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Este é uma Edição de feita pelos

Paladinos

Manual de pesquisa para as especialidade do Clube de Desbravadores


Especialidade Coração e Circulação

Diagramação e Edição: GENILDO LOPES


Coordenação: VANESSA CRISTINA DA SILVA LOPES E GENILDO LOPES
Autor: VANESSA CRISTINA DA SILVA LOPES

Clube de Desbravadores
Igreja Adventista do Sétimo Dia

Agradecimentos
Mundo das Especialidades pela Estrutura do Manual

Edição 1
Vanessa Cristina da
Silva Lopes
Enfermeira

O Sistema Circulatório é o
conjunto de órgãos respon-
sáveis pela distribuição de
nutrientes para as células e coleta de suas
excretas metabólicas para serem elimina-
das por órgãos excretores.

Sangue: responsável por carregar nutrientes


e oxigênio para as células e recolher as ex-
creta metabólicas e gás carbônico.
Coração: é a bomba propulsora que faz o
sangue circular por todo o corpo.
Vasos sanguíneos: são as vias de transporte
por onde o sangue circula. São divididos ba-
sicamente em artérias (vasos que saem do
coração), veias (vasos que chegam ao cora-
ção) e capilares (vasos sanguíneos microscó-
picos que se originam das ramificações das
artérias e se unem para formar as veias).
Linfa: fluido produzido quando o sangue
passa pelos capilares e vaza para os espaço
entre as células.
Vasos linfáticos: são as vias de transporte
da linfa. Drenam a linfa do espaço entre as
células (espaço intersticial) para as veias
subclávias.
Os pulmões do ser humano são órgãos
do sistema respiratório, responsáveis pelas
trocas gasosas entre o ambiente e o sangue.
Sua principal função é oxigenar o sangue e
eliminar o dióxido de carbono do corpo
1 - Sistema do Tronco Pulmonar: o
tronco pul-
monar sai
do coração
pelo ventrí-
culo direito
e se bifurca
em duas
artérias
pulmona-
res, uma
direita e
outra es-
querda. Ca-
da uma delas se ramifica a partir do
hilo pulmonar em artérias segmenta-
res pulmonares.
Ao entrar nos pulmões, esses ramos
se dividem e subdividem até forma-
rem capilares, em torno alvéolos nos
Conjunto de vasos que saem do coração
pulmões. O gás carbônico passa do
e se ramificam sucessivamente distribu-
sangue para o ar e é exalado. O oxigê-
indo-se para todo o organismo. Do cora-
nio passa do ar, no interior dos pul-
ção saem o tronco pulmonar (relaciona-
mões, para o sangue. Esse mecanis-
se com a pequena circulação, ou seja le-
mo é denominado HEMATOSE
va sangue venoso
para os pulmões
através de sua ra-
mificação, duas ar- 2 – Sistema da Artéria Aorta (sangue
térias pulmonares
oxigenado): É a maior artéria do cor-
uma direita e outra
esquerda) e a arté- po, com diâmetro de 2 a 3 cm. Suas
ria aorta (carrega quatro divisões principais são a aorta
sangue arterial pa- ascendente, o arco da aorta, a aorta
ra todo o organismo através de suas ra- torácica e aorta abdominal.
mificações).
A aorta é o prin- A ramo interventricular anterior passa ao
cipal tronco das longo do sulco interventricular em dire-
artérias sistêmi- ção ao ápice do coração e supre ambos os
cas. A parte da ventrículos. O ramo circunflexo segue o
aorta que emer- sulco coronário em torno da margem es-
ge do ventrículo querda até a face posterior do coração,
esquerdo, pos- originando assim a artéria marginal es-
terior ao tronco
pulmonar, é a
aorta ascenden-
te.
O começo da
aorta contém as
válvulas semilu-
nares aórticas.
A artéria aorta
se ramifica na porção ascendente em du-
as artérias coronárias, uma direita e outra
esquerda que vão irrigar o coração.

A Artéria Coronária Direita corre no sul-


co coronário ou atrioventricular e dá ori-
gem ao ramo marginal direito que supre
a margem direita do coração à medida
que corre para o ápice do coração. Após
originar esses ramos, curva-se para es-
querda e contínuo o sulco coronário até
a face posterior do coração, então emite
a grande artéria interventricular posteri-
or que desce no sulco interventricular
posterior em direção ao ápice do cora-
A Artéria Coronária Esquerda passa entre ção, suprindo ambos os ventrículos.
a aurícula esquerda e o tronco pulmonar.
Divide-se em dois ramos: ramo interven-
Logo em seguida a artéria aorta se en-
tricular anterior (ramo descendente ante-
curva formando um arco para a esquer-
rior esquerdo) e um ramo circunflexo. da dando origem a três artérias
(artérias da curva da aorta) sendo elas:
1 – Tronco Bra-
quiocefálico Ar-
terial

2 – Artéria caró-
tida Comum Es-
querda

3 – Artéria Sub-
clávia Esquerda

O tronco braquiocefálico arterial origina


duas artérias:
4 – Artéria Carótida Comum Direita
5 – Artéria Subclávia Direita
Avaliação dos Sinais Vitais:
PULSOS:
PULSO: Medir o pulso radial a 2 cm da base do
A primeira opção é procurar os: polegar utilizando dois ou três dedos
Pulsos Centrais: ao longo do curso vascular comprimin-
Pulso Femoral: Na porção inguinal da viri- do-o contra o osso rádio - Conferir a
lha. frequência cardíaca (15 a 30 s.)
ou o Pulso Carotídeo: No pescoço. Pulsos irregulares devem sempre ser
contados em 60 segundos e conferidos
Pulsos Periféricos:
com os batimentos cardíacos ausculta-
Pulso poplíteo – na dobra do joelho, atrás.
dos no precórdio !!
Pulso braquial – entre o braço e o ante-
braço.
 Frequência;
 Intensidade / Amplitude;
 Ritmo / Regularidade;
 Tipo / Qualidade;
 Isocronicidade;
 Simetria;
 Rigidez da parede;
 Presença de sopros.
 A válvula tri-
cúspide fica
na saída do
átrio direito;
Material:  A válvula
 01 mangueira de plástico pulmonar
 01 tampinha de plástico
fica na saída
 01 conta gotas
 01 bexiga do ventrícu-
 01 fita adesiva lo direito;
 01 tesoura  A válvula mi-

O estetoscópio funciona da seguinte forma: tral fica na


Ao bater, o coração gera uma vibração, que saída do átrio esquerdo;
é captado pela tampinha envolta pela bexi-  A válvula aórtica fica na saída do ven-

ga. Essa vibração movimenta o ar dentro da trículo esquerdo.


mangueira até chegar ao ouvido. Quando o músculo cardíaco se contrai
Vídeo — https://www.youtube.com/ ou bate (chamada sístole),
watch?v=7X5S25DSRDE; ele bombeia o sangue para fora do cora-
ção. O coração
contrai em dois
estágios. No
primeiro está-
gio, os átrios se
contraem ao
mesmo tempo,
bombeando o
sangue para os
ventrículos. En-
tão os ventrícu-
los se contra-
em juntos para
empurrar o sangue para fora do cora-
Cada câmara tem um tipo de válvula ção. Depois o músculo cardíaco relaxa
unidirecional em sua saída que evita (chamada diástole) antes da próxima ba-
que o sangue retorne. Quando cada câ- tida. Isso permite que o sangue preen-
mara se contrai, a válvula em sua saída cha o coração novamente.
se abre. Quando a contração termina, a
válvula se fecha evitando que o sangue
retorne na direção contrária.
Os lados direito e esquerdo do coração
têm funções separadas. O lado direito co-
leta sangue venoso (pobre em oxigênio) Esta divide-se para os órgãos principais do
do coração e bombeia para os pulmões, nosso corpo (com exceção dos pulmões),
onde o sangue pega oxigênio e libera dió- onde se utiliza o oxigénio. O sangue veno-
xido de carbono. O lado esquerdo do co- so ou seja, o que é pobre em oxigênio,
ração coleta o sangue arterial (rico em (nesta etapa da circulação, já que o mes-
oxigênio) dos pulmões e bombeia para o mo não acontece na pequena circulação)
corpo, para que todas as células recebam volta ao coração pelas veias cavas, intro-
oxigênio adequadamente. duzindo-se assim na aurícula direita. Da
aurícula o sangue passa para o ventrículo
direito através do orifício atrioventricular,
onde existe a válvula tricúspide. Assim, a
grande circulação começa no ventrículo
esquerdo e termina no átrio direito. Ven-
trículo esquerdo → Tecidos → Átrio direi-
to (Coração → corpo → coração)

Pequena circulação (Pulmonar) - Na pe-


quena circulação, o sangue venoso que se
encontra no ventrículo direito vai para as
artérias pulmonares dirigindo-se para os
pulmões percorrendo os capilares pulmo-
nares, onde se realiza a hematose, ou se-
ja, as trocas gasosas. O sangue arterial
volta ao coração através das veias pulmo-
nares, entrando no átrio esquerdo. Ventrí-
culo direito → Pulmões → Átrio esquerdo
(Coração → pulmão → Coração)
Para quem está vendo o Sistema Circula-
Simplificando: Enquanto o ventrículo di-
tório, aí vai uma ajudinha! A diferença en-
reito impulsiona o sangue para os pul-
tre a pequena e a grande circulação.
mões (através da pequena circulação), o
ventrículo esquerdo o impulsiona para os
Grande circulação (sistêmica) - A grande
tecidos do corpo (através da grande circu-
circulação, ou circuito sistêmico, é a de-
lação), sob pressão bem maior.
signação dada à parte da circulação san-
guínea que se inicia no ventrículo esquer-
do. Dali, o sangue (sangue arterial) é
bombeado pela contração do ventrículo
esquerdo para a artéria aorta.
O Dr. Marco Aurelio de Magalhães, cardio-
logista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz,
comenta cinco medidas comprovadamente
eficazes para manter o sistema cardiovas-
cular saudável. Confira.

2. Atenção à dieta e ao consumo de álcool


A dieta ocupa papel central na prevenção
das doenças crônicas e na manutenção da
saúde do coração. É importante a redução
do consumo de sal, de açúcar livre, gordu-
ras saturadas e trans. O consumo de grãos,
1. Cessar o tabagismo frutas e vegetais também é um hábito re-
O tabagismo é a principal comendado. Além disso, recomenda-se
causa evitável de doença criar a rotina de ler e entender os indica-
cardiovascular no mundo. Especificamente dores de composição nos rótulos dos pro-
sobre o coração e sistema cardiovascular, dutos alimentícios antes da compra. O
os efeitos do tabagismo são perversos. consumo de álcool também deve ser limi-
Com efeitos na pressão arterial, sistema tado, mesmo nos finais de semana.
de coagulação e disponibilidade de oxigê-
nio, está associado ao aumento do risco 3. Combater a obesidade
de infarto do miocárdio, morte súbita, aci- A obesidade é considerada problema de
dente vascular encefálico (AVC), aneuris- saúde pública em vários países, inclusive
ma de aorta e doença arterial periférica. A no Brasil. Ela representa um fator de risco
interrupção do tabagismo traz benefícios direto (independente) e “intermediário”
imediatos à saúde e, por isso, deve ser en- na cadeia de causas das doenças cardio-
corajada em qualquer idade. Nos casos de vasculares, ou seja, é um fator de risco pa-
dificuldade de interrupção, existem medi- ra outros fatores de risco, como a hiper-
das de apoio, aconselhamento e terapêuti- tensão arterial, o diabetes melito e a ele-
cas farmacológicas vação do colesterol
eficazes que podem sanguíneo. A medi-
ser utilizadas. da do índice de
massa corpórea
(IMC) deve ser
acompanhada.
4. Atividade física regular
O sedentarismo também é reconhecido
como um fator de risco direto
(independente) para as patologias cardio- Colesterol é o substrato para formar hormô-
circulatórias. A atividade física regular por nios, membranas, ele é o tijolo essencial para
pelo menos três vezes por semana, duran- todo o corpo.( Sposito AC,2010).
te 30 minutos, está associada a uma série Colesterol é uma gordura e ele não se dissol-
de adaptações fisiológicas que resulta na ve na água, o sangue é um elemento aquoso,
melhora do controle glicêmico e do meta- a natureza desenvolveu um processo que o
colesterol anda grudado com outras substân-
bolismo lipídico com o incremento da fra-
cias e ele é transportado numas bolotas que
ção HDL colesterol, que é cardioprotetora.
tem gordura, proteína e colesterol. Essas bo-
Além disso, combate a obesidade e previ- lotas, no caso a LDL é uma bolota, lipoproteí-
ne/reduz a hipertensão arterial. É pruden- na de baixa densidade "Low-Density Lipopro-
te evitar a conhecida tentativa de “atletas teins",forma dela chegar numa célula num
de final de semana”, compensando uma tecido, entra, levar colesterol pra dentro des-
semana sedentária nos finais de semana. sa célula, acontece por uma formula que é o
receptor celular de LDL.( BERTOLAMI,2012).
5. Identificação e controle do colesterol No homem, a maior parte do colesterol pre-
alto e da hipertensão arterial sente no plasma compõe a fração lipoproteí-
Ambos os fatores permitem a identificação na de baixa densidade (LDL). Em indivíduos
de indivíduos com alto risco para eventos normolipidêmicos, por volta de 70% do coles-
cardiovasculares. Nestes casos, estão indi- terol estão contidos nas LDL. As LDL são re-
cados tratamentos com remédios e o movidas da circulação para o interior das cé-
acompanhamento médico periódico. Os lulas por receptores da membrana celular
benefícios obtidos após o início do trata- que reconhecem a apolipoproteína (apo)
mento são observados em curto prazo. B100, a única proteína existente nas LDL. ( I
Diretriz Brasileira,HF,2012).
Célula recebe o colesterol e regula quantida-
de de colesterol que ela tem, célula normal
nunca tem mais colesterol dentro dela do
que ela precisa, existe um mecanismo todo
que regula
isso.( Ber-
tolami,
Marcelo
Chia-
ra;2012).
A parede vascular de uma artéria é consti-
tuída por 3 camadas distintas, sendo a
No meta- mais interior a túnica íntima, formada por
bolismo do uma fina camada de células, o endotélio,
colesterol, que se encontra adjacente ao lúmen.
nós temos As restantes camadas consistem na túnica
síntese he- média, composta de elastina, colagenio e
pática co- células musculares lisas, e a túnica externa
mo princi- ou adventícia, constituída principalmente
pal forma- por tecido conjuntivo . ( Tortora G. J., Gra-
dora de bowski S. R.2000).
colesterol,
absorção ATEROGÊNESE
intestinal A aterosclerose é uma doença inflamató-
ela não ultrapassa em média 25 a 30% do ria crônica de origem multifatorial que
valor do colesterol. (RAMIRES, J.A.F.2011). ocorre em resposta à agressão endotelial,
Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia acometendo principalmente a camada ín-
Familiar (2012,p.3): tima de artérias de médio e grande cali-
“ A homeostase do colesterol no organis- bre. A formação da placa aterosclerótica
mo depende do equilíbrio entre a síntese inicia-se com a agressão ao endotélio vas-
hepática e absorção intestinal desse com- cular devida a diversos fatores de risco co-
posto, de um lado, e a sua excreção, espe- mo elevação de lipoproteínas aterogênicas
cialmente pelas vias biliares, de outro. (LDL, IDL, VLDL, remanescentes de quilo-
Quando há desequilíbrio dessa equação, mícrons), hipertensão arterial ou tabagis-
como acontece na hipercolesterolemia fa- mo. Como consequência, a disfunção en-
miliar, o colesterol acumulado forma de- dotelial aumenta a permeabilidade da ínti-
pósitos como os xantomas e placas de ate- ma às lipoproteínas plasmáticas favore-
roma”. cendo a retenção das mesmas no espaço
Os vasos sanguíneos formam um sistema subendote-
fechado de tubos que transportam o san- lial.
gue do coração para os tecidos do corpo,
retornando-o para o coração.
A doença aterosclerótica afeta de forma
preponderante as camadas mais interiores
da artéria, determinando o aparecimento
de lesões que se caracterizam pelo espes-
samento da parede (Stary HC,e cols.1992).
As artérias afetadas pela aterosclerose
Retidas, as partículas de LDL sofrem oxida-
perdem a sua elasticidade e, à medida que
ção, causando a exposição de diversos neo
os ateromas crescem, tornam-se mais es-
-epítopos, tornando-as imunogênicas. O
treitas.
depósito de lipoproteínas na parede arte-
Um ateroma rebentado também pode
rial, processo-chave no início da aterogê-
derramar o seu conteúdo gordo e desen-
nese, ocorre de maneira proporcional à
cadear a formação de um coágulo sanguí-
concentração dessas lipoproteínas no
neo (trombo). O coágulo estreita ainda
plasma. Além do aumento da permeabili-
mais a artéria e inclusive pode provocar a
dade às lipoproteínas, outra manifestação
sua oclusão ou então desprende-se e pas-
da disfunção endotelial é o surgimento de
sa ao sangue até chegar a uma artéria
moléculas de adesão leucocitária na su-
mais pequena, onde causará uma oclusão
perfície endotelial, processo estimulado
(embolia).
pela presença de LDL oxidada.
Ateroma se rompe e derrama seu conteú-
As moléculas de adesão são responsáveis
do plasma
pela atração de monócitos e linfócitos pa-
Placa instável pode romper expondo seu
ra a parede arterial.
conteúdo altamento trombogênico ao
Induzidos por proteínas quimiotáticas, os
plasma sanguíneo e dando origem a um
monócitos migram para o espaço suben-
evento aterotrombótico agudo.
dotelial onde se diferenciam em macrófa-
gos, que por sua vez captam as LDL oxida-
Sintomas mais comuns da Arteriosclerose
das. Os macrófagos repletos de lipídeos
Dilatações de algumas áreas dos vasos
são chamados células espumosas e são o
sanguíneos (aneurismas);
principal componente das estrias gorduro-
Dor no peito tipo facada (angina ou infar-
sas, lesões macroscópicas iniciais da ate-
to);
rosclerose.( IV Diretriz Brasileira Sobre Dis-
Dores fortes na cabeça (derrame cere-
lipidemias e Prevenção da Aterosclero-
bral);
se,2007).
Dores em braços e pernas (trombose).
Ecodoppler MMII

ESTATINAS O ecodoppler arterial (das artérias) é indi-


As estatinas são inibidores da HMG-CoA cado para diagnosticar e qualificar o pro-
redutase, uma das enzimas chave na sínte- cesso de aterosclerose (formação de pla-
se intracelular do colesterol. Sua inibição cas de gordura na parede das artérias,
reduz o conteúdo intracelular de coleste- causando um estreitamento das mesmas).
rol e, como consequência, há aumento do As principais manifestações de ateroscle-
número de receptores de LDL nos hepató- rose, nas quais, o ecodoppler vascular é
citos que então removem mais VLDL, IDL e utilizado, são: a doença vascular cerebral
LDL da circulação para repor o colesterol (ecodoppler de carótidas e artérias verte-
intracelular. Estes medicamentos reduzem brais), doenças da aorta e doença arterial
o LDL-C de 15% a 55% em adultos. periférica (ecodoppler de artérias renais,
A duplicação das doses acrescenta em mé- mesentéricas e dos membros inferiores).
dia 6% na redução de LDL-C. Reduzem os Além da aterosclerose e suas complica-
TG de 7% a 28% e elevam o HDL-C de 2% a ções, como a trombose, o ecodoppler vas-
10%. As estatinas reduzem a mortalidade cular arterial também é indicado para di-
cardiovascular e a incidência de eventos agnosticar outras doenças, como as embo-
isquêmicos coronários agudos, necessida- lias (deslocamento de coágulos ou vegeta-
de de revascularização do miocárdio, AVC ções que se desprendem do coração e
(grau de recomendação I e nível de evi- obstruem as artérias), os aneurismas
dência A). IV Diretriz Brasileira Sobre Disli- (dilatações anormais das artérias).
pidemias e Prevenção da Aterosclerose,
2007.

EcoDoppler
O EcoDoppler permite a identifica-
ção de possíveis placas de ateroma -
no caso arterial - ou de trombos - no
caso venoso.

Placa de ateroma
O ecodoppler venoso (das veias) é
indicado para diagnóstico de trom-
bose venosa profunda (formação de
coágulos nas veias profundas, os
quais podem se deslocar em direção
à circulação dos pulmões, acarretan-
do um tromboembolismo pulmo-
nar).
O que é eletrocardiograma? O exame é simples, indolor e geralmente
O eletrocardiograma, como o próprio no- muito rápido. O paciente deve deitar-se
me sugere, é um exame que permite a ava- numa maca, de barriga para cima, tendo
liação elétrica da atividade cardíaca ao lado o pequeno aparelho que constitui
(eletricidade que ele produz e transmite na o eletrocardiógrafo (usualmente portátil).
pele) , registrada em gráficos que são com- O técnico colocará eletrodos grudados à
parados com gráficos padrão e que indi- pele dos braços (faces anteriores dos pu-
cam, assim, o estado de normalidade ou de nhos), pernas (faces antero-mediais) e
alteração dos músculos e nervos do cora- tórax do paciente, que captarão os estí-
ção. A atividade elétrica cardíaca é seme- mulos elétricos do coração ou as reper-
lhante a energia dos fios de condução elé- cussões deles à distância. A pele deve es-
tricos da nossa casa, com lados positivos e tar bem limpa e desengordurada nos lo-
negativos. São essas diferenças, captadas cais de fixação dos eletrodos. Para facili-
por eletrodos sensíveis colocados em pon- tar a captação desses estímulos geral-
tos específicos do corpo, que são registra- mente é aplicado sobre a pele um gel
das nos gráficos do eletrocardiograma. condutor. Os eletrodos dos membros são
Apesar de ser de execução muito simples, fixados por braceletes e os do tórax por
o eletrocardiograma é um exame muito uma espécie de ventosa de borracha, per-
importante em cardiologia, pois ele permi- mitindo aderência à pele sem o uso de
te diagnosticar desde condições banais até agulhas ou outros instrumentos invasivos.
outras muito graves, como os infartos, Se o corpo do paciente tiver muitos pelos,
crescimento de cavidades, disritmias, por uma depilação deve ser feita e se a pele
exemplo. for especialmente oleosa deve ser pro-
movida uma limpeza
Como se realiza o local com álcool.
exame? Cada uma das deriva-
O aparelho que rea- ções em que são colo-
liza o exame é atu- cados eletrodos capta
almente bem com- a atividade elétrica das
pacto, conectado várias partes do cora-
no computador, ção (anterior, posteri-
chamado eletrocar- or, lateral esquerda,
diógrafo. lateral direita). O traça-
Esse aparelho regis- do é mostrado na tela
tra a atividade elé- do computador e pode
trica na pele do pa- ser impresso em papel
ciente e transforma em padrões que o es- A4, enviado por inter-
pecialista analisa. net, salvo no próprio computador.
Para que serve o exame?
O exame pode detectar arritmias, aumen-
to de cavidades cardíacas, patologias co-
Os capilares linfáticos transportam a lin-
A partir dele podem ser solicitados outros fa até vasos de maior calibre, chama-
exames, mais específicos, se necessário,
dos vasos linfáticos. Esses vasos seme-
como por exemplo um exame de esteira
lhantes às veias, por sua vez, desembo-
para aqueles que se programam entrar
numa academia. cam em grandes veias, onde a linfa é li-
Dr. José Aldair Morsch berada, misturando-se com o sangue.
Ao longo do seu trajeto, os vasos linfáti-
cos passam pelo interior de pequenos
órgãos globulares, chamados linfono-
dos. Os vasos linfáticos passam ainda
Além do sistema cardiovascular por certos órgãos, como as tonsilas pala-
(circulatório) para a circulação do san- tinas (amídalas) e o baço.
gue, o corpo humano possui outro siste-
O sistema linfático não possui um órgão
ma de fluxo de líquido: o sistema linfáti-
equivalente ao coração. A linfa, portan-
co.
to, não é bombeada como no caso do
O sistema linfático compreende o con- sangue. Mesmo assim se desloca, pois
junto formado pela linfa, pelos vasos as contrações musculares comprimem
linfáticos e órgãos como os linfonodos, os vasos linfáticos, provocando o fluxo
o baço, ótimo e as tonsilas palatinas. A da linfa.
linfa é um líquido claro, ligeiramente
Os vasos linfáticos possuem válvu-
amarelado, que flui lentamente em nos-
las que impedem o refluxo (retorno) da
so corpo através dos vasos linfáticos.
linfa em seu interior: assim, ela circula
Parte do plasma sanguíneo extravasa
pelo vaso linfático num único sentido. O
continuamente dos vasos capilares, for-
sistema linfático auxilia o sistema cardi-
mando um material líquido entre as cé-
ovascular na remoção de resíduos, na
lulas dos diversos tecidos do organismo
coleta e na distribuição de ácidos graxos
– o líquido intercelular ou intersticial.
e gliceróis absorvidos no intestino delga-
Uma parte desse líquido intercelular re- do e contribui para a defesa do organis-
torna aos capilares sanguíneos, carre- mo, produzindo certos leucócitos, como
gando gás carbônico e resíduos diversos. os linfócitos.
Outra parte – a linfa – é recolhida pe-
los capilares linfáticos. Os capilares lin-
fáticos transportam a linfa até vasos de
maior calibre, chamados vasos linfáti-
cos.
Tele Medicina Morsch "Como é feito o ele-
trocardiograma? Para que serve?" - http://
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C3%B3rio eletrocardiograma-para-que-serve/
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Cuidados Intensivos "Colesterol e Asteros-
clerose" - http://
www.mmcuidadosintensivos.com.br/
colesterol-e-aterosclerose/
Paladinos

Manual de pesquisa para as especialidade do Clube de Desbravadores


Especialidade

MANUAL 4

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