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Ei, tudo bem?

Ontem foi um dia que me surpreendeu viu, as pessoas vendo ao vivo


aproveitaram DEMAIS as consultorias que fizemos e mais do que isso, começaram a pedir
várias coisas hahahhaah até spoiler da comunidade eu dei!! Confesso que to amando
demais tudo isso, vocês são incríveis!

Sobre o que rolou: ​Fizemos duas consultorias com pessoas que já pertenciam ao nosso
grupo do telegram e antes da live fizemos uma conversa rápida pra entender quais seriam
os pontos sugeridos mas muita coisa foi rolando de brainstorm total durante as lives.

Então separamos aqui o melhor de cada momento, com o direcionamento que dei por lá pra
vocês ficarem de olho.

CONSULTORIA 1 COM NERISSON

Nerisson: “Tenho dúvidas sobre como explorar a questão de tocar em barzinhos nas
redes sendo que meu foco é no autoral. Além disso como direcionar a música nova
para o que realmente foi pensada se as pessoas estão levando pra outro lado.”

Explicação durante a consultoria:

Primeiro é bom antes de tudo lembrarmos que tocar em barzinho ou fazer cover não é
demérito, muito porque as pessoas utilizam essa verba não só para sobreviver como para
reinvestir na carreira autoral. Levando isso em consideração, vamos a algumas ações que
podem auxiliar enquanto você for divulgando e puder viver apenas do autoral.

Também vale deixar claro os nomes: No caso do Nerisson não seria cover e sim
versões.

Cover: ​tocar a música exatamente como ela foi feita por outra pessoa
Versão:​ tocar a música trazendo pro seu estilo musical

1. Nas redes sociais, utilizar a maior parte dos conteúdos focados no autoral, porém,
em alguns momentos, mostrar pro público que viver do autoral é difícil, explicar pras
pessoas entenderem porque você toca em bares fazendo as versões.
2. O bom de ter apresentações em barzinhos é que isso já começa a te trazer vivência
nos palcos podendo experimentar diversas abordagens para aplicar no autoral;
3. O segredo para unir essas duas coisas pode ser contar sua história, trazer o acervo
pras redes sociais e contar histórias relacionadas às músicas, criando um paralelo
com o trabalho autoral, como essas músicas te inspiram ou te favorecem em relação
ao autoral?
4. Outra abordagem legal para falar dos shows e nos shows também, é quando as
pessoas contam a história por trás de cada música, isso cria conexão. Temos
exemplos de shows do PAulinho Moska, do cantor Caio Bars com o espetáculo
cantando Cazuza… pense em como chamar a atenção das pessoas através de
informações extras e histórias, sempre conecta muito!
5. Antes de pensar no autoral, a versão serve pra conquistar as pessoas, trazendo pras
redes, utilizamos muito versões para captar público novo e depois criar campanhas
de remarketing para engajar e fidelizar e tem funcionado MUITO porque fica mais
fácil convencer ela a assistir algo que já conhece, mesmo que ela ainda não te
conheça.
6. Sugestão para atualizar nas redes: Postar 2 versões e uma autoral, mostrando
como uma experiência diferenciada, adaptada ao estilo, mostrando como
aquelas músicas ajudaram a moldar o próprio som. Criar versões de músicas
populares adaptadas ao estilo, pra mostrar sua personalidade, isso é uma
forma de, a médio prazo, introduzir o autoral.
7. Um outro ponto legal de colocar em relação aos covers é que tocar música dos
outros ajuda a entender a inspiração e abrir mais a cabeça como compositor
também.
8. Nunca perca o fio condutor da versão como inspiração para o autoral;
9. Cada música nasce com um contexto, mas as pessoas adaptam a mensagem às
suas realidades, e é isso que cria a conexão;
10. Quando a gente se mostra humano, as pessoas se sentem próximas, e isso agrega,
falar sobre problemas de forma aberta, como a depressão, é um exemplo.
11. Trazer pessoas próximas e profissionais que falem sobre um tema sensível é um
diferencial, porque a mensagem ganha força e conhecimento atrelado a música.

Sobre atrelar músicas com campanhas


É interessante entender quais são os assuntos abordados dentro da canção e no
posicionamento do cantor.

Por exemplo: Limonge tem depressão e fez um disco falando sobre isso (inclusive teve
campanha de financiamento coletivo que rolou com 100% de captação). Para o mês de
setembro, em que falamos sobre o combate ao suicídio, fizemos uma ação com a música
“Tudo vai passar” em que toda a verba arrecadada em um ano de streaming e youtube foi
doada ao CVV (centro de valorização a vida) para ajudar pessoas que passam por
situações parecidas a dele.

Link do financiamento coletivo: ​https://www.catarse.me/limonge


*Está com meu nome agora etal no criador porque eu alterei já que era minha conta, mas
tudo tinha o nome dele na época =)
Link do clipe:​ ​https://www.youtube.com/watch?v=abVnQruU5QY
O que é importante saber nesse contexto:
1. Essa ação só existiu porque faz parte do artista, não fizemos pensando em ganhar
mídia ou porque é o assunto do momento. PRECISA TER VERDADE!
2. Criamos uma comunicação para falar mais sobre o assunto e rendeu legal;
3. Os haters que forem aparecendo infelizmente acontece, é importante entender com
cabeça fria o comentário e abrir um canal de discussão com a pessoa, para que ela
entenda seu ponto e você o dela;
4. É preciso fazer o que você prometeu!
5. AS pessoas vão consumir a música e levar pra realidade delas, então tudo bem se
alguém ouvir e relacionar a música com outra coisa. Você pode criar conteúdos para
contar a sua visão e abrir espaço para cada um contar a deles.
6. Não tenha receio em você falar sobre um assunto que pode ser “Polêmico”, desde
que seja a sua verdade, com a sua vivência, você vai falar apenas o que faz parte
da sua vida e da sua história, isso é inquestionável.
7. Caso vá falar de assuntos delicados como depressão, ansiedade entre outros, vale a
pena ter um acompanhamento de profissional, seja nas redes e na vida pessoal para
auxiliar com toda a comunicação e divulgação. Exemplo a divulgação da banda
“Versalle” com a música “Só”, onde fizeram uma live com um psicólogo para falar
sobre solidão.
8. Pense em ações, conteúdos que fujam um pouco da música para agregar
informação e conhecimento pras pessoas, lembre-se que só falar da sua música vai
enjoar, rede social é pra RELACIONAMENTO e não canal de apenas uma via.

CONSULTORIA 2 COM GUILHERME

Guilherme: Fiquei por muito tempo fazendo cover, e resolvi que teria uma banda. Fiz
a banda mas as pessoas não comentam, as coisas não andam. Agora tenho 20
músicas prontas (eu mesmo fiz tudo) e gostaria de saber como seguir para que as
pessoas engajem realmente e façam a parada rolar. As minhas músicas possuem
duas línguas, vi isso em uma outra banda, achei muito bom e quis fazer da minha
maneira.

ps. Durante a consultoria ele foi fazendo algumas perguntas distintas e sobre outros
assuntos, então o checklist terá mais coisas além do que foi perguntado aqui em cima.

Sugestão dada de início para começar um novo momento: ​Apague todos os seus posts
e tudo que você fez nesse canal até agora, como tem um número pequeno de seguidores
dá pra ser trabalhado a partir daí e então iniciar um novo momento.
A partir disso:
1. Crie história que contextualiza a escolha do trabalho, explicando o porquê da
escolha pelo estilo, auxiliando a criar conexão;
2. Invista em anúncios que direcionam para públicos que tenham essa afinidade,
buscando por bandas gringas ou divulgação em canais de distribuição focados no
estilo.
3. Comece a vasculhar por bandas similares, esse é um caminho, se aproxime de fã
clubes também para conseguir acesso a pessoas que possam curtir o seu projeto;
4. Puxar amigos para que sejam o ponto de partida para que o trabalho comece,
ajudando a espalhar. Jogue a real com pelo menos 10 amigos e peça ajuda nesse
momento inicial;
5. Crie linhas editoriais para contar e contextualizar a história - exemplo, 3 posts por
semana (seg, qua, sex) um conteúdo será sobre você, outro musical, outro de
curiosidades;
6. O Resultado imediato em relação a ter novas pessoas conhecendo seu projeto vem
de anúncios ou canais de distribuição, mas mesmo assim, é um processo, precisa
de testes para validar a hipótese;
7. O mínimo para criar anúncios é de 6 reais por dia de investimento, começar com 12
por 2 dias para testes e só depois investir o valor maior nos que deram mais
resultados (engajamento);
8. Cada música é uma nova chance de construir a base de fãs, é um processo a
médio/longo prazo.
9. Crie versões também, adaptadas ao estilo, pra chamar pessoas;
10. Se a música tem uma mudança na mixagem ou na voz, é preciso fazer um ISRC
diferente. Caso uma música tenha sido lançada como single, e agora integra um
álbum, você pode utilizar o mesmo ISRC, isso auxilia o número de plays do álbum a
condensar os plays dos singles (precisa falar com sua distribuidora sobre para
entender os processos);
11. Quando a gente vai pensar no pré-lançamento, não podemos pensar nisso pra durar
um mês, pois as pessoas perdem o interesse e há um esforço muito grande. Por
exemplo marcar um rolê pra daqui um mês, você vai ter que ficar lembrando sempre
a pessoa. O máximo de dias para um pré-lançamento varia de 7 a 15 dias.
12. O pré-lançamento serve para introduzir uma história pras pessoas, e nela você pode
dividir em capítulos (posts) para explicar sobre a história que vai contar na música.
Um exemplo são posts a cada 2 dias, intercalando com teasers e lives. Nunca
entregue muito conteúdo o pré, mas tem que gerar interesse para pessoa querer
consumir quando sair.
13. Se você começar algo pensando que ninguém vai responder, o conteúdo vai
refletir isso, e ninguém vai responder mesmo. ​A qualidade do conteúdo é o que
faz as pessoas se conectarem.
14. Evite divulgar o clipe no mesmo dia da música, porque você vai dividir a atenção das
pessoas entre streaming e youtube por exemplo;
15. A escolha do single precisa ser pensada, não só um teste, precisa estar dentro do
seu posicionamento e da história que quer contar.
16. O audiovisual sempre será a melhor carta de visita de um músico para um público
novo, principalmente com anúncios.
17. Conteúdo é uma construção, precisa ter paciência para que as coisas
comecem a crescer, não tenha vergonha do que foi, mas tente sempre
conseguir mais do que o que passou;
18. Pra quem ta começando, instagram e facebook são o caminho, as redes sociais
ajudam na construção de base engajada, mais do que outras redes, em relação aos
anúncios;
19. A demanda de lançamento é o artista que gera, não importa a data, mas como
o assunto impacta o público

Durante as consultorias perguntaram a respeito do tiktok, se deve usar, como, a


entrega dele e tudo mais.

Realmente o Tiktok tem uma entrega de conteúdo diferenciado, ele não entra em ordem
cronológica e o algoritmo funciona de outra maneira.

O que vale ressaltar sobre a escolha de gerar conteúdo lá ou não:


1. Escolhas as redes sociais que você goste e consiga produzir conteúdo de qualidade
e de forma recorrente;
2. Não é porque um conteúdo está na moda que você precisa fazer exatamente igual a
todo mundo, encontre o seu jeito e faça diversos testes.

Seguem alguns exemplos de artistas que utilizam a rede de formas diferentes,


observem que tem conteúdos que bombaram com visualizações altas e outras não,
isso é legal porque tira um pouco esse lance de que precisa sempre fazer um
conteúdo bombado!

Kelvin:​ ​https://vm.tiktok.com/ZSaCatXH/

GAVI: ​https://vm.tiktok.com/ZSaCPd1C/

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