.
82
Veja alguns exemplos:
1. Discurso direto: Eu comecei a ler o livro ontem.
Discurso indireto: Ele afirmou que começara a ler o livro no dia anterior.
2. Discurso direto: Meu irmão viajará semana que vem.
Discurso indireto: Ela afirmou que seu irmão viajaria na semana seguinte.
Façam a leitura de outro miniconto.
83
4. Você conhece a história clássica do patinho feio? Ela influenciou
suas expectativas sobre o final do miniconto?
Os estudantes podem dizer que esperavam que o “patinho” feio
fosse um cisne, assim como no conto clássico.
5. Destaque os trechos que possuem discurso direto. Quais sinais
de pontuação foram usados para indicá-los?
Todos os trechos de discurso direto foram indicados por travessão.
6. Destaque um trecho de discurso indireto. Que verbo foi usado
para indicar a fala?
“Os pais advertiram o primogênito a nunca mais falar isso do ir-
mão.” Verbo advertir. “O filhote desabafava com os pais ao anoite-
cer”. Verbo desabafar.
Professor/a, você pode levar outros minicontos para as aulas e utilizar
uma ficha, como a do exemplo abaixo, para os/as estudantes identificarem
os elementos constitutivos da narrativa. Outra possibilidade é a proposição
de atividades de produção individual ou em equipes, com revisão feita em
sala de aula pelos colegas e por você e posterior divulgação por meios digi-
tais ou físicos.
84
Aprende Brasil. Disponível em: https://educadores.aprendebrasilon.com.br/blogassessoria/2020/07/04/
trabalhando-os-elementos-da-narrativa/. Acesso em: 16 mar. 2023.
85
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
AI CINEMA. Quem é o anti-herói em uma trama e como identificá-lo?. Disponível
em: https://www.aicinema.com.br/anti-heroi/. Acesso em: 15 mar. 2023.
ARAÚJO, Ana Paula de. Mito ou lenda?. Info Escola. Disponível em: https://www.info-
escola.com/redacao/mito-ou-lenda/ . Acesso em: 12 mar. 2023.
BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar.
São Paulo: Ciranda Cultural, 2014.
CABRAL, Danilo Cezar. Quais são os principais deuses da mitologia indígena bra-
sileira?. Super Interessante, 23 mar. 2016. Disponível em: https://super.abril.com.br/
mundo-estranho/quais-sao-os-principais-deuses-da-mitologia-indigena-brasileira/.
Acesso em: 11 mar. 2023.
DIANA, Daniela. Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre. Toda Matéria. Disponível
em: https://www.todamateria.com.br/discurso-direto-indireto-e-indireto-livre/. Aces-
so em: 16 mar. 2023.
86
DIANA, Daniela. Elementos da narrativa. Toda Matéria. Disponível em: https://www.
todamateria.com.br/elementos-da-narrativa/. Acesso em: 15 mar. 2023.
DUARTE, Vânia. Texto de divulgação científica. Escola Kids. Disponível em: https://
escolakids.uol.com.br/portugues/texto-de-divulgacao-cientifica.htm. Acesso em: 11
mar. 2023.
FERNEDA, Gabriel. Anvisa aprova nova vacina contra a dengue. CNN, São Paulo, 03
mar. 2023. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/anvisa-aprova-nova-
-vacina-para-a-dengue/. Acesso em: 17 mar. 2023.
JACINTHO, Mônica Franco (org.). Araribá Plus Português. – 4 ed. São Paulo: Moderna,
2014. p. 51
MACHADO, Bruna. Nasa e Microsoft se unem para levar missões espaciais a ‘Mi-
necraft’. Multiverso Notícias, 16 mar. 2023. Disponível em: https://multiversonoticias.
com.br/nasa-e-minecraft-se-unem-para-trazer-missoes-espaciais-ao-jogo/. Acesso
em: 17 mar. 2023.
NEVES, Flávia. Gênero épico ou gênero narrativo. Norma culta. Disponível em: ht-
tps://www.normaculta.com.br/genero-epico-ou-narrativo/. Acesso em: 15 mar. 2023.
NUNES, Jessé. Narrador: quais os 3 tipos e como utilizá-los. Editora Viseu. Dispo-
nível em: https://editoraviseu.com/narrador-quais-os-3-tipos-e-como-utilizar-cada-
-um-guia-completo/. Acesso em: 15 mar. 2023.
OLIVEIRA, Rafael Camargo de. Texto expositivo. Brasil Escola. Disponível em: https://
brasilescola.uol.com.br/redacao/texto-expositivo.htm. Acesso em: 12 mar. 2023.
87
PAIVA, Davi. O patinho feio. Continho. Disponível em: https://www.continho.com.
br/o-patinho-feio. Acesso em: 16 mar. 2023.
PRETA, Stanislaw Ponte. Dois amigos e um chato: manual do professor. 3 ed. São
Paulo: Moderna, 2020, p.65.
REVISTA CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS. O papel das lendas e mitos na cultura indí-
gena. Disponível em: https://chc.org.br/o-papel-das-lendas-e-mitos-na-cultura-indi-
gena/. Acesso em: 11 mar. 2023.
ROTTA, Cristielli Sorandra; GOMES, Luiz Eduardo de Oliveira; BARIZÃO, Ana Carolina
de Lima. Oceano ácido, alerta geral!. Revista Ciência Hoje das Crianças. 01 mar. 2023.
Disponível em: https://chc.org.br/artigo/oceano-acido-alerta-geral/. Acesso em 11 mar.
2022.
88
Cadernos de Testes de Língua Portuguesa
para Impressão
89
TESTE 1 - LÍNGUA PORTUGUESA
90
B) ...“É poder votar em quem quiser...”
C) ...“revelam estágios de cidadania...”
D) ... “Foi uma conquista dura. ”
Nesse texto, o narrador emite uma opinião sobre o controle remoto no trecho:
A) “Não faz muito que temos esta nova TV com controle remoto, ...”
B) “... se trata agora de um instrumento sem o qual eu não saberia viver.”
C) “Passo os dias [...], mudando de um canal para outro...”
D) “... uma tarefa que [...] agora ficou muito fácil.”
91
06. Leia o texto e responda.
O tempo é um elemento relativo. Coisas legais passam rápido demais e as chatas
demoram a acabar. De forma poética e delicada, Marcelo Romagnoli narra em “A
criança mais velha do mundo” a história de uma garota e o dia de seu aniversário,
quando ela vê tudo acontecer novamente em sua vida. Por mais que isso se repita,
nada é igual. Mas como uma menina chegaria a essas conclusões? A criança mais ve-
lha do mundo é baseada na peça teatral também de autoria de Marcelo Romagnoli,
montada com sucesso absoluto em 2010 pela Banda Mirim, em São Paulo.
Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2020/10/resenha.html. Acesso em: 15 mar. 2023. De
acordo com a resenha, quais as características da obra?
92
GERAÇÃO DO CELULAR
O uso do celular é considerado atualmente o maior entretenimento dos brasileiros,
tem ocupado quase a metade das horas vagas da população e especialistas confir-
mam que as pessoas estão viciadas. (...)
As crianças estão passando horas do seu tempo livre em frente ao computador ou no
celular em jogos que poderiam ser utilizadas para uma leitura de bons livros ou para
uma conversa com os amigos. Adultos chegam do trabalho já vão conferir as últimas
atualizações dos aplicativos de relacionamentos e até idosos estão aderindo à nova
tecnologia. A cultura da população está mudando e isso preocupa.
Acredito que as redes sociais foram criadas para que nós tivéssemos mais contato
com as pessoas, mas está totalmente ao contrário. O que veio para aproximar, aca-
bou afastando.
(...)
Disponível em: https://educaemcasa.petropolis.rj.gov.br/uploads/arquivos/1621216282-sema-11-8-ano-ar-
tigo-de-opiniao-pdf.pdf. Acesso em: 16 mar. 2023. Fragmento.
93
TESTE 2 - LÍNGUA PORTUGUESA
01. De acordo com esse texto, às terças e quintas e sábados, a narradora lê:
A) Alice no País das Maravilhas.
B) Pequeno Polegar.
C) Peter Pan.
D) Sítio do Picapau Amarelo.
02. Por que a menina quase não tem mais escrito no diário?
A) Porque ficou sem vontade de escrever.
B) Porque ficou com desejo de reler alguns livros.
C) Porque passou a se balançar em um esconderijo.
D) Porque passou a pensar em uma cidade imaginária.
94
B) “... levou o menino...até a embarcação de onde caiu...”
C) “Então, o pai do garoto pôde retirá-lo da água...”
D) “Realmente, o mundo animal é surpreendente!”
04. De acordo com esse texto, os cabritinhos deviam ficar em casa porque:
A) estavam assistindo à televisão.
B) estavam com as unhas gigantes.
C) havia um lobo mau solto por aí.
D) iam começar um clube novo.
95
A) bater.
B) jogar.
C) pedra.
D) trouxa.
96
Enquanto que eu dormia
a onda veio mais forte
e levou pra outro menino
a moedinha da sorte...
CLEMENT, Rosa. Disponível em: <http://www.sumauma.net/amazonian/criancas/crianca-moeda.
html>. Acesso em: 03 mar. 2023.
97
TESTE 3 - LÍNGUA PORTUGUESA
No trecho “Ele é mais pesado ao nível do mar [...]”, o termo em destaque se refere à
palavra:
A) ar.
98
B) hélio.
C) hidrogênio.
D) peso.
99
A BAILARINA
Esta menina tão pequenina quer ser bailarina. Não conhece nem dó nem ré mas
sabe ficar na ponta do pé. Não conhece nem mi nem fá Mas inclina o corpo para cá e
para lá Não conhece nem lá nem si, mas fecha os olhos e sorri. Roda, roda, roda, com
os bracinhos no ar e não fica tonta nem sai do lugar. Põe no cabelo uma estrela e um
véu e diz que caiu do céu. Esta menina tão pequenina quer ser bailarina. Mas depois
esquece todas as danças, e também quer dormir como as outras crianças.
Cecília Meireles. A Bailarina. Disponível em: https://www.culturagenial.com/poema-a-bailarina-de-ceci-
lia-meireles/. Acesso em: 17 de mar. de 2023.
100
Levaram a dama e o seu velho piano
que tocava, tocava, tocava
a pálida sonata.
Levaram as pálpebras dos antigos sonhos,
deixaram somente a memória
e as lágrimas de agora.
MEIRELES, Cecília. Flor de poemas. 8. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.
101
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
Andrade, Oswald. Poesias Reunidas. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1971. Disponível em: http://
www.jornaldepoesia.jor.br/oswal.html#canto. Acesso em: 18 de mar. de 2023.
102
TESTE 4 - LÍNGUA PORTUGUESA
103
nas e disse que eu não poderia ficar lá dentro. Mas eu sou uma menina!
Depois, um garoto falou que eu parecia um menino com esse cabelo estranho. Só
porque ele é curto não quer dizer que sou um menino. Eu me acho bonita assim e
gosto do meu cabelo do jeito que ele é.
RONCATTO, Sophia de Almeida. Menina pode ter cabelo curto? Folha de São Paulo. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ideias/2015/01/1582872-menina-pode-ter-cabelo-curto.shtml.
Acesso em: 20 mar.2023.
104
D) A lição que Marocas deu no macaco.
105
– Ah, meu filho! – respondeu a mãe – Esse seu monstro era uma ave inofensiva; o ou-
tro era um gato feroz, que num segundo teria te devorado.
Moral: Jamais confie nas aparências.
Refletir para refletir. O gato, o galo e o ratinho. 46 FÁBULAS PEQUENAS com moral e
interpretação.
Disponível em: https://www.refletirpararefletir.com.br/fabulas-pequenas. Acesso em: 20 mar. 2023.
106
Ouviram nesse instante um rumor à margem do rio. Era o Boto saindo das águas na
forma de um belo rapaz.
– Agora estamos todos – disse o Negrinho do Pastoreio.
– E então? – perguntou o Boto, saudando o grupo. – Como estão as coisas?
– Difíceis – respondeu o Saci e soltou uma baforada. – Não assustei muita gente nessa
temporada.
– Eu também não – emendou a Serpente Emplumada. – Parece que as pessoas lá no
nordeste não têm mais tanto medo de mim.
– Lá no norte se dá o mesmo – disse o Boto. – Em alguns locais, ainda atraio as mu-
lheres, mas em outros elas nem ligam.
– Comigo acontece igual – disse o Negrinho do Pastoreio. – Vivo a achar coisas que as
pessoas perdem no Sul. Mas não atendi muitos pedidos este ano.
– Seu caso é diferente – disse o Lobisomem. – Você não é assustador como eu, o Saci
e a Serpente Emplumada. Você é um herói.
– Mas a dificuldade é a mesma – discordou o Negrinho do Pastoreio.
– Acho que é a concorrência – disse o Boto. – Andam aparecendo muitos heróis e
vilões novos.
– Pois é – resmungou a Serpente Emplumada. – Até bruxas andam importando. Tem
monstros demais por aí...
– São todos produzidos por homens de negócios da cidade – disse o Saci. – É moda.
Vai passar...
– Espero – disse o Lobisomem. – Bons aqueles tempos em que eu reinava no país
inteiro, não só no cerrado.
– A diferença é que somos autênticos – disse o Negrinho do Pastoreio. – Nós nasce-
mos do povo.
– É verdade – disse o Boto. – Mas temos de refrescar a sua memória.
– Se pegarmos no pé de uns escritores, a coisa pode melhorar – disse a Serpente Em-
plumada.
– Eu conheço um – disse o Saci. – Vamos juntos atrás dele! – E foi o primeiro a se man-
dar, a mil por hora, em uma perna só.
CARRASCOZA, João Anzanello. Um encontro fantástico. Nova escola. Disponível em: https://novaesco-
la.org.br/conteudo/7443/um-encontro-fantastico. Acesso em: 20 mar. 2023.
107
10. Leia o texto e responda.
O TAXISTA
Uma turista pega um táxi no aeroporto para ir ao hotel. O motorista parece mudo,
pois não diz uma palavra sequer. Então a mulher toca no ombro dele para pedir uma
informação:
– Por favor...
Ele leva um grande susto, perde o controle do carro e quase provoca um acidente. A
turista se desculpa:
– Sinceramente, não sabia que o senhor ficaria tão assustado!
– Desculpe, senhora. É minha primeira viagem como taxista.
– E o que o senhor fazia antes?
– Por mais de 20 anos fui motorista de carro funerário.
AUTOR DESCONHECIDO. Disponível em: https://educaemcasa.petropolis.rj.gov.br/uploads/arquivos/
1617758516-4-feira-24-de-marco-iv-e-v-fase-pdf.pdf. Acesso em: 20 mar. 2023.
108
MATEMÁTICA
Professor/a, neste primeiro volume do Caderno Pedagógico 2023 Anos Iniciais
- MATEMÁTICA, selecionamos os principais conteúdos que mediam o desenvolvi-
mento de habilidades associadas à apropriação das características do Sistema de
Numeração Decimal, compreensão dos algoritmos da adição, subtração, multiplica-
ção e divisão, bem como a utilização dos diferentes significados dessas quatro ope-
rações para resolução de problemas com números naturais.
Apresentamos, ainda, conteúdos referente à representação decimal e a utili-
zação dessas de números decimais para representação de valores do sistema mone-
tário nacional por meio das notas e cédulas vigentes em nosso país.
Todos os conteúdos propostos neste caderno estão associados às habilidades
e descritores das matrizes de referência do Sistema Estadual de Avaliação do Mara-
nhão (SEAMA) e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) relativas ao 5º
Ano do Ensino Fundamental.
Nesta primeira parte, preparamos sugestões de dezesseis aulas com a propos-
ta de desenvolvimento uma aula semanal.
Este recurso pedagógico é recomendado para utilização de uma sequência
de quatro aulas, seguidas da aplicação de um teste para verificação da aprendiza-
gem, de acordo com o cronograma que segue:
109
Data Atividade Habilidade
D20. Resolver problema com números naturais, envol-
vendo diferentes significados da adição ou subtração:
__ /__ /__ Aula 7 juntar, alteração de um estado inicial (positiva ou nega-
tiva), comparação e mais de uma transformação. Conte-
údo(s): Resolução de problemas de adição e subtração
D20. Resolver problema com números naturais, envol-
vendo diferentes significados da adição ou subtração:
__ /__ /__ Aula 8 juntar, alteração de um estado inicial (positiva ou nega-
tiva), comparação e mais de uma transformação. Conte-
údo(s): Resolução de problemas de adição e subtração.
__ /__ /__ Teste 2 D18 e D20
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou di-
__ /__ /__ Aula 9 visão de números naturais. Conteúdo(s): Algoritmo da
Multiplicação
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou di-
__ /__ /__ Aula 10 visão de números naturais. Conteúdo(s): Algoritmo da
Divisão
D21. Resolver problema com números naturais, en-
volvendo diferentes significados da multiplicação ou
divisão: multiplicação comparativa, ideia de propor-
__ /__ /__ Aula 11
cionalidade, configuração retangular e combinatória.
Conteúdo(s): Problemas envolvendo as ideias de multi-
plicação
D21. Resolver problema com números naturais, en-
volvendo diferentes significados da multiplicação ou
__ /__ /__ Aula 12 divisão: multiplicação comparativa, ideia de propor-
cionalidade, configuração retangular e combinatória.
Conteúdo(s): Problemas envolvendo as ideias de divisão
__ /__ /__ Teste 3 D19 e D21
D22. Identificar diferentes representações de um mes-
mo número racional. Conteúdo(s): Número racional e
__ /__ /__ Aula 13
suas diferentes representações: fracionária, decimal e
percentual
D25. Resolver problema com números racionais expres-
sos na forma decimal envolvendo diferentes significa-
__ /__ /__ Aula 14
dos da adição e subtração. Conteúdo(s): Adição e sub-
tração de números decimais
D25. Resolver problema com números racionais expres-
sos na forma decimal envolvendo diferentes significa-
__ /__ /__ Aula 15
dos da adição e subtração. Conteúdo(s): Adição e sub-
tração de números decimais
D10. Num problema, estabelecer trocas entre cédulas e
__ /__ /__ Aula 16 moedas do sistema monetário brasileiro, em função de
seus valores. Conteúdo(s): Sistema Monetário do Brasil
__ /__ /__ Teste 4 D22, D25 e D10
110
Os testes para verificação da aprendizagem dos conhecimentos de Matemáti-
ca estão disponíveis na última seção deste caderno e poderão ser reproduzidos para
aplicação ao final de cada ciclo de quatro aulas.
Para promover maior agilidade na correção dos testes, disponibilizamos um
link e QR Code para acessar o gabarito e resolução comentada de cada questão dos
testes.
Por fim, desejamos que este caderno proporcione boas atividades de recom-
posição, recuperação e/ou reforço de aprendizagens essenciais para que os/as es-
tudantes concluintes da etapa referente aos anos iniciais do Ensino Fundamental
possam consolidar aprendizagens básicas e que estejam preparados para continuar
aprendendo e possam prosseguir seus estudos com sucesso e sem grandes dificul-
dades.
111
Aula
HABILIDADE:
D13. Reconhecer e utilizar características do
1
sistema de numeração decimal, tais como
agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do
valor posicional
CONTEÚDO(S):
Sistema de Numeração Decimal, Valor Posicional
e Quadro de Ordens
Podemos observar que os números dos dois atletas têm os mesmos algaris-
mos.
a. Quais são os algarismos que aparecem nos dois números?
b. Os números 1 927 e 7 291 são iguais? Justifique.
c. Qual o significado do algarismo 1 nos dois números?
d. Qual o significado do algarismo 9 nos dois números?
112
e. Qual o significado do algarismo 2 nos dois números?
f. Qual o significado do algarismo 7 nos dois números?
Esses valores que cada numeral assume de acordo com a posição nos núme-
ros é uma característica especial do nosso sistema de numeração.
O sistema de numeração que utilizamos é chamado de Sistema Indo-arábico
ou Sistema de Numeração Decimal porque é composto de 10 algarismos:
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Com esses 10 algarismos podemos escrever qualquer número que possa exis-
tir e para qualquer situação que precisarmos. Vamos ver alguns exemplos:
Nos exemplos que seguem, você solicita aos estudantes que regis-
trem números que representem as seguintes situações.
113
Observe as informações sobre casos de Zica e Chikungunya no ano de 2019,
publicados no site G1.
Fonte: G1.com.
De acordo com a publicação, em 2019, foram 10.708 casos de Zica e 132.205
casos de Chikungunya. Nesses dois números, responda:
a. Nos casos de Zica, qual o valor posicional dos algarismos 7 e 8?
O algarismo 7 está na terceira posição, então representa 7 centenas ou 700
unidades.
O algarismo 8 está na primeira posição então ele representa 8 unidades.
b. Nos casos de Chikungunya, quais os valores posicionais dos numerais 2
e 5?
Temos o algarismo 2 em duas posições:
Na quarta posição ele representa 2 unidades de milhar ou 2.000 unidades.
Na terceira posição ele representa 2 centenas ou 200 unidades.
O algarismo 5 está na primeira posição então ele representa 5 unidades.
114
QUADRO DE ORDENS
Na representação de um número no sistema de numeração decimal, a posi-
ção de cada algarismo indica uma ordem. Observe o número que aparece no texto
abaixo representado no Quadro de Ordens ou Quadro Valor de Lugar (QVL).
As três primeiras ordens do Sistema de Numeração Decimal são: Unidade (U),
Dezena (D) e Centena (C), que são organizadas no Quadro de Ordens da seguinte
forma:
115
Vamos ver mais um exemplo? Leia a seguinte informação, retirada do site do
IBGE.
Fonte: https://altamira.ma.gov.br/informa.php?id=760
O cartaz informa que foram recebidas 17.072 doses e que foram aplicadas
13.499 doses de vacina contra Covid-19 até aquela data.
116
Responda.
1. Do número 17.072, escreva o valor posicional dos algarismos 1, 7 e 2.
O algarismo 1 ocupa a quinta posição: representa 10 dezenas de milhar ou
10.000 unidades.
O algarismo 7 ocupa duas posições: Na quarta posição, representa 7 unida-
des de milhar ou 7.000 unidades. Na segunda posição, representa 7 deze-
nas ou 70 unidades.
O algarismo 2 ocupa a primeira posição: representa 2 unidades.
2. Do número 13.499, escreva o valor posicional dos algarismos 1, 3 e 4.
O algarismo 1 ocupa a quinta posição: representa 10 dezenas de milhar ou
10.000 unidades.
O algarismo 3 ocupa a quarta posição: representa 3 unidades de milhar ou
3.000 unidades.
O algarismo 4 ocupa a terceira posição: representa 4 centenas ou 400 uni-
dades.
3. Organize o número 17.072 no Quadro de Ordens e escreva o valor corres-
pondente de cada ordem.
117
Aula
HABILIDADE:
D13. Reconhecer e utilizar características do
2
sistema de numeração decimal, tais como
agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do
valor posicional
CONTEÚDO(S):
Agrupamentos e trocas na base 10
118
Disponível: https://www.buenasdicas.com/paises-medalhas-olimpiadas-12470/ (Adaptado). Acesso em
11 de março de 2023.
Agora vamos representar o total de medalhas de algumas dessas nações em
agrupamentos.
Total de Medalhas dos Estados Unidos: 2.636.
119
1.010 = 1 x 1.000 + 0 x 100 + 1 x 10 + 0
Ou seja, 1.010 = 1.000 + 0 + 10 + 0
634 = 6 x 100 + 3 x 10 + 4
Ou seja, 634 = 600 + 30 + 4
764 = 7 x 100 + 6 x 10 + 4
Ou seja, 764 = 700 + 60 + 4
Agora vamos ver o que você aprendeu: Na tabela abaixo, são informadas as
distâncias entre São Luís e algumas cidades do Maranhão, obtidas pelo Google Maps.
120
566 = 5 x 100 + 6 x 10 + 6
Ou seja, 566 = 500 + 60 + 6
248 = 2 x 100 + 4 x 10 + 8
Ou seja, 248 = 200 + 40 + 8
121
Distância de Fortaleza dos Nogueiras a São Luís: 709 km
709 = 7 x 100 + 0 x 10 + 9
Ou seja, 709 = 700 + 0 + 9
411 = 4 x 100 + 1 x 10 + 1
Ou seja, 411 = 400 + 10 + 1
122
Aula
HABILIDADE:
D16. Reconhecer a decomposição de números
3
naturais nas suas diversas ordens
CONTEÚDO(S):
Decomposição das ordens em unidades
123
Vamos registrar na nova linha a quantidade correspondente de unidades de
cada ordem.
• Na ordem das unidades: 2 unidades
• Na ordem das dezenas: 2 dezenas = 20 unidades
• Na ordem das centenas: 8 centenas = 800 unidades
Agora vamos colocar esses valores na segunda linha do quadro valor de lugar:
124
Para finalizar, anotar a quantidade de unidades que cada ordem representa:
• Ordem das unidades: 3 unidades
• Ordem das dezenas: 8 dezenas = 80 unidades
• Ordem das centenas: 2 centenas = 200 unidades
• Ordem das unidades de milhares: 1 milhar = 1.000 unidades
366 = 300 + 60 + 6
b. Altura do Pico da Neblina (ponto mais alto do Brasil): 2.965 metros. Esse nú-
mero tem quatro ordens, então a decomposição terá quatro parcelas.
125
ordens, então a decomposição terá 5 parcelas.
235 = 200 + 30 + 5
4853 = 4000+800+50+3
13290 = 10000+3000+200+90
180345 = 100000 + 80000 + 300 + 40
126
Aula
HABILIDADE:
D17. Reconhecer a composição e a decomposição
4
de números naturais em sua forma polinomial
CONTEÚDO(S):
Composição e a decomposição de números
naturais em sua forma polinomial
127
A forma decomposta dos números em unidades também pode ser escrita na
forma polinomial. Vamos entender o que isso significa.
a. Observe a forma decomposta do número de dias do ano bissexto: 366
366 = 300 + 60 + 6
• A parcela referente a 300 corresponde a 3 centenas. Podemos escrever: 3 x
100
• A parcela referente a 60 corresponde a 6 dezenas. Podemos escrever: 6 x 10
• A parcela referente a 6 corresponde a 6 unidades. Podemos escrever: 6 x 1
A forma decomposta também pode ser escrita da seguinte forma:
366 = 3 x 100 + 6 x 10 + 6 x 1
Esta forma de representar a decomposição de um número natural é cha-
mada de Forma Polinomial.
Vamos escrever a forma polinomial dos outros números do quadro.
128
Resposta:
a) 875 = 800 + 70 + 5 = 8 x 100 + 7 x 10 + 5 x 1
b) 1.972 = 1.000 + 900 + 70 + 2 = 1 x 1.000 + 9 x 100 + 7 x 10 + 2 x 1
c) 15.049 = 10.000 + 5.000 + 0 + 40 + 9 = 1 x 10.000 + 5 x 1.000 + 0 x 100 + 4 x 10 + 9 x 1
Observe o algarismo zero na terceira ordem (ordem das centenas)
d) 125.001 = 100.000 + 20.000 + 5.000 + 0 + 0 + 1 Observe o algarismo zero na ordem
das dezenas e na ordem das centenas = 1 x 100.000 + 2 x 10.000 + 5 x 1.000 + 0 x 100
+ 0 x 10 + 1 x 1
Resposta:
a) 349 = 300 + 40 + 9 = 3 x 100 + 4 x 10 + 9 x 1
b) 5.038 = 5.000 + 0 + 30 + 8 = 5 x 1.000 x 0 x 100 + 3 x 10 + 8 x 1
c) 75.780 = 70.000 + 5.000 + 700 + 80 + 0 = 7 x 10.000 + 5 x 1.00 + 7 x 100 + 8 x 10 + 0 x 1
129
02. Escreva os números formados a partir da forma polinomial apresentada:
a) 5 x 100 + 9 x 10 + 5 x 1
b) 9 x 1.000 + 0 x 100 + 7 x 10 + 3 x 1
c) 8 x 10.000 + 8 x 1.000 + 7 x 100 + 0 x 10 + 0 x 1
Resposta:
a) 5 x 100 + 9 x 10 + 5 x 1 = 500 + 90 + 5 = 595
b) 9 x 1.000 + 0 x 100 + 7 x 10 + 3 x 1 = 9.000 + 0 + 70 + 3 = 9.073
c) 8 x 10.000 + 8 x 1.000 + 7 x 100 + 0 x 10 + 0 x 1 = 80.000 + 8.000 + 700 + 0 + 0 = 88.700
130
Aula
HABILIDADE:
D18. Calcular o resultado de uma adição ou
5
subtração de números naturais
CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Adição
Operação D U
4 7
Disponível em: https://www.lojade199online.
+ 5 0 com.br/institucional/importador-bola-gude-
-na-25-marco.php.
Resultado
131
SINAL D U
4 7
+ 5 0
Resultado 9 7
Na rua que Marcos mora, tem 39 casas de um lado e 38 do outro lado. Quantas
casas tem na rua de Marcos?
Para calcular quantas casas tem na rua de Marcos, vamos juntar a quantidade
de casas dos dois lados, ou seja: 39 + 38.
No quadro de ordens, vamos deixar uma linha para o 39, uma linha para o 38
e outra para o total.
Operação D U
3 9
+ 3 8
Resultado
Operação D U
+1
3 9
+ 3 8
Resultado 7
Somando as dezenas: observe que veio uma dezena da ordem das unidades.
132
Então ficamos com 1 + 3 + 3, que totaliza 7.
Operação D U
+1
3 9
+ 3 8
Resultado 7 7
Indo de casa para a escola, Mariana gosta de contar coisas que vê pelo cami-
nho. Ontem ela estava contando carros de suas cores preferidas: vermelho e preto.
Conferiu 58 carros vermelhos e 74 carros brancos. No total, quantos carros dessas
cores ela contou?
Para saber quantos carros ela contou, precisamos juntar essas duas quantida-
des: 58 + 74. Veja como fica representado no quadro de ordens:
Operação D U
5 8
+ 7 4
Resultado
Operação D U
+1
5 8
+ 7 4
Resultado 2
Somando as dezenas: observe que veio uma dezena da ordem das unidades.
Então ficamos com 1 + 5 + 7, que totaliza 13 dezenas.
Mas 13 dezenas correspondem a 1 centena e 3 dezenas. Devemos colocar o
algarismo 3 na ordem das dezenas e “vai um” para a ordem das centenas.
133
Operação C D U
+1 +1
5 8
+ 7 4
Resultado 3 2
Operação C D U
+1 +1
5 8
+ 7 4
Resultado 1 3 2
Operação D U
6 3
+ 3 2
Resultado 9 5
134
b) Soma das unidades: 6 + 8 = 14 (vai 1)
Soma das dezenas: 1 + 6 + 2 = 9
Operação D U
+1
6 6
+ 2 8
Resultado 9 4
Operação C D U
+1
1 2 5
+ 4 9
Resultado 1 7 4
Operação C D U
+1 +1
5 6 8
+ 3 6 8
Resultado 9 3 6
Respostas:
a) Soma das unidades: 5 + 5 = 10 (vai 1)
135
Soma das dezenas: 1 + 3 + 4 = 8
Operação D U
+1
3 5
+ 4 5
Resultado 8 0
Operação C D U
+1 +1
5 2 6
+ 3 9 5
Resultado 9 2 1
Operação M C D U
+1 +1 +1
4 8 9
+ 6 9 7
Resultado 1 1 8 6
Operação C D U
+1
5 9 3
+ 1 2 5
Resultado 7 1 8
136
e) Soma das unidades: 7+3=0 (vai 1)
Soma das dezenas: 1+6+7=14 (vai 1)
Soma das centenas: 1+8+5=14 (vai um)
Somas das unidades de milhar: 1
Operação M C D U
+1 +1 +1
8 6 7
+ 5 7 3
Resultado 1 4 4 0
137
Aula
HABILIDADE:
D18. Calcular o resultado de uma adição ou
6
subtração de números naturais
CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Subtração
138
Operação D U
Quantidade no iní-
6 8
cio (Minuendo)
Quantidade que
- 2 5 perdeu
(Subtraendo)
Resultado Resto ou diferença
Operação D U
6 8
- 2 5
Resultado 4 3
139
que lancharam do número de lanches preparados, ou seja, 92 - 78.
No quadro de ordens, vamos deixar uma linha para o 92, uma linha para o 78
e outra para o resultado.
Operação D U
9 2
- 7 8
Resultado
Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado
Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado 4
Pra finalizar, fazer a subtração na ordem das dezenas: eram 9 dezenas, em-
prestou 1 e ficou 8. Agora vamos tirar 7 dezenas de 8 dezenas: 8 - 7 = 1.
Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado 1 4
140
Operação C D U
4 3 5
- 4 8
Resultado
Operação C D U
4 32 5 15
- 4 8
Resultado 7
Operação C D U
43 3 12 5 15
- 4 8
Resultado 3 8 7
141
Para fazer essas subtrações, vamos representar os valores nos quadros de ordens:
a) 198 - 156 = 42
Unidades: 8 − 6 = 2
Dezenas: 9 − 5 = 4
Centenas: 1 − 1 = 0
Operação C D U
1 9 8
- 1 5 6
Resultado 0 4 2
Operação C D U
54 1 11 8
- 3 2 7
Resultado 1 9 1
Operação C D U
98 2 11 3 13
- 5 4 6
Resultado 3 7 7
142
d) 200 - 98 = 102
Unidades: 0 − 8. Não é possível.
Note que não é possível também desagrupar a ordem das dezenas porque ela tem
0 dezena.
A ordem que pode ser desagrupada é a ordem das centenas e emprestar uma cen-
tena para a ordem das dezenas. Ficará 1 centena, 10 dezenas e 0 unidade
Ainda não é possível fazer 0 − 8.
Mas já podemos desagrupar a ordem das dezenas para emprestar uma dezena para
a ordem das unidades.
Ficará 1 centena, 9 dezenas e 10 unidades.
Agora podemos fazer:
Unidades: 10 − 8 = 2
Dezenas: 9 − 9 = 0
Centenas: 1 − 0 = 1
Operação C D U
21 09 0 10
- 9 8
Resultado 1 0 2
Respostas:
a) 45 - 35 = 10
Operação D U
4 5
- 3 5
Resultado 1 0
143
b) 593 - 375 = 218
Operação C D U
5 98 3 13
- 3 7 5
Resultado 2 1 8
Operação C D U
65 09 7 17
- 4 8 9
Resultado 1 1 8
Operação C D U
54 2 11 3 13
- 1 9 5
Resultado 3 2 8
Operação C D U
87 6 15 3 13
- 5 7 7
Resultado 2 8 6
144
Aula
HABILIDADE:
D20. Resolver problema com números naturais,
7
envolvendo diferentes significados da adição ou
subtração: juntar, alteração de um estado inicial
(positiva ou negativa), comparação e mais de uma
transformação
CONTEÚDO(S):
Resolução de problemas de adição e subtração
145
que são conhecidos os estados iniciais e o estado final da situação ou po-
dem envolver situações em que o todo e uma das partes são conhecidos,
sendo necessário determinar a outra parte (podem envolver todas as ideias).
Operação D U
+1
3 9
+ 1 5
Resultado 5 4
02. Para a refeição da escola, a merendeira preparou 392 lanches. Por causa da
chuva, somente 278 estudantes vieram para a escola e lancharam cada um uma
única vez. Quantos lanches sobraram nesse dia?
Resolução:
Situação Inicial: preparou 392 lanches
Transformação: só vieram 278 estudantes
Situação final: quantos lanches sobraram (392 − 278)
Operação C D U
3 98 2 12
- 2 7 8
Resultado 1 1 4
03. Na cidade onde Marcos mora, tem dois bairros. No primeiro bairro vivem 2.582
pessoas e no segundo bairro, 4.739. Quantas pessoas vivem na cidade de Marcos?
146
Resolução:
Situação Inicial: no primeiro bairro vivem 2.582 pessoas
Transformação: no segundo bairro vivem 4.739 pessoas
Situação final: total de moradores (2.582 + 4.739)
Operação UM C D U
+1 +1 +1
2 5 8 2
+ 4 7 3 9
Resultado 7 3 2 1
04. (SPAECE). Gustavo sempre joga bolinha de gude com seus amigos. Na última
semana, ele tinha 2. 274 bolinhas de gude. Depois de perder algumas jogadas du-
rante a semana, ele ficou com 1.387 bolinhas de gude.
Quantas bolinhas de gude ele perdeu nessa semana?
A) 787
B) 887
C) 1 997
D) 4 661
Resolução:
Situação Inicial: preparou tinha 2.274 bolinhas
Transformação: perdeu bolinhas (2.274 - 1.387)
Situação final: ficou com 1.387 bolinhas
Operação UM C D U
21 2 11 7 16 4 14
- 1 3 8 7
Resultado 0 8 8 7
147
Situação Inicial: a escola tem 754 alunos
Transformação: 348 alunos faltaram
Situação final: quantos foram ao baile (754 - 348)
Operação C D U
7 54 4 14
- 3 4 8
Resultado 4 0 6
06. (SARESP). Flávio comprou um caderno de 200 folhas. Ele já usou 104 folhas
desse caderno.
Quantas folhas, sem uso, ainda restam no caderno de Flávio?
A) 96
B) 104
C) 106
D) 304
Resolução:
Situação Inicial: o caderno tem 200 folhas
Transformação: foram usadas 104
Situação final: quantas ainda restam (200 − 104)
Operação C D U
21 09 0 10
- 1 0 4
Resultado 0 9 6
07. (SARESP). Bete precisa pesar seu cachorrinho, mas ele não para quieto na ba-
lança. Então, Bete subiu na balança com ele. Observe quanto a balança marcou.
Como Bete pesa 29 kg então seu cachorrinho pesa:
A) 61 kg
B) 51 kg
C) 5 kg
D) 3 kg
Resolução:
Situação Inicial: peso total 32 kg
Transformação: peso de Bete 29 kg
148
Situação final: peso do cachorrinho de Bete (32 - 29)
Operação D U
32 2 12
- 2 9
Resultado 0 3
149
Aula
HABILIDADE:
D20. Resolver problema com números naturais,
8
envolvendo diferentes significados da adição ou
subtração: juntar, alteração de um estado inicial
(positiva ou negativa), comparação e mais de uma
transformação
CONTEÚDO(S):
Resolução de problemas de adição e subtração
08. (SEAPE). Pedro e Fábio são fazendeiros e criam gado. Pedro possui 524 bois e
Fábio possui 218. Quantos bois Pedro tem a mais que Fábio?
A) 306
B) 314
C) 732
D) 742
Resolução:
Pedro: 524 bois
Fábio: 218 bois
Quantos a mais (524 - 218)
Operação C D U
5 21 4 14
- 2 1 8
Resultado 3 0 6
150
Quantas figurinhas Marcele precisa comprar para ficar com a mesma quantidade de
Rodrigo?
A) 45
B) 55
C) 92
D) 139
Resolução:
Marcele: 47 figurinhas
Rodrigo: 92 figurinhas
Quantos Rodrigo tem a mais (92 - 47)
Operação D U
98 2 12
- 4 7
Resultado 4 5
Resposta: Rodrigo tem 45 figurinhas a mais. Para Marcele ter a mesma quantidade,
ela precisa de mais 45.
10. (SAEMI). Em um jogo, Sílvio fez 52 pontos e Gilson fez 37. Quantos pontos Gilson
deverá fazer para empatar com Sílvio?
A) 15
B) 16
C) 25
D) 52
Resolução:
Sílvio: 52 pontos
Gilson: 37 figurinhas
Quantos pontos Sílvio tem a mais (52 - 37)
Operação D U
54 2 12
- 3 7
Resultado 1 5
Resposta: Sílvio tem 15 figurinhas a mais. Para Gilson empatar, precisa marcar mais
15 pontos.
11. Daniele tinha 584 figurinhas em sua coleção. Hoje, sua prima Juliana deu-lhe
64 figurinhas, mas ela perdeu 12 delas. Quantas figurinhas Daniele têm em sua
coleção agora?
A) 508
151
B) 520
C) 636
D) 648
Resolução:
Situação Inicial: 584 figurinhas
Transformação 1: ganhou 64 figurinhas
Transformação 2: perdeu 12 figurinhas
Situação final: (584 + 64) − 12
Operação C D U
+1
5 8 4
+ 6 4
Resultado 6 4 8
Operação C D U
6 4 8
- 1 2
Resultado 6 3 6
12. (SAEP). Na fazenda Boa Esperança, havia 1048 bois. Na feira de gado, o fazen-
deiro vendeu 366 de seus bois e comprou 532 bois. A fazenda agora tem:
(A) 1.204 bois
(B) 1.214 bois
(C) 882 bois
(D) 914 bois
Resolução:
Situação Inicial: 1.048 bois
Transformação 1: vendeu 366 bois
Transformação 2: comprou 532 bois
Situação final: (1.048 - 366) + 532
Operação UM C D U
1 09 4 14 8
- 3 6 6
Resultado 0 6 8 2
152
Operação UM C D U
+1 +1
6 8 2
+ 5 3 2
Resultado 1 2 1 4
13. Depositei em minha conta bancária 230 reais em dinheiro e recebi dois PIX, um
de 84 reais e outro de 38 reais.
Qual foi o valor total desse depósito?
A) 252
B) 342
C) 352
D) 398
Resolução:
Situação Inicial: 230 reais
Transformação 1: PIX de 84 reais
Transformação 2: PIX de 38 reais
Situação final: (230 + 84) + 38
Operação C D U
+1
2 3 0
+ 8 4
Resultado 3 1 4
Operação C D U
+ +1
3 1 4
+ 3 8
Resultado 3 5 2
153
A) 535
B) 545
C) 645
D) 655
Resolução:
Situação Inicial: ganhou 325 pontos
Transformação 1: ganhou 785 pontos
Transformação 2: perdeu 465 pontos
Situação final: (325 + 785) − 465
Operação UM C D U
+1 +1 +1
3 2 5
+ 7 8 5
Resultado 1 1 1 0
Operação UM C D U
1 1 10 1 10 0 10
- 4 6 5
Resultado 0 6 4 5
15. Cláudio costuma jogar videogame com seu irmão Lucas. Lucas fez 6.410 pontos
e ele fez 1.880 pontos. Quantos pontos a mais Cláudio precisaria fazer para empa-
tar com seu irmão?
A) 6.410
B) 8.290
C) 4.530
D) 5.470
Resolução:
Lucas: 6.410 pontos
Cláudio: 1.880 pontos
Quantos pontos Lucas tem a mais (6.410 - 1.880)
154
Operação UM C D U
65 4 14 1 11 0
- 1 8 8 0
Resultado 4 6 3 0
Resposta: Lucas tem 4.530 pontos a mais. Para Cláudio empatar, precisa marcar mais
4.530 pontos.
155
Aula
HABILIDADE:
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou
9
divisão de números naturais
CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Multiplicação
156
Operação D U
+1
1 2
x 8
Resultado 9 6
A mãe de Giselle tem uma banca que vende água de coco gelado na praia. Ela
venda diariamente 32 cocos. Quantos cocos d’água ela vende em uma semana?
Para calcular quantos cocos gelados a mãe de Giselle vende em uma semana,
ou seja, em sete dias, precisamos efetuar uma multiplicação. Vamos utilizar o algo-
ritmo de conta armada.
Para multiplicar 32 por 7, efetue a operação com a criança, mostrando que ao
multiplicarmos o 7 por 2 (7 x 2 = 14), escrevemos como resultado parcial apenas as 4
unidades, guardando mentalmente a 1 dezena do produto 15 (vai 1).
Operação C D U
+2 +1
3 2
x 7
Resultado 2 2 4
157
a) 5 x 8 = 40 unidades. Anota 0 e vai 4 dezenas
5 x 2 = 10 dezenas + 4 dezenas = 14 dezenas
Operação C D U
+1 +4
2 8
x 5
Resultado 1 4 0
Resposta: 28 x 5 = 140
Operação UM C D U
+1 +3 +2
2 4 3
x 8
Resultado 1 9 4 4
158
Operação UM C D U
+3 +2
4 3
x 7
Primeira
3 0 1
etapa
Operação UM C D U
4 3 xxx
x 2 xxx
Segunda
8 6 0
etapa
Operação UM C D U
+1
3 0 1
+ 8 6 0
Resultado 1 1 6 1
Resposta: 1.161
Resolução:
a) Primeira Etapa: 76 x 2
2 x 6 = 12 unidades. Anota 2 vai 1 dezena
2 x 7 = 14 dezenas + 1 dezena = 15 dezenas
Segunda etapa: 76 x 3
3 x 6 = 18 dezenas. Anota 8 na ordem das dezenas. Vai 1 centena
3 x 7 = 21 centenas + 1 centena = 22 centenas
Somar os algoritmos de acordo com as ordens
159
Operação UM C D U
+1 +1
7 6
x 2
Primeira
1 5 2
etapa
Operação UM C D U
+2 +1
7 6 xxx
x 3 xxx
Segunda
2 2 8 0
etapa
Operação UM C D U
+1
1 5 2
+ 2 2 8 0
Resultado 2 4 3 2
Resposta: 76 x 32 = 2.432.
160
Operação UM C D U
+1 +5 +6
1 5 7
x 9
Primeira
1 4 1 3
etapa
Operação UM C D U
1 5 7 xxx
x 1 xxx
Segunda
1 5 7 0
etapa
Operação UM C D U
1 4 1 3
+ 1 5 7 0
Resultado 2 9 8 3
161
Operação DM UM C D U
+1
5 1 4
x 3
Primeira
1 5 4 2
etapa
Operação DM UM C D U
+1
5 1 4 xxx
x 2 xxx
Segunda
1 0 2 8 0
etapa
Operação DM UM C D U
+1
1 5 4 2
+ 1 0 2 8 0
Resultado 1 1 8 2 2
162
Respostas:
a) 86 x 5 = 430
Operação C D U
+4 +3
8 6
x 5
Resultado 4 3 0
b) 45 x 9 = 405
Operação C D U
+4 +4
4 5
x 9
Resultado 4 0 5
c) 35 x 45 = 1.575
Operação UM C D U
+1 +2
3 5
x 5
Primeira
1 7 5
etapa
Operação UM C D U
+1 +2
3 5 xxx
x 4 xxx
Segunda
1 4 0 0
etapa
163
Operação UM C D U
1 7 5
+ 1 4 0 0
Resultado 1 5 7 5
d) 56 x 95 = 5.320
Operação UM C D U
+2 +3
5 6
x 5
Primeira
2 8 0
etapa
Operação UM C D U
+5 +5
5 6 xxx
x 9 xxx
Segunda
5 0 4 0
etapa
Operação UM C D U
+1
2 8 0
+ 5 0 4 0
Resultado 5 3 2 0
164
e) 434 x 62 = 26.908
Operação DM UM C D U
4 3 4
x 2
Primeira
8 6 8
etapa
Operação DM UM C D U
+2 +2 +2
4 3 4 xxx
x 6 xxx
Segunda
2 6 0 4 0
etapa
Operação DM UM C D U
+1
8 6 8
+ 2 6 0 4 0
Resultado 2 6 9 0 8
f) 365 x 45 = 16.425
Operação DM UM C D U
+1 +3 +2
3 6 5
x 5
Primeira
1 8 2 5
etapa
Operação DM UM C D U
+1 +2 +2
3 6 5 xxx
x 4 xxx
Segunda
1 4 6 0 0
etapa
165
Operação DM UM C D U
+1
1 8 2 5
+ 1 4 6 0 0
Resultado 1 6 4 2 5
Operação DM UM C D U
+1 +2 +4
2 3 5
x 8
Primeira
1 8 8 0
etapa
Operação DM UM C D U
+1
2 3 5 xxx
x 2 xxx
Segunda
4 7 0 0
etapa
Operação DM UM C D U
2 3 5 xxx xxx
x 1 xxx xxx
Terceira
2 3 5 0 0
etapa
Operação DM UM C D U
+1 +2
1 8 8 0
4 7 0 0
+ 2 3 5 0 0
Resultado 3 0 0 8 0
166
Aula
HABILIDADE:
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou
10
divisão de números naturais
CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Divisão
Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
3 6 1
- 3
Resto 1 0
167
É possível formar 3 grupos com 6 unidades? Sim. É possível formar 3 grupos
de 2 unidades.
Sobrará alguma unidade que não possa ser dividida por 3? Não. Porque 2 x 3 =
6 e 6 - 6 = 0. Não sobrará nenhuma unidade.
Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
3 6 Quociente 1 2
- 3
Resto 1 0 6
- 6
Resto 2 0 0
Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
4 8 Quociente 1 2
- 4
Resto 1 0 8
- 8
Resto 2 0 0
Com a divisão não teve resto, o resultado da divisão de 48 por 4 é igual a 12, ou
seja, 48 / 4 = 12.
168
Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
8 1 Quociente 2 7
- 6
Resto 1 2 1
- 2 1
Resto 2 0 0
Com a divisão não teve resto, o resultado da divisão de 81 por 3 é igual a 27, ou
seja, 81 / 3 = 27.
Dividendo Divisor 5
Operação /
D U D U
8 6 Quociente 1 7
- 5
Resto 1 3 6
- 3 5
Resto 2 0 1
Nesse caso, como não teremos uma divisão exata. Então podemos dizer que o
resultado da divisão de 86 por 5 é igual a 17, com resto de 1 unidade.
169
Para reforçar a compreensão, vamos fazer as seguintes divisões, sem uso do
quadro de ordens:
a) 96 / 5
b) 85 / 4
c) 972 / 4
Resolução:
a) Vamos começar pelas dezenas: 9 dividido por 5 é igual a 1, sobra 4
Veja: 1 x 5 = 5 e 9 - 5 = 4
As 4 dezenas de sobraram se agrupam com as 6 unidades. Ficam 46 unidades
46 dividido por 5 é igual a 9 e sobra 1 de resto, pois 9 x 5 = 45 e 46 - 45 = 1
Logo, 96 / 5 = 19 e resta 1
Dividendo Divisor 5
Operação /
D U D U
9 6 Quociente 1 9
- 5
Resto 1 4 6
- 4 5
Resto 2 0 1
Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
8 5 Quociente 2 1
- 8
Resto 1 0 5
- 4
Resto 2 0 1
c) Note que o dividendo é composto por três ordens. Começaremos pela maior que
é a ordem das centenas.
170
9 / 4 = 2 com resto 1, pois 2 x 4 = 8 e 9 - 8 = 1
A centena que sobra se agrupa com as dezenas, ficando 17 / 4 = 4 e resto 1, pois 4 x 4
= 16 e 17 - 16 = 1
A dezena que resta se agrupa com as unidades, ficando 12 / 4 = 3 sem resto, pois 3 x
4 = 12 e 12 - 10 = 0
Logo, 972 / 4 = 243
Dividendo Divisor 4
Operação /
C D U C D U
9 7 2 2 4 3
- 8
Resto 1 1 7
- 1 6
Resto 2 0 1 2
- 1 2
Resto 3 0 0 0
Dividendo Divisor 5
Operação /
D U D U
8 5 Quociente 1 7
- 5
Resto 1 3 5
- 3 4
Resto 2 0 0
Logo, 85 / 5 = 17
171
b) 9 dividido por 8 é igual a 1 e resta 1, pois 1 x 8 = 8 e 9 - 8 = 1. A dezena de sobrou se
agrupa com as unidades. Fica 17 dividido por 8, que é igual a 2 e resto 1, pois 2 x 8 =
16 e 17 - 16 = 1
Dividendo Divisor 8
Operação /
D U D U
9 7 Quociente 1 2
- 8
Resto 1 1 7
- 1 6
Resto 2 0 1
Logo, 97 / 8 = 12 e resto 1
Dividendo Divisor 4
Operação /
C D U C D U
6 7 4 1 6 8
- 4
Resto 1 2 7
- 2 4
Resto 2 0 3 4
- 3 2
Resto 3 0 0 2
d) Devemos começar pela centena: Note que 8 é menor 9 e não dá para dividir as
centenas. Então, colocamos 0 na casa das centenas no divisor e agrupamos essas
centenas com as dezenas. Fica 83 / 9 = 9, com resto 2, pois 9 x 9 = 81 e 83 - 81 = 2
Essas duas dezenas se agrupam com as unidades, ficando 24 / 9 = 2, com resto 6, pois
2 x 9 = 18 e 24 - 18 = 6
172
Dividendo Divisor 9
Operação /
C D U C D U
8 3 4 0 9 2
- 8 1
Resto 1 0 2 4
- 1 8
Resto 2 0 6
173
Aula
HABILIDADE:
D21. Resolver problema com números
11
naturais, envolvendo diferentes significados
da multiplicação ou divisão: multiplicação
comparativa, ideia de proporcionalidade,
configuração retangular e combinatória
CONTEÚDO(S):
Problemas envolvendo as ideias de multiplicação
Trataremos dos três significados mais importantes por meio de alguns pro-
blemas.
01. Os irmãos José e João resolveram juntar suas economias para comprar uma
coleção de figurinhas que tanto desejam. Eles decidiram economizar 13 reais por
semana durante 5 semanas para poder comprar a co-
leção. Qual o valor total que eles devem economizar
para comprar as figurinhas?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de parcelas iguais:
eles devem economizar o mesmo valor durante 5 se-
manas: 13 + 13 + 13 + 13 + 13 = 65.
Essa ideia pode ser traduzida na forma de multiplica-
ção: 5 x 13 = 65.
Ou seja, eles precisam economizar 65 reais para comprar a coleção de figurinhas.
02. A professora de Julia comprou 7 livros, cada livro com 92 páginas, ao todo,
quantas páginas possuem os livros?
Resolução:
Esse problema também nos remete à ideia de adição de parcelas iguais: 92 + 92 + 92
+ 92 + 92 + 92 + 92 = 644 ou 7 x 92 = 644.
03. Em uma sala de aula, as carteiras dos estudantes estão organizadas em sete
fileiras, sendo que cada fileira tem seis carteiras. Quantas carteiras de estudantes
tem nessa sala de aula?
174
Resolução:
Este problema está associado à ideia de configuração retangular. Imagine se a sala
fosse uma malha quadriculada e cada quadrícula representasse uma certeira de es-
tudante. Assim:
Para calcular a área desse retângulo, não é necessário contar cada quadrículo e sim
multiplicar o número de linhas pelo número de colunas: 7 x 6 = 42.
No caso da sala de aula que tem 7 fileiras e cada fileira tem 6 carteiras, para calcular o
número de carteiras, também basta multiplicar o número de carteiras pelo número
de fileiras. Logo, a sala terá: 7 x 6 = 42 carteiras.
04. No dia de seu aniversário, Marcos ganhou um vale presente para comprar uma
calça e uma camisa na loja de dona Mariana. Dona Mariana dispõe de 5 modelos
de calças e 7 modelos de camisas. De quantas formas diferentes Marcos pode es-
colher uma calça e uma camisa para pagar com o vale presente?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de raciocínio combinatório. Nesse tipo de pro-
blema a solução é obtida multiplicando o número de possibilidades de modelos de
calças pelo número de possibilidades de modelos de camisas.
Assim, Marcos terá 7 x 5 = 35 formas diferentes de escolher uma calça e uma camisa
entre os modelos disponíveis.
05. Um copo descartável tem capacidade para 180 mililitros de líquido. Quantos
mililitros de líquido são necessários para encher 4 copos de mesma capacidade?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de proporcionalidade. Nesse tipo de problema
a solução é obtida pela multiplicação pelo fator de proporcionalidade. Se um copo
tem capacidade de 180 mL, quatro copos terão 4 x 180 = 720 mL de líquido. Assim
serão necessários 720 mL para encher quatro copos.
175
Operação UM C D U
3 2
x 0
Primeira
0 0
etapa
Operação UM C D U
3 2 xxx
x 1 xxx
Segunda
3 2 0
etapa
Operação UM C D U
0 0
+ 3 2 0
Resultado 3 2 0
02. A lanchonete da Gigi resolveu fazer uma promoção e divulgou o seguinte car-
taz:
De acordo com a promoção do dia, de quantas formas diferentes uma pessoa pode
fazer um pedido contendo um salgado, uma bebida e uma sobremesa?
Resolução:
Usando o raciocínio combinatório, a solução é o produto de todas as possibilidades:
Salgado 5 x Bebida 3 x Sobremesa 2
176
Então, terá 5 x 3 x 2 = 30 formas diferentes de fazer um pedido.
04. Um edifício tem 12 andares com 15 salas por andar. Quantas salas há nesse
edifício?
A) 27
B) 72
C) 170
D) 180
Resolução:
Usando a ideia de configuração retangular, o edifício terá: 12 x 15 = 180 salas.
05. Em uma viagem, um caminhão transporta 2.250 tijolos. Quantos tijolos trans-
portará em 35 viagens, levando sempre essa quantidade?
A) 76.550
B) 77.750
C) 78.750
D) 78.785
Resolução:
Usando a ideia de proporcionalidade, o total de tijolos transportados será de: 35 x
2.250 = 78.750.
177
Aula
HABILIDADE:
D21. Resolver problema com números
12
naturais, envolvendo diferentes significados
da multiplicação ou divisão: multiplicação
comparativa, ideia de proporcionalidade,
configuração retangular e combinatória
CONTEÚDO(S):
Problemas envolvendo as ideias de divisão
Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
9 6 Quociente 2 4
- 8
Resto 1 1 6
- 1 6
Resto 2 0 0
02. Seu Pedro recebeu um carregamento de 741 tijolos para terminar de fazer 3
muros. Ele separou os tijolos em 3 pilhas com quantidade iguais de tijolos. Quan-
178
tos tijolos ele colocou em cada pilha?
Resolução:
Raciocínio semelhante ao usado na questão anterior. Precisamos dividir 741 tijolos
em 3 pilhas.
Dividendo Divisor 3
Operação /
C D U C D U
7 4 1 2 4 7
- 6
Resto 1 1 4
- 1 2
Resto 2 0 2 1
- 2 1
Resto 3 0 0 0
03. Dez amigos foram a uma pizzaria e a conta deu R$ 130,00. A conta foi dividida
igualmente entre eles. Quanto cada um deles pagou?
Resolução:
Neste caso, precisamos dividir a conta de 130 reais igualmente entre os 10 amigos.
Dividendo Divisor 10
Operação /
C D U C D U
1 3 0 0 1 3
- 1 0
Resto 1 0 3 0
- 3 0
Resto 2 0 0 0
04. 208 pessoas vão participar de uma gincana em que serão formados 16 grupos
com a mesma quantidade de pessoas. Quantas pessoas ficarão em cada grupo?
Resolução:
Esse problema está associado a ideia de medida. Poderíamos perguntar da seguinte
forma: quantas vezes 16 cabe em 208. A resposta é o quociente da divisão de 208 por
16.
179
Dividendo Divisor 16
Operação /
C D U C D U
2 0 8 0 1 3
- 1 6
Resto 1 0 4 8
- 4 8
Resto 2 0 0 0
05. Guardar 72 ovos em caixas iguais. Cada caixa pode conter 12 ovos. Quantas
caixas serão necessárias? Sobrarão ovos?
Resolução:
Esse problema também está associado a ideia de medida: quantas vezes 12 cabe em
72. A resposta é o quociente da divisão de 72 por 12.
Dividendo Divisor 12
Operação /
D U D U
7 2 Quociente 0 6
- 7 2
Resto 1 0 0
06. Para o aniversário de Gláucia, sua mãe mandou fazer 1.525 salgadinhos, que
devem ser colocados em bandejas. Em cada bandeja podem ser colocados 36 sal-
gadinhos. Quantas bandejas completas podem ser formadas? Vão sobrar salgadi-
nhos fora das bandejas? Quantos?
Resolução:
Esse problema também está associado a ideia de medida: quantas vezes 36 cabem
em 1.525
180
Divi-
Opera- Dividendo 36
/ sor
ção
UM C D U UM C D U
1 5 2 5 0 0 4 2
- 1 4 4
Resto 1 0 0 8 5
- 7 2
Resto 2 1 3
02. Ricardo tem 432 bombons para guardar em 18 caixas. Quantos bombons ele
deve colocar em cada caixa?
Resolução:
Para resolver esse problema, precisamos dividir 432 por 18. Logo, 432 / 18 = 24.
03. Uma empacotadora quer colocar 368 pacotes de biscoito em 15 caixas. To-
das as caixas devem ficar com o mesmo número de pacotes. Quantos pacotes de
biscoito devem ser colocados em cada caixa? Sobrarão pacotes fora das caixas?
Quantos?
Resolução:
Para resolver esse problema, precisamos dividir 368 por 15.
Dividendo Divisor 15
Operação /
C D U C D U
3 6 8 0 2 4
- 3 0
Resto 1 0 6 8
- 6 0
Resto 2 0 0 8
Cada caixa deverá conter 24 pacotes de biscoito e ainda ficarão 8 pacotes fora da
caixa.
181
04. O diretor de esportes de um clube comprou 25 bolas de voleibol para a catego-
ria mirim do clube. Quanto custou cada bola, se ele pagou 2.050 reais pela compra.
Resolução:
Para resolver esse problema, precisamos dividir 2.050 por 25. Logo, 2.050 / 25 = 82.
05. Em uma fábrica de copos, os produtos são embalados em pacotes com 6 uni-
dades e colocados em caixas. Em determinado dia foram embalados 768 copos.
Quantos pacotes de 6 copos foram feitos nesse dia?
Resolução:
Para resolver esse problema, precisamos dividir 768 por 6. Logo, 768 / 6 = 128.
182
Aula
HABILIDADE:
D22. Identificar diferentes representações de um
13
mesmo número racional
CONTEÚDO(S):
Número racional e suas diferentes representações:
fracionária, decimal e percentual
183
parte que sobrou.
RELEMBRANDO UM POUCO...
Na indicação de um número na forma de fração, o número abaixo do traço
chama-se denominador e representa a quantidade de partes iguais em que o inteiro
foi dividido. Numerador é o nome dado ao número localizado acima do traço. Ele re-
presenta a quantidade de partes tomadas do inteiro.
Resolução:
Os estudantes deverão identificar as frações. São elas:
a) 4/8 = 1/2
b) 2/8 = 1/4
c) 1/4
d) 2/4 = 1/2
02. Agora, leia o texto: uma pesquisa feita pelo CEMPRE (Compromisso Empresa-
rial para Reciclagem) revelou que em 2018 havia 1227 municípios brasileiros com
184
programas de coleta seletiva de lixo. Veja o gráfico abaixo da distribuição desses
municípios nas regiões brasileiras.
Resolução:
Assim, quando lemos que 8% dos municípios da Região Nordeste possuem progra-
ma de coleta seletiva de lixo, significa que, de cada 100 municípios dessa região, 8
municípios possuem esses programas. Podemos representar essa porcentagem na
forma de fração da seguinte maneira: 8% = 8/100 = 2/25.
185
seguintes:
a) 3% = 3/100 = 0,03
b) 9% = 9/100 = 0,09
c) 54% = 54/100 = 0,54
d) 92% = 92/100 = 0,92
186
Aula
HABILIDADE:
D25. Resolver problema com números racionais
14
expressos na forma decimal envolvendo diferentes
significados da adição e subtração
CONTEÚDO(S):
Adição e subtração de números decimais
187
PARTE INTEIRA PARTE DECIMAL
Unidade U Décimos d Centésimos c Milésimos m
0 2
0 2 5
0 1 2 5
0 5 7 5
FIQUE ATENTO!
Da direita para a esquerda:
• Soma-se os algarismos dos milésimos. Como temos apenas o algarismo 5,
a soma será igual a 5.
• Soma-se os algarismos dos centésimos: 5 + 2 = 7.
• Soma-se os algarismos dos décimos: 2 + 2 + 1 = 5.
• Soma-se os algarismos dos unidades: 0 + 0 + 0 = 0.
Sendo assim, a menina comeu uma quantidade equivalente a 0,575 (quinhen-
tos e setenta e cinco milésimos) de chocolate.
Vamos resolver esta situação através de outra maneira.
188
• Ordem das unidades: 2 + 0 + 4 + 1 = 7
03. Um eletricista comprou um rolo de fio elétrico de 76,5 metros para fazer algu-
mas instalações. Na primeira instalação utilizou 14,03 metros de fio, depois usou
7,08 metros e finalmente 0,75 metros. Quantos metros de fio foram utilizados?
Veja como resolver, iniciando com a representação dos números correspondentes à
metragem utilizada no quadro de ordens.
1 4 0 3
7 0 8
+ 0 7 5
Resultado
Observe no quadro de ordens, que a parte inteira é composta por dezenas e unida-
des e a parte decimal, composta por décimos e centésimos.
Iniciando a adição pela menor ordem:
• Ordem dos centésimos: 3 + 8 + 5 = 16 (vai um décimo)
• Ordem dos décimos: 1 + 0 + 0 + 8 = 8
• Ordem das unidades: 4 + 7 + 0 = 11 (vai 1 dezena)
• Ordem das dezenas: 1 + 1 = 2
189
Então, o eletricista usou 21,86 metros de fio.
Você deve ter percebido que para adicionar números decimais, devemos organizar
vírgula debaixo de vírgula e ordem de baixo de ordem: milésimos debaixo de milé-
simos, centésimos debaixo de centésimos, décimos debaixo de décimos, unidades
debaixo de unidades e assim por diante.
04. Para melhor compreender o algoritmo da adição com números decimais, va-
mos efetuar as seguintes contas:
a) 15,705 + 23,004 + 5,7
b) 2,15 + 3,1 + 7,923
Resolução:
Vamos calcular sem o quadro de ordens, mas tendo o cuidado de colocar vírgula
debaixo de vírgula e cada ordem debaixo da ordem correspondente e completar as
ordens menores com zero:
a) milésimos: 5 + 4 = 9
centésimo: 0 + 0 = 0
décimos: 7 + 0 + 7 = 14 (vai 1)
unidades: 1 + 1 + 3 + 5 = 10 (vai 1)
dezenas: 1 + 5 + 2 = 8
Operação D U d c m
+1 +1
1 5 7 0 5
2 3 0 0 4
+ 5 7 0 0
Resultado 4 4 4 0 9
b) milésimos: 0 + 0 + 3 = 3
centésimo: 5 + 0 + 2 = 7
décimos: 1 + 1 + 9 = 11 (vai 1)
unidades: 1 + 2 + 3 + 7 = 13
Operação D U d c m
+1 +1
2 1 5 0
3 1 0 0
+ 7 9 2 3
Resultado 1 3 1 7 3
190
2,15 + 3,1 + 7,923 = 13,173
05. Beatriz pesava 44,225 kg e engordou 2,65 kg. Qual o peso atual de Beatriz?
Resolução:
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:
Operação D U d c m
4 4 2 2 5
+ 2 6 5 0
Resultado 4 6 8 7 5
06. Depois de percorrer 235,605 quilômetros com seu carro, o pai de André parou
em um posto de gasolina. Ele verificou, então, que ainda faltavam 166,497 quilô-
metros para chegar ao seu destino. Qual é a distância total a ser percorrida por
Neide?
Resolução:
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:
Operação C D U d c m
+1 +1 +1 +1 +1
2 3 5 6 0 5
+ 1 6 6 4 9 7
Resultado 4 0 2 1 0 2
191
Resolução:
a) 70,987 + 32,006 + 15 = 118,893
Operação C D U d c m
+1 +1 +1
7 0 9 8 7
3 2 9 0 6
+ 1 5 0 0 0
Resultado 1 1 8 8 9 3
Operação D U d c m
+1 +1 +1
1 6 7 5
0 0 6 7
+ 0 3 0 7
Resultado 2 0 4 9
02. Para fazer um tapete, Maria usou 1,34 m de barbante preto, 8,5 m de barbante
vermelho e 1,55 m de barbante verde. Quantos metros de barbante ela usou ao
todo para fazer esse tapete?
A) 2,89 m
B) 9,84 m
C) 10,05 m
D) 11,39 m
Resolução:
Precisamos calcular 1,34 + 8,5 + 1,55
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:
Operação D U d c m
+1
1 3 4 0
8 5 0 0
+ 1 5 5 0
Resultado 1 1 3 9 0
192
03. Carolina media 1,25 m e cresceu 0,37 m. A sua altura passou a ser:
A) 0,88 m
B) 1,52 m
C) 1,62 m
D) 1,63 m
Resolução:
Precisamos calcular 1,25 + 0,37
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:
Operação D U d c m
+1
1 2 5 0
+ 0 3 7 0
Resultado 1 6 2 0
Operação D U d c m
+1 +1 +1
0 8 6 5
1 1 1 0
+ 0 6 7 5
Resultado 2 6 5 0
193
Aula
HABILIDADE:
D25. Resolver problema com números racionais
15
expressos na forma decimal envolvendo diferentes
significados da adição e subtração
CONTEÚDO(S):
Adição e subtração de números decimais
194
Observe a representação no quadro de ordens.
Operação D U d c m
8 5 6 0
- 5 1 5 0
Resultado 3 4 1 0
Assim, José possui R$ 3,41 (três reais e quarenta e um centavos) a mais que
Graça.
Deu para perceber como subtrair números decimais?
Então, tente resolver as situações a seguir.
02. Carlinhos percorreu uma distância 1.827 metros de bicicleta e seu irmão per-
correu 1.346,8 metros. Quantos metros Carlinhos percorreu a mais que seu irmão?
Para sabermos quantos metros Carlinhos percorreu a mais que o irmão, va-
mos realizar a subtração entre as unidades de medidas.
Igualamos as casas decimais, colocando o zero na casa dos décimos.
Operação UM C D U d
1 8 2 7 0
- 1 3 4 6 8
Resultado
195
• Dezenas: precisamos efetuar 2 − 4, mas não é possível tirar 2 de 4. Precisa-
mos desagrupar a ordem das centenas e agrupar na ordem das dezenas,
ficando com 12 dezenas. Agora, sim, podemos fazer o cálculo 12 − 4 = 8.
• Centenas: como emprestamos uma centena para a ordem das dezenas, re-
taram apenas 8 centenas. O cálculo agora é 7 − 3 = 4.
• Milhares: 1 − 1 = 0
Veja no quadro o resultado da operação:
Operação UM C D U d
1 87 2 12 76 0 10
- 1 3 4 6 8
Resultado 0 4 8 0 2
Operação D U d c m
2 6 7 54 1 11
- 1 0 0 2 5
Resultado 1 6 7 2 6
196
Operação D U d c m
98 09 0 10 0
- 3 7 5 0
Resultado 5 2 5 0
9 - 3,75 = 5,25
Operação C D U d c m
10 2 12 5 2 87 1 11
- 8 0 1 7 5
Resultado 0 4 5 1 0 6
Operação C D U d c m
10 09 09 09 0 10 0
- 8 0 2 5 0
Resultado 0 1 9 7 5 0
Note que nessa situação, iniciando da casa de menor ordem, deveríamos fazer 0
5. Impossível tirar 5 de 0. Nesse caso, não podemos desagrupar a dos décimos, nem
a ordem das unidades, nem a ordem das dezenas por todos são zero. Só podemos
desagrupar a ordem das centenas.
02. Joana comprou 7,5 m de tecido para fazer roupas. Deu para sua filha Mariana
2,55 m. Com quantos metros Joana ainda ficou?
Resolução.
Para resolver este problema, precisamos efetuar a subtração 7,5 - 2,55.
Completar a ordem dos centésimos.
Desagrupar a ordem dos décimos e agrupar um décimo com a ordem dos centési-
mos.
197
Operação D U d c m
76 5 14 0 10 0
- 2 5 5 0
Resultado 4 9 5 0
03. (SPAECE). Para comprar um par de sapatos, Luiz pesquisou o preço em duas
lojas. Na loja “Só-botas”, o sapato custa R$ 178,30 e na loja “Só-sapatos”, o mesmo
sapato custa R$ 132,50. Qual é a diferença de preço desse sapato nessas duas lo-
jas?
A) R$ 46,80
B) R$ 46,20
C) R$ 45,80
D) R$ 45,20
Resolução.
Para resolver este problema, precisamos efetuar a subtração 178,30 - 132,50.
Operação C D U d c m
1 7 87 3 13 0 0
- 1 3 2 5 0 0
Resultado 0 4 5 8 0 0
04. Afonso mede 1,28 m e seu irmão, Adilson, mede 0,85 m. Qual é a diferença en-
tre a altura de Afonso e a de Adilson?
A) 0,09 m
B) 0,19 m
C) 0,24 m
D) 0,43 m
Resolução.
Para resolver este problema, precisamos efetuar a subtração 1,28 − 0,85.
Operação D U d c m
10 2 12 8 0
- 0 8 5 0
Resultado 0 4 3 0
198
Aula
HABILIDADE:
D10. Num problema, estabelecer trocas entre
16
cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro,
em função de seus valores
CONTEÚDO(S):
Sistema Monetário do Brasil
199
Veja mais alguns exemplos de números decimais:
• O preço médio da gasolina nas bombas é de R$ 5,49.
• O dólar está sendo cotado hoje a R$ 5,23.
• Meu peso é 59,5 quilos. Você sabe quanto pesa? _____
• Minha altura é 1,65 metro. E a sua? _____
Você já estudou em aulas anteriores que o número decimal possui duas par-
tes: a que vem antes da vírgula é chamada de parte inteira e a após a virgula, chama-
da parte decimal ou casas decimais.
Chamamos a primeira casa após a vírgula de décimos, a segunda, de centési-
mos e a terceira de milésimos.
Veja o número: 1,54
Ele representa um inteiro, cinquenta e quatro centésimos. Vamos treinar?
Represente por extenso os números a seguir:
a) 1,5 ___________________________________
b) 1,50 __________________________________
c) 1,500 _________________________________
d) 2,444 ________________________________
e) 24,3 __________________________________
Comentários:
a) um inteiro e cinco décimos.
b) um inteiro e cinquenta centésimos.
c) um inteiro e quinhentos milésimos.
d) dois inteiros e quatrocentos e quarenta e quatro milésimos.
e) vinte e quatro inteiros e três décimos.
Fonte: https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/cedulasemitidas.
200
Fonte: https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/cedulasemitidas.
E moedas:
Fonte: https://www.casadamoeda.gov.br/
Com essas cédulas e moedas, podemos compor qualquer valor em dinheiro.
Veja alguns exemplos.
A loja Bom Esporte colocou as seguintes peças em promoção:
Fonte: https://www.edrawsoft.com/pt/
Vamos ler e escrever quanto valem essas quantias:
a) R$ 25,15: vinte cinco reais e quinze centavos
b) R$ 18,50: ________________________________
c) R$ 35,40: ________________________________
201
d) R$ 22,05: ________________________________
Veja algumas formas de representar essas quantias utilizando cédulas e moe-
das. Agora use as cédulas e as moedas e escreva a representação os valores a seguir.
a) R$ 25,15
b) R$18,50
c) R$ 35,40
202
d) R$ 22,05
Comentários: lê-se
a) R$ 25,15 (vinte e cinco reais e quinze centavos)
b) R$18,50 (dezoito reais e cinquenta centavos)
c) R$ 35,40 (trinta e cinco reais e quarenta centavos)
d) R$ 22,05 (vinte de dois reais e cinco centavos)
203
02. Flávia ganhou de seu pai R$ 5,00 em moedas diversas. Qual das respostas a
seguir representa esse valor?
03. (Provinha Brasil. Adaptada) Carol comprou uma caneta que custou três reais e
vinte e cinco centavos e pagou com moedas. Qual o conjunto de moedas que Ca-
rol usou para o pagamento?
204
Comentários: A questão trata da composição aditiva de cédulas para obter o mesmo
resultado da cédula de R$ 10,00. Nesse caso, notamos que adicionando o conjunto
de cédulas e moedas, temos: 5,00 + 2,00 + 1,00 + 1,00 + 1,00 = 10,00. Portanto, a alter-
nativa D é a correta.
05. (Provinha. Adaptada) Veja as moedas. Elas representam a quantia que João
tem.
Comentários:
A questão trata da composição aditiva de moedas para ter o mesmo resultado de R$
1,75. Nesse caso, notamos que adicionando o conjunto de moedas: 0,05 + 0,10 + 0,10 +
0,50 + 1,00 = 1,75. Portanto, a alternativa A é a correta.
205
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Operações na resolução de pro-
blemas / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio
à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014.
DANTE, Luiz Roberto. Apis matemática. 4° ano. 3 ed. São Paulo. Editora: Ática, 2017.
SITES
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/four-fifths-pizza-fractions-fraction-
-kids-2227570763. Acesso em: 22 de mar. 2023.
https://cempre.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Pesquisa-Ciclosoft-2018.pdf.
Acesso em: 22 de mar. 2023.
INEP. (2018) Prova Brasil. Disponível em: https://www.gov.br/. Acesso em: 24 mar. 2023.
https://www.casadamoeda.gov.br/imagens/portalCMB/produtos-e-servicos/familia-
-moedas-real.jpg. Acessado em: 23 mar. 2023.
206
Cadernos de Testes de Matemática
para Impressão
207
TESTE 1 - MATEMÁTICA
208
Em que número Pedro pensou?
A) 4.035
B) 4.305
C) 4.350
D) 40.003.005
209
TESTE 2 - MATEMÁTICA
D) 490 A) 387
B) 353
210
09. Na festa de aniversário da Simone,
sua mãe fez 269 docinhos de caju, sua
tia levou 126 brigadeiros e seu avô levou
172 docinhos de leite em pó.
Assinale a opção que indica o total de
docinhos que havia na festa de aniversá-
rio da Simone.
A) 298
B) 395
C) 441
D) 567
211
TESTE 3 - MATEMÁTICA
02. Jussara comprou 5 bombons para 06. Uma pessoa adquiriu um produto
cada um de seus 35 alunos. Quantos em uma loja, no total, essa pessoa irá
bombons Jussara comprou, ao todo, pagar 15 parcelas de R$ 99. O valor total
para os seus alunos? que essa pessoa irá pagar por esse pro-
A) 175 duto é igual a:
B) 155 A) R$ 594
C) 40 B) R$ 995
D) 7 C) R$ 1 485
D) R$ 1 445
212
09. Num pacote de balas contendo 10
unidades, o peso líquido é de 49 gra-
mas. Em 5 pacotes teremos quantos
gramas?
A) 59
B) 64
C) 245
D) 295
213
TESTE 4 - MATEMÁTICA
214
ela pintou algumas partes desse retân- 07. Aline foi ao mercadinho de seu bair-
gulo, como mostra a figura a seguir: ro e comprou 2,8 kg de laranja e 1,95 kg
de maçã.
Qual o total de frutas, em quilogramas,
que Aline comprou?
A) 4,57
Considerando a parte que Carla pintou, B) 4,75
assinale a fração correspondente à figura C) 5,47
desenhada.
D) 5,74
A) 6/9
B) 3/9
8. Um trecho de uma pista de ciclismo
C) 3/6 de 89,35 metros necessita de asfalto. Já
D) 9/6 foram asfaltados 56,12 metros.
Quantos metros restam sem asfalto?
05. A professora Ana escreveu no qua- A) 20,33
dro a seguinte fração: B) 23,33
5/2 C) 33,23
A representação decimal dessa fração é D) 32,33
igual a
A) 5,2
09. Veja as cédulas. Elas representam a
B) 0,4 quantia que João tem.
C) 2,0
D) 2,5
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-
-vector/pizza-slice-pepperoni-mushroom-seafoo-
d-vegetarian-311244308
Qual é a fração que representa cada uma
das fatias da pizza após o corte da garço-
nete?
A) 14
B) 12
C) 13
D) 34
215
10. Letícia possui R$ 83,50 e sua irmã
Isadora R$65,00. Para comprar um ven-
tilador para sua casa elas gastaram
todo o dinheiro.
Quanto pagaram pelo ventilador?
A) R$148,50
B) R$149,50
C) R$150,00
D) R$150,50
216