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Sobre o que rolou: Fizemos duas consultorias com pessoas que já pertenciam ao nosso
grupo do telegram e antes da live fizemos uma conversa rápida pra entender quais seriam
os pontos sugeridos mas muita coisa foi rolando de brainstorm total durante as lives.
Então separamos aqui o melhor de cada momento, com o direcionamento que dei por lá pra
vocês ficarem de olho.
Nerisson: “Tenho dúvidas sobre como explorar a questão de tocar em barzinhos nas
redes sendo que meu foco é no autoral. Além disso como direcionar a música nova
para o que realmente foi pensada se as pessoas estão levando pra outro lado.”
Primeiro é bom antes de tudo lembrarmos que tocar em barzinho ou fazer cover não é
demérito, muito porque as pessoas utilizam essa verba não só para sobreviver como para
reinvestir na carreira autoral. Levando isso em consideração, vamos a algumas ações que
podem auxiliar enquanto você for divulgando e puder viver apenas do autoral.
Também vale deixar claro os nomes: No caso do Nerisson não seria cover e sim
versões.
Cover: tocar a música exatamente como ela foi feita por outra pessoa
Versão: tocar a música trazendo pro seu estilo musical
1. Nas redes sociais, utilizar a maior parte dos conteúdos focados no autoral, porém,
em alguns momentos, mostrar pro público que viver do autoral é difícil, explicar pras
pessoas entenderem porque você toca em bares fazendo as versões.
2. O bom de ter apresentações em barzinhos é que isso já começa a te trazer vivência
nos palcos podendo experimentar diversas abordagens para aplicar no autoral;
3. O segredo para unir essas duas coisas pode ser contar sua história, trazer o acervo
pras redes sociais e contar histórias relacionadas às músicas, criando um paralelo
com o trabalho autoral, como essas músicas te inspiram ou te favorecem em relação
ao autoral?
4. Outra abordagem legal para falar dos shows e nos shows também, é quando as
pessoas contam a história por trás de cada música, isso cria conexão. Temos
exemplos de shows do PAulinho Moska, do cantor Caio Bars com o espetáculo
cantando Cazuza… pense em como chamar a atenção das pessoas através de
informações extras e histórias, sempre conecta muito!
5. Antes de pensar no autoral, a versão serve pra conquistar as pessoas, trazendo pras
redes, utilizamos muito versões para captar público novo e depois criar campanhas
de remarketing para engajar e fidelizar e tem funcionado MUITO porque fica mais
fácil convencer ela a assistir algo que já conhece, mesmo que ela ainda não te
conheça.
6. Sugestão para atualizar nas redes: Postar 2 versões e uma autoral, mostrando
como uma experiência diferenciada, adaptada ao estilo, mostrando como
aquelas músicas ajudaram a moldar o próprio som. Criar versões de músicas
populares adaptadas ao estilo, pra mostrar sua personalidade, isso é uma
forma de, a médio prazo, introduzir o autoral.
7. Um outro ponto legal de colocar em relação aos covers é que tocar música dos
outros ajuda a entender a inspiração e abrir mais a cabeça como compositor
também.
8. Nunca perca o fio condutor da versão como inspiração para o autoral;
9. Cada música nasce com um contexto, mas as pessoas adaptam a mensagem às
suas realidades, e é isso que cria a conexão;
10. Quando a gente se mostra humano, as pessoas se sentem próximas, e isso agrega,
falar sobre problemas de forma aberta, como a depressão, é um exemplo.
11. Trazer pessoas próximas e profissionais que falem sobre um tema sensível é um
diferencial, porque a mensagem ganha força e conhecimento atrelado a música.
Por exemplo: Limonge tem depressão e fez um disco falando sobre isso (inclusive teve
campanha de financiamento coletivo que rolou com 100% de captação). Para o mês de
setembro, em que falamos sobre o combate ao suicídio, fizemos uma ação com a música
“Tudo vai passar” em que toda a verba arrecadada em um ano de streaming e youtube foi
doada ao CVV (centro de valorização a vida) para ajudar pessoas que passam por
situações parecidas a dele.
Guilherme: Fiquei por muito tempo fazendo cover, e resolvi que teria uma banda. Fiz
a banda mas as pessoas não comentam, as coisas não andam. Agora tenho 20
músicas prontas (eu mesmo fiz tudo) e gostaria de saber como seguir para que as
pessoas engajem realmente e façam a parada rolar. As minhas músicas possuem
duas línguas, vi isso em uma outra banda, achei muito bom e quis fazer da minha
maneira.
ps. Durante a consultoria ele foi fazendo algumas perguntas distintas e sobre outros
assuntos, então o checklist terá mais coisas além do que foi perguntado aqui em cima.
Sugestão dada de início para começar um novo momento: Apague todos os seus posts
e tudo que você fez nesse canal até agora, como tem um número pequeno de seguidores
dá pra ser trabalhado a partir daí e então iniciar um novo momento.
A partir disso:
1. Crie história que contextualiza a escolha do trabalho, explicando o porquê da
escolha pelo estilo, auxiliando a criar conexão;
2. Invista em anúncios que direcionam para públicos que tenham essa afinidade,
buscando por bandas gringas ou divulgação em canais de distribuição focados no
estilo.
3. Comece a vasculhar por bandas similares, esse é um caminho, se aproxime de fã
clubes também para conseguir acesso a pessoas que possam curtir o seu projeto;
4. Puxar amigos para que sejam o ponto de partida para que o trabalho comece,
ajudando a espalhar. Jogue a real com pelo menos 10 amigos e peça ajuda nesse
momento inicial;
5. Crie linhas editoriais para contar e contextualizar a história - exemplo, 3 posts por
semana (seg, qua, sex) um conteúdo será sobre você, outro musical, outro de
curiosidades;
6. O Resultado imediato em relação a ter novas pessoas conhecendo seu projeto vem
de anúncios ou canais de distribuição, mas mesmo assim, é um processo, precisa
de testes para validar a hipótese;
7. O mínimo para criar anúncios é de 6 reais por dia de investimento, começar com 12
por 2 dias para testes e só depois investir o valor maior nos que deram mais
resultados (engajamento);
8. Cada música é uma nova chance de construir a base de fãs, é um processo a
médio/longo prazo.
9. Crie versões também, adaptadas ao estilo, pra chamar pessoas;
10. Se a música tem uma mudança na mixagem ou na voz, é preciso fazer um ISRC
diferente. Caso uma música tenha sido lançada como single, e agora integra um
álbum, você pode utilizar o mesmo ISRC, isso auxilia o número de plays do álbum a
condensar os plays dos singles (precisa falar com sua distribuidora sobre para
entender os processos);
11. Quando a gente vai pensar no pré-lançamento, não podemos pensar nisso pra durar
um mês, pois as pessoas perdem o interesse e há um esforço muito grande. Por
exemplo marcar um rolê pra daqui um mês, você vai ter que ficar lembrando sempre
a pessoa. O máximo de dias para um pré-lançamento varia de 7 a 15 dias.
12. O pré-lançamento serve para introduzir uma história pras pessoas, e nela você pode
dividir em capítulos (posts) para explicar sobre a história que vai contar na música.
Um exemplo são posts a cada 2 dias, intercalando com teasers e lives. Nunca
entregue muito conteúdo o pré, mas tem que gerar interesse para pessoa querer
consumir quando sair.
13. Se você começar algo pensando que ninguém vai responder, o conteúdo vai
refletir isso, e ninguém vai responder mesmo. A qualidade do conteúdo é o que
faz as pessoas se conectarem.
14. Evite divulgar o clipe no mesmo dia da música, porque você vai dividir a atenção das
pessoas entre streaming e youtube por exemplo;
15. A escolha do single precisa ser pensada, não só um teste, precisa estar dentro do
seu posicionamento e da história que quer contar.
16. O audiovisual sempre será a melhor carta de visita de um músico para um público
novo, principalmente com anúncios.
17. Conteúdo é uma construção, precisa ter paciência para que as coisas
comecem a crescer, não tenha vergonha do que foi, mas tente sempre
conseguir mais do que o que passou;
18. Pra quem ta começando, instagram e facebook são o caminho, as redes sociais
ajudam na construção de base engajada, mais do que outras redes, em relação aos
anúncios;
19. A demanda de lançamento é o artista que gera, não importa a data, mas como
o assunto impacta o público
Realmente o Tiktok tem uma entrega de conteúdo diferenciado, ele não entra em ordem
cronológica e o algoritmo funciona de outra maneira.
Kelvin: https://vm.tiktok.com/ZSaCatXH/
GAVI: https://vm.tiktok.com/ZSaCPd1C/