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ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


SECRETARIA ADJUNTA DE GESTÃO DA REDE DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DO ENSINO E DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
SUPERVISÃO DE MODALIDADES E DIVERSIDADES EDUCACIONAIS

GUIA DE ORIENTAÇÃO

GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO


DAS
DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS PARA A

São Luís – MA
2022
Caderno pedagógico 2023
Anos Iniciais - Língua Portuguesa e Matemática

GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO

Carlos Orleans Brandão Júnior


Governador do Maranhão

Felipe Costa Camarão


Secretário de Estado da Educação

Anderson Flávio Lindoso Santana


Subsecretário de Estado da Educação

Nádya Christina Guimarães Dutra


Secretária Adjunta de Gestãoda Rede de Ensino e da Aprendizagem

Adelaide Diniz Coelho Neta


Superintendente de Gestão do Ensino e Desenvolvimento
da Aprendizagem

João Paulo Mendes Lima


Superintendente de Planejamento da Rede de Ensino
e Regime de Colaboração

Márcia Thaís Soares Serra Pereira


Superintendente de Informação e Avaliação
de Desempenho Educacional

Pedro de Alcantara Lima Filho


Supervisor de Avaliação Educacional

EQUIPE DE ELABORAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA


Prof.ª Ma. Francimone da Graça Barros Dutra
Prof.ª Esp. Danúbia Gabriela Silva Pereira
Prof.ª Esp. Gabrielle Raquel Silva Monteles
Prof.ª Esp. Jaqueline de Oliveira Almeida
Prof.ª Esp. Jôysse Pâmela Nojoza Araújo

EQUIPE DE ELABORAÇÃO DE MATEMÁTICA


Prof.ª Ma. Jacy Pires dos Santos
Prof. Me. Washington Luís Parga Garrido Júnior
Prof. Esp. Pedro de Alcantara Lima Filho
Prof.ª Esp. Rosiclea Brito Pereira

EQUIPE DE REVISÃO TEXTUAL


Prof.ª Ma. Francimone da Graça Barros Dutra
Prof. Esp. Pedro de Alcantara Lima Filho
Prof.ª Esp. Renata Priscila Feques Ferreira
EQUIPE DE REVISÃO CRÍTICA
Prof.ª Ma. Francisca das Chagas dos Passos Silva
Prof.ª Ma. Francimone da Graça Barros Dutra
Prof.ª Ma. Nádya Christina Guimarães Dutra
Prof. Mestrando João Paulo Mendes Lima
Prof.ª Mestranda Márcia Thaís Soares Serra Pereira
Prof.ª Mestranda Patrícia Maria de Mesquita Souza
Prof.ª Esp. Adelaide Diniz Coelho Neta
Prof.ª Esp. Mônica Ramos Timoteo Monteiro
Prof. Esp. Pedro de Alcantara Lima Filho

DIAGRAMAÇÃO
Fabiel Lima
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA

Aula 1 - D11. Artigos de opinião (conceito, característica,


exemplos) .................................................................................. 10

Aula 2 - D11. Distinção: fato x opinião ................................ 14

Aula 3 - D11. O ADJETIVO na construção da opinião .... 18

Aula 4 - D11. Resenha Crítica ................................................ 22

Aula 5 - D11. Operadores e modalizadores discursivos.


Gênero textual: diário ficcional .......................................... 26

Aula 6 - D8. Causa e consequência em textos expositi-


vos. Gênero textual: artigo de divulgação científica .. 32

Aula 7 - D8. Causa e consequência em textos narrati-


vos. Gêneros textuais: mito; lenda .................................... 38

Aula 8 - D8. Gênero textual: Notícia ................................. 43

Aula 9 - D2. Gêneros textuais diversos - Pronomes Pes-


soais: retos e oblíquos como recursos coesivos ........... 50

Aula 10 - D2. Gêneros textuais diversos - Sinônimos, Hi-


perônimos (termos genéricos) e Hipônimos (termos es-
pecíficos) como mecanismos de coesão ....................... 54

Aula 11 - D4. Gêneros textuais variados; Interpretação e


Inferência textual ................................................................... 58

Aula 12 - D6. Gêneros textuais diversos. Distinção: Tema


x Título ........................................................................................ 62

Aula 13 - D7. Textos narrativos. Elementos da narrativa -


ação, espaço, tempo. Gênero textual: conto ................. 66

Aula 14 - D7. Elementos da narrativa - tipos de narrador.


Gênero textual: conto de humor ....................................... 70

Aula 15 - D7. Elementos da narrativa - personagens (pro-


tagonista, antagonista e secundário). Gênero textual:
conto popular .......................................................................... 75

Aula 16 - D7. Elementos da narrativa - discurso direto e


indireto. Gênero textual: miniconto ................................ 80
Referências de Língua Portuguesa .................................. 86

Testes de Língua Portuguesa para impressão ............. 89

MATEMÁTICA

Aula 1 - D13. Sistema de Numeração Decimal, Valor Po-


sicional e Quadro de Ordens .............................................. 112

Aula 2 -D13. Agrupamentos e trocas na base 10 .......... 118

Aula 3 - D16. Decomposição das ordens em unidades ....


...................................................................................................... 123

Aula 4 - D17. Composição e a decomposição de núme-


ros naturais em sua forma polinomial ............................ 127

Aula 5 - D18. Algoritmo da Adição .................................... 131

Aula 6 - D18. Algoritmo da Subtração ............................. 138

Aula 7 - D20. Resolução de problemas envolvendo a


ideia de adição ....................................................................... 145

Aula 8 - D20. Resolução de problemas envolvendo a


ideia de subtração ................................................................ 150

Aula 9 - D19. Algoritmo da Multiplicação ....................... 156

Aula 10 - D19. Algoritmo da Divisão ................................. 167

Aula 11 - D21. Problemas envolvendo as ideias de multi-


plicação .................................................................................... 174

Aula 12 - D21. Problemas envolvendo as ideias de divi-


são .............................................................................................. 178

Aula 13 - D22. Número racional e suas diferentes repre-


sentações: fracionária, decimal e percentual .............. 183

Aula 14 - D25. Adição e subtração de números decimais


..................................................................................................... 187

Aula 15 - D25. Adição e subtração de números decimais


..................................................................................................... 194

Aula 16 - D10. Sistema Monetário do Brasil ................... 199

Referências de Matemática .............................................. 206

Testes de Matemática para impressão .......................... 207


LÍNGUA PORTUGUESA
Professor/a, neste primeiro volume do Caderno Pedagógico 2023 Anos Iniciais
– Língua Portuguesa, selecionamos os principais conteúdos que mediam o desen-
volvimento de habilidades linguísticas necessárias à leitura de textos de gêneros va-
riados e à interpretação de textos que conjuguem as linguagens verbal e não verbal
ou, ainda, textos não verbais.
Apresentamos, ainda, conteúdos que possibilitem o reconhecimento das re-
lações coesivas de um texto, mais especificamente as repetições ou substituições,
além de conteúdos que despertem no /a estudante a percepção de marcas linguís-
ticas identificadoras do locutor e do interlocutor, assim como situações de interlocu-
ção do texto e possíveis variações da fala.
Todos os conteúdos propostos neste caderno estão associados às habilidades
e descritores das matrizes de referência do Sistema Estadual de Avaliação do Mara-
nhão (SEAMA) e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) relativas ao 5º
Ano do Ensino Fundamental.
Nesta primeira parte, preparamos sugestões de dezesseis aulas com a propos-
ta de desenvolvimento uma aula semanal.
Este recurso pedagógico é recomendado para utilização de uma sequência
de quatro aulas, seguidas da aplicação de um teste para verificação da aprendiza-
gem, de acordo com o cronograma que segue:

Data Atividade Habilidade


D11. Artigos de opinião (conceito, característica, exem-
__ /__ /__ Aula 1
plos)
__ /__ /__ Aula 2 D11. Distinção: fato x opinião
__ /__ /__ Aula 3 D11. O ADJETIVO na construção da opinião
__ /__ /__ Aula 4 D11. Resenha Crítica
__ /__ /__ Teste 1 D11
D11. Operadores e modalizadores discursivos. Gênero
__ /__ /__ Aula 5
textual: diário ficcional
D8. Causa e consequência em textos expositivos. Gêne-
__ /__ /__ Aula 6
ro textual: artigo de divulgação científica
D8. Causa e consequência em textos narrativos. Gêne-
__ /__ /__ Aula 7
ros textuais: mito; lenda
__ /__ /__ Aula 8 D8. Gênero textual: Notícia
__ /__ /__ Teste 2 D11 e D8
D2. Gêneros textuais diversos – Pronomes Pessoais: re-
__ /__ /__ Aula 9
tos e oblíquos como recursos coesivos

8
Data Atividade Habilidade
D2. Gêneros textuais diversos – Sinônimos, Hiperônimos
__ /__ /__ Aula 10 (termos genéricos) e Hipônimos (termos específicos)
como mecanismos de coesão
D4. Gêneros textuais variados; Interpretação e Inferên-
__ /__ /__ Aula 11
cia textual
__ /__ /__ Aula 12 D6. Gêneros textuais diversos. Distinção: tema x título
__ /__ /__ Teste 3 D2, D4 e D6
D7. Textos narrativos. Elementos da narrativa – ação, es-
__ /__ /__ Aula 13
paço, tempo. Gênero textual: conto
D7. Elementos da narrativa – tipos de narrador. Gênero
__ /__ /__ Aula 14
textual: conto de humor
D7. Elementos da narrativa – personagens (protagonis-
__ /__ /__ Aula 15 ta, antagonista e secundário). Gênero textual: conto po-
pular
D7. Elementos da narrativa – discurso direto e indireto.
__ /__ /__ Aula 16
Gênero textual: miniconto
__ /__ /__ Teste 4 D7

Os testes para verificação da aprendizagem dos conhecimentos de Língua


Portuguesa estão disponíveis na última seção deste caderno e poderão ser reprodu-
zidos para aplicação ao final de cada ciclo de quatro aulas.
Para promover maior agilidade na correção dos testes, disponibilizamos um
link e QR Code para acessar o gabarito e resolução comentada de cada questão dos
testes.
Por fim, desejamos que este caderno proporcione boas atividades de recom-
posição, recuperação e/ou reforço de aprendizagens essenciais para que os/as es-
tudantes concluintes da etapa referente aos anos iniciais do Ensino Fundamental
possam consolidar aprendizagens básicas e que estejam preparados para continuar
aprendendo e possam prosseguir seus estudos com sucesso e sem grandes dificul-
dades.
Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse

1
fato

CONTEÚDO(S):
Artigos de opinião (conceito, característica,
exemplos)

ARTIGOS DE OPINIÃO

Professor/a, se possível, organize a sala de modo que os/as estudan-


tes fiquem em círculo, para que todos possam manter o contato visual, e
distribua as cópias dos materiais a eles/as. Em seguida, inicie a aula infor-
mando que conhecerão um gênero textual muito importante, o qual per-
mite a exposição de um ponto de vista/opinião por meio da utilização de
argumentos/justificativas. Informe ainda que no dia a dia, trocamos ideias
com muitas pessoas durante os diálogos em que participamos, nos quais
expressamos nossas opiniões e ouvimos, também, as opiniões das pessoas
sobre diferentes assuntos.

ARTIGO DE OPINIÃO: gênero textual utilizado para expressar uma opinião a


respeito de determinado assunto. É do tipo argumentativo e, desta forma, precisa de
justificativas relacionadas às informações expostas no texto.
Em seguida, questione os estudantes:
• Vocês já foram chamados de pré-adolescentes?
• Vocês conhecem o significado desse termo?

Professor/a, permita que os/as estudantes respondam às perguntas


acima e apresentem a sua familiaridade com o termo. Então, faça a leitura
com a turma do texto a seguir.

10
PRÉ-ADOLESCENTE É CRIANÇA?
Aproveite o finalzinho da infância, pois ela não volta nunca mais

Você já foi chamado de pré-adolescente? Pensa que é um deles? Eu acho a


coisa mais estranha essa história de chamar criança de pré-adolescente. Eu sei que
algumas gostam disso porque se sentem mais velhas e importantes. Quer saber de
uma coisa? Ser criança é muito, muito importante.
Vamos pensar na expressão “pré-adolescente”. “Pré” sempre quer dizer antes
de alguma coisa. Por exemplo, pré-Páscoa (antes da Páscoa), pré-provas (antes das
provas), etc.
Pensando nisso, pré-adolescente significa que a pessoa não é mais criança,
mas também não é adolescente. Mas ela é o quê? Nada? Dessa maneira, dá para
perceber como essa expressão é esquisita – afinal todo mundo é uma coisa e vai ser
outra depois. Isso é natural.
Já pensou se chamarmos os adultos de pré-velhos? Eles não vão gostar nem
um pouco, não é verdade? Mas eles nem pensam nisso quando chamam as crianças
de 11 e 12 anos de pré-adolescentes. Pois saibam que elas são crianças. Estão no final
da infância, mas ainda continuam crianças.
Vou contar uma coisa: quem usa essa expressão tem pressa que a infância
acabe logo. Não precisa ter esta pressa. Ser criança já dura bem pouco tempo, só 12
anos. Só! Depois disso, não dá mais para voltar atrás. (...) Por enquanto use seu tempo
livre e brinque, brinque muito ou fique sem fazer nada.
E quando um adulto disser que você é um pré-adolescente, faça cara feia e
afirme: sou criança e gosto de ser assim!
Disponível em: https://feeds.folha.uol.com.br/fsp/folhinha/215425-pre-adolescente-e-crianca.shtml.
Acesso em: 10 mar. 2023.

Professor/a, após a leitura do texto, faça os seguintes questionamen-


tos aos/às estudantes:
• Vocês concordam com a autora do texto? Explique.
• Resposta pessoal.
• Geralmente, onde vocês encontram esse tipo de texto?
• O texto acima trata-se de um artigo de opinião e, geralmente, é
veiculado nos meios de comunicação de massa, como televisão,
rádio, revistas, etc.
• Para que vocês acham que serve esse tipo de texto?
• O artigo de opinião é um texto que muitas vezes traz abordagens
sobre os temas da atualidade, expressando a opinião do autor so-
bre esses temas.
• Vocês concordam com a opinião do autor do texto? Explique.
• Os/As estudantes, provavelmente, terão opiniões diversas ao ana-
lisarem o ponto de vista do autor no texto. Assim, deixe que expo-
nham os seus argumentos, bem como sua capacidade de criticida-
de, encorajando-os/as em suas intervenções.

11
ESTRUTURA DO ARTIGO DE OPINIÃO

• TÍTULO: pequena frase ou única palavra que dá dicas a respeito da mensa-


gem que será passada, atraindo o leitor.
• INTRODUÇÃO: primeiro(os) parágrafo(s) do texto, onde é apresentado o as-
sunto abordado. Neste caso, o problema que será discutido, seu contexto,
além das informações, a fim de situar o leitor.
• DESENVOLVIMENTO: aprofundamento e discussão a respeito do proble-
ma, onde serão apresentadas as comprovações a respeito do que foi dito no
parágrafo anterior, por meio de pesquisas, dados, exemplos, comparações e
tudo o que for pertinente.
• CONCLUSÃO: desfecho para as discussões expostas anteriormente. No caso
do artigo de opinião, trata-se do momento em que devem ser apresentadas
as soluções ou sugestões para resolverem o problema.

CARACTERÍSTICAS DO ARTIGO DE OPINIÃO

• Expressa um posicionamento sobre o assunto descrito (indignação, críticas,


sugestões).
• Tenta convencer o leitor sobre o ponto de vista defendido.
• Geralmente, trata de um problema recente (pode indicar causas e consequ-
ências, sugestões e outras informações).

Professor/a, apresente à turma o seguinte exemplo de artigo de opi-


nião:
Exemplo: Trecho de artigo de opinião sobre racismo.
Embora grande parte da população brasileira seja descendente de
negros, o problema do racismo está longe de ser resolvido no país.
No período colonial, os negros foram trazidos da África para trabalha-
rem no país em condição de escravos. Desde então, o racismo esteve incuti-
do na mente de muitos brasileiros.
Embora a Lei Áurea tenha libertado os africanos do trabalho escravo
em 1888, a população negra apresenta os maiores problemas ainda hoje no
país. Destacam-se, as condições de vida, acesso ao trabalho, à moradia, den-
tre outros.
Se observarmos as favelas do país ou mesmo as penitenciárias, o nú-
mero de negros é sem dúvida maior. A grande questão é: até quando o ra-
cismo persistirá no nosso país? Pois mesmo séculos depois, ainda é possível
nos depararmos com um racismo velado no Brasil.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/artigo-de-opiniao/. Acesso em: 10 mar. 2023.

12
VAMOS PRATICAR

1. Escolha um dos temas abaixo e escreva um artigo de opinião. Considere a estrutura


do texto:
Introdução – Desenvolvimento – Conclusão
• A preservação do meio ambiente
• Desigualdades sociais no Brasil
• Prevenção do bullying nas escolas

Professor/a, proponha aos (às) estudantes que escolham um dos temas apre-
sentados ou poderão ainda, em conjunto, propor temas relevantes do momento ou
aqueles que os(as) estudantes solicitarem que sejam acrescentados para que produ-
zam um artigo de opinião. Oriente-os(as) quanto à estrutura dos artigos de opinião e da
importância deles(as) apresentarem suas opiniões a respeito do tema escolhido. Apre-
sente, ainda, que devem estar atentos quanto à escolha do tema, que deverá atrair o
leitor, podendo ser polêmico ou instigante.

Espaço para anotações


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13
Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse

2
fato

CONTEÚDO(S):
Distinção: fato x opinião

DISTINÇÃO FATO X OPINIÃO

Professor/a, relembre os/as estudantes sobre o tema da aula anterior e


faça a conexão com a aula de hoje para que retomem alguns conceitos, favo-
recendo o desenvolvimento da habilidade descrita no D11, que é “Distinguir
um fato da opinião relativa a esse fato”.

Observe a charge abaixo.

Disponível em: https://www.ocachete.org/2016/02/armandinho-fato-x-opiniao.html. Acesso em: 11 mar.


2023.

14
Após a leitura, faça os seguintes questionamentos aos/às estudantes:
• Qual foi a opinião do primeiro menino sobre o animal?
O menino disse que se tratava de um rato e que ele deveria ser morto.
• O outro menino pesquisou sobre o animal e a qual conclusão ele chegou?
O outro menino, após ter pesquisado, compreendeu que não se tratava de
um rato e sim de um sariguê.
• Você sabe diferenciar um fato de uma opinião?
Resposta pessoal.

Professor/a, apresente oralmente ou escreva no quadro a seguinte fra-


se:
EU ACHO QUE BANANA É A MELHOR FRUTA QUE EXISTE.
Então, pergunte a eles/as se concordam com o que disse e deixe que
digam o que pensam a respeito. Em seguida, pergunte: “Minha declaração
trata-se de um fato ou de uma opinião?” Deixe que eles/as respondam e con-
sidere as respostas, dando ênfase àquelas que se aproximarem da resposta
correta, que é uma opinião. Explique a eles que:
• FATO: é um acontecimento ou uma ocorrência que pode ser com-
provado por meio de documentos ou outras formas de registro. Ge-
ralmente, é conhecido por todos e possui informações objetivas.
Ex: As pessoas são mamíferos. (Observe que trata-se de uma afir-
mação que pode ser comprovada).
• OPINIÃO: é um ponto de vista em relação ao fato, um julgamento
pessoal a respeito do acontecimento. A opinião possui caráter indi-
vidual e subjetivo.
• Ex: As pessoas são os mamíferos mais perigosos do planeta. (Ob-
serve que a afirmação acima trata-se de um ponto de vista indivi-
dual sobre as pessoas/mamíferos. Outra pessoa poderá não con-
cordar com o que foi dito, emitindo outra opinião acerca do fato: As
pessoas são os mamíferos mais gentis do planeta / As pessoas são
os mamíferos mais observadores do planeta, etc.).
Professor/a, após a abordagem conceitual, permita que os/as estu-
dantes tirem suas dúvidas e proponha a leitura do texto abaixo. Em seguida,
peça que respondam à questão relativa ao texto lido.

15
A RAPOSA E AS UVAS III

Num dia quente de verão, a raposa passeava por


um pomar. Com sede e calor, sua atenção foi capturada
por um cacho de uvas. “Que delícia”, pensou a raposa,
“era disso que eu precisava para adoçar a minha boca”.
E, de um salto, a raposa tentou, sem sucesso, alcançar
as uvas.
Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videi-
ra, dizendo: “Aposto que estas uvas estão verdes.”
Esta fábula ensina que algumas pessoas quando
não conseguem o que querem, culpam as circunstân-
cias.
Disponível em: https://www.soescola.com/2020/06/a-raposa-e-as-u-
vas-fabulas-para-criancas.html. Acesso em: 11 mar. 2023.
01. A frase que expressa uma opinião é:
A) “a raposa passeava por um pomar.”
B) “sua atenção foi capturada por um cacho de uvas.”
C) “a raposa afastou-se da videira.”
D) “aposto que estas uvas estão verdes.”

Professor/a, explique aos/às estudantes que as alternativas A, B e C


apresentam fatos sendo narrados. Explique a eles/as que devem observar
que são relatos das ações da raposa como: passear, ter a atenção capturada
e afastar-se da videira. Já na alternativa D, o verbo APOSTAR, flexionado na 1ª
pessoa do singular (EU), demonstra que a raposa emitiu uma opinião sua em
relação às uvas. Desta forma, a alternativa CORRETA é a letra D.

FIQUE ATENTO!

Em tempos de fake news, é muito importante reconhecer a distinção entre


FATO x OPINIÃO, para que sejam compreendidos os discursos e as afirmações, já que
os fatos poderão ser verificados ou comprovados. Já a opinião, que é um julgamento
pessoal, fundamenta-se somente em uma visão individual a respeito do fato.

VAMOS PRATICAR

01. Leia as frases abaixo retiradas de textos e coloque (F) para FATO ou (O) para OPI-
NIÃO.
A) ( ) De um modo geral, as biografias contam sobre a vida de alguém.
B) ( ) O vírus pode se espalhar pela boca ou pelo nariz de uma pessoa infectada.
C) ( ) Eu considero a soneca ótima para quem vai trabalhar à tarde.
D) ( ) O primeiro dia do programa Mais Médicos foi marcado por faltas e desistências.

16
E) ( ) Para mim, a agricultura é mais importante do que a pecuária.

Professor/a, os/as estudantes deverão saber distinguir o que é fato e


o que é opinião, dentre as afirmações presentes na questão. Segue a resolu-
ção para a questão:
• De um modo geral, as biografias contam sobre a vida de alguém.
(FATO)
• O vírus pode se espalhar pela boca ou pelo nariz de uma pessoa
infectada. (FATO)
• Eu considero a soneca ótima para quem vai trabalhar à tarde. (OPI-
NIÃO)
• O primeiro dia do programa Mais Médicos foi marcado por faltas e
desistências. (FATO)
• Para mim, a agricultura é mais importante do que a pecuária. (OPI-
NIÃO)

17
Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse

3
fato

CONTEÚDO(S):
O ADJETIVO na construção da opinião

O ADJETIVO NA CONSTRUÇÃO DA OPINIÃO

Professor/a, inicie a aula retomando os conceitos trabalhados na aula


2, sobre a distinção entre FATO x OPINIÃO.
Pergunte aos/às estudantes: Como podemos expressar a nossa opi-
nião a respeito de um fato?
Prossiga: Vocês sabiam que podemos expor nossas opiniões atribuin-
do características ao fato?

Na construção de textos, como os artigos de opinião, é comum haver palavras


que ajudam na apresentação do ponto de vista do autor a respeito de determinado
acontecimento. Assim, para que uma pessoa convença outra sobre a sua opinião, po-
derá utilizar adjetivos a fim de apresentar características sobre determinado fato.
ADJETIVO: é uma classe de palavras que atribui características aos substanti-
vos, ou seja, ele indica suas qualidades e estados. Variam de gênero (feminino / mas-
culino), número (singular / plural) e grau (comparativo / superlativo).
Exemplos:
• Garoto bonito/Garotos bonitos
• Água contaminada/Águas Contaminadas
• Menino inteligentíssimo

18
Professor/a, apresente aos/às estudantes a frase abaixo:

A MÉDICA PRESCREVEU UM REMÉDIO CARO PARA O PACIENTE.


Observe que a expressão CARO trata-se de uma característica atribuída ao
substantivo REMÉDIO, onde é possível compreender que houve a expressão de uma
opinião pessoal a respeito do fato, que é a médica ter prescrito um remédio ao pacien-
te.
Outra pessoa poderá ter um ponto de vista diferente a respeito do mesmo fato
e emitir uma opinião contrária à vista anteriormente. Veja:
A MÉDICA PRESCREVEU UM REMÉDIO ACESSÍVEL PARA O PACIENTE.
Observe que foram utilizados diferentes adjetivos para emitir opiniões que se
opõem a respeito do mesmo fato.

FIQUE ATENTO!

O adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser


e concorda sempre com o substantivo que ele acompanha. Ao analisarmos a pala-
vra BONDOSO(A), por exemplo, observamos que, além de expressar uma qualidade,
ela pode ser “encaixada diretamente” ao lado de um substantivo: homem bondoso,
moça bondosa, pessoa bondosa. Já com a palavra BONDADE não acontece o mes-
mo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bon-
dade, portanto, não é adjetivo, mas um substantivo.
Leia o texto abaixo.

A ROTINA DIGITAL

É impossível fugir de um mundo tão conectado neste século. Com frequência,


dividimos nossa atenção entre o celular, a televisão e o computador. Interagimos
através de chamada de vídeo com quem está a dezenas de quilômetros de distância,
fugimos das filas do supermercado, das lotéricas, ao fazermos compras no conforto
da nossa casa. E boa parte dessas ações são feitas diante de um simples dispositivo
telefônico.
Ao viver nesse mundo interligado, seja em computadores, seja em celulares
ou outros dispositivos digitais, esquecemos que nem todos possuem a mesma opor-
tunidade para acessar os meios tecnológicos. (...)
O incentivo a políticas públicas que visem ampliar o acesso deve ser priori-
dade dos governantes. Esse incentivo pode partir das escolas, com a ampliação das
mídias tecnológicas nos espaços educativos.
Portanto, é fundamental introduzir crianças e jovens no mundo digital, tanto
em relação à internet quanto a programas que incentivem o estudo.
Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2021/04/atividade-portugues-artigo-de-opiniao-5ano-
-6ano.html. Acesso em: 14 abr. 2023.

19
Professor/a, após a leitura do texto, faça as seguintes perguntas aos/
às estudantes:
• De que trata o texto lido?
• O texto trata sobre a utilização de dispositivos digitais.
• Identifique, no texto, três adjetivos.
• Os adjetivos presentes no texto são: impossível, conectado, sim-
ples, interligado, educativos, fundamental, digital.
• Você conseguiu identificar a opinião do autor do texto? Caso te-
nha identificado, cite um trecho do texto em que conseguiu ve-
rificar a opinião do autor.
• É possível identificar a opinião do autor nos trechos:
• “É impossível fugir de um mundo tão conectado neste século”.
• “O incentivo a políticas públicas que visem ampliar o acesso deve
ser prioridade dos governantes”.
• “Portanto, é fundamental introduzir crianças e jovens no mundo
digital, tanto em relação à internet quanto a programas que incen-
tivem o estudo”.

LOCUÇÃO ADJ ETIVA

A locução adjetiva é a expressão formada por mais de uma palavra e tem a


função de um adjetivo, que caracteriza os substantivos.
Em uma frase, seja ela escrita ou falada, a locução adjetiva tem o objetivo de
facilitar a compreensão e permitir que o discurso fique mais sofisticado.
Na maioria dos casos, a locução é formada por uma preposição e um substan-
tivo.
Algumas possuem adjetivos correspondentes, como em:
• As funcionárias receberam o pagamento do mês. (locução adjetiva)
• As funcionárias receberam o pagamento mensal. (adjetivo)
• Patrícia se queixou de dores de abdômen. (locução adjetiva)
• Patrícia se queixou de dores abdominais. (adjetivo)
• Outras locuções adjetivas não possuem adjetivos correspondentes, como:
• Gol de placa;
• Instrumento de sopro;
• Caixa de papelão;
• Piano de cauda.
Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/locucao-adjetiva. Aces-
so em: 11 mar. 2023.

20
VAMOS PRATICAR

Complete as frases abaixo, como no exemplo:


Quem tem bondade é bondoso
a) Quem tem alegria é ____________________
b) Quem tem respeito é ___________________
c) Quem tem inteligência é _________________
d) Quem tem medo é ______________________
e) Quem tem carinho é ____________________

Professor/a, os/as estudantes deverão responder da seguinte forma:


• Quem tem alegria é alegre/feliz/contente.
• Quem tem respeito é respeitoso(a).
• Quem tem inteligência é inteligente.
• Quem tem medo é medroso(a)/covarde.
• Quem tem carinho é carinhoso(a).
Professor/a, considere também outras respostas que possam estar re-
lacionadas ao que se pede.

21
Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse

4
fato

CONTEÚDO(S):
Resenha Crítica

RESENHA CRÍTICA

Professor/a, inicie a aula fazendo o seguinte questionamento aos/às


estudantes:
Você já obteve informações em textos que traziam uma opinião a res-
peito de algum livro que você queria comprar ou de algum filme que você
queria assistir?
Hoje nós iremos estudar um gênero textual muito importante, em
que iremos aprender a utilizar os argumentos na construção do texto, para
convencer o/a leitor/a a ler/assistir uma obra, que pode ser um livro que você
tenha lido ou um filme que você tenha assistido.

RESENHA CRÍTICA

A resenha crítica possui como objetivo avaliar uma obra (livros, artigos, filmes,
séries, documentários, exposições de artes, peças teatrais, apresentações de dan-
ça, shows) e informar o leitor sobre uma opinião, a do/a resenhista, que sintetiza as
ideias e expõe suas apreciações. É um gênero textual informativo, descritivo e opina-
tivo sobre uma obra.
A resenha possui um resumo acerca da obra e apresenta críticas pontuais a
respeito de diferentes elementos desta, sendo que as críticas poderão ser tanto po-
sitivas como negativas.

22
Professor/a, faça a leitura do texto abaixo com os/as estudantes e,
após, os questionamentos seguintes.

UMA CHAPEUZINHO VERMELHO

“Uma Chapeuzinho Vermelho” foge ao conto original no qual uma menina


indefesa sai para visitar sua avó e é aterrorizada por um lobo.
Nesta versão da autora e ilustradora Marjolaine Leray, Chapeuzinho é uma me-
nina sabida, delicada, aparentemente indefesa, mas que sabe se virar e enfrentar
perigos com recursos próprios.
(...)
Esta versão, de forma lúdica, simples e divertida, apresenta uma protagonista
capaz de enrolar o lobo. Ela é pega, mas ganha tempo. Trava um diálogo em que ela
dá as cartas e se torna dona do jogo, saindo de vítima com muito humor.
(...)
Moral da história: podemos sair de algumas enrascadas da vida apenas com
um pouco de bom humor e sacadas inteligentes e rápidas. Um bom aprendizado
para meninos e meninas.
Afinal, a vida é repleta de lobos maus e vencê-los também é possível, mesmo
sendo menor que eles e mais frágeis.
Fica uma sugestão “descolada”, com humor sutil e irreverente mostrando que
toda história pode ser contada de uma outra forma.
Texto de Luiz Guilherme Beaurepaire. Disponível em: https://ensinoereflexao.blogspot.com/2020/07/
sequencia-didatica-resenha-critica.html. Acesso em: 12 mar. 2023.
Questão 1
O texto acima é:
A) um trecho do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
B) uma resenha do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
C) um conto da Chapeuzinho Vermelho.
D) uma notícia do lançamento de um livro.

Resposta: O texto trata-se de uma resenha crítica do livro “Uma Cha-


peuzinho Vermelho”, em que o/a resenhista evidencia as suas apreciações
acerca da obra analisada. Dessa forma, a alternativa CORRETA é a letra B.

23
Questão 2
O primeiro parágrafo do texto é:
A) uma opinião sobre o livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
B) uma descrição do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
C) um trecho do livro “Uma Chapeuzinho Vermelho”.
D) uma comparação sobre o livro “Uma Chapeuzinho Vermelho” e a história original.

Resposta: No primeiro parágrafo, que possui o seguinte texto: “’Uma


Chapeuzinho Vermelho’ foge ao conto original no qual uma menina indefesa
sai para visitar sua avó e é aterrorizada por um lobo”, é possível verificar que
o/a resenhista faz uma comparação sobre o livro avaliado e a obra original, o
que é comum na resenha crítica. Dessa forma, a resposta CORRETA é a letra
D.

COMO FAZER UMA RESENHA CRÍTICA?

É preciso conhecer bem a obra: é necessário ler ou assistir atentamente a obra


e, se necessário, mais de uma vez.
Faça os registros fundamentais: é preciso saber o nome da obra, conhecer o
autor, a temática explorada, a opinião defendida pelo autor, quando a obra foi publi-
cada, se a obra é uma continuidade de outra, etc.
Pesquise sobre o/a autor/a: nome completo, se o tema da obra é recorrente em
outras obras do/a autor/a.
Exponha sua opinião sobre a obra: para isso, você deverá responder às seguin-
tes perguntas:
• Gostou ou não da obra?
• Qual a parte considera a mais importante?
• Ela possui relação com outras obras que conhece?
• Considera que faltou algo a ser apresentado na obra?
• Considerou alguma parte confusa?
• Quais emoções foram geradas em você após ler/assistir a obra?
Produza a resenha crítica: agora é a hora da produção do texto, onde irá utili-
zar as anotações feitas para melhor desenvolver seu texto. Assim, ele deverá seguir a
seguinte estrutura (modelo dos textos dissertativos-argumentativos):
• Introdução: exposição inicial sobre a obra, o tema e o/a autor/a, onde traz
informações a respeito e possui o intuito de situar o/a leitor/a, a fim de que
ele/a saiba o que vai encontrar no texto.
• Desenvolvimento: maior parte do texto, onde são apresentados os argu-
mentos e as apreciações do/a resenhista a respeito da obra analisada. Aqui
ele/a expõe as suas ideias e opiniões, fundamentando-as e tornando-as co-
erentes.

24
• Importante: As resenhas críticas possuem a intenção de influenciar os/as
leitores/as e, por esse motivo, é nesse espaço que o/a resenhista deverá apre-
sentar os seus argumentos, indicando suas percepções negativas ou posi-
tivas da obra, sempre explicando o motivo daquilo que constatou. Caso a
resenha crítica não tenha a apresentação de um posicionamento do/a rese-
nhista, ela poderá ser considerada uma síntese ou resumo.
• Conclusão: apresenta o fechamento das ideias e geralmente trata-se de um
parágrafo pequeno. É o momento de sintetizar e opinar sobre alguns aspec-
tos da obra, mesmo que a opinião tenha sido exposta no desenvolvimento,
dentre eles: relevância da obra e do tema na atualidade, pontos positivos e
negativos, principais contribuições para o público, comparações com outras
obras, etc.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/resenha-critica/. Acesso em:12 mar. 2023.

VAMOS PRATICAR

Escreva uma resenha crítica sobre algum filme que você já assistiu e achou interes-
sante. Se puder, assista-o novamente prestando atenção na história, nos personagens,
cenário, costumes, efeitos espaciais, tempo e etc.
IMPORTANTE: Não esqueça de estar atento às orientações estudadas para que você
elabore um bom texto.

25
Aula
HABILIDADE:
D11. Distinguir um fato da opinião relativa a esse

5
fato

CONTEÚDO(S):
Operadores e modalizadores discursivos.

Gênero textual: diário ficcional

Professor/a, os estudantes já tiveram outras aulas acerca do descritor


11. Assim, o objetivo desta aula é reforçar esta habilidade conhecendo outros
elementos que possam indicar opiniões emitidas em um texto, para que,
então, consigam diferenciá-las de fatos.
Inicie a aula perguntando:
• Vocês já escreveram ou escrevem em diário? Sabem para que
serve? Sobre o que geralmente se escreve? Para quem?
• Permita que os estudantes comentem o que sabem sobre esse gê-
nero.
• Na opinião de vocês, os diários precisam ser reais ou podem exis-
tir diários ficcionais (com personagens e histórias criadas por um
autor)? Conhecem algum?
• Talvez eles até conheçam histórias como Diário de um banana, Di-
ário de Pilar etc. Comente que muitos escritores têm usado o for-
mato de gêneros como diário, autobiografia, dentre outros, para
narrar histórias e que existem outros tipos de diário além do diário
pessoal: de viagem, de bordo, de classe, ficcional etc.
Após a conversa, informe que eles lerão trechos dos livros “Os diários
de Amora” e “Diário de Aventuras da Ellie”. Divida a turma em grupos, apre-
sente ou distribua cópias do texto e solicite que eles leiam silenciosamente.
Depois, eles poderão fazer uma leitura compartilhada ou um membro de
cada equipe poderá ler em voz alta.
Ao término dessa ação, questione se gostaram do texto, sobre o que
a narradora está falando, que acontecimentos, fatos marcantes foram relata-
dos, se eles reconheceriam que ali é um diário caso alguém não tivesse dito
e como identificaram o gênero.
Explique algumas características desse gênero textual, pontuando as
diferenças que um diário ficcional pode apresentar. Aproveite para ressaltar
a diferença entre autor e narrador.

26
Disponível em: https://grupoautentica.com.br/nemo/quadrinhos/os-diarios-de-amora/1526. Acesso
em:12 mar. 2023.
Diário pessoal é um gênero textual caracterizado pela presença de relatos.
De caráter intimista, nele, podemos encontrar registros informais de ações, fatos,
emoções e opiniões, respeitando uma ordem cronológica. O memorialismo é uma
de suas principais características e a indicação de data serve tanto para demarcar
o tempo dos acontecimentos, como para o registro deles, de modo que quem o es-
creveu possa se lembrar com mais facilidade de quando os fatos aconteceram. Vo-
cativo e assinatura ao final também podem ser outros aspectos. Os tempos verbais
predominantes são os que expressam o passado. Além disso, esse gênero também
apresenta várias marcas de subjetividade (como pronomes e formas verbais de 1ª
pessoa).
No diário ficcional o relato não é da vida do próprio autor. Ele escreve o livro,
cria uma história na qual uma personagem faz o relato. Além disso, diferentemente
do diário pessoal, o ficcional nem sempre apresenta a data de uma maneira precisa
(dia, mês e ano), assim como pode suprimir algum outro elemento.
Nos livros, Os diários de Amora e Diário de Aventuras da Ellie, Amora e Ellie,
respectivamente, são as narradoras e quem “escrevem” os diários, relatando o que
ocorre na história. O primeiro livro é de autoria de Joris Chamblain e Aurélie Neyret,
e o segundo é de Ruth Mcnally Barshaw.
Fragmento 1. Os diários de Amora.

CHAMBLAIN, Joris; NEYRET, Aurélie. Os diários de Amora, volume 1: o zoológico petrificado. 1. ed. São
Paulo: Nemo, 2022.

27
Fragmento 2. Os diários de Amora

CHAMBLAIN, Joris; NEYRET, Aurélie. Os diários de Amora, volume 1: o zoológico petrificado. 1. ed. São
Paulo: Nemo, 2022.
No fragmento 1, o assunto são as amigas da protagonista, Line e Érica, como se
conheceram e as características de Line. Já no fragmento 2, é falado sobre a senhora
Desjardins, uma escritora conhecida que inspirou a narradora da trama, Amora.
Fragmento 3. Diário de Aventuras da Ellie.

BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 26.

28
Fragmento 4. Diário de Aventuras da Ellie.

BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 27
Fragmento 5. Diário de Aventuras da Ellie.

BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014. P. 31.
Nos fragmentos 3 e 4, há o relato sobre as audições que ocorreram para a peça
de “O mágico de Oz” que seria apresentada na escola. No fragmento 5, a narradora,
Ellie, fala sobre a angústia pela situação de sua amiga Mo não ter sido escolhida para
interpretar o papel de Dorothy e por ela não poder contar ou saber o que fazer para
aplacar o ocorrido com a amiga.

29
Professor/a, chame a atenção dos estudantes para a relação das ilus-
trações com a linguagem verbal, bem como para outros recursos gráficos,
os quais também transmitem mensagens ao leitor e contribuem para o sen-
tido do texto. Em aulas anteriores, os estudantes já estudaram a distinção
fato-opinião. Assim, peça que apontem algumas opiniões presentes nos tex-
tos, questionando o que verificaram para chegar a essa conclusão. Desta
maneira, vá relembrando o assunto.

FATO OPINIÃO
• Aquilo que aconteceu ou que
está para acontecer; • Uma interpretação; julgamen-
to pessoal;
• Pode ser comprovado (por
números, documentos, regis- • É o que alguém pensa sobre
tros...); um acontecimento;
• Realidade; verdade; • Uma visão sobre alguma coisa;
• Pode ser verificado, funda- • As opiniões refletem crenças,
mentado ou negado por crité- juízos, valores - subjetividade.
rios e evidências - objetividade.

Espera-se que eles mencionem, por exemplo: “A Line é uma doçura em pes-
soa”, “Às vezes, eu queria ser um pouco mais parecida com ela”, “Mas não parece
ser uma pessoa triste”, “tenho a impressão de que ela me lê...”, “...ela parece saber o
que estou sentindo...”, “Adoraria ter...”, “Talvez eu consiga...”, “Talvez a Mo não seja a
melhor para o papel”, “...mas acho que ele daria um ótimo leão covarde”, “Ela atuou
muito bem”, “Bem que a Mo podia fazer aula de canto”, “Ela até parece a Dorothy”,
“Parecia que um tornado estava me seguindo”, “Finalmente, eu podia pensar e res-
pirar”, “Talvez não seja nada demais”.

Professor/a, explique que, além da adjetivação, outros recursos gra-


maticais (termos em destaque) podem sinalizar uma opinião expressa.
Desafie-os a buscar no texto estas outras palavras e expressões que
revelam um julgamento pessoal. Instigue-os a dizer que termos são esses e
a nomear a classe gramatical a que pertencem. Se julgar conveniente, reto-
me com a turma alguns conceitos de morfologia.
Por fim, elucide que o uso da 1ª pessoa verbal, de verbos de atitude
proposicional (acho, penso...), do futuro do pretérito (adoraria), do modo sub-
juntivo, como também o de modalizadores como adjetivos, advérbios ou
locuções adjetivas e adverbiais, podem evidenciar comentários, pontos de
vista, subjetividades existentes no discurso. Saliente que nos trechos lidos
esses operadores linguísticos foram cruciais para que distinguissem fatos
de opiniões.

30
Modalizadores discursivos são elementos responsáveis por manifestar o posi-
cionamento de quem fala, suas intenções, sentimentos e atitudes em relação ao que
é dito.
Recursos linguísticos que atuam como modalizadores: verbos modais, verbos
auxiliares, perífrases verbais, tempos e modos verbais, adjetivos, locuções ou orações
adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, predicados cristalizados (é cer-
to, é preciso, é necessário) etc.
Assim, dependendo do modalizador utilizado, um efeito de sentido diferente
é impresso ao enunciado.
Entre as várias possibilidades que podem ser expressas na comunicação, des-
tacam-se: uso de modos verbais, indicando se o enunciado exprime um aconteci-
mento, uma ordem ou uma vontade (Arrume seu quarto; Queria que você arrumas-
se seu quarto); de verbos, apontando necessidades, possibilidades, dúvidas, desejos
(Você tem que dialogar; você pode dialogar); emprego de adjetivos, revelando opi-
nião ou posicionamento (Que coisa certa!); e advérbios, traduzindo a avaliação do
falante frente ao enunciado (Lamentavelmente, ele veio).
Espaço para anotações
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31
Aula
HABILIDADE:
D08. Estabelecer relação causa/consequência

6
entre partes e elementos do texto

CONTEÚDO(S):
Causa e consequência em textos expositivos.

Gênero textual: artigo de divulgação científica

Professor/a, inicie a aula perguntando:


• Vocês já imaginaram como seria se a maioria das pessoas fizesse
atividade física regularmente, tivesse uma alimentação mais equi-
librada? O que ocorreria?
• Por que as pessoas não fazem isso?
• O que a falta de atividade física gera?
• Como vocês sabem dessas informações? Em que meio/onde vi-
ram?
Professor/a, troquem ideias acerca dos questionados, comentando que, como
perceberam/sabem, as nossas ações têm consequências e há motivos para que as
coisas ocorram ou não. Cite que geralmente temos conhecimento dessas informações
porque tivemos contato com textos expositivos (muito presentes em livros didáticos ou
jornais, por exemplo) e esclareça que consequência é o efeito, resultado, e aquilo que
gera o início de algo, motivo, chamamos de causa, destacando que em diversos textos
do nosso cotidiano também podemos encontrar causas e consequências. Indague-os:
Você saberia identificá-las?

Os textos são construídos a partir de tipos de composição, sequências variadas,


tipologias (ou tipos textuais): narração, descrição, exposição, argumentação e injun-
ção. Há sequências que narram um acontecimento, outras que descrevem lugares,
pessoas ou fatos, há aquelas que apresentam informações, e ainda as que argumen-
tam e defendem uma ideia, além daquelas que dão instruções. Quando se diz que
um texto é “narrativo”, “descritivo” ou “argumentativo”, está se falando sobre o tipo
de sequência textual predominante nele. E esses modos de organização, por sua vez,
visam atender a diferentes finalidades de um texto.
O texto expositivo, como o nome diz, expõe informações. Estas informações
são obtidas em fontes como a internet, livros, enciclopédias, revistas ou depoimento
de especialistas. Para que a mensagem seja transmitida de modo claro e objetivo, é
importante que os dados estejam organizados e sejam apresentados de maneira im-

32
pessoal – sem exprimir juízos de valor ou defesa de opiniões – já que o objetivo é infor-
mar sobre algo. Além disso, o texto expositivo deve utilizar uma linguagem adequada
ao público-alvo a que se destina. Muito comum no meio acadêmico e jornalístico, esta
tipologia se faz presente em aulas, seminários, resumo, verbete de dicionário, notícia
etc.
Vale lembrar que as fontes precisam ser confiáveis, com informações cientifica-
mente comprovadas, pois isto é uma garantia de que as informações são verdadeiras,
evitando a disseminação das famosas fake news.
O texto expositivo deve ter título e apresenta a seguinte estrutura:
• Introdução: apresentação do tema (ideia principal).
• Desenvolvimento: amplia o tema. Um modo de organizar as informações é
apresentá-las em sequência, marcada por expressões, como: primeiro, de-
pois, em seguida, finalmente.
• Conclusão: retoma e encerra a ideia principal.
Espaço para anotações
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Disponível em: https://www.maxieduca.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/11/Esquema.png. Acesso


em: 11 mar. 2023.

33
Professor/a, comunique aos estudantes que eles lerão o texto “Ocea-
no ácido, alerta geral!”, texto de divulgação científica. Projete-o ou distribua
cópias, organizando a turma da maneira que julgar mais conveniente para
o trabalho.

OCEANO ÁCIDO, ALERTA GERAL!

Já ouviu falar que o oceano está se tornando mais ácido? Sabe o que isso sig-
nifica? Vamos pensar em algo ácido muito próximo da gente: o limão! Quem já expe-
rimentou o suco puro de limão sabe o quanto é azedo e ácido. Dá aquela sensação na
boca que faz a gente estremecer. Às vezes, faz até doer o estômago… Agora, imagine
derramar toneladas e mais toneladas de suco de limão no mar. Um fenômeno pare-
cido já acontece, mas, em vez de suco de limão em excesso, o que está chegando ao
oceano em quantidade muito além do normal é o gás carbônico, que, ao entrar em
contato com a água, é transformado em ácido. Vamos mergulhar nesse assunto para
entender melhor?
O gás carbônico é um gás encontrado naturalmente no ar. Todos os seres vivos
inspiram oxigênio e expiram gás carbônico, e isso não é um problema. Porém… diver-
sas ações humanas – como o uso de combustíveis fósseis, as queimadas de florestas,
a poluição das indústrias, entre outras – também produzem esse gás. É esse excesso
de gás carbônico, que vai se acumulando cada vez mais na atmosfera da Terra, que
causa problemas graves para o planeta, como o efeito estufa e a acidificação dos oce-
anos. Pois é, graças às ações humanas, o gás carbônico se tornou um grande vilão.
No caso dos oceanos, o que causa a acidificação não é o gás carbônico sim-
plesmente, mas sua transformação quando entra em contato com a água. Esse en-
contro no ambiente marinho produz uma reação química que gera um ácido, o ácido
carbônico. E é o ácido carbônico que torna o oceano mais ácido!

MAR ÁCIDO É SINAL DE PERIGO?

Agora você deve estar se perguntando: por que um problema que acontece
no oceano afeta a vida no planeta inteiro? Ótima questão! Para começar, a acidez
dos oceanos ameaça diretamente a vida de diversos animais marinhos, como corais,
ouriços do mar, caranguejos, caramujos, ostras e até seres microscópicos. Para piorar,
a acidificação dificulta a reprodução de animais marinhos adultos, além de causar
problemas para o desenvolvimento de larvas e filhotes. Ou seja: prejudica ainda mais
o futuro das espécies, uma vez que menos filhotes conseguem sobreviver para che-
gar à vida adulta e cada vez menos os adultos conseguem reproduzir ou dar à luz a
filhotes saudáveis.
E não pense você que os animais maiores, como os peixes e as baleias, não
são afetados. Com gás carbônico em excesso na água, esses animais acabam conta-
minados, passando a ter problemas no metabolismo (reações que acontecem natu-
ralmente dentro do nosso organismo) e até nas suas capacidades sensoriais (como
de localização de predadores ou de deslocamento). Imagine quantos problemas de
saúde podem surgir na população humana ao comermos peixes e outros derivados
do mar! A diminuição da nossa imunidade, isto é, das defesas naturais do corpo, é
um deles.

34
SAÚDE DA ÁGUA, BENEFÍCIOS PARA TODOS

Além de afetar a saúde humana, a acidificação oceânica atinge diretamente


todos que têm o mar como sustento, seja com atividades de turismo ou pesca. Os
povoados costeiros, as comunidades caiçaras e todos que precisam das riquezas do
mar para sua sobrevivência acabam prejudicados.
Mas agora é hora de dar boas notícias: a acidificação oceânica tem solução!
Mas… é necessário que as emissões de gás carbônico sejam reduzidas e cada vez
mais soluções baseadas na natureza sejam aplicadas no dia a dia da sociedade, re-
sultando assim na melhoria de vida de todo o planeta.
Os governantes têm essa responsabilidade com o planeta, e nós temos res-
ponsabilidade em escolher os governantes que se preocupam com a natureza e com
a vida de todas as espécies. Enquanto somos crianças, podemos ir nos informando
da melhor forma para proteger a Terra, não é mesmo?
Revista Ciência Hoje das Crianças. 01 mar. 2023. Disponível em: https://chc.org.br/artigo/oceano-acido-
-alerta-geral/. Acesso em: 11 mar. 2023.

Professor/a, após a leitura, pergunte:


• Qual é o assunto do texto?
• Qual seria a intenção do autor, o objetivo do texto?
• Será que atingiu o objetivo?
• O que tem causado a intensificação do efeito estufa e a acidifi-
cação dos oceanos?
• Que problemas são ocasionados pela acidificação dos oceanos?
• Com os animais contaminados pelo excesso de gás carbônico na
água (passando a ter problemas no metabolismo), o que mais
pode ocorrer?
• Que outras consequências a acidificação oceânica pode gerar
para o ser humano?
Professor/a, espera-se que os estudantes respondam que o texto fala
sobre o processo de acidificação dos oceanos e suas consequências. O ob-
jetivo do texto é informar a população sobre o assunto – expondo conteúdo
de natureza científica – alertando-a. A causa para a intensificação do efeito
estufa e a acidificação dos oceanos é o excesso de gás carbônico na atmos-
fera terrestre, provocado principalmente por ações humanas, como o uso
de combustíveis fósseis, queimadas e emissão de poluentes por indústrias.
Com a acidificação dos oceanos, surgem outros problemas: dificuldade de
reprodução dos animais e no desenvolvimento de larvas e filhotes. Além dis-
so, com a contaminação dos animais marinhos pelo gás carbônico em ex-
cesso na água, esses passam a ter problemas no metabolismo e em capaci-
dades sensoriais (como de localização de predadores ou de deslocamento).
Com toda esta problemática, seres humanos também podem ser afetados,
pois, ao ingerirmos animais contaminados, podemos ter nossa imunidade
reduzida e os que dependem do mar para o sustento têm suas atividades
prejudicadas.

35
Debatam o assunto e aclare que o texto lido é um artigo de divulga-
ção científica, explicando características do gênero, função e onde circula.
Verifique se os estudantes conseguiram estabelecer a relação causa/conse-
quência entre partes e elementos do texto, fazendo as considerações neces-
sárias.

O artigo de divulgação científica é um texto expositivo cuja finalidade é trans-


mitir ao público em geral os conhecimentos científicos obtidos em estudos e pesqui-
sas realizadas por especialistas. Nele, divulgam-se dados, relatórios, procedimentos e
descobertas que podem contribuir para o avanço do conhecimento humano e me-
lhorar a qualidade de vida das pessoas.
Este texto é escrito em uma linguagem mais objetiva, formal, porém acessível
ao leitor e apresenta, geralmente, a seguinte estrutura:
• Introdução: apresentação da questão investigada.
• Corpo ou texto principal: hipóteses levantadas, explicações e descobertas
realizadas.
• Conclusão: afirmação final do que foi observado, fechamento do que foi ex-
posto e/ou outros aspectos.

Professor/a, você pode explorar outras questões abordadas no texto e


solicitar aos estudantes que identifiquem as partes do artigo e/ou façam um
quadro, como o modelo a seguir. Ou ainda, propor que façam cartazes elu-
cidando a problemática e expondo os motivos e consequências estudados,
para divulgar aos demais membros da comunidade escolar.

Causa Consequências
ACIDIFICAÇÃO DOS
OCEANOS

36
Professor/a, apesar de o texto ter sido retirado de uma revista infantil,
por se tratar de um texto de divulgação científica podem aparecer termos
técnicos ou outras palavras que os estudantes não estejam familiarizados,
dificultando a compreensão. Caso seja necessário, discuta o significado dos
termos com a turma. Essa pode ser também uma ótima oportunidade para
trabalhar o uso do dicionário.

Espaço para anotações


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37
Aula
HABILIDADE:
D08. Estabelecer relação causa/consequência

7
entre partes e elementos do texto

CONTEÚDO(S):
Causa e consequência em textos expositivos.
Gênero textual: artigo de divulgação científica

Professor/a, antes de iniciar a aula, organize a sala formando um cír-


culo com as carteiras, rememorando a clássica forma de contar histórias, de
modo que os estudantes mantenham contato visual com você e os colegas.
Pergunte:
• Vocês gostam de ouvir histórias? De que tipo?
• Já perceberam que somos movidos por histórias?
Comente que sabemos o que sabemos porque contamos histórias
desde sempre, desde os mitos, lendas, fábulas, parábolas bíblicas, contos,
passando pelas nossas conversas diárias (quando ouvimos e/ou narramos
casos) e até em nossos atuais threads ou stories nas redes sociais. De algu-
ma forma, todos contam-escrevem ou ouvem-leem alguma narrativa. “Se-
gue o fio!”.

O termo thread (“fio”) é visto com muita frequência no Twitter. Como a rede
social possui limite de 280 caracteres para cada postagem, usa-se o termo quando
os usuários postam tweets em uma mesma sequência, todos eles conectados pelo
mesmo tópico. A sequência é muito usada para contar histórias ou notícias cheias
de detalhes.
Storie é um recurso do Instagram usado para publicar um conteúdo tempo-
rário (visível por apenas 24 horas) de forma customizada. Para a personalização, ofe-
rece uma série de ferramentas: filtros, GIFs, textos coloridos, stickers, dentre outros.
Vale lembrar que o Instagram é uma rede social focada no aspecto visual, em que
vídeos e imagens têm destaque.

38
Professor/a, questione se sabem o que é mito (provavelmente alguns
já tenham ouvido falar de mitologia grega, romana ou nórdica, de deuses
como Thor, heróis como Hércules ou já assistiram séries ou filmes como Per-
cy Jackson).
Instigue-os:
• Sabiam que no Brasil também temos uma mitologia?
• Conhecem algum mito ou lenda?
• Sabem quem contam esses mitos no nosso país?
Esclareça que os povos indígenas foram os que mais contribuíram
com a mitologia brasileira e que, apesar de ser pouco falada ou conhecida, é
riquíssima e cheia de histórias e personagens interessantíssimos. Mencione,
por exemplo, mitos sobre a criação do universo, a lenda do boto cor-de-rosa,
seres como Curupira e divindades como Tupã.
Vale lembrar a diversidade étnica das populações indígenas, compre-
endendo suas características socioculturais e suas territorialidades.
Em seguida, diga que irão ouvir um mito da Amazônia. Professor/a,
você poderá, por meio de data show, reproduzir o vídeo “As estrelas nos
olhos dos meninos” disponível no link: https://www.youtube.com/watch?-
v=CUTDVaMgt_4.
Caso não seja possível, você poderá contá-lo. Para isso, disponibiliza-
mos o texto abaixo. Peça que observem como a origem das estrelas é expli-
cada.

AS ESTRELAS NOS OLHOS DOS MENINOS

Naquele tempo, a noite era completamente escura, nenhuma estrela brilhava


no firmamento, não havia estrelas.
Na aldeia indígena, fogueiras eram acesas logo que escurecia, e as famílias se
reuniam em torno delas para se esquentar do frio da noite, comer e descansar.
As mulheres assavam pedaços de pirarucus e tucunarés pescados no dia e
cozinhavam nas cinzas ovos de tartaruga que recolhiam dos ninhos na areia das
margens dos rios. Os homens falavam da guerra e contavam vantagem. No entorno
da aldeia era a escuridão e o mistério. O que vinha de lá era o pio da coruja, o miado
da onça, o canto do jurutaí.
[...]
Numa noite, quando foram preparar as comidas, as mulheres descobriram
que os ovos de tartaruga que tinham colhido haviam desaparecido. [...]
Noutra noite, a história se repetiu: os ovos tinham sido roubados.
Algumas noites depois o roubo aconteceu de novo, e as mulheres resolveram
tirar a limpo esses sumiços estranhos.
[...] Escondidas atrás de uns arbustos, elas observaram os meninos roubarem
os ovos e saírem sorrateiramente para o mato. Foram no encalço deles e viram quan-
do se enfiaram na floresta e, numa clareira, prepararam o fogo para assar os ovos

39
roubados. Eles queriam comê-los sem ter que dividir com os outros.
As mulheres começaram a gritar, e os meninos, surpreendidos, correram. As
mulheres correram atrás. Proferiram ameaças e prometeram castigos severos.
Para escapar das punições, os meninos pediram ao beija-flor que amarrasse
um cipó no céu. O beija-flor atendeu ao pedido, e eles começaram a subir. Já esta-
vam bem no alto quando as mulheres chegaram ao local da fuga para o firmamento.
Elas não tiveram dúvidas: subiram atrás deles.
Para não serem alcançados pelas mulheres, os meninos cortaram o cipó logo
abaixo deles, e as mulheres se precipitaram lá de cima. No chão, antes que se esbor-
rachassem, foram transformadas em animais da floresta. Os meninos, por sua vez,
ficaram presos no céu sem ter como descer.
Desde então, eles olharam a terra lá do céu. No escuro da noite, brilham para
sempre os olhos arregalados dos meninos. Foi assim que a noite acabou se enchen-
do de estrelas. São os olhos dos meninos.
Reginaldo Prandi. Ilustração de Pedro Rafael. Contos e lendas da Amazônia.
São Paulo: Companhia das letras, 2011.
In: UNOIEDUCAÇÃO. Língua Portuguesa. 4º ano. Santillana: São Paulo, 2021.

Professor/a, faça as perguntas a seguir, estimulando-os a recontar a


narrativa e a reconhecer a relação causa/consequência entre partes e ele-
mentos do texto.
1. Por que naquele tempo a noite era completamente escura?
Porque não havia estrelas.
2. Por que o título do texto é “As estrelas nos olhos dos meninos”?
Porque, segundo o mito, as estrelas são os olhos dos meninos que
ficaram presos no céu.
3. Segundo o texto, como surgiram as estrelas?
Aqui, espera-se que os/as estudantes consigam resumir a história,
destacando os principais fatos que levaram à origem das estrelas,
como os que serão apontados nas próximas respostas.
4. Por que os ovos de tartaruga que as mulheres haviam colhido
estavam desaparecendo?
Os ovos sumiam porque estavam sendo roubados por alguns me-
ninos.
5. Por que os meninos roubaram os ovos?
Eles roubaram porque queriam comer os ovos sem ter que dividir
com outras pessoas.
6. O que as mulheres fizeram?
As mulheres foram atrás dos meninos, proferiram ameaças e pro-
meteram castigos severos a eles.
7. “Os meninos pediram para o beija-flor amarrar um cipó no céu.”
Por que eles fizeram isso?

40
Porque se as mulheres os pegassem, eles seriam punidos. Então,
para que isso não ocorresse, os garotos fugiriam através de um
cipó que dava para o céu. Contudo, as mulheres os encontraram e
também subiram pelo cipó.
8. O que aconteceu depois que os meninos cortaram o cipó? Qual a
consequência dessa ação?
As mulheres caíram e foram transformadas em animais da floresta.
Eles, por sua vez, ficaram presos no céu sem ter como descer.
Professor/a, explique o que são mitos, suas caraterísticas, como e em
que momentos são contados, sua importância e finalidade, aclarando que,
assim como viram na aula anterior (que textos expositivos apresentam cau-
sas e consequências), nas narrações, também há essas relações e elas é que
vão construindo o enredo da história.

O mito é uma narrativa popular que procura explicar os acontecimentos da


vida, os fatos históricos e a origem do mundo, dos seres e das coisas (como o sur-
gimento do dia e da noite, de práticas como a agricultura, etc.). Surgiu como uma
forma que o homem encontrou para compreender os fatos e eventos da vida e do
mundo e dar sentido a eles.
Na narrativa, a ação e a reação das personagens produzem os acontecimen-
tos, que mantêm entre si uma relação de causa e consequência.
Os mitos fazem parte da tradição de um povo e são (re)contados pelos mais
velhos aos mais novos como forma de transmitir saberes de uma geração a outra.
Como muitas vezes foram/são transmitidos oralmente e por diferentes povos
– relacionando-se com a vida social, os rituais, a história e o modo de viver e pensar
de cada um deles – essas histórias estão sempre se transformando. Por isso há várias
versões de um mesmo mito que, por sua vez, apresentam maneiras distintas de ver
a vida e o que nela há.

Professor/a, indague os/as estudantes:


• Que outros mitos e/ou lendas vocês conhecem? (Podem ser in-
dígenas, lendas do município onde moram ou de outras cidades,
como as de São Luís: Serpente, Carruagem de Ana Jansen).
Pontue a diferença entre mitos e lendas, fazendo também distinção
com fábulas, parábolas e contos, caso necessário.

41
LENDA MITO
Sim, mas podem ser in-
Há evidências? Não
substanciais

Pode ter origem em acon-


É baseada em algum con- tecimentos históricos, mas
Contexto histórico
texto histórico não é possível identificá-
-los na narrativa
Pode ser inspirado por um
momento histórico, mas
Geralmente é baseada em
seu conteúdo é puramen-
fatos, que são distorcidos,
te ficcional. O mito utiliza
Fato ou ficção exagerados ou mesclados
simbolismos e metáforas
com elementos fantasio-
para explicar a realidade e
sos ou ficcionais
diversos fenômenos natu-
rais e humanos
Às vezes baseia-se em pes-
É comum a presença de
soas ou acontecimentos
Personagens deuses, seres e reinos so-
reais e até notáveis da his-
brenaturais e heróis
tória
Lenda de Robin Hood; len-
Exemplo da do guaraná; da mula Mito da caixa de Pandora
sem cabeça

Disponível em: https://www.diferenca.com/mito-e-lenda/. Acesso em: 15 mar. 2023. Adaptado.

Professor/a, uma outra possibilidade é trabalhar a relação de causa e


consequência por meio de filmes, séries ou capítulos de uma novela.
Se possível, assistam e debatam aspectos do filme “Muleque Té Doi-
do! Mais Doido Ainda!” (2019). O que acontece na história? Por quê?
O longa metragem maranhense conta a história de quatro amigos
(Guida, Nikima, Erlanes e Sorriso) que precisam salvar Luna, a filha do povo
da Lua. Ela será sacrificada para reviver o Rei Dom Sebastião e libertá-lo da
maldição que o transformou em um touro encantado. Se a ressurreição
acontecer, a Ilha de São Luís afundará para sempre.
Esta produção dialoga com a popular lenda de Dom Sebastião. Con-
ta-se que o rei português morreu em combate com os árabes e sob a forma
de um touro negro aparece em noites de lua cheia entre as dunas da Ilha
dos Lençóis, em Cururupu. Diz-se que, desde sua derrota, Dom Sebastião
vaga por terras maranhenses, esperando que algum corajoso o liberte.

42
Aula
HABILIDADE:
D01. Localizar informações explícitas em um texto

8
CONTEÚDO(S):
Gênero textual: Notícia

Professor/a, inicie a aula perguntando à turma:


• Vocês acham que é importante se manter informado?
• Onde costumamos ver notícias?
• Onde você costuma se informar?
• O que é importante para que algo vire notícia? Como será que os
jornais selecionam o que vai virar notícia?
• O que uma notícia não pode deixar de apresentar?
Deixe que os estudantes exponham seus pontos de vista e, depois,
faça as considerações necessárias.

Vivemos cercados de informações. Acontecimentos veiculados em revistas e


jornais impressos, televisão, rádio e internet fazem parte de muitas de nossas con-
versas. Assim, manter-se informado é importante porque nos permite saber o que
se passa em nossa comunidade, na cidade, no país e no mundo. Contudo, não basta
saber dos acontecimentos, é preciso refletir sobre eles de forma crítica.
É importante que os estudantes concluam que viram notícias, geralmente,
fatos atuais e de interesse de determinada população. Podem ser fatos inusitados,
polêmicos, escândalos, tragédias, descobertas científicas, novidades políticas, etc.

43
Professor/a, propomos, preferencialmente, a apresentação da notícia
a seguir em seu formato original, para que os estudantes atentem aos recur-
sos específicos do ambiente virtual e deduzam em que meio foi veiculada.
Peça que observem atentamente o texto. Leia-o com os/as estudantes e, em
seguida, levante alguns questionamentos sobre o que visualizaram.

MAURÍCIO de Sousa candidata-se à Academia Brasileira de Letras. Aventuras na História, 15 mar. 2023.
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/mauricio-de-sousa-candi-
data-se-academia-brasileira-de-letras.phtml. Acesso em: 17 mar. 2023. Fragmento.

44
MAURICIO DE SOUSA CANDIDATA-SE À ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
Criador da ‘Turma da Mônica’ escreveu uma carta à ABL demonstrando seu
interesse em ocupar a cadeira 8

Nesta quarta-feira, 15, o cartunista e criador dos quadrinhos “A Turma da Mô-


nica”, Mauricio de Sousa, oficializou sua candidatura à Academia Brasileira de Letras
através de uma carta. Na ocasião, ele demonstrou interesse em ocupar a cadeira de
número oito, anteriormente da escritora Cleonice Berardinelli, que faleceu aos 106
anos em fevereiro de 2023.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, o cartunista afirmou que
seu objetivo com a candidatura, que ocorre no mesmo ano de celebração dos 60
anos de sua personagem mais famosa, é se aproximar dos leitores clássicos por meio
dos formatos de gibis, além de contribuir com a missão da Academia de formar no-
vos leitores.
“Penso que nossa função, como autores, é criar novos leitores. A ABL é o cen-
tro de valorização, não apenas do autor brasileiro, mas do leitor. Sem leitor não há a
mágica da literatura. E para conquistar o leitor, a melhor época é a infância. E este o
será para sempre. ‘A Turma da Mônica’ hoje está em todas as plataformas de comu-
nicação, para não deixar escapar a conexão que o futuro cobrará de todos”, afirmou.
Carta
Em outro trecho da carta, Mauricio de Sousa reitera sobre a importância de
seus personagens para o desenvolvimento educacional e social de crianças e jovens:
“Nossos personagens, por esta razão, são emprestados às campanhas impor-
tantíssimas no Brasil e no mundo. Projeto com a ONU mulheres e o UNICEF. Em
parceria com a UNESCO, ressaltando o direito humano à alfabetização. No projeto
Donas da Rua, foram homenageadas diversas escritoras brasileiras, como Clarice Lis-
pector, Maria Firmina dos Reis e Lygia Fagundes Telles. Personagens criados para
melhor informar o que é a empatia e a inclusão, como Luca (um garoto que usa ca-
deira de rodas) e Dorinha (menina cega inspirada em Dorina Nowill), aproveitando
a turminha como fonte de credibilidade para gerar a solidariedade e disseminar en-
sinamentos sobre os muitos amiguinhos com alguma deficiência. Crianças e jovens
precisam não apenas serem informados como formados pela magia da literatura e
seus incríveis personagens”, finaliza.
MAURÍCIO de Sousa candidata-se à Academia Brasileira de Letras. Aventuras na História, 15 mar. 2023.
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/mauricio-de-sousa-candi-
data-se-academia-brasileira-de-letras.phtml. Acesso em: 17 mar. 2023.

Professor/a, pergunte:
• O que foi noticiado?
A oficialização da candidatura do cartunista e quadrinista Mauricio
de Sousa à Academia Brasileira de Letras.
• Por que será que o fato virou notícia? Você acha que o assunto
tem relevância?
Devido à importância que Mauricio de Sousa teve e tem para a cul-
tura nacional e desenvolvimento educacional e social de crianças e

45
jovens. Um posto na ABL reconhece a relevância de um artista para
a Língua Portuguesa e para a cena literária brasileira.
• Quando a notícia foi publicada?
Dia 15 de março deste ano, 2023.
• Onde foi veiculada? Periódico impresso ou meio virtual? Como
perceberam isso?
Ambiente virtual. A presença de ícones para compartilhamento
em e-mails e redes sociais, o indicativo da atualização da informa-
ção, campo para buscas e links para outras matérias podem ser
algumas respostas dadas pelos estudantes.
• Quem a escreveu?
Não é expresso o nome específico do autor, mas sabe-se que a no-
tícia foi escrita pela redação da revista Aventuras na História.
Professor/a, ao solicitar essas primeiras informações, a habilidade dos
estudantes de localizar informações explícitas já está sendo trabalhada.
Após este momento, levante uma discussão sobre o assunto, se eles
conhecem Maurício de Sousa, o que sabem sobre o autor, se já leram algu-
ma de suas histórias, etc. Elucide que uma notícia geralmente responde às
seguintes questões:
• O que aconteceu/vai acontecer?
• Quando? Onde?
• Como?
• Por quê?
• Quem está envolvido na ação?
• Quais as consequências do fato noticiado?
Peça que retornem à notícia e encontrem essas informações. Interro-
gue-os:
• Em que parte, parágrafo as encontraram?
Explique que estas informações geralmente se encontram resumidas
no lead e fale sobre essa e outras partes da notícia, comentando caracterís-
ticas do gênero.

A notícia relata fatos recentes, acontecimentos e informações atuais. Sua fun-


ção é divulgar uma ocorrência de interesse público. Como se trata de um texto infor-
mativo, deve empregar uma linguagem objetiva e clara e o produtor deve limitar-se
a transmitir as informações apuradas sem apresentar opiniões e impressões pesso-
ais, primando pela imparcialidade e veracidade dos fatos.
Uma notícia pode ser publicada em meio impresso ou digital, no rádio ou na
televisão.

46
Professor/a, chame a atenção dos/as estudantes para o fato de que,
mesmo se tratando de acontecimentos já ocorridos, os verbos dos títulos
das notícias costumam aparecer no tempo presente para passar a ideia de
que são fatos recentes.

PARTES DA NOTÍCIA

Disponível em: https://wordwall.net/pt/resource/30714292/partes-da-not%C3%ADcia. Acesso em: 18


mar. 2023.

• Título ou Manchete: frase curta e objetiva que sintetiza a ideia central da


notícia e instiga o leitor a ler o texto. É possível usar elementos como cores
e letras diferentes para chamar mais atenção.
• Subtítulo ou Linha-fina: texto que acompanha o título da notícia e que vem
destacado do corpo da matéria, fornecendo mais informações sobre o que
será abordado, de forma a atrair/chamar a atenção do leitor para o conteú-
do da notícia. Funciona como subtítulo.
• Lide (ou lead): introdução, geralmente primeiro parágrafo; fornece, de ma-
neira resumida, as principais informações acerca do fato noticiado, tais
como: o que aconteceu? Quando? Onde? Com quem? Como? Por quê?
• Corpo do texto: conteúdo da notícia propriamente dito. Detalha os dados
introdutórios e acrescenta informações.
• Foto ou Recurso visual: fotografia, infográfico, gráfico, entre outros.
• Legenda: texto que acompanha uma imagem. Objetivo: complementar,
explicar ou, ainda, reafirmar uma informação visual.

47
Professor/a, divida a sala em grupos, distribuindo para cada estudan-
te uma notícia, a fim de que eles/as busquem as principais informações (se-
guindo o roteiro do lead), observando que fatos são divulgados e como es-
tão expostos.
Ao término da atividade, convide alguns estudantes para comparti-
lhar as respostas e atente para as dúvidas e/ou equívocos que surgirem no
momento da socialização com a turma. Você poderá até propor que eles/as
apresentem os dados como se estivessem noticiando em um jornal televi-
sionado.

Sugestões de textos:

TEXTO I - ANVISA APROVA NOVA VACINA CONTRA A DENGUE


De acordo com a agência, produto é indicado para crianças de quatro anos até
adultos de 60 anos; eficácia é superior a 80%
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quinta-feira
(2) o registro de uma nova vacina para a prevenção da dengue.
O imunizante da empresa Takeda Pharma Ltda, chamado Qdenga, é compos-
to por quatro sorotipos do vírus, promovendo uma ampla proteção contra a doença.
A aplicação é feita em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses en-
tre elas.
A avaliação clínica da vacina apontou que o imunizante tem eficácia de 80,2%
contra a dengue. O período de proteção é de 12 meses após o recebimento das doses.
De acordo com a Anvisa, o produto é indicado para crianças de quatro anos
até adultos de 60 anos.
Com a concessão de registro por parte da agência, o produto recebe autoriza-
ção para ser comercializado e aplicado no país.
FERNEDA, Gabriel. Anvisa aprova nova vacina contra a dengue. CNN, São Paulo, 03 mar. 2023. Disponí-
vel em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/anvisa-aprova-nova-vacina-para-a-dengue/ . Acesso em: 17
mar. 2023.

TEXTO II - NASA E MICROSOFT SE UNEM PARA LEVAR MISSÕES ESPACIAIS


A ‘MINECRAFT’
Os jogadores de ‘Minecraft’ poderão lançar os seus próprios foguetes para
a Lua por meio da parceria entre Nasa e Microsoft

A National Aeronautics and Space Administration (Nasa) e a Microsoft decidi-


ram se unir em uma parceria que permitirá aos jogadores de “Minecraft” que “lan-
cem” seus próprios foguetes para visitar a Lua e vivam a rotina de um astronauta a
bordo de uma espaçonave Orion.
Desde 1970, a Nasa quer levar a humanidade de volta à Lua por meio do pro-
grama Artemis. Com a parceria junto à Microsoft, muitas crianças e jovens se sentirão
inspirados a se tornarem cientistas e, quem sabe, até mesmo astronautas no futuro.
A união das duas empresas vai trazer novas possibilidades para o jogo. Em um

48
comunicado oficial emitido pela Nasa, disseram:
“Tal qual a verdadeira equipe da missão Artemis, da Nasa, trabalhando para
levar os humanos de volta à Lua, os jogadores nesses novos mundos de Minecraft
podem construir e lançar um foguete, guiar sua espaçonave Orion e até mesmo es-
tabelecer uma base lunar ao lado de sua equipe.
As missões Minecraft Artemis foram desenvolvidas para envolver alunos de 8
anos ou mais no próximo capítulo da Nasa em voos espaciais tripulados e incentivá-
-los a se verem como futuros astronautas ou cientistas.”
Os dois novos mundos construídos pelo “Minecraft” tiveram inspiração em fu-
turas missões Artemis da vida real. A tripulação de astronautas, que inclui a primeira
mulher e a primeira pessoa negra, vão para a Lua.
Sobre ‘Minecraft’
O jogo é um sucesso entre os jovens de todas as idades. Ele pode ser jogado
de modo livre e o único objetivo é montar blocos e sair para se aventurar. Assim, o
jogador é quem decide o que vai fazer no seu próprio universo “Minecraft”.
Além disso, existem dois modos do jogo: criativo e sobrevivência. No criativo,
o jogador recebe recursos variados para construir o que quiser.
Já no modo de sobrevivência, eles precisam explorar para obter recursos para
comer, morar, dentre outros. O legal é que os jogadores podem se divertir entre ami-
gos e criar as próprias regras.
MACHADO, Bruna. Nasa e Microsoft se unem para levar missões espaciais a ‘Minecraft’. Multiverso
Notícias, 16 mar. 2023. Disponível em: https://multiversonoticias.com.br/nasa-e-minecraft-se-unem-pa-
ra-trazer-missoes-espaciais-ao-jogo/. Acesso em: 17 mar. 2023.

Professor/a, em outro momento, você também pode propor que os/as


estudantes escolham um fato relevante da escola, comunidade ou socieda-
de e, a partir disso, produzam uma notícia.
Oriente-os a fazer as seguintes reflexões:
• O que vou escrever?
• Quem vai ler?
• Onde vai circular?
Lembre-os de:
• Dar um título e subtítulo à notícia.
• Dizer: O que aconteceu/Qual é o fato?
• Onde aconteceu? Quando aconteceu? Com quem? Como? Por
quê?
• Colocar uma imagem para ilustrar a notícia.
• Escrever uma legenda para a imagem.

49
Aula
HABILIDADE:
D02. Estabelecer relações entre partes de um

9
texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto

CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos – Pronomes Pessoais:
retos e oblíquos como recursos coesivos

Professor/a, inicie a aula apresentando aos/às estudantes os textos


abaixo, conduzindo-os à leitura, e, posteriormente à análise. Esta atividade
tem como objetivo revisar a função dos pronomes pessoais no contexto de
produção comunicativa, bem como retomar seu uso como recurso coesivo
e recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições
pronominais que contribuem para a continuidade do texto.

TEXTO I - RARIDADE

A arara
é uma ave rara
pois o homem não para
de ir ao mato caçá-la
para a pôr na sala
em cima de um poleiro
onde ela fica o dia inteiro
fazendo escarcéu
porque já não pode
voar pelo céu.

E se o homem não para


de caçar arara,
hoje uma ave rara,
ou a arara some
ou então muda seu nome

50
para arrara.
José Paulo Paes. Olha o bicho. São Paulo: ática, 2012.
1. As palavras destacadas na 1ª estrofe do poema Raridade referem-se a quem?
Referem-se à palavra arara.
2. As palavras -la, a e ela pertencem a que classe gramatical?
Pronome.
3. A classe gramatical da palavra arara é:
A) Artigo.
B) Numeral.
C) Pronome.
D) Substantivo.

ORIENTAÇÃO!
Essa atividade permite o trabalho com a coesão textual. Mostre aos/às
estudantes que a repetição de termos é muitas vezes desnecessária e em-
pobrece o texto. Porém, no poema acima, propõe-se a análise de um recur-
so linguístico muito importante para a compreensão de textos em geral: a
substituição de substantivo por pronome. Nesse caso, o substantivo arara é
substituído pelos pronomes pessoais oblíquos (la, a) e reto (ela). Assim, revi-
se com os/as estudantes os pronomes pessoais retos e oblíquos, enfatizando
a habilidade que têm de estabelecer relações entre partes de um texto, por
meio de substituições que contribuem para a continuidade do mesmo.

IMPORTANTE!
Coesão textual: trata-se da ligação, da conexão entre as palavras de
um texto, por meio de elementos formais que assinalam o vínculo entre os
seus componentes. A coesão textual pode se estabelecer por meio de diver-
sos elementos linguísticos. Dentre esses elementos, os pronomes assumem
grande relevância, principalmente, pelo fato de ser por meio deles que se faz
a retomada do referente, isto é, aquilo a que o texto se refere. Todos os tipos
de pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou ex-
pressões anteriormente empregados. Enfatizaremos nesta aula, os prono-
mes pessoais retos e oblíquos.

PRONOMES PESSOAIS RETOS E OBLÍQUOS

TEXTO COMPLEMENTAR

O pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou


acompanha o substantivo, indicando o vínculo existente entre os seres e as pessoas
do discurso.
As pessoas do discurso são as que participam da situação comunicativa, ou
seja, todo ato comunicativo envolve a pessoa que fala (eu), a pessoa com quem se

51
fala (tu) e a pessoa de quem se fala ou o objeto de que se fala (ele).
A palavra “pessoa” não se refere a ser humano. Nesse caso, é um conceito gra-
matical, que indica os papéis que os seres humanos e as coisas desempenham em
uma situação de comunicação verbal.

RESUMINDO:
• 1ª pessoa – a que fala – o emissor.
• 2ª pessoa – com quem se fala – o receptor.
• 3ª pessoa – de quem se fala (ou objeto de que se fala) – o referente.
Na sintaxe, desempenha qualquer função de substantivo ou adjetivo.
BUENO, Francisco da Silveira. Gramática de Silveira Bueno. São Paulo: Global, 2014. p. 163.
Observe que para cada pronome pessoal reto há pronomes pessoais oblíquos
correspondentes.

Pronomes Pessoais
Pessoa Retos Oblíquos
1ª pessoa do singular eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular tu te, ti, contigo
3ª pessoa do singular ele, ela se, si, o, a, lhe, consigo
1ª pessoa do plural nós nos, conosco
2ª pessoa do plural vós vos, convosco
3ª pessoa do plural eles, elas se, si, os, as, lhes, consigo

• Leia o modo de preparo de uma receita culinária:


Modo de preparo: Quando a massa estiver firme, abra a massa com um
rolo. Use um copo para demarcar os biscoitos. Coloque-os em uma assadei-
ra e leve a assadeira ao forno brando. Retire os biscoitos quando estiverem
dourados. Espere os biscoitos esfriarem e depois decore os biscoitos com
confeitos coloridos.
• Destaque as palavras que foram repetidas desnecessariamente:
Resposta: observar os destaques no texto.
• Reescreva o modo de preparo da receita, substituindo as repetições des-
necessárias por pronomes pessoais.
Sugestão de resposta:
Modo de preparo: Quando a massa estiver firme, abra-a com um rolo. Use
um copo para demarcar os biscoitos. Coloque-os em uma assadeira e leve-
-a ao forno brando. Retire os biscoitos quando estiverem dourados. Espere
eles esfriarem e depois decore-os com confeitos coloridos.

52
Professor/a, o objetivo principal dessas atividades é que os/as estu-
dantes percebam que a repetição de termos ou expressões prejudica o en-
cadeamento da leitura. Comente que a coesão textual é a relação de ideias
que se estabelece entre as palavras, entre as orações ou entre os parágrafos
de um texto. Em outras palavras, é a conexão de ideias necessárias para que
haja coerência das partes que compõem o todo. Dessa forma, os pronomes
têm um papel importante dentro da coesão textual, pois permitem a recu-
peração de termos ou sentidos do texto, evitando repetições desnecessá-
rias, por meio de substituição de palavras. Oriente-os/as a consultar o qua-
dro com os pronomes pessoais, chamando a atenção para o fato de eles se
referirem às pessoas do discurso, e para a correspondência entre pronome
pessoal reto e pronome pessoal oblíquo.

ORIENTAÇÃO!
É importante compreender os mecanismos que estabelecem a coe-
são de um texto, mesmo que eles não sejam ensinados sistematicamente
aos estudantes nesta aula. Alguns mecanismos de coesão são: a referência,
a substituição, a elipse, a conjunção (conexão) e a coesão lexical.
• A referência diz respeito aos termos que se relacionam a outros
necessários à sua interpretação.
• A substituição é a colocação de um item lexical no lugar de ou-
tro(s) ou no lugar de uma oração.
• A elipse consiste na omissão de um termo recuperável pelo con-
texto.
• A coesão lexical é obtida por meio da reiteração de itens lexicais
idênticos ou com o mesmo referente. Destacam-se, então, os sinô-
nimos, os hiperônimos (termos de caráter genérico) e os hipôni-
mos (termos de caráter específico) - assunto que será abordado na
próxima aula.
• A conjunção é um recurso coesivo diferente dos anteriores porque
depende das relações significativas estabelecidas entre orações,
entre períodos ou entre parágrafos.

Espaço para anotações


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53
Aula
HABILIDADE:
D02. Estabelecer relações entre partes de um

10
texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto

CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos – Sinônimos,
Hiperônimos (termos genéricos) e Hipônimos
(termos específicos) como mecanismos de coesão

Professor/a, comunique aos/às estudantes que esta aula complemen-


ta a aula anterior (aula 09) e por isso será necessário retomar alguns tópicos.
Reforce o trecho a seguir.

A coesão textual é a relação de ideias que se estabelece entre as palavras, en-


tre as orações ou entre os parágrafos de um texto. Em outras palavras, é a conexão de
ideias necessárias para que haja coerência das partes que compõem o todo. Dessa
forma, além dos pronomes, os sinônimos, os hiperônimos (nomes genéricos) e os hi-
pônimos (nomes específicos) também funcionam como mecanismos coesivos e por
isso têm um papel importante, pois permitem a recuperação de termos ou sentidos
do texto, evitando repetições desnecessárias, por meio de substituição de palavras.

Portanto, professor/a, faz-se necessário que os/as estudantes compre-


endam sobre os mecanismos que estabelecem a coesão de um texto, mes-
mo que eles não sejam ensinados sistematicamente nas aulas.

Alguns mecanismos de coesão são: a referência, a substituição, a elipse, a con-


junção (conexão) e a coesão lexical.
Nesta aula, abordaremos especificamente a coesão lexical que é obtida por
meio de palavras de sentidos equivalentes ou com o mesmo referente. Destacam-se,
então, os sinônimos, os hiperônimos (termos de caráter genérico) e os hipônimos
(termos de caráter específico).
Atividade 1. Leia a sinopse do livro “O rei que odiava o verão”.

54
Era uma vez um rei muito poderoso que detestava o verão.
O calor o incomodava tanto, que ele descobriu uma forma de viver sempre no
inverno. Mas algo inesperado acontece, e o rei se vê obrigado a mudar todos os seus
planos.
Agustín Comotto. O rei que odiava o verão. Disponível em: https://www.grupoeditorial elementar.com.
br/editora-canguru/o-rei-que-odiava-o-verao. Acesso em: 31 jul. 2021.
Reescreva a sinopse substituindo a palavra em destaque por outra de sig-
nificado semelhante.
Consulte o verbete a seguir.
Rei s.m. 1. Aquele que governa um reino: monarca, soberano. 2. Carta do ba-
ralho com a figura de um homem com uma coroa na cabeça. 3. Peça mais
importante do jogo de xadrez. Fem.: rainha (1).
Rei. Em: Geraldo Mattos. Dicionário Júnior da língua portuguesa. São Paulo: FTD, 2010. p. 640.

Dica: Uma das funções dos dicionários é ajudar a encontrar sinôni-


mos e outras palavras que possam evitar a repetição desnecessária de pala-
vras nos textos.

Sugestão de resposta: Era uma vez um rei muito poderoso que detestava o
verão. O calor o incomodava tanto, que ele descobriu uma forma de viver sempre no
inverno. Mas algo inesperado acontece, e o monarca/soberano se vê obrigado a mu-
dar todos os seus planos.

SINONÍMIA
Diz respeito à identidade de significados.
São chamadas sinônimas as palavras que remetem a um mesmo referente
extralinguístico, como mexerica e tangerina; gordo e obeso; professor e mestre; xixi
e urina.
Por apontarem para o mesmo referente, muitas vezes é possível uma substi-
tuir a outra. É possível, por exemplo, retomar na sequência do texto a palavra profes-
sor por mestre. Observe:
• O professor era muito rigoroso. O mestre não admitia que alunos entras-
sem depois de iniciada a aula.
A retomada de uma palavra por um sinônimo, no entanto, nem sempre é pos-
sível; porque, embora uma mesma palavra aponte para um mesmo referente, o con-
texto de utilização é diferente.
É o caso de xixi e urina no trecho a seguir:
• O médico solicitou ao paciente que procedesse à realização de diversos exa-
mes, hemograma completo, glicose, colesterol total e frações, triglicérides e
urina. Ao olhar os resultados, o médico notou que o resultado do exame de
xixi acusava uma infecção urinária.

COESÃO LEXICAL
A coesão lexical também pode ser obtida pelo uso de hiperônimos e hipôni-

55
mos, palavras que mantém uma relação de sentido apoiada na categoria abrangente
versus específico.
• Hipônimo é a palavra que, em relação à outra, possui sentido mais específi-
co (urologista em relação a médico).
• Hiperônimo é aquela que tem relação à outra (o hipônimo) sentido mais
abrangente (médico em relação à urologista).
Nos textos, é comum que se apresente primeiro o hipônimo, sendo o hiperôni-
mo o termo usado para a retomada, em outras palavras, o hipônimo funciona como
termo antecedente e o hiperônimo, como anafórico.
Observe a seguir exemplos de coesão resultantes da retomada de um hipôni-
mo por um hiperônimo.
• Nina adorava violetas, por isso sempre tinha essas flores em sua casa.
(Flores, o hiperônimo, termo anafórico, retoma violetas, o hipônimo, o ante-
cedente)
• Suspeitava que pudesse estar com diabetes, por isso procurou um endo-
crinologista. O médico, no entanto, após alguns exames, garantiu que ele
não estava com a doença.
(Médico, o hiperônimo, termo anafórico, retoma endocrinologista, antece-
dente, o hipônimo)
(Doença, o hiperônimo, termo anafórico, retoma diabetes, antecedente, hi-
pônimo)

ATIVIDADE

Leia o texto abaixo e responda ao que se pede:

A FUGA DOS RINOCERONTES


Espécie ameaçada de extinção escapa dos caçadores da maneira mais radical possí-
vel – pelo céu

Os rinocerontes-negros estão entre os bichos mais visados da África, pois sua espé-
cie é uma das preferidas pelo turismo de caça. Para tentar salvar alguns dos 4.500
espécimes que ainda restam na natureza, duas ONG ambientais apelaram para uma
solução extrema: transportar os rinocerontes de helicóptero. A ação utilizou helicóp-
teros militares para remover 19 espécimes – com 1,4 toneladas cada um – de seu ha-
bitat original, na província de Cabo Oriental, no sudeste da África do Sul, e transferi-
-los para a província de Lampopo, no norte do país, a 1.500 quilômetros de distância,
onde viverão longe dos caçadores. Como o trajeto tem áreas inacessíveis de carro,
os rinocerontes tiveram de voar por 24 quilômetros. Sedados e de olhos vendados
(para evitar sustos caso acordassem), os rinocerontes foram içados pelos tornozelos
e voaram entre 10 e 20 minutos. Parece meio brutal? Os responsáveis pela operação
dizem que, além de mais eficiente para levar os paquidermes a locais de difícil aces-
so, o procedimento é mais gentil.
BADÔ, F. A fuga dos rinocerontes. Superinteressante, nº 229, 2011.
Na construção da coesão textual, a relação entre hiperônimos e hipônimos é funda-
mental, pois contribuem para a retomada de sentido no texto. Marque com 1 as pa-
lavras que no texto funcionam como hiperônimos e com 2 as que funcionam como
hipônimos.
( ) Espécie.
( ) Espécimes.
( ) Bichos.

56
( ) Rinocerontes-negros.
Assinale a sequência correta:
A) 2, 2, 1, 1
B) 1, 2, 1, 2
C) 1, 1, 2, 1
D) 2, 1, 1, 2

57
Aula
HABILIDADE:
D04. Inferir uma informação implícita em um

11
texto

CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais variados;
Interpretação e Inferência textual

Professor/a, propomos aqui que você apresente por meio de data


show ou de cópias, textos de gêneros variados para trabalhar a leitura, a in-
terpretação e a inferência textual. Acompanhe a leitura com os/as estudan-
tes, enfatizando que uma boa leitura é um passo primordial para uma com-
preensão significativa.

SUGESTÕES DE TEXTOS:

TEXTO I - NÃO TENHO MEDO DE NADA


(Pedro Bandeira)

Não tenho medo de nada


Eu sou valente de fato!
Nem de susto, nem de escuro
Nem de injeção, nem de rato!
Nem de sapo ou lagartixa
Nem de fantasma ou assombração!
Eu sou menino sem medo,
Corajoso e valentão!
Não tenho medo de aranha,
Nem de monstro, nem de dragão!
Não tenho medo de bruxa,
Nem do tal bicho-papão!
Mas eu só tenho coragem
Quando estou na minha casa,

58
Bem seguro, aconchegado.
No colinho da mamãe...
Disponível em: http://maraisabb.blogspot.com/2010/11/poesias-para-ler-e-sonhar.html. Acesso em: 13
mar. 2023.

TEXTO II

Disponível em: http://rionaurocartuns.com.br/2016/04/charge-violencia-nas-escolas.html. Acesso em:


13 mar. 2023.

Professor/a, inicialmente, peça aos estudantes que observem os gê-


neros dos textos apresentados (poema/cartum) e comentem o que enten-
deram sobre cada um. Deixe que eles/elas exponham suas ideias.
Sobre o Texto I, faz-se necessário que os/as estudantes verifiquem o
verso “Mas eu só tenho coragem”, e, a partir disso discorram, oralmente, em
que circunstância o menino tem coragem.

ORIENTAÇÃO!
Professor/a, faça a socialização das respostas dos/das estudantes e
pontue com considerações gerais pertinentes, enfatizando que, o verso des-
tacado, os/as conduzirá a ler o poema até o final e descobrir que o menino
só tem coragem em casa, seguro e aconchegado, especificamente no colo
da mãe.
Antes dos comentários sobre o Texto 2, é importante considerar as
seguintes informações:
Interpretação de textos é a interpretação que fazemos do conteúdo,
ou seja, a que conclusões chegamos por meio da conexão de ideias e, por

59
isso, vai além do texto. Assim, é imprescindível destacar que:
• A interpretação de textos envolve a capacidade de chegar a de-
terminadas conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto
(visual, auditivo, escrito, oral).
• Por isso, a interpretação de texto é algo subjetivo e que pode variar
de leitor para leitor. Isso porque cada um possui um repertório in-
terpretativo que foi sendo adquirido ao longo da vida.
• Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, em
grande parte, da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e que auxi-
lia na melhor interpretação dos textos e conexão das ideias. Agora,
retomando o Texto II; é fundamental acrescentar sobre a impor-
tância de uma leitura mais profunda e atenta, pois, dessa forma, os/
as estudantes perceberão, informações implícitas, ou seja, aquelas
que não estão escritas, diretamente no texto, mas podemos com-
preendê-las, percebê-las e ainda associá-las a outros elementos
presentes no texto, como a linguagem verbal -na fala da mãe- e
ainda a linguagem não verbal -farda e colete, olhar da criança.

ORIENTAÇÃO!
Professor/a, a partir dessa observação de elementos que se associam
(linguagem verbal e não verbal), conduza os/as estudantes a perceberem
que a informação trazida pelo Texto II, está implícita, fazendo-nos “deduzir/
inferir” que há uma crítica em relação à violência nas escolas.

IMPORTANTE CONSIDERAR:

Quando estamos lendo, devemos ter atenção à forma como a linguagem é


apresentada, pois há algumas questões importantes que, se não forem bem enten-
didas pelo/a leitor/a, poderão comprometer a interpretação textual, entre elas, des-
tacamos:
a. Uso da linguagem conotativa – apresenta sentido figurado.
b. Polissemia – uma palavra ou expressão pode apresentar mais de um sen-
tido.
c. Informações implícitas – informações que não aparecem diretamente ex-
plícitas no texto, mas nas entrelinhas o leitor conseguirá captar as pistas e
decifrar essas informações implícitas.
O texto não se reduz à palavra, por isso é importante aprender a ler outras lin-
guagens, não só a escrita.
Ler é um exercício. Levantar hipóteses, analisar, comparar, relacionar são pas-
sos que auxiliam nessa tarefa. Entretanto, existe uma habilidade que merece desta-
que: a inferência.
O ato de inferir é ir além daquilo que o texto apresenta. É interpretar de for-
ma lógica e objetiva. Buscando informações que complementam a leitura. Para se
compreender um texto, é preciso fazer inferências, ou seja, é preciso que o/a leitor/a
complete o texto com informações que não estão explícitas nele. Inferências vão
além de quando o/a leitor/a estabelece ligações entre as palavras e interpreta o texto.
Ocorrem, também, quando ele/a busca, fora do texto, informações e conhecimentos
adquiridos pela sua experiência de vida, com os quais preenche os “vazios” textuais.
Para facilitar o entendimento, vamos ao exemplo.

60
Leia a tirinha abaixo:

Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/280630620502854699/. Acesso em: 14 mar. 2023.


Após uma leitura atenta de todos os quadrinhos, os/as estudantes devem
perceber que a resposta de Mafalda não foi construída por palavras, mas por uma
imagem que deve ser interpretada. O objetivo da interpretação não é simplesmente
descrever os fatos, mas acrescentar sentido a eles.
Muitos/as estudantes param na superfície do texto. Por exemplo, na tirinha
acima, muitos diriam: “Mafalda estava em sua casa, quando seu amigo chegou. Ela
pediu que ele não fizesse barulho, porque tinha alguém doente. O amigo pensou
que fosse um familiar, mas deparou-se com o mundo.” Qual sentido tem essa descri-
ção? Nenhum, não é verdade?
Então, para encontrar a essência do texto, é preciso partir dos fatos e procurar
o sentido que eles querem estabelecer.
O fato apresentado na tira é que o mundo está doente, por isso precisa de
cuidados. Isso é possível? Literalmente, não. Entretanto, se usarmos a linguagem co-
notativa, é possível inferir, ou seja, interpretar, deduzir, que o objetivo da tira era cha-
mar a atenção das pessoas para a “doença” do mundo. Em que aspectos? Os mais
diversos: desigualdade social, fome, guerras, violência, poluição, preconceito, falta de
amor etc. E agora, faz sentido? Então, só agora houve entendimento.
É importante destacar que quando a área de atuação é a escola, falar de in-
terpretação é falar de inferência, de conclusão, de dedução. Então, ao ler um texto,
deve-se buscar sempre sua essência.

Espaço para anotações


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61
Aula
HABILIDADE:
D06. Identificar o tema de um texto

12
CONTEÚDO(S):
Gêneros textuais diversos.
Distinção: tema x título

Professor/a, informe aos/às estudantes que nesta aula será abordado


tema e título, dando ênfase à diferença entre eles. Isto porque a habilidade
esperada neste Descritor é a de que eles consigam, ao ler um texto, identi-
ficar o seu tema. Inicialmente, conduza os/as estudantes a um momento de
leitura e reflexão de uma crônica. Fale os principais aspectos desse gênero,
de forma breve e sucinta.

As crônicas são textos narrativos que relatam com leveza fatos do cotidiano,
situações do dia a dia.

DUAS MENINAS E O MAR


Foi há muito tempo, no Mediterrâneo, ou numa praia qualquer perdida na
imensidão do Brasil? Apenas sei que havia sol e alguns banhistas; e apareceram duas
meninas vestidas com vestidos compridos – o de uma era verde, e de outra era azul.
Essas meninas estavam um pouco longe de mim: vi que a princípio apenas brinca-
vam na espuma; depois, erguendo os vestidos até os joelhos, avançaram um pouco
mais. Com certeza uma onda imprevista as molhou; elas riam muito, e agora toma-
vam banho de mar assim, vestidas, uma de azul, outra de verde. Uma devia ter sete
anos, outra nove ou dez; não sei quem eram, se eram irmãs; de longe eu não as via
bem. Eram apenas duas meninas vestidas de cores marinhas brincando no mar; e
isso era alegre e tinha uma beleza ingênua e imprevista.
Por que ressuscita dentro de mim essa imagem, essa manhã? Foi um mo-
mento apenas. Havia muita luz, e um vento. Eu estava de pé na praia. Podia ser um
momento feliz, e em si mesmo talvez fosse; e aquele singelo quadro de beleza me
fez bem; mas uma fina, indefinível angústia me vem misturada com essa lembrança.
O vestido verde, o vestido azul, as duas meninas rindo, saltando com seus vestidos
colados ao corpo, brilhando ao sol; o vento...
Eu devia estar triste quando vi as meninas; mas deixei um pouco minha triste-
za para mirar com um sorriso a sua graça e a sua felicidade. Senti talvez necessidade
de mostrar a alguém – “Veja, aquelas duas meninas...”. Mostrar à toa; ou, quem sabe,
para repartir aquele instante de beleza como quem reparte um pão, ou um cacho

62
de uvas em sinal de estima e de simplicidade; em sinal de comunhão; ou talvez para
disfarçar minha silenciosa angústia.
Não era uma angústia dolorosa; era leve, quase suave. Como se eu tivesse de
repente o sentimento vivo de que aquele momento luminoso era precário e fugaz; a
grossa tristeza da vida, com seu gosto de solidão, subiu um instante dentro de mim,
para me lembrar de que eu devia ser feliz naquele momento, pois aquele momen-
to ia passar. Foi talvez para fixá-lo de algum modo que pedi a ajuda de uma pessoa
amiga; ou talvez eu quisesse dizer alguma coisa a essa pessoa e apenas lhe soubesse
dizer: “Veja aquelas duas meninas...”.
E as meninas riam, brincando no mar.
Rubem Braga. Duas meninas e o mar. Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/12613/du-
as-meninas-e-o-mar. Acesso em: 14 mar. 2023.

Converse com os/as estudantes sobre as questões a seguir:


a. Você já leu crônicas?
Resposta pessoal.
b. Sabe onde elas circulam, isto é, onde elas são publicadas e po-
dem ser lidas pelos leitores?
Respostas esperadas: jornais, revistas, blogs...
c. Qual o título dessa crônica?
Duas meninas e o mar.
d. Pelo título, sobre o que você imagina que essa crônica vai falar?
Resposta pessoal.
e. Ela foi escrita em 1961 por Rubem Braga (1913-1990), um dos gran-
des cronistas brasileiros. O que você espera encontrar em um
texto escrito há mais de sessenta anos?
Resposta pessoal.

DISTINÇÃO: TEMA X TÍTULO

É muito comum as pessoas acharem que título e tema são algo igual, porém,
isso não é verdade. Eles são elementos distintos de grande importância para a elabo-
ração de um texto.
Apesar de apresentarem conceitos diferentes, as semelhanças entre título e
tema ainda provocam dúvidas recorrentes.
Você sabe o que é título? E tema? Saiba que existem diferenças importantes
entre essas duas partes fundamentais para a construção textual?
Basicamente, chamamos de título a expressão inicial que introduz um texto,
mostrando o assunto/o tema e o seu posicionamento. Chamamos de tema o assunto
a ser abordado: ele dará as diretrizes do texto ao expor a ideia que deverá ser defen-
dida.
Notou a diferença?

63
Professor/a, apresente os textos aos/às estudantes (pelo data show ou
tire cópias), peça que leiam e respondam às atividades propostas.

SUGESTÕES DE TEXTOS:

TEXTO I - ASA BRANCA

Quando olhei a terra ardendo


Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu
Por que tamanha judiação.
Que brasileiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d’água, perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão.
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse: adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração.
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar, ah! Pro meu sertão.
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, não chove não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração.
Luis Gonzaga e Humberto Teixeira. Luiz Gonzaga. Vinil/CD, BMG. Brasil, 2001.

Qual é o tema do texto?


A) A fauna sertaneja.
B) A seca do sertão.
C) A solidão dos sertanejos.
D) A vegetação do sertão.

64
TEXTO II - AUTOBIOGRAFIA DE UM BICHORRO

Dizem que nós gatos já nascemos pobres, porém


já nascemos livres. Eu nasci exatamente assim: um gato de rua, livre para ir aonde
quisesse. Mas na rua, sinceramente, eu não aproveitava a minha liberdade.
Ficava com fome, doente, sem ter uma “cama quentinha” para dormir...
Logo que minha dona me adotou, fiquei preocupado em perder a companhia da
minha mãe e dos meus irmãos, mas em pouco tempo percebi que eu tive uma sorte
danada. Ganhei carinho e vida boa! Além disso, conheci o meu melhor amigo: um
cachorro chamado Platão.
Aliás, é sobre isso que eu quero falar... Falar de como eu me tornei não só amigo de
um cão, mas muito parecido com ele. Você vai se divertir com as minhas histórias!
Ah, já ia me esquecendo... Meu nome é Hermes... [...]
Miriam Portela. Autobiografia de um bichorro. São Paulo: Noovha América, 2009. Texto da quarta capa.

a. O que você acha que significa a palavra bichorro?


Resposta pessoal.
b. Agora, faça uma leitura silenciosa e responda:
• De quem é a autobiografia?
De uma personagem, um gato chamado Hermes que se considera um bichorro.
• Qual é o assunto principal do texto?
A vida de Hermes.
• Qual é o título desse texto?
Autobiografia de um bichorro.

ORIENTAÇÃO!
Professor/a, faça a socialização das respostas dos/as estudantes e
pontue com considerações gerais pertinentes, enfatizando que, no Texto I,
o tema da canção refere-se à seca do sertão no Brasil, a falta de água que faz
plantas e animais não suportarem o calor e morrerem ou migrarem (no caso
dos animais) para longe do sertão, como a asa branca e o próprio eu-lírico.
No Texto II, a partir da ênfase na interpretação, há a percepção da diferença
de título e tema.

Espaço para anotações


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65
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os

13
elementos que constroem a narrativa

CONTEÚDO(S):
Textos narrativos.
Elementos da narrativa – ação, espaço, tempo.
Gênero textual: conto.

Professor/a, o objetivo desta aula é apresentar as características dos


textos narrativos e seus elementos constitutivos. Nas aulas seguintes, outros
elementos da narrativa serão aprofundados.
Comece questionando os/as estudantes se eles/as gostam de ouvir e
ler histórias, qual tipo mais gostam, se costumam criar (contar ou escrever)
suas próprias narrativas.
Proponha uma atividade de escrita coletiva. Peça que alguém lembre
um acontecimento marcante de sua vida e, junto com a turma, escreva no
quadro uma narração curta desse acontecimento. Pergunte pontos impor-
tantes como: quando, onde e quem participou. Conforme as sugestões dos/
as estudantes, inclua essas informações, possíveis diálogos e conclua o tex-
to. Lembre-se de fazer uma narrativa curta, de poucos parágrafos.
Explique os pontos a seguir, utilizando o texto construído por vocês
como exemplo, sempre que possível.

Os textos narrativos contam uma história, que pode ser real ou imaginária, por
meio de uma sequência de ações. Essa sucessão de acontecimentos é contada por
um narrador, o qual pode ser um dos personagens da história ou não. Outros ele-
mentos importantes da narrativa são tempo, espaço, personagens e enredo. Enfatize
que temos contato com diversas narrativas em nosso cotidiano, desde as histórias
contadas em notícias e reportagens apresentadas nos noticiários – que têm como
objetivo informar – até os filmes, séries e novelas a que assistimos para entreter-nos.
São exemplos de gêneros narrativos: novela, romance, contos, lendas, fábulas, entre
outros.
Nesta aula, vamos estudar os elementos: ação, espaço e tempo.
A ação refere-se aos acontecimentos contados. Assim, uma narrativa estrutu-
ra-se em quatro momentos:
• Situação inicial: como a história começa, pode conter uma contextualiza-
ção apresentando o lugar, as personagens ou situando o tempo em que os

66
fatos se deram.
• Conflito: acontecimento que modifica a situação inicial. Enfatize: o conflito
é o que motiva, gera a história.
• Clímax: ápice do conflito, momento mais tenso da história.
• Desfecho: conclusão, resolução do conflito.
O espaço é o local em que a narrativa se desenvolve. Ele pode ser físico, quando
a história indica o local: como uma escola, por exemplo. Nesse caso, pode-se classifi-
cá-lo em espaço fechado (quarto, casa, hospital, escola) ou aberto (vila, rua, cidade).
Em narrativas que contam os pensamentos de uma personagem e nenhum local
físico é apresentado, tem-se o que chamamos de espaço psicológico, por se tratar do
ambiente mental da personagem. Pode ser também que o espaço seja indetermina-
do, como nos contos de fadas, que costumam apontar um “reino distante”.
O tempo pode referir-se tanto ao período histórico em que a trama é desen-
volvida, quanto à duração dos fatos narrados. O tempo da narrativa pode ser cro-
nológico, físico, ou seja, indicado por dias, horas, anos, etc. Em textos com esse tipo
de tempo, a distinção entre passado, presente e futuro é bem demarcada. O tempo
pode ainda ser apresentado de maneira psicológica, quando segue os pensamentos
de uma personagem, sua subjetividade, dessa forma, há uma indefinição entre pas-
sado, presente e futuro. Assim como o espaço, o tempo também pode ser indetermi-
nado, sem trechos no texto que o indiquem ou com expressões como “era uma vez”
ou “há muito tempo”, comuns nos contos de fadas.

Professor/a, após as explicações, leia o texto abaixo.

A DISCIPLINA DO AMOR
Foi na França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachor-
ro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na
esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu
encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à
casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe fes-
tinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo animado atrás dos mais íntimos.
Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu
dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a
presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava
sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente,
como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de espera. O jovem morreu
num bombardeio mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança.
Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando àquela hora ele
disparava para o compromisso assumido, todos os dias.
Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas fo-
ram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um pri-
mo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros amigos.
Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo
na sua esquina.

67
As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando… Uma tar-
de (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.
com/2019/02/conto-disciplina-do-amor-lygia-fagundes.html. Acesso em: 15 mar. 2023.

Professor/a, converse com a turma sobre o texto, pergunte se com-


preenderam a história e qual a impressão deles/as sobre a atitude do animal.
Confirme se todos entenderam a morte do cachorro no desfecho do conto.

Conto: narrativa breve em prosa, cujo enredo é intenso e rápido, ocorrendo


uma ou poucas ações, vivenciadas num curto espaço de tempo por poucas persona-
gens, que são superficialmente caracterizadas.
NEVES, Flávia. Gênero épico ou gênero narrativo. Norma culta. Disponível em: https://www.normacul-
ta.com.br/genero-epico-ou-narrativo/. Acesso em: 15 mar. 2023.

Professor/a, após a leitura e diálogo, oriente a análise dos elementos


que compõem a narrativa. Use as perguntas abaixo.
1. Onde aconteceu a história?
A história se passa em uma vila da França.
2. Podemos considerar o espaço aberto ou fechado?
Embora a casa seja citada, podemos considerar o espaço aberto,
visto que a espera acontecia na esquina.
3. Que palavras ou expressões do texto indicam lugar?
“França”, “esquina”, “casa”, “vila”.
4. Quando a história aconteceu?
Durante a Segunda Guerra.
5. O tempo é cronológico ou psicológico?
O tempo é cronológico e há várias marcações de tempo.
6. Que palavras ou expressões do texto indicam tempo?
“Durante a Segunda Grande guerra”, “todos os dias”, “antes das seis
da tarde”, “Assim que anoitecia”, “o passar dos anos”, “uma tarde
(era inverno)”.
7. Quem são os personagens?
Um cachorro e seu dono.
8. Quais são os momentos da narrativa: situação inicial, conflito,

68
clímax e desfecho?
• Situação inicial: o cachorro à espera do dono que retorna para
casa diariamente.
• Conflito: a morte do jovem na Guerra.
• Clímax: todos esquecem o rapaz, exceto o cão que ainda o
aguarda todos os dias.
• Desfecho: morte do animal.

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os

14
elementos que constroem a narrativa

CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – tipos de narrador.
Gênero textual: conto de humor

Professor/a, continuaremos trabalhando os gêneros narrativos. Nesta


aula, aprofundaremos o estudo do narrador por meio da leitura de contos
de humor.

Leia o texto a seguir.

TEXTO I - A OFERTA
Recentemente cancelei o serviço de TV a cabo por estar insatisfeita com a em-
presa. Após o cancelamento, recebi dezenas de ligações deles tentando me conven-
cer a voltar a ser cliente. A última foi num sábado antes das oito da manhã e, claro,
eu estava dormindo.
— Senhora, podemos lhe dar seis meses de isenção de mensalidade!
— Realmente não tenho interesse.
— A senhora pode, então, oferecer a promoção a um amigo!
Respirei fundo e, já irritada, disse:
— Sinceramente, só recomendaria essa oferta a um inimigo.
— Sem problema! A senhora pode me passar o nome e o telefone de seu ini-
migo?
ZANKER, Daniela. A oferta. Blog LUANAPRI. Disponível em: http://luanapri.blogspot.com/2016/11/a-ofer-
tadaniela-zanker.html. Acesso em: 15 mar. 2023.

70
Professor/a, pergunte se os/as estudantes já presenciaram alguma
cena do tipo, se alguém da família já se sentiu incomodado por ligações de
telemarketing. Questione também sobre o que gerou o humor do texto. Ex-
plique que a quebra de expectativa gerada pela resposta da atendente é o
que provoca o humor na história.

Os contos de humor utilizam as características do que é considerado divertido


e cômico para a estruturação de sua narrativa e constroem o humor por meio de me-
canismos linguísticos, figuras de linguagem, quebra de expectativa e conhecimen-
tos de mundo que são mobilizados na interação entre autor, texto e leitor.
RAMOS, Mariana do Nascimento. A oralidade característica dos contos de humor. Nova Escola. Dispo-
nível em: https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/7ano/lingua-portuguesa/a-oralidade-
-caracteristica-dos-contos-de-humor/4736. Acesso em: 15 mar. 2023.

Professor/a, explique que chamamos aquele que conta a história de


narrador do texto. Pergunte quem narra o conto lido e se esse narrador faz
parte dos acontecimentos contados.

Tipos de narrador ou tipos de foco narrativo:


• Narrador personagem: como o nome indica, esse narrador participa das
ações do enredo, pode ser o personagem principal ou não. Em geral, esse
tipo de narrador conduz a história conforme suas próprias impressões, ou
seja, leva o leitor a compreender os fatos segundo a ótica do personagem
que está contando os fatos. Por tratar-se de alguém que tomou parte nos
acontecimentos, a narração é feita em 1ª pessoa (eu). O texto “A oferta” pos-
sui esse tipo de narrador.
• Narrador observador: é como alguém que tivesse testemunhado, visto de
fora os fatos acontecerem. Por essa razão, não conhece os pensamentos,
sentimentos, intenções ou passado das personagens. Usa a 3ª pessoa (ele/
ela) e, diferentemente do narrador personagem, costuma ser neutro quan-
to aos fatos narrados.
• Narrador onisciente: também usa a 3ª pessoa, pois não participa das ações
da narrativa; mas, como o adjetivo onisciente indica, esse narrador sabe
tudo da narrativa: pensamentos das personagens, emoções que motivam
as ações, detalhes do passado e futuro. Tal tipo de narrador promove um
vínculo maior com o leitor, uma vez que as cenas da narração são mais bem
detalhadas e a interpretação das ações é orientada pelas informações da-
das pelo narrador.

71
Professor/a, você pode usar o quadro abaixo para resumir as explica-
ções.

ALVES, Igor. Tipos de Narrador: onisciente, observador e personagem. Diferença. Disponível em: ht-
tps://www.diferenca.com/tipos-de-narrador/. Acesso em: 15 mar. 2023.

TEXTO II - A VELHA CONTRABANDISTA


Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava
pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal
da Alfândega tudo malandro velho começou a desconfiar da velhinha. Um dia, quan-
do ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A
velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
— Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí
atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que
ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
— É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a ve-
lhinha saltar da lambreta para examinar o saco.
A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito enca-
bulado, ordenou à velhinha que fosse em frente.

72
Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e
no outro com muamba, dentro daquele maldito saco.
No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal
mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu
que era areia, uai!
O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou
a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
— Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo
essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é
contrabandista.
— Mas no saco só tem areia! insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quan-
do o fiscal propôs:
— Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apre-
endo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando
que a senhora está passando por aqui todos os dias?
— O senhor promete que não “espáia”? - quis saber a velhinha.
— Juro,respondeu o fiscal.
— É lambreta.
Às vezes a verdade está debaixo do nosso nariz.
PRETA, Stanislaw Ponte. Dois amigos e um chato: manual do professor. 3 ed. São Paulo: Moderna,
2020, p.65.

Professor/a, pergunte se o final surpreendeu os estudantes e se eles


tinham alguma hipótese sobre as atitudes da senhora. Proporcione um mo-
mento de conversa e compartilhamento das opiniões de cada um sobre o
texto. Faça as seguintes perguntas, para orientar a análise dos elementos da
narrativa.
1. Quem são as personagens?
Velha contrabandista e fiscal da alfândega.
2. Onde a história acontece? Que palavras ou expressões indicam
lugar?
Sabemos apenas que acontece em uma fronteira, mas o texto não
revela qual. Indicam lugar: “pela fronteira”, “aqui”.
3. Quando os fatos narrados aconteceram? Que palavras ou expres-
sões indicam tempo?
Não há indicação de quando a história aconteceu, sabemos ape-
nas que a vigilância do fiscal durou um mês. Indicam tempo: “Todo
dia”, “Um dia”, “dia seguinte”, “Durante um mês”.
4. Quais os momentos da narrativa (situação inicial, conflito, clímax
e desfecho)?

73
Situação inicial: a senhora passava na fronteira diariamente; confli-
to: os fiscais desconfiam da idosa; clímax: o fiscal desiste e pergun-
ta o que a velha contrabandeava; desfecho: a revelação dos objetos
contrabandeados.
5. Qual o tipo de narrador? Justifique com elementos do texto.
Trata-se de narrador observador. Além do uso da terceira pessoa –
portanto, não é narrador personagem –, não há indicação de que
o narrador saiba os pensamentos ou intenções das personagens,
a não ser aquelas reveladas por fatores externos como atitudes e
falas.
6. O que a expressão “diz que”, usada do primeiro e no décimo
primeiro parágrafos, pode indicar?
Essa expressão, comum na oralidade informal, sugere que o narra-
dor ouviu alguém contar os fatos e apenas os repassa, reconta.
Professor/a, como tarefa para casa, proponha que os/as estudantes
reescrevam um dos textos estudados nesta aula. Eles/as devem fazer uma
mudança no foco narrativo, por exemplo: contar o texto II do ponto de vista
da velha ou contar o texto I, usando um narrador onisciente que revele os
pensamentos da atendente e da cliente.
Vocês poderão fazer um momento de leitura na próxima aula ou reu-
nir os textos em um acervo que todos possam consultar e ler quando qui-
serem.

Espaço para anotações


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Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os

15
elementos que constroem a narrativa

CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – personagens
(protagonista, antagonista e secundário).
Gênero textual: conto popular

Professor/a, aprofundaremos nesta aula o estudo sobre os persona-


gens. Para isso, vamos ler alguns contos populares.

Os contos populares ou tradicionais revelam características, valores e visão de


mundo de determinada cultura. Eles não têm autoria conhecida, pois surgiram no
imaginário comum e são contados e recontados oralmente, de geração em geração,
preservando a memória de um povo ou grupo. Além disso, costumam conter uma
lição de vida. [...] Há um elemento da narrativa que apresenta uma particularidade
marcante nesse gênero: o tempo é indeterminado.
JACINTHO, Mônica Franco (org.). Araribá Plus Português. – 4 ed. São Paulo: Moderna, 2014. p. 51.
Por terem sido transmitidos oralmente por gerações, é comum que os contos
populares escritos possuam linguagem mais informal e marcas da oralidade. Mes-
mo não determinando especificamente um tempo ou um lugar, é possível perceber
comportamentos e mentalidades diferentes dos atuais. Seus personagens, muitas
vezes, não possuem nomes próprios, sendo identificados pela profissão ou posição
social.

Professor/a, pergunte se os/as estudantes já ouviram falar em Pedro


Malasarte e explique que é um personagem tradicional da cultura portu-
guesa conhecido por sua criatividade e esperteza, as quais eram usadas
para mentir e enganar as pessoas. Leia o texto abaixo, que narra uma das
aventuras desse personagem.

75
TEXTO I - DE COMO MALASARTE ENTROU NO CÉU
Quando Malasarte morreu e chegou ao céu, disse a São Pedro que queria en-
trar.
O santo respondeu:
— Estás louco? Pois ainda tens coragem de querer entrar no céu, depois que
tantas fizeste lá pelo mundo?
— Quero, São Pedro, pois o céu é dos arrependidos, e tudo quanto acontece é
por vontade de Deus.
— Mas o seu nome não está no livro dos justos e, portanto, não entras.
— Mas então eu desejava falar com o Pai Eterno.
São Pedro zangou-se só com aquela proposta. E disse:
— Não, para falar com Nosso Senhor, precisavas entrar no céu, e quem entra
no céu dele não pode sair.
Malasarte se pôs a lamentar e pediu que o santo ao menos deixasse espiar o
céu, só pela frestinha da porta para que tivesse uma ideia do que fosse o céu e la-
mentasse o que havia perdido por causa das más artes.
São Pedro, já amolado, abriu uma fresta da porta e Pedro Malasarte meteu por
ela a cabeça.
Mas, de repente gritou:
— Olha, São Pedro. Nosso Senhor, que vem falar comigo. Eu não te dizia!!
São Pedro voltou-se com todo respeito para dentro do céu, a fim de render as
suas homenagens ao Pai Eterno que supunha ali vir.
E Pedro Malasarte então pulou para dentro do céu.
O santo viu que tinha sido enganado. Quis pôr o Malasarte para fora, mas ele
disse:
— Agora é tarde, São Pedro! Lembra-te que me disseste que do céu, uma vez
entrando, ninguém pode sair? É a eternidade!
E São Pedro não teve outra saída senão deixar o Malasarte lá ficar.
GOMES, Lindolfo. Contos populares brasileiros. São Paulo: Melhoramentos, 1965. Disponível em: https://
www.culturagenial.com/contos-populares-brasileiros-comentados/. Acesso em: 15 mar. 2023.

Professor/a, analise com a turma os elementos dessa narrativa, confor-


me já estudado nas aulas anteriores: explique que o tempo é indetermina-
do; o espaço é o céu, paraíso do pós-vida; o narrador é observador. Situação
inicial: Malasarte chega ao céu; conflito: São Pedro não permite a entrada de
Malasarte; clímax: Malasarte diz ver Deus aproximar-se; desfecho: o homem
consegue permanecer no céu.
Agora, explane sobre os tipos de personagens.
Os personagens são os seres que atuam em uma narrativa, podem
ser pessoas, animais e até mesmo objetos – desde que demonstrem carac-
terísticas humanas como falas, emoções, vontades.

76
TIPOS DE PERSONAGEM:
• Protagonista: é o personagem principal da obra, em torno do qual a his-
tória é desenvolvida. É um herói (ou anti-herói) e, em alguns casos, pode
existir um ou mais personagens desse tipo.
Exemplo: Nino, de Castelo Rá-Tim-Bum.
• Co-protagonista: é o segundo personagem mais importante da obra. Pos-
sui uma relação próxima com o protagonista e o auxilia na busca de seus
objetivos. Em alguns casos, também pode haver mais de um.
Exemplo: Quico, de Chaves.
• Antagonista: o antagonista se contrapõe ao protagonista, mas nem sem-
pre está presente nas narrativas. Geralmente é o vilão da história e pode não
ser uma pessoa, mas algo que dificulta os objetivos do protagonista, como
um objeto, monstro, espírito, instituição, dentre outras.
Exemplo: Scar, de Rei Leão.
• Oponente: o oponente é o parceiro do antagonista, em uma relação similar
à existente entre protagonista e co-protagonista. Pode ser um amigo, pa-
rente ou funcionário do antagonista principal.
Exemplo: Sagat, de Street Fighter.
• Coadjuvante: é um personagem que auxilia no desenvolvimento da trama,
exercendo uma função que pode, ou não, estar relacionada com a história
principal. A quantidade de sua aparição e sua importância pode variar con-
forme o enredo.
Exemplo: Professor Girafales, de Chaves.
• Figurante: o figurante não é fundamental para o enredo principal e tem o
objetivo de ilustrar o ambiente.
SILVA, Débora. Literatura: Conheça os tipos de personagens. Estudo Prático. Disponível em: https://
www.estudopratico.com.br/literatura-conheca-os-tipos-de-personagens/. Acesso em: 15 mar. 2023.

Professor/a, informe aos/às estudantes que todos os personagens que


não são protagonistas ou antagonistas também são chamados de persona-
gens secundários. Explique que o anti-herói é um tipo de protagonista com
um comportamento associado aos vilões. Como demonstra suas fraquezas e
defeitos, tal protagonista costuma conquistar a simpatia do público, porque
cria uma identificação – afinal, os deslizes são parte da natureza humana.
Explore, com a turma, os personagens do Texto I. Comente que o pro-
tagonista, Malasarte, é considerado um anti-herói devido sua atitude de en-
ganar o santo para conseguir o que queria. São Pedro é o antagonista desse
conto, pois se opõe ao protagonista. Enfatize que, apesar de ser citado, Deus
não deve ser considerado um personagem, uma vez que não participa das
ações narradas.

77
Leia o conto abaixo, publicado pelo pesquisador das histórias populares do
nosso país, Câmara Cascudo, no livro Contos tradicionais do Brasil.

TEXTO II - O CABOCLO, O PADRE E O ESTUDANTE


Um estudante e um padre viajavam pelo sertão, tendo como bagageiro um
caboclo. Deram-lhes numa casa um pequeno queijo de cabra. Não sabendo dividi-lo,
mesmo porque chegaria um pequenino pedaço para cada um, o padre resolveu que
todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse, durante a noite, o sonho mais
bonito, pensando engabelar todos com os seus recursos oratórios. Todos aceitaram e
foram dormir. À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.
Pela manhã, os três sentaram à mesa para tomar café e cada qual teve de con-
tar o seu sonho. O frade disse ter sonhado com a escada de Jacob e descreveu-a bri-
lhantemente. Por ela, ele subia triunfalmente para o céu. O estudante, então, narrou
que sonhara já dentro do céu à espera do padre que subia. O caboclo sorriu e falou:
— Eu sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor lá dentro do céu,
rodeado de amigos. Eu ficava na terra e gritava:
— Seu doutor, seu padre, o queijo! Vosmincês esqueceram o queijo.
Então, Vosmincês respondiam de longe, do céu:
— Come o queijo, caboclo! Come o queijo, caboclo! Nós estamos do céu, não
queremos queijo.
O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, levantei-me enquanto
vosmincês dormiam e comi o queijo...
CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Edusp.
1986. p. 213. Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2017/08/textos-classicos-de-portu-
gues-para-o.html. Acesso em: 15 mar. 2023.

Professor/a, faça um momento de conversa sobre a compreensão de


cada um acerca do texto. Pergunte o que os/as estudantes acharam da ideia
do caboclo para justificar sua atitude. Destaque que a lição do texto apon-
ta para a superioridade da sabedoria popular em relação ao conhecimento
erudito, escolar.
Depois, identifique com a turma os elementos da narrativa. Narrador
onisciente (“pensando engabelar todos com os seus recursos oratórios”);
tempo indefinido; espaço indefinido também, há apenas uma referência a
sertão e casa, nada específico. Situação inicial: a viagem pelo sertão; conflito:
a dúvida sobre a divisão do queijo; clímax: o caboclo come o queijo; desfe-
cho: caboclo revela o que fez. Comente também como a linguagem usada
pelo caboclo situa o texto no passado ao utilizar uma expressão bastante
antiga (“vosmincês”).
Discutam sobre os personagens: quem seria o protagonista? E o an-
tagonista? Há coadjuvante, quem seria? Os/As estudantes devem perceber
que o caboclo é o protagonista, o padre deve ser considerado o antagonista
por pretender enganar os companheiros e o estudante é o coadjuvante –
participa da história, mas não é tão importante quanto os outros.

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Espaço para anotações
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79
Aula
HABILIDADE:
D07. Identificar o conflito gerador do enredo e os

16
elementos que constroem a narrativa

CONTEÚDO(S):
Elementos da narrativa – discurso direto e indireto.
Gênero textual: miniconto

Professor/a, comece relembrando os elementos da narrativa estuda-


dos nas aulas anteriores. Depois, apresente aos/às estudantes o gênero mi-
niconto.
Explique que os minicontos são textos narrativos muito pequenos
que têm se popularizado recentemente, especialmente em redes sociais.
Algumas características comuns a esses textos são: concisão (capacidade
de contar uma história com uma quantidade mínima de palavras); efeito
(intenção de provocar uma reação no leitor, seja medo, reflexão, compaixão);
ausência de descrições ou descrições bem breves (somente o essencial para
a compreensão do texto).

O MINICONTO, como o próprio nome antecipa, é um conto pequeno, com os


mesmos elementos do conto tradicional: enredo, narrador, personagens, tempo e es-
paço. Para a construção dos minicontos, é preciso pensar em cenas/situações curtas,
vividas por uma ou duas personagens, com uma única ação central.
Plataforma Redigir. Miniconto – A menina e os passarinhos. Disponível em: https://www.plataformare-
digir.com.br/tema-redacao/miniconto---a-menina-e-os-passarinhos_conto. Acesso em: 16 mar. 2023.
Leia o miniconto Trem fantasma, de Nilo Maciel.

TEXTO I - TREM FANTASMA


O maquinista, logo após o desastre, deu um grito, levou as mãos à cabeça,
pôs-se a chorar e recostou-se a um canto da parede. Sentou-se. Descuido? Impru-
dência? A locomotiva partiu da primeira estação em alta velocidade, e, num segun-
do, alcançou a segunda, a terceira, feito bala, apitando. Não parou em nenhuma es-
tação. Quando o maquinista percebeu o perigo, não havia mais tempo para frear o
trem. O precipício abria-se a sua frente, profundo, mortal. O homenzinho fez careta,
arregalou os olhos: os vagões resvalaram, despedaçando-se no fundo do abismo. “Ó
meu Deus!” Mas um consolo: nenhum passageiro havia subido aos vagonetes. E aju-
dantes ele nunca teve. Assim, nada de vítimas. Mais sossegado, enxugou as lágrimas
e engatinhou até o primeiro pedaço do trem. Pôs-se a juntar um a um os restos da
máquina. Olhou para cima, para a grande mesa da sala, onde o desastre teve início.

80
MACIEL, Nilo. Trem fantasma. Plataforma Redigir. Disponível em: https://www.plataformaredigir.com.
br/tema-redacao/miniconto---a-menina-e-os-passarinhos_conto. Acesso em: 16 mar. 2023.

Professor/a, pergunte se os/as estudantes entenderam a história.


Quem seria o maquinista? Onde aconteceu? Eles provavelmente chegarão
à conclusão de que o “homenzinho” era uma criança brincando com seu
trem de brinquedo na “grande mesa da sala”.
Questione se os/as estudantes foram surpreendidos pelo desfecho do
texto, que revela não se tratar de um trem de verdade, e destaque que as
palavras usadas para designar os objetos e o garoto são as responsáveis por
criar essa ilusão. Maquinista, locomotiva, estação, precipício, abismo, passa-
geiro, vagonetes, ajudantes, todas essas palavras criam a atmosfera de uma
cena “real” – gerando inclusive o alívio com a revelação de que não há víti-
mas –, para a conclusão ter o impacto da quebra de expectativa.
Destaque ainda que o enredo desse texto não é linear, ou seja, não
segue a ordem cronológica dos acontecimentos. Assim, o texto já inicia com
o clímax da narração (houve um desastre), para, em seguida, apresentar a si-
tuação inicial (“a locomotiva partiu da primeira estação em alta velocidade”),
o conflito (“Quando o maquinista percebeu o perigo, não havia mais tempo
para frear o trem.”), retomar o clímax (“os vagões resvalaram, despedaçan-
do-se no fundo do abismo.”) e concluir com a revelação de que eram apenas
brinquedos.
Para introduzir o tema dos tipos de discurso, indague em que tre-
cho do texto há uma fala do maquinista e como os estudantes identificaram
essa fala. Explique que o uso das aspas é utilizado para fazer a sinalização da
fala nos textos narrativos.
Ao contar uma história, podemos indicar as falas dos personagens.
Chamamos a introdução dessas falas de discurso, o qual pode ser feito de
maneira direta ou indireta a depender da intenção do autor do texto.
OBS.: Professor/a, optamos por não apresentar o discurso indireto li-
vre por não fazer parte dos conhecimentos indicados pela BNCC para essa
etapa de escolarização.

DISCURSO DIRETO
No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar
fielmente a fala do personagem.
O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneida-
de. Assim, o narrador se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é
dito. [...]

CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO DIRETO


• Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação
com o verbo “dizer”. São chamados de “verbos de elocução”, a saber: falar,
responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, dentre outros.
• Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação,

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dois pontos, aspas.
• Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha
isolada.
Exemplos de Discurso Direto:
1. Os formados repetiam: “Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus
semelhantes com firmeza e honestidade.”.
2. O réu afirmou: “Sou inocente!”
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.
DIANA, Daniela. Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre. Toda Matéria. Disponível em: https://www.
todamateria.com.br/discurso-direto-indireto-e-indireto-livre/. Acesso em: 16 mar. 2023.
Em alguns textos, após a fala do personagem, existe um comentário ou escla-
recimento feito pelo narrador. Nesses casos, este trecho de narração deve ser separa-
do por aspas ou travessão, conforme o exemplo 3.
Como no discurso direto vemos a fala do personagem com suas próprias pa-
lavras, algumas características podem ser reveladas pelo jeito específico de falar –
sotaque de determinada região e uso de gírias podem indicar, por exemplo, o grupo
social ao qual pertence o personagem. Além disso, esse discurso aproxima o leitor
dos personagens ao deixá-los falarem por si.
No discurso indireto, o narrador conta com suas palavras o que o personagem
teria dito.

DISCURSO INDIRETO
No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem
preferindo suas palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem.

Características do Discurso Indireto


• O discurso é narrado em terceira pessoa.
• Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, res-
ponder, perguntar, indagar, declarar, exclamar. Contudo não há utilização
do travessão, pois geralmente as orações são subordinadas, ou seja, depen-
dem de outras orações, o que pode ser marcado através da conjunção “que”
(verbo + que).
Exemplos de Discurso Indireto:
1. Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus se-
melhantes com firmeza e honestidade.
2. O réu afirmou que era inocente.
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou
quem estava falando. Do outro lado, alguém respondeu ao cumprimento e
perguntou com tom de simpatia com quem a pessoa queria falar.
DIANA, Daniela. Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre. Toda Matéria. Disponível em: https://www.
todamateria.com.br/discurso-direto-indireto-e-indireto-livre/. Acesso em: 16 mar. 2023.
Um ponto importante a destacar é que, quando precisamos fazer a passagem
do discurso direto para o indireto, várias mudanças precisam ser feitas para que a fala
seja reproduzida pela voz do narrador. Isso inclui mudanças de pessoa do discurso (1ª
para 3ª), tempos verbais, pontuações (frases interrogativas, por exemplo, tornam-se
declarativas), advérbio e adjuntos adverbiais (ontem/dia anterior; agora/naquele mo-
mento; aqui/lá), entre outros.

82
Veja alguns exemplos:
1. Discurso direto: Eu comecei a ler o livro ontem.
Discurso indireto: Ele afirmou que começara a ler o livro no dia anterior.
2. Discurso direto: Meu irmão viajará semana que vem.
Discurso indireto: Ela afirmou que seu irmão viajaria na semana seguinte.
Façam a leitura de outro miniconto.

TEXTO II - O PATINHO FEIO


Quando o quinto ovo da mamãe pato se abriu, o pai e os outros filhotes viram
a criatura mais feia que já existiu.
— Credo! Que cauda feia! Que boca horrorosa! – disse o mais velho e líder dos
irmãos — Ele nunca será um de nós.
Os pais advertiram o primogênito a nunca mais falar isso do irmão. Todavia,
nem sempre eles estavam por perto. E a zombaria era constante: era pena feia para
lá, boca horrorosa para cá, cauda anormal aqui ou jeito bizarro de se locomover ali.
O filhote desabafava com os pais ao anoitecer e era consolado pelos mesmos
com palavras gentis.
— Meu filho, um dia você vai crescer. E quando você ficar enorme, seus irmãos
vão te respeitar.
O tempo passou e o caçula cresceu à medida que os pais definhavam por con-
ta da idade. E sem eles para tomar as rédeas da família, os outros irmãos faziam coro
às palavras do mais velho, pois o mais novo só ganhava tamanho. Beleza, não.
Na noite em que o casal de patos faleceu, o caçula declarou aos irmãos:
— Eu nunca lhes fiz nada em respeito aos nossos pais, pois um pai nunca deve
enterrar o filho. Mas agora que eles se foram, eu posso me livrar de vocês.
E em poucos minutos, ele asfixiou e envenenou todos.
Depois saiu rastejando, como a orgulhosa serpente que era.
PAIVA, Davi. O patinho feio. Continho. Disponível em: https://www.continho.com.br/o-patinho-feio.
Acesso em: 16 mar. 2023.

Professor/a, dê um tempo para que os/as estudantes respondam as


seguintes perguntas, depois faça a correção com toda a turma.
1. Quem é o personagem principal?
O “patinho” feio.
2. Onde e quando os fatos da história aconteceram?
Tempo e espaço são indeterminados nessa narrativa.
3. Qual o tipo de narrador?
Narrador observador.

83
4. Você conhece a história clássica do patinho feio? Ela influenciou
suas expectativas sobre o final do miniconto?
Os estudantes podem dizer que esperavam que o “patinho” feio
fosse um cisne, assim como no conto clássico.
5. Destaque os trechos que possuem discurso direto. Quais sinais
de pontuação foram usados para indicá-los?
Todos os trechos de discurso direto foram indicados por travessão.
6. Destaque um trecho de discurso indireto. Que verbo foi usado
para indicar a fala?
“Os pais advertiram o primogênito a nunca mais falar isso do ir-
mão.” Verbo advertir. “O filhote desabafava com os pais ao anoite-
cer”. Verbo desabafar.
Professor/a, você pode levar outros minicontos para as aulas e utilizar
uma ficha, como a do exemplo abaixo, para os/as estudantes identificarem
os elementos constitutivos da narrativa. Outra possibilidade é a proposição
de atividades de produção individual ou em equipes, com revisão feita em
sala de aula pelos colegas e por você e posterior divulgação por meios digi-
tais ou físicos.

ATIVIDADE COM NARRATIVA


Após ler a narrativa com atenção, e entender todo o contexto, preencha a ta-
bela abaixo com os elementos solicitados.

84
Aprende Brasil. Disponível em: https://educadores.aprendebrasilon.com.br/blogassessoria/2020/07/04/
trabalhando-os-elementos-da-narrativa/. Acesso em: 16 mar. 2023.

Espaço para anotações


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85
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
AI CINEMA. Quem é o anti-herói em uma trama e como identificá-lo?. Disponível
em: https://www.aicinema.com.br/anti-heroi/. Acesso em: 15 mar. 2023.

ALVES, Igor. Tipos de Narrador: onisciente, observador e personagem. Diferença.


Disponível em: https://www.diferenca.com/tipos-de-narrador/. Acesso em: 15 mar.
2023.

APRENDE BRASIL. Disponível em: https://educadores.aprendebrasilon.com.br/blo-


gassessoria/2020/07/04/trabalhando-os-elementos-da-narrativa/. Acesso em: 16 mar.
2023.

ARAÚJO, Ana Paula de. Mito ou lenda?. Info Escola. Disponível em: https://www.info-
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AVENTURAS NA HISTÓRIA. Maurício de Sousa candidata-se à Academia Brasileira


de Letras. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-ho-
je/mauricio-de-sousa-candidata-se-academia-brasileira-de-letras.phtml. Acesso: em
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BARSHAW, Ruth McNally. Diário de Aventuras da Ellie: o show tem que continuar.
São Paulo: Ciranda Cultural, 2014.

BERRETA MARTINS, Andréia Cristina. Plano de aula: Conhecendo as lendas indí-


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CABRAL, Danilo Cezar. Quais são os principais deuses da mitologia indígena bra-
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Acesso em: 11 mar. 2023.

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no fundamental: anos iniciais.1. ed. São Paulo: FTD, 2021.

CARPANEDA, Isabella Pessôa de Melo. Encontros língua portuguesa, 5º ano: ensino


fundamental, anos iniciais.1. ed. São Paulo: FTD, 2018.

CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte/São Pau-


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CHAMBLAIN, Joris; NEYRET, Aurélie. Os diários de Amora, volume 1: o zoológico pe-


trificado. 1. ed. São Paulo: Nemo, 2022.

Coleção desafio língua portuguesa [livro eletrônico]: manual de práticas e acompa-


nhamento da aprendizagem: digital / organizadora Editora Moderna; obra coletiva
concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna ; editora responsável Ro-
berta Vaiano. -- 1. ed. -- São Paulo: Moderna, 2021. PDF.

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em: https://www.todamateria.com.br/discurso-direto-indireto-e-indireto-livre/. Aces-
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86
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todamateria.com.br/elementos-da-narrativa/. Acesso em: 15 mar. 2023.

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com.br/infantil/voce-sabia/2013/08/voce-sabe-quem-e-o-pedro-malasartes. Acesso
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Disponível em: https://www.culturagenial.com/contos-populares-brasileiros-comen-
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MACHADO, Bruna. Nasa e Microsoft se unem para levar missões espaciais a ‘Mi-
necraft’. Multiverso Notícias, 16 mar. 2023. Disponível em: https://multiversonoticias.
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MACIEL, Nilo. Trem fantasma. Plataforma Redigir. Disponível em: https://www.plata-


formaredigir.com.br/tema-redacao/miniconto---a-menina-e-os-passarinhos_conto.
Acesso em: 16 mar. 2023.

MITO E LENDA. Disponível em: https://www.diferenca.com/mito-e-lenda/. Acesso em:


12 mar. 2023.

MITOS. Povos Indígenas no Brasil Mirim. Disponível em: https://mirim.org/pt-br/co-


mo-vivem/mitos. Acesso em: 11 mar. 2023.

NEVES, Flávia. Gênero épico ou gênero narrativo. Norma culta. Disponível em: ht-
tps://www.normaculta.com.br/genero-epico-ou-narrativo/. Acesso em: 15 mar. 2023.

NUNES, Jessé. Narrador: quais os 3 tipos e como utilizá-los. Editora Viseu. Dispo-
nível em: https://editoraviseu.com/narrador-quais-os-3-tipos-e-como-utilizar-cada-
-um-guia-completo/. Acesso em: 15 mar. 2023.

OLIVEIRA, Rafael Camargo de. Texto expositivo. Brasil Escola. Disponível em: https://
brasilescola.uol.com.br/redacao/texto-expositivo.htm. Acesso em: 12 mar. 2023.

ORMUNDO, Wilton; SINISCALCHI, Cristiane. Se liga na língua: literatura, produção


de texto, linguagem. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2016.

PACHECO, Mariana do Carmo. O que são modalizadores discursivos?. Brasil Escola.


Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-sao-modali-
zadores-discursivos.htm. Acesso em: 14 mar. 2023.

87
PAIVA, Davi. O patinho feio. Continho. Disponível em: https://www.continho.com.
br/o-patinho-feio. Acesso em: 16 mar. 2023.

Plataforma Redigir. Miniconto – A menina e os passarinhos. Disponível em: https://


www.plataformaredigir.com.br/tema-redacao/miniconto---a-menina-e-os-passari-
nhos_conto. Acesso em: 16 mar. 2023.

PRETA, Stanislaw Ponte. Dois amigos e um chato: manual do professor. 3 ed. São
Paulo: Moderna, 2020, p.65.

RAMOS, Mariana do Nascimento. A oralidade característica dos contos de humor.


Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamen-
tal/7ano/lingua-portuguesa/a-oralidade-caracteristica-dos-contos-de-humor/4736.
Acesso em: 15 mar. 2023.

REVISTA CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS. O papel das lendas e mitos na cultura indí-
gena. Disponível em: https://chc.org.br/o-papel-das-lendas-e-mitos-na-cultura-indi-
gena/. Acesso em: 11 mar. 2023.

ROTTA, Cristielli Sorandra; GOMES, Luiz Eduardo de Oliveira; BARIZÃO, Ana Carolina
de Lima. Oceano ácido, alerta geral!. Revista Ciência Hoje das Crianças. 01 mar. 2023.
Disponível em: https://chc.org.br/artigo/oceano-acido-alerta-geral/. Acesso em 11 mar.
2022.

88
Cadernos de Testes de Língua Portuguesa
para Impressão

Correção comentada disponível no link:


https://docs.google.com/document/d/17-ENSzNsdjHbOAdRrZNhr4peGzR7J6ho/edit?usp=sharing&oui-
d=106828233513800519731&rtpof=true&sd=true

CORREÇÃO COMENTADA DISPONÍVEL NO QR-CODE:

89
TESTE 1 - LÍNGUA PORTUGUESA

Escola: Turno: Turma:


Estudante:
Professor: Data: Nota:

01. Leia o texto abaixo.


DIA MUNDIAL DA ÁGUA
Dia 22 de março é a data escolhida pela Organização das Nações Unidas para cele-
brar o Dia Mundial da Água. Mais do que uma comemoração, é um momento para
conscientizar a população do planeta a respeito dos problemas relativos à escas-
sez deste elemento indispensável à vida. Cerca de dois terços do corpo humano são
constituídos de água, assim como a superfície terrestre, que tem dois terços de sua
composição líquida. É o elemento que melhor simboliza a essência humana. No en-
tanto, embora a Terra seja conhecida como o “planeta azul”, a água disponível para
consumo não é tão abundante como se pode imaginar.
[...]
VITÓRIA. Mônica. Disponível em: http://msn.bolsademulher.com/mundomelhor/dia_mundial_da_agua-
69807.html. Acesso em: 17 mar. 2023. Fragmento.

Nesse texto, a frase que contém uma opinião é:


A) “Dia 22 de março é a data [...] para celebrar o Dia Mundial da Água.”
B) “... é um momento para conscientizar a população...”
C) “Cerca de dois terços do corpo humano são constituídos de água, ...”
D) “... embora a Terra seja conhecida como o ‘planeta azul’, ...”

Leia o texto abaixo e responda às questões 02 e 03.


CIDADANIA, DIREITO DE TER DIREITOS
Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem
quiser sem constrangimento. [...] Há detalhes que parecem insignificantes, mas reve-
lam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na
rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento está o respeito
à coisa pública. [...] Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e morreu para que ti-
véssemos o direito de votar.
DIMENSTEIN, Gilberto. Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2021/11/atividade-sobre-fato-e-
-opiniao-com-explicacao-anos-finais.html. Acesso em: 17 de março de 2023.

02. O trecho que indica uma opinião é:


A) “Há detalhes que parecem insignificantes...”
B) “Muita gente lutou e morreu...”
C) “... respeitar o sinal vermelho no trânsito...”
D) “... para que tivéssemos o direito de votar.”

03. O trecho que indica uma opinião em relação à cidadania é:


A) ...“é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la...”

90
B) ...“É poder votar em quem quiser...”
C) ...“revelam estágios de cidadania...”
D) ... “Foi uma conquista dura. ”

04. Leia o texto abaixo e responda:


O PAI TELEFONA PARA CASA
– Alô?
– ...
Reconhece o silêncio da tipinha. Você liga? Quem fala é você.
– Alô, fofinha.
Nem um som. Criança não é para ser chamada fofinha. Cinco anos, já viu.
– Oi, filha. Sabe que eu te amo?
– Eu também.
“Puxa, ela nunca disse que me amava”.
– Também o quê?
– Eu também amo eu.
Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2021/11/atividade-sobre-fato-e-opiniao-com-explica-
cao-anos-finais.html. Acesso em: 15 mar. 2023.

Em qual dos trechos desse texto está expressa a opinião do narrador?


A) “Reconhece o silêncio da tipinha.”
B) “Criança não é para ser chamada de fofinha.”
C) “– Oi filha. Sabe que eu te amo?”
D) “‘Puxa, ela nunca disse que me amava’.”

05. Leia o texto a seguir.


ZAP
Não faz muito que temos esta nova TV com controle remoto, mas devo dizer que se
trata agora de um instrumento sem o qual eu não saberia viver. Passo os dias sen-
tado na velha poltrona, mudando de um canal para outro – uma tarefa que antes
exigia certa movimentação, mas que agora ficou muito fácil. Estou num canal, não
gosto – zap, mudo para outro. Não gosto de novo – zap, mudo de novo. Eu gostaria
de ganhar em dólar num mês o número de vezes que você troca de canal em uma
hora, diz minha mãe. Trata-se de uma pretensão fantasiosa, mas pelo menos indica
disposição para o humor, admirável nessa mulher. SCLIAR, Moacyr.
Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2021/11/atividade-sobre-fato-e-opiniao-com-explica-
cao-anos-finais.html. Acesso em: 15 mar. 2023.

Nesse texto, o narrador emite uma opinião sobre o controle remoto no trecho:
A) “Não faz muito que temos esta nova TV com controle remoto, ...”
B) “... se trata agora de um instrumento sem o qual eu não saberia viver.”
C) “Passo os dias [...], mudando de um canal para outro...”
D) “... uma tarefa que [...] agora ficou muito fácil.”

91
06. Leia o texto e responda.
O tempo é um elemento relativo. Coisas legais passam rápido demais e as chatas
demoram a acabar. De forma poética e delicada, Marcelo Romagnoli narra em “A
criança mais velha do mundo” a história de uma garota e o dia de seu aniversário,
quando ela vê tudo acontecer novamente em sua vida. Por mais que isso se repita,
nada é igual. Mas como uma menina chegaria a essas conclusões? A criança mais ve-
lha do mundo é baseada na peça teatral também de autoria de Marcelo Romagnoli,
montada com sucesso absoluto em 2010 pela Banda Mirim, em São Paulo.
Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2020/10/resenha.html. Acesso em: 15 mar. 2023. De
acordo com a resenha, quais as características da obra?

A) Um livro poético sobre o que é envelhecer.


B) Uma espécie de dicionário ilustrado sobre o que é envelhecer.
C) Uma história científica sobre o que é envelhecer.
D) Uma espécie de crônicas jurídicas sobre o que é envelhecer.

07. Leia e resolva.


Em filmes infantis é importante não exagerar no ritmo do filme: não pode ter muita
coisa acontecendo. O visual do filme tem que chamar a atenção constantemente,
assim, mesmo a criança mais nova não compreendendo a história, ela se encanta
com os bichinhos e personagens do filme. Talvez, tenha sido nesse momento que a
história de Tá Chovendo Hambúrguer 2 se perdeu.
Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2020/10/resenha.html. Acesso em: 15 mar. 2023.

A opinião do escritor da resenha sobre filmes infantis é que eles precisam:


A) de ritmo bastante acelerado.
B) de poucas cenas emotivas.
C) de ritmo bastante dançante.
D) de um visual bem atrativo.

08. Leia e responda.


Escrito por Lygia Bojunga, “A casa da madrinha” conta a história de Alexandre, me-
nino pobre, morador da favela carioca, que parte numa viagem em busca da casa
de sua madrinha. A realidade do menino é opressora: a família o pressiona a deixar a
escola (um dos poucos espaços em que o menino alimentava sua imaginação) para
vender guloseimas na praia e assim ajudar com o orçamento familiar, que cada vez
mais se aperta.
Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2020/10/resenha.html. Acesso em: 15 mar. 2023.

Ao dizer morador da favela carioca o escritor da resenha está apresentando um(a):


A) fato sobre a casa do menino pobre.
B) fato sobre a casa da madrinha do menino.
C) opinião do menino sobre sua moradia.
D) opinião própria sobre a vida do menino.

09. Faça a leitura do texto abaixo e, a seguir, responda ao que se pede.

92
GERAÇÃO DO CELULAR
O uso do celular é considerado atualmente o maior entretenimento dos brasileiros,
tem ocupado quase a metade das horas vagas da população e especialistas confir-
mam que as pessoas estão viciadas. (...)
As crianças estão passando horas do seu tempo livre em frente ao computador ou no
celular em jogos que poderiam ser utilizadas para uma leitura de bons livros ou para
uma conversa com os amigos. Adultos chegam do trabalho já vão conferir as últimas
atualizações dos aplicativos de relacionamentos e até idosos estão aderindo à nova
tecnologia. A cultura da população está mudando e isso preocupa.
Acredito que as redes sociais foram criadas para que nós tivéssemos mais contato
com as pessoas, mas está totalmente ao contrário. O que veio para aproximar, aca-
bou afastando.
(...)
Disponível em: https://educaemcasa.petropolis.rj.gov.br/uploads/arquivos/1621216282-sema-11-8-ano-ar-
tigo-de-opiniao-pdf.pdf. Acesso em: 16 mar. 2023. Fragmento.

Há uma opinião da autora em:


A) “O uso do celular é considerado atualmente o maior entretenimento dos brasilei-
ros...”
B) “... especialistas confirmam que as pessoas estão viciadas.”
C) “Adultos chegam do trabalho já vão conferir as últimas atualizações dos aplicati-
vos de relacionamentos...”
D) “Acredito que as redes sociais foram criadas para que nós tivéssemos mais conta-
to com as pessoas...”

10. Leia e responda o que se pede.


TRINDADE TERÁ SISTEMA HÍBRIDO Dependendo das condições climáticas, a ener-
gia eólica é muito indicada para regiões de acesso restrito, e, por isso, com menores
demandas – como as ilhas. Seguindo esta linha, o CEPEL, juntamente com a Eletro-
brás, a melhor empresa de energia elétrica do mundo, e a Marinha do Brasil, desen-
volvem, desde 2005, projeto de instalação de fontes alternativas na ilha de Trindade,
no litoral do Espírito Santo. A ideia é implantar um sistema híbrido de energia solar
e eólica com capacidade para gerar 120kW, o suficiente para reduzir de 60 mil para
2 mil litros o consumo anual de óleo diesel na ilha, que atualmente é atendida por
geradores movidos a óleo.
Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2021/11/atividade-sobre-fato-e-opiniao-com-explica-
cao-anos-finais.html. Acesso em: 16 mar. 2023.

Há uma opinião em:


A) “... com a Eletrobrás, a melhor empresa de energia elétrica do mundo...”
B) “... desenvolvem, desde 2005, projeto de instalação de fontes alternativas...”
C) a ilha de Trindade precisa ser alimentada por óleo diesel.
D) a ilha de Trindade fica a 1.200 quilômetros da costa.

93
TESTE 2 - LÍNGUA PORTUGUESA

Escola: Turno: Turma:


Estudante:
Professor: Data: Nota:

Leia o texto abaixo para responder às questões 01 e 02.


Querido diário,
Eu quase não tenho escrito, você deve ter reparado, claro, porque fiquei com vontade
de ler de novo as histórias da Alice, do Peter Pan, do Pequeno Polegar e do Sítio do
Picapau Amarelo. A vontade apareceu naquele dia em que comecei a pensar na mi-
nha Cidade Imaginária, enquanto balançava no esconderijo, se lembra?
Naquele mesmo dia, separei Alice no País das Maravilhas e Peter Pan e comecei com
a primeira, pois era uma quarta-feira. Já explico: as segundas, quartas e sextas-feiras
resolvi passar com a Alice; as terças e quintas e sábados, com Peter Pan. Quando
acabar, começo a reler os outros dois. [...]
Agora vou parar, pois hoje, outra quarta-feira, Alice está me esperando. E eu não que-
ro chegar atrasada.
Tchau.
PORTO, Cristina. MICHELLE. O diário escondido da Serafina. Coleção Serafina. Editora Ática. Fragmen-
to.

01. De acordo com esse texto, às terças e quintas e sábados, a narradora lê:
A) Alice no País das Maravilhas.
B) Pequeno Polegar.
C) Peter Pan.
D) Sítio do Picapau Amarelo.

02. Por que a menina quase não tem mais escrito no diário?
A) Porque ficou sem vontade de escrever.
B) Porque ficou com desejo de reler alguns livros.
C) Porque passou a se balançar em um esconderijo.
D) Porque passou a pensar em uma cidade imaginária.

03. Leia o texto abaixo.


GOLFINHO SALVA-VIDAS
Parece estranho, mas é real. Na Itália, um garoto de 14 anos foi salvo por um golfinho
quando caiu de um barco no sul do país. Com a ajuda de seu focinho, Filipo, como
o dócil animal foi batizado, levou o menino, que não sabia nadar, até a embarcação
de onde caiu. Então, o pai do garoto pôde retirá-lo da água são e salvo. Realmente, o
mundo animal é surpreendente!
Revista Zá, ano 5, n.42. São Paulo: Pinus, 2000.

Nesse texto, qual dos trechos abaixo apresenta uma opinião?


A) “... um garoto de 14 anos foi salvo por um golfinho...”

94
B) “... levou o menino...até a embarcação de onde caiu...”
C) “Então, o pai do garoto pôde retirá-lo da água...”
D) “Realmente, o mundo animal é surpreendente!”

Leia o texto abaixo para responder às questões 04 e 05.


OS SETE CABRITINHOS
Era uma vez uma cabra, que morava com seus sete cabritinhos [...]. Naquela manhã,
estavam todos assistindo à televisão [...].
A notícia de última hora dizia:
– Cuidado: há um lobo mau solto por aí. [...] Todos estamos trabalhando para caçá-lo,
mas até agora ele continua solto. As crianças devem ficar em casa até que ele esteja
bem preso.
– Ah! Logo hoje que íamos começar nosso clube novinho lá fora!
Mamãe cabra não quis saber: falou sério com seus sete cabritinhos, [...].
– Ninguém sai de casa hoje enquanto vou ao mercado. A porta fica fechada com a
chave. Não abram para ninguém. Vocês conhecem a mamãe: quando voltar, chama-
rei pela janela com minha voz de sempre, e baterei de levinho no vidro com minha
pata clarinha e de unhas curtas.
Aprendam que o lobo mau tem um vozeirão terrível e uma pata escura enorme cheia
de unhas gigantes. Muito cuidado!
– Está bem, então. Pode confiar em nós. Vamos ficar bem atentos.
Disponível em: http:www.feijo.com/~flavia/7cabritinhos.html. Acesso em: 15 mar.2023. Fragmento.

04. De acordo com esse texto, os cabritinhos deviam ficar em casa porque:
A) estavam assistindo à televisão.
B) estavam com as unhas gigantes.
C) havia um lobo mau solto por aí.
D) iam começar um clube novo.

05. O que os cabritinhos fariam naquela manhã?


A) Iriam ao mercado.
B) Caçariam um animal.
C) Começariam um clube novo.
D) Chamariam a mãe pela janela.

06. Leia o texto abaixo.


Os índios que viviam no Brasil antes do seu período de descobrimento utilizavam
uma trouxa de folha cheia de pedras que eram amarradas numa espiga de milho.
Brincavam de jogar esta trouxa de um lado para outro, chamavam-na de Pe’teka,
que em tupi significa bater.
Disponível em: <www.brasilescola.com/cultura/brincadeiras-brinquedos-culturais.htm>. Acesso em:
fev. 2010.

Nesse texto, a palavra Pe’teka, em tupi, significa:

95
A) bater.
B) jogar.
C) pedra.
D) trouxa.

07. Leia o texto abaixo.


AULAS COM PIPAS!
Sabia que é possível aprender muita coisa enquanto você se diverte com esse brin-
quedo?
Papagaio, pandorga, arraia, cafifa ou, simplesmente, pipa. Não importa o nome que
receba esse brinquedo, feito com varetas de madeira leve, papel fino e linha: qual-
quer pessoa tem tudo para se encantar com ele! Pudera: colocar uma pipa para bai-
lar no ar é a maior diversão! E sabia que, na sala de aula, a pipa tem muito a ensinar?
Nas aulas de português, as pipas inspiravam poesias e redações e a professora de his-
tória aproveitava para, obviamente, falar um pouco sobre a história das pipas. Quer
saber o resultado de tanta integração? Excelentes notas no final do ano e um grande
festival de pipas para comemorar!
Ah! E se você há muito tempo gosta de soltar papagaios por aí, responda depressa:
está tomando os cuidados necessários para não sofrer um acidente? Então, anote
algumas dicas: nunca use cerol – uma mistura de cola e vidro moído, extremamente
cortante e perigosa – e procure soltar suas pipas em lugares apropriados, longe de
fios elétricos.
Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2194. Acesso em: 15 mar.2023.
Adaptado.

Ao terminar o ano, a consequência de tanto entusiasmo pelo brinquedo foi:


A) a melhoria da disciplina na escola.
B) a pesquisa de outros nomes para pipa.
C) a excelência das notas dos estudantes.
D) a intensificação de cuidados com as pipas.

08. Leia o texto abaixo.


MOEDINHA DA SORTE
Quando eu brincava na praia
fazendo castelo na areia
achei uma moedinha
que guardei na minha meia.
Fiquei feliz, sai gritando,
dei um mergulho no mar...
segurei o dinheirinho
e deitei para sonhar...
Logo adormeci e sonhei
com as mais lindas fadas
espalhando pela praia
mais moedinhas douradas

96
Enquanto que eu dormia
a onda veio mais forte
e levou pra outro menino
a moedinha da sorte...
CLEMENT, Rosa. Disponível em: &lt;http://www.sumauma.net/amazonian/criancas/crianca-moeda.
html&gt;. Acesso em: 03 mar. 2023.

O menino que fala nesse texto ficou sem a moedinha porque:


A) ele esqueceu onde a guardou.
B) ele saiu gritando pela praia.
C) um outro menino a encontrou.
D) uma onda forte a levou.

Leia o texto para responder às questões 09 e 10.


HOTEL MAL-ASSOMBRADO
Drácula é um pai superprotetor e todo meiguinho com a filha Mavis, dá para acredi-
tar? Acredite! Na animação Hotel Transilvânia [...] o vampiro chama sua filha com to-
dos os diminutivos carinhosos possíveis. [...] Sua principal missão na vida é proteger
a filha dos humanos. Para isso, ele constrói um hotel numa região livre de homens,
onde os monstros podem relaxar sem precisar se esconder nas sombras.
Quando a adolescente Mavis completa 118 anos, seu pai resolve fazer um festão! Cha-
ma Frankenstein, Lobisomem, Múmia, Homem Invisível e todo tipo de fera, acom-
panhado de esposa e filhos, para comemorar. Acontece que, no meio da festa, um
humano aparece. Jonathan é um mochileiro que pode levar o hotel à falência se des-
cobrirem que ele não é totalmente livre de humanos. Drácula vai fazer de tudo para
sumir com o rapaz. Mas nada dá certo e Jonathan acaba se fantasiando de monstro
para não ser descoberto pelas assombrações verdadeiras. E Mavis, que só queria sair
do castelo e conhecer o mundo, acaba se apaixonando pelo rapaz. Vai ser confusão
na certa com Drácula!
Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/estadinho/>. Acesso em: 01 mar. 2023. Fragmento.

09. De acordo com esse texto, a principal missão na vida de Drácula é:


A) construir um hotel em uma região sem humanos.
B) dar uma festa de aniversário para sua filha Mavis.
C) proteger sua filha Mavis dos humanos.
D) sumir com o rapaz que aparece no hotel.

10. Nesse texto, o trecho que apresenta uma opinião é:


A) “... ele constrói um hotel numa região livre de homens, ...”
B) “... no meio da festa, um humano aparece.”
C) “Jonathan é um mochileiro que pode levar o hotel à falência...”
D) “Vai ser confusão na certa com Drácula!”

97
TESTE 3 - LÍNGUA PORTUGUESA

Escola: Turno: Turma:


Estudante:
Professor: Data: Nota:

01. Leia a receita culinária abaixo:


RECEITA DE BEIJINHO
Ingredientes:
1 lata de leite condensado
2 xícaras de coco ralado
2 gemas
1 colher(sopa) de manteiga ou margarina
Açúcar cristal
Cravo e confeitos
Como fazer: Junte todos os ingredientes numa panela e leve-a ao fogo. Mexa com
uma colher de pau até a mistura soltar completamente do fundo. Despeje o conteú-
do numa tigela untada com manteiga e deixe esfriar. Faça as bolinhas e passe-as no
açúcar cristal. Enfeite-as com um cravinho ou confeitos de chocolate e sirva-as em
forminhas de papel.
Adaptado de: O Estado de São Paulo, Estadinho, 30/8/1997. Bem-te-li: Línga Portuguesa. São Paulo:
FTD, 2000.

No termo “sirva-as”, o pronome destacado corresponde:


A) às forminhas.
B) às bolinhas.
C) aos confeitos.
D) aos ingredientes.

02. Leia o verbete de enciclopédia e responda:


ATMOSFERA
A atmosfera (também chamada de ar) é a camada de gás que envolve a Terra.
[...]
A atmosfera terrestre é constituída de diferentes gases, mantidos ao redor do plane-
ta por uma força chamada gravidade. Próximo à superfície, a atmosfera possui por
volta de 75 por cento de nitrogênio e 20 por cento de oxigênio. A grandes alturas, ela
é constituída principalmente de hélio e nitrogênio. Ao contrário do que parece, o ar
tem peso. Ele é mais pesado ao nível do mar, pois as partículas de gás das camadas
mais baixas são pressionadas pelo ar que está acima delas. O ar torna-se mais leve à
medida que se afasta da superfície da Terra. [...]
Britannica Escola. Disponível em: http://mod.lk/atmosfer. Acesso em: 23 de mar.2023.

No trecho “Ele é mais pesado ao nível do mar [...]”, o termo em destaque se refere à
palavra:
A) ar.

98
B) hélio.
C) hidrogênio.
D) peso.

03. Leia o texto a seguir.


BICHOS DE ESTIMAÇÃO
Sem essa de cãozinho ou gatinho. Algumas crianças escolhem criar em casa bichi-
nhos estranhos como iguana, rato e perereca.
É assim com Rodrigo Yuzo, 10, que tem uma iguana – a sensação do prédio. Toda vez
que ele desce com o réptil para o térreo, os amigos ficam curiosos.
Ele gosta de colocar a iguana no pescoço e na cabeça. E jura que o animal o reconhe-
ce: “Ela me lambe”.
Rodrigo resolveu comprar a iguana porque mora
em apartamento e, principalmente por ter alergia a pelos de gato e cachorro. Ele ex-
plica que o réptil não dá muito trabalho. “Não precisa nem dar banho.”
VALE, Maristela. Folha de São Paulo. Folhinha. 10 fev. 2007. p.2. [Fragmento].

No trecho, “E jura que o animal o reconhece:”, a expressão destacada substitui:


A) a iguana.
B) a perereca.
C) o cãozinho.
D) o gatinho.

04. Leia o texto a seguir.


O CRESCIMENTO DO CABELO
Quem não curte um corte de cabelo estiloso para dar uma turbinada no visual?
Nosso cabelo, assim como as unhas, nunca param de crescer. Por isso podemos cor-
tá-lo de várias formas sem correr o risco de ficar com a cabeça pelada.
O cabelo é um fio produzido por uma glândula que fica abaixo da pele. O pelo brota
no folículo, que é uma espécie de tubo no qual as células produzem proteínas e que-
ratina. Essas substâncias se acumulam em seu interior e são empurradas pra cima,
endurecem e assumem a forma de um fio.
Existem cabelos de todos os tipos: lisos, crespos, amarelos, vermelhos etc. A cor e a
textura são determinadas por fatores genéticos.
Jornal Estado de Minas, p. 8, 12 jan. 2008. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

No trecho, “Essas substâncias se acumulam em seu interior e são empurradas pra


cima...”, a expressão destacada substitui:
A) a cor e a textura.
B) a proteína e a queratina.
C) as glândulas e a pele.
D) o cabelo e a unha.

05. Leia este poema:

99
A BAILARINA
Esta menina tão pequenina quer ser bailarina. Não conhece nem dó nem ré mas
sabe ficar na ponta do pé. Não conhece nem mi nem fá Mas inclina o corpo para cá e
para lá Não conhece nem lá nem si, mas fecha os olhos e sorri. Roda, roda, roda, com
os bracinhos no ar e não fica tonta nem sai do lugar. Põe no cabelo uma estrela e um
véu e diz que caiu do céu. Esta menina tão pequenina quer ser bailarina. Mas depois
esquece todas as danças, e também quer dormir como as outras crianças.
Cecília Meireles. A Bailarina. Disponível em: https://www.culturagenial.com/poema-a-bailarina-de-ceci-
lia-meireles/. Acesso em: 17 de mar. de 2023.

Pode-se deduzir do poema que a bailarina:


A) dança com dificuldade.
B) difere das outras crianças.
C) prefere cantar a dançar.
D) vivencia ainda sua infância.

06. Leia o texto abaixo:


O VALOR DO DINHEIRO
Para ensinar ao filho o valor do dinheiro e tentar diminuir algumas de suas compras
inúteis, a mãe o fez escrever uma relação detalhada de como gastava a mesada.
Um dia em que escrevia com muito esforço as suas contas, ele disse: Sabe mamãe?
Desde que comecei a anotar tudo o que gasto, sempre penso bem antes de comprar
alguma coisa.
A mãe ficou toda contente pelo êxito do seu método, e ele completou: Eu nunca
compro nada que seja difícil de escrever.
Fonte:http://viajandonotremdadiversao.blogspot.com.br/search/label/PiadasInfantis. Acesso em: 16
mar. 2023.

A partir da leitura do texto, pode-se deduzir que:


A) o menino aprendeu a dar mais valor ao dinheiro.
B) o menino gastava sua mesada de forma controlada.
C) o menino gastou menos dinheiro porque não sabia escrever palavras difíceis.
D) o menino gastou seu dinheiro conforme ensinamento de sua mãe.

07. Leia o texto.


INFÂNCIA
Levaram as grades da varanda
por onde a casa se avistava.
As grades de prata.
Levaram a sombra dos limoeiros
por onde rodavam arcos de música
e formigas ruivas.
Levaram a casa de telhado verde
com suas grutas de conchas
e vidraças de flores foscas.

100
Levaram a dama e o seu velho piano
que tocava, tocava, tocava
a pálida sonata.
Levaram as pálpebras dos antigos sonhos,
deixaram somente a memória
e as lágrimas de agora.
MEIRELES, Cecília. Flor de poemas. 8. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.

Nesse texto, infere-se que o eu lírico:


A) amou a dama pianista.
B) deixou de ser sonhador.
C) foi uma criança infeliz.
D) sente saudade da infância.

08. Observe o cartum.

Disponível em: http://www.arionaurocartuns.com.br/2021/08/charge-desmatamento-da-floresta-e-ca-


lor.html. Acesso em: 18 de mar. de 2023.

O tema central desse cartum é:


A) Desmatamento.
B) Trabalho.
C) Utilidade da madeira.
D) Verão.

09. Leia o poema e responda:


CANTO DE REGRESSO À PÁTRIA
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá

101
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
Andrade, Oswald. Poesias Reunidas. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1971. Disponível em: http://
www.jornaldepoesia.jor.br/oswal.html#canto. Acesso em: 18 de mar. de 2023.

O tema central do texto é:


A) A natureza da terra natal.
B) A riqueza da terra natal.
C) A saudade da terra natal.
D) A evolução da terra natal.

10. Leia o texto abaixo.


O GALO E A PEDRA PRECIOSA
Esopo
Um Galo, que procurava no terreiro, alimento para ele e suas galinhas, acaba por en-
contrar uma pedra preciosa de grande beleza e valor. Mas, depois de observá-la por
um instante, comenta desolado:
— Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter
diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de
adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter en-
contrado um simples grão de milho, a que todas as joias do Mundo!
Moral da História: A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coi-
sas.
Disponível em: www.sitededicas.com.br. Acesso em: 18 mar.2023.

O tema desse texto é:


A) A beleza e o valor da pedra preciosa.
B) A relação entre valor e necessidade.
C) O alimento preferido de galos e galinhas.
D) O encontro do galo com a pedra.

102
TESTE 4 - LÍNGUA PORTUGUESA

Escola: Turno: Turma:


Estudante:
Professor: Data: Nota:

01. Leia o texto abaixo.


AS AVENTURAS DE PIU-PIU
Piu-Piu, assim que saiu da casca, mostrou-se curioso e destemido. Mamãe galinha,
bastante sábia, percebeu que aquele filho precisava de alguns conselhos:
– Filho, não se afaste de seus irmãos. Juntos vocês poderão se defender melhor do
perigo.
Ao falar “perigo”, mamãe galinha se referia ao gato Miau-Miau. Piu-Piu, porém, não
temia nada, queria conhecer o mundo. E, numa manhã, enquanto sua família dor-
mia, deixou o ninho e foi passear pelo quintal.
– Olá, senhor Galo! – cumprimentou o pintinho [...]. Querendo ver mais, Piu-Piu conti-
nuou seu caminho, até que encontrou o senhor Pato, que lhe disse:
– Volte para junto de sua mãe, você é muito pequeno para estar sozinho. Piu-Piu nem
ligou, continuou a passear sem perceber que um par de olhos brilhantes o observava
enquanto tentava conversar com uma minhoca.
Mas a minhoca, assustada com o pintinho, procurou se esconder [...]. Nesse instante,
o gato, o dono dos olhos, pulou sobre Piu-Piu. De repente, o senhor Pato que estivera
vigiando o pintinho, apareceu [...]. Olhou para Piu-Piu e falou muito bravo:
– Vá para casa e só se separe de sua mãe quando for maior e puder se defender…
AUTOR DESCONHECIDO. Histórias infantis para crianças. Disponível em: <https://bit.ly/2Kstbw2>. Aces-
so em: 20 mar. 2023.

Qual é a personagem principal dessa história?


A) Miau-Miau.
B) O galo.
C) O pato.
D) Piu-Piu.

02. Leia o texto a seguir e responda.


MENINA PODE TER CABELO CURTO?
Eu tinha oito anos quando comecei a discutir com meu padrasto o nome do meu
irmão. Ele queria que fosse Cleberson Cleiton; eu queria que fosse Miguel.
Meu padrasto, Sandro, disse que o nome só poderia ser Miguel se eu cortasse o cabe-
lo igual ao dele — claro que aceitei o desafio.
Logo comecei a me imaginar de cabelo minúsculo e acabei gostando da ideia. Minha
mãe ficou toda preocupada.
Semanas se passaram até que eu fosse ao cabeleireiro e cortasse o cabelo com uma
moça que tinha o apelido de Raposinha, pois usava dois topetes na cabeça que pa-
reciam mesmo orelhas de raposa.
Na escola, todo mundo começou a perguntar se eu era menina ou menino. Um dia,
uma das funcionárias do colégio viu que eu estava entrando no banheiro das meni-

103
nas e disse que eu não poderia ficar lá dentro. Mas eu sou uma menina!
Depois, um garoto falou que eu parecia um menino com esse cabelo estranho. Só
porque ele é curto não quer dizer que sou um menino. Eu me acho bonita assim e
gosto do meu cabelo do jeito que ele é.
RONCATTO, Sophia de Almeida. Menina pode ter cabelo curto? Folha de São Paulo. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ideias/2015/01/1582872-menina-pode-ter-cabelo-curto.shtml.
Acesso em: 20 mar.2023.

Quem conta essa história é:


A) o Sandro.
B) o Miguel.
C) uma menina.
D) uma cabeleireira.

03. Leia o texto a seguir.


O MACACO E A VELHA
Havia uma velha, muito velha, chamada Marocas. Ela possuía um lindo bananal. Mas
a coitadinha da velha comia poucas bananas, pois havia um macaco que lhe roubava
todas.
Um dia, Marocas, cansada de ser roubada, teve uma ideia. Comprou no armazém vá-
rios quilos de alcatrão e com ele fez um boneco. Colocou-o num grande tabuleiro e o
levou para o meio do bananal, pensando em dar uma lição no macaco.
Logo que Marocas voltou para casa, lá veio o macaco Simão de mansinho. Quando
avistou o boneco, zangou-se pensando que ele lhe roubava as bananas. O macaco,
muito zangado, deu-lhe uns sopapos, ficando com a mão grudada no alcatrão.[...]
Marocas, saindo do barraco, pegou o chicote e surrou o macaco e só parou, quando
Simão, dando três pulos, desgrudou-se do alcatrão e fugiu.
Certa manhã, Simão teve uma ideia para se vingar da velha Marocas. Ele entrou numa
pele de leão que encontrou na floresta. Pulou o muro de casa da velha e escondeu-se
no bananal.
Quando a velha apareceu, Simão soltou um urro terrível e deu-lhe um bote. A velha
gritou e tentou fugir, mas, naquele alvoroço, caiu bem no fundo do poço que havia
no quintal.
O macaco, vendo o perigo que ela corria, ficou muito triste, pois queria assustá-la,
mas não matá-la. Saiu bem rápido de dentro da pele e, olhando em volta, subiu num
pé de jamelão, pegou num galho bem grosso e espichou bem o rabo até o fundo do
poço.
Os gritos chamaram a atenção dos vizinhos que, chegando ao bananal, surpreende-
ram-se com a cena.
O macaco fazendo força, trazendo Marocas dependurada no seu rabo. Depois desse
dia, as coisas mudaram, Marocas e o macaco ficaram amigos [...].
CAPPELLI, Alba; DIAS, Dora. O macaco e a velha. Coleção Lua de Papel. FTD. (Adaptado: Reforma orto-
gráfica).

O que deu início à briga entre Marocas e o macaco?


A) O macaco comer as bananas da Marocas.
B) A surra de chicote que o macaco levou.
C) O boneco roubar as bananas do macaco.

104
D) A lição que Marocas deu no macaco.

Leia o texto abaixo para responder às questões 04 e 05.


O MOSQUITO E O LEÃO
Era uma vez um minúsculo mosquito. Um dia, voou até o leão, que quase não o en-
xergava, e lhe disse:
— Não tenho o mínimo medo de você. Gostaria de saber para que toda essa força
colossal? Na realidade, sou mais forte que você. Se não acredita, vamos lutar para ver.
Dito isso, o mosquito tocou uma trombeta de guerra e se lançou na direção do leão
para picar o seu focinho.
O leão sentiu as picadas e ficou muito furioso.
Com muita vontade de esmagar o inseto, o que ele conseguiu, apenas, foi arranhar-
-se até o nariz sangrar.
O mosquito foi embora zumbindo, todo alegre e vaidoso. Porém a vitória foi curta.
Distraído entre as árvores, voou direto para uma teia de aranha que o apanhou e co-
meu.
Depois de triunfar sobre o Rei da Floresta, foi parar na barriga de uma simples ara-
nha.
Moral: Nem sempre os vitoriosos são invencíveis.
Esopo. 200 fábulas de Esopo. Compilação de Vic Parker. Tradução de Sílvia Schneider e Michelle Neris
da Silva. Barueri: Girassol, 2014. p.112-113.

04. Que fato deu início a essa história?


A) O mosquito ter desafiado o leão.
B) A aranha ter comido o mosquito.
C) O desentendimento entre os animais.
D) O zumbido do mosquito perto do leão.

05. O que aconteceu no final da história?


A) O leão foi picado no nariz.
B) O mosquito voou entre as árvores.
C) O mosquito foi devorado por uma aranha.
D) O leão ficou furioso com a picada do mosquito.

06. Leia o texto abaixo.


O GATO, O GALO E O RATINHO
Um ratinho vivia num buraco com sua mãe, depois de sair sozinho pela primeira vez,
contou a ela:
– Mãe, você não imagina os bichos estranhos que encontrei! Um era bonito e delica-
do, tinha um pelo muito macio e um rabo elegante, um rabo que se movia formando
ondas. O outro era um monstro horrível! No alto da cabeça e debaixo do queixo ele
tinha pedaços de carne crua, que balançavam quando ele andava. De repente, os
lados do corpo dele se sacudiram e ele deu um grito apavorante.
Fiquei com tanto medo que fugi correndo, bem na hora que ia conversar um pouco
com o simpático.

105
– Ah, meu filho! – respondeu a mãe – Esse seu monstro era uma ave inofensiva; o ou-
tro era um gato feroz, que num segundo teria te devorado.
Moral: Jamais confie nas aparências.
Refletir para refletir. O gato, o galo e o ratinho. 46 FÁBULAS PEQUENAS com moral e
interpretação.
Disponível em: https://www.refletirpararefletir.com.br/fabulas-pequenas. Acesso em: 20 mar. 2023.

No texto, o acontecimento que deu início a história foi o ratinho:


A) ter medo da ave.
B) morar no buraco.
C) ver bichos estranhos.
D) sair sozinho do buraco.

07. Leia o texto e responda.


RATINHO VAI-SE EMBORA
Marô, o cão, encontra o ratinho de trouxa nas costas.
– Vai viajar, ratinho? – ele pergunta.
– É – diz o rato –, minha vida ficou insuportável na fazenda. O dono me detesta. Mas
eu sempre tentei ser seu amigo. Dividi seu pão, provei da sua farinha, roí os velhos
papéis que se acumulavam. Várias vezes, subi à sua mesa durante a refeição para
cumprimentá-lo. Mas, agora, fica todo vermelho, berra e me expulsa a vassouradas...
– Pobre, ratinho! – suspira Marô.
– E hoje, ele trouxe um gato do mercado!
Então, está decidido: azar dele, estou saindo de casa.
AUTOR DESCONHECIDO. Disponível em: &lt;www.saego.caedufjf.net/wp-content/uploads/2015/01/SAE-
GO-RP-LP-2EF-WEB.pdf&gt;. Acesso em: 19 mar. 2018.

No texto, a personagem principal da história é:


A) o dono da fazenda.
B) Marô, o cão.
C) o ratinho.
D) o gato.

Leia o texto para responder às questões 08 e 09.


UM ENCONTRO FANTÁSTICO
Todos os anos eles se reuniam na floresta, à beira de um rio, para ver a quantas an-
dava a sua fama. Eram criaturas fantásticas e cada uma vinha de um canto do Brasil.
O Saci-Pererê chegou primeiro. [...] Logo apontou no céu a Serpente Emplumada
e aterrissou aos seus pés. Do meio das folhagens, saltou o Lobisomem, a cara toda
peluda, os dentes afiados, enormes. Não tardou, o tropel de um cavalo anunciou o
Negrinho do Pastoreio montado em pelo no seu baio.
– Só falta o Boto – disse o Saci, impaciente.
– Se tivesse alguma moça aqui, ele já teria chegado para seduzi-la – comentou a Ser-
pente Emplumada.
– Também acho – concordou o Lobisomem. – Só que eu já a teria apavorado.

106
Ouviram nesse instante um rumor à margem do rio. Era o Boto saindo das águas na
forma de um belo rapaz.
– Agora estamos todos – disse o Negrinho do Pastoreio.
– E então? – perguntou o Boto, saudando o grupo. – Como estão as coisas?
– Difíceis – respondeu o Saci e soltou uma baforada. – Não assustei muita gente nessa
temporada.
– Eu também não – emendou a Serpente Emplumada. – Parece que as pessoas lá no
nordeste não têm mais tanto medo de mim.
– Lá no norte se dá o mesmo – disse o Boto. – Em alguns locais, ainda atraio as mu-
lheres, mas em outros elas nem ligam.
– Comigo acontece igual – disse o Negrinho do Pastoreio. – Vivo a achar coisas que as
pessoas perdem no Sul. Mas não atendi muitos pedidos este ano.
– Seu caso é diferente – disse o Lobisomem. – Você não é assustador como eu, o Saci
e a Serpente Emplumada. Você é um herói.
– Mas a dificuldade é a mesma – discordou o Negrinho do Pastoreio.
– Acho que é a concorrência – disse o Boto. – Andam aparecendo muitos heróis e
vilões novos.
– Pois é – resmungou a Serpente Emplumada. – Até bruxas andam importando. Tem
monstros demais por aí...
– São todos produzidos por homens de negócios da cidade – disse o Saci. – É moda.
Vai passar...
– Espero – disse o Lobisomem. – Bons aqueles tempos em que eu reinava no país
inteiro, não só no cerrado.
– A diferença é que somos autênticos – disse o Negrinho do Pastoreio. – Nós nasce-
mos do povo.
– É verdade – disse o Boto. – Mas temos de refrescar a sua memória.
– Se pegarmos no pé de uns escritores, a coisa pode melhorar – disse a Serpente Em-
plumada.
– Eu conheço um – disse o Saci. – Vamos juntos atrás dele! – E foi o primeiro a se man-
dar, a mil por hora, em uma perna só.
CARRASCOZA, João Anzanello. Um encontro fantástico. Nova escola. Disponível em: https://novaesco-
la.org.br/conteudo/7443/um-encontro-fantastico. Acesso em: 20 mar. 2023.

08. Essa história se passa:


A) no norte do país.
B) no nordeste.
C) na floresta.
D) na cidade.

09. Quem são os personagens dessa história?


A) O Saci-Pererê, a bruxa, o Lobisomem e a Serpente Emplumada.
B) O Lobisomem, a bruxa, os homens de negócio, o Saci-Pererê e o Boto.
C) O Lobisomem, os escritores, a Serpente Emplumada e o Negrinho do Pastoreio.
D) O Saci-Pererê, o Negrinho do Pastoreio, o Lobisomem, a Serpente Emplumada e
o Boto.

107
10. Leia o texto e responda.
O TAXISTA
Uma turista pega um táxi no aeroporto para ir ao hotel. O motorista parece mudo,
pois não diz uma palavra sequer. Então a mulher toca no ombro dele para pedir uma
informação:
– Por favor...
Ele leva um grande susto, perde o controle do carro e quase provoca um acidente. A
turista se desculpa:
– Sinceramente, não sabia que o senhor ficaria tão assustado!
– Desculpe, senhora. É minha primeira viagem como taxista.
– E o que o senhor fazia antes?
– Por mais de 20 anos fui motorista de carro funerário.
AUTOR DESCONHECIDO. Disponível em: https://educaemcasa.petropolis.rj.gov.br/uploads/arquivos/
1617758516-4-feira-24-de-marco-iv-e-v-fase-pdf.pdf. Acesso em: 20 mar. 2023.

Onde esta história aconteceu?


A) No táxi.
B) Em um hotel.
C) No aeroporto.
D) Em uma funerária.

108
MATEMÁTICA
Professor/a, neste primeiro volume do Caderno Pedagógico 2023 Anos Iniciais
- MATEMÁTICA, selecionamos os principais conteúdos que mediam o desenvolvi-
mento de habilidades associadas à apropriação das características do Sistema de
Numeração Decimal, compreensão dos algoritmos da adição, subtração, multiplica-
ção e divisão, bem como a utilização dos diferentes significados dessas quatro ope-
rações para resolução de problemas com números naturais.
Apresentamos, ainda, conteúdos referente à representação decimal e a utili-
zação dessas de números decimais para representação de valores do sistema mone-
tário nacional por meio das notas e cédulas vigentes em nosso país.
Todos os conteúdos propostos neste caderno estão associados às habilidades
e descritores das matrizes de referência do Sistema Estadual de Avaliação do Mara-
nhão (SEAMA) e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) relativas ao 5º
Ano do Ensino Fundamental.
Nesta primeira parte, preparamos sugestões de dezesseis aulas com a propos-
ta de desenvolvimento uma aula semanal.
Este recurso pedagógico é recomendado para utilização de uma sequência
de quatro aulas, seguidas da aplicação de um teste para verificação da aprendiza-
gem, de acordo com o cronograma que segue:

Data Atividade Habilidade


D13. Reconhecer e utilizar características do sistema de
numeração decimal, tais como agrupamentos e trocas
__ /__ /__ Aula 1 na base 10 e princípio do valor posicional. Conteúdo(s):
Sistema de Numeração Decimal, Valor Posicional e Qua-
dro de Ordens
D13. Reconhecer e utilizar características do sistema de
numeração decimal, tais como agrupamentos e trocas
__ /__ /__ Aula 2
na base 10 e princípio do valor posicional. Conteúdo(s):
Agrupamentos e trocas na base 10
D16. Reconhecer a decomposição de números naturais
__ /__ /__ Aula 3 nas suas diversas ordens. Conteúdo(s): Decomposição
das ordens em unidades
D17. Reconhecer a composição e a decomposição de nú-
meros naturais em sua forma polinomial. Conteúdo(s):
__ /__ /__ Aula 4
Composição e a decomposição de números naturais em
sua forma polinomial
__ /__ /__ Teste 1 D13, D16 e D17
D18. Calcular o resultado de uma adição ou subtração
__ /__ /__ Aula 5
de números naturais. Conteúdo(s): Algoritmo da Adição
D18. Calcular o resultado de uma adição ou subtração de
__ /__ /__ Aula 6
números naturais. Conteúdo(s): Algoritmo da Subtração

109
Data Atividade Habilidade
D20. Resolver problema com números naturais, envol-
vendo diferentes significados da adição ou subtração:
__ /__ /__ Aula 7 juntar, alteração de um estado inicial (positiva ou nega-
tiva), comparação e mais de uma transformação. Conte-
údo(s): Resolução de problemas de adição e subtração
D20. Resolver problema com números naturais, envol-
vendo diferentes significados da adição ou subtração:
__ /__ /__ Aula 8 juntar, alteração de um estado inicial (positiva ou nega-
tiva), comparação e mais de uma transformação. Conte-
údo(s): Resolução de problemas de adição e subtração.
__ /__ /__ Teste 2 D18 e D20
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou di-
__ /__ /__ Aula 9 visão de números naturais. Conteúdo(s): Algoritmo da
Multiplicação
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou di-
__ /__ /__ Aula 10 visão de números naturais. Conteúdo(s): Algoritmo da
Divisão
D21. Resolver problema com números naturais, en-
volvendo diferentes significados da multiplicação ou
divisão: multiplicação comparativa, ideia de propor-
__ /__ /__ Aula 11
cionalidade, configuração retangular e combinatória.
Conteúdo(s): Problemas envolvendo as ideias de multi-
plicação
D21. Resolver problema com números naturais, en-
volvendo diferentes significados da multiplicação ou
__ /__ /__ Aula 12 divisão: multiplicação comparativa, ideia de propor-
cionalidade, configuração retangular e combinatória.
Conteúdo(s): Problemas envolvendo as ideias de divisão
__ /__ /__ Teste 3 D19 e D21
D22. Identificar diferentes representações de um mes-
mo número racional. Conteúdo(s): Número racional e
__ /__ /__ Aula 13
suas diferentes representações: fracionária, decimal e
percentual
D25. Resolver problema com números racionais expres-
sos na forma decimal envolvendo diferentes significa-
__ /__ /__ Aula 14
dos da adição e subtração. Conteúdo(s): Adição e sub-
tração de números decimais
D25. Resolver problema com números racionais expres-
sos na forma decimal envolvendo diferentes significa-
__ /__ /__ Aula 15
dos da adição e subtração. Conteúdo(s): Adição e sub-
tração de números decimais
D10. Num problema, estabelecer trocas entre cédulas e
__ /__ /__ Aula 16 moedas do sistema monetário brasileiro, em função de
seus valores. Conteúdo(s): Sistema Monetário do Brasil
__ /__ /__ Teste 4 D22, D25 e D10

110
Os testes para verificação da aprendizagem dos conhecimentos de Matemáti-
ca estão disponíveis na última seção deste caderno e poderão ser reproduzidos para
aplicação ao final de cada ciclo de quatro aulas.
Para promover maior agilidade na correção dos testes, disponibilizamos um
link e QR Code para acessar o gabarito e resolução comentada de cada questão dos
testes.
Por fim, desejamos que este caderno proporcione boas atividades de recom-
posição, recuperação e/ou reforço de aprendizagens essenciais para que os/as es-
tudantes concluintes da etapa referente aos anos iniciais do Ensino Fundamental
possam consolidar aprendizagens básicas e que estejam preparados para continuar
aprendendo e possam prosseguir seus estudos com sucesso e sem grandes dificul-
dades.

111
Aula
HABILIDADE:
D13. Reconhecer e utilizar características do

1
sistema de numeração decimal, tais como
agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do
valor posicional

CONTEÚDO(S):
Sistema de Numeração Decimal, Valor Posicional
e Quadro de Ordens

Sistema de Numeração Decimal

Professor/a, provavelmente os estudantes já ouviram a respeito de


outros sistemas de numeração como o sistema egípcio, ou sistema romano
ou outros.
O objetivo desta aula é reforçar a compreensão das principais carac-
terísticas do Sistema de Numeração Decimal, também conhecido como in-
do-arábico. Os conteúdos explorados são: o Sistema de Numeração Decimal,
Valor Posicional e Quadro de Ordens ou Quadro Valor de Lugar.
Esta primeira atividade tem como objetivo compreender por que o
sistema é chamado de decimal – são dez algarismos com os quais podemos
escrever qualquer número que precisarmos.

Dois atletas de uma corrida de atletismo foram identificados com os números


indicados nos cartões abaixo, de acordo com a ordem da inscrição desses candidatos
para participarem da corrida:

Podemos observar que os números dos dois atletas têm os mesmos algaris-
mos.
a. Quais são os algarismos que aparecem nos dois números?
b. Os números 1 927 e 7 291 são iguais? Justifique.
c. Qual o significado do algarismo 1 nos dois números?
d. Qual o significado do algarismo 9 nos dois números?

112
e. Qual o significado do algarismo 2 nos dois números?
f. Qual o significado do algarismo 7 nos dois números?
Esses valores que cada numeral assume de acordo com a posição nos núme-
ros é uma característica especial do nosso sistema de numeração.
O sistema de numeração que utilizamos é chamado de Sistema Indo-arábico
ou Sistema de Numeração Decimal porque é composto de 10 algarismos:

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Com esses 10 algarismos podemos escrever qualquer número que possa exis-
tir e para qualquer situação que precisarmos. Vamos ver alguns exemplos:

Nos exemplos que seguem, você solicita aos estudantes que regis-
trem números que representem as seguintes situações.

Outra característica do nosso sistema de numeração é que ele é posicional, ou


seja, de acordo com a posição que o algarismo está localizado em um número, ele
assume um valor diferente.
Vamos entender isso nos exemplos dos números abaixo:

a. Na idade de João, o algarismo 3 está na última posição, então representa 3


unidades de ano.
b. Na população estimada do Maranhão, o algarismo 3 está na quarta posição,
então ele representa 3 unidades de milhar ou 3 000 unidades.
c. No valor do salário-mínimo, o algarismo 3 está na terceira posição, então ele
representa 3 centenas ou 300 unidades.

113
Observe as informações sobre casos de Zica e Chikungunya no ano de 2019,
publicados no site G1.

Fonte: G1.com.
De acordo com a publicação, em 2019, foram 10.708 casos de Zica e 132.205
casos de Chikungunya. Nesses dois números, responda:
a. Nos casos de Zica, qual o valor posicional dos algarismos 7 e 8?
O algarismo 7 está na terceira posição, então representa 7 centenas ou 700
unidades.
O algarismo 8 está na primeira posição então ele representa 8 unidades.
b. Nos casos de Chikungunya, quais os valores posicionais dos numerais 2
e 5?
Temos o algarismo 2 em duas posições:
Na quarta posição ele representa 2 unidades de milhar ou 2.000 unidades.
Na terceira posição ele representa 2 centenas ou 200 unidades.
O algarismo 5 está na primeira posição então ele representa 5 unidades.

Esta terceira parte da aula tem como objetivo conhecer as ordens


simples e de milhar e organizar essas ordens no Quadro de Ordens.

114
QUADRO DE ORDENS
Na representação de um número no sistema de numeração decimal, a posi-
ção de cada algarismo indica uma ordem. Observe o número que aparece no texto
abaixo representado no Quadro de Ordens ou Quadro Valor de Lugar (QVL).
As três primeiras ordens do Sistema de Numeração Decimal são: Unidade (U),
Dezena (D) e Centena (C), que são organizadas no Quadro de Ordens da seguinte
forma:

Veja o número 857 organizado no Quadro de Ordens:

• Ordem das unidades: 7 unidades


• Ordem das dezenas: 5 dezenas ou 50 unidades
• Ordem das centenas: 8 centenas ou 800 unidades
Vamos ver outro exemplo: Na figura abaixo, observamos o número de curtidas
de uma postagem em uma rede social.

Fonte: Imagem do Instagram


Vamos representar o número de curtidas no Quadro de Ordens:
Observe que esse número tem cinco ordens: unidade, dezena, centena, uni-
dade de milhar e dezena de milhar.

• Ordem das unidades: 8 unidades


• Ordem das dezenas: 5 dezenas ou 50 unidades
• Ordem das centenas: 2 centenas ou 200 unidades
• Ordem das unidades de milhar: 1 unidade de milhar ou 1.000 unidades
• Ordem das dezenas de milhar: 3 dezenas de milhar ou 30.000 unidades

115
Vamos ver mais um exemplo? Leia a seguinte informação, retirada do site do
IBGE.

Fonte: https://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2022/Previa_da_Populacao/ MA_POP2022.


pdf.
Vamos representar o número da população do município de Imperatriz no
Quadro de Ordens.
Observe que agora esse número tem seis ordens: unidade, dezena, centena,
unidade de milhar, dezena de milhar e centena de milhar.

• Ordem das unidades: 7 unidades


• Ordem das dezenas: 2 dezenas ou 20 unidades
• Ordem das centenas: 0 centena
• Ordem das unidades de milhar: 3 unidades de milhar ou 3.000 unidades
• Ordem das dezenas de milhar: 7 dezenas de milhar ou 70.000 unidades
• Ordem das centenas de milhar: 2 centenas de milhar ou 200.000 unidades
De acordo com a prévia do Censo Demográfico de 2022. O município de Impe-
ratriz possui uma população de 273.027 habitantes.
Agora vamos ver o que você aprendeu: Observe o cartaz informativo sobre a
vacinação contra Covid-19 no município de Altamira do Maranhão, publicado em
15/08/2022.

Fonte: https://altamira.ma.gov.br/informa.php?id=760
O cartaz informa que foram recebidas 17.072 doses e que foram aplicadas
13.499 doses de vacina contra Covid-19 até aquela data.

116
Responda.
1. Do número 17.072, escreva o valor posicional dos algarismos 1, 7 e 2.
O algarismo 1 ocupa a quinta posição: representa 10 dezenas de milhar ou
10.000 unidades.
O algarismo 7 ocupa duas posições: Na quarta posição, representa 7 unida-
des de milhar ou 7.000 unidades. Na segunda posição, representa 7 deze-
nas ou 70 unidades.
O algarismo 2 ocupa a primeira posição: representa 2 unidades.
2. Do número 13.499, escreva o valor posicional dos algarismos 1, 3 e 4.
O algarismo 1 ocupa a quinta posição: representa 10 dezenas de milhar ou
10.000 unidades.
O algarismo 3 ocupa a quarta posição: representa 3 unidades de milhar ou
3.000 unidades.
O algarismo 4 ocupa a terceira posição: representa 4 centenas ou 400 uni-
dades.
3. Organize o número 17.072 no Quadro de Ordens e escreva o valor corres-
pondente de cada ordem.

Ordem das unidades: 0 unidade


Ordem das dezenas: 7 dezenas ou 70 unidades
Ordem das centenas: 0 centena
Ordem das unidades de milhar: 7 unidades de milhar ou 7.000 unidades
Ordem das dezenas de milhar: 1 dezena de milhar ou 10.000 unidades
4. Organize o número 13.499 no Quadro de Ordens e escreva o valor corres-
pondente de cada ordem.

Ordem das unidades: 9 unidades


Ordem das dezenas: 9 dezenas ou 90 unidades
Ordem das centenas: 4 centenas ou 400 unidades
Ordem das unidades de milhar: 3 unidades de milhar ou 3.000 unidades
Ordem das dezenas de milhar: 1 dezena de milhar ou 10.000 unidades

117
Aula
HABILIDADE:
D13. Reconhecer e utilizar características do

2
sistema de numeração decimal, tais como
agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do
valor posicional

CONTEÚDO(S):
Agrupamentos e trocas na base 10

Agrupamentos e Trocas na Base 10

Professor/a, a atividade proposta para esta aula tem como objetivo


fortalecer a compreensão do Sistema de Numeração Decimal, compreen-
der que cada ordem superior é formada pelo agrupamento de 10 em 10. Ou
seja: 10 unidades formam uma dezena, 10 dezenas formam uma centena ou
cem unidades; 10 centenas forma uma unidade de milhar ou mil unidades
e assim por diante.

As principais características do sistema de numeração que utilizamos é que


ele é decimal e posicional.
Observe como podemos representar os agrupamentos de 10 em 10 do sistema
de numeração decimal utilizando figuras.

A imagem corresponde ao material dourado Montessori.


Para exemplificar agrupamentos de 10 em 10 utilizando as figuras acima, va-
mos considerar a tabela abaixo, que apresenta a relação dos cinco países maiores
vencedores em olimpíadas:

118
Disponível: https://www.buenasdicas.com/paises-medalhas-olimpiadas-12470/ (Adaptado). Acesso em
11 de março de 2023.
Agora vamos representar o total de medalhas de algumas dessas nações em
agrupamentos.
Total de Medalhas dos Estados Unidos: 2.636.

2.636 = 2 x 1.000 + 6 x 100 + 3 x 10 + 6


Ou seja, 2.636 = 2.000 + 600 + 30 + 6

Total de Medalhas da extinta União Soviética: 1.010.

119
1.010 = 1 x 1.000 + 0 x 100 + 1 x 10 + 0
Ou seja, 1.010 = 1.000 + 0 + 10 + 0

Total de Medalhas da China: 634.

634 = 6 x 100 + 3 x 10 + 4
Ou seja, 634 = 600 + 30 + 4

Total de Medalhas da França: 764.

764 = 7 x 100 + 6 x 10 + 4
Ou seja, 764 = 700 + 60 + 4

Agora vamos ver o que você aprendeu: Na tabela abaixo, são informadas as
distâncias entre São Luís e algumas cidades do Maranhão, obtidas pelo Google Maps.

Município Distância até São Luís (km)


Açailândia 566
Alto Parnaíba 1.033
Bacabal 248
Fortaleza dos Nogueiras 709
Araioses 411

Represente as distâncias entre cada município e a Capital São Luís, utilizando


as imagens de material dourado.
Respostas: Distância entre Açailândia e São Luís: 566 km

120
566 = 5 x 100 + 6 x 10 + 6
Ou seja, 566 = 500 + 60 + 6

Distância de Alto Parnaíba a São Luís: 1.033 km

1.033 = 1 x 1.000 + 0 x 100 + 3 x 10 + 3


Ou seja, 1.033 = 1.000 + 0 + 30 + 3

Distância de Bacabal a São Luís: 248 km

248 = 2 x 100 + 4 x 10 + 8
Ou seja, 248 = 200 + 40 + 8

121
Distância de Fortaleza dos Nogueiras a São Luís: 709 km

709 = 7 x 100 + 0 x 10 + 9
Ou seja, 709 = 700 + 0 + 9

Distância de Araioses a São Luís: 411 km

411 = 4 x 100 + 1 x 10 + 1
Ou seja, 411 = 400 + 10 + 1

Espaço para anotações


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122
Aula
HABILIDADE:
D16. Reconhecer a decomposição de números

3
naturais nas suas diversas ordens

CONTEÚDO(S):
Decomposição das ordens em unidades

Decomposição das Ordens dos Números em Unidades

Professor/a, o objetivo desta aula é compreender que as ordens supe-


riores de um número natural podem ser decompostas em unidades. Inicial-
mente utilizaremos o Quadro de Ordens para identificar quantas unidades
cada ordem representa e em seguida apresentar a forma decomposta de
cada número. Utilizaremos sempre exemplos reais com números naturais
para fazer sentido a informações numéricas.

Como sabemos, o sistema de nu-


meração que utilizamos é decimal e po-
sicional, ou seja, podemos formar qual-
quer número com os algarismos 0, 1, 2, 3,
4, 5, 6, 7,8 e 9.
Vamos observar o seguinte card
que informa o número de gols marcados
por Pelé, Messi e Cristiano Ronaldo:
Vamos representar no quadro de
ordens os números referentes aos totais
de gols de cada um desses jogadores:
Total de gols marcados por Messi:
822
Primeiro, vamos organizar o 822
no quadro de ordens e acrescentar mais
uma linha abaixo o quadro:

Disponível em: https://twitter.com/rodolfo1975/sta-


tus/1346125899314450434. Acesso 11 de março de
2023.

123
Vamos registrar na nova linha a quantidade correspondente de unidades de
cada ordem.
• Na ordem das unidades: 2 unidades
• Na ordem das dezenas: 2 dezenas = 20 unidades
• Na ordem das centenas: 8 centenas = 800 unidades
Agora vamos colocar esses valores na segunda linha do quadro valor de lugar:

Como podemos observar no quadro de ordens, o número 822 é composto por


8 centenas, 2 dezenas e 2 unidades. Então, decompondo todas as ordens em unida-
des, podemos escrever:
822 = 800 + 20 + 2
Vamos decompor agora o número 759 que é total de gols marcados por Cris-
tiano Ronaldo. Primeiro, vamos organizar esse número no quadro de ordens e acres-
centar mais uma linha.

Agora vamos registrar na nova linha a quantidade correspondente de unida-


des de cada ordem.
• Na ordem das unidades: 9 unidades
• Na ordem das dezenas: 5 dezenas = 50 unidades
• Na ordem das centenas: 7 centenas = 700 unidades
Para finalizar, vamos colocar esses valores na segunda linha do quadro valor
de lugar:

Pronto! A decomposição é feita quando transformamos todas as ordens em


unidades:
759 = 700 + 50 + 9
Para garantir a compreensão da decomposição de todas as ordens de um nú-
mero, vamos decompor o número correspondente ao total de gols marcados por
Pelé: 1.283.
Lembrando que o número 1.283 tem quatro ordens e a quarta ordem é unida-
de de milhar. Vamos fazer o quadro valor de lugar.

124
Para finalizar, anotar a quantidade de unidades que cada ordem representa:
• Ordem das unidades: 3 unidades
• Ordem das dezenas: 8 dezenas = 80 unidades
• Ordem das centenas: 2 centenas = 200 unidades
• Ordem das unidades de milhares: 1 milhar = 1.000 unidades

Assim, podemos observar que 1.283 é decomposto em unidades da seguinte


forma:
1.283 = 1.000 + 200 + 80 + 3
Vamos praticar um pouco com alguns números especiais:

Vamos decompor esses números


a. a) Quantidade de dias do ano bissexto: 366. Esse número tem três ordens,
então a decomposição terá três parcelas:

366 = 300 + 60 + 6

b. Altura do Pico da Neblina (ponto mais alto do Brasil): 2.965 metros. Esse nú-
mero tem quatro ordens, então a decomposição terá quatro parcelas.

2.965 = 2.000 + 900 + 60 + 5

c. População do estimada de Colinas (MA): 42.196. Esse número possui cinco

125
ordens, então a decomposição terá 5 parcelas.

42.196 = 40.000 + 2.000 + 100 + 90 + 6

d. População estimada do Estado do Acre em 2023: 927.523 habitantes.


Ops! Esse número não cabe no quadro de ordens. Mesmo assim pode ser de-
composto em unidades. Basta saber quantas ordens ele tem para saber quantas
parcelas terá na decomposição.
927.523 tem seis ordens, logo a decomposição terá seis parcelas:
927.523 = 900.000 + 20.000 + 7.000 + 500 + 20 + 3

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Faça a decomposição dos números informados no quadro abaixo em unidades.

235 = 200 + 30 + 5
4853 = 4000+800+50+3
13290 = 10000+3000+200+90
180345 = 100000 + 80000 + 300 + 40

02. Qual a forma decomposta do número 2.195?


A) 2.000 + 1 + 9 + 5
B) 2.000 + 10 + 9 + 5
C) 2.000 + 10 + 90 + 5
D) 2.000 + 100 + 90 + 5

03. A professora anotou um número no quadro e pediu que os estudantes fizes-


sem a decomposição. A decomposição correta do número 2.905 é:
A) 2.000 + 90 + 5
B) 2.000 + 900 + 5
C) 200 + 90 + 5
D) 200 + 900 + 5

126
Aula
HABILIDADE:
D17. Reconhecer a composição e a decomposição

4
de números naturais em sua forma polinomial

CONTEÚDO(S):
Composição e a decomposição de números
naturais em sua forma polinomial

Forma Polinomial dos Números Naturais e sua Composi-


ção e Decomposição

Professor/a, o objetivo desta aula é representar números naturais na


forma polinomial por decomposição das ordens em unidades e, partindo da
forma polinomial, compor o numeral formado.

Para esta aula, vamos conhecer alguns números importantes:

Como sabemos o sistema de numeração que utilizamos é decimal e posicio-


nal.
No quadro acima os números possuem quantidade de ordens diferentes e al-
guns algarismos são repetidos no mesmo número em ordens diferentes, ocupando
valores posicionais diferentes.
Esses e quaisquer outros números podem ser decompostos em unidades. Va-
mos relembrar a decomposição deles em unidades.

127
A forma decomposta dos números em unidades também pode ser escrita na
forma polinomial. Vamos entender o que isso significa.
a. Observe a forma decomposta do número de dias do ano bissexto: 366
366 = 300 + 60 + 6
• A parcela referente a 300 corresponde a 3 centenas. Podemos escrever: 3 x
100
• A parcela referente a 60 corresponde a 6 dezenas. Podemos escrever: 6 x 10
• A parcela referente a 6 corresponde a 6 unidades. Podemos escrever: 6 x 1
A forma decomposta também pode ser escrita da seguinte forma:
366 = 3 x 100 + 6 x 10 + 6 x 1
Esta forma de representar a decomposição de um número natural é cha-
mada de Forma Polinomial.
Vamos escrever a forma polinomial dos outros números do quadro.

b. Velocidade atingida pelo jato supersônico Concorde: 2.179 km/h.


2.000 + 100 + 70 + 9
Reescrevendo os valores das ordens em unidades:
• 2.000 unidades = 2 x 1.000
• 100 unidades = 1 x 100
• 70 unidades = 7 x 10
• 9 unidades = 9 x 1
A forma polinomial de 2.179 será:
2 x 1.000 + 1 x 100 + 7 x 10 + 9 x 1

c. Forma polinomial do diâmetro da Terra: 12.742 km:


1 x 10.000 + 2 x 1.000 + 7 x 100 + 4 x 10 + 2 x 1

d. Velocidade alcançada pelo foguete espacial Voyager: 278.280 km/h:


2 x 100.000 + 7 x 10.000 + 8 x 1.000 + 2 x 100 + 8 x 10 + 0 x 1.

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Escreva a forma polinomial dos números indicados:
a) 875
b) 1.972
c) 15.049
d) 125.001

128
Resposta:
a) 875 = 800 + 70 + 5 = 8 x 100 + 7 x 10 + 5 x 1
b) 1.972 = 1.000 + 900 + 70 + 2 = 1 x 1.000 + 9 x 100 + 7 x 10 + 2 x 1
c) 15.049 = 10.000 + 5.000 + 0 + 40 + 9 = 1 x 10.000 + 5 x 1.000 + 0 x 100 + 4 x 10 + 9 x 1
Observe o algarismo zero na terceira ordem (ordem das centenas)
d) 125.001 = 100.000 + 20.000 + 5.000 + 0 + 0 + 1 Observe o algarismo zero na ordem
das dezenas e na ordem das centenas = 1 x 100.000 + 2 x 10.000 + 5 x 1.000 + 0 x 100
+ 0 x 10 + 1 x 1

Também é possível, partindo da forma polinomial, fazer a composição de nú-


meros naturais.
Para entender melhor, vamos considerar a situação apresentada no quadro.

Vamos fazer a composição dessas três formas polinomiais:


a. a) Número na forma polinomial: 2 x 1.000 + 1 x 100 + 2 x 10 + 2 x 1
Número na forma decomposta em unidades: 2.000 + 100 + 20 + 2
Número formado: 2.122
b. Número na forma polinomial: 5 x 100 + 7 x 10 + 5 x 1
Número na forma decomposta em unidades: 500 + 70 + 5
Número formado: 575
c. Número na forma polinomial: 2 x 10.000 + 5 x 1.000 + 9 x 100 + 0 x 10 + 6 x 1
Número na forma decomposta em unidades: 20.000 + 5.000 + 900 + 0 + 6
Número formado: 25.906

Para finalizar, mostre o que você aprendeu:


01. Escreva a forma polinomial dos números:
a) 349
b) 5.038
c) 75.780

Resposta:
a) 349 = 300 + 40 + 9 = 3 x 100 + 4 x 10 + 9 x 1
b) 5.038 = 5.000 + 0 + 30 + 8 = 5 x 1.000 x 0 x 100 + 3 x 10 + 8 x 1
c) 75.780 = 70.000 + 5.000 + 700 + 80 + 0 = 7 x 10.000 + 5 x 1.00 + 7 x 100 + 8 x 10 + 0 x 1

129
02. Escreva os números formados a partir da forma polinomial apresentada:
a) 5 x 100 + 9 x 10 + 5 x 1
b) 9 x 1.000 + 0 x 100 + 7 x 10 + 3 x 1
c) 8 x 10.000 + 8 x 1.000 + 7 x 100 + 0 x 10 + 0 x 1

Resposta:
a) 5 x 100 + 9 x 10 + 5 x 1 = 500 + 90 + 5 = 595
b) 9 x 1.000 + 0 x 100 + 7 x 10 + 3 x 1 = 9.000 + 0 + 70 + 3 = 9.073
c) 8 x 10.000 + 8 x 1.000 + 7 x 100 + 0 x 10 + 0 x 1 = 80.000 + 8.000 + 700 + 0 + 0 = 88.700

Espaço para anotações


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

130
Aula
HABILIDADE:
D18. Calcular o resultado de uma adição ou

5
subtração de números naturais

CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Adição

Objetivo desta aula é compreender o algoritmo da adição a partir da


ideia de juntar, fazendo agrupamentos nas ordens superiores para compre-
ender a ideia de “vai 1” com apoio inicial do quadro de ordens.

Para brincar com seus amiguinhos,


Marcos comprou 47 bolinhas de gude avul-
so e uma redinha com 50 bolinhas. Quantas
bolinhas de gude Marcos comprou?
Para responder a essa questão, vamos
juntar esses dois quantitativos de bolinhas
e, para facilitar, vamos organizar os números
no quadro de valores.
Vamos deixar uma linha para o pri-
meiro número, uma linha para o segundo
número e uma linha para os resultados, que
é o total de bolinhas.

Operação D U
4 7
Disponível em: https://www.lojade199online.
+ 5 0 com.br/institucional/importador-bola-gude-
-na-25-marco.php.
Resultado

Para calcular o total, vamos somar os algarismos de cada ordem, ou seja: 47 


50, lembrando sempre que 10 unidades formam uma dezena e 10 dezenas formam
uma centena e assim por diante.
• Na ordem das unidades: 7 + 0 = 7
• Na ordem das dezenas: 4 + 5 = 9

131
SINAL D U
4 7
+ 5 0
Resultado 9 7

Resposta: o total de bolinhas comprado é 97.

Professor/a, estamos apresentando a resolução das questões desta


aula usando o quadro valor de lugar para favorecer uma compreensão mais
rápida pelos estudantes. Quando você achar oportuno, opere as adições
sem o quadro de ordens.

Na rua que Marcos mora, tem 39 casas de um lado e 38 do outro lado. Quantas
casas tem na rua de Marcos?
Para calcular quantas casas tem na rua de Marcos, vamos juntar a quantidade
de casas dos dois lados, ou seja: 39 + 38.
No quadro de ordens, vamos deixar uma linha para o 39, uma linha para o 38
e outra para o total.

Operação D U
3 9
+ 3 8
Resultado

Somando as unidades: 9 unidades + 8 unidades = 17 unidades. E como sabe-


mos 17 unidades valem 1 dezena e 7 unidades.
Na ordem das unidades, devemos representar apenas o algarismo das unida-
des e o algarismo das dezenas vai para a ordem das dezenas, por isso dizemos “vai
um”.

Operação D U
+1
3 9
+ 3 8
Resultado 7

Somando as dezenas: observe que veio uma dezena da ordem das unidades.

132
Então ficamos com 1 + 3 + 3, que totaliza 7.

Operação D U
+1
3 9
+ 3 8
Resultado 7 7

Resposta: na rua de Marcos tem 77 casas.

Indo de casa para a escola, Mariana gosta de contar coisas que vê pelo cami-
nho. Ontem ela estava contando carros de suas cores preferidas: vermelho e preto.
Conferiu 58 carros vermelhos e 74 carros brancos. No total, quantos carros dessas
cores ela contou?
Para saber quantos carros ela contou, precisamos juntar essas duas quantida-
des: 58 + 74. Veja como fica representado no quadro de ordens:

Operação D U
5 8
+ 7 4
Resultado

Somando as unidades: 8 unidades + 4 unidades = 12 unidades. E como sa-


bemos 12 unidades valem 1 dezena e 2 unidades. Devemos colocar o algarismo 2 na
ordem das unidades e “vai um” para a ordem das dezenas.

Operação D U
+1
5 8
+ 7 4
Resultado 2

Somando as dezenas: observe que veio uma dezena da ordem das unidades.
Então ficamos com 1 + 5 + 7, que totaliza 13 dezenas.
Mas 13 dezenas correspondem a 1 centena e 3 dezenas. Devemos colocar o
algarismo 3 na ordem das dezenas e “vai um” para a ordem das centenas.

133
Operação C D U
+1 +1
5 8
+ 7 4
Resultado 3 2

Somando as centenas: como na ordem das centenas temos apenas o 1 que


veio da ordem das dezenas, a soma totaliza 1.

Operação C D U
+1 +1
5 8
+ 7 4
Resultado 1 3 2

Resposta: Mariana contou 132 carros.


Resumindo o que fizemos até aqui:
• Como você percebeu, para somar dois números, foi necessário organizar
esses números colocando ordem debaixo e de ordem.
• A soma começa pela ordem das unidades. Toda vez que a soma dos alga-
rismos das unidades formar uma dezena, essa dezena é transferida, claro,
para a ordem das dezenas. Costumamos dizer “vai um” toda vez que isso
ocorre.
• Depois fazemos a soma dos algarismos das dezenas e quando formar uma
centena, ela irá para a ordem das centenas, e assim por diante.

Para ampliar a compreensão, vamos fazer mais algumas somas:


01. Qual o resultado das seguintes operações?
a) 63 + 32
b) 66 + 28
c) 125 + 49
d) 568 + 368
Para fazer essas somas, vamos representar os valores nos quadros de ordens:
a) Soma das unidades: 3 + 2 = 5
Soma das dezenas: 6 + 3 = 9

Operação D U
6 3
+ 3 2
Resultado 9 5

134
b) Soma das unidades: 6 + 8 = 14 (vai 1)
Soma das dezenas: 1 + 6 + 2 = 9

Operação D U
+1
6 6
+ 2 8
Resultado 9 4

c) Soma das unidades: 5 + 9 = 14 (vai 1)


Soma das dezenas: 1 + 2 + 4 = 7
Soma das centenas: 1

Operação C D U
+1
1 2 5
+ 4 9
Resultado 1 7 4

d) Soma das unidades: 8 + 8 = 16 (vai 1)


Soma das dezenas: 1 + 6 + 6 = 13 (vai 1)
Soma das centenas: 1 + 5 + 3 = 9

Operação C D U
+1 +1
5 6 8
+ 3 6 8
Resultado 9 3 6

02. Qual o resultado das seguintes operações?


a) 35 + 45
b) 526 + 395
c) 489 + 697
d) 593 + 125
e) 867 + 573

Respostas:
a) Soma das unidades: 5 + 5 = 10 (vai 1)

135
Soma das dezenas: 1 + 3 + 4 = 8

Operação D U
+1
3 5
+ 4 5
Resultado 8 0

b) Soma das unidades: 6 + 5 = 11 (vai 1)


Soma das dezenas: 1 + 2 + 9 = 12 (vai 1)
Soma das centenas: 1 + 5 + 3 = 9

Operação C D U
+1 +1
5 2 6
+ 3 9 5
Resultado 9 2 1

c) Soma das unidades: 9 + 7 = 16 (vai 1)


Soma das dezenas: 1 + 8 + 9 = 18 (vai 1)
Soma das centenas: 1 + 4 + 6 = 11 (vai 1)
Somas das unidades de milhar: 1

Operação M C D U
+1 +1 +1
4 8 9
+ 6 9 7
Resultado 1 1 8 6

d) Soma das unidades: 3 + 5 = 8


Soma das dezenas: 9 + 2 = 11 (vai 1)
Soma das centenas: 1 + 5 + 1 = 7

Operação C D U
+1
5 9 3
+ 1 2 5
Resultado 7 1 8

136
e) Soma das unidades: 7+3=0 (vai 1)
Soma das dezenas: 1+6+7=14 (vai 1)
Soma das centenas: 1+8+5=14 (vai um)
Somas das unidades de milhar: 1

Operação M C D U
+1 +1 +1
8 6 7
+ 5 7 3
Resultado 1 4 4 0

137
Aula
HABILIDADE:
D18. Calcular o resultado de uma adição ou

6
subtração de números naturais

CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Subtração

O objetivo desta aula é compreender o algoritmo da subtração a


partir da ideia de tirar, fazendo reagrupamentos de ordens inferiores para
compreender a ideia de “pedir emprestado” com apoio inicial do quadro de
ordens.

Em uma brincadeira de bolinha de gude, Marcelo tinha inicialmente 68 boli-


nhas e perdeu 25 durante a brincadeira. Quantas bolinhas Marcelo tinha no final da
brincadeira?

Disponível em: https://i.ytimg.com/vi/YXszhdDLm0I/mqdefault.jpg


Para responder a essa questão, vamos tirar a quantidade de bolinhas que Mar-
celo perdeu da quantidade que ele tinha no início da brincadeira e, para facilitar,
vamos organizar os números no quadro de valores.
Vamos deixar uma linha para o primeiro número, uma linha para o segundo
número e uma linha para os resultados, que é o total de bolinhas.

138
Operação D U
Quantidade no iní-
6 8
cio (Minuendo)
Quantidade que
- 2 5 perdeu
(Subtraendo)
Resultado Resto ou diferença

• Na ordem das unidades: tirar 5 unidades de 8 unidades


8 − 5 = 3.
• Na ordem das dezenas: tirar 2 dezenas de 6 dezenas
6−2=4

Operação D U
6 8
- 2 5
Resultado 4 3

Resposta: Marcelo ficou com 43 bolinhas de gude no final do jogo.

Professor/a, estamos apresentando a resolução das questões desta


aula usando o quadro de ordens para favorecer uma compreensão mais rá-
pida pelos estudantes. Quando você achar oportuno, opere as subtrações
sem o quadro de ordens.

Para a refeição da escola, a merendeira preparou 92 lanches. Por causa da


chuva, somente 78 estudantes vieram para a escola e lancharam cada um uma única
vez. Quantos lanches sobraram nesse dia?

Disponível em: https://i.pinimg.com/736x/15/31/7c/15317ca8beee3e336cc0f6278cd103fa.jpg


Para saber quantos lanches sobraram, devemos tirar o número de estudantes

139
que lancharam do número de lanches preparados, ou seja, 92 - 78.
No quadro de ordens, vamos deixar uma linha para o 92, uma linha para o 78
e outra para o resultado.

Operação D U
9 2
- 7 8
Resultado

Ordem das unidades: devemos tirar 8 unidades de 2 unidades. Isso é impos-


sível!
Então devemos desagrupar as 9 dezenas e levar uma dezena para a ordem
das unidades, chamamos isso de “pedir emprestado” 1 dezena ou 10 unidades, prá-
tica também conhecida como subtração com reserva. Aí ficaremos com 8 dezenas e
12 unidades. Assim:

Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado

Agora, sim, dá pra tirar 8 de 12: 12 - 8 = 4.

Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado 4

Pra finalizar, fazer a subtração na ordem das dezenas: eram 9 dezenas, em-
prestou 1 e ficou 8. Agora vamos tirar 7 dezenas de 8 dezenas: 8 - 7 = 1.

Operação D U
98 2 12
- 7 8
Resultado 1 4

Resposta: sobraram 14 lanches.

A escola de Mariana tem 435 estudantes. Em um dia de provas, o ônibus es-


colar atrasou e 48 estudantes não chegaram a tempo para fazer as provas. Quantos
estudantes fizeram a prova nesse dia?
Vamos armar essa conta no quadro de ordens:

140
Operação C D U
4 3 5
- 4 8
Resultado

Vamos fazer as subtrações:


Ordem das unidades: retirar 8 unidades de 5 unidades. 5 − 8. Impossível!
Vamos desagrupar a ordem das dezenas e “pedir 1 dezena emprestada”. Fica-
rão 2 dezenas e 15 unidades.
Na ordem das unidades ficará 15 − 8 = 7

Operação C D U
4 32 5 15
- 4 8
Resultado 7

Ordem das dezenas: depois o reagrupamento ficou para tirar 4 de 2: 2 − 4.


Impossível!
Podemos desagrupar as 4 centenas, ficando 3 centenas e emprestar 1 centena
para a ordem das dezenas. Agora, ficam 3 centenas e 12 dezenas. Veja:

Operação C D U
43 3 12 5 15
- 4 8
Resultado 3 8 7

Resposta: 387 estudantes fizeram a prova.

Resumindo o que fizemos até aqui:


• Como você percebeu, para subtrair um número do outro, foi necessário or-
ganizar esses números colocando ordem debaixo de ordem.
• A subtração começa pela ordem das unidades.
Toda vez que o algarismo do subtraendo for menor que o algarismo do mi-
nuendo, será necessário reagrupar uma ordem “pedindo emprestado” uma dezena
ou centena da ordem superior.
Para ampliar a compreensão, vamos fazer mais algumas subtrações:
01. Qual o resultado das seguintes operações?
a) 198 - 156
b) 518 - 327
c) 923 - 546
d) 200 - 98

141
Para fazer essas subtrações, vamos representar os valores nos quadros de ordens:
a) 198 - 156 = 42
Unidades: 8 − 6 = 2
Dezenas: 9 − 5 = 4
Centenas: 1 − 1 = 0

Operação C D U
1 9 8
- 1 5 6
Resultado 0 4 2

b) 518 - 327 = 191


Unidades: 8 − 7 = 1
Dezenas: 1 − 2. Impossível!
Nesse caso é necessário desagrupar as 5 centenas e emprestar 1 centena para a
ordem das dezenas, ficando 4 centenas e 11 dezenas.
Agora é só fazer 11 − 2 = 9
Centenas: Como foi emprestada 1 centena, vai ficar 4 − 3 = 1
Veja:

Operação C D U
54 1 11 8
- 3 2 7
Resultado 1 9 1

c) 923 - 546 = 377


Unidades: 3 − 6. Impossível!
Será necessário desagrupar a ordem das dezenas para emprestar uma dezena
para a ordem das unidades. Ficará 1 dezena e 13 unidades.
Agora é só fazer 13 − 6 = 7
Dezenas: Como houve desagrupamento, ficou 1 − 4.
Será necessário desagrupar a ordem das centenas para empregar 1 centena para
a ordem das dezenas. Ficará 8 centenas e 11 dezenas
Agora é só fazer 11 − 4 = 7
Centenas: Como houve desagrupamento, ficou 8 − 5 = 3

Operação C D U
98 2 11 3 13
- 5 4 6
Resultado 3 7 7

142
d) 200 - 98 = 102
Unidades: 0 − 8. Não é possível.
Note que não é possível também desagrupar a ordem das dezenas porque ela tem
0 dezena.
A ordem que pode ser desagrupada é a ordem das centenas e emprestar uma cen-
tena para a ordem das dezenas. Ficará 1 centena, 10 dezenas e 0 unidade
Ainda não é possível fazer 0 − 8.
Mas já podemos desagrupar a ordem das dezenas para emprestar uma dezena para
a ordem das unidades.
Ficará 1 centena, 9 dezenas e 10 unidades.
Agora podemos fazer:
Unidades: 10 − 8 = 2
Dezenas: 9 − 9 = 0
Centenas: 1 − 0 = 1

Operação C D U
21 09 0 10
- 9 8
Resultado 1 0 2

02. Qual o resultado das seguintes operações?


a) 45 - 35
b) 593 - 375
c) 607 - 489
d) 523 - 195
e) 863 - 577

Respostas:
a) 45 - 35 = 10

Operação D U
4 5
- 3 5
Resultado 1 0

143
b) 593 - 375 = 218

Operação C D U
5 98 3 13
- 3 7 5
Resultado 2 1 8

c) 607 - 489 = 118

Operação C D U
65 09 7 17
- 4 8 9
Resultado 1 1 8

d) 523 - 195 = 328

Operação C D U
54 2 11 3 13
- 1 9 5
Resultado 3 2 8

e) 863 - 577 = 286

Operação C D U
87 6 15 3 13
- 5 7 7
Resultado 2 8 6

144
Aula
HABILIDADE:
D20. Resolver problema com números naturais,

7
envolvendo diferentes significados da adição ou
subtração: juntar, alteração de um estado inicial
(positiva ou negativa), comparação e mais de uma
transformação

CONTEÚDO(S):
Resolução de problemas de adição e subtração

Professor/a, espera-se que os estudantes tenham compreendido os


algoritmos da adição e subtração com agrupamento e reagrupamento, co-
mumente chamados de “vai um” e “pedir emprestado”. O objetivo desta
aula é familiarizar os estudantes com processos de resolução de problemas
envolvendo os diversos significados da adição ou subtração. O estudante
não precisa fazer a diferença entre um significado e outro, mas saber que
possui formas diferentes de resolver um mesmo problema e chegar ao re-
sultado correto.
Pesquisadores mais recentes chamam a adição e subtração de ope-
rações irmãs ou de campo aditivo.
Essa habilidade será revista em duas aulas, mas caso você sinta ne-
cessidade, pode desenvolvê-la em três ou mais com seus estudantes.

1. Situações de transformação positiva ou negativa de um estado inicial


Esse tipo de problema é característico por serem conhecidos o estado ini-
cial e a transformação e o estado final deve ser determinado (associado à
ideia de acrescentar ou tirar). Podo ocorrer variação, sendo informado o es-
tado final, sem conhecer a situação inicial ou a transformação.
2. Situações de comparação
Nas situações de comparação não há transformação, uma vez que nada é
tirado ou acrescentado ao todo ou às partes, mas uma relação de compara-
ção entre as quantidades envolvidas (ideia de comparar).
3. Situações de composição ou combinação
As situações de composição relacionam as partes que compõem um todo
por ações de juntar ou separar as partes para obter o todo sem promover
transformação em nenhuma das partes (ideia de juntar).
4. Situação de composição de transformações
Trata-se de problemas aditivos de transformação desconhecida, uma vez

145
que são conhecidos os estados iniciais e o estado final da situação ou po-
dem envolver situações em que o todo e uma das partes são conhecidos,
sendo necessário determinar a outra parte (podem envolver todas as ideias).

Problemas envolvendo adição e subtração:


01. (SAEMI-PE). Em um ano, Juliana leu 39 livros de aventuras e 15 livros de contos
de fada. Quantos livros Juliana leu, no total, durante esse ano?
A) 24
B) 44
C) 53
D) 54
Resolução:
Situação Inicial: leu 39 livros de aventuras
Transformação: leu 15 livros de contos de fada
Situação final: total de livros lidos (39 + 15)

Operação D U
+1
3 9
+ 1 5
Resultado 5 4

Resposta: Juliana leu 54 livros.

02. Para a refeição da escola, a merendeira preparou 392 lanches. Por causa da
chuva, somente 278 estudantes vieram para a escola e lancharam cada um uma
única vez. Quantos lanches sobraram nesse dia?
Resolução:
Situação Inicial: preparou 392 lanches
Transformação: só vieram 278 estudantes
Situação final: quantos lanches sobraram (392 − 278)

Operação C D U
3 98 2 12
- 2 7 8
Resultado 1 1 4

Resposta: sobraram 114 lanches

03. Na cidade onde Marcos mora, tem dois bairros. No primeiro bairro vivem 2.582
pessoas e no segundo bairro, 4.739. Quantas pessoas vivem na cidade de Marcos?

146
Resolução:
Situação Inicial: no primeiro bairro vivem 2.582 pessoas
Transformação: no segundo bairro vivem 4.739 pessoas
Situação final: total de moradores (2.582 + 4.739)

Operação UM C D U
+1 +1 +1
2 5 8 2
+ 4 7 3 9
Resultado 7 3 2 1

Resposta: 7.321 pessoas vivem na cidade de Marcos.

04. (SPAECE). Gustavo sempre joga bolinha de gude com seus amigos. Na última
semana, ele tinha 2. 274 bolinhas de gude. Depois de perder algumas jogadas du-
rante a semana, ele ficou com 1.387 bolinhas de gude.
Quantas bolinhas de gude ele perdeu nessa semana?
A) 787
B) 887
C) 1 997
D) 4 661
Resolução:
Situação Inicial: preparou tinha 2.274 bolinhas
Transformação: perdeu bolinhas (2.274 - 1.387)
Situação final: ficou com 1.387 bolinhas

Operação UM C D U
21 2 11 7 16 4 14
- 1 3 8 7
Resultado 0 8 8 7

Resposta: Ele perdeu 887 bolinhas.

05. (SARESP). Na escola de Gabriela, foi realizado um baile de Carnaval.


Dos 754 alunos, faltaram 348. Foram ao baile:
A) 404 alunos
B) 406 alunos
C) 414 alunos
D) 416 alunos
Resolução:

147
Situação Inicial: a escola tem 754 alunos
Transformação: 348 alunos faltaram
Situação final: quantos foram ao baile (754 - 348)

Operação C D U
7 54 4 14
- 3 4 8
Resultado 4 0 6

Resposta: 406 alunos foram ao baile.

06. (SARESP). Flávio comprou um caderno de 200 folhas. Ele já usou 104 folhas
desse caderno.
Quantas folhas, sem uso, ainda restam no caderno de Flávio?
A) 96
B) 104
C) 106
D) 304
Resolução:
Situação Inicial: o caderno tem 200 folhas
Transformação: foram usadas 104
Situação final: quantas ainda restam (200 − 104)

Operação C D U
21 09 0 10
- 1 0 4
Resultado 0 9 6

Resposta: ainda restam 96 folhas.

07. (SARESP). Bete precisa pesar seu cachorrinho, mas ele não para quieto na ba-
lança. Então, Bete subiu na balança com ele. Observe quanto a balança marcou.
Como Bete pesa 29 kg então seu cachorrinho pesa:
A) 61 kg
B) 51 kg
C) 5 kg
D) 3 kg
Resolução:
Situação Inicial: peso total 32 kg
Transformação: peso de Bete 29 kg

148
Situação final: peso do cachorrinho de Bete (32 - 29)

Operação D U
32 2 12
- 2 9
Resultado 0 3

Resposta: o cachorrinho pesa 3 kg.

Professor/a, continue a resolução na aula 8.

Espaço para anotações


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

149
Aula
HABILIDADE:
D20. Resolver problema com números naturais,

8
envolvendo diferentes significados da adição ou
subtração: juntar, alteração de um estado inicial
(positiva ou negativa), comparação e mais de uma
transformação

CONTEÚDO(S):
Resolução de problemas de adição e subtração

Professor/a, esta atividade é continuação da aula 8. Nesta aula vamos


variar as ideias associadas à adição e subtração e você pode deixar que os/as
estudantes façam algumas resoluções sozinhos e exponham o procedimen-
to que utilizaram para encontrar as respostas.

08. (SEAPE). Pedro e Fábio são fazendeiros e criam gado. Pedro possui 524 bois e
Fábio possui 218. Quantos bois Pedro tem a mais que Fábio?
A) 306
B) 314
C) 732
D) 742
Resolução:
Pedro: 524 bois
Fábio: 218 bois
Quantos a mais (524 - 218)

Operação C D U
5 21 4 14
- 2 1 8
Resultado 3 0 6

Resposta: Pedro tem 306 bois a mais de Fábio.

09. (SAEMI-PE). Marcele tem 47 figurinhas da Copa do Mundo e Rodrigo 92.

150
Quantas figurinhas Marcele precisa comprar para ficar com a mesma quantidade de
Rodrigo?
A) 45
B) 55
C) 92
D) 139
Resolução:
Marcele: 47 figurinhas
Rodrigo: 92 figurinhas
Quantos Rodrigo tem a mais (92 - 47)

Operação D U
98 2 12
- 4 7
Resultado 4 5

Resposta: Rodrigo tem 45 figurinhas a mais. Para Marcele ter a mesma quantidade,
ela precisa de mais 45.

10. (SAEMI). Em um jogo, Sílvio fez 52 pontos e Gilson fez 37. Quantos pontos Gilson
deverá fazer para empatar com Sílvio?
A) 15
B) 16
C) 25
D) 52
Resolução:
Sílvio: 52 pontos
Gilson: 37 figurinhas
Quantos pontos Sílvio tem a mais (52 - 37)

Operação D U
54 2 12
- 3 7
Resultado 1 5

Resposta: Sílvio tem 15 figurinhas a mais. Para Gilson empatar, precisa marcar mais
15 pontos.

11. Daniele tinha 584 figurinhas em sua coleção. Hoje, sua prima Juliana deu-lhe
64 figurinhas, mas ela perdeu 12 delas. Quantas figurinhas Daniele têm em sua
coleção agora?
A) 508

151
B) 520
C) 636
D) 648
Resolução:
Situação Inicial: 584 figurinhas
Transformação 1: ganhou 64 figurinhas
Transformação 2: perdeu 12 figurinhas
Situação final: (584 + 64) − 12

Operação C D U
+1
5 8 4
+ 6 4
Resultado 6 4 8

Operação C D U
6 4 8
- 1 2
Resultado 6 3 6

Resposta: No final Daniele tinha 636 figurinhas.

12. (SAEP). Na fazenda Boa Esperança, havia 1048 bois. Na feira de gado, o fazen-
deiro vendeu 366 de seus bois e comprou 532 bois. A fazenda agora tem:
(A) 1.204 bois
(B) 1.214 bois
(C) 882 bois
(D) 914 bois
Resolução:
Situação Inicial: 1.048 bois
Transformação 1: vendeu 366 bois
Transformação 2: comprou 532 bois
Situação final: (1.048 - 366) + 532

Operação UM C D U
1 09 4 14 8
- 3 6 6
Resultado 0 6 8 2

152
Operação UM C D U
+1 +1
6 8 2
+ 5 3 2
Resultado 1 2 1 4

Resposta: No final a fazenda terá 1.214 bois.

13. Depositei em minha conta bancária 230 reais em dinheiro e recebi dois PIX, um
de 84 reais e outro de 38 reais.
Qual foi o valor total desse depósito?
A) 252
B) 342
C) 352
D) 398
Resolução:
Situação Inicial: 230 reais
Transformação 1: PIX de 84 reais
Transformação 2: PIX de 38 reais
Situação final: (230 + 84) + 38

Operação C D U
+1
2 3 0
+ 8 4
Resultado 3 1 4

Operação C D U
+ +1
3 1 4
+ 3 8
Resultado 3 5 2

Resposta: No final terá 352 reais na conta.

14. A escola de Flavia estava participando de uma gincana. Na primeira tarefa, a


escola de Flávia fez 325 pontos. Na segunda, fez 785 pontos. Na terceira bateria,
perdeu 465 pontos. Quantos pontos a escola de Flávia fez ao final dessas três ta-
refas?

153
A) 535
B) 545
C) 645
D) 655
Resolução:
Situação Inicial: ganhou 325 pontos
Transformação 1: ganhou 785 pontos
Transformação 2: perdeu 465 pontos
Situação final: (325 + 785) − 465

Operação UM C D U
+1 +1 +1
3 2 5
+ 7 8 5
Resultado 1 1 1 0

Operação UM C D U
1 1 10 1 10 0 10
- 4 6 5
Resultado 0 6 4 5

Resposta: No final da terceira tarefa a escola terá 645 pontos.

15. Cláudio costuma jogar videogame com seu irmão Lucas. Lucas fez 6.410 pontos
e ele fez 1.880 pontos. Quantos pontos a mais Cláudio precisaria fazer para empa-
tar com seu irmão?
A) 6.410
B) 8.290
C) 4.530
D) 5.470
Resolução:
Lucas: 6.410 pontos
Cláudio: 1.880 pontos
Quantos pontos Lucas tem a mais (6.410 - 1.880)

154
Operação UM C D U
65 4 14 1 11 0
- 1 8 8 0
Resultado 4 6 3 0

Resposta: Lucas tem 4.530 pontos a mais. Para Cláudio empatar, precisa marcar mais
4.530 pontos.

Espaço para anotações


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

155
Aula
HABILIDADE:
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou

9
divisão de números naturais

CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Multiplicação

Objetivo desta aula é compreender o algoritmo da multiplicação na


forma de “conta armada”.

Vamos compreender a técnica da multiplicação começando por cálculos mais


simples, com multiplicação por um dígito.
Um comércio vende ovos em cartelas contendo 12 ovos cada uma. Quantos
ovos são vendidos em 8 cartelas?
Para multiplicar 12 por 8, efetue a operação, mostrando que ao multiplicarmos
o 8 por 2 (8 x 2 = 16), escrevemos como resultado parcial apenas as 6 unidades, guar-
dando mentalmente 1 dezena do produto 16 (vai 1).

Explique que esta dezena será adicionada às outras dezenas do pro-


duto, quando multiplicarmos 1 dezena por 8: (8 x 1 = 8).

Ordem das Unidades: 8 x 2 = 16 unidades: anota 6 e vai 1 dezena


Ordem das dezenas: 8 x 1 = 8 dezenas + 1 dezena

156
Operação D U
+1
1 2
x 8
Resultado 9 6

Resposta: 8 cartelas têm 96 ovos.

A mãe de Giselle tem uma banca que vende água de coco gelado na praia. Ela
venda diariamente 32 cocos. Quantos cocos d’água ela vende em uma semana?
Para calcular quantos cocos gelados a mãe de Giselle vende em uma semana,
ou seja, em sete dias, precisamos efetuar uma multiplicação. Vamos utilizar o algo-
ritmo de conta armada.
Para multiplicar 32 por 7, efetue a operação com a criança, mostrando que ao
multiplicarmos o 7 por 2 (7 x 2 = 14), escrevemos como resultado parcial apenas as 4
unidades, guardando mentalmente a 1 dezena do produto 15 (vai 1).

Explique que esta dezena será adicionada às outras dezenas do pro-


duto, quando multiplicarmos as 3 dezenas por 7 (7 x 3 = 21).

Ordem das Unidades: 7 x 2 = 14 unidades: anota 4 e vai 1 dezena


Ordem das dezenas: 7 x 3 = 21 dezenas + 1 dezena = 22 dezenas

Operação C D U
+2 +1
3 2
x 7
Resultado 2 2 4

Resposta: em uma semana ela vente 224 cocos d’água.

Problemas envolvendo multiplicação:


01. Resolva:
a) 28 x 5
b) 243 x 8
Resolução:

157
a) 5 x 8 = 40 unidades. Anota 0 e vai 4 dezenas
5 x 2 = 10 dezenas + 4 dezenas = 14 dezenas

Operação C D U
+1 +4
2 8
x 5
Resultado 1 4 0

Resposta: 28 x 5 = 140

b) 8 x 3 = 24 unidades. Anota 4. Vai 2 dezenas


8 x 4 = 32 dezenas + 2 dezenas = 34 dezenas. Anota 4. Vai 3 dezenas
8 x 2 = 16 centenas + 3 centenas = 19 centenas

Operação UM C D U
+1 +3 +2
2 4 3
x 8
Resultado 1 9 4 4

Resposta: 243 x 8 = 1.944

Vamos agora calcular multiplicações com dois dígitos:


Nesta etapa, veremos o algoritmo da multiplicação de dois números, cada
um deles representado no SDN por dois algarismos. Neste momento, as crianças já
devem ter uma base para aprender o algoritmo, o que inclui um mínimo de novas
técnicas.
Vamos calcular o produto de 43 por 27. Vamos fazer esse cálculo em duas eta-
pas:
• Primeira etapa: 43 x 7
7 x 3 = 21 unidades. Anota 1 vai 2 dezenas
7 x 4 = 28 dezenas + 2 dezenas = 30 dezenas
• Segunda etapa: 43 x 2
2 x 3 = 6 dezenas. Anota na ordem das dezenas
2 x 4 = 8 centenas. Anota na ordem das centenas
• Somar os algoritmos de acordo com as ordens

158
Operação UM C D U
+3 +2
4 3
x 7
Primeira
3 0 1
etapa

Operação UM C D U

4 3 xxx
x 2 xxx
Segunda
8 6 0
etapa

Operação UM C D U
+1
3 0 1
+ 8 6 0
Resultado 1 1 6 1

Resposta: 1.161

02. Para ampliar a compreensão, vamos calcular as seguintes multiplicações:


a) 76 x 32
b) 157 x 19
c) 514 x 23

Resolução:
a) Primeira Etapa: 76 x 2
2 x 6 = 12 unidades. Anota 2 vai 1 dezena
2 x 7 = 14 dezenas + 1 dezena = 15 dezenas
Segunda etapa: 76 x 3
3 x 6 = 18 dezenas. Anota 8 na ordem das dezenas. Vai 1 centena
3 x 7 = 21 centenas + 1 centena = 22 centenas
Somar os algoritmos de acordo com as ordens

159
Operação UM C D U
+1 +1
7 6
x 2
Primeira
1 5 2
etapa

Operação UM C D U
+2 +1
7 6 xxx
x 3 xxx
Segunda
2 2 8 0
etapa

Operação UM C D U
+1
1 5 2
+ 2 2 8 0
Resultado 2 4 3 2

Resposta: 76 x 32 = 2.432.

b) Primeira Etapa: 157 x 9


9 x 7 = 63 unidades. Anota 3 vai 6 dezenas
9 x 5 = 45 dezenas + 6 dezenas = 51 dezenas. Anota 1. Vai 5 centenas
9 x 1 = 9 centenas + 5 centenas = 14 centenas
Segunda etapa: 157 x 1
1 x 7 = 7 dezenas. Anota 7 na ordem das dezenas
1 x 5 = 5 centenas. Anota na ordem das centenas
1 x 1 = 1 unidade de milhar
Somar os algoritmos de acordo com as ordens

160
Operação UM C D U
+1 +5 +6
1 5 7
x 9
Primeira
1 4 1 3
etapa

Operação UM C D U

1 5 7 xxx
x 1 xxx
Segunda
1 5 7 0
etapa

Operação UM C D U

1 4 1 3
+ 1 5 7 0
Resultado 2 9 8 3

Resposta: 157 x 19 = 2.983.

c) Primeira Etapa: 514 x 3


3 x 4 = 12 unidades. Anota 2 vai 1 dezena
3 x 1 = 3 dezenas + 1 dezenas = 4 dezenas
3 x 5 = 15 centenas
Segunda etapa: 514 x 2
2 x 4 = 8 dezenas. Anota 8 na ordem das dezenas
2 x 1 = 2 centenas. Anota na ordem das centenas
2 x 5 = 10 unidades de milhar
Somar os algoritmos de acordo com as ordens

161
Operação DM UM C D U
+1
5 1 4
x 3
Primeira
1 5 4 2
etapa

Operação DM UM C D U
+1
5 1 4 xxx
x 2 xxx
Segunda
1 0 2 8 0
etapa

Operação DM UM C D U
+1
1 5 4 2
+ 1 0 2 8 0
Resultado 1 1 8 2 2

Resposta: 514 x 23 = 11.822.

03. Qual o resultado das seguintes operações?


a) 86 x 5
b) 45 x 9
c) 35 x 45
d) 56 x 95
e) 434 x 62
f) 365 x 45
g) 235 x 128

162
Respostas:
a) 86 x 5 = 430

Operação C D U
+4 +3
8 6
x 5
Resultado 4 3 0

b) 45 x 9 = 405

Operação C D U
+4 +4
4 5
x 9
Resultado 4 0 5

c) 35 x 45 = 1.575

Operação UM C D U
+1 +2
3 5
x 5
Primeira
1 7 5
etapa

Operação UM C D U
+1 +2
3 5 xxx
x 4 xxx
Segunda
1 4 0 0
etapa

163
Operação UM C D U

1 7 5
+ 1 4 0 0
Resultado 1 5 7 5

d) 56 x 95 = 5.320

Operação UM C D U
+2 +3
5 6
x 5
Primeira
2 8 0
etapa

Operação UM C D U
+5 +5
5 6 xxx
x 9 xxx
Segunda
5 0 4 0
etapa

Operação UM C D U
+1
2 8 0
+ 5 0 4 0
Resultado 5 3 2 0

164
e) 434 x 62 = 26.908

Operação DM UM C D U

4 3 4
x 2
Primeira
8 6 8
etapa

Operação DM UM C D U
+2 +2 +2
4 3 4 xxx
x 6 xxx
Segunda
2 6 0 4 0
etapa

Operação DM UM C D U
+1
8 6 8
+ 2 6 0 4 0
Resultado 2 6 9 0 8

f) 365 x 45 = 16.425

Operação DM UM C D U
+1 +3 +2
3 6 5
x 5
Primeira
1 8 2 5
etapa

Operação DM UM C D U
+1 +2 +2
3 6 5 xxx
x 4 xxx
Segunda
1 4 6 0 0
etapa

165
Operação DM UM C D U
+1
1 8 2 5
+ 1 4 6 0 0
Resultado 1 6 4 2 5

g) 235 x 128 = 30.80

Operação DM UM C D U
+1 +2 +4
2 3 5
x 8
Primeira
1 8 8 0
etapa

Operação DM UM C D U
+1
2 3 5 xxx
x 2 xxx
Segunda
4 7 0 0
etapa

Operação DM UM C D U

2 3 5 xxx xxx
x 1 xxx xxx
Terceira
2 3 5 0 0
etapa

Operação DM UM C D U
+1 +2
1 8 8 0
4 7 0 0
+ 2 3 5 0 0
Resultado 3 0 0 8 0

166
Aula
HABILIDADE:
D19. Calcular o resultado de uma multiplicação ou

10
divisão de números naturais

CONTEÚDO(S):
Algoritmo da Divisão

Objetivo desta aula é compreender o algoritmo da divisão de núme-


ros naturais por meio do dispositivo prático, também conhecido como conta
armada.

Vamos começar por um exemplo bem simples: dividir 36 por 3.


No processo de divisão, o número 36 é denominado de dividendo e o número
3 é chamado de divisor. O resultado de uma divisão é chamado de quociente.
Inicialmente para facilitar a compreensão, vamos usar o quadro de ordens
para anotar os algoritmos do dividendo e do quociente, formando grupos inteiros
com as dezenas e com as unidades, quando for possível.
Como 36 tem duas ordens, vamos iniciar pela maior ordem:
É possível formar 3 grupos inteiros com 3 dezenas? Sim, e cada grupo terá
uma dezena.
Sobrará alguma dezena que não possa ser dividida por 3? Não, porque 1 x 3 = 3
e 3 - 3 = 0. Não sobrará nenhuma dezena.

Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
3 6 1
- 3
Resto 1 0

Já dividimos as e dezenas e não sobrou nenhuma, vamos passar agora para a


divisão das unidades:
Na direção do zero, vamos anotar as 6 unidades.

167
É possível formar 3 grupos com 6 unidades? Sim. É possível formar 3 grupos
de 2 unidades.
Sobrará alguma unidade que não possa ser dividida por 3? Não. Porque 2 x 3 =
6 e 6 - 6 = 0. Não sobrará nenhuma unidade.

Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
3 6 Quociente 1 2
- 3
Resto 1 0 6
- 6
Resto 2 0 0

Como não sobrou nenhuma unidade, o resultado da divisão de 36 por 3 é igual


a 12, ou seja: 36 / 3 = 12.

Segundo exemplo: vamos dividir 48 por 4.


Vamos fazer direto a divisão:
Quanto é 4 dividido 4? 4 / 4 = 1. Sobra resto? Não. Porque 1 x 4 = 4 e 4 - 4 = 0.
Quanto é 8 dividido 4? 8 / 4 = 2. Sobra resto? Não. Porque 2 x 4 = 8 e 8 - 8 = 0.

Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
4 8 Quociente 1 2
- 4
Resto 1 0 8
- 8
Resto 2 0 0

Com a divisão não teve resto, o resultado da divisão de 48 por 4 é igual a 12, ou
seja, 48 / 4 = 12.

Terceiro exemplo: vamos dividir 81 por 3.


É possível formar 3 grupos inteiros com 8 dezenas? Sim. Cada grupo terá 2
dezenas. Sobra resto? Sim, sobrarão 2 dezenas. Porque 2 x 3 = 6 e 8 - 6 = 2.
As 2 dezenas que sobraram se juntarão à 1 unidade, formando 21 unidades. É
possível formar 3 grupos inteiros com 21 unidades? Sim. Cada grupo terá 7 unidades.
Sobra resto? Não. Porque 7 x 3 = 21 e 21 - 21 = 0.

168
Dividendo Divisor 3
Operação /
D U D U
8 1 Quociente 2 7
- 6
Resto 1 2 1
- 2 1
Resto 2 0 0

Com a divisão não teve resto, o resultado da divisão de 81 por 3 é igual a 27, ou
seja, 81 / 3 = 27.

Quarto Exemplo: dividir 86 por 5.


É possível formar 5 grupos inteiros com 8 dezenas? Sim. Cada grupo terá 1
dezena. Sobra resto? Sim, sobrarão 3 dezenas. Porque as 3 dezenas que sobraram se
juntarão com às 6 unidades, formando 36 unidades.
É possível formar 3 grupos inteiros com 36 unidades? Sim. Cada grupo terá 7
unidades. Sobra resto? Sim. Sobrará 1 unidade. Porque 7 x 5 = 35 e 36 - 35 = 1.

Dividendo Divisor 5
Operação /
D U D U
8 6 Quociente 1 7
- 5
Resto 1 3 6
- 3 5
Resto 2 0 1

Nesse caso, como não teremos uma divisão exata. Então podemos dizer que o
resultado da divisão de 86 por 5 é igual a 17, com resto de 1 unidade.

Professor/a, importante que os estudantes cheguem a seguinte con-


clusão:
Observe que nos exemplos anteriores, diferente da adição, subtração
e da multiplicação, iniciamos a divisão da ordem maior para a ordem me-
nor e sempre agrupamos a sobra de uma ordem maior com os valores das
ordens menores para prosseguir dividindo até que não seja mais possível e
tenhamos uma divisão exata ou não exata, quando o resto é maior que zero.

169
Para reforçar a compreensão, vamos fazer as seguintes divisões, sem uso do
quadro de ordens:
a) 96 / 5
b) 85 / 4
c) 972 / 4

Resolução:
a) Vamos começar pelas dezenas: 9 dividido por 5 é igual a 1, sobra 4
Veja: 1 x 5 = 5 e 9 - 5 = 4
As 4 dezenas de sobraram se agrupam com as 6 unidades. Ficam 46 unidades
46 dividido por 5 é igual a 9 e sobra 1 de resto, pois 9 x 5 = 45 e 46 - 45 = 1
Logo, 96 / 5 = 19 e resta 1

Dividendo Divisor 5
Operação /
D U D U
9 6 Quociente 1 9
- 5
Resto 1 4 6
- 4 5
Resto 2 0 1

b) Vamos começar pelas dezenas: 8 dividido por 4 é igual a 2


Não sobra resto, pois 2 x 4 = 8 e 8 - 8 = 0
Como não teve sobra de unidade, ficam 5 dividido por 4, que é igual a 1 e sobra 1 de
resto, pois 1 x 4 = 4 e 5 - 4 = 1
Logo, 85 / 4 = 21 e resta 1

Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
8 5 Quociente 2 1
- 8
Resto 1 0 5
- 4
Resto 2 0 1

c) Note que o dividendo é composto por três ordens. Começaremos pela maior que
é a ordem das centenas.

170
9 / 4 = 2 com resto 1, pois 2 x 4 = 8 e 9 - 8 = 1
A centena que sobra se agrupa com as dezenas, ficando 17 / 4 = 4 e resto 1, pois 4 x 4
= 16 e 17 - 16 = 1
A dezena que resta se agrupa com as unidades, ficando 12 / 4 = 3 sem resto, pois 3 x
4 = 12 e 12 - 10 = 0
Logo, 972 / 4 = 243

Dividendo Divisor 4
Operação /
C D U C D U
9 7 2 2 4 3
- 8
Resto 1 1 7
- 1 6
Resto 2 0 1 2
- 1 2
Resto 3 0 0 0

Mostre que você compreendeu:


01. Efetue as seguintes divisões:
a) 85 / 5
b) 97 / 8
c) 674 / 4
d) 834 / 9
Resolução:
a) Vamos começar pelas dezenas: 8 dividido por 5 é igual a 1, resta 3, pois 1 x 5 = 5 e
8-5=3
As 3 dezenas de sobraram se agrupam com as unidades. Fica 35 dividido por 5, que é
igual a 7 e resto zero, pois 7 x 5 = 35 e 35 - 35 = 0

Dividendo Divisor 5
Operação /
D U D U
8 5 Quociente 1 7
- 5
Resto 1 3 5
- 3 4
Resto 2 0 0

Logo, 85 / 5 = 17

171
b) 9 dividido por 8 é igual a 1 e resta 1, pois 1 x 8 = 8 e 9 - 8 = 1. A dezena de sobrou se
agrupa com as unidades. Fica 17 dividido por 8, que é igual a 2 e resto 1, pois 2 x 8 =
16 e 17 - 16 = 1

Dividendo Divisor 8
Operação /
D U D U
9 7 Quociente 1 2
- 8
Resto 1 1 7
- 1 6
Resto 2 0 1

Logo, 97 / 8 = 12 e resto 1

c) Começando pelas centenas: 6 dividido por 4 é igual a 1 e resto 2, pois 1 x 4 = 4 e 6


-4=2
As centenas que sobram se agrupam com as dezenas, ficando: 27 / 4 = 6 e resto 3,
pois 6 x 4 = 24 e 27 - 24 = 3
As dezenas que restam se agrupam com as unidades, ficando 34 / 4 = 8 e resto 2, pois
8 x 4 = 32 e 34 - 32 = 2

Dividendo Divisor 4
Operação /
C D U C D U
6 7 4 1 6 8
- 4
Resto 1 2 7
- 2 4
Resto 2 0 3 4
- 3 2
Resto 3 0 0 2

Logo, 674 / 4 = 168 e resto 2

d) Devemos começar pela centena: Note que 8 é menor 9 e não dá para dividir as
centenas. Então, colocamos 0 na casa das centenas no divisor e agrupamos essas
centenas com as dezenas. Fica 83 / 9 = 9, com resto 2, pois 9 x 9 = 81 e 83 - 81 = 2
Essas duas dezenas se agrupam com as unidades, ficando 24 / 9 = 2, com resto 6, pois
2 x 9 = 18 e 24 - 18 = 6

172
Dividendo Divisor 9
Operação /
C D U C D U
8 3 4 0 9 2
- 8 1
Resto 1 0 2 4
- 1 8
Resto 2 0 6

Logo, 834 / 9 = 92 e resto 6.

Espaço para anotações


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173
Aula
HABILIDADE:
D21. Resolver problema com números

11
naturais, envolvendo diferentes significados
da multiplicação ou divisão: multiplicação
comparativa, ideia de proporcionalidade,
configuração retangular e combinatória

CONTEÚDO(S):
Problemas envolvendo as ideias de multiplicação

Professor/a, o objetivo desta aula é conhecer os diversos significados


da multiplicação e resolver problemas envolvendo esses significados.

Trataremos dos três significados mais importantes por meio de alguns pro-
blemas.
01. Os irmãos José e João resolveram juntar suas economias para comprar uma
coleção de figurinhas que tanto desejam. Eles decidiram economizar 13 reais por
semana durante 5 semanas para poder comprar a co-
leção. Qual o valor total que eles devem economizar
para comprar as figurinhas?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de parcelas iguais:
eles devem economizar o mesmo valor durante 5 se-
manas: 13 + 13 + 13 + 13 + 13 = 65.
Essa ideia pode ser traduzida na forma de multiplica-
ção: 5 x 13 = 65.
Ou seja, eles precisam economizar 65 reais para comprar a coleção de figurinhas.

02. A professora de Julia comprou 7 livros, cada livro com 92 páginas, ao todo,
quantas páginas possuem os livros?
Resolução:
Esse problema também nos remete à ideia de adição de parcelas iguais: 92 + 92 + 92
+ 92 + 92 + 92 + 92 = 644 ou 7 x 92 = 644.

03. Em uma sala de aula, as carteiras dos estudantes estão organizadas em sete
fileiras, sendo que cada fileira tem seis carteiras. Quantas carteiras de estudantes
tem nessa sala de aula?

174
Resolução:
Este problema está associado à ideia de configuração retangular. Imagine se a sala
fosse uma malha quadriculada e cada quadrícula representasse uma certeira de es-
tudante. Assim:

Para calcular a área desse retângulo, não é necessário contar cada quadrículo e sim
multiplicar o número de linhas pelo número de colunas: 7 x 6 = 42.
No caso da sala de aula que tem 7 fileiras e cada fileira tem 6 carteiras, para calcular o
número de carteiras, também basta multiplicar o número de carteiras pelo número
de fileiras. Logo, a sala terá: 7 x 6 = 42 carteiras.

04. No dia de seu aniversário, Marcos ganhou um vale presente para comprar uma
calça e uma camisa na loja de dona Mariana. Dona Mariana dispõe de 5 modelos
de calças e 7 modelos de camisas. De quantas formas diferentes Marcos pode es-
colher uma calça e uma camisa para pagar com o vale presente?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de raciocínio combinatório. Nesse tipo de pro-
blema a solução é obtida multiplicando o número de possibilidades de modelos de
calças pelo número de possibilidades de modelos de camisas.
Assim, Marcos terá 7 x 5 = 35 formas diferentes de escolher uma calça e uma camisa
entre os modelos disponíveis.

05. Um copo descartável tem capacidade para 180 mililitros de líquido. Quantos
mililitros de líquido são necessários para encher 4 copos de mesma capacidade?
Resolução:
Este problema está associado à ideia de proporcionalidade. Nesse tipo de problema
a solução é obtida pela multiplicação pelo fator de proporcionalidade. Se um copo
tem capacidade de 180 mL, quatro copos terão 4 x 180 = 720 mL de líquido. Assim
serão necessários 720 mL para encher quatro copos.

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. No caminho de casa para a escola, Mariana passou por 32 caminhões de trans-
porte de carga pesada. Os caminhões eram todos do mesmo modelo. Mariana
observou que o último caminhão possuía 10 pneus e ficou interessada em calcular
o total de pneus de todos os 32 caminhões. Qual o total de pneus encontrado por
Mariana?
Resolução:
Se um caminhão possui 10 pneus, então 32 caminhões possuem 32 x 10 = 320 pneus.
Efetuando o cálculo pela conta armada:

175
Operação UM C D U

3 2
x 0
Primeira
0 0
etapa

Operação UM C D U

3 2 xxx
x 1 xxx
Segunda
3 2 0
etapa

Operação UM C D U

0 0
+ 3 2 0
Resultado 3 2 0

02. A lanchonete da Gigi resolveu fazer uma promoção e divulgou o seguinte car-
taz:

De acordo com a promoção do dia, de quantas formas diferentes uma pessoa pode
fazer um pedido contendo um salgado, uma bebida e uma sobremesa?
Resolução:
Usando o raciocínio combinatório, a solução é o produto de todas as possibilidades:
Salgado 5 x Bebida 3 x Sobremesa 2

176
Então, terá 5 x 3 x 2 = 30 formas diferentes de fazer um pedido.

03. Em um auditório, as cadeiras estão organizadas em 9 fileiras com 100 cadeiras


em cada uma. Qual é o número total de cadeiras desse auditório?
A) 90
B) 900
C) 9.000
D) 9.100
Resolução:
Usando a ideia de configuração retangular, o auditório terá: 9 x 100 = 900 cadeiras.

04. Um edifício tem 12 andares com 15 salas por andar. Quantas salas há nesse
edifício?
A) 27
B) 72
C) 170
D) 180
Resolução:
Usando a ideia de configuração retangular, o edifício terá: 12 x 15 = 180 salas.

05. Em uma viagem, um caminhão transporta 2.250 tijolos. Quantos tijolos trans-
portará em 35 viagens, levando sempre essa quantidade?
A) 76.550
B) 77.750
C) 78.750
D) 78.785
Resolução:
Usando a ideia de proporcionalidade, o total de tijolos transportados será de: 35 x
2.250 = 78.750.

177
Aula
HABILIDADE:
D21. Resolver problema com números

12
naturais, envolvendo diferentes significados
da multiplicação ou divisão: multiplicação
comparativa, ideia de proporcionalidade,
configuração retangular e combinatória

CONTEÚDO(S):
Problemas envolvendo as ideias de divisão

Professor/a, o objetivo desta aula é conhecer os diversos significados


da divisão e resolver problemas envolvendo esses significados.

Nesta aula trataremos dos principais significados associados à divisão – ideia


de repartição equitativa e de medida –, explorando cada uma delas na resolução dos
problemas abaixo.
01. Um feirante comprou 96 abacaxis e resolveu distribui-los em 4 caixotes. Quan-
tos abacaxis ficarão em cada caixote?
Resolução:
Esse problema nos remete à ideia de distribuir em partes iguais. O resultado da divi-
são pode ser obtido pela efetuação da conta armada para 96 / 4. Veja:

Dividendo Divisor 4
Operação /
D U D U
9 6 Quociente 2 4
- 8
Resto 1 1 6
- 1 6
Resto 2 0 0

Portanto, cada caixote terá 24 abacaxis.

02. Seu Pedro recebeu um carregamento de 741 tijolos para terminar de fazer 3
muros. Ele separou os tijolos em 3 pilhas com quantidade iguais de tijolos. Quan-

178
tos tijolos ele colocou em cada pilha?
Resolução:
Raciocínio semelhante ao usado na questão anterior. Precisamos dividir 741 tijolos
em 3 pilhas.

Dividendo Divisor 3
Operação /
C D U C D U
7 4 1 2 4 7
- 6
Resto 1 1 4
- 1 2
Resto 2 0 2 1
- 2 1
Resto 3 0 0 0

Cada pilha terá 247 tijolos

03. Dez amigos foram a uma pizzaria e a conta deu R$ 130,00. A conta foi dividida
igualmente entre eles. Quanto cada um deles pagou?
Resolução:
Neste caso, precisamos dividir a conta de 130 reais igualmente entre os 10 amigos.

Dividendo Divisor 10
Operação /
C D U C D U
1 3 0 0 1 3
- 1 0
Resto 1 0 3 0
- 3 0
Resto 2 0 0 0

Cada um dos 10 amigos pagará R$ 13,00.

04. 208 pessoas vão participar de uma gincana em que serão formados 16 grupos
com a mesma quantidade de pessoas. Quantas pessoas ficarão em cada grupo?
Resolução:
Esse problema está associado a ideia de medida. Poderíamos perguntar da seguinte
forma: quantas vezes 16 cabe em 208. A resposta é o quociente da divisão de 208 por
16.

179
Dividendo Divisor 16
Operação /
C D U C D U
2 0 8 0 1 3
- 1 6
Resto 1 0 4 8
- 4 8
Resto 2 0 0 0

Cada grupo terá 13 pessoas.

05. Guardar 72 ovos em caixas iguais. Cada caixa pode conter 12 ovos. Quantas
caixas serão necessárias? Sobrarão ovos?
Resolução:
Esse problema também está associado a ideia de medida: quantas vezes 12 cabe em
72. A resposta é o quociente da divisão de 72 por 12.

Dividendo Divisor 12
Operação /
D U D U
7 2 Quociente 0 6
- 7 2
Resto 1 0 0

Serão necessárias 6 caixas e não sobrará ovos.

06. Para o aniversário de Gláucia, sua mãe mandou fazer 1.525 salgadinhos, que
devem ser colocados em bandejas. Em cada bandeja podem ser colocados 36 sal-
gadinhos. Quantas bandejas completas podem ser formadas? Vão sobrar salgadi-
nhos fora das bandejas? Quantos?
Resolução:
Esse problema também está associado a ideia de medida: quantas vezes 36 cabem
em 1.525

180
Divi-
Opera- Dividendo 36
/ sor
ção
UM C D U UM C D U
1 5 2 5 0 0 4 2
- 1 4 4
Resto 1 0 0 8 5
- 7 2
Resto 2 1 3

Serão necessárias 42 bandejas e ainda ficarão 13 salgadinhos fora das bandejas.

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Quantas equipes de vôlei, com 6 jogadoras cada uma, podem ser formadas por
48 alunas?
Resolução:
Ideia de medida, mas independente da ideia associada, devemos efetuar a divisão de
48 por 6 (quantas vezes 6 cabe em 48). Logo, 48 / 6 = 8.

02. Ricardo tem 432 bombons para guardar em 18 caixas. Quantos bombons ele
deve colocar em cada caixa?
Resolução:
Para resolver esse problema, precisamos dividir 432 por 18. Logo, 432 / 18 = 24.

03. Uma empacotadora quer colocar 368 pacotes de biscoito em 15 caixas. To-
das as caixas devem ficar com o mesmo número de pacotes. Quantos pacotes de
biscoito devem ser colocados em cada caixa? Sobrarão pacotes fora das caixas?
Quantos?
Resolução:
Para resolver esse problema, precisamos dividir 368 por 15.

Dividendo Divisor 15
Operação /
C D U C D U
3 6 8 0 2 4
- 3 0
Resto 1 0 6 8
- 6 0
Resto 2 0 0 8

Cada caixa deverá conter 24 pacotes de biscoito e ainda ficarão 8 pacotes fora da
caixa.

181
04. O diretor de esportes de um clube comprou 25 bolas de voleibol para a catego-
ria mirim do clube. Quanto custou cada bola, se ele pagou 2.050 reais pela compra.
Resolução:
Para resolver esse problema, precisamos dividir 2.050 por 25. Logo, 2.050 / 25 = 82.

05. Em uma fábrica de copos, os produtos são embalados em pacotes com 6 uni-
dades e colocados em caixas. Em determinado dia foram embalados 768 copos.
Quantos pacotes de 6 copos foram feitos nesse dia?
Resolução:
Para resolver esse problema, precisamos dividir 768 por 6. Logo, 768 / 6 = 128.

Espaço para anotações


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182
Aula
HABILIDADE:
D22. Identificar diferentes representações de um

13
mesmo número racional

CONTEÚDO(S):
Número racional e suas diferentes representações:
fracionária, decimal e percentual

Professor/a, o descritor explorado neste material tem por objetivo


avaliar a habilidade de o estudante identificar as diferentes representações
de um número racional: forma de fração, forma decimal e forma percentual.
Para isso, é importante que compreendam as relações existentes entre as
diferentes representações de um número racional. Assim sendo, este mate-
rial pode ser desdobrado em duas aulas para melhor compreensão e apro-
fundamento do conteúdo.

O QUE VAMOS APRENDER?


Todo número racional pode ser representado em forma de fração, na forma
decimal e forma de porcentagem.
Considere a figura a seguir que foi dividida em dez partes iguais.
Cada uma dessas partes pode ser indicada por uma fração: 1/10.

Podemos representar cinco dessas partes de cor amarela por um número na


forma decimal ou na forma de porcentagem.
5/10 = 0,5 = 50%
Todas essas representações correspondem a cinco das 10 partes do inteiro.
Acompanhe essa situação: a mãe de Rafael preparou uma pizza e a dividiu em
5 pedaços iguais. Rafael comeu 1 pedaço dessa pizza. A figura abaixo representa a

183
parte que sobrou.

Imagem disponível em: https://www.shutterstock.com/


Represente a quantidade de pizza que Rafael comeu usando números racio-
nais na forma de fração e na forma decimal.
A pizza foi dividida em 5 pedaços de mesmo tamanho. Rafael comeu um pe-
daço, ou seja, 15. A representação decimal dessa fração é 0,2 da pizza.

RELEMBRANDO UM POUCO...
Na indicação de um número na forma de fração, o número abaixo do traço
chama-se denominador e representa a quantidade de partes iguais em que o inteiro
foi dividido. Numerador é o nome dado ao número localizado acima do traço. Ele re-
presenta a quantidade de partes tomadas do inteiro.

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Com base nessas informações anteriores, represente na forma de fração o que
está destacado nas figuras.

Resolução:
Os estudantes deverão identificar as frações. São elas:
a) 4/8 = 1/2
b) 2/8 = 1/4
c) 1/4
d) 2/4 = 1/2

02. Agora, leia o texto: uma pesquisa feita pelo CEMPRE (Compromisso Empresa-
rial para Reciclagem) revelou que em 2018 havia 1227 municípios brasileiros com

184
programas de coleta seletiva de lixo. Veja o gráfico abaixo da distribuição desses
municípios nas regiões brasileiras.

Resolução:
Assim, quando lemos que 8% dos municípios da Região Nordeste possuem progra-
ma de coleta seletiva de lixo, significa que, de cada 100 municípios dessa região, 8
municípios possuem esses programas. Podemos representar essa porcentagem na
forma de fração da seguinte maneira: 8% = 8/100 = 2/25.

03. Agora, represente na forma de fração as outras porcentagens.


a) 1%
b) 4%
c) 42%
d) 45%
Resolução:
De acordo com o gráfico, a forma fracionária da:
Região Norte: 1% = 1/100
Região Centro Oeste: 4% = 4/100 = 1/25
Região Sudeste: 45% = 45/100 = 9/20
Região Sul: 42% = 42/100 = 21/50
Região Nordeste: 8% = 8/100 = 2/25

04. Em um número na forma de fração, quando dividimos o numerador pelo deno-


minador, encontramos a representação decimal desse número: 1/100 = 0,01 (1/100
= 0,01). Usando essa ideia, complete as lacunas com os valores correspondentes:
a) 3% = _______ ou _______
b) 9% = _______ ou _______
c) 54% = _______ ou _______
d) 92% = _______ ou _______
Resolução:
De acordo com o gráfico, a forma fracionária e decimal dos dados por região são os

185
seguintes:
a) 3% = 3/100 = 0,03
b) 9% = 9/100 = 0,09
c) 54% = 54/100 = 0,54
d) 92% = 92/100 = 0,92

Espaço para anotações


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186
Aula
HABILIDADE:
D25. Resolver problema com números racionais

14
expressos na forma decimal envolvendo diferentes
significados da adição e subtração

CONTEÚDO(S):
Adição e subtração de números decimais

Adição de números decimais

Professor/a este material tem por objetivo avaliar a habilidade de o


estudante resolver problemas utilizando a adição com números decimais.
Para isso, é importante que ele consiga compreender a situação problema
visando elaborar a estratégia necessária para resolvê-la. Se o estudante tiver
dificuldade de interpretação e encaminhamento de sua resolução, propor-
cione momentos de estudos em duplas ou em grupos. A troca de experiên-
cias, de estratégias, de diferentes interpretações podem ajudá-los na resolu-
ção dos problemas propostos.

O QUE VAMOS APRENDER?

Resolver problemas com adição e subtração de números decimais. Começa-


remos com a adição.
Veja esse problema:
01. Uma menina comprou uma barra de chocolate dividida em 10 partes iguais. No
1° dia comeu equivalente a 0,2 (dois décimos). No dia seguinte comeu uma quan-
tidade de chocolate equivalente a 0,25 (vinte e cinco centésimos) e, finalmente,
comeu equivalente a 0,125 (cento e vinte e cinco milésimos). Que quantidade de
chocolate a menina comeu?
O que fazer para resolvermos esta situação?
Primeiramente, vamos colocar os números no quadro de ordens e logo a se-
guida adicionar, lembrando que na representação decimal, a parte ingerira é separa-
da da parte decimal por uma vírgula.

187
PARTE INTEIRA PARTE DECIMAL
Unidade U Décimos d Centésimos c Milésimos m
0 2
0 2 5
0 1 2 5
0 5 7 5

FIQUE ATENTO!
Da direita para a esquerda:
• Soma-se os algarismos dos milésimos. Como temos apenas o algarismo 5,
a soma será igual a 5.
• Soma-se os algarismos dos centésimos: 5 + 2 = 7.
• Soma-se os algarismos dos décimos: 2 + 2 + 1 = 5.
• Soma-se os algarismos dos unidades: 0 + 0 + 0 = 0.
Sendo assim, a menina comeu uma quantidade equivalente a 0,575 (quinhen-
tos e setenta e cinco milésimos) de chocolate.
Vamos resolver esta situação através de outra maneira.

Você está percebendo como adicionar números decimais?


Então, veja esta outra situação:
02. Júnior gastou R$0,90 (noventa centavos) com petecas, R$4,50 (quatro reais e
cinquenta centavos) com pipas e R$1,70 (um real e setenta centavos) com linha.
Quanto Júnior gastou?
Observe como resolver esta situação.

Operação Unidade U Décimos d Centésimos c Milésimos m


0 9 0
4 5 0
+ 1 7 0
Resultado

Da esquerda para a direita:


• Ordem dos centésimos: 0 + 0 + 0 = 0
• Ordem dos décimos: 9 + 5 + 7 = 21 (vão duas unidades).

188
• Ordem das unidades: 2 + 0 + 4 + 1 = 7

Operação Unidade U Décimos d Centésimos c Milésimos m


+2
0 9 0
4 5 0
+ 1 7 0
Resultado 7 1 0

Júnior gastou R$ 7,10 (sete reais e dez centavos).

03. Um eletricista comprou um rolo de fio elétrico de 76,5 metros para fazer algu-
mas instalações. Na primeira instalação utilizou 14,03 metros de fio, depois usou
7,08 metros e finalmente 0,75 metros. Quantos metros de fio foram utilizados?
Veja como resolver, iniciando com a representação dos números correspondentes à
metragem utilizada no quadro de ordens.

Operação Dezena D Unidade U Décimos d Centésimos c

1 4 0 3
7 0 8
+ 0 7 5
Resultado

Observe no quadro de ordens, que a parte inteira é composta por dezenas e unida-
des e a parte decimal, composta por décimos e centésimos.
Iniciando a adição pela menor ordem:
• Ordem dos centésimos: 3 + 8 + 5 = 16 (vai um décimo)
• Ordem dos décimos: 1 + 0 + 0 + 8 = 8
• Ordem das unidades: 4 + 7 + 0 = 11 (vai 1 dezena)
• Ordem das dezenas: 1 + 1 = 2

Operação Dezena D Unidade U Décimos d Centésimos c


+1 +1
1 4 0 3
7 0 8
+ 0 7 5
Resultado 2 1 8 6

189
Então, o eletricista usou 21,86 metros de fio.
Você deve ter percebido que para adicionar números decimais, devemos organizar
vírgula debaixo de vírgula e ordem de baixo de ordem: milésimos debaixo de milé-
simos, centésimos debaixo de centésimos, décimos debaixo de décimos, unidades
debaixo de unidades e assim por diante.

04. Para melhor compreender o algoritmo da adição com números decimais, va-
mos efetuar as seguintes contas:
a) 15,705 + 23,004 + 5,7
b) 2,15 + 3,1 + 7,923
Resolução:
Vamos calcular sem o quadro de ordens, mas tendo o cuidado de colocar vírgula
debaixo de vírgula e cada ordem debaixo da ordem correspondente e completar as
ordens menores com zero:
a) milésimos: 5 + 4 = 9
centésimo: 0 + 0 = 0
décimos: 7 + 0 + 7 = 14 (vai 1)
unidades: 1 + 1 + 3 + 5 = 10 (vai 1)
dezenas: 1 + 5 + 2 = 8

Operação D U d c m
+1 +1
1 5 7 0 5
2 3 0 0 4
+ 5 7 0 0
Resultado 4 4 4 0 9

15,705 + 23,004 + 5,7 = 44,409

b) milésimos: 0 + 0 + 3 = 3
centésimo: 5 + 0 + 2 = 7
décimos: 1 + 1 + 9 = 11 (vai 1)
unidades: 1 + 2 + 3 + 7 = 13

Operação D U d c m
+1 +1
2 1 5 0
3 1 0 0
+ 7 9 2 3
Resultado 1 3 1 7 3

190
2,15 + 3,1 + 7,923 = 13,173

05. Beatriz pesava 44,225 kg e engordou 2,65 kg. Qual o peso atual de Beatriz?
Resolução:
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:

Operação D U d c m

4 4 2 2 5
+ 2 6 5 0
Resultado 4 6 8 7 5

Precisamos calcular 44,225 + 2,65 = 46,875

06. Depois de percorrer 235,605 quilômetros com seu carro, o pai de André parou
em um posto de gasolina. Ele verificou, então, que ainda faltavam 166,497 quilô-
metros para chegar ao seu destino. Qual é a distância total a ser percorrida por
Neide?
Resolução:
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:

Operação C D U d c m
+1 +1 +1 +1 +1
2 3 5 6 0 5
+ 1 6 6 4 9 7
Resultado 4 0 2 1 0 2

Precisamos calcular 235,605 + 166,497 = 402,102 km

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Calcule as somas:
a) 70,987 + 32,906 + 15
b) 1,675 + 0,067 + 0,307

191
Resolução:
a) 70,987 + 32,006 + 15 = 118,893

Operação C D U d c m
+1 +1 +1
7 0 9 8 7
3 2 9 0 6
+ 1 5 0 0 0
Resultado 1 1 8 8 9 3

b) 1,675 + 0,067 + 0,307 = 2,049

Operação D U d c m
+1 +1 +1
1 6 7 5
0 0 6 7
+ 0 3 0 7
Resultado 2 0 4 9

02. Para fazer um tapete, Maria usou 1,34 m de barbante preto, 8,5 m de barbante
vermelho e 1,55 m de barbante verde. Quantos metros de barbante ela usou ao
todo para fazer esse tapete?
A) 2,89 m
B) 9,84 m
C) 10,05 m
D) 11,39 m
Resolução:
Precisamos calcular 1,34 + 8,5 + 1,55
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:

Operação D U d c m
+1
1 3 4 0
8 5 0 0
+ 1 5 5 0
Resultado 1 1 3 9 0

Maria usou 11,39 metros de barbante.

192
03. Carolina media 1,25 m e cresceu 0,37 m. A sua altura passou a ser:
A) 0,88 m
B) 1,52 m
C) 1,62 m
D) 1,63 m
Resolução:
Precisamos calcular 1,25 + 0,37
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:

Operação D U d c m
+1
1 2 5 0
+ 0 3 7 0
Resultado 1 6 2 0

A altura de Carolina passou a ser de 1,62 metros.

04. Os irmãos Carolina, Joaquim e Vania foram almoçar em um restaurante self


service. Após se servirem das opções que o restaurante oferecia, o prato de Caroli-
na pesou 0,865 kg, o prato de Joaquim pesou 1,11 kg e o prato de Vânia pesou 0,675
kg. Qual o peso total das refeições dos três irmãos?
Resolução:
Precisamos calcular 0,865 + 1,11 + 0,675
Cálculo pelo dispositivo prático da adição:

Operação D U d c m
+1 +1 +1
0 8 6 5
1 1 1 0
+ 0 6 7 5
Resultado 2 6 5 0

A refeição dos três irmãos pesou 2,65 kg.

Espaço para anotações


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

193
Aula
HABILIDADE:
D25. Resolver problema com números racionais

15
expressos na forma decimal envolvendo diferentes
significados da adição e subtração

CONTEÚDO(S):
Adição e subtração de números decimais

Subtração de números decimais

Professor/a este material tem por objetivo avaliar a habilidade de o es-


tudante resolver problemas utilizando a subtração com números decimais.
Para isso, é importante que ele consiga compreender a situação problema
visando elaborar a estratégia necessária para resolvê-la. Se o estudante tiver
dificuldade de interpretação e encaminhamento de sua resolução, propor-
cione momentos de estudos em duplas ou em grupos. A troca de experiên-
cias, de estratégias, de diferentes interpretações podem ajudá-los na resolu-
ção dos problemas propostos.

O QUE VAMOS APRENDER?

Na aula de hoje veremos problemas com subtração de números decimais.


Veja esse problema:
01. José possui R$ 8,56 (oito reais e cinquenta e seis centavos) e Graça R$ 5,15 (cin-
co reais e quinze centavos). Quanto José possui a mais que Graça?
Quando estudamos números naturais vimos como fazer uma subtração. No
caso de números decimais devemos proceder da mesma maneira.

194
Observe a representação no quadro de ordens.

PARTE INTEIRA PARTE DECIMAL


Unidade U Décimos d Centésimos c Milésimos m
8 5 6 0
5 1 5 0

Para resolver este problema, precisamos efetuar a subtração 8,56 - 5,15.


Iniciando da menor para a maior ordem:
• centésimos: 6 − 5 = 1
• Décimos: 5 − 1 = 4
• Unidades: 8 − 5 = 3
No quadro de ordens o resultado é 8,56 - 5,15 = 3,41

Operação D U d c m
8 5 6 0
- 5 1 5 0
Resultado 3 4 1 0

Assim, José possui R$ 3,41 (três reais e quarenta e um centavos) a mais que
Graça.
Deu para perceber como subtrair números decimais?
Então, tente resolver as situações a seguir.
02. Carlinhos percorreu uma distância 1.827 metros de bicicleta e seu irmão per-
correu 1.346,8 metros. Quantos metros Carlinhos percorreu a mais que seu irmão?
Para sabermos quantos metros Carlinhos percorreu a mais que o irmão, va-
mos realizar a subtração entre as unidades de medidas.
Igualamos as casas decimais, colocando o zero na casa dos décimos.

Operação UM C D U d
1 8 2 7 0
- 1 3 4 6 8
Resultado

Para resolver o problema, precisaremos efetuar a subtração 1 827,0 - 1 346,8.


Devemos fazer os cálculos da menor para a maior ordem:
• Décimos: 0 − 8. Não é possível tirar 8 de 0. Precisamos desagrupar a ordem
das unidades e agrupar na ordem dos décimos (isso que chamamos “pedir
1 emprestado”). Na ordem dos décimos teremos agora que efetuar 10 − 8,
que é igual a 2.
• Unidades: como emprestamos 1 unidade para a ordem dos décimos, deve-
mos efetuar a seguinte subtração: 6 − 6 = 0.

195
• Dezenas: precisamos efetuar 2 − 4, mas não é possível tirar 2 de 4. Precisa-
mos desagrupar a ordem das centenas e agrupar na ordem das dezenas,
ficando com 12 dezenas. Agora, sim, podemos fazer o cálculo 12 − 4 = 8.
• Centenas: como emprestamos uma centena para a ordem das dezenas, re-
taram apenas 8 centenas. O cálculo agora é 7 − 3 = 4.
• Milhares: 1 − 1 = 0
Veja no quadro o resultado da operação:

Operação UM C D U d
1 87 2 12 76 0 10
- 1 3 4 6 8
Resultado 0 4 8 0 2

Portanto, Carlinhos percorreu 480,2 metros a mais que seu irmão.

03. Para fixar a aprendizagem, vamos efetuar as seguintes subtrações:


a) 26,751 - 10,025
b) 9 - 3,75
Resposta:
a) Na ordem dos milésimos não é possível fazer 1 - 5. Precisamos pedir 1 décimo em-
prestado. Fica 10 - 5 = 5
Na ordem dos centésimos, fica 4 - 2 = 2
Décimos: 7 - 0
Unidades: 6 - 0
Dezenas: 2 - 1 = 1

Operação D U d c m
2 6 7 54 1 11
- 1 0 0 2 5
Resultado 1 6 7 2 6

26,751 - 10,025 = 16,726

b) Precisamos completar as ordens dos décimos e dos centésimos com 0.


Na ordem dos centésimos, não é possível fazer 0 - 5. Precisamos desagrupar a pró-
xima ordem possível, que é das 9 unidades. Desagrupamos uma unidade para a or-
dem dos décimos formado 10 décimos; em seguida desagrupamos esses 10 décimos
e agrupamos 1 décimo na ordem dos centésimos.

196
Operação D U d c m
98 09 0 10 0
- 3 7 5 0
Resultado 5 2 5 0

9 - 3,75 = 5,25

Agora vamos ver o que você aprendeu:


01. Efetue as subtrações:
a) 125,281 - 80,175
b) 100 - 80,25
Resposta:
a) 125,281 - 80,175 = 45,106

Operação C D U d c m
10 2 12 5 2 87 1 11
- 8 0 1 7 5
Resultado 0 4 5 1 0 6

b) 100 - 80,25 = 19,75

Operação C D U d c m
10 09 09 09 0 10 0
- 8 0 2 5 0
Resultado 0 1 9 7 5 0

Note que nessa situação, iniciando da casa de menor ordem, deveríamos fazer 0 
5. Impossível tirar 5 de 0. Nesse caso, não podemos desagrupar a dos décimos, nem
a ordem das unidades, nem a ordem das dezenas por todos são zero. Só podemos
desagrupar a ordem das centenas.

02. Joana comprou 7,5 m de tecido para fazer roupas. Deu para sua filha Mariana
2,55 m. Com quantos metros Joana ainda ficou?
Resolução.
Para resolver este problema, precisamos efetuar a subtração 7,5 - 2,55.
Completar a ordem dos centésimos.
Desagrupar a ordem dos décimos e agrupar um décimo com a ordem dos centési-
mos.

197
Operação D U d c m
76 5 14 0 10 0
- 2 5 5 0
Resultado 4 9 5 0

Joana ainda ficou com 4,95 metros.

03. (SPAECE). Para comprar um par de sapatos, Luiz pesquisou o preço em duas
lojas. Na loja “Só-botas”, o sapato custa R$ 178,30 e na loja “Só-sapatos”, o mesmo
sapato custa R$ 132,50. Qual é a diferença de preço desse sapato nessas duas lo-
jas?
A) R$ 46,80
B) R$ 46,20
C) R$ 45,80
D) R$ 45,20
Resolução.
Para resolver este problema, precisamos efetuar a subtração 178,30 - 132,50.

Operação C D U d c m
1 7 87 3 13 0 0
- 1 3 2 5 0 0
Resultado 0 4 5 8 0 0

A diferença de preços é de R$ 45,80.

04. Afonso mede 1,28 m e seu irmão, Adilson, mede 0,85 m. Qual é a diferença en-
tre a altura de Afonso e a de Adilson?
A) 0,09 m
B) 0,19 m
C) 0,24 m
D) 0,43 m
Resolução.
Para resolver este problema, precisamos efetuar a subtração 1,28 − 0,85.

Operação D U d c m
10 2 12 8 0
- 0 8 5 0
Resultado 0 4 3 0

A diferença entre as alturas é de 0,43 m.

198
Aula
HABILIDADE:
D10. Num problema, estabelecer trocas entre

16
cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro,
em função de seus valores

CONTEÚDO(S):
Sistema Monetário do Brasil

Sistema Monetário do Brasil

Professor/a, este material aborda o sistema monetário brasileiro e ob-


jetiva propor situações-problemas que abordem as relações entre cédulas
e moedas. Dessa forma, os estudantes terão oportunidade de quantificar,
utilizar o sistema de numeral decimal e agir nos problemas de composição
das medidas monetárias. Sugere-se que o professor/a apresente as moedas
e cédulas do real aos estudantes. Isso pode ser feito com as próprias moe-
das e cédulas do Real ou com fotos do sistema monetário brasileiro. Assim
sendo, este material pode ser desdobrado em duas aulas para melhor com-
preensão e aprofundamento do conteúdo.

O QUE VAMOS APRENDER?

Números decimais e frações, relacionando-os ao nosso sistema monetário.


Até agora, estudamos números naturais e outros que aparecem escritos com
vírgula. Esses números são chamados de decimais. Eles são úteis no sistema mone-
tário brasileiro.
Os números decimais estão presentes nos preços de mercadorias, quando
utilizamos a calculadora etc.

Imagem disponível em: http://www.sbembrasil.org.br/files/decimais.pdf.

199
Veja mais alguns exemplos de números decimais:
• O preço médio da gasolina nas bombas é de R$ 5,49.
• O dólar está sendo cotado hoje a R$ 5,23.
• Meu peso é 59,5 quilos. Você sabe quanto pesa? _____
• Minha altura é 1,65 metro. E a sua? _____
Você já estudou em aulas anteriores que o número decimal possui duas par-
tes: a que vem antes da vírgula é chamada de parte inteira e a após a virgula, chama-
da parte decimal ou casas decimais.
Chamamos a primeira casa após a vírgula de décimos, a segunda, de centési-
mos e a terceira de milésimos.
Veja o número: 1,54
Ele representa um inteiro, cinquenta e quatro centésimos. Vamos treinar?
Represente por extenso os números a seguir:
a) 1,5 ___________________________________
b) 1,50 __________________________________
c) 1,500 _________________________________
d) 2,444 ________________________________
e) 24,3 __________________________________
Comentários:
a) um inteiro e cinco décimos.
b) um inteiro e cinquenta centésimos.
c) um inteiro e quinhentos milésimos.
d) dois inteiros e quatrocentos e quarenta e quatro milésimos.
e) vinte e quatro inteiros e três décimos.

SISTEMA MONETÁRIO DO BRASIL


A moeda de um país é o meio que cada país controla todas as transações mo-
netárias. A moeda corrente do Brasil é o Real, que representamos por R$. O dinheiro
em circulação é composto por cédulas.

Fonte: https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/cedulasemitidas.

200
Fonte: https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/cedulasemitidas.
E moedas:

Fonte: https://www.casadamoeda.gov.br/
Com essas cédulas e moedas, podemos compor qualquer valor em dinheiro.
Veja alguns exemplos.
A loja Bom Esporte colocou as seguintes peças em promoção:

Fonte: https://www.edrawsoft.com/pt/
Vamos ler e escrever quanto valem essas quantias:
a) R$ 25,15: vinte cinco reais e quinze centavos
b) R$ 18,50: ________________________________
c) R$ 35,40: ________________________________

201
d) R$ 22,05: ________________________________
Veja algumas formas de representar essas quantias utilizando cédulas e moe-
das. Agora use as cédulas e as moedas e escreva a representação os valores a seguir.
a) R$ 25,15

b) R$18,50

c) R$ 35,40

202
d) R$ 22,05

Comentários: lê-se
a) R$ 25,15 (vinte e cinco reais e quinze centavos)
b) R$18,50 (dezoito reais e cinquenta centavos)
c) R$ 35,40 (trinta e cinco reais e quarenta centavos)
d) R$ 22,05 (vinte de dois reais e cinco centavos)

Agora vamos ver o que você aprendeu.


01. Beatriz comprou um picolé por R$ 4,50. Quais moedas ela utilizou para realizar
essa compra?
A) 1 moeda de 1 real, 3 moedas de 50 centavos e 2 moedas de 25 centavos.
B) 1 moeda de 1 real, 4 moedas de 50 centavos e 4 moedas de 25 centavos.
C) 1 moeda de 1 real, 5 moedas de 50 centavos e 4 moedas de 25 centavos.
D) 1 moeda de 1 real, 6 moedas de 50 centavos e 1 moeda de 25 centavos.
Comentários: A questão trata da composição aditiva de moedas para se obter o mes-
mo resultado da cédula de R$ 4,50. Nesse caso, notamos que adicionando o conjun-
to de moedas: 1,00 + 0,50 + 0,50 + 0,50 + 0,50 + 0,50 + 0,25 + 0,25 + 0,25 + 0,25 = 4 ,50.
Portanto, a alternativa C é a correta.

203
02. Flávia ganhou de seu pai R$ 5,00 em moedas diversas. Qual das respostas a
seguir representa esse valor?

Comentários: A questão trata da composição aditiva de moedas na obtenção do


mesmo resultado R$ 5,00. Nesse caso, notamos que adicionando o conjunto de mo-
edas: 0,25 + 0,25 + 0,50 + 1,00 + 1,00 + 1,00 + 1,00 = 5,00. Logo, a alternativa A é a correta.

03. (Provinha Brasil. Adaptada) Carol comprou uma caneta que custou três reais e
vinte e cinco centavos e pagou com moedas. Qual o conjunto de moedas que Ca-
rol usou para o pagamento?

Comentários: A questão trata da composição aditiva de moedas para ter o mesmo


resultado três reais e vinte e cinco centavos. Nesse caso, notamos que adicionando
o conjunto de moedas: 0,25 + 0,50 +0,50 + 1,00 + 1,00 = 3,25. Portanto, a alternativa A
é a correta.

04. (Provinha Brasil. Adaptada) Kauan tem dez reais.

Qual a quantia representa o mesmo valor que Kauan possui?

204
Comentários: A questão trata da composição aditiva de cédulas para obter o mesmo
resultado da cédula de R$ 10,00. Nesse caso, notamos que adicionando o conjunto
de cédulas e moedas, temos: 5,00 + 2,00 + 1,00 + 1,00 + 1,00 = 10,00. Portanto, a alter-
nativa D é a correta.

05. (Provinha. Adaptada) Veja as moedas. Elas representam a quantia que João
tem.

Comentários:
A questão trata da composição aditiva de moedas para ter o mesmo resultado de R$
1,75. Nesse caso, notamos que adicionando o conjunto de moedas: 0,05 + 0,10 + 0,10 +
0,50 + 1,00 = 1,75. Portanto, a alternativa A é a correta.

Espaço para anotações


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_____________________________________________________________________________________
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205
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Operações na resolução de pro-
blemas / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio
à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014.

Carolina Costa. Somar e subtrair: operações irmãs. Disponível em: https://novaesco-


la.org.br/conteudo/2671/somar-e-subtrair-operacoes-irmas. Acesso em 25. mar. 2023.

Pró-Letramento Matemática. Ed. Revista e ampliada. Brasília: MEC/SEB, 2007,

DANTE, Luiz Roberto. Apis matemática. 4° ano. 3 ed. São Paulo. Editora: Ática, 2017.

SITES

https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/four-fifths-pizza-fractions-fraction-
-kids-2227570763. Acesso em: 22 de mar. 2023.

https://cempre.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Pesquisa-Ciclosoft-2018.pdf.
Acesso em: 22 de mar. 2023.

INEP. (2018) Prova Brasil. Disponível em: https://www.gov.br/. Acesso em: 24 mar. 2023.

https://www.bcb.gov.br/cedulasemoedas/cedulasemitidas. Acessado em: 23 mar.


2023.

https://www.casadamoeda.gov.br/imagens/portalCMB/produtos-e-servicos/familia-
-moedas-real.jpg. Acessado em: 23 mar. 2023.

http://www.sbembrasil.org.br/files/decimais.pdf. Acessado em: 23 mar. 2023.

https://www.edrawsoft.com/pt/. Acessado em: 24 mar. 2023.

206
Cadernos de Testes de Matemática
para Impressão

Correção comentada disponível no link:


https://docs.google.com/document/d/1K2_94jWIH84umc7JVJjyCNspgY0RbUq4/edit?usp=sharing&oui-
d=106828233513800519731&rtpof=true&sd=true

CORREÇÃO COMENTADA DISPONÍVEL NO QR-CODE:

207
TESTE 1 - MATEMÁTICA

Escola: Turno: Turma:


Estudante:
Professor: Data: Nota:

01. Observe o número apresentado A) Trinta e cinco.


abaixo.
B) Trezentos e cinquenta.
21.034
C) Trezentos e cinco.
A escrita por extenso desse número é:
D) Três e cinquenta.
A) Vinte e um e trinta e quatro.
B) Dois mil cento e trinta e quatro.
05. Observe o número abaixo.
C) Vinte e um mil e trinta e quatro.
567
D) Duzentos e dez mil e trinta e quatro.
Qual é o valor posicional do algarismo 5
nesse número?
02. Observe o número apresentado no A) 5
quadro abaixo.
B) 50
504.328
C) 500
Uma decomposição desse número é:
D) 567
A) 5 + 0 + 4 + 3 + 2 + 8.
B) 500 + 4 + 300 + 20 + 8.
06. Observe, abaixo, a escrita por exten-
C) 50.000 + 4.000 + 300 + 20 + 8. so de um número.
D) 500.000 + 4.000 + 300 + 20 + 8. Duzentos e trinta e cinco
Qual é esse número?
03. Observe o número apresentado no A) 230
quadro abaixo.
B) 235
47.297
C) 532
Qual é a ordem ocupada pelo algarismo
D) 20.035
4 nesse número?
A) Dezena.
07. (PAEBES). Observe o número no
B) Dezena de milhar.
quadro abaixo.
C) Unidade.
69.872
D) Unidade de milhar.
Qual é o valor posicional do algarismo 9
nesse número?
04. Observe abaixo o número da rifa A) 9
que Lívia comprou.
B) 900
C) 9.000
D) 90.000

08. Pedro pensou em um número e o


Qual é o número da rifa que Lívia com- decompôs da forma a seguir.
prou? 4 × 1.000 + 3 × 10 + 5 × 1

208
Em que número Pedro pensou?
A) 4.035
B) 4.305
C) 4.350
D) 40.003.005

09. Observe no quadro abaixo a decom-


posição polinomial de um número.
2 × 1.000 + 3 × 100 + 1 × 10 + 5
Essa decomposição polinomial é do nú-
mero
A) 2.000.300.105
B) 200.030.015
C) 2.000.315
D) 2.315

10. A professora Simone pediu aos alu-


nos para decomporem o número 7.435.
A decomposição correta deste número é:
A) 700 + 400 + 3 + 50
B) 700 + 400 + 30 + 50
C) 7.000 + 400 + 30 + 5
D) 7.000 + 40 + 30 + 5

209
TESTE 2 - MATEMÁTICA

Escola: Turno: Turma:


Estudante:
Professor: Data: Nota:

01. Qual o resultado da adição? outros 7 e, em seguida, vendeu 12 do


total que havia.
2.375 + 2.152
Quantos carros continuaram com o jo-
A) 4.527
gador após as negociações de compra e
B) 4.427 venda feitas por ele?
C) 5.527 A) 12 carros
D) 5.527 B) 15 carros
C) 18 carros
02. Para sua loja de utilidades, Taís en- D) 21 carros
comendou 219 potes de plástico na se-
gunda-feira e mais 455 na quarta-feira.
06. Arnaldo tinha 17 bolinhas de gude.
Quantos potes de plástico Taís encomen-
Ele perdeu 3 bolinhas.
dou no total?
A quantidade de bolinhas que Arnaldo
A) 219
tem, depois da perda, é de:
B) 236
A) 11
C) 673
B) 12
D) 674
C) 13
D) 14
03. Na gincana da escola, Carlos fez 430
pontos e Marina fez 260 pontos.
07. Diogo saiu de casa com 450 pico-
Quantos pontos Carlos fez a mais que
lés em seu carrinho. No fim do dia, ele
Marina?
percebeu que faltavam 63 picolés para
A) 690 vender.
B) 170 Quantos picolés Diogo vendeu nesse
C) 230 dia?

D) 490 A) 387
B) 353

04. A professora de Cláudio escreveu a C) 313


seguinte operação no quadro: D) 307
2.523 − 1.465
Qual é o resultado dessa operação? 08. Luciano recebeu R$ 465,00 por um
A) 1.168 trabalho e Paulo R$ 265,00.

B) 1.142 A quantia que Paulo recebeu a menos


que Luciano é um valor igual a:
C) 1.058
A) R$ 265,00
D) 1.158
B) R$ 465,00
C) R$ 200,00
05. Um jogador de futebol possuía 20
carros. Ao longo do ano, ele comprou D) R$ 730,00

210
09. Na festa de aniversário da Simone,
sua mãe fez 269 docinhos de caju, sua
tia levou 126 brigadeiros e seu avô levou
172 docinhos de leite em pó.
Assinale a opção que indica o total de
docinhos que havia na festa de aniversá-
rio da Simone.
A) 298
B) 395
C) 441
D) 567

10. Qual o resultado da subtração?


200 − 19
A) 81
B) 181
C) 119
D) 189

211
TESTE 3 - MATEMÁTICA

Escola: Turno: Turma:


Estudante:
Professor: Data: Nota:

01. Resolva a conta abaixo. 05. Um agricultor pretende distribuir,


igualmente, 850 maçãs em 25 caixas.
12 ÷ 4
Quantas maçãs serão colocadas em
O resultado dessa conta é: cada caixa?
A) 48 A) 30
B) 16 B) 34
C) 8 C) 38
D) 3 D) 42

02. Jussara comprou 5 bombons para 06. Uma pessoa adquiriu um produto
cada um de seus 35 alunos. Quantos em uma loja, no total, essa pessoa irá
bombons Jussara comprou, ao todo, pagar 15 parcelas de R$ 99. O valor total
para os seus alunos? que essa pessoa irá pagar por esse pro-
A) 175 duto é igual a:

B) 155 A) R$ 594

C) 40 B) R$ 995

D) 7 C) R$ 1 485
D) R$ 1 445

03. Em uma semana, Roberto dá 27 vol-


tas completas em certa pista de cami- 07. Felipe comprou 75 bolinhas de gude
nhada. Sabe-se que essa pista tem 845 e dividiu igualmente entre seus 3 filhos.
metros. Quantos metros Roberto cami- Quantas bolinhas cada filho recebeu?
nha em uma semana nessa pista?
A) 72
A) 818
B) 25
B) 872
C) 26
C) 7.605
D) 78
D) 22.815

08. A professora de Eduardo escreveu


04. Considere uma tira de papel com no quadro a operação.
440 cm de comprimento. Um estudan-
326 x 40
te recortou essa tira em pedaços idênti-
cos com 22 cm de comprimento. Ele foi o primeiro da turma a resolver e
acertar.
Qual foi o total de pedaços de papel obti-
dos por esse estudante? Eduardo encontrou como resultado:
A) 18 A) 1.204
B) 20 B) 1.304
C) 22 C) 13.040
D) 24 D) 12.840

212
09. Num pacote de balas contendo 10
unidades, o peso líquido é de 49 gra-
mas. Em 5 pacotes teremos quantos
gramas?
A) 59
B) 64
C) 245
D) 295

10. Teresinha e Sílvia fizeram as tarefas


de casa juntas. Uma das questões resol-
vidas é divisão:
348 ÷ 6
A resposta correta é
A) 46
B) 48
C) 56
D) 58

213
TESTE 4 - MATEMÁTICA

Escola: Turno: Turma:


Estudante:
Professor: Data: Nota:

01. Observe a figura a seguir. B) R$ 27,25


C) R$ 27,50
D) R$ 28,00

03. Fernando tem, em sua carteira, cin-


co cédulas de R$ 5, oito de R$ 10, três de
R$ 20 e uma de R$ 50. Ele quer trocar
este valor pela menor quantidade de
cédulas possíveis.
As partes sombreadas da figura abaixo
representam que fração do todo? Assinale a opção que corresponde às cé-
dulas que Fernando pode receber na tro-
A) 4/2 ca de seu dinheiro de maneira que man-
B) 2/4 tenha o valor que ele possui.
C) 2/6
D) 6/2

02. Marcelo ganhou do seu pai o valor


representado na figura a seguir.

Quantos reais Marcelo ganhou? 04. Carla desenhou um retângulo e o


A) R$ 27,00 dividiu em partes iguais. Em seguida

214
ela pintou algumas partes desse retân- 07. Aline foi ao mercadinho de seu bair-
gulo, como mostra a figura a seguir: ro e comprou 2,8 kg de laranja e 1,95 kg
de maçã.
Qual o total de frutas, em quilogramas,
que Aline comprou?
A) 4,57
Considerando a parte que Carla pintou, B) 4,75
assinale a fração correspondente à figura C) 5,47
desenhada.
D) 5,74
A) 6/9
B) 3/9
8. Um trecho de uma pista de ciclismo
C) 3/6 de 89,35 metros necessita de asfalto. Já
D) 9/6 foram asfaltados 56,12 metros.
Quantos metros restam sem asfalto?
05. A professora Ana escreveu no qua- A) 20,33
dro a seguinte fração: B) 23,33
5/2 C) 33,23
A representação decimal dessa fração é D) 32,33
igual a
A) 5,2
09. Veja as cédulas. Elas representam a
B) 0,4 quantia que João tem.
C) 2,0
D) 2,5

06. Gustavo e seu amigo foram comer


pizza. A garçonete dividiu a pizza como
aparece na figura abaixo. Qual o conjunto de cédulas que repre-
senta a mesma quantia que João possui?

Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-
-vector/pizza-slice-pepperoni-mushroom-seafoo-
d-vegetarian-311244308
Qual é a fração que representa cada uma
das fatias da pizza após o corte da garço-
nete?
A) 14
B) 12
C) 13
D) 34

215
10. Letícia possui R$ 83,50 e sua irmã
Isadora R$65,00. Para comprar um ven-
tilador para sua casa elas gastaram
todo o dinheiro.
Quanto pagaram pelo ventilador?
A) R$148,50
B) R$149,50
C) R$150,00
D) R$150,50

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