Você está na página 1de 56

CAPÍTULO

5
APRESENTANDO UMA
EXPERIÊNCIA
Nada jamais se torna real até que seja experi-
mentado .

— JOHN KEATS

Como você definiria uma experiência?

É o espaço físico ao seu redor? São as imagens, sons


e cheiros que você absorve e lembra? São as pes-
soas com quem você está? Ou é algo mais?

Quando dizemos que acreditamos na criação de


uma experiência, estamos falando sobre a sensação
que as pessoas têm quando uma ideia ressoa nelas.

Quando você compartilha suas ideias com um pú-


blico, seu objetivo não é simplesmente dar a eles
um conjunto de pontos de discussão. Um pedaço de
papel pode fazer isso. Você não está lá apenas para
mostrar fotos bonitas e divagar para poder ouvir
sua própria voz. Uma ótima apresentação destina-
se a inspirar, entreter ou persuadir o público a criar
mudanças.

Discutimos design, conteúdo e entrega, mas este ca-


pítulo será um pouco diferente. Daremos dicas so-
bre como ser um apresentador ainda melhor, mas
nosso principal objetivo é incutir em você o desejo
de ir além de sua apresentação. Olhe além dos sli-
des e do palco e pense no que você vai deixar com o
seu público.

Neste capítulo, discutiremos o seguinte:

•    DESTAQUE-SE

•    ANTES DA EXPERIÊNCIA

•    ENVOLVER A AUDIÊNCIA

•    APÓS A EXPERIÊNCIA

•    COMO OBTER FEEDBACK VALIOSO

Ao escrever, projetar e praticar sua apresentação,


pense na memória que deseja criar para as pessoas
com quem está falando. Você quer que eles apenas
acenem com a cabeça, escrevam coisas e contem
aos amigos? Ou você quer que eles sintam algo
único, algo que os acompanha por anos?
Se você quiser fazer o último, está pronto para mer-
gulhar na apresentação de uma experiência, a cul-
minação do processo Big Fish.
SE DESTACAREM

Uma coisa é fazer uma ótima apresentação. Outra


bem diferente é criar uma experiência única, em-
polgante e memorável. Claro, pode ser fácil fazer
uma apresentação de 30 minutos em que você mos-
tra alguns slides bonitos e compartilha algumas
ideias bem interessantes. Não há nada de errado
com isso. Isso finaliza o trabalho.

Mas e se você pudesse fazer mais? E se você pu-


desse causar uma impressão duradoura em seus
ouvintes? E se você pudesse criar uma experiência
que os deixasse em profunda reflexão a caminho de
casa, mudasse a forma como eles veem um pro-
blema ou, melhor ainda, realmente fizesse a dife-
rença no mundo?

Para realmente causar impacto, use as três etapas


do processo Big Fish para transformar sua apresen-
tação em uma experiência para o público:
•    Conteúdo envolvente

•    Visuais memoráveis ​e simples

•    Entrega poderosa

Conteúdo envolvente

Primeira regra: conheça seu conteúdo. Segunda re-


gra? Conheça seu conteúdo tão bem que você pode
compartilhá-lo por meio de uma história. Contar
uma história estruturada dá à sua apresentação a
vantagem emocionante que mantém o público vici-
ado. Planeje o que você vai dizer em detalhes extre-
mos. Você pode pensar que apenas conhecendo o
conteúdo você será capaz de improvisar por aí.
Você certamente pode ser capaz, mas não se desta-
cará. Seu público perceberá as pequenas coisas,
como alcançar uma palavra ou sair pela tangente.
Quando seus ouvintes perceberem isso, eles prova-
velmenteprovavelmente perderá o respeito por
você inconscientemente. Ter um roteiro sólido de
sua apresentação lhe dará uma confiança extra de
que seu público não apenas notará, mas também se
lembrará.
Visuais memoráveis ​e simples

Quando você está elaborando sua apresentação,


seus slides devem ser uma ajuda para a experiência
e nunca uma muleta para sua falta de preparação.
Cada slide deve ter uma mensagem forte com o mí-
nimo de texto e um design exclusivo. Crie visuais
que complementem suas informações e não dis-
traiam seu público. Muitas imagens ou palavras em
uma tela são difíceis de digerir e ainda mais difíceis
de lembrar. Em vez de sobrecarregar um slide, di-
vida o conteúdo e espalhe-o por vários slides. Seu
público se lembrará de frases rápidas, imagens sim-
ples e vídeos curtos. Incorporar um design arrojado
em uma mensagem forte faz de você um apresenta-
dor inesquecível e único.

Entrega poderosa

Tom. Linguagem corporal. Paixão. Eles não são per-


tinentes ao seu conteúdo ou design, mas são extre-
mamente críticos para proporcionar uma experiên-
cia. Você pode ter um tópico interessante apoiado
por um belo conjunto de slides, mas se você divagar
de maneira desorganizada, não fará diferença. Sua
apresentação ficará plana. Sempre ensaie sua apre-
sentação repetidamente. Seu conteúdo pode ser es-
truturado, mas dizer as palavras certas que refle-
tem seu conteúdo requer prática. Uma entrega bem
ensaiada pode transformar uma apresentação OK
em uma excelente. Quando estiver confortável em
verbalizar seu conteúdo, concentre-se em expressar
seus pensamentos com paixão para se tornar um
orador memorável.

Se você dominar essas três etapas, fará uma apre-


sentação memorável. Mas vamos nos desafiar. Se
você realmente deseja que sua grande ideia seja ou-
vida, crie uma maneira de se conectar com seu
público.

Usando os Cinco Sentidos

Apelo aos cinco sentidos humanos. Pense em cada


sentido como um canal para atingir seu público. As
apresentações normalmente invocam apenas visão
e som, mas e se você for além disso? Não perca al-
gumas oportunidades únicas de ser diferente. Veja
como você pode tocar os cinco sentidos do seu
público.

VISÃO

Incorpore algo incomum, como uma demonstração


de tecnologia deslumbrante ou um truque de má-
gica que engana o público. O tecno-ilusionista
Marco Tempest faz as duas coisas usando adereços
digitais elaborados, iluminação avançada ebom e
velho exibicionismo. Afinal, ver é acreditar, e qual-
quer coisa que desafie as crenças de um público
pode ser atraente se entregue da maneira certa.

GOSTO

Quando Kenny estava na sexta série, sua classe de


leitura estava aprendendo sobre a cultura vietna-
mita. A mãe de Kenny veio e falou sobre sua jor-
nada do Vietnã para a América e como ela apren-
deu a fazer vários pratos para sustentar sua família.
Durante sua palestra, os alunos receberam rolinhos
primavera (um prato tradicional vietnamita) e mos-
traram como prepará-los. Todos os seus sentidos es-
tavam envolvidos: o crocante, o cheiro, o tato, a vi-
são e o sabor do pão.

Logisticamente, pode ser difícil alimentar um pú-


blico inteiro, mas ao apresentar um produto que é
consumível, é uma boa maneira de seu público en-
tender realmente o que você está vendendo.

Dica do Kenny

Para uma receita em vídeo dos deliciosos rolinhos


primavera da minha mãe, visite
http://www.flipmyfood.com/segment/grilled-pork-
spring-rolls .

Na palestra TED de Jinsop Lee, “Design for All Sen-


ses”, Lee defende a utilização do design para criar
experiências extra-sensoriais mais memoráveis. Ele
encerrou sua palestra jogando doces para a platéia.
Não tente isso em uma conferência odontológica!

TOQUE

Incorporar o toque em sua apresentação permite


que os membros da audiência experimentem algo
diretamente, seja demonstrando uma nova peça de
tecnologia ou tentando provar um ponto maior.
Lembra como era legal na escola quando seu pro-
fessor de ciências falava sobre fósseis e distribuía
amostras para você tocar? Você podia sentir o peso
dos fósseis em suas mãos e imaginar o que as plan-
tas eos animais devem ter sido como vivos. Isso tor-
nou a experiência e a mensagem ainda mais ínti-
mas. Foi legal então, e é ainda mais legal agora.

Dica do Kenny
Uma maneira de criar uma experiência imersiva é
incorporar a impressão 3D em sua apresentação.
Isso funciona para empresas que procuram criar
pequenos protótipos de seus produtos em pitches.
Enviar um design para a loja Maker Bot lhe dará
uma vantagem ao lançar para um público que pre-
cisa ver um produto físico e tangível. Para obter
modelos 3D gratuitos, acesse
http://www.123dapp.com/ .

CHEIRO

O olfato pode ser muito arriscado se não for bem


feito, mas incorporar aromas em sua apresentação
é uma maneira poderosa de permitir que o público
se torne parte de sua história. Seja compartilhando
o aroma da comida ao falar sobre a comida de sua
mãe ou borrifando a colônia horrível que você usou
para contar a história de um primeiro encontro es-
tranho, o perfume pode ser um aliado poderoso ou
seu maior inimigo. Apenas o suficiente pode definir
o cenário para sua história, mas muito pode ser
uma distração. Use por sua conta e risco.

SOM
Aproveite o som em suas apresentações, desde a re-
produção de músicas até a alteração da maneira
como você fala. Desde que o som seja relevante, é
sempre melhor mostrar, não contar. Se você estiver
falando sobre ondas sonoras ou jazz antigo, seu pú-
blico ficará muito mais envolvido e interessado se
puder ouvir alguns exemplos. Por exemplo, em sua
palestra no TED, “The Transformative Power of
Classical Music”, Benjamin Zander tocou piano para
ilustrar seu ponto. Em vez de apenas explicar o po-
der da narrativa por trás da música, ele realmente
nos mostrou. Você pode aumentar significativa-
mente a eficácia de sua apresentação incorporando
som à sua mensagem.

O objetivo de ativar cada sentido é evocar uma res-


posta emocional em seus ouvintes e mantê-los en-
gajados. Apenas certifique-se de que o local pode li-
dar com o que você está planejando.

Você nem sempre terá a chance de fazer o reconhe-


cimento, mas se for capaz de fazer uma inspeção,
definitivamente deve examinar o local. Mesmo que
você não esteja planejando usar hologramas, robó-
tica avançada ou dançarinos de apoio, tente sentir o
ambiente em que estará apresentando. Como um
estrategista em um campo de batalha, conhecer a
paisagem só aumentará suas chances de vitória. Ca-
minhe, faça perguntas, pratique sua apresentação,
verifique as tomadas e toque nos microfones.

Ao pensar em maneiras de surpreender seu pú-


blico, certifique-se de que você pode realmente exe-
cutar suas ideias. Ensaie tudo em tempo real para
garantir o sucesso no dia da apresentação.

Exemplos de apresentações criativas

Se você está procurando inspiração, assista às apre-


sentações feitas pelos profissionais. Um grande re-
curso é o TED. Organizações como o TED se concen-
tram em tornar suas conferênciasuma experiência
de aprendizagem emocional e memorável para o
público. Ao assistir alguns dos melhores palestran-
tes fazerem apresentações inesquecíveis, você não
apenas ficará inspirado, mas também tentará incor-
porar algumas de suas técnicas em sua próxima
apresentação.
Aqui estão alguns exemplos de apresentações que
usam técnicas de entrega simples, mas poderosas,
para criar momentos memoráveis ​para o público.

USANDO ESTATÍSTICAS

Em sua palestra no TED, “Teach Every Child About


Food”, o chef Jamie Oliver afirmou: “Infelizmente,
nos próximos 18 minutos, quando eu fizer nosso
bate-papo, quatro americanos vivos estarão mortos
pela comida que comem”.

Abra com uma estatística chocante e relevante que


comunique a urgência e a importância de sua
apresentação.

USANDO A HISTÓRIA

Em “O perigo de uma única história”, a autora Chi-


mamanda Ngozi Adichie compartilhou como o po-
der das histórias permitiu que ela encontrasse sua
voz única em seu trabalho.

Use histórias envolventes e pessoais para se conec-


tar emocionalmente e motivar seu público.

USANDO DESENHO
Na palestra de David Epstein, “Os atletas estão real-
mente ficando mais rápidos, melhores e mais for-
tes?” ele usa um design de slides arrojado para mos-
trar como as proezas físicas evoluíram ao longo dos
anos.

Use slides de alta qualidade que exijam pouca ou


nenhuma explicação para enfatizar seu argumento.

USANDO UM MAPA DE PENSAMENTOS

Em seu discurso de formatura de 2014 para a Uni-


versidade do Texas em Austin, o almirante William
H. McRaven identificou e elaborou 10 conclusões
diferentes do treinamento Navy SEAL.

Visualize o número de pontos no início de sua apre-


sentação para dar aos seus ouvintes um roteiro
mental de onde eles estão no discurso.

USANDO SUSPENSÃO

Em sua palestra de anúncio do iPhone, Steve Jobs


falou sobre os recursos de três produtos antes de
apresentar um produto revolucionário que combi-
naria todos os três.
Desenvolva seus pontos para uma grande revelação
da grande ideia.

USANDO CHOQUE

Em sua palestra no TED, “Mosquitos, Malaria, Edu-


cation”, Bill Gates soltou mosquitos na sala para
evocar o desconforto que o público deveria sentir
ao aprender a assustadora verdade sobre a malária.

ERIK WAHL

Fórum E-Biz 2012

flickr/IDEA4Industry
Faça algo fora do comum para ilustrar seu ponto de
vista e ouse deixar o público desconfortável se ser-
vir à sua mensagem.

USANDO SUPORTES

Entrevistamos a palestrante do TEDx, Dima Ghawi,


que falou sobre romper com suas limitações cultu-
rais e descobrir o líder interior. Em sua palestra no
TEDx, “Breaking Glass: A Leadership Story”, Ghawi
falou sobre como sua avó comparou a reputação de
uma garota do Oriente Médio a um vaso de vidro.
Se rachado ou quebrado, sempre seria visto dessa
maneira. Mais tarde na vida, Ghawi rompeu com o
vaso de vidro imaginário das restrições. No final de
sua palestra no TEDx, Dima quebrou um vaso de
verdade no palco e deu a cada membro da platéia
pequenos pedaços dele, embrulhados com a mensa-
gem “Lembre-se de superar suas limitações”. Isso
ajudou o público a ficar conectado com sua história
muito depois do evento.

Use adereços ou objetos físicos para ilustrar seus


pontos principais ou chamar a ação.

USANDO ARTE
O grafiteiro Erik Wahl pinta ao vivo enquanto conta
sua história.

Você pode mostrar em primeira mão o processo de


criação de arte ou contar uma história por meio de
pintura ou desenho. Assistir a uma peça se desenro-
lar diante de seus olhos pode ser cativante para o
público.

USANDO VÍDEO

Durante uma apresentação no Google I/O 2012, os


cofundadores do Google fizeram uma videoconfe-
rência com um pára-quedista usando o Google
Glass (um dispositivo de realidade aumentada que
tem a capacidade de mostrar aos outros o que você
está vendo). Para um efeito dramático, o pára-que-
dista pousou no local e se juntou à multidão.

Use vídeos com conteúdo emocionalmente resso-


nante para mostrar como seu produto ou serviço
pode mudar a vida de outras pessoas.

USANDO O HUMOR
O comediante Maysoon Zayid apresentou uma pa-
lestra no TED chamada “I Got 99 Problems… A para-
lisia é apenas um”. Zayid contou sua história de vi-
ver com paralisia cerebral com humor autodepreci-
ativo, charme e inteligência, e o público não pôde
deixar de se apaixonar por ela. Ela usou um mate-
rial incrivelmente pessoal que manteve o público
viciado e rindo o tempo todo.

USANDO MATEMÁTICA

Em “A Performance of 'Mathemagic'”, Arthur Benja-


min mostra como ele pode calcular problemas ma-
temáticos complexos simultaneamente com uma
calculadora.

Mostrar habilidades incríveis ou complexas é inspi-


rador e faz as pessoas pensarem.

USANDO MÚSICA

Benjamin Zander tocou música ao vivo em sua


apresentação no TED, “The Transformative Power
of Classical Music”.
Tocar música não é apenas uma forma de entreter
seu público; também é uma maneira perfeita de
mostrar em vez de contar.

USANDO A DANÇA

“Dance vs. PowerPoint, a Modest Proposal” é uma


palestra TED inovadora criada por meio de uma co-
laboração única entre o escritor John Bohannon, o
coreógrafo e diretor Carl Flink e sua companhia de
dança, Black Label Movement, que usou dançarinos
em vez de um Apresentação em PowerPoint para
ilustrar a apresentação.

USANDO MAGIA

Keith Barry apresenta um incrível show de mágica


com o público em “Brain Magic”.

A magia é uma forma clássica de entretenimento


que pode ser usada para fazer um ponto que real-
mente vai ficar com o público.

USANDO A CIÊNCIA

No World Science Festival, Bobby McFerrin mostrou


ao público como nossos cérebros estão ligados à es-
cala pentatônica. Locais no palco correspondiam a
certas notas. Enquanto ele se movia pelo palco, o
público respondia com as notas apropriadas na es-
cala. Ao fazer isso, McFerrin efetivamente interpre-
tou o público como um musical.instrumento. O re-
sultado foi surpreendente e o público adorou. Você
pode assistir à apresentação de McFerrin no site do
TED em “Bobby McFerrin demonstra o poder da es-
cala pentatônica”.

Tente não fazer muito. Você nem sempre precisa fa-


zer uma apresentação semelhante à do TED toda
vez que fizer uma apresentação, mas é importante
permitir-se ser verdadeiramente criativo. Expresse-
se e dê ao seu público uma janela para suas pai-
xões. Fazer algo único sempre contribui para uma
experiência memorável.

Se o que você já tem direciona o ponto para casa,


tudo bem. Se você não está conseguindo nada signi-
ficativo incorporando elementos adicionais em sua
apresentação, não os inclua. Em última análise, o
que importa é que o público entenda sua mensa-
gem e aja de acordo com ela.
JOHN BOHANNON

“Dance vs. Powepoint, uma proposta modesta”

John Bohannon e Carl Flink


BOBBY MCFERRIN

Festival Mundial de Ciências

haak78/Shutterstock.com
ANTES DA EXPERIÊNCIA

Como você já sabe, elaborar uma ótima apresenta-


ção requer preparação. Você quer ter certeza de
que todas as peças funcionem juntas e que tudo
corra conforme o planejado. O que mais você pode
fazer?

Divulgue seu nome e sua mensagem para o mundo.


Estabeleça e mantenha uma presença envolvente
nas redes sociais. Promover-se da maneira certa
pode aumentar o tamanho do seu público e expan-
dir sua rede.

Crie um título cativante para sua apresentação que


seja facilmente compartilhável, direto e envolvente.
Faça algo que valha a pena abrir e compartilhar. Dê
às pessoas uma solução para um problema. Des-
perte a curiosidade deles. Apelo aos seus interesses.
No entanto, esteja atento à frequência de sua pro-
moção. Você quer que seus potenciais ouvintes este-
jam cientes de sua apresentação, mas não quer es-
gotá-los com mensagens repetidas.

O mesmo vale para o quão cedo ou tarde você inicia


esse diálogo com seu público. Você deseja encontrar
um meio termo entre cedo o suficiente para dar às
pessoas tempo para planejar a vinda, mas não com
tanta antecedência que se esqueçam do evento
mais perto da data.

Dica do Kenny

Quando tenho uma palestra, minha equipe normal-


mente começa a promover entre duas a três sema-
nas antes do evento. Isso permite que eu me co-
necte nas mídias sociais com todos os participantes
antes da apresentação, que podem me dizer o que
esperam ouvir. Eu fiz isso e saí com os participantes
antes do meu discurso, e criei alguns laços incríveis.
Isso não é apenas incrível, mas no próprio dia, não
há nada como ter alguns fãs na platéia.

Promova sua apresentação por meio de seu site, ca-


nais de mídia social e agências de notícias que pos-
sam alcançar os participantes interessados. Trate
sua apresentação como uma campanha e divulgue-
a para pessoas influentes que podem comparecer e
trazer seus amigos. Nunca é demais falar com o co-
ordenador do evento sobre como ele planeja pro-
mover o evento para que você possa determinar se
há oportunidades de marketing conjunto. Por
exemplo, para TEDxLSU, a equipe de marketing di-
vulgou os nomes de um pequeno número de pales-
trantes. Quando o nome de Kenny foi anunciado, a
Big Fish Presentations compartilhou vídeos com
uma prévia da palestra em postagens de mídia
social.

Outras maneiras de criar buzz:

•    Colabore com o organizador do evento sobre ma-


neiras de promover seu discurso utilizando os ca-
nais da conferência. Se a organização tiver um blog
ou boletim informativo, contribua com um artigo
para que todos os participantes possam lê-lo. O or-
ganizador também pode ter hashtags especiais no
Twitter para você se conectar com o público da
conferência.

•    Convide potenciais clientes, clientes ou investido-


res para o seu evento, oferecendo-lhes conselhos
gratuitos que, de outra forma, eles teriam que pa-
gar (apenas certifique-se de entregar).

•    Use o Facebook, Twitter e LinkedIn para pesquisar


e se conectar com seu público.

•    Forneça uma pequena parte de sua apresentação


(usando o SlideShare) para preparar seu público
para o próximo material. Isso ajuda a aumentar a
boa vontade e a credibilidade ao doar algo de valor.
Certifique-se de não dar tudo, no entanto.

•    Descubra quais jornalistas ou blogueiros estão par-


ticipando de sua sessão e se ofereça para fazer en-
trevistas depois.

•    Ao fazer o marketing de sua palestra para os parti-


cipantes, ofereça uma oferta ou prêmio para as res-
postas corretas às perguntas que você possa fazer.
•    Contrate um profissional para gravar sua apresen-
tação, para que você possa enviá-la para a mídia so-
cial depois.

Dica do Kenny

Embora esta seção específica seja mais voltada para


palestras em conferências, essas lições também se
aplicam a apresentações de menor escala. Se estou
fazendo uma apresentação interna para os mem-
bros da minha equipe, envio uma agenda para que
saibam o que esperar. Dessa forma, eles podem pre-
parar perguntas e até mesmo enviá-las para mim
com antecedência.
ENVOLVA A AUDIÊNCIA

Um dos princípios básicos de falar em público é a


interação com o público ou o envolvimento do pú-
blico. Você deve sempre falar com as pessoas em
seu público, não para elas. Esta é uma ótima filoso-
fia de vida. No entanto, se você deseja realmente se
envolver com um grupo de pessoas, que maneira
melhor do que envolvê-las na apresentação?

Muitos, mesmo os melhores apresentadores, ficam


presos em uma espécie de “bolha de apresentação”.
Ficamos presos em nossos pensamentos e esquece-
mos de atender nosso público em tempo real. Você
pode estar tão concentrado em atingir os pontos
certos, enunciar claramente e fazer contato visual
que se esquece de interagir com os seres humanos à
sua frente. É algo que é esquecido com tanta facili-
dade e frequência que o público se acostumou a
uma apresentação padrão. Um orador aparece no
palco, talvez faça uma pergunta e ande um pouco.
De certa forma, isso pode ser benéfico para você
como uma estrela de apresentação promissora. Se
os membros da audiência estão acostumados a ver
a mesma apresentação antiga, então qualquer coisa
remotamente diferente ou excitante será muito me-
lhor do que qualquer outra apresentação que eles
tenham visto.

John Medina, pesquisador e autor de Brain Rules ,


diz que o cérebro começa a sintonizar as coisas de-
pois de uma média de 9 minutos e 59 segundos, não
importa o quão interessante seja o assunto. Durante
este tempo, é imperativo que você comece a forne-
cer meios envolventes onde seus ouvintes possam
se reconectar não apenas com você, mas também
uns com os outros.

Trata-se de diminuir a distância entre o público e o


palestrante e criar uma experiência que todos pos-
sam compartilhar, mesmo que por alguns minutos.

Existem muitos tipos diferentes de configurações e


situações de apresentação, desde pequenos eventos
de diretoria até colossais cúpulas globais. É claro
que cada tipo tem seu próprio potencial de intera-
ção com o público, mas aqui estão algumas táticas
que podem ser aplicadas a muitos.

Atividades

Incentivar o público a participar de uma atividade


é provavelmente a maneira mais eficaz de induzir o
engajamento. As atividades obrigam o público a re-
alizar uma ação em vez de apenas ouvir. Quando
recebem uma tarefa ou são solicitados a pensar por
si mesmos, sentem que estão contribuindo. Por-
tanto, eles têm interesse em sua apresentação. Você
deu a eles um senso de propósito e direção.

Lembra-se de Erik Wahl, o grafiteiro? Ele pediu aos


membros da platéia que demonstrassem bravura
realizando várias atividades embaraçosas. Em
troca, doou obras de arte que pintou durante a
apresentação. Todo mundo queria um, e Wahl sabia
disso. Ele os manteve engajados criando suspense e
colocando algo em jogo.

As atividades que você escolher podem variar de


quebra-gelos simples a jogos para um ou vários jo-
gadores. Eles devem levar o público a competir, tra-
balhar em conjunto ou simplesmente se divertir.
Não precisa necessariamente estar diretamente re-
lacionado à sua mensagem, mas certamente aju-
dará se estiver. Seu objetivo é fazer o sangue fluir,
as bocas falarem e as mentes funcionarem. Você
quer que seus ouvintes estejam alertas, prontos
para receber sua mensagem.

Para grupos menores de 15 a 25 pessoas, um bom


quebra-gelo para abrir workshops e avaliar o co-
nhecimento do público é a versão sem álcool de “Eu
nunca”. Peça a todos os participantes que levantem
10 dedos, comece com “Eu nunca” e termine com
uma declaração como “leia cada slide de uma apre-
sentação”. Quando um membro da audiência é cul-
pado da declaração, ele ou ela aponta o dedo para
baixo. Continue assim até que não haja dedos para
cima ou você fique sem perguntas. Dependendo da
natureza competitiva do público (equipes de ven-
das e executivos são particularmente competitivos),
você pode oferecer um prêmio, como um vale-pre-
sente. Além de criar conversa, esta é uma maneira
divertida e fácil de apresentar pontos ou fatos que
possam aumentar a conscientização sobre uma
causa.
Outras atividades:

•    Para pequenos públicos . Divida os grupos para dis-


cutir um desafio e compartilhe os resultados com a
sala.

•    Para audiências maiores . Processos de dramatiza-


ção, como uma interação de vendas, com um mem-
bro da audiência.

•    Para públicos de todos os portes . Questione o pú-


blico e recompense a participação com um prêmio.

Dica do Kenny

Encontrar maneiras memoráveis ​de fazer o público


rir de si mesmo torna você mais simpático e acessí-
vel. Uma das coisas que mais gosto de fazer em mi-
nhas palestras é conseguir que um voluntário da
platéia modele o que descrevo como uma boa lin-
guagem corporal. Por exemplo, se eu disser: “Faça
contato visual”, o voluntário geralmente encara a
multidão de maneira assustadora, mas bem-humo-
rada. É uma ótima maneira de quebrar o gelo.

Perguntas

As perguntas vão além de apenas pedir às pessoas


na platéia que levantem as mãos ou batam palmas
em resposta. Seja criativo. Por exemplo, com grupos
nos quais a participação é bem-vinda e incentivada,
você pode usar uma ferramenta como o Catchbox (
http://us.getcatchbox.com/ ). A pessoa que pegar a
caixa tem que dizer o que mais tem curiosidade em
relação ao seu assunto.

Além das perguntas e respostas pós-apresentação, é


bom manter o público atento fazendo perguntas re-
lacionadas ao seu tópico. Se estiver tentando intro-
duzir um novo conceito, você pode usar um mem-
bro da platéia como exemplo da vida real ou obter
feedback em tempo real sobre algo que acabou de
dizer ou fazer. As pessoas aceitarão melhor uma
ideia se ela estiver sendo testada ou aplicada bem
na frente delas. Seja transparente. Se uma ideia não
estiver funcionando, mostre que você é flexível. Es-
teja ciente de que fazer perguntas ao seu público
significa que você deve estar preparado para qual-
quer coisa. Antecipar as perguntas torna você um
apresentador mais forte, e ser natural com suas res-
postas cria credibilidade que permanece nas
pessoas.

PERGUNTAS DE ETIQUETA

•    Você pode responder perguntas no meio da


apresentação.

•    Se você não souber a resposta para uma pergunta,


admita sua ignorância. Não há problema em per-
guntar se um membro da platéia sabe a resposta.
Isso pode reativar a atenção de toda a sala. Se nin-
guém souber, certifique-se de enviar a resposta por
e-mail ou mídia social.

•    Fique em silêncio depois de fazer uma pergunta.


Isso obrigará alguém a oferecer uma resposta.

•    Em resposta às perguntas, responda com algo


como "Obrigado pela sua pergunta" em vez de "Boa
pergunta!" Você não quer soar sarcástico ou
paternalista.

Recomendamos registrar todas as perguntas fre-


quentes em suas apresentações para que você possa
preparar boas respostas.

Demonstração ao vivo

Conseguir que um membro do público demonstre


um produto ao vivo atinge vários objetivos: envolve
o público em sua apresentação, captura o interesse
e cria suspense e mostra como qualquer consumi-
dor usaria seu produto ou serviço. Certifique-se de
que a demonstração está pronta para começar, no
entanto. Um membro da platéia no palco pode ser o
maior defensor ou o pior crítico de seu produto
quando ele se senta novamente.

Quando você pensa em demonstrações ao vivo, ne-


nhuma outra empresa faz a demonstração do pro-
duto como a Apple. Steve Jobs revelou o FaceTime
pela primeira vez no iPhone ligando para seu
amigo e colega Jony Ive. Executar uma demonstra-
ção tecnológica com sucesso pode ser mágico para o
público, mas pode prejudicar sua credibilidade se
fatores externos, como WiFi irregular ou equipa-
mento com defeito, o impedirem. Ensaiar, ensaiar,
ensaiar. E sempre tenha um plano de backup.

Mídia social

Criar uma hashtag para sua apresentação é uma


ótima maneira de estabelecer uma conexão com
seu público. Ele também oferece a capacidade de
rastrear o engajamento. Você pode ver quantas pes-
soas usam a hashtag, como ela é compartilhada e o
que as pessoas estão dizendo. Você pode medir o al-
cance, a frequência e a opinião pública comparti-
lhando uma hashtag exclusiva.

No entanto, as hashtags também podem prejudicá-


lo. Por exemplo, para sua palestra na CES 2013, a
Qualcomm decidiu fazer uma apresentação exage-
rada com atores, músicos e participações especiais.
Embora isso pareça incrível em teoria, sua execu-
ção confundiu alguns espectadores assistindo ao
vivo e online. Eles foram ao Twitter para expressar
sua confusão e zombar da Qualcomm.
Conclusão principal: certifique-se de que as pessoas
em seu público estejam confortáveis ​com o que
você entrega ou esteja preparado para enfrentar
sua ira.

Coloque sua apresentação online


Você também pode estimular a interação do público
postando sua apresentação online em sites como
SlideShare e Prezi. Seu público, assim como outros
usuários, podem visualizar a apresentação, deixar
comentários ou até mesmo acompanhar a apresen-
tação. Usar a tecnologia para alcançar e envolver
seu público pode parecer distante ou impessoal,
mas é uma abordagem moderna que se mostra
eficaz.

Dica do Kenny

Para obter mais informações sobre como utilizar o


SlideShare, visite
http://www.bigfishpresentations.com para obter um
e-book gratuito.
Estas são apenas algumas maneiras de envolver seu
público em sua apresentação. O tópico, dados de-
mográficos do público, tamanho do público, local e
horário determinarão a maneira ou o grau em que
você pode se envolver com eles. Em caso de dúvida,
consulte o organizador do evento para obter orien-
tações sobre o que é apropriado.
DEPOIS DA EXPERIÊNCIA

Ao sair do palco após a apresentação, você se sen-


tirá cheio de adrenalina e aliviado por ter acabado.
Você apertou as mãos, talvez até um pouco em rede.
Agora não é hora de descansar. Esta é uma etapa
crucial para garantir a eficácia da sua apresenta-
ção. As pessoas em seu público podem ter absor-
vido sua mensagem e você pode ter feito um ótimo
trabalho ao envolvê-los em algum tipo de diálogo,
mas tudo isso não significa nada, a menos que você
inspire a ação a ser tomada.

Para fazer isso, você precisa deixar seu público com


alguma coisa, seja um objeto físico ou a urgência de
prosseguir com a ação. Você precisa mostrar a eles
que se importa com a pré-apresentação e a pós-
apresentação do tópico. Isso dá aos membros da au-
diência uma conexão direta com você. Quanto me-
lhor for o relacionamento que você puder formar
com seu público, maior será sua chance de criar
mudanças. Você pode usar tudo, desde folhetos com
URLs relevantes e informações de contato até acom-
panhamentos de mídia social e unidades USB de
sua apresentação com um link para mais materiais.
Qualquer que seja o legado, certifique-se de que es-
teja diretamente relacionado à sua ideia.

Se você é um autor, falar em eventos é uma ótima


maneira de divulgar seu livro. Um de nossos clien-
tes, o autor best-seller do New York Times de New
Rules of Marketing and PR (que recomendamos a
qualquer profissional de marketing aspirante ou
veterano) e um apresentador fenomenal por mérito
próprio, David Meerman Scott, falou em uma confe-
rência em Buffalo, Nova Iorque, anos atrás. En-
quanto sua apresentação foi feita maravilhosa-
mente, Meerman Scott ampliou o impacto de sua
mensagem colocando uma cópia de seu livro em sa-
colas distribuídas a cada participante da conferên-
cia. Isso ajudou o público a se lembrar de sua men-
sagem e refletir sobre ela de forma física. Eles tam-
bém poderiam compartilhá-lo com outras pessoas.
Afinal, bons livros devem ser compartilhados.
Dica do Kenny

Eu faço três coisas depois de cada palestra, as quais


resultaram em negócios: (1) Eu digo às pessoas
como elas podem entrar em contato comigo se gos-
tarem da minha apresentação. Peço seus cartões e
envio recursos para ajudá-los a fazer apresentações
melhores. (2) Compartilho meu nome de usuário do
Twitter com uma hashtag para que os membros da
audiência tuítem suas opiniões sobre minha apre-
sentação. E (3) carrego minha apresentação em si-
tes como SlideShare (
slideshare.net/bigfishpresentations ) e a incluo
como PDF em nossa página de blog (
hookyouraudience.com ). Quando consigo gravar
minha apresentação, eu a carrego em nosso canal
do YouTube e em outras redes sociais.
Em uma conferência da Entrepreneur Magazine em
Nova Orleans, o grafiteiro Erik Wahl falou sobre en-
frentar o medo. Durante sua apresentação, ele deu
várias obras de arte que pintou ao vivo no palco.
Isso resultou em muitos tweets sobre como suas
pinturas eram incríveis. Ele ganhou força nas mí-
dias sociais e aumentou o valor de seu trabalho. Ao
final de sua palestra, ele anunciou uma caça ao te-
souro chamada “Art Drop”, dizendo que deixaria
belas pinturas dos ícones de uma cidade por toda
cidade em que falasse. Isso levou o público a verifi-
car sua página de mídia social em determinados
momentos em busca de pistas sobre onde ele dei-
xou as pinturas. As pessoas enlouqueceram quando
ele revelou que o amado quarterback do New Orle-
ans Saints, Drew Brees, era o tema de uma das pin-
turas em disputa.

Embora nem toda apresentação possa incluir caça-


das ao tesouro complexas, outros exemplos discuti-
dos anteriormente podem inspirá-lo a ampliar o im-
pacto de sua apresentação.
Dica do Kenny

Se você tem livros para compartilhar, mas não tem


como transportá-los, não tenha medo. Se você tiver
uma edição de e-book, dê de presente aos partici-
pantes. Isso é perfeito, pois exigirá que as pessoas
do seu público forneçam seus endereços de e-mail.
Basta colocar suas informações de contato na opção
“Give a gift” na Amazon e eles receberão um código
de resgate eletrônico. Se você estiver promovendo
seu livro, certifique-se de limpá-lo primeiro com o
organizador do evento.
COMO OBTER FEEDBACK VALIOSO

A apresentação está terminada. Sua mensagem foi


poderosa, seus slides foram lindos e sua entrega foi
envolvente. Você se sente bem com tudo, e os mem-
bros da platéia parecem se divertir. Alguns podem
até querer falar com você depois. Depois de todo o
trabalho duro que você colocou nisso, é hora de
sentar e relaxar, certo?

Não exatamente.

Depois dos aplausos, sorrisos e apertos de mão,


você ainda tem trabalho a fazer, porque é hora do
feedback pós-apresentação.

Mas e se a sua apresentação for perfeita? Por que


você precisa de feedback? Em primeiro lugar, ne-
nhuma apresentação é perfeita. Em casos muito ra-
ros, pode haver apenas uma pequena quantidade
de críticas, mas você ainda precisa de feedback. Por
quê? Para continuar a melhorar como apresenta-
dor, você precisa ouvir tanto os bons quanto os
ruins.

Seja um elogio ao design do slide ou uma correção


na pronúncia de uma determinada palavra, é im-
portante saber como sua apresentação foi recebida.
Ter um grupo de colegas, outros palestrantes, men-
tores ou membros selecionados do público criti-
cando sua apresentação é valioso.

O feedback é a chave para a melhoria. Você está


tentando se tornar um apresentador melhor apri-
morando a experiência geral do público. Você está
procurando uma crítica construtiva que possa levar
em consideração em sua próxima apresentação.

Tente obter o máximo de feedback detalhado possí-


vel para que você possa resolver quaisquer proble-
mas imediatamente. Em vez de se contentar com
respostas simples de sim ou não, pressione seu pú-
blico por motivos específicos por que sua apresen-
tação foi eficaz e divertida - ou por que não foi.
“Você foi bom” ou “não gostei” é praticamente inútil
para melhorar suas habilidades de apresentação.
“Você foi bom porque…” ou “Não gostei do papel
quando você…” é o que você está procurando.
Quanto mais específico for o feedback, melhor.

Aqui estão algumas perguntas para fazer ao seu


público:

•    Deixei meu ponto principal claro? Como?

•    Eu divaguei muito? Quando?

•    Meus slides estavam confusos? Quais?

•    Eu fiz você se importar com meus pontos? De que


maneira?

•    Como foi meu parto? Como posso ser mais natural?

•    Fiz pausas suficientes, falei muito rápido, fiz movi-


mentos corporais desajeitados ou fiz algo que o dei-
xou desconfortável? Em caso afirmativo, o que?

•    Qual é a maior coisa que posso melhorar?

•    O que preciso continuar fazendo? Por quê?

Não leve o feedback para o lado pessoal. Quando as


pessoas lhe disserem que não gostam de algo, não
fique na defensiva. Em vez disso, pense no feedback
negativo como uma ferramenta para ajudá-lo a fa-
zer melhor da próxima vez. Sem ela, todos continu-
aríamos cometendo os mesmos erros repetida-
mente. Sem a honestidade do público, as apresenta-
ções nunca melhorariam. Use as críticas deles para
se fortalecer, um comentário por vez.

Outra parte importante da obtenção de feedback é


o processo de documentá-lo para uso posterior.
Leve um bloco de notas, distribua formulários de
comentários, grave áudio ou vídeo – o que for mais
conveniente – apenas certifique-se de ter um sis-
tema de documentação. Manter registros de todos
os comentários irá lembrá-lo de incorporar o feed-
back em seu trabalho. Ao se preparar para a pró-
xima apresentação, revise os comentários algumas
vezes. Você ficará surpreso não apenas com o
quanto pode aprender, mas também com o quanto
se lembrará se tiver um registro do feedback.

É melhor obter e revisar o feedback imediatamente


após uma apresentação, enquanto ele ainda está
fresco em sua mente. Se você tiver notas manuscri-
tas, transcreva-as assim que puder; isso o ajudará a
lembrar as mudanças que você precisa fazer mais
tarde, quando ensaiar.

Após o feedback, concentre-se nos pontos mais co-


muns. Não tente resolver muito de uma vez.
SobreCom o tempo, esses esforços se complemen-
tam e suas habilidades vão melhorar
drasticamente.

Embora o feedback seja extremamente valioso,


nem todo ele é necessariamente útil. Você deve
aceitar cada conselho com um grão (ou meio quilo)
de sal, avaliando-o para ver se está alinhado com a
visão que você tem para sua apresentação. O conse-
lho é gratuito, mas tomar o tipo errado pode custar
caro. Faça o que parece certo e desconsidere o que
não se aplica. Leva tempo e paciência para incorpo-
rar o feedback, mas também requer julgamento
para determinar a eficiência com que você
melhorará.

Encontrar e eliminar os pontos fracos, bem como


capitalizar e expandir os pontos fortes, é crucial
para crescer como palestrante. Ocasionalmente,
você pode querer pular o processo de obtenção de
feedback, mas adquirir essas informações valiosas
o beneficiará muito a longo prazo.
CONCLUSÃO

Falamos sobre ser único e se destacar da multidão.


Já falamos sobre como conquistar o palco, o que fa-
zer antes e depois da apresentação e como interagir
com seu público. Pensar e falar sobre essas coisas é
uma coisa, mas colocar todas essas ideias em prá-
tica é outra bem diferente.

Quando se trata de criar uma experiência para o


seu público, você precisa ser muito disciplinado, di-
ligente e detalhista.

Pense no motivo pelo qual você está apresentando


em primeiro lugar. Seja tentando espalhar uma
ideia, arrecadar dinheiro ou fazer as pessoas rirem,
toda apresentação tem um propósito. Encontre e
lembre-se do seu ao criar sua experiência de apre-
sentação. Isso ajudará você a manter o foco ao
longo do caminho e também produzirá melhores
resultados no final. Há muito trabalho nisso, desde
a preparação até o acompanhamento, mas, no final
das contas, você terá inspirado um grupo de pes-
soas com suas ideias e dado o primeiro e mais im-
portante passo para criar mudanças.

desafios

NOVATO

•    Crie um título ou manchete que seja cativante e


ressoe emocionalmente com seu público.

•    Antes de sua próxima apresentação pública, co-


necte-se com os membros da platéia e pergunte o
que eles gostariam de aprender com sua palestra.

•    Carregue sua próxima apresentação no YouTube e


no SlideShare para se promover e solicitar
feedback.

ESPECIALISTA

•    Dê um token criativo durante sua próxima apre-


sentação (Dima Ghawi deu um pedaço do vaso de
vidro que ela quebrou no palco para o público).
•    Apelar para quatro dos cinco sentidos em sua pró-
xima apresentação.

•    Encontre uma maneira de incorporar a interação


do público a cada 10 minutos, seja por meio de uma
demonstração ao vivo de sua tecnologia, atividades
ou perguntas.

Apoiar Sair

© 2022 O'REILLY MEDIA, INC.  TERMOS DE SERVIÇO POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Você também pode gostar