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NOTA: registam-se diferenças na distribuição interanual da precipitação (de ano para ano), uma vez que
as deslocações latitudinais dos centros de pressões não são exatamente iguais todos os anos.
nas áreas mais elevadas do noroeste e do centro, sobretudo nas vertentes voltadas para o
litoral, as precipitações orográficas reforçam as frontais;
no interior norte a precipitação reduzida deve-se à barreira do sistema montanhoso do
noroeste que, dispondo-se paralelamente à costa, impede a penetração dos ventos húmidos
do Atlântico;
a disposição da Cordilheira Central permite a penetração dos ventos húmidos de oeste, pelo
que aí o contraste litoral-interior é menor.
Na serra algarvia registam-se os valores de precipitação + elevados do sul do país
Nas regiões autónomas a precipitação é + abundante nas áreas de maior altitude e nas
vertentes mais expostas aos ventos húmidos.
Carta sinótica: mapa ou carta que representa as condições atmosféricas, num dado momento, através
de símbolos, com base na qual se pode fazer a previsão do estado do tempo.
Nesta época o território português é atingido pelas baixas pressões subpolares e pela perturbação da
frente polar, em deslocação de oeste para este.
A precipitação é fraca, pois os centros de baixas pressões subpolares estão muito deslocadas para
norte. No entanto, Portugal sofre a influência dos centros de altas pressões subtropicais que também
se deslocam para norte.
Destaca-se o anticiclone dos Açores, integrante
da cintura de altas pressões subtropicais e que, no
verão, se posiciona a norte ou nordeste desse
arquipélago, estendendo a sua ação por grande
parte da Europa Ocidental.
Na primavera: a influência das baixas pressões subpolares e das perturbações da frente polar é ainda
muito frequente (precipitação significativa nos meses de março a maio). À medida que se aproxima o
verão, a influência do anticiclone dos Açores torna-se cada vez mais forte, gerando-se assim uma maior
estabilidade atmosférica.
No outono: inicia-se a deslocação para sul das baixas pressões subpolares e das perturbações da
frente polar, provocando uma maior instabilidade atmosférica. Como as temperaturas ainda não
desceram muito (por influência do mar), a evaporação é elevada, pelo que a precipitação é
relativamente abundante.
“Diversidade climática em Portugal” (p.154 do manual)
NORTE LITORAL
- temperaturas médias são amenas ao longo do ano
- a amplitude térmica anual é reduzida
- a precipitação anual é abundante, principalmente no outono e no inverno (região menos vulnerável a
secas)
- registam-se pelo menos 2 meses secos
- precipitação do tipo orográfica
- maior humidade nas regiões expostas
NORTE INTERIOR
- temperaturas médias são elevadas no verão e baixas no inverno (em que a ocorrência de geada é
frequente)
- a amplitude térmica anual é acentuada
- a precipitação é relativamente fraca
- registam-se três a cinco meses secos
NOTA: destaca-se, nesta região o vale superior do Douro que, para além de não receber a influência dos
ventos húmidos do Atlântico está exposto aos ventos secos de leste
SUL
- temperaturas médias suaves no inverno e elevadas no verão
- amplitude térmica anual moderada
- a precipitação é fraca, sobretudo nas áreas interiores do Alentejo e mais elevada nas zonas de maior
altitude (influência do relevo)
- registam-se quatro a seis meses secos
AÇORES
Uma vez que se situa a uma latitude mais baixa tem um clima subtropical.
- temperaturas médias mais elevadas comparativamente com os Açores
- a corrente do golfo origina correntes quentes
- baixas amplitudes térmicas anuais
- precipitação mais acentuada no inverno e, na ilha da Madeira, devido à orientação este-oeste do
relevo, mais abundante na vertente norte (+ exposta ao ventos húmidos) do que na vertente sul (região
+ quente e seca, exposta aos ventos provenientes de Africa).
A ilha de Porto Santo, de relevo + baixo, apresenta temperaturas + elevadas, precipitações fracas e
uma estação seca mais prolongada.
NOTA: Período seco estival: conjunto de meses secos, desde o final da primavera até ao inicio do
outono.