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TÓPICO 1 — 

REGULAMENTO DISCIPLINAR ®
 
O Regulamento Disciplinar do DPH é um documento que possui a função de normatizar
e regulamentar determinadas condutas consideradas reprováveis praticadas por
terceiros, bem como possui a função de manter a ordem e integridade da instituição e
seus membros. Também é um documento que armazena as variáveis sanções
disciplinares que devem ser aplicadas aos militares praticantes de atos considerados
ilícitos.
 
Todo ato reprovável praticado por terceiro é nomeado como “transgressão disciplinar”,
e entende-se como transgressão disciplinar toda ação ou omissão contrária ao dever do
policial. Antes de algum comportamento ser considerado uma transgressão disciplinar,
este deve estar previsto no Regulamento Disciplinar.
 
Todos os indivíduos vinculados à Polícia DPH devem ter conhecimento do que está
prescrito no Regulamento Disciplinar. No entanto, você que é pré-oficial possui uma
maior responsabilidade em ter conhecimento acerca do que dispõe o documento
mencionado. Afinal, quando o militar torna-se membro do Oficialato da polícia, é
exigido uma maior autonomia e, não saber utilizá-la, resultará em ineficácia,
ineficiência, fraqueza e despreparo, características que poderão e causarão seu
rebaixamento e remoção do Oficialato. 
 
Ademais, é válido ressaltar que você, enquanto superior, deve aplicar a devida sanção
disciplinar caso ela se encontre prescrita no documento mencionado. Não é de escolha
do punidor qual punição aplicar, tampouco julgar ser necessário ou não a aplicabilidade
da sanção disciplinar. Caso a punição não seja aplicada, o superior poderá ser punido
por sua omissão. Caberá ao superior e emissor das punições a atribuição de garantir que
as normas sejam seguidas e que todos os militares estejam disciplinados em
conformidade com as regras.
 
O Regulamento Disciplinar é um documento complementar do Estatuto Oficial do
DPH, logo, a leitura, entendimento e aplicabilidade torna-se obrigatória e imperiosa a
partir do momento que o civil se vincula à organização. 
 
 
TÓPICO 02 — RESPEITO À SUPERIORIDADE ®
 
O Departamento de Polícia Habbiana trabalha com o regime militar hierarquizado, isto
é, possui uma hierarquia militar a ser seguida onde quem está no topo tem total poder,
autonomia e liderança sobre seus inferiores. Portanto, cabe ao inferior sempre respeitar
a superioridade daquele militar que está em um degrau, ou mais, acima dele. 
 
Para que o respeito à hierarquia prevaleça, todo inferior deve sempre seguir os
mandamentos que representam o respeito à superioridade, quais sejam: 

 Um inferior não pode ameaçar, coagir, ironizar, debochar, maltratar, questionar,


injuriar, difamar, caluniar, afrontar ou ignorar ordens de seu superior,
independente se está certo ou errado.
 Se um superior falar algo, aquilo estará correto e deverá ser seguido pelo
inferior, até que um superior a ele o corrija, se for o caso.
 Se um superior falar algo errado, não cabe ao inferior corrigi-lo, tampouco
censurá-lo. Apenas um superior a ele poderá fazer isso.

 
Seguir esses mandamentos te tornará um oficial exemplar, oriundo de respeito e
admiração da qual poderá obter tanto de seus inferiores como de seus superiores.
Respeitar a hierarquia, além de ser obrigação de todos os membros da polícia, é uma
forma de manter a ordem, estabilidade e integridade da instituição e dos indivíduos
vinculados à organização. 
 
Não poderá o inferior em hipótese alguma, seja por negligência, omissão ou
inobservância, deixar de seguir tais mandamentos, pois, qualquer ato praticado em
conformidade com as regras supramencionadas, tornará um ato reprovável e passível de
uma punição em conformidade com o que dispõe o Regulamento Disciplinar.
 
O inferior só poderá argumentar, opinar e realizar perguntas em casos em que o superior
dê a devida permissão e liberdade para tal, caso contrário, os mandamentos
prevalecerão.
 
 
TÓPICO 03 — APLICABILIDADE DE UMA
TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR ®
 
Conforme foi mencionado nos tópicos anteriores, é dever de todo superior aplicar a
devida sanção disciplinar cabível no caso concreto, independente se o superior julgar ser
necessário ou não. Você enquanto superior deverá seguir o Regulamento Disciplinar à
risca.
 
Você deverá ter em mente que punir é, acima de tudo, reeducar o infrator, logo, a sua
obrigação no ato da aplicabilidade de uma sanção disciplinar é explicar
esmiuçadamente, incisiva e completa o motivo que levou o inferior a receber aquela
punição. Caso contrário, de nada servirá a punição aplicada se o receptor não entender
onde errou, como pode melhorar no erro praticado e onde poderá achar a punição para
seu ato. 
 
É importante que você, enquanto superior, tenha ciência de que ao aplicar uma punição,
isso poderá gerar dúvidas ao penalizado. Por conta disso, é importante que você abra
espaço para possíveis dúvidas inerentes a punição aplicada naquele momento, para que
o inferior saia daquele local sabendo como agir para evitar receber outras punições.
Portanto, seu dever, enquanto superior, é sanar todas as dúvidas, afinal, você poderá ser
punido caso não o faça.
 
Cabe ao superior apresentar o motivo da punição, base punitiva e comprovação no ato
de aplicar a devida punição registrada no system. Na ausência desses requisitos antes,
durante ou após a aplicação da punição, o superior estará sujeito a punições perante o
Regulamento Disciplinar.
 
Independente de qual punição for aplicada, não caberá ao superior fornecer as provas
que comprovem os atos reprováveis praticados pelo penalizado; o superior deverá julgar
e decidir se fornecerá provas da punição aplicada. 
 
Uma vez que punições são aplicadas por situações que competem ao Regulamento
Disciplinar, se um militar vai contra todas elas, poderá ser punido por inúmeras das
transgressões citadas. Um exemplo claro disso, policial fulano debocha de superior
ciclano, ao demonstrar essa conduta, ele poderá ser punido com advertência escrita.
Caso questione, poderá ser punido novamente. Totalizando duas advertências pela
postura apresentada diante da ocorrência. 
 
Lembre-se que você deverá estar sempre atento às falas para que não acabe sendo dito
algo equivocado.
 
 
TÓPICO 04 — DIREITO AO APELO ®
 
O superior hierárquico, como já foi explicado, possui o direito de punir seu inferior se
for cometido por este uma transgressão disciplinar, podendo ir de uma advertência
verbal até uma demissão. Chamamos essa cadeia de hierarquia, onde o policial que
está acima possui poder sobre o que está abaixo.
 
Para averiguar uma punição supostamente errada, no caso de uma advertência verbal ou
apresentar-armas, o inferior terá o direito de recorrer a um superior do oficial que o
puniu (por exemplo: se um Capitão te aplicou um apresentar-armas, você poderá
recorrer a um Major ou acima). 
 
No caso de advertências escritas, rebaixamentos e demissões é diferente: o policial terá
o direito de recorrer, mas não a um superior, e sim ao Estado-Maior, uma espécie de
corregedoria do DPH, sendo composto por seus ministros. O processo de apelação se
inicia com o envio do formulário para a análise pelo ministério. Compete também ao
Estado-Maior banimentos e punições internas de funções, além de apreciar, investigar,
ouvir e julgar omissão de punição às transgressões cometidas por terceiros e
favorecimento em grupos, funções, atividades etc. 
  
As punições aplicadas por alguma função interna da polícia devem, em primeiro
momento, ser recorrido para a liderança daquele respectivo grupo. Caso a punição
continue vigente, o punido poderá recorrer ao Estado-Maior se ele entender que a
punição foi aplicada injusta ou incorretamente, tendo toda materialidade (prints) para
comprovar tal injustiça ou irregularidade.
 
E, por fim, caso o inferior não concorde com o veredito dos ministros do Estado-Maior,
o punido poderá recorrer à Presidência, composta pelos cargos de Supremo, Vice-
presidente e Presidente, e seguir os mesmos procedimentos quando recorreu ao Estado-
Maior.
 
Vale ressaltar que, uma ordem proferida por seu superior é considerada algo
INFORMAL, ou seja, não demanda registro. Logo, se você receber uma ordem
equivocada de seu superior que vá contra aquilo que está positivado ou, contra os
procedimentos adotados pela instituição, você deverá recorrer ao superior daquele
militar que te deu a ordem munido de toda comprovação, a fim de corroborar com suas
alegações.
 
Qualquer tentativa de manipulação e coação na intenção de não ter a punição recebida,
bem como afirmar que irá recorrer a qualquer uma das instâncias punitivas removerá,
mesmo que parcialmente, a razão do inferior.
 
 
TÓPICO 05 — APLICABILIDADE DA SUPERIORIDADE
HIERÁRQUICA ® 
 
Ser superior não é apenas ter o dever e a obrigação de reprimir os atos reprováveis
praticados por terceiros nos locais oficiais do DPH; ser superior é um conjunto de
fatores que todos devem possuir e aplicar na prática. Ser superior é, acima de tudo,
seguir as regras, ter como base o Regulamento Disciplinar, ser ético, profissional,
possuir uma conduta disciplinar condizente com os moldes fundantes do DPH e aplicar
na prática tudo o que foi absorvido durante seus cursos.
 
Atualmente assumir o papel de superior no departamento não é uma tarefa fácil, e
desempenhar essa tarefa com excelência não é para muitos, por conta disso é
indubitável, ou seja, indiscutível que você tenha conhecimento das regras adotadas pela
instituição.
 
Desempenhar o papel de superior também é aplicar as devidas punições, afinal, você
poderá se deparar com discussões ou brigas em locais oficiais e o seu dever, nesses
casos, é intervir e levar os envolvidos para um local reservado, isto é, o corredor.
Caberá a você, superior dos envolvidos, apreciar, investigar, ouvir e julgar os dois lados
da história, saber como começou e o motivo do ocorrido, logo após, ambos deverão ser
punidos em conformidade com seus atos praticados e também conforme o Regulamento
Disciplinar. 
 
Haverá casos em que haverá testemunhas ou envolvimento de terceiros, logo, seu papel
é colher o depoimento de quem presenciou todo o ocorrido ou procurar saber a
veracidade daquela informação que envolve terceiros. 
 
Tenha sempre em mente que um ato errôneo jamais poderá servir de justificativa para o
segundo ato reprovável praticado, portanto, independente de qual seja o motivo que
levou o militar a praticar aquela transgressão disciplinar, você deverá considerar aquilo
que está expressamente previsto no documento punitivo da instituição. 
 
Se o ato reprovável do militar X for passível de uma advertência escrita - mesmo ele
sendo o causador da discussão e isso estiver previsto no Regulamento Disciplinar - você
deverá puni-lo. Agora, por outro lado, se o ato reprovável do militar Y for passível de
um rebaixamento - mesmo ele NÃO sendo o causador da discussão - você deverá
aplicar da mesma forma o rebaixamento.
 
Existe também a possibilidade de você não ter a devida autonomia ou permissão para
punir o inferior com determinada punição. Neste caso, você deverá encaminhar o caso
para um superior que possua esse poder, explicando o ocorrido para que as medidas
cabíveis sejam tomadas. 
 
Uma conversa jamais deverá ser o suficiente e substituir uma punição. Se isso for feito,
essa prática poderá ser caracterizada como omissão. 
 
 
TÓPICO 06 — ÉTICA MILITAR ®
 
O conceito de ética está ligado àquilo que é visto como o bom e o “mau”, ou o “certo” e
o “errado”. É a transmissão do “certo” e o “errado” para um conjunto de regras e
padrões que levará o militar a agir conforme o dever e honra, impondo a cada militar
uma conduta moral irrepreensível, pois, afinal, o militar estará agindo conforme as
regras.
 
A ética militar é trabalhar no dia a dia com autoridade, discernimento, eficiência em
relação às atribuições que lhe é dado de acordo com sua posição na hierarquia,
cumprindo com aquilo que está expresso no Regulamento Disciplinar, e, por fim, acatar
as ordens de seus superiores.
  
Aplicar o princípio da ética militar no cotidiano do DPH é exercer com autoconfiança e
autonomia os mais diversos procedimentos adotados e ensinados ao longo da carreira de
cada militar, bem como respeitar e adotar todas as regras expressas no Regulamento
Disciplinar e Estatuto Oficial como normas fundamentais de um trabalho íntegro. 
 
É importante salientar que, a ética militar fala sobre o respeito às ordens proferidas
pelos superiores; portanto, tenha em mente que: se aquele militar está numa posição
acima da sua, logo, entende-se que ele seguiu com total dedicação os valores e
princípios deste tópico, cabendo a você enquanto inferior respeitá-lo por suas conquistas
e considerar os ensinamentos que este superior tende a passar para você e seus
inferiores. 
 
Ter a ética militar como a base de um trabalho sólido, é ter autonomia e autoridade para
proferir ordens, ter eficiência no seu trabalho no Quartel-General e em suas respectivas
funções. Lembre-se que a ética militar é um princípio que você deve seguir para terem
crescimento profissional e pessoal afetando indiretamente o crescimento do DPH, não o
utilize na intenção de ter admiradores e seguidores, isso é consequência de seus atos e
não uma regra.

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