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GEOLOGIA E MÉTODOS

Verificação das aprendizagens


Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, referentes às interações entre os diferentes
subsistemas terrestres.
(A) Os seres vivos e as suas interações não integram o sistema Terra.
(B) A respiração dos animais permite trocas de matéria entre a biosfera e a atmosfera.
(C) O ciclo hidrológico não interfere com os subsistemas terrestres.
(D) Os vulcões podem alterar o equilíbrio da atmosfera através dos gases que expelem durante as erupções.
(E) As tempestades são o resultado das interações entre a hidrosfera e a atmosfera.

2. O sistema Terra é _____ porque apenas troca _____ com o espaço exterior
(A) aberto (...) energia (C) fechado (...) energia
(B) aberto (...) matéria (D) fechado (...) matéria

3. A presença de marcas de ondulação em rochas sedimentares antigas pode ser explicada pelo
(A) catastrofismo. (C) atualismo.
(B) imobilismo. (D) mobilismo.

4. A génese das rochas sedimentares não integra


(A) a meteorização. (C) a erosão.
(B) o metamorfismo. (D) a sedimentação.

5. Uma rocha resultante do arrefecimento de um magma na proximidade ou na própria superfície terrestre é


(A) magmática intrusiva. (C) sedimentar.
(B) metamórfica. (D) magmática extrusiva.

6. O processo responsável pela formação de novas rochas no interior da crusta, sem que ocorra a fusão de materiais,
designa-se por
(A) metamorfismo. (C) sedimentação.
(B) solidificação. (D) deposição.

7. Na região ______, as placas litosféricas estão a afastar-se, constituindo um limite ______.


(A) do rifte (...) convergente (C) da fossa oceânica (...) convergente
(B) do rifte (...) divergente (D) da fossa oceânica (...) divergente

8. Nos limites conservativos ocorre


(A) destruição de placas litosféricas. (C) deslizamento horizontal das placas litosféricas.
(B) formação de crusta oceânica. (D) formação de cadeias montanhosas.

9. As rochas mais recentes dos fundos oceânicos encontram-se


(A) junto aos continentes. (C) nas fossas oceânicas.
(B) nas dorsais oceânicas. (D) afastadas das dorsais oceânicas.

10. No limite convergente entre a placa de Nazca (oceânica) e a placa Sul-Americana (continental) está a ocorrer a ______
da placa de Nazca, com ______ de litosfera.
(A) subducção (...) formação (C) conservação (...) destruição
(B) conservação (...) formação (D) subducção (...) destruição

11. A idade _____de uma rocha é obtida a partir de isótopos _____ que sofrem decaimento radioativo.
(A) radiométrica (...) instáveis (C) relativa (...) instáveis
(B) radiométrica (...) estáveis (D) relativa (...) instáveis.

12. Sabendo que a semivida da transformação do 238U em 206Pb é de aproximadamente 4500 milhões de anos, a
percentagem de 238U existente num zircão de rochas magmáticas com 310 milhões de anos é
(A) inferior a 50%. (C) igual à do 206Pb.
(B) igual a 50%. (D) superior a 50%.

13. As limitações da aplicação dos métodos de datação radiométrica ocorrem, sobretudo, nas rochas
(A) sedimentares e magmáticas. (C) metamórficas e magmáticas.
(B) intrusivas e extrusivas. (D) sedimentares e metamórficas.

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Aplicação das aprendizagens
1. A serra de Sintra possui uma forma elíptica, com 10 km por 5 km, com uma orientação aproximada este-oeste. Esta
serra resultou da ascensão contínua de um maciço magmático com origem em profundidade. Essa ascensão teve início
há cerca de 82 milhões de anos (M.a.) sob uma cobertura de rochas sedimentares, essencialmente constituídas por
calcários e margas, semelhantes às que atualmente circundam o referido maciço. A ascensão do maciço de Sintra,
proveniente de áreas com temperaturas mais elevadas, exerceu sobre as rochas encaixantes uma grande pressão,
transferindo para elas quantidades significativas de calor. Este movimento empolou a cobertura sedimentar, que se foi
deformando até se fraturar, acabando por ser desmantelada pelos agentes da geodinâmica externa, nomeadamente a
água de escorrência. A ação erosiva destes agentes acabou por expor, há cerca de 65 M.a., as rochas magmáticas que
constituem a serra.

FIG. 15 A serra de Sintra entre as plataformas litorais de São João das Lampas e de Cascais, com o esboço da disposição das rochas.

1.1. As rochas magmáticas que constituem a serra de Sintra são _____, tendo resultado de um arrefecimento _____ do
magma.
(A) intrusivas (...) rápido (C) extrusivas (…) rápido
(B) extrusivas (...) lento (D) intrusivas (…) lento

1.2. A ascensão do maciço magmático da serra de Sintra teve início há 82 M.a. Indique o método de datação utilizado para
determinar esta idade.

1.3. As rochas sedimentares que _____ atualmente as rochas magmáticas da serra de Sintra possuem uma idade _____
a 82 M.a.
(A) recobrem (...) inferior (C) circundam (...) inferior
(B) recobrem (…) superior (D) circundam (...) superior

1.4. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações, respeitantes ao ciclo das rochas.
(A) As rochas metamórficas surgem de modificações sofridas pelos diferentes tipos de rochas no interior da Terra, sem
que ocorra fusão.
(B) A erosão das rochas que recobriam a serra de Sintra há 82 M.a. é uma condição necessária à formação das rochas
magmáticas que a constituem.
(C) Os sedimentos resultantes dos processos erosivos, que expuseram o maciço magmático da serra de Sintra, após
sofrerem diagénese, deram origem a rochas sedimentares.
(D) A principal fonte de energia da parte subcrustal do ciclo das rochas é o calor interno do planeta.

1.5. Explique em que medida será expectável encontrar rochas metamórficas na serra de Sintra.

2. O Mar de Aral, com mais de 67 000 km2 de extensão, já foi o quarto maior lago de água salgada do mundo. A partir de
meados dos anos 50 do século XX, a água dos dois rios que o abasteciam, o Amu Darya e o Syr Darya, começou a ser
desviada para os canais de irrigação do cultivo de algodão das estepes da Ásia Central. A partir dessa altura, os níveis de
água do Mar de Aral caíram, o que provocou o aumento da sua salinidade, com a correspondente diminuição das
populações de peixes, como, por exemplo, o sargo e a carpa. Atualmente, o Mar de Aral possui cerca de um décimo do
seu tamanho original e está praticamente dividido em dois: o Aral do Norte, no Cazaquistão, que corresponde à metade
superior do antigo mar, e o Aral do Sul, localizado no Uzbequistão.
Na década de 1990, ambos os reservatórios de água pareciam destinados a desaparecer. No entanto, a situação mudou
no Cazaquistão com a construção de um dique de 12 km de extensão ao longo do estreito canal que liga o Aral do Norte
ao Aral do Sul. A conclusão da sua construção em 2005 e as intervenções nos canais existentes do rio Syr Darya ajudaram
a incrementar o fluxo de água para o Aral do Norte. Os efeitos destas intervenções superaram todas as expectativas.
Decorridos apenas sete meses da sua conclusão, o nível da água tinha aumentado 3,3 m. Cálculos anteriores apontavam
para que esse nível fosse atingido apenas ao fim de 10 anos. Logo em 2006, na cidade de Aralsk, registou-se a pesca de
7106 toneladas, valor muito influenciado pelo regresso de várias espécies de peixes, como o lúcio-poleiro, o sargo e o
bagre.
Do outro lado da fronteira, no Uzbequistão, a história é muito diferente, já que os fluxos a montante do rio Amu Darya
continuam a ser usados para a produção de algodão, tornando o fluxo de água insuficiente para abastecer o Aral do Sul.

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FIG. 16 Evolução da área do Mar de Aral de 1957 a 2015.

2.1. A redução progressiva da área do Mar de Aral resultou


(A) de uma taxa de evaporação inferior ao aporte de água.
(B) de uma taxa de evaporação superior ao aporte de água.
(C) do facto de o rio Amu Darya ser a sua única fonte de água.
(D) da diminuição do aporte de água salgada.

2.2. A salinidade da água do Mar de Aral intensificou-se como resultado da interação entre a
(A) biosfera e a geosfera. (C) atmosfera e a biosfera.
(B) geosfera e a atmosfera. (D) hidrosfera e a geosfera.

2.3. O vento que se faz sentir no deserto da Ásia Central atua como um agente da geodinâmica
(A) interna, tal como a água da superfície da Terra. (C) externa, tal como o calor interno da Terra.
(B) interna, tal como o calor interno da Terra. (D) externa, tal como a água da superfície da Terra.

2.4. A ação antrópica sobre o rio Amu Darya é responsável


(A) pela diminuição da carga sedimentar transportada para o Aral do Sul.
(B) pelo aumento da carga sedimentar transportada para o Aral do Sul.
(C) pelo aumento da extensão do Aral do Sul.
(D) pela manutenção do nível da água no Aral do Sul.

2.5. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que
conduziram às alterações verificadas no Aral do Norte, a partir de 1990.
A. Construção de obras destinadas a reter a água. D. Restauração das populações de peixes do ecossistema.
B. Aumento do nível da água no Aral do Norte. E. Ritmo de evaporação da água do mar inferior à do aporte de C.
Diminuição da salinidade do Aral do Norte. água.

2.6. Explique, tendo em conta os dados do texto, os diferentes resultados obtidos pelas intervenções humanas no lado
norte e sul do Mar de Aral.

3. A região da Indonésia é uma das zonas tectónicas ativas mais complexas da Terra, sendo frequentes as notícias sobre
sismos e tsunamis. Este país possui cerca de 400 vulcões, dos quais aproximadamente 100 estão ativos. A Indonésia
forma a extremidade sudeste da placa euro-asiática e está limitada pela placa indo-australiana, em movimento para o
norte, e pela placa do Pacífico, que se move para oeste. A velocidade de deslocamento das placas é de alguns centímetros
por ano. Enquanto na fossa a oeste de Java é de seis centímetros por ano, na parte oriental da fossa de Java é de cerca
de cinco centímetros por ano. A maior parte dos vulcões da Indonésia faz parte do arco de Sunda, uma linha de vulcões
com cerca de três mil quilómetros, que se estende do norte de Sumatra ao mar de Banda. O mapa da figura 17 mostra o
contexto tectónico da Indonésia e a direção e velocidade do movimento das placas.

FIG. 17

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3.1. A _____ de Kalimantan, a placa do Pacífico está a movimentar-se para oeste a uma velocidade ____ à da placa indo-
australiana, para norte.
(A) este (...) superior (C) oeste (...) inferior
(B) este (…) inferior (D) oeste (...) superior

3.2. Na ____ oceânica de Sunda está a ocorrer subducção da placa _____.


(A) dorsal (...) euro-asiática (C) dorsal (...) indo-australiana
(B) fossa (...) indo-australiana (D) fossa (...) euro-asiática

3.3. O limite de placas, assinalado pela letra A, é _____ , ocorrendo a _____ do material rochoso das duas placas.
(A) transformante (...) conservação (C) convergente (...) destruição
(B) transformante (...) destruição (D) convergente (...) conservação

3.4. Tendo em conta o contexto tectónico representado na figura 17, a distância entre a ilha de Timor e a Austrália poderá
estar a _____, caso ocorra a ativação do limite _____ que separa os dois territórios.
(A) aumentar (...) construtivo (C) aumentar (...) destrutivo
(B) diminuir (...) construtivo (D) diminuir (...) destrutivo

3.5. Explique, a partir dos dados do mapa, o alinhamento dos vulcões da Indonésia.

4. O zircão é um mineral abundante na crusta terrestre. Para além de surgir primariamente nas rochas magmáticas, este
mineral também surge nas rochas metamórficas, na forma de grãos recristalizados. Nas rochas sedimentares, este mineral
pode ser encontrado entre os sedimentos que as constituem. Os grãos detríticos contendo zircão são muito frequentes
devido à resistência que este mineral apresenta aos diversos processos de meteorização, o que faz com que eles sejam
facilmente encontrados.
A composição isotópica de sedimentos que contêm zircões tem sido amplamente utilizada na pesquisa da proveniência
dos materiais rochosos que constituem as rochas sedimentares detríticas. De entre os processos de datação mais usados
salienta-se o que envolve a determinação dos diferentes isótopos do sistema urânio-chumbo (U-Pb).
Os resultados obtidos a partir de estudos de datação de grãos detríticos contendo zircão, provenientes de amostras
recolhidas em diferentes regiões de Portugal continental, permitem associá-los a várias fases primárias da sua formação.
De entre as principais fases de geração destacam-se os zircões com:
(1) cerca de 2450 M.a. a 2750 M.a., provavelmente associados à formação do supercontinente Arcaico;
(2) 1750 M.a. a 2200 M.a., resultantes do ciclo orogénico Eburniano;
(3) idades entre de 900 M.a. e 1300 M.a., que têm sido relacionados com a formação do supercontinente Rodínia;
(4) idades inferiores a 390 M.a., que podem ser associados aos processos de formação da Pangeia.

FIG.18 Resultados das datações de zircões pelo método de urânio-chumbo (U-Pb) a partir de amostras recolhidas em três
regiões diferentes de Portugal continental.

4.1. A facilidade de encontrar zircões em grãos detríticos deve-se à


(A) elevada resistência deste mineral à fusão. (C) elevada resistência deste mineral à meteorização.
(B) fraca resistência deste mineral à fusão. (D) fraca resistência deste mineral à meteorização.

4.2. A idade _____, obtida a partir dos grãos de zircão, constitui a variável ____ dos estudos da proveniência dos materiais
sedimentares.
(A) radiométrica (...) dependente (C) relativa (...) dependente
(B) radiométrica (...) independente (D) relativa (...) independente

4.3. A análise dos dados mostra que


(A) os zircões mais antigos estão presentes nas rochas da zona sul portuguesa.
(B) os zircões mais abundantes estão associados à formação do supercontinente Arcaico.
(C) na zona sul portuguesa não existem zircões com idades inferiores a 600 M.a.
(D) as rochas sedimentares da zona Galaico-Transmontana possuem os zircões mais antigos.
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4.4. No método de datação U-Pb, o urânio é o
(A) isótopo estável resultante do decaimento radioativo. (C) isótopo estável que sofre decaimento radioativo.
(B) isótopo instável que sofre decaimento radioativo. (D) isótopo instável resultante do decaimento radioativo.

4.5. Os zircões abundantes nas rochas sedimentares formaram-se em resultado dos processos
geológicos que conduziram à formação do supercontinente
(A) menos (…) Rodínia (C) menos (...) Pangeia
(B) mais (…) Rodínia (D) mais (...) Pangeia

4.6. Considerando que o tempo de semivida do par isotópico U-Pb é de 4500 M.a. e que um zircão se formou no
supercontinente Arcaico, a quantidade de urânio (U) nele presente será
(A) 100% da quantidade inicial. (C) inferior a 50% da quantidade inicial.
(B) superior a 50% da quantidade inicial. (D) 0% da quantidade inicial.

4.7. A formação do supercontinente Rodínia ocorreu


(A) no Pré-Câmbrico. (C) na era Mesozoica.
(B) na era Cenozoica. (D) na era Paleozoica.

4.8. Indique uma limitação da aplicação do método de datação U-Pb a zircões obtidos a partir de rochas metamórficas.

4.9. Explique, tendo em consideração o ciclo das rochas, a maior quantidade de zircões da fase 4 de formação encontrados
nos três locais de recolha das amostras.
Nas últimas décadas, foram descobertos em Portugal vestígios de vários dinossauros, incluindo ovos e embriões, bem
como trilhos de pegadas. Os limites ancestrais da Península Ibérica, onde foi encontrada a esmagadora maioria dos
vestígios de grandes dinossauros, de pequenos répteis e de anfíbios, correspondem a uma orla sedimentar - Bacia
Lusitânica - constituída, por exemplo, por calcários, argilas e arenitos, que sofreram deformações de intensidade variável.
No decurso da era Mesozoica foram-se aí instalando espessas camadas de sedimentos transportados a partir de regiões
continentais, de que o arquipélago das Berlengas é o único testemunho atual. Este processo lento e gradual proporcionou
condições muito favoráveis à preservação de vestígios fósseis.
A ausência de vestígios de grandes dinossauros no final da era Mesozoica em Portugal, situação que encontra paralelo
noutras formações mundiais da mesma época, faz supor que, por essa altura, já se teriam extinguido em muitas regiões
do globo. A sua extinção, entre outras explicações, poderá estar relacionada com o avanço do nível do mar, fenómeno
que terá reduzido os espaços vitais exigidos pelos grandes dinossauros.

5.1. A Bacia Lusitânica corresponde a uma extensa área onde ocorreu


(A) deposição horizontal de sedimentos provenientes da área imersa.
(B) intensa erosão que provocou o seu abatimento.
(C) deposição de sedimentos provenientes da área emersa.
(D) intensa erosão que provocou o seu levantamento.

5.2. Explique de que modo as deformações existentes na Bacia Lusitânica dificultam a aplicação do princípio da
sobreposição dos estratos na datação destas rochas.

5.3. O processo de formação das rochas _____ , identificadas no texto, e ricas em conteúdo fossilífero pode ser
enquadrado numa perspetiva _____.
(A) sedimentares (...) uniformitarista (C) sedimentares (...) catastrofista
(B) magmáticas catastrofista (D) magmáticas (...) uniformitarista

5.4. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos relacionados com a interação entre os diferentes subsistemas terrestres.
A. No final da era Mesozoica ocorreu uma intensa atividade vulcânica.
B. Aumento da quantidade da radiação solar refletida.
C. Emissão de grande quantidade de cinzas e gases para a atmosfera.
D. Desaparecimento de várias espécies marinhas e terrestres.
E. Diminuição da temperatura média da Terra.

5.5. Atualmente, a oeste das Berlengas, existe um limite divergente relacionado com _____ do oceano Atlântico e onde
ocorre a _____ de material rochoso.
(A) o fecho (...) destruição (C) o fecho (...) formação
(B) a abertura (...) destruição (D) a abertura (…) formação

5.6. Em Portugal, nas rochas do final da era Mesozoica, já não se encontram vestígios dos grandes dinossauros, tal como
em outras regiões do Globo
Explique, com base nos dados do texto, a escassez de fósseis destes grandes répteis nas rochas do final da era
Mesozoica.

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ESTRUTURA E DINÂMICA DA GEOSFERA
Verificação das aprendizagens
1. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, referentes à atividade vulcânica.
(A) No vulcanismo central, a saída dos materiais ocorre através de fissuras.
(B) A viscosidade do magma varia na razão inversa da sua temperatura.
(C) Os vulcões formados numa dorsal oceânica encontram-se num limite divergente de placas litosféricas.
(D) As nuvens ardentes formam-se durante as erupções tranquilas em que ocorrem ejeções de grandes fluxos de lava.
(E) O magma, por vezes, força a sua saída através de aberturas laterais da chaminé vulcânica.
(F) Quanto maior for a viscosidade da lava maior é a velocidade do seu fluxo.

2. Os fragmentos de diferentes tamanhos, a elevadas temperaturas, expelidos durante as erupções designam-se,


genericamente, por
(A) cinzas. (C) gases.
(B) lava. (D) piroclastos.

3. A vários quilómetros da cratera de um vulcão observa-se um antigo fluxo de lava basáltica. Esta observação permite
concluir que o fluxo de lava esteve associado a uma erupção _____ e que a sua lava possuía _____ teor em sílica.
(A) explosiva (...) elevado (C) efusiva (...) baixo
(B) explosiva (...) baixo (D) efusiva (...) elevado

4. A ______ é o canal por onde ocorre a ascensão do magma até à ______, na superfície.
(A) chaminé vulcânica (...) câmara magmática (C) cratera (...) câmara magmática
(B) chaminé vulcânica (...) cratera (D) cratera (...) chaminé vulcânica

5. Nos riftes das dorsais oceânicas ocorre um _____ fluxo térmico e um _____ gradiente geotérmico.
(A) baixo (...) alto (C) alto (...) baixo
(B) baixo... baixo (D) alto... alto

6. As regiões do interior dos continentes possuem, normalmente, um baixo gradiente geotérmico e um _____
(A) elevado grau geotérmico. (C) reduzido grau geotérmico.
(B) elevado fluxo térmico. (D) grau geotérmico nulo.

7. A principal origem do calor interno da Terra é o


(A) geomagnetismo.
(B) decaimento radioativo de isótopos das rochas da crusta e do manto.
(C) movimento das placas litosféricas.
(D) movimento de rotação do planeta.

8. Nas zonas de _____, a profundidade dos sismos tende a _____ com a profundidade da placa subductada
(A) rifte (...) aumentar (C) subducção (...) aumentar
(B) rifte (...) diminuir (D) subducção (...) diminuir

9. O estudo do padrão de polaridade magnética das rochas dos fundos oceânicos permitiu inferir
(A) o fecho das bacias oceânicas.
(B) a expansão dos fundos oceânicos.
(C) a ausência de inversões de polaridade do campo magnético terrestre.
(D) a existência da magnetosfera.

10. O campo magnético terrestre tem a sua origem em movimentos de cargas elétricas geradas
(A) na magnetosfera gasosa. (C) no manto rochoso no estado sólido.
(B) no núcleo interno metálico no estado sólido. (B) no núcleo externo de metal no estado líquido.

11. O estudo do magnetismo constitui um método __ para o conhecimento da estrutura interna da Terra, tal como a ___.
(A) direto (...) sismologia (C) indireto (...) sismologia
(B) direto (...) vulcanologia (D) indireto (...) vulcanologia

12. A inferência de que o núcleo interno da Terra é sólido resultou da análise das
(A) rochas da crusta oceânica. (C) inversões de polaridade do campo magnético.
(B) taxas de decaimento radioativo de isótopos instáveis. (D) variações de propagação das ondas sísmicas.

13. O ponto da superfície terrestre, na vertical do foco, é o _____, local onde é _____ a intensidade sísmica.
(A) epicentro (...) maior (C) hipocentro (...) maior
(B) epicentro (...) menor (D) hipocentro (...) menor

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14. As ondas S fazem vibrar as partículas dos materiais atravessados ____ ao raio sísmico e propagam-se apenas em
meios ____.
(A) paralelamente (...) sólidos e líquidos. (C) transversalmente (...) sólidos e líquidos
(B) paralelamente (...) sólidos. (D) transversalmente (...) sólidos

15. Um sismógrafo regista


(A) a intensidade do sismo na escala de Mercalli. (C) os movimentos da superfície causados pelas ondas sísmicas.
(B) a velocidade das ondas sísmicas. (D) a localização do epicentro.

16. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) A superfície de separação entre a crusta e o manto corresponde à descontinuidade de Moho.
(B) A zona de sombra sísmica é a região da superfície da Terra onde são captadas ondas P diretas.
(C) Na zona de baixa velocidade do manto ocorre a anulação da propagação das ondas transversais.
(D) A astenosfera caracteriza-se pela menor rigidez dos seus materiais.

17. Ordene as afirmações identificadas pelas letras de A a E, referentes à sequência de acontecimentos relativos à geração
e ocorrência de um sismo.
(A) Os dois blocos da falha ressaltam originando as réplicas do sismo.
(B) Os movimentos das placas tectónicas originam tensões que deformam as rochas.
(C) As ondas superficiais iniciam a sua propagação.
(D) Rutura das rochas e libertação brusca de energia.
(E) As ondas P e S atingem o epicentro.

18. Entre o manto e o núcleo externo localiza-se a descontinuidade de _____, sendo o núcleo externo composto,
essencialmente, por _____.
(A) Gutenberg (...) ferro e magnésio (C) Mohorovicic (...) ferro e magnésio
(B) Gutenberg (...) ferro e níquel (D) Mohorovicic (...) ferro e níquel

19. As correntes de convecção fluem


(A) na astenosfera. (C) na litosfera.
(B) na crusta continental. (D) no núcleo interno.

20. Na transição _____, as ondas P sofrem uma redução acentuada na velocidade de propagação e as ondas _____
deixam de se propagar.
(A) manto/núcleo (...) transversais (C) núcleo externo/núcleo interno (...) superficiais
(B) manto/núcleo (...) superficiais (D) núcleo externo/núcleo interno (...) transversais

21. A causa, atualmente mais aceite, para o movimento das placas tectónicas é
(A) a gravidade. (C) o campo magnético terrestre.
(B) as correntes de convecção. (D) a expansão dos fundos oceânicos.

22. Os riftes das dorsais oceânicas encontram-se no topo do ramo _____ da corrente de convecção, estando as zonas de
____ no ramo descendente dessa corrente.
(A) ascendente (...) subducção (C) descendente(...) falhas transformantes
(B) ascendente (...) falhas transformantes (D) descendente (...) subducção

23. A litosfera é constituída por


(A) núcleo interno e núcleo externo. (C) crusta e manto superior.
(B) núcleo externo e manto. (D) crusta e astenosfera.

24. A crusta continental é constituída, sobretudo, por rochas de natureza ____ e a crusta oceânica, mais densa, por rochas
de natureza ____.
(A) basáltica (...) granítica (C) granítica (...) granítica
(B) basáltica (...) basáltica (D) granítica (...) basáltica

25. Os processos de espessamento da crusta conduzem à formação de


(A) riftes. (C) cadeias orogénicas.
(B) limites conservativos. (D) fossas oceânicas.

Aplicação das aprendizagens


1. O comportamento magnético das rochas está, por norma, dependente do seu conteúdo em magnetite, o mineral que
mais frequentemente adquire magnetização aquando da sua formação. Quando se atinge o ponto de Curie, que
corresponde a uma temperatura situada entre os 500 e os 600 °C, os minerais magnetizados perdem a sua magnetização.
Com o objetivo de calcular a profundidade a que termina a crusta magnetizada, e assim determinar a que profundidade se
verifica a temperatura de Curie, foi realizado um estudo na Região Centro de Portugal baseado na análise do
comportamento magnético das rochas.

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Conhecida a profundidade a partir da qual as rochas da crusta perdem as suas propriedades magnéticas e,
consequentemente, a profundidade a que se verifica o ponto de Curie, é possível fazer uma estimativa dos valores do
gradiente geotérmico e do fluxo térmico para a área em estudo.
O estudo foi desenvolvido numa área de natureza granítica, centrada na região da serra da Estrela, onde o valor estimado
de profundidade para a descontinuidade de Moho é de 30 a 32 km de profundidade.

TAB. 3 Os valores do gradiente geotérmico (VTz) e do fluxo térmico (g), determinados em três locais da região em estudo, bem como
as profundidades do ponto de Curie (ZPc).
ZPc (km) VTz (°C/km) q (mW/m2)
19,4 27.3 - 28.9 82.0 - 86.6
28.2 18.8 - 19.9 58.4 - 59.6
26.3 20.2 - 21.3 60.5 - 63.9

1.1. A base da camada magnética, de natureza _____ na Região Centro de Portugal, está situada ____ da descontinuidade
de Mohorovicic.
(A) crustal (...) abaixo (C) mantélica (...) abaixo
(B) crustal (...) acima (D) mantélica (...) acima

1.2. Um dos objetivos do estudo foi


(A) determinar a temperatura de Curie na região do estudo.
(B) identificar as rochas existentes na região do estudo.
(C) calcular as profundidades do ponto de Curie na região do estudo.
(D) determinar a profundidade da descontinuidade de Moho na região do estudo.

1.3. No local onde a profundidade do ponto de Curie é de _____, o valor do gradiente geotérmico é o mais elevado, sendo
esperado o _____ grau geotérmico da região do estudo.
(A) 19,4 km (…) menor (C) 26,2km (...) maior
(B) 19,4 km (...) maior (D) 26,2 km (...) menor

1.4. Considere que para uma profundidade do ponto de Curie de 28,2 km corresponde um gradiente geotérmico de
19°C/km. Calcule o valor do grau geotérmico para essa profundidade.

1.5. As rochas mais abundantes na região estudada possuem uma natureza


(A) intrusiva, com um bom desenvolvimento dos seus minerais.
(B) extrusiva, com um bom desenvolvimento dos seus minerais.
(C) intrusiva, com um baixo desenvolvimento dos seus minerais.
(D) extrusiva, com um baixo desenvolvimento dos seus minerais.

1.6. Na região em estudo, entre os 30 e os 32 km de profundidade, ocorre uma mudança nas características ____ dos
materiais e ____ da sua rigidez.
(A) físicas (...) um aumento (C) químicas (...) uma diminuição
(B) físicas (...) uma diminuição (D) químicas (...) um aumento

1.7. A partir dos resultados, indique como varia o gradiente geotérmico e o fluxo térmico na região estudada com a
profundidade do ponto de Curie.

2. Os geólogos, a partir dos traços de minerais magnéticos presentes em várias rochas do mundo e cujas idades foram
datadas com precisão, mediram as variações da força do campo magnético da Terra no passado. O gráfico da figura 31
mostra que nos últimos 800 000 anos, por vezes, a força do campo magnético desceu abaixo dos 50% do seu valor atual
(8,0 x 1022 Amperes x metros2). Durante a última inversão magnética ocorrida há 780 mil anos, esse valor aproximou-se
do zero.

FIG. 31 Variações da força do campo magnético nos últimos 0,8 M.a. FIG. 32

8
Numa bacia sedimentar, foi realizada uma perfuração de 70 metros de profundidade. Posteriormente, foi investigada a
orientação magnética de alguns dos minerais presentes nos elementos sedimentares recolhidos na sondagem. Os
investigadores são da opinião que essa magnetização ocorreu durante o processo de sedimentação das partículas finas.
Com base nessa pesquisa, foi elaborado o diagrama da figura 32. Os quadrados correspondem a localizações estimadas
do polo norte magnético terrestre.

2.1. Nos fundos oceânicos, verifica-se a existência de bandas ______ relativamente aos riftes assinaladas em litologias
com polaridade normal alternando com outras de polaridade inversa. Estes dados permitiram aos investigadores confirmar
a ocorrência de _____ dos fundos oceânicos.
(A) perpendiculares (...) expansão (C) paralelas (...) subducção
(B) perpendiculares (...) subducção (D) paralelas (...) expansão

2.2. Há aproximadamente _____ anos, o campo magnético terrestre possuía uma força a 50% do seu valor atual.
(A) 300 000 (...) igual (C) 300 000 (...) inferior
(B) 220 000 (...) igual (D) 220 000 (...) inferior

2.3. A variação da força do campo magnético terrestre atingiu o seu valor _____ há cerca de 780 000 anos _____ variação
da sua polaridade magnética.
(A) mínimo (…) sem (C) máximo (...) com
(B) mínimo (...) com (D) máximo (...) sem

2.4. De acordo com os dados da figura 32, um estrato vulcânico com 3,8 M.a. terá sido formado durante um período de
polaridade _____, portanto, _____ à da atual.
(A) normal (...) semelhante (C) normal (...) diferente
(B) inversa (...) semelhante (B) inversa (...) diferente

2.5. As afirmações que se seguem referem-se à figura 32.


I. Os sedimentos da sondagem que permitiram determinar o paleomagnetismo correspondem a partículas de silicatos não
metálicos.
II. Nos primeiros 20 metros da sondagem estão registadas três inversões de polaridade do campo magnético terrestre.
III. A leitura correspondente ao ponto Y equivale a um momento da história da Terra em que o polo norte magnético estaria
próximo do polo norte geográfico.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

2.6. Indique uma inferência sobre a estrutura interna da Terra que a existência do magnetismo permitiu tirar.

3. O Monte de St. Helens encontra-se situado no limite da placa Juan de Fuca com a placa norte-americana (Fig. 33). A
27 de março de 1980, o vulcão entrou em erupção com a emissão de cinzas e vapor que se prolongou pelas seis semanas
seguintes. Esta emissão resultou de uma explosão que fragmentou parte da rocha formada anteriormente no topo do cone.
O vapor libertado e o padrão dos sismos que se foram sucedendo indicavam a movimentação de magma no interior do
vulcão. Durante várias semanas, o flanco norte do vulcão elevou-se a um ritmo de 1,5 metros por dia, conduzindo a um
deslocamento de mais de cem metros da sua posição inicial. A 18 de maio, um forte sismo provocou o deslizamento de
terras na encosta norte do cone vulcânico. Este deslizamento conduziu a um alívio da pressão sobre a zona onde o magma
se havia acumulado, dando origem a uma enorme explosão que destruiu o flanco norte da montanha e projetou uma
nuvem vertical de gases e cinzas. Uma parte mais densa dessa nuvem deslocou-se a grande velocidade pela encosta,
calcinando tudo numa área de 10 km2 em torno do vulcão.

3.1. A erupção de 18 de maio de 1980 do vulcão St. Helens resultou de uma lava _____ com _____ teor em sílica.
(A) básica (...) baixo (C) ácida (...) alto
(B) básica (...) alto (D) ácida (...) baixo

9
3.2. O vulcão de St. Helens é um exemplo de vulcanismo _____, associado a uma zona de
(A) interplacas (...) subducção (C) intraplacas (...) subdução
(B) interplacas (...) rifte (D) intraplacas (...) rifte

3.3. Faça corresponder a cada uma das afirmações relativas aos materiais emitidos durante as erupções vulcânicas,
expressas na coluna I, a respetiva designação, que consta na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Lava fluida consolidada em ambiente subaquático. (1) Cinzas
(b) Piroclastos de menores dimensões resultantes de fragmentação das rochas (2) Lapíli
durante a explosão. (3) Bombas vulcânicas
(c) Lavas fluidas com aspeto de cordas sobrepostas. (4) Pillow lava
(5) Lavas encordoadas

3.4. A elevação do flanco norte do vulcão nas semanas seguintes ao início da crise de 27 de março deveu-se a
(A) uma desgaseificação mais rápida do magma. (C) uma mistura de gases e lava no magma.
(B) uma explosão de gases na câmara magmática do vulcão. (D) um deslocamento de magma para próximo da
superfície.

3.5. Explique de que modo o deslizamento de terras do flanco norte contribuiu para explosão violenta do dia 18 de maio
de 1980.

3.6. A atividade __ do vulcão de St. Helens em maio de 1980 caracterizou-se pela emissão de um grande volume de __.
(A) explosiva (...) gases e lava (C) mista (...) gases e lava
(B) explosiva (...) gases e piroclastos (B) mista (...) gases e piroclastos

3.7. A destruição causada pela erupção, num raio de 10 km2 em torno do vulcão, resultou
(A) da queda das cinzas da coluna vertical de gases e cinzas.
(B) da emissão de bombas vulcânicas que incendiaram as casas.
(C) dos incêndios provocados pela grande escoada de lava.
(D) da passagem de uma densa nuvem ardente.

3.8. As afirmações que se seguem referem-se à viscosidade das lavas.


I. A viscosidade das lavas aumenta com o aumento da temperatura a que se encontram.
II. A diminuição da capacidade de retenção de gases está relacionada com o aumento de fluidez da lava.
III. A viscosidade das lavas é inversamente proporcional ao seu teor em sílica.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) II é verdadeira; I e III são falsas.

3.9. Indique o aspeto do cone vulcânico que poderia ter sido utilizado na previsão da erupção do dia 28 de maio.
A península de Kamchatka, na Rússia, é conhecida pela sua cadeia de vulcões, muitos deles ativos, e pela intensa e
regular atividade sísmica. A península localiza-se a oeste da fossa das Curilhas-Kamchatka, que constitui o limite entre a
placa do Pacífico e a microplaca de Okhotsk, uma extensão da placa Norte-Americana [Fig. 34). Neste limite, a placa do
Pacífico move-se a uma taxa que varia entre os 7,6 cm e os 8,8 cm por ano. A região de Kamchatka é geologicamente
complexa, onde se geram sismos com focos localizados a profundidades variáveis.
Na figura encontram-se assinalados os epicentros dos principais sismos ocorridos entre 1900 e 2007, de entre os quais
se destaca o de 4 de novembro de 1952, com uma magnitude de 9. O gráfico representa o perfil da profundidade dos
sismos ao longo da linha C-C'.

10
De entre os
vulcões
presentes nesta região destaca-se o vulcão Tolbachik, um complexo vulcânico formado por dois cones sobrepostos e
distintos: o estrato vulcão Ostry Tolbachik, de forma cónica e com 3682 metros de altitude, e o vulcão em escudo Plosky
Tolbachik, com 3085 metros de altitude e encostas suavemente inclinadas. A última erupção, que ocorreu em fins de
novembro de 2012, chamou a atenção pelas características da sua atividade muito distinta da dos outros vulcões da região.
Durante a erupção foi libertada uma lava muito fluida que emergiu através de fendas sem causar danos.

4.1. A _____ da província Kamchatka localiza-se o limite entre a placa do Pacífico e a microplaca de Okhotsk, que se
caracteriza pelo afundamento da _____ para o manto.
(A) este (...) segunda (C) oeste (...) segunda
(B) este (...) primeira (D) oeste (...) primeira

4.2. A magnitude do sismo de 4 de novembro de 1952 foi determinada utilizando a escala de ___ que avalia a __ sismo.
(A) Mercalli (...) intensidade do (C) Richter (...) intensidade do
(B) Mercalli (...) energia libertada pelo (D) Richter (...) energia libertada pelo

4.3. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstruir cronologicamente a ocorrência do sismo
de maior magnitude na península de Kamchatka.
A. Acumulação de tensões nas rochas na zona de subducção.
B. Movimento para noroeste da placa do Pacífico a velocidade variável.
C. As ondas S chegam ao epicentro do sismo.
D. Libertação súbita de energia no foco, na forma das ondas sísmicas profundas.
E. Fratura das rochas e ressalto dos blocos rochosos.

4.4. Faça corresponder a cada uma das afirmações expressas na coluna I a respetiva designação que consta na coluna
II. Use cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna I Coluna II
(a) Ondas que provocam variações volumétricas, propagando-se em todos os (1) Ondas longitudinais
meios. (2) Ondas transversais
(b) Ondas que partem do epicentro do sismo, provocando ondulações da superfície. (3) Ondas superficiais
(c) Área da superfície situada a uma distância angular do epicentro entre os 103° e (4) Zona de sombra das ondas P
os 142°. (5) Zona de sombra das ondas S

4.5. Explique, a partir dos dados fornecidos, a variação da profundidade dos sismos do ponto C' para o ponto C.

4.6. O cone vulcânico do estratovulcão Ostry Tolbachik resultou da acumulação de


(A) escoadas sucessivas de lavas fluidas em vertentes íngremes.
(B) depósitos sucessivos de cinzas resultantes de manifestações efusivas.
(C depósitos sucessivos de nuvens ardentes associadas a manifestações explosivas.
(D) depósitos alternados de escoadas de lava e de piroclastos associados a uma atividade mista.

4.7. A erupção de novembro de 2012 do vulcão Tolbachik foi _____, resultante de uma lava básica ______.
(A) efusiva (...) pobre em sílica e gases. (C) mista (...) rica em sílica e gases
(B) efusiva (...) rica em sílica e gases. (D) mista (...) pobre em sílica e gases

4.8. Indique porque se pode considerar que ocorreu vulcanismo fissural na erupção de novembro 2012 do vulcão Tolbachik.
11
4.9. Tendo em conta o contexto tectónico da península de Kamchatka, explique porque constitui a atividade do vulcão
Tolbachik uma exceção relativamente aos restantes vulcões desta região.
No dia 1 de janeiro de 1980, pelas 16:42 (UTC), ocorreu um sismo com epicentro localizado entre as ilhas Terceira e S.
Jorge (arquipélago dos Açores). Com uma profundidade focal estimada em cerca de 10 km e uma magnitude de 6,9, foi
sentido em todas as ilhas do arquipélago, à exceção das Flores e do Corvo. Este sismo teve origem numa falha ativa,
inserindo-se num tipo de sismicidade caracterizada por um primeiro evento altamente energético seguido por centenas de
réplicas, muitas delas sentidas pela população. Este fenómeno causou grandes prejuízos materiais nas ilhas Terceira, S.
Jorge e Graciosa, tendo-se verificado algumas dezenas de mortes, centenas de feridos e milhares de desalojados.
As figuras 35 e 36 ilustram o contexto e os principais acidentes tectónicos da junção tripla dos Açores, assim como a carta
de isossistas do sismo de 1980 para a ilha Terceira.

FIG. 35 Contexto e principais acidentes tectónicos da junção tripla dos Açores.


FIG. 36 Carta de isossistas para o sismo de 1 de janeiro de 1980 para a ilha Terceira.

5.1. O _____ do sismo localizou-se a cerca de 10 km de profundidade, originando ondas _____ que se propagam no
interior do planeta.
(A) hipocentro (...) P e S (C) epicentro (...) P e S
(B) hipocentro (...) P e L (D) epicentro (...) P e L

5.2. O sismo de 1 de janeiro de 1980 teve uma magnitude 6,9 na escala de _____, sendo este valor _____ à medida que
nos afastamos do hipocentro.
(A) Mercalli (...) constante (C) Richter (...) constante
(B) Mercalli (...) variável (D) Richter (...) variável

5.3. A maior intensidade verificada na zona _____ da ilha Terceira resultou da _____ proximidade ao epicentro.
(A) oeste (...) menor (C) este (...) maior
(B) oeste (...) maior (D) este (...) menor

5.4. O sismo teve origem numa falha ativa com movimento horizontal e direção _____, tendo provocado um tsunami de
____ amplitude.
(A) NNW-SSE (...) pequena (C) NNW-SSE (...) grande
(B) NNE-SSW (...) pequena (D) NNE-SSW (...) grande

5.5. O sismo referido no texto foi seguido por um reajustamento elástico que tende a repor a posição _____ dos blocos da
falha originando _____.
(A) final (...) réplicas (C) original (...) abalos premonitórios
(B) final (...) abalos premonitórios (D) original (...) réplicas

5.6. Compare a intensidade registada na povoação de São Sebastião com a área limítrofe, sugerindo uma explicação para
as diferentes intensidades registadas.

5.7. Explique, a partir do contexto geológico dos Açores, o facto de o sismo de 1 de janeiro de 1980 não ter sido sentido
nas ilhas do grupo ocidental.
Na figura 37 encontra-se representado um modelo da estrutura do interior da Terra, construído de acordo com os dados
obtidos por métodos diretos e indiretos.

12
FIG. 37

6.1. Na figura 37 está representado o modelo _____, sendo a velocidade das ondas sísmicas um método _____ para o
conhecimento do interior da Terra.
(A) físico (...) direto (C) químico (...) direto
(B) físico (...) indireto (D) químico (...) indireto

6.2. A superfície de descontinuidade assinalada pela letra D diz respeito à descontinuidade de


(A) Gutenberg e corresponde a mudanças na composição química e no estado físico dos materiais.
(B) Gutenberg, que separa duas zonas em estados físicos diferentes e com a mesma composição química.
(C) Lehmann e corresponde a mudanças na composição química e no estado físico dos materiais.
(D) Lehmann, que separa duas zonas em estados físicos diferentes e com a mesma composição química.

6.3. Comparativamente às rochas da crusta, as do manto possuem


(A) menor teor em ferro e maior teor em sílica.
(B) maior teor em ferro e magnésio e menor teor em sílica.
(C) maior teor em magnésio e maior teor em sílica.
(D) menor teor em magnésio e menor teor em sílica.

6.4. Indique uma diferença entre a crusta continental e a crusta oceânica.

6.5. Explique a variação da velocidade das ondas S aos 2900 km de profundidade.

6.6. Na _____ ocorre a diminuição da velocidade das ondas sísmicas profundas, em resultado _____ da rigidez dos
materiais que a constituem.
(A) astenosfera (...) da diminuição (C) litosfera (...) da diminuição
(B) astenosfera (...) do aumento (D) litosfera (...) do aumento

BIOLOGIA 10 - BIODIVERSIDADE
Verificação das aprendizagens
1. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, referentes à estrutura e ao funcionamento
dos ecossistemas.
(A) Uma população corresponde à totalidade dos organismos de um ecossistema.
(B) Nos ecossistemas, os consumidores de primeira ordem ocupam o primeiro nível trófico.
(C) A fotossíntese constitui o principal fenómeno responsável pela disponibilização de matéria orgânica nos ecossistemas.
(D) Uma comunidade biótica pode integrar organismo pertencentes a diferentes níveis tróficos.
(E) Nos ecossistemas, os organismos produtores, como os fungos, contribuem para a reciclagem da matéria.
(F) Os consumidores sintetizam matéria orgânica a partir de biomoléculas.
(G) Nos ecossistemas verifica-se um fluxo unidirecional de energia e um percurso cíclico da matéria.
(H) A extinção de espécies é um fenómeno alheio à ação antrópica.

2. As algas são seres ______ pelo que ocupam _____ trófico nos ecossistemas.
(A) decompositores (...) qualquer nível (C) produtores (...) qualquer nível
(B) decompositores (...) o primeiro nível (D) produtores (...) o primeiro nível

3. As células procarióticas
(A) podem ser encontradas em organismos multicelulares. (C) apresentam dimensão superior às células eucarióticas.
(B) não possuem ácidos nucleicos. (D) correspondem exclusivamente a bactérias.
13
4. As mitocôndrias e o complexo de Golgi são organelos envolvidos, respetivamente,
(A) na digestão intracelular e na fotossíntese. (C) na fotossíntese e na secreção celular.
(B) na produção de energia e na secreção celular. (D) na produção de energia e na fotossíntese.

5. Considera-se que uma célula é eucariótica se apresentar


(A) membrana celular. (C) organelos membranares.
(B) parede celular. (D) ribossomas.

6. Numa biomolécula estão sempre presentes


(A) o oxigénio, o nitrogénio e o hidrogénio. (C) o carbono, o oxigénio e o hidrogénio.
(B) o carbono, o nitrogénio e o oxigénio. (D) o nitrogénio, o oxigénio e o hidrogénio.

7. Durante a hidrólise de uma macromolécula verifica-se


(A) união de monómeros com consumo de moléculas de água.
(B) separação de monómeros com consumo de moléculas de água.
(C) união de monómeros com libertação de moléculas de água.
(D) separação de monómeros com libertação de moléculas de água.
8. Os monossacarídeos e os aminoácidos são, respetivamente, os monómeros de
(A) lípidos e glícidos. (C) proteínas e lípidos.
(B) glícidos e proteínas. (D) proteínas e glícidos.

9. Relativamente a uma enzima, considera-se que o centro ativo corresponde


(A) à região de ligação ao substrato. (C) à região da molécula sobre a qual ela atua.
(B) a toda a molécula. (D) à sua estrutura primária.

10. As diferentes proteínas existentes na natureza apresentam


(A) o mesmo número de monómeros. (C) o mesmo tipo de monómeros.
(B) a mesma sequência dos monómeros. (D) a mesma estrutura.

11. As enzimas atuam sobre os respetivos substratos


(A) inibindo as reações químicas. (C) provocando as reações químicas.
(B) estabilizando as moléculas. (D) alterando a sua estrutura.

12. O DNA distingue-se do RNA pelo facto de


(A) ser constituído por nucleótidos. (C) integrar bases azotadas.
(B) possuir pentoses na sua estrutura. (D) apresentar estrutura helicoidal.

Aplicação das aprendizagens


1. O tritão-de-patas-espalmadas (Triturus helveticus) é uma espécie que pode ser encontrada na região noroeste de
Portugal continental em populações dispersas e pouco abundantes. Esta espécie distribui-se por zonas de águas paradas
ou com pouco caudal, desde charcos litorais até lagos situados a mais de 2000 metros de altitude.
Os dados mais recentes indicam que esta espécie se encontra em clara regressão no nosso país. A causa mais importante
deste fenómeno é a destruição ou alteração de locais de reprodução, tanto por abandono de práticas agrícolas tradicionais,
como pelo uso continuado de produtos agroquímicos que alteram a qualidade das águas. Contribui também para este
declínio o desenvolvimento urbanístico e industrial nas áreas costeiras, locais onde se encontram as maiores populações
de tritões, e a diminuição dos níveis de água subterrânea devido à sua contínua extração. A introdução de espécies
exóticas, como o lagostim-vermelho-da-luisiana (Procambarus clarkii) ou diversas espécies de peixes, podem constituir
uma ameaça adicional.

1.1. A espécie Triturus helveticus possui uma distribuição ecológica que se caracteriza pela
(A) diferença entre os biótopos. (C) alteração da sua posição na cadeia alimentar.
(B) semelhança entre os biótopos. (D) manutenção das comunidades.

1.2. A inclusão do tritão-de-patas-espalmadas na lista de espécies vulneráveis deve-se ao facto de


(A) existir apenas no continente europeu.
(B) se verificar uma diminuição no seu efetivo populacional.
(C) se verificar um incremento no seu efetivo populacional.
(D) se encontrarem populações pouco abundantes.

1.3. Os indivíduos das espécies Triturus helveticus e Procambarus clarkii, presentes nos mesmos ecossistemas,
pertencem
(A) a comunidades e populações distintas. (C) à mesma comunidade e a populações distintas.
(B) à mesma comunidade e à mesma população. (D) à mesma população e a comunidades distintas.

1.4. A presença de agroquímicos, no meio aquático, corresponde a um fator _____ de carácter _____.
(A) biótico (...) não antrópico. (C) biótico (...) antrópico.
14
(B) abiótico (...) antrópico. (D) abiótico (...) não antrópico.

1.5. O tritão-de-patas-espalmadas é um organismo


(A) produtor. (C) microconsumidor.
(B) decompositor. (D) macroconsumidor.

1.6. A utilização dos mesmos recursos do ambiente por parte do tritão-de-patas-espalmadas e do lagostim-vermelho da
Luisiana configura uma interação de
(A) predação. (C) cooperação.
(B) competição. (D) comensalismo.

1.7. Explique de que forma a sobre-exploração de água subterrânea poderá afetar a viabilidade ecológica dos tritões.

1.8. Esclareça como é que a introdução de espécies exóticas pode alterar o equilíbrio ecológico de um ecossistema.

2. Na Amazónia, 95% de toda a destruição da floresta tem início numa faixa de 25 km, ao longo das rodovias que a
atravessam. As estradas abrem a floresta à colonização humana, dispersa e não planeada, permitindo a caça, a extração
de madeira, as queimadas, bem como a consequente fragmentação da floresta. Esta fragmentação pode transformar a
Amazónia num conjunto de ilhas verdes cercadas por áreas degradadas, tais como as antigas pastagens para gado ou as
zonas de exploração de madeira. Entre os 100 e os 300 metros para o interior dos limites dessas ilhas, muitas árvores
acabam por morrer devido a stress hídrico causado pelos ventos quentes e secos provenientes das pastagens ao redor.
Por outro lado, as queimadas realizadas nessas pastagens, para controlar as ervas daninhas e promover o crescimento
do pasto, vão penetrando para o interior das florestas, destruindo-as e originando elevadas emissões de dióxido de
carbono. Devido ao aquecimento global, e sobretudo durante as estações mais secas, aumenta o número de queimadas
que se tornam descontroladas. Este desmatamento em larga escala reduz a evapotranspiração da floresta, com a
consequente diminuição da formação de nuvens e de chuvas.

2.1. A fragmentação florestal origina


(A) uma diminuição da quantidade de carbono orgânico acumulado.
(B) um aumento da quantidade de dióxido de carbono absorvido.
(C) uma diminuição do efeito de estufa.
(D) uma diminuição da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera.

2.2. De modo a diminuir os impactes negativos sobre a floresta deve promover-se


(A) o incremento da pecuária. (C) a minimização da sua fragmentação.
(B) a maximização da sua fragmentação. (D) a proibição da exploração sustentável de madeira.

2.3. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos
relacionados com o ciclo do carbono nos ecossistemas florestais. Inicie a ordenação pela incorporação deste elemento
químico nas cadeias alimentares.
A. Absorção de dióxido de carbono por parte das árvores. D. Emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.
B. Incremento do aquecimento global. E. Produção de matéria orgânica pelas plantas.
C. Realização de queimadas com vista à criação de pastagens.

2.4. A manutenção de faixas de floresta, formando corredores entre áreas protegidas da Amazónia, é importante,
sobretudo, para
(A) permitir a construção de vias rodoviárias entre as áreas de exploração florestal.
(B) garantir o intercâmbio entre populações das diferentes áreas.
(C) preservar a integridade das populações de plantas dessas áreas.
(D) assegurar a sobrevivência de espécies migratórias.

2.5. Tendo em conta as transferências de energia nos ecossistemas, explique a importância da existência de áreas
protegidas de grande dimensão para a sobrevivência dos grandes predadores de topo da floresta amazónica.

2.6. A celulose, presente nas paredes das células das árvores da floresta amazónica, é um polímero cujos monómeros
(A) são insolúveis em água.
(B) formam entre si ligações peptídicas.
(C) formam entre si ligações glicosídicas.
(D) possuem nitrogénio na sua estrutura molecular.

2.7. Faça corresponder a cada uma das funções, expressas na coluna I, o respetivo constituinte celular, que consta na
coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Síntese de hidratos de carbono. (1) Núcleo
(b) Síntese de proteínas. (2) Mitocôndria
(c) Síntese de DNA. (3) Retículo endoplasmático rugoso
(4) Cloroplasto
15
(5) Complexo de Golgi

2.8. Cada uma das populações existentes na comunidade biótica da Amazónia corresponde a um conjunto de indivíduos
que se encontra isolado
(A) no seu habitat. (C) sob o ponto de vista reprodutivo.
(B) no seu biótopo. (D) sob o ponto de vista ecológico.

3. Nos pântanos e lagos, a decomposição resulta da ação de enzimas fúngicas e bacterianas sobre restos de plantas que
se depositam na água.
Com o objetivo de elucidar as diferenças de desempenho das bactérias e dos fungos no processo de decomposição,
procedeu-se ao estudo do crescimento de populações de fungos e de bactérias, bem como dos seus padrões de
degradação enzimática, sobre folhas de Phragmites (caniço).
Foram preparados tubos contendo quantidades semelhantes de pequenos pedaços de folhas de Phragmites esterilizadas
a que se acrescentou água e sais minerais em concentrações semelhantes às do meio natural. Foram incubados vários
lotes com 210 tubos cada, inoculados com diferentes organismos: bactérias (lote B), fungos (lote F) e bactérias mais
fungos (lote B+F), tendo sido preparados também tubos só com folhas esterilizadas (lote C), e tubos só com folhas não
esterilizadas (lote L). Todos os tubos foram colocados na escuridão, a uma temperatura de 20 °C e levemente agitados.
Durante 61 dias foi monitorizada a variação da biomassa das populações de decompositores, cujos resultados, verificados

aos dias 2, 7, 15, 29 e 61, se apresentam nos gráficos A e B da figura 1.

FIG. 1 (A) Desenvolvimento da biomassa bacteriana e (B) fúngica nos diferentes meios.

3.1. As afirmações seguintes estão relacionadas com os dados experimentais apresentados.


I. A atividade enzimática extracelular varia de acordo com o tipo de organismos presentes no meio.
II. No final da experiência, a população de bactérias, quando isolada, apresenta um nível superior de biomassa.
III. A meio do período experimental, nos tubos não esterilizados e não inoculados, verifica-se um crescimento acentuado
de bactérias e fungos.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

3.2. Indique o(s) lote(s) correspondente(s) ao controlo desta experiência.

3.3. A comparação entre os fenómenos ocorridos em ambiente natural e em ambiente laboratorial pode ser estabelecida
mais rigorosamente comparando os tubos do
(A) lote L com os tubos do lote F + B. (C) lote C com os tubos do lote F + B.
(B) lote L com os tubos do lote F. (D) lote L com os tubos do lote C.

3.4. Na experiência descrita, o aumento da biomassa dos fungos pode ser relacionado com
(A) o aumento da massa de matéria mineral resultante de processos físico-químicos.
(B) o aumento da massa de detritos orgânicos.
(C) a diminuição da massa de matéria mineral resultante de processos biológicos.
(D) a diminuição da massa de detritos orgânicos.

3.5. Durante o processo de decomposição


(A) são produzidos compostos que podem ser utilizados pelos produtores.
(B) são libertados compostos orgânicos utilizados pelos produtores.
(C) a matéria orgânica é transformada em macromoléculas.
(D) a energia obtida pelos organismos nesse processo é transferida para os produtores.

3.6. As células das bactérias decompositoras e as células dos fungos distinguem-se


(A) pela presença de ribossomas. (C) pela presença de invólucro nuclear.
(B) pela presença de DNA. (D) pelo papel funcional nas teias alimentares.
16
3.7. A quitina, presente nas paredes celulares de muitos fungos, é considerada um polímero, uma vez que
(A) é sintetizada por seres vivos. (C) possui um baixo peso molecular.
(B) resulta da ligação de moléculas estruturalmente semelhantes. (D) é uma molécula com carbono.

3.8. As enzimas beta-glicosidase e leucino-peptidase, produzidas pelos decompositores, estão envolvidas,


respetivamente, na degradação de
(A) polissacarídeos e de proteínas. (C) polissacarídeos e aminoácidos.
(B) proteínas e polissacarídeos. (D) aminoácidos e polissacarídeos.

3.9. Formule uma hipótese que explique a variação do crescimento das bactérias no lote F+B relativamente ao lote B.

4. O oxigénio é uma molécula fundamental à vida. No entanto, a sua utilização pelas células leva à formação de radicais
livres, moléculas com carga negativa que tendem a associar-se muito rapidamente a outras moléculas de carga positiva,
oxidando-as.
Uma das teorias mais difundidas sobre o processo de envelhecimento refere que este resulta da ação dos radicais livres
sobre as biomoléculas que garantem a estrutura e o funcionamento das células. A oxidação das proteínas pode afetar a
sua estabilidade, levando à alteração da sua conformação e à sua agregação. Por sua vez, os agregados de proteínas
afetam a atividade dos lisossomas, resultando numa maior acumulação de proteínas oxidadas que podem conduzir à
morte celular.
Com base no tamanho e na polaridade das proteínas, os investigadores estão a identificar moléculas envolvidas nos
processos de oxidação que poderão estar na base do desenvolvimento de várias doenças relacionadas com a idade,
como, por exemplo, doenças neurodegenerativas.

4.1. A identificação levada a cabo pelos investigadores tem em conta um critério de polaridade, uma vez que as proteínas
com cargas elétricas
(A) são menos suscetíveis à oxidação. (C) possuem maior tamanho.
(B) são mais suscetíveis à oxidação. (D) são apoiares.

4.2. Tendo em conta a informação fornecida pelo texto, pode considerar-se que a oxidação das proteínas poderá provocar
a _____ de ligações _____ entre os monómeros que as constituem.
(A) formação (...) peptídicas (C) quebra (...) não peptídicas
(B) quebra (...) peptídicas (D) formação (...) não peptídicas

4.3. Pode ser utilizado como argumento a favor da hipótese de uma dada molécula ser, inequivocamente, uma proteína o
facto de essa molécula
(A) ser constituída por aminoácidos. (C) desempenhar funções estruturais.
(B) ser um composto orgânico. (D) ser um polímero.

4.4. Para além da oxidação, o _____ é um fator físico que pode provocar também a _____ das proteínas.
(A) calor (...) hidrólise (C) pH (...) hidrólise
(B) pH (...) desnaturação (D) calor (...) desnaturação

4.5. Os lípidos e o DNA, quando expostos à ação dos radicais livres, podem sofrer perdas, respetivamente, nas suas
funções de
(A) transporte e de reserva energética. (C) armazenamento de informação e transporte.
(B) reserva energética e de armazenamento de informação. (D) reserva energética e transporte.

4.6. Faça corresponder a cada uma das descrições da coluna I a respetiva designação, que consta na coluna II.

Coluna I Coluna II
(a) Molécula que resulta da hidrólise completa do glicogénio. (1) Amido
(b) Molécula de cuja hidrólise resultam dois açúcares simples. (2) Sacarose
(c) Molécula abundante em órgãos de reserva vegetais. (3) Celulose
(4) Glicose
(5) Hexose

4.7. Explique, a partir dos dados, por que razão uma alimentação rica em antioxidantes pode retardar o processo de
envelhecimento.

5. Na península do oeste da Antártida, uma equipa de investigadores revelou que as algas unicelulares, constituintes do
fitoplâncton, apresentam picos de densidade populacional a cada 4 a 6 anos. Verificaram também que estes picos
coincidem com fases negativas de um fenómeno conhecido por Modo Anular do Sul (SAM), caracterizado por mudanças
na circulação atmosférica entre as regiões polares e de latitudes médias. No inverno, durante uma fase negativa do SAM,
ventos frios do sul sopram pela península, aumentando a extensão do gelo. A combinação de um inverno ventoso, em que
se registe gelo marinho intenso, com uma primavera calma permite o desenvolvimento e a persistência de uma coluna de
água estável sob o gelo. Estas condições favorecem o crescimento do fitoplâncton, uma vez que as algas ficam mais perto
17
da superfície iluminada pelo sol nas proximidades de águas ricas em ferro provenientes do glaciar que aí termina. Estes
picos periódicos de fitoplâncton são a chave para o desenvolvimento do krill - crustáceos que fazem parte do zooplâncton
que alimenta pinguins-de-adélia e outros animais, como as focas, os albatrozes e as baleias.
Quando o SAM é positivo durante o inverno, ventos quentes de noroeste sopram sobre a região da península, dificultando
a formação de gelo marinho e a manutenção de uma coluna de água estável no verão.

5.1. Relativamente às interações alimentares que podem ser consideradas no caso apresentado, os pinguins ocupam o ,
sendo consumidores de
(A) 3.º nível trófico (...) 2.ª ordem. (C) 2.º nível trófico (...) 2.ª ordem.
(B) 2.º nível trófico (...) 3.ª ordem. (D) 3.º nível trófico (...) 3.ª ordem.

5.2. Indique a opção que representa uma cadeia alimentar no ecossistema considerado no texto.
(A) Krill  Algas  Baleias. (C) Algas  Pinguins  Baleias.
(B) Algas  Krill  Baleias. (D) Baleias  Krill Algas.

5.3. As focas apresentam uma espessa camada de gordura, uma categoria de lípidos que resulta da ligação de uma
molécula de glicerol a _____ por ligações _____.
(A) ácidos gordos (...) peptídicas (C) ácidos gordos (...) éster
(B) aminoácidos (...) peptídicas (D) aminoácidos (...) éster

5.4. No ecossistema considerado verificam-se fenómenos de ______ entre as populações de ______.


(A) predação (...) albatrozes e pinguins (C) predação (...) pinguins e krill
(B) competição interespecífica (...) pinguins e krill (D) competição intraespecífica (...) albatrozes e pinguins

5.5. As afirmações seguintes referem-se a interações verificadas no ecossistema.


I. O ferro, presente nas águas oceânicas, é um nutriente inorgânico utilizado pelas algas.
II. O fenómeno SAM tem implicações num conjunto de fatores abióticos que interferem com o equilíbrio do ecossistema.
III. As condições do meio verificadas no inverno não têm relação com os acontecimentos do verão.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

5.6. Projeções de modelos climáticos globais para o ano de 2100, baseadas em cenários atuais, apontam para um aumento
das emissões de gases de estufa. Relacione a emissão de gases de estufa com a diminuição da abundância de krill.

6. As diatomáceas são microalgas que, tal como todos os organismos deste grupo, contribuem para a produção primária
nos oceanos. No entanto, estas algas podem produzir biotoxinas como um mecanismo de defesa contra os seus
predadores. Estas substâncias são libertadas em grande quantidade no final dos episódios de crescimento muito rápido
de diatomáceas.
Um estudo recente analisou o impacto destas biotoxinas no desenvolvimento de O. dioica, um invertebrado marinho
fundamental nas cadeias alimentares oceânicas. Este invertebrado processa cerca de 10% da produção primária no
oceano e serve de alimento às larvas de peixes. Os resultados mostraram que as biotoxinas podem causar alterações
importantes no desenvolvimento de O. dioica, induzindo anomalias no desenvolvimento dos embriões. O estudo revela
que esses efeitos ocorrem mesmo em concentrações iguais às presentes no mar após as fases de proliferação de
diatomáceas.
Esta descoberta é especialmente relevante considerando o aumento da acidificação e do aquecimento dos oceanos devido
às mudanças climáticas, que podem intensificar a frequência dos episódios de proliferação das algas.

6.1. Indique a relação interespecífica que se verifica entre O. dioica e as larvas de peixes.

6.2. A produção primária resulta da atividade de populações que


(A) se encontram no topo da cadeia alimentar.
(B) se encontram na base da cadeia alimentar.
(C) se encontram em qualquer posição na cadeia alimentar.
(D) não fazem parte da cadeia alimentar.

6.3. Os episódios de proliferação de algas podem vir a _____ de frequência com _____.
(A) aumentar (...) o aumento do pH da água oceânica
(B) diminuir (...) o aumento do efeito de estufa
(C) aumentar (...) a diminuição do pH da água oceânica
(D) aumentar (...) a diminuição do efeito de estufa

6.4. Ao longo da cadeia alimentar verifica-se _____ disponível para os níveis tróficos _____.
(A) aumento da quantidade de energia superiores
(B) aumento da quantidade de matéria orgânica (...) superiores
(C) diminuição da quantidade da matéria orgânica (...) inferiores
(D) diminuição da quantidade de energia (...) superiores
18
6.5. Considere as afirmações relativas às interações alimentares referidas no texto.
I. O invertebrado O. dioica é um consumidor de segunda ordem.
II. As larvas dos peixes são carnívoras, uma vez que se alimentam de animais.
III. Os indivíduos da espécie O. dioica, que interagem entre si, constituem a comunidade.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas. (D) II é verdadeira; I e III são falsas.

6.6. As toxinas libertadas pelas diatomáceas resultam da oxidação de gorduras, ou seja, da oxidação de substâncias
(A) insolúveis em água. (C) de natureza hidrofílica.
(B) de natureza polar. (D) ricas em nitrogénio.

6.7. Relacione a ação antrópica com o aumento da frequência dos episódios de proliferação de diatomáceas.

BIOLOGIA 10 - OBTENÇÃO DE MATÉRIA


Verificação das aprendizagens
1. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, referentes à membrana celular e aos
processos a ela associados.
(A) Nas membranas, os fosfolípidos apresentam posições fixas.
(B) As regiões apoiares dos fosfolípidos estão localizadas no interior da bicamada de fosfolípidos da membrana.
(C) A região glicídica das glicoproteínas da membrana celular localiza-se na sua face externa.
(D) As proteínas transmembranares atravessam apenas uma camada de fosfolípidos.
(E) Os fosfolípidos apresentam as suas extremidades hidrofílicas orientadas para a face interna e externa da membrana
celular.
(F) No final dos processos de exocitose formam-se vesículas no interior da célula.
(G) As moléculas apoiares de pequenas dimensões atravessam, geralmente, a membrana por difusão simples.
(H) A celulose é um constituinte da membrana celular.

2. Os organismos autotróficos obtêm matéria orgânica a partir


(A) da hidrólise de macromoléculas. (C) de uma fonte primária de carbono orgânico.
(B) de uma fonte primária de carbono inorgânico. (D) das substâncias libertadas pelos decompositores.

3. A difusão facilitada distingue-se da difusão simples pois


(A) ocorre sem dispêndio de energia. (C) ocorre a favor de um gradiente de concentração.
(B) efetua-se através da membrana celular. (D) ocorre com a intervenção de permeases.

4. Colocadas num ambiente hipotónico, as células tendem a


(A) aumentar o seu volume, ficando plasmolisadas. (C) diminuir o seu volume, ficando plasmolisadas.
(B) aumentar o seu volume, ficando túrgidas. (D) diminuir o seu volume, ficando túrgidas.

5. Um protozoário de água doce mantém o meio interno hipertónico relativamente ao meio externo graças a movimentos
de natureza _______ realizados ______ gradiente de concentração.
(A) ativa (...) contra o (C) ativa (...) a favor do
(B) passiva (…) a favor do (D) passiva (...) contra o

6. Através da digestão, os animais


(A) incorporam a matéria alimentar no seu organismo. (C) decompõem a matéria alimentar.
(B) introduzem a matéria alimentar no seu organismo. (D) transferem a matéria alimentar para o meio interno.

7. Nos fungos ocorre


(A) digestão intracorporal seguida de absorção. (C) digestão intracelular e digestão extracelular.
(B) absorção seguida de digestão intracelular. (D) digestão extracorporal seguida de absorção.

8. Os vacúolos digestivos que intervêm na digestão intracelular resultam


(A) da fusão de lisossomas com vesículas endocíticas. (C) da fusão de vesículas do complexo de Golgi com lisossomas.
(B) da fusão de lisossomas com a membrana celular. (D) de vesículas provenientes do retículo endoplasmático rugoso.

9. Nas aves, a digestão


(A) ocorre num intestino incompleto. (C) ocorre dentro de organelos celulares.
(B) está associada a reações químicas de condensação. (D) é um processo que consome moléculas de água.

10. As hidras possuem tubo digestivo ______ e realizam ______.


(A) incompleto (...) apenas digestão extracelular (C) completo (...) digestão extracelular e intracelular
(B) incompleto (...) digestão extracelular e intracelular (D) completo (...) apenas digestão extracelular

19
11. Em estudos experimentais sobre fotossíntese, a marcação radioativa de moléculas de dióxido de carbono conduzirá à
deteção de radioatividade
(A) no oxigénio libertado. (C) na água libertada pelas folhas.
(B) nos açúcares produzidos. (D) em compostos produzidos na fase fotoquímica.

12. Na fase fotoquímica da fotossíntese verifica-se a


(A) oxidação da água. (C) oxidação da glicose.
(B) redução do CO2. (D) redução de NADPH.

Aplicação das aprendizagens


1. As hidralisinas constituem um grupo de proteínas capazes de se integrarem em membranas-alvo, formando poros.
Na hidra-de-água-doce, as hidralisinas são produzidas nas células que revestem a cavidade gastrovascular, sendo
segregadas sobre as presas ingeridas. Apesar de não evidenciarem ação enzimática, as hidralisinas ligam-se às
membranas celulares, conduzindo à desintegração osmótica dos tecidos das presas. Estas proteínas facilitam, assim, a
digestão de presas cujo exoesqueleto, duro e resistente, não pode ser desintegrado por um organismo de corpo mole.
Com o intuito de estudar a ação destas proteínas, extraíram-se hidralisinas da hidra-de-água-doce (Chlorohydra
viridissima), tendo sido testada a sua ação sobre as larvas de Artemia salina. As larvas deste crustáceo, que possuem
uma cutícula rígida a revestir o organismo, são um dos constituintes do zooplâncton que serve de alimento à hidra-de-
água-doce.
Os investigadores colocaram larvas de Artemia salina, com três dias de idade, em recipientes contendo meios de cultura
com diferentes concentrações de hidralisina. Dois grupos de larvas foram mantidos nas respetivas soluções, a 18 °C, um
deles durante 2 horas e o outro durante 24 horas. Ao fim destes dois períodos, os investigadores recolheram as larvas de
cada recipiente e determinaram a respetiva taxa de sobrevivência. Os resultados da atividade estão expressos no gráfico
da figura 1.

Fig. 1

1.1. Na atividade experimental descrita, a variável independente corresponde


(A) à percentagem de larvas sobreviventes. (C) à temperatura.
(B) à concentração de hidralisina. (D) ao tempo de decurso da experiência.

1.2. Indique um procedimento de montagem do controlo experimental.

1.3. Da análise dos resultados verifica-se que


(A) ocorre maior mortalidade de larvas quando o tempo de exposição às hidralisinas é menor.
(B) a variação da sobrevivência das larvas é maior para concentrações de hidralisina inferiores a 2000 nM,
independentemente do tempo de exposição.
(C) a mortalidade das larvas é menor em concentrações de hidralisina inferiores a 2000 nM, independentemente do tempo
de exposição.
(D) a sobrevivência das larvas é maior na exposição durante 24 horas comparativamente com as que apenas foram
expostas durante 2 horas.

1.4. As hidralisinas são polímeros de ______ envolvidas na _______ de presas de Chlorohydra viridissima.
(A) aminoácidos (...) fragmentação (C) aminoácidos (...) digestão química
(B) ácidos gordos (...) digestão química (D) ácidos gordos (...) fragmentação

1.5. A Chlorohydra viridissima possui um tubo digestivo _______, e ocupa um nível trófico ______ relativamente à Artemia
salina.
(A) completo (...) inferior (C) incompleto (...) inferior
(B) completo (...) superior (D) incompleto (...) superior

1.6. A lise celular, resultante da ação da hidralisina, é devida a um aumento


(A) da pressão osmótica das células.
(B) do volume celular provocado pelo maior aporte de água para o seu exterior.
(C) do volume celular provocado pelo maior aporte de água para o seu interior.
(D) da concentração intracelular relativamente ao meio externo.
20
1.7. O percurso sequencial das hidralisinas, desde que são sintetizadas até à sua secreção para a cavidade gastrovascular
das hidras, é
(A) complexo de Golgi — vesículas de exocitose — retículo endoplasmático rugoso.
(B) retículo endoplasmático rugoso — vesículas de exocitose — complexo de Golgi.
(C) complexo de Golgi — retículo endoplasmático rugoso — vesículas de exocitose.
(D) retículo endoplasmático rugoso — complexo de Golgi — vesículas de exocitose.

1.8. Explique, tendo em conta os dados da investigação, a importância da produção das hidralisinas para o processo
digestivo da hidra-de-água-doce.

1.9. A Artemia salina é um animal que se alimenta, de entre outros seres vivos, de algas verdes unicelulares que digere
num tubo digestivo completo.
Compare as vantagens do sistema digestivo da Artemia salina com o sistema digestivo da Chlorohydra viridissima.

1.10. O nome científico da hidra, Chlorohydra viridissima, reflete a simbiose que este organismo estabelece com algas
localizadas em células que revestem a sua cavidade gastrovascular. Uma vez que a produção da hidralisina ocorre na
mesma região, pode colocar-se a hipótese de esta molécula ser produzida pelas algas e não pela hidra. Tendo em conta
que a substância DDU inibe a fotossíntese, sugira um procedimento experimental que permita testar a hipótese.

2. Foi realizada uma experiência com o objetivo de investigar a utilização de energia metabólica para o transporte de
substâncias através das membranas celulares. Nessa investigação foram usados iões sulfato SO 42-, como a substância a
ser transportada em pequenas plantas de cevada, em cujas raízes foi monitorizada a absorção destes iões.
Dois grupos de plantas foram cultivados num meio contendo os iões necessários para o seu crescimento. Os iões sulfato
foram marcados com átomos de enxofre radioativo (35S). No primeiro grupo, o meio de cultura foi borbulhado com oxigénio
(O2), um gás essencial no processo de produção de energia. No segundo grupo, o meio de cultura foi borbulhado com
nitrogénio (N2), um gás não prejudicial para as plantas e que remove o oxigénio presente no meio (Fig. 2).
Em cada uma das duas soluções, foi medida a quantidade de iões sulfato radioativos nos meios, no início da experiência
e, de seguida, a cada 30 minutos durante 4 horas. A tabela seguinte mostra os resultados obtidos para cada solução.

FIG. 2 Condições em que foram colocadas as plantas de cevada. A rolha de cortiça evita as trocas gasosas entre o meio
de cultura e o exterior dos frascos.

Tempo (minutos) 0 30 60 90 120 150 180 210 240


Quantidade de iões sulfato Meio com O2 0 220 290 350 390 430 490 500 530
absorvida (unidades arbitrárias) Meio com N2 0 140 190 210 225 238 250 260 290

2.1. Nesta atividade experimental a _____ constitui a variável ______.


(A) a presença ou ausência de oxigénio (...) dependente (C) a quantidade de iões sulfato absorvida (...) independente
(B) a quantidade de iões sulfato absorvida (...) dependente (D) espécie utilizada (...) independente

2.2. Indique o meio em que a quantidade de iões sulfato remanescente foi maior.

2.3. No sentido de aumentar a fiabilidade dos resultados obtidos, seria importante


(A) utilizar lotes de plantas diferentes.
(B) utilizar plantas com diferentes graus de desenvolvimento.
(C) verificar a quantidade de iões sulfato radioativos no interior da planta.
(D) diminuir o número de plântulas em cada um dos grupos experimentais.

2.4. Os resultados experimentais no meio com ______ apontam para a ocorrência de transporte _____ com consumo de
energia metabólica.
(A) oxigénio (...) ativo (C) oxigénio (...) passivo
(B) nitrogénio (...) ativo (D) nitrogénio (...) passivo

21
2.5. Para além de iões captados pelas raízes, as plantas absorvem dióxido de carbono pelas folhas, o que lhes permite a
produção de
(A) compostos inorgânicos ricos em ligações peptídicas. (C) biomassa vegetal.
(B) compostos inorgânicos. (D) compostos orgânicos e inorgânicos.

2.6. Faça corresponder a cada uma das frases da coluna I, referentes à constituição da membrana celular, um número da
coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Moléculas que constituem a unidade fundamental das biomembranas. (1) Fosfolípidos
(b) Moléculas que atravessam a membrana celular. (2) Glicolípidos
(c) Hidratos de carbono ligados a polímeros de aminoácidos presentes na (3) Glicoproteínas
membrana celular. (4) Proteínas intrínsecas
(5) Proteínas extrínsecas

2.7. Explique, tendo em conta os resultados obtidos, o aumento da produção vegetal em campos bem lavrados.

3. A maioria dos inseticidas age sobre o sistema nervoso dos insetos, possuindo diferentes modos de atuação. Tal como
acontece noutros animais, o neurotransmissor acetilcolina é libertado para as sinapses dos neurónios dos insetos
permitindo a transmissão do impulso nervoso. Após a realização desta ação, a acetilcolina retorna para o interior dos
neurónios graças à ação da acetilcolinesterase. Esta enzima desdobra a acetilcolina em colina e acetato, permitindo a sua
reabsorção pelos neurónios pré-sinápticos. Os inseticidas do grupo dos carbamatos atuam ligando-se à enzima
acetilcolinesterase, inibindo a sua ação. Este fenómeno leva à acumulação de acetilcolina na sinapse, causando
hiperatividade, resultante de uma excessiva estimulação nervosa. Como resultado da transmissão contínua e
descontrolada de impulsos nervosos, o inseto acaba por morrer devido a exaustão. Os neonicotinoides, por outro lado,
imitam o efeito da acetilcolina e competem com ela. Ao contrário do que acontece com a acetilcolina, os neonicotinoides
são insensíveis à ação da acetilcolinesterase. Os piretroides mantêm abertos os canais dos iões Na+ na célula, dificultando
a sua repolarização. Os sintomas de intoxicação de insetos por piretroides desenvolvem-se rapidamente, resultando
também em transmissão de impulsos repetitivos e descontrolados, hiperexcitabilidade e morte.

3.1. Os inseticidas da classe dos ______ atuam ao nível da transmissão sináptica, enquanto os inseticidas da classe dos
______ atuam ao nível da transmissão axónica.
(A) carbamatos (...) neonicotinoides (C) piretroides carbamatos
(B) neonicotinoides piretroides (D) neonicotinoides (...) carbamatos

3.2. Tendo em conta o modo de ação dos neonicotinoides é de prever que os mesmos causem _____ neuronal, dada a
ligação irreversível aos recetores da membrana
(A) hiperestimulação (...) pré-sináptica (C) hiperestimulação (…) pós-sináptica
(B) inibição (...) pré-sináptica (D) inibição (...) pós-sináptica

3.3. Em determinado segmento de um neurónio percorrido pelo impulso nervoso, verifica-se, durante a fase de
despolarização,
(A) saída de iões N+ do citoplasma e entrada de iões K+.
(B) saída de iões K+ do citoplasma e entrada de iões Na+.
(C) entrada de iões Na+ para o citoplasma e ausência de movimento de iões K+.
(D) entrada de iões K+ para o citoplasma e ausência de movimento de iões Na+.

3.4. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a formar a sequência correta da transmissão do impulso
nervoso.
A. Ligação da acetilcolina aos recetores da membrana do neurónio pós-sináptico.
B. Propagação do impulso nervoso no neurónio pré-sináptico.
C. Libertação de acetilcolina para a fenda sináptica.
D. Abertura dos canais de sódio do neurónio pós-sináptico.
E. Propagação do impulso nervoso no neurónio pós-sináptico.

3.5. Quando, na parte terminal do neurónio, ocorre um ______, as vesículas contendo a acetilcolina fundem-se com a
membrana do neurónio, ocorrendo _______.
(A) potencial de ação (...) exocitose (C) potencial de ação (...) endocitose
(B) potencial de repouso (...) exocitose (D) potencial de repouso (...) endocitose

3.6. A intoxicação de insetos por piretroides resulta de uma interferência com processos de
(A) osmose. (C) transporte não mediado.
(B) transporte ativo. (D) transporte mediado.

3.7. A hidrametilona, também usada como inseticida, é um inibidor da produção de ATP. Refira de que forma esta
substância interfere na transmissão do impulso nervoso.

22
4. As paramécias são protozoários que podem ser encontrados em diferentes ambientes aquáticos, onde se alimentam,
sobretudo, de bactérias e de pequenos fragmentos vegetais que fagocitam através do perístoma, uma invaginação da
membrana celular. Nestes organismos unicelulares são visíveis, em geral, dois vacúolos contráteis. Estas estruturas vão-
se enchendo lentamente de água e acabam por se contrair, libertando o seu conteúdo para o exterior através de um poro.
O ritmo dessas contrações varia de acordo com as condições do meio, como a temperatura ou a concentração.
No sentido de testar a influência da concentração no aparecimento de novos vacúolos contráteis, foi desenvolvido um
estudo utilizando Paramecium multimicronucleatum, uma espécie de água doce que, no seu meio natural, mantém uma
concentração do citoplasma superior à do meio externo.
Estas paramécias foram cultivadas num meio inicial com concentração de 84 mol -1. As células foram depois transferidas
para três soluções salinas com diferentes concentrações (4, 64 e 144 mol).
A figura 3A mostra a variação da percentagem de células com vacúolos contráteis extra ao longo do tempo após a
transferência.
Foi também testada a variação do número de células com vacúolos extra quando as paramécias cultivadas na solução
salina de 4 mol-1 são recolocadas no meio inicial, onde permaneceram durante 60 horas. Na figura 3B, apresenta-se a
variação da quantidade de células com vacúolos contráteis extra (círculos cor de laranja) e da densidade de células ao
longo do tempo (círculos verdes).

Fig. 3
4.1. Após a recolocação das paramécias no meio inicial, verificou-se _______ do número de células portadoras de _____
vacúolos contráteis extra.
(A) aumento (...) mais. (C) diminuição (...) menos.
(B) aumento (...) menos. (D) diminuição (...) mais.

4.2. As frases seguintes referem-se à interpretação dos dados experimentais.


I. O número de células com vacúolos contráteis extra foi aumentado nas primeiras 20 horas quando colocadas em meios
com diferentes concentrações.
II. A diminuição da concentração externa influencia negativamente o aparecimento de vacúolos contráteis extra.
III. A reexposição das células a um meio com maior pressão osmótica provoca diminuição da densidade das células.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas. (C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. (D) I é verdadeira; II e III são falsas.

4.3. Nestes estudos, a variável independente corresponde


(A) à concentração do citoplasma da paramécia. (C) à densidade das células.
(B) à concentração do meio externo. (D) ao número de vacúolos contráteis extra.

4.4. Parte da água que a paramécia expulsa através dos vacúolos contráteis entra na célula por ______a partir de um
meio externo ______.
(A) osmose (...) hipotónico (C) osmose (...) hipertónico
(B) difusão (...) hipotónico (D) difusão (…) hipertónico

4.5. As paramécias, ao contrário das bactérias, apresentam


(A) ribossomas. (C) organelos.
(B) DNA. (D) parede celular.

4.6. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a obter a sequência correta dos acontecimentos
relacionados com a obtenção de matéria por parte das paramécias.
A. Síntese de enzimas digestivas no retículo endoplasmático rugoso.
B. Ação de enzimas digestivas no interior de vacúolos digestivos.
C. Formação de vesículas golgianas.
D. Fusão de lisossomas com vesículas de fagocitose.
E. Difusão de moléculas simples através de membranas.

4.7. Tendo em conta a sua função, é de supor que o ritmo da pulsação dos vacúolos _____ quando _____ a concentração
do meio externo.
(A) diminui (...) diminui (C) aumenta (...) aumenta
(B) diminui (…) aumenta (D) se mantém (...) diminui

23
4.8. O interior do vacúolo contrátil possui uma pressão osmótica cerca de 1,5 vezes superior à do citoplasma, resultante
da presença iões K+ e Cl- Estas estruturas encontram-se, frequentemente, rodeadas por um elevado número de
mitocôndrias. Relacione a pressão osmótica nos vacúolos contráteis com a distribuição das mitocôndrias nas paramécias.

5. O protozoário Paramecium bursaria estabelece, habitualmente, uma relação de endossimbiose com a alga verde
Chlorella, que vive no seu interior. Nesta associação simbiótica, a alga fornece carbono orgânico à paramécia e esta, por
sua vez, fornece-lhe nitrogénio orgânico.
A Chlorella liberta uma parte do seu carbono orgânico para o hospedeiro sob a forma de maltose. Esta substância é
fornecida durante o dia e durante a noite por duas vias diferentes. Enquanto na presença da luz, a maltose é sintetizada
de novo a partir dos produtos do ciclo de Calvin, na obscuridade resulta da degradação do amido pela enzima amílase.
O mecanismo de transferência de nitrogénio para o endossimbionte ainda não foi estabelecido, apesar de os aminoácidos
surgirem como os compostos mais prováveis. Alternativamente, outros investigadores sugerem que a paramécia produz
resíduos nitrogenados na forma de derivados de ácidos nucleicos, como a guanina, que são assimilados pela alga.

5.1. O metabolito de troca de carbono, do simbionte para o hospedeiro, corresponde a um


(A) dipéptido. (C) polipéptido.
(B) dissacarídeo. (D) polissacarídeo.

5.2. A alga e a paramécia são, respetivamente, um


(A) eucarionte autotrófico e um eucarionte heterotrófico. (C) procarionte heterotrófico e um eucarionte autotrófico.
(B) procarionte autotrófico e um eucarionte heterotrófico. (D) eucarionte heterotrófico e um eucarionte autotrófico.

5.3. Os aminoácidos e os ácidos nucleicos têm em comum


(A) a presença de nitrogénio. (C) bases azotadas.
(B) ligações peptídicas. (D) o carácter inorgânico.

5.4. Na alga, as moléculas que permitem a produção de maltose durante o dia resultam de uma via metabólica cíclica onde
ocorre a
(A) fotólise da água. (C) fixação do dióxido de carbono.
(B) libertação de dióxido de carbono. (D) libertação de oxigénio.

5.5. A oxidação da clorofila pela luz permite


(A) a oxidação de um transportador de eletrões. (C) o fluxo de iões de hidrogénio.
(B) a captura de eletrões por parte dessa molécula. (D) um fluxo de eletrões que reduzirão moléculas de NAD+.

5.6. As frases seguintes referem-se aos pigmentos fotossintéticos que intervêm na fotossíntese.
I. Nas algas, os pigmentos fotossintéticos encontram-se nas membranas internas dos cloroplastos.
II. As clorofilas absorvem na região violeta-azul do espetro de luz visível.
III. Os diferentes pigmentos fotossintéticos existem em todos os seres autotróficos.
(A) I é verdadeira, II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras, I é falsa.
(B) I e II são verdadeiras, III é falsa. (D) I e III são verdadeiras, II é falsa.

5.7. Faça corresponder a cada uma das frases apresentadas na coluna I a respetiva molécula, que consta na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Molécula resultante da oxidação da água. (1) ADP
(b) Molécula responsável pela redução do CO2. (2) ATP
(c) Molécula resultante de fotofosforilação. (3) Glicose
(4) NADPH
(5) O2

5.8. O facto de, em muitas situações, Paramecium bursaria e Chlorella viverem separadamente sugere que a associação
entre os dois organismos possui um carácter
(A) facultativo. (C) dependente.
(B) obrigatório. (D) definitivo.

5.9. Explique, tendo em conta a sua origem metabólica, por que razão a maltose produzida de novo não poderia ser
fornecida à paramécia durante a noite.

BIOLOGIA 10 - DISTRIBUIÇÃO DE MATÉRIA


Verificação das aprendizagens
1. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) O xilema é um tecido que integra células mortas.
(B) Numa planta, os produtos resultantes dos diferentes processos de síntese circulam no floema.
(C) Todas as plantas possuem tecidos condutores.
(D) No caule de uma planta, a translocação floémica ocorre sempre no sentido descendente.
(E) A sacarose é o principal constituinte orgânico da seiva bruta.
24
(F) A posição relativa dos tecidos condutores não varia nos diferentes órgãos das plantas.
(G) Nas raízes, a captação ativa de sais minerais do solo acarreta consumo de energia.
(H) A entrada de água para o interior da raiz ocorre por osmose.

2. De acordo com a teoria da adesão-coesão-tensão, a força que desencadeia o movimento de água na planta é
(A) a tensão ao nível do xilema. (C) a adesão da água às paredes dos vasos xilémicos.
(B) a coesão entre as moléculas de água. (D) a pressão da água na raiz.

3. Numa atmosfera com elevados níveis de humidade, é de supor que


(A) aumente a quantidade de água absorvida na raiz. (C) os estomas se fechem.
(B) aumente a taxa de transpiração. (D) diminua a velocidade de ascensão de água no
4. A absorção de dióxido de carbono com carbono radioativo deverá conduzir à deteção de radioatividade
(A) no xilema. (C) no xilema e no floema.
(B) no floema. (D) em nenhum dos dois tecidos.

5. O movimento de seiva elaborada depende de uma ______ pressão de turgescência no interior de _______ nas zonas
de carregamento relativamente aos locais de consumo.
(A) maior (...) tubos crivosos (C) menor (...) vasos crivosos
(B) maior (...) vasos xilémicos (D) menor (...) vasos xilémicos

6. Nos animais com circulação dupla e completa, o sangue que circula na artéria aorta apresenta uma _____ quantidade
de oxigénio que o sangue que circula nas _____.
(A) maior (...) artérias pulmonares (C) menor (...) veias pulmonares
(B) maior (...) veias pulmonares (D) menor (...) artérias pulmonares

7. Nos insetos, a circulação


(A) ocorre dentro de vasos sanguíneos. (C) é responsável pelo transporte de gases.
(B) encaminha o sangue para lacunas. (D) é impulsionada por um coração com duas cavidades.

8. Nos sistemas circulatórios fechados,


(A) o sangue não se distingue da linfa intersticial. (C) o sangue circula no interior de vasos sanguíneos em dois sentidos.
(B) tanto pode circular linfa como sangue. (D) o fluido circulante é diferente da linfa intersticial.

9. Na circulação ______ dos peixes, o sangue circula com ______ pressão depois de passar pelas brânquias.
(A) simples (...) menor (C) dupla (...) menor
(B) simples (...) maior (D) dupla (...) maior

10. A mistura de sangue no coração acontece


(A) nos peixes mas não nos mamíferos. (C) nos anfíbios mas não nos peixes.
(B) nos anfíbios e nas aves. (D) nos répteis e nos mamíferos.

11. No coração dos vertebrados terrestres


(A) existem sempre quatro cavidades contráteis. (C) ocorre contração do miocárdio durante a diástole.
(B) circula sangue venoso na aurícula esquerda. (D) passa sangue de duas circulações.

12. O aspeto que melhor distingue a circulação linfática da circulação sanguínea é


(A) a circulação de material plasmático. (C) a absorção intestinal.
(B) a defesa do organismo. (D) o transporte de oxigénio.

Aplicação das aprendizagens


1. Os afídios são pequenos insetos que se alimentam de forma passiva a partir do floema de muitas plantas, onde inserem
o estilete do seu aparelho bucal. Uma das respostas das plantas a esses ataques consiste na obstrução dos poros das
placas crivosas com calose, uma substância que, ao fim de alguns minutos, impede a passagem da seiva. Para além desta
reação, outros recursos de defesa podem ser desencadeados em alguns segundos. De entre estes, destaca-se a
acumulação nos poros da placa crivosa de forisomas, proteínas que também contribuem para o bloqueio do fluxo floémico
ao passarem de um estado condensado a um estado distendido. Algumas investigações mostram que tanto a formação
de calose como a acumulação de forisomas estão dependentes da ligação a iões Ca 2+, que se difundem para as células
crivosas aquando da perfuração dos vasos. Esses estudos mostram também que os insetos conseguem reduzir o efeito
do Ca2+ no interior dos tubos crivosos, através da ação da sua saliva, que possui substâncias que competem por estes
iões no interior dessas células.

1.1. A extrusão da seiva através dos estiletes dos insetos acontece porque
(A) a seiva bruta circula sobre pressão. (C) a seiva bruta é aspirada pelos insetos.
(B) a seiva elaborada circula sobre pressão. (D) a seiva elaborada é aspirada pelos insetos.

1.2. Após ingestão da seiva floémica verifica-se no interior do intestino _____ do inseto _____ da pressão osmótica.
(A) completo (...) uma diminuição (C) completo (...) um aumento
25
(B) incompleto (...) uma diminuição (D) incompleto (...) um aumento

1.3. As substâncias utilizadas pelos afídios na sua alimentação são transportadas nas células crivosas
(A) através de um fluxo de massa. (C) por efeito da pressão radicular.
(B) como consequência da transpiração foliar. (D) por efeito da tensão produzida nos locais de consumo.

1.4. Os afídios são considerados ______ uma vez que ______ a matéria orgânica que utilizam.
(A) microconsumidores (...) ingerem (C) macroconsumidores (…) absorvem
(B) microconsumidores (...) absorvem (D) macroconsumidores (…) ingerem

1.5. Nos locais de onde a sacarose é transferida para os tubos crivosos verifica-se também a passagem para essas células
de água provinda do xilema. Essa passagem provoca ______ da pressão osmótica e ______ da pressão de turgescência
nos tubos crivosos.
(A) diminuição (…) diminuição (C) aumento (...) diminuição
(B) diminuição (...) aumento (D) aumento (…) aumento

1.6. Ordene as frases identificadas petas letras de A a E, de modo a sequenciar os acontecimentos que levam ao bloqueio
da passagem da seiva nos tubos crivosos.
A. Ligação do Ca2+ à forma condensada dos forisomas.
B. Entupimento dos poros da placa crivosa.
C. Perfuração das células crivosas pelos estiletes dos afídios.
D. Interrupção do movimento da seiva floémica.
E. Entrada de iões Ca2+ para as células crivosas.

1.7. As células de companhia localizadas no tecido floémico possuem no seu citoplasma um grande número de
mitocôndrias. Relacione esse facto com o carregamento dos tubos crivosos localizados nas folhas.

2. Algumas técnicas de irrigação experimental têm sido desenvolvidas de forma a fornecer diferentes quantidades de água
a diferentes partes do solo. Nestes sistemas compartimentados, uma parte da raiz recebe mais água que a outra. Estudos
baseados nessas técnicas têm mostrado que as raízes de algumas plantas, mantidas em solo seco, apresentam
concentrações maiores de ácido abscísico na sua seiva xilémica, comparativamente com as raízes em contacto com a
parte do solo húmido. O ácido abscísico é considerado uma hormona, funcionando como um sinalizador químico de longa
distância. Quando esta substância é produzida nas raízes promove respostas fisiológicas ao nível do comportamento dos
estomas e do crescimento da área foliar, que aumentam a retenção de água na planta como resposta ao seu défice no
solo. O ácido abscísico pode ser transportado das raízes para as folhas, local onde se desencadeiam estas respostas.

2.1. O ácido abscísico atua diretamente sobre as ______, conduzindo ______ da translocação xilémica.
(A) raízes (...) à redução (C) folhas (...) ao aumento
(B) folhas (…) à redução (D) raízes (...) ao aumento

2.2. Nos estudos referidos, a quantidade de ácido abscísico produzido pelas raízes constitui uma _______ e a quantidade
de água no solo constitui ______.
(A) variável dependente (...) outra variável dependente
(B) variável dependente (...) uma variável independente
(C) variável independente (...) outra variável independente
(D) variável independente (...) uma variável dependente

2.3. Entre os possíveis efeitos do ácido abscísico podem incluir-se _____ dos estomas e ______ do crescimento das
folhas.
(A) o fecho (...) o aumento (C) a abertura (...) o aumento
(B) a abertura (...) a diminuição (D) o fecho (...) a diminuição

2.4. O movimento de água no interior dos vasos xilémicos ocorre ____ dispêndio de energia metabólica _____ e de forma
______.
(A) sem (...) unidirecional. (C) sem (...) bidirecional.
(B) com (...) bidirecional. (D) com (...) unidirecional.

2.5. Através de técnicas envolvendo o uso de isótopos radioativos, os átomos de oxigénio da água fornecida às plantas
poderão ser localizados em primeiro lugar
(A) na seiva elaborada do floema das folhas. (C) na seiva bruta do xilema das raízes.
(B) na seiva bruta do xilema das folhas. (D) na seiva elaborada do floema das raízes.

2.6. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a estabelecer uma sequência de acontecimentos
relacionados com a teoria da adesão-coesão-tensão.
A. Aumento da força de tensão nos elementos de vaso. D. Movimento da água no interior do xilema.
B. Abertura dos estomas. E. Aumento do fluxo de vapor de água para o exterior.
C. Fluxo de água para o interior da raiz.
26
2.7. Relacione a remoção integral das folhas de uma planta com a diminuição da translocação de fluidos no seu interior.
3. A translocação de substâncias nas plantas vasculares está dependente de vários fatores ambientais, como a luz, a
temperatura ou a humidade. Recorrendo a uma técnica não invasiva de ressonância magnética, foi estudada a velocidade
de translocação xilémica e floémica em hipocótilos de Ricinus communis. O hipocótilo é a parte do caule de uma planta
em início de desenvolvimento situada acima das raízes e abaixo dos cotilédones, órgãos de reserva da semente.

Este estudo reporta as variações do fluxo de seivas na planta ao longo de um dia (Fig. 6A e 6B), tendo sido também
efetuadas medições de trocas de gases com o ambiente (Fig. 6C e 6D).
Os lotes de plantas usadas nas diferentes avaliações foram cultivados durante 40 dias, a partir da germinação das
sementes, a uma temperatura e humidade relativa estáveis, com um fotoperíodo artificial de 16 horas.

FIG. 6 (A) Velocidade de fluxo no floema, (B) velocidade de fluxo no xilema, (C) transpiração e (D) taxa de consumo de
CO2, ao longo de um dia. Os períodos sem luz estão indicados por faixas cinzentas.

3.1. As afirmações seguintes referem-se a interpretações dos dados obtidos no estudo.


I. Em ambos os tecidos, o transporte tem lugar durante todo o dia.
II. Em condições de luz, a velocidade de translocação da seiva bruta é inferior à velocidade de translocação da seiva
elaborada.
III. A velocidade de translocação da seiva floémica é independente do regime de luminosidade.
(A) I é verdadeira, II e III são falsas. (C) I e III são verdadeiras, II é falsa.
(B) I e II são verdadeiras, III é falsa. (D) II e III são verdadeiras, I é falsa.

3.2. Indique a variável independente do estudo.


3.3. Tendo em conta os dados do estudo, pode concluir-se que o transporte no
(A) floema é possível mesmo na ausência da atividade fotossintética.
(B) floema não é possível na ausência da atividade fotossintética.
(C) xilema não é possível na ausência da atividade fotossintética.
(D) xilema só é possível na ausência da atividade fotossintética.

3.4. A análise do gráfico C deixa supor que os estomas da planta


(A) mantêm o mesmo nível de abertura ao longo das 24 horas.
(B) mantêm diferentes níveis de abertura ao longo das 24 horas.
(C) fecham completamente durante os períodos de obscuridade.
(D) apresentam maior abertura durante os períodos de obscuridade.

3.5. Considere os seguintes solutos em soluções translocadas em Ricinus:


1 — sacarose, potássio, aminoácidos, ácidos orgânicos.
2 — nitratos, potássio, cálcio, fósforo, enxofre, magnésio.

Tendo em conta as composições das soluções, pode considerar-se que


(A) a solução 1 corresponde à seiva floémica e a 2, à seiva xilémica.
(B) a solução 2 corresponde à seiva floémica e a 1, à seiva xilémica.
(C) ambas as soluções podem corresponder à seiva floémica.
(D) ambas as soluções podem corresponder à seiva xilémica.

3.6. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a constituir a sequência de acontecimentos relacionados
com o movimento da seiva floémica.
27
A. Síntese de dissacarídeos.
B. Entrada de água em células crivosas.
C. Produção fotossintética de açúcares.
D. Aumento da pressão osmótica nas células crivosas.
E. Aumento da pressão de turgescência nas células crivosas.

3.7. Comparativamente à translocação xilémica, a translocação floémica apresenta uma _____ velocidade de fluxo, em
parte devido à maior _____ da seiva elaborada.
(A) maior (...) viscosidade (C) maior (...) fluidez
(B) menor (...) viscosidade (D) menor (...) fluidez

3.8. Faça corresponder a cada uma das afirmações expressas na coluna I, um dos termos, relativos a processos que
ocorrem nas plantas, que constam na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Força gerada na raiz em resultado da absorção ativa de sais. (1) Gutação
(b) Saída de água nos bordos das folhas de roseira. (2) Exsudação
(c) Fluxo de água na forma de vapor. (3) Pressão radicular
(4) Transpiração
(5) Translocação

3.9. Explique a variação da velocidade do movimento no floema tendo em conta as fontes de matéria orgânica disponíveis
nas plântulas de Ricinus communis.

3.10. Relacione o traçado do gráfico D com a variação da taxa de fotossíntese ao longo do dia.

4. Nos insetos, o fluido circulante é movimentado, sobretudo, graças às contrações do vaso dorsal. Adicionalmente, as
contrações extracardíacas do hemocélio, constituído por cavidades para onde a hemolinfa é lançada, constituem outro
mecanismo que favorece a movimentação da hemolinfa.
No estado de pupa dos insetos, durante o qual se verifica uma total imobilidade, ocorre uma alternância na direção de
circulação da hemolinfa. Esta reversão do funcionamento do órgão pulsátil traduz-se em ondas de contração da região
posterior para a cabeça (pulsações anterógradas), seguidas de uma pausa e de nova série de ondas, com uma menor
frequência de contração, orientadas desta vez para a direção oposta (pulsações retrógradas). A vantagem fisiológica desta
reversão consiste em aumentar seletivamente o fluxo da hemolinfa em direção às extremidades do corpo da pupa imóvel,
uma fase em que as contrações extracardíacas do hemocélio não se verificam devido ao estado de dormência em que os
animais se encontram.
Com o objetivo de obter dados acerca do efeito da temperatura na duração das pulsações e no ritmo cardíaco destes
animais, submeteram-se três pupas a temperaturas de 10 a 35 °C. A média de 8 medições, feitas em cada um dos animais,
está expressa nos gráficos A e B da figura 7.

Fig. 7

4.1. As afirmações seguintes referem-se à interpretação dos dados recolhidos.


I. O aumento da temperatura provoca um aumento na frequência das sístoles.
II. À medida que aumenta a temperatura verifica-se uma maior diferença entre o intervalo das pulsações na circulação
anterógrada e na circulação retrógrada.
III. O ritmo cardíaco é superior quando o sangue circula para a cabeça do animal em qualquer valor de temperatura.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

4.2. A circulação retrógrada constitui uma adaptação


(A) particularmente favorável no caso de imobilidade dos animais.
(B) que complementa as contrações extracardíacas.
(C) que distribui a hemolinfa para todo o corpo do animal.
(D) particularmente favorável durante o movimento dos animais.
28
4.3. A partir da análise dos resultados expressos nos gráficos é possível inferir que
(A) a duração das pulsações varia na razão direta do ritmo cardíaco.
(B) a região anterior do corpo recebe mais hemolinfa que a região posterior.
(C) a região posterior do corpo recebe mais hemolinfa que a região anterior.
(D) a duração das pulsações não é influenciada pela temperatura.

4.4. No estudo efetuado, constitui variável independente


(A) a direção da circulação. (C) a temperatura.
(B) o ritmo cardíaco. (D) a duração das pulsações.

4.5. O fluido circulante dos insetos


(A) flui dentro de um sistema circular fechado. (C) pode ser distinguido do fluido intersticial desses animais.
(B) banha diretamente as células desses animais. (D) transporta oxigénio para as células.

4.6. No intestino dos insetos, que integra um tubo digestivo ______, ocorrem trocas de _______ orgânicos com a
hemolinfa.
(A) completo (...) monómeros (C) completo (...) polímeros
(B) incompleto (...) polímeros (D) incompleto (...) monómeros

4.7. Ao contrário do que acontece com a minhoca, o coração do inseto


(A) apresenta uma posição dorsal.
(B) dispõe-se longitudinalmente em relação ao corpo do animal.
(C) apresenta orifícios por onde entra o fluido circulante.
(D) cumpre apenas a função circulatória.

5. Ao contrário da maioria dos peixes, que vivem em ambientes com intervalos de temperatura muito reduzidos, a truta-
arco-íris pode permanecer ativa em águas cuja temperatura pode variar entre os 4 °C e os 20 °C. Essas variações
acentuadas podem conduzir a alterações significativas do sistema circulatório destes animais, nomeadamente ao nível da
morfologia do coração e da sua função contrátil.
A temperatura tem também efeito sobre a viscosidade do sangue destes animais. A viscosidade traduz-se numa maior
resistência vascular, aumentando assim a quantidade de trabalho desenvolvido pelo coração para bombear o sangue. Por
outro lado, as baixas temperaturas conduzem a uma redução do ritmo cardíaco, resultante, sobretudo, do aumento da
duração da diástole.
Num estudo efetuado com trutas aclimatadas a diferentes valores de temperatura (5 °C, 10 °C e 15 °C) foi avaliada a
massa ventricular em machos e fêmeas (Fig. 8A). Os valores de viscosidade foram determinados para amostras de sangue
a temperaturas compreendidas entre os 0 e os 15 °C (Fig. 8B).

5.1. Considere as seguintes afirmações.


I. O aumento da temperatura afeta positivamente a massa ventricular dos peixes.
II. A massa ventricular das fêmeas é menos afetada pela variação da temperatura que a massa ventricular dos machos.
III. A variação da viscosidade do sangue, no intervalo entre os 10 e os 15 °C, é semelhante à variação da viscosidade do
plasma.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

5.2. A viscosidade do sangue relativamente ao plasma sanguíneo deverá ser _____ atribuída à presença de _____ no
sangue.
(A) menor (...) células (C) maior (...) células
(B) maior (...) proteínas (D) menor (...) proteínas

5.3. De acordo com o texto, as baixas temperaturas levam a


29
(A) um aumento do tempo de enchimento do coração. (C) um aumento do tempo de esvaziamento do coração.
(B) uma diminuição do tempo de enchimento do coração. (D) uma diminuição do tempo de esvaziamento do
coração.

5.4. O incremento da massa ventricular pode compensar a viscosidade do sangue do peixe, uma vez que permitirá um
______ de força necessária a uma ______ mais vigorosa.
(A) decréscimo (...) sístole (C) acréscimo (...) sístole
(B) decréscimo (...) diástole (D) acréscimo (...) diástole

5.5. No coração dos peixes circula sempre sangue ______ vindo ______.
(A) venoso (...) das brânquias (C) venoso (...) de todo o corpo
(B) arterial (...) das brânquias (D) arterial (...) de todo o corpo

5.6. Os peixes de água salgada vivem num meio com maior pressão osmótica que a do líquido intersticial. Esse facto leva
a que ocorra nas suas brânquias
(A) entrada de sais para o meio interno por transporte ativo. (C) saída de sais para o meio externo por osmose.
(B) entrada de sais para o meio interno por difusão. (D) saída de sais para o meio externo por difusão.

5.7. Apesar de o ritmo cardíaco diminuir com as baixas temperaturas, o peixe mantém praticamente o mesmo débito
sanguíneo (volume de sangue bombeado por minuto) que se verifica a temperaturas mais elevadas. Explicite os
mecanismos que permitem esse desempenho.

BIOLOGIA 10 - TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DA ENERGIA PELOS SERES VIVOS


1. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, referentes a aspetos do metabolismo
celular.
(A) As reações exoenergéticas são acompanhadas de libertação de energia.
(B) A síntese de moléculas orgânicas complexas é possível graças a vias catabólicas.
(C) A hidrólise do ATP permite a ocorrência de reações endoenergéticas.
(D) A produção de proteínas constitui um exemplo de anabolismo.
(E) A síntese de ATP ocorre com libertação de energia.
(F) Os organismos anaeróbios estritos não desenvolvem vias metabólicas com consumo de oxigénio.
(G) A fermentação constitui um processo aeróbio.
(H) As enzimas são fatores fundamentais do metabolismo.

2. A fermentação constitui uma via ______ globalmente associada à ______ de compostos orgânicos.
(A) catabólica (...) redução (C) anabólica (...) redução
(B) catabólica (...) oxidação (D) anabólica (...) oxidação

3. Em condições anaeróbias, a degradação incompleta da glicose fornece às células ______.


(A) 36 moléculas de ATP. (C) 4 moléculas de ATP.
(B) 2 moléculas de ATP. (D) 38 moléculas de ATP.

4. Os produtos finais da fermentação alcoólica incluem


(A) uma molécula orgânica e CO2. (C) apenas moléculas inorgânicas.
(B) apenas moléculas orgânicas. (D) uma molécula orgânica e O2.

5. Nas células musculares humanas ocorre


(A) apenas respiração aeróbia. (C) respiração aeróbia e fermentação alcoólica.
(B) respiração aeróbia e fermentação lática. (D) apenas fermentação.

6. O ciclo de Krebs corresponde a uma fase da respiração aeróbia que permite a formação de
(A) ATP, NADH e CO2. (C) NADH e CO2
(B) ATP e NADH. (D) ATP, NAD+ e CO2.

7. Relativamente à fermentação, a respiração aeróbia tem em comum


(A) o rendimento energético. (C) o local de ocorrência.
(B) os produtos finais. (D) a parte inicial dos dois processos.

8. Na cadeia respiratória situada na ______ ocorre fosforilação oxidativa, verificando-se a _____ do oxigénio.
(A) matriz mitocondrial (...) oxidação (C) matriz mitocondrial (...) redução
(B) membrana interna da mitocôndria (...) redução (D) membrana interna da mitocôndria (...) oxidação

9. As trocas de gases que ocorrem ao nível dos estomas têm influência, sobretudo,
(A) na fotossíntese e na translocação xilémica. (C) na translocação xilémica e na translocação floémica.

30
(B) na fotossíntese e na translocação floémica. (D) na fotossíntese e na fermentação.

10. Ao nível dos pulmões dos mamíferos ocorre _____ de gases através de uma superfície _____.
(A) difusão direta (...) muito vascularizada (C) difusão indireta (...) muito vascularizada
(B) difusão direta (...) pouco vascularizada (D) difusão indireta (...) pouco vascularizada
11. Nos insetos, os gases difundem-se através ______ até aos tecidos, ____ intervenção do sistema circulatório.
(A) de traqueias (...) com (C) de traqueias (...) sem
(B) das lacunas (...) com (D) das lacunas (...) sem

12. O mecanismo de contracorrente, que pode ser observado nos peixes,


(A) permite manter um gradiente de pressão de oxigénio durante a passagem da água pelas brânquias.
(B) consiste no retorno do sangue ao coração após oxigenação nas brânquias.
(C) inibe a hematose.
(D) bloqueia a passagem de sangue pelas brânquias.

13. A desidratação do tegumento da minhoca _____ a difusão _____ de gases.


(A) favorece (...) direta (C) dificulta (…) direta
(B) favorece (...) indireta (D) dificulta (...) indireta

Aplicação das aprendizagens


1. Apenas uma fração da energia total disponível nas moléculas orgânicas dos nutrientes é usada pelo organismo para o
seu crescimento e para a síntese dos seus compostos orgânicos.
Existe uma correlação entre o calor produzido na fermentação e a variação dessa produção resultante do aumento do
consumo de O2, pelo organismo. Para determinar esta correlação, três espécies de leveduras, Candida lipolytica, Candida
utilis e Saccharomyces cerevisiae foram colocadas numa solução de igual concentração de glicose. Nesta solução foi
borbulhado oxigénio de forma a manter a solução saturada deste gás durante toda a experiência. Os resultados obtidos
para a espécie C. lipolytica, encontram-se no gráfico da figura 13.

FIG. 13 Valores medidos de


hora a hora dos parâmetros em
estudo.

1.1. Na levedura C. lipolytica a um _____ crescimento populacional corresponde uma _____taxa respiratória.
(A) maior (...) maior (C) menor (...) menor
(B) maior (...) menor (D) menor (…) maior

1.2. A interpretação dos dados do gráfico da figura 13 permite concluir que


(A) no intervalo entre as 7 e as 10 horas ocorreu a maior variação de consumo de O 2, a que correspondeu uma variação
menor no calor produzido.
(B) no intervalo entre as 7 e as 10 horas ocorreu a maior variação de consumo de O 2, a que correspondeu a uma maior
variação de calor produzido.
(C) a maior variação no consumo de O2 ocorreu no intervalo das 10 às 12 horas.
(D) a menor variação de calor produzido ocorreu entre as 9 e as 10 horas.

1.3. Entre as 7 e as 8 horas ocorreu ______ da produção de calor resultante de um aumento da taxa da _______.
(A) um aumento (...) respiração aeróbia (C) uma diminuição (...) fermentação
(B) um aumento (...) fermentação (D) uma diminuição (...) respiração aeróbia

1.4. Nas reações de anabolismo ocorre a


(A) degradação de moléculas complexas, com consumo de energia.
(B) degradação de moléculas simples, com produção de energia.
(C) síntese de moléculas complexas, com consumo de energia.
(D) síntese de moléculas complexas, com produção de energia.

1.5. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos referentes à fermentação alcoólica.
31
A. Formação de piruvato.
B. Redução de moléculas transportadoras de e- e H+.
C. Fosforilação pelo ATP de uma molécula orgânica rica em energia.
D. Redução de um composto a etanol.
E. Descarboxilação da molécula resultante da glicólise.
1.6. Nas reações ___ de catabolismo ocorre libertação de energia que é mobilizada na produção de moléculas ___.
(A) endoenergéticas (...) ATP (C) exoenergéticas (...) ADP
(B) endoenergéticas (...) ADP (D) exoenergéticas (...) ATP

1.7. Faça corresponder a cada uma das frases da coluna I, referentes aos processos celulares de produção de energia
metabólica, o termo da coluna II que lhe corresponde.
Coluna I Coluna II
(a) Degradação citoplasmática de moléculas de glicose. (1) Fermentação alcoólica
(b) Etapa que promove a oxidação completa do ácido pirúvico. (2) Fermentação láctica
(c) Processo anaeróbio onde há a redução do ácido pirúvico a lactato. (3) Glicólise
(4) Ciclo de Krebs
(5) Cadeia respiratória

1.8. Nos processos ______ de produção de energia metabólica, o rendimento energético, obtido a partir do catabolismo
anaeróbico de uma molécula de glicose, é de _______.
(A) fermentativos (...) 36 ATP (C) respiratórios (...) 2 ATP
(B) fermentativos (...) 2 ATP (D) respiratórios (...) 36 ATP

1.9. O rendimento energético da fermentação deve-se à ______da glicose com a formação de compostos finais ______
em energia.
(A) oxidação completa (...) ricos (C) redução incompleta (...) ricos
(B) redução completa (...) pobres (D) oxidação incompleta (...) ricos

1.10. No final da cadeia respiratória, os eletrões resultantes da oxidação da glicose ______, originando ______.
(A) oxidam o O2 (...) moléculas de água (C) reduzem o O2 (...) moléculas de água
(B) oxidam a água (...) moléculas de O2 (D) reduzem a água (...) moléculas de O2

1.11. As leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae são responsáveis pela fermentação alcoólica que ocorre no
fabrico do pão e na produção de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja. Planifique uma atividade experimental que
lhe permita observar a fermentação alcoólica no fabrico do pão.

2. A proteína HMGB1 tem um papel central na defesa antitumoral. Esta proteína, obtida a partir de células NK (natural
killers), elimina diretamente as células cancerígenas, desencadeando a sua morte.
Um dos principais alvos de estudo desta proteína é o metabolismo energético mitocondrial, uma vez que as linhagens de
células tumorais com a cadeia respiratória bloqueada são resistentes à citotoxicidade da proteína. A HMGB1 inibe a ação
da enzima piruvato quinase, bloqueando assim a respiração aeróbia. Desta ação resulta um rápido desvio metabólico,
forçando as células a depender exclusivamente da glicólise para a produção de energia, acabando por morrer. Nota: as
células NK constituem uma variedade de glóbulos brancos, os linfócitos citotóxicos NK.

2.1. A morte celular provocada pela proteína HMGB1 resulta de


(A) um aumento do consumo de ácido pirúvico na matriz da mitocôndria.
(B) um aumento da redução do oxigénio nas cristas mitocondriais.
(C) uma diminuição da produção de ATP ao nível das cristas mitocondriais.
(D) uma redução do consumo de glicose a nível do citoplasma.

2.2. Nas reações ______, que acontecem na matriz das mitocôndrias, ocorre a descarboxilação e a oxidação ______ do
piruvato, formado na primeira etapa da respiração aeróbia.
(A) da cadeia respiratória (...) parcial (C) do ciclo de Krebs (...) parcial
(B) do ciclo de Krebs (...) total (D) da cadeia respiratória (...) total

2.3. No balanço final da glicólise, por cada molécula de glicose consumida, resultam duas moléculas de piruvato,
(A) duas de NAD+ e duas de ATP. (C) duas de NADH e duas de ADP.
(B) duas de NAD+ e duas de ADP. (D) duas de NADH e duas de ATP.

2.4. As ____ que ocorrem na etapa respiratória que decorre na matriz mitocondrial originam _____ como resíduo
metabólico.
(A) descarboxilações (…) CO2 (C) oxidações (...) CO2
(B) descarboxilações (...) H2O (D) oxidações (...) H2O

2.5. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência temporal das reações que
ocorrem ao nível da mitocôndria.
A. Redução de moléculas de NAD+.
32
B. Fosforilação oxidativa de moléculas de ADP.
C. Redução de proteínas da membrana interna da mitocôndria pelo NADH.
D. Redução do aceitador final dos eletrões com formação de moléculas de H 2O.
E. Entrada do piruvato na mitocôndria.

2.6. As afirmações seguintes referem-se à ação da proteína HMGB1.


I. As células tumorais resistentes à ação da proteína não realizam a glicólise.
II. A HMGB1 altera o rendimento energético da respiração aeróbia nas células tumorais.
III. Nas células tumorais resistentes à ação citotóxica da proteína não ocorre fluxo de eletrões na membrana interna da
mitocôndria.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

2.7. Uma hipótese, atualmente muito aceite, defende que as mitocôndrias tiveram origem a partir de bactérias aeróbias
que sofreram fagocitose por uma célula maior. Esta situação teria evoluído, posteriormente, para uma relação
endossimbiótica que acabaria por resultar na persistência das mitocôndrias como organelos celulares.

2.7.1. Indique a localização, nas bactérias aeróbias, das proteínas transportadoras de eletrões da cadeia respiratória.

2.7.2. Pode ser utilizado como argumento a favor da hipótese referida o facto de as mitocôndrias apresentarem
(A) apenas uma membrana a separar o meio externo do seu meio interno.
(B) uma membrana interna com cristas mitocondriais.
(C) uma matriz rica em água e substâncias dissolvidas.
(D) duas membranas e a cadeia respiratória ocorrer na sua membrana interna.

2.8. A piruvato quinase é a enzima que catalisa a última reação da glicólise que ocorre no citoplasma das células, de
acordo com o esquema da figura 14.

FIG. 14

2.8.1. Explique, tendo em conta os dados da figura 14, a morte metabólica das células de algumas linhagens tumorais sob
a ação da proteína HMGB1.

3. As plantas terrestres regulam as trocas gasosas através dos estomas, para garantirem o seu metabolismo celular. No
entanto, estas trocas interferem com o balanço hídrico entre a planta e a solução do solo.
Para estudar a tolerância das diferentes variedades de feijão-frade à diminuição da água disponível no solo foi realizada a
seguinte atividade experimental.
Dez variedades de feijão-frade (Vigna unguiculata L.) foram cultivadas em câmaras de crescimento sob condições ótimas
de luz e temperatura e bem irrigadas até ao início da sua floração. Nessa fase, as plantas foram separadas em dois grupos.
Um dos grupos continuou a ser bem irrigado e o outro foi submetido a um défice hídrico. Este défice foi induzido retendo
a rega até que o potencial hídrico do solo atingisse o valor de -75 kPa, o qual foi mantido durante 10 dias.
Os resultados obtidos nas diferentes variedades de feijão, relativos à assimilação dos gases pelas células da folha (A), à
transpiração (T) e ao movimento de CO2 através dos estomas (gCO2), constam da tabela 2.
TAB. 2
Variedade A (µmol m-2s-1) T (mmol m-2s-1) gCO2 (mmol m-2s-1)
IFH 27-8 7,93 1,90 53,2
UCR 1340 7,97 1,70 57,8
Lobia 7,23 2,02 56,9
Vita 7 7,01 2,22 90,4
Irrigadas

UCR 386 7,54 1,86 69,3


UCR 328 7,45 2,02 70,7
Ex Sangha 7,31 2,27 82,3
Lagreen 7,08 2,15 82,9
RCXAC 12,10 3,29 85,3
Ex Ukwala 7,68 2,56 93,1
IFH 27-8 0,91 0,35 10,0
Stress hídrico

UCR 1340 1,59 0,76 20,5


Lobia 0,46 0,48 11,7
Vita 7 0,26 0,51 25,7
UCR 386 1,75 0,68 33,8
UCR 328 1,38 0,65 15,8

33
Ex Sangha 3,27 0,76 44,2
Lagreen 0,93 0,33 15,3
RCXAC 0,37 0,57 14,2
Ex Ukwala 1,35 0,45 24,9

3.1. Uma das variáveis independentes da investigação foi


(A) a assimilação de gases nas células das folhas. (C) o movimento do CO2 através dos estomas.
(B) a variação da taxa de transpiração nas plantas. (D) as variedades de feijão-frade.

3.2. Nas plantas dos grupos sujeitos a stress hídrico, a taxa de assimilação de CO 2 ______, em virtude da _____ taxa
fotossintética.
(A) diminuiu (…) da redução (C) aumentou (...) da redução
(B) diminuiu (…) do aumento (D) aumentou (…) do aumento

3.3. O movimento de CO2 e a transpiração diminuíram nas plantas mantidas em solos com baixos potenciais hídricos,
devido ao aumento
(A) do diâmetro dos ostíolos. (C) da rigidez das paredes celulares das células estomáticas.
(B) da plasmólise das células estomáticas. (D) de turgescência das células estomáticas.

3.4. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, referentes aos acontecimentos que conduzem à abertura dos
estomas.
A. Aumento da pressão de turgescência nas células estomáticas.
B. Abertura do ostíolo.
C. Acumulação ativa de K+ no meio interno das células estomáticas.
D. Aumento do fluxo de entrada de água nas células estomáticas.
E. Aumento da pressão osmótica nas células estomáticas.

3.5. As afirmações seguintes referem-se aos resultados do estudo com as variedades de Vigna unguiculata.
I. Em todas as variedades bem irrigadas a taxa de transpiração foi idêntica.
II. A variedade de feijão Ex Sangha foi a que manteve as maiores taxas fotossintéticas, quando submetida a stress hídrico.
III. A variedade Lobia manteve a maior taxa de transpiração de todas as variedades sujeitas a forte irrigação.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

3.6. Faça corresponder a cada uma das frases da coluna I, sobre as trocas que ocorrem nas plantas, o termo da coluna II
que lhe corresponde.
Coluna I Coluna II
(a) Fluxo de água da solução do solo para o xilema. (1) Transpiração
(b) Força resultante da concentração salina em células vegetais. (2) Absorção radicular
(c) Força gerada pela perda de moléculas de água na forma de vapor. (3) Pressão osmótica
(4) Pressão de turgescência
(5) Tensão foliar

3.7. O transporte de substâncias orgânicas nas plantas ocorre em células


(A) vivas, tanto no xilema como no floema. (C) mortas no xilema.
(B) mortas, tanto no xilema como no floema. (D) vivas no floema.

3.8. As amidas, usadas como herbicidas, causam a plasmólise das células estomáticas levando ao _____ dos estomas, o
que se repercute diretamente na _______.
(A) fecho (...) translocação floémica (C) fecho (...) translocação xilémica
(B) abertura (…) translocação floémica (D) abertura (...) translocação xilémica

3.9. Explique os resultados obtidos no grupo de plantas sujeitas a stress hídrico.

4. Os insetos terrestres possuem urna razão elevada entre a área da superfície corporal e o volume do corpo, o que coloca
grandes desafios em termos de balanço hídrico. Estes animais perdem água por difusão através do exoesqueleto de
quitina, ou através dos espiráculos, perda esta associada às trocas gasosas.
Uma explicação para a variação do padrão de trocas gasosas nos insetos terrestres pode estar relacionada com a redução
da perda de água na respiração. Para testar esta hipótese, foram medidas as taxas de CO 2 e de H2O libertados a diferentes
temperaturas pela barata-gigante, Aptera fusca, durante os principais padrões de trocas gasosas, descontínuo, contínuo
e cíclico. O padrão descontínuo de trocas gasosas consiste num ciclo com três fases que podem ser identificadas com
base no comportamento dos espiráculos e na emissão de CO 2 a ele associado: a fase de abertura do espiráculo (A), em
que as trocas gasosas ocorrem livremente através da difusão; a fase do fecho do espiráculo (C), quando não há trocas
gasosas com o ambiente externo; e a fase de flutuação (F), quando os espiráculos se abrem e fecham muito rapidamente,
ocorrendo alguma troca de gases. Os resultados encontram-se expressos nos gráficos A e B da figura 15.
No gráfico A estão representados os valores médios das trocas gasosas e perdas de água, em vários ciclos descontínuos.
As barras cor de laranja referem-se aos valores do eixo dos y do lado esquerdo e as barras azuis, aos valores do eixo dos
34
y do lado direito. No gráfico B estão representados os valores médios obtidos nas etapas fechado e de flutuação dos
espiráculos (C e F).

FIG. 15

4.1. O padrão de perda de água corporal resulta do fluxo constante de água perdida
(A) contínuo (...) pelos espiráculos (C) descontínuo (...) pelos espiráculos
(B) contínuo (...) pelo exoesqueleto (D) descontínuo (...) pelo exoesqueleto

4.2. Uma das variáveis independentes do estudo foi


(A) a quantidade de água perdida na respiração. (C) a quantidade de O2 consumido na respiração aeróbia.
(B) o teor de CO2 libertado pelos animais. (D) a temperatura a que os insetos foram submetidos.

4.3. A análise do gráfico A permite concluir que entre os 25 °C e os 30 °C ocorre


(A) um aumento do CO2 libertado e uma diminuição da perda de água.
(B) uma diminuição do CO2 libertado e uma diminuição da perda de água.
(C) uma diminuição do CO2 libertado e a manutenção da quantidade de água perdida.
(D) um aumento do CO2 libertado e a manutenção da quantidade de água perdida.

4.4. Nas etapas que constam do gráfico B, fechado e de flutuação (C e F) dos espiráculos do ciclo descontínuo, a
diminuição da emissão de CO2 poderá estar relacionada com
(A) a diminuição da taxa da respiração aeróbia.
(B) o aumento da taxa da respiração aeróbia.
(C) o aumento do consumo de O2 pelo inseto.
(D) diminuição do tempo da etapa fechado (F) dos espiráculos.

4.5. O desenvolvimento de superfícies respiratórias com ______ área, no _____ do corpo, em órgãos como os pulmões,
permitiu uma boa adaptação aos ambientes terrestres.
(A) pequena (…) exterior (C) grande (...) interior
(B) pequena (…) interior (D) grande (...) exterior

4.6. Faça corresponder a cada uma das frases da coluna I, referentes aos sistemas respiratórios dos vertebrados, o termo
da coluna II que lhe corresponde.
Coluna I Coluna II
(a) Possui exclusivamente uma hematose bem-adaptada a ambientes aquáticos (1) Inseto
através de um tegumento permanentemente humedecido. (2) Minhoca
(b) Possui hematose pulmonar muito eficiente em pulmões desprovidos de alvéolos (3) Anfíbio
pulmonares. (4) Ave
(c) Animal detentor de dois tipos de superfícies respiratórias. (5) Mamífero

4.7. As afirmações seguintes referem-se às trocas gasosas nos insetos.


I. As trocas gasosas com o exterior ocorrem com a intervenção de um líquido circulante.
II. A elevada ramificação das traqueias aumenta a área da superfície respiratória.
III. A localização interna das traqueias aumenta a eficiência dos mecanismos de retenção de água corporal.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

4.8. Nos peixes e em outros vertebrados, as trocas gasosas nas superfícies respiratórias ocorrem por mecanismos de
contracorrente.
Explique as vantagens deste mecanismo no aumento da eficiência respiratória dos animais onde estão presentes.

5. O enfisema pulmonar é uma doença resultante, em mais de 80% dos casos, do consumo do tabaco. Esta doença
provoca a destruição gradual das paredes dos alvéolos pulmonares, com a consequente redução da superfície das trocas
gasosas. Além deste efeito, também provoca a destruição das arteríolas e dos capilares existentes nessas paredes. Esta
35
redução vascular resulta numa diminuição da área total de circulação, o que dificulta o fluxo de sangue para os pulmões e
faz aumentar a pressão nas artérias que se dirigem para esses órgãos, condição conhecida por hipertensão pulmonar,
que acaba por afetar, sobretudo, o ventrículo direito. Durante o processo de adaptação a esta condição, este ventrículo
desenvolve uma maior espessura do seu miocárdio, aumentando também o ritmo cardíaco. Estes aspetos podem
comprometer o funcionamento de todo o coração.

5.1. A sobrecarga do coração, resultante da hipertensão pulmonar, deve-se ao facto de este órgão exercer mais força
durante a ______ ventricular devido ______ da resistência vascular.
(A) sístole (...) ao aumento (C) sístole (...) à diminuição
(B) diástole (...) ao aumento (D) diástole (...) à diminuição

5.2. As alterações que ocorrem no ventrículo direito, como resultado do enfisema, devem-se ao facto de este ventrículo
(A) bombear o sangue para a circulação sistémica. (C) receber o sangue que provém da circulação pulmonar.
(B) bombear o sangue para a circulação pulmonar. (D) receber o sangue que provém da circulação sistémica.

5.3. No enfisema pulmonar, ______ da área alveolar conduz ______ da taxa de oxigenação do sangue.
(A) o aumento (...) ao aumento (C) a diminuição (...) ao aumento
(B) o aumento (...) à diminuição (D) a diminuição (...) à diminuição

5.4. Após o movimento inspiratório no interior dos alvéolos pulmonares, verifica-se a existência de uma pressão parcial de
oxigénio ______ à do plasma sanguíneo; desta forma, este gás atravessa por difusão ______ as células daquele epitélio,
para as hemácias.
(A) superior (...) facilitada (C) superior (...) simples
(B) inferior (...) facilitada (D) inferior (...) simples

5.5. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir o percurso do O 2, do exterior até ao
sangue, no sistema respiratório das aves.
A. Passagem de ar através dos pulmões.
B. Inspiração de ar para os sacos aéreos posteriores.
C. Difusão de O2 para o sangue da ave.
D. Saída de ar rico em CO2 para o meio externo.
E. Entrada de ar nos sacos aéreos anteriores.

5.6. Indique uma vantagem do sistema respiratório das aves relativamente ao dos mamíferos.

5.7. As pessoas afetadas pelo enfisema pulmonar apresentam, frequentemente, sinais de fadiga.
Justifique esses sinais tendo em conta a natureza desta doença.

BIOLOGIA 11 - CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO CELULAR


Verificação das aprendizagens
1. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (FI cada uma das afirmações seguintes, relativas aos ácidos nucleicos.
(A) Alguns organismos são desprovidos de ácidos nucleicos.
(B) A ribose está presente nos nucleótidos de RNA e a desoxirribose nos de DNA.
(C) Os nucleótidos de timina são específicos do RNA e os de uracilo do DNA.
(D) As duas cadeias polinucleotídicas do DNA são antiparalelas, uma vez que se encontram orientadas em sentidos
opostos.

2. As cadeias polinucleotídicas do DNA crescem no sentido 5' → 3' por adição de novos
(A) ribonucleótidos à extremidade 3' de cada uma das cadeias.
(B) desoxirribonucleótidos à extremidade 3' de cada uma das cadeias.
(C) desoxirribonucleótidos à extremidade 5' de cada uma das cadeias.
(D) ribonucleótidos à extremidade 5' de cada uma das cadeias.

3. Numa molécula de DNA verifica-se sempre a relação


(A) (C + U) ∼ (G + A) (C) (A + T) / (C + G) ∼ 1
(B) (C + G) ∼ (T + A) (D) (A + G) / (C + T) ∼ 1

4. Numa célula eucariótica, a replicação do DNA ocorre no


(A) núcleo. (C) ribossoma.
(B) citoplasma. (D) complexo de Golgi.

5. Em eucariontes, os processos envolvidos na síntese proteica ocorrem segundo a ordem:


(A) transcrição - tradução - processamento. (C) processamento - transcrição - tradução.
(B) tradução - transcrição - processamento. (D) transcrição - processamento - tradução.

36
6. A transcrição e a tradução ocorrem, respetivamente,
(A) no núcleo e no citoplasma. (C) no citoplasma e no ribossoma.
(B) no citoplasma e no núcleo. (D) no ribossoma e no citoplasma.
7. No mRNA, cada sequência de três nucleótidos que codifica um aminoácido constitui um
(A) anticodão. (C) gene.
(B) codão. (D) codogene.

8. O código genético é _____, uma vez que codões diferentes ______ o mesmo aminoácido.
(A) universal (...) codificam (C) redundante (...) não codificam
(B) universal (...) não codificam (D) redundante (...) codificam

9. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, relativas ao ciclo celular.
(A) No período G1 da interfase ocorre a replicação semiconservativa do DNA.
(B) Nas células vegetais, a citocinese ocorre por ação de um anel de filamentos proteicos que puxa a membrana para o
interior.
(C) A fase mitótica do ciclo celular compreende a mitose e a citocinese.
(D) Na prófase, o invólucro nuclear desorganiza-se e os nucléolos desaparecem.
(E) Na anáfase forma-se a placa equatorial.
(F) No período G2 da interfase os cromossomas são constituídos por dois cromatídeos ligados pelo centrómero.
(G) No final da citocinese, uma célula origina duas células-filhas geneticamente iguais a ela.
(H) A diferenciação permite a expressão simultânea de todos os genes.

10. Por mitose, um núcleo com 12 cromossomas origina dois núcleos com
(A) 24 cromatídeos. (C) 6 cromossomas.
(B) 12 cromossomas. (D) 12 cromatídeos.

11. No ciclo celular, o período _____ da interfase corresponde à ____ com duplicação do material genético da célula.
(A) G2 (...) replicação semiconservativa (C) S (...) transcrição
(B) G2 (...) transcrição (D) S (...) replicação semiconservativa

APLICAÇÃO DAS APRENDIZAGENS


1. Algumas enzimas produzidas por bactérias, como a Eco RI ou a HIND III são capazes de cortar moléculas de DNA em
pontos específicos, dando origem a fragmentos de tamanho bem definido que podem ser analisados e comparados. Essas
enzimas, designadas por enzimas de restrição, atuam em amostras de DNA da generalidade dos organismos, identificando
sequências de pares de bases específicas nas moléculas de DNA e cortando-as nessas regiões. Cada tipo de enzima de
restrição identifica e corta somente uma dada série de nucleótidos, geralmente composta por 4 ou 6 pares de bases. Os
fragmentos de DNA obtidos através da ação de uma enzima de restrição apresentam extremidades de cadeia simples -
extremidades coesivas (Fig. 14), podendo ser isolados uns dos outros. Esta técnica tem sido usada para fundir fragmentos
de DNA humano com DNA bacteriano com o objetivo de produzir proteínas humanas com efeitos terapêuticos, entre
outros.
A hormona de crescimento humana (GH), produzida pela hipófise, é uma proteína constituída por 191 aminoácidos que
pode ser produzida por bactérias para tratar casos de nanismo. O DNA humano e o DNA bacteriano são tratados com a
mesma enzima de restrição procedendo-se de seguida à incorporação do fragmento humano que contém o gene GH no
genoma da bactéria. Desta forma, as bactérias geneticamente modificadas produzirão elevadas quantidades de GH.

FIG.14 Produção de DNA recombinante resultante da combinação de DNA bacteriano com DNA humano, com recurso à enzima de restrição Eco RI.

1.1. O fragmento seguinte corresponde à extremidade coesiva de um dos fragmentos de DNA obtidos por ação da enzima
de restrição HIND III.
AGCTT...3'
A...5'
Indique a opção que representa a extremidade coesiva do outro fragmento.
(A) AGCTT(...)3' (C) TTCGA(...)5'
37
A(...)5' T(...)3'
(B) AGCTT(...)5' (D) TTCGA(...) 3'
A(...)3' T(...) 5'
1.2. Considere as seguintes afirmações.
I. O genoma bacteriano corresponde à totalidade dos genes da bactéria.
II. As enzimas de restrição cortam ligações peptídicas entre nucleótidos.
III. As moléculas de DNA circular das bactérias não se organizam em dupla hélice.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa. (C) I e II são verdadeiras; II é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas. (D) I é verdadeira; II e III são falsas.

1.3. As enzimas de restrição não atuam sobre as moléculas de DNA no interior da própria bactéria, provavelmente porque
(A) existem enzimas protetoras que evitam a ação das enzimas de restrição no genoma bacteriano.
(B) o DNA bacteriano está protegido no interior de uma estrutura membranar.
(C) o DNA bacteriano tem bases diferentes das dos outros organismos.
(D) não existem no DNA bacteriano sequências reconhecíveis pelas enzimas de restrição.

1.4. Durante a produção da hormona GH, a bactéria ____ para mRNA a informação contida em moléculas com ____.
(A) traduz (…) ribose (C) traduz (...) desoxirribose
(B) transcreve (...) desoxirribose (D) transcreve (...) ribose

1.5. Determinado gene bacteriano possui 180 pares de bases. Se nesse gene existirem 98 nucleótidos de timina, deverá
possuir também
(A) 82 nucleótidos de guanina. (C) 98 nucleótidos de uracilo.
(B) 164 nucleótidos de citosina. (D) 82 nucleótidos de adenina.

1.6. Ao contrário do RNA, as moléculas de DNA


(A) encontram-se em todos os organismos. (C) podem localizar-se no núcleo das células.
(B) podem replicar-se. (D) são polímeros de nucleótidos.

1.7. A produção da hormona de crescimento humana pelas bactérias é possível graças ao facto de o código genético ser
(A) redundante. (C) universal.
(B) ambíguo. (D) degenerado.

1.8. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos envolvidos
na replicação de uma molécula de DNA.
A. Enrolamento em hélice das cadeias antigas e recém-sintetizadas, originando duas novas moléculas.
B. Quebra de ligações de hidrogénio entre os nucleótidos das duas cadeias de DNA.
C. Adição de nucleótidos complementares a cada uma das cadeias polinucleotídicas pela DNA polimerase.
D. Ligação de uma enzima à dupla hélice da molécula de DNA.
E. Crescimento no sentido 5' para 3' das duas novas cadeias.

1.9. Faça correspondera cada uma das afirmações da coluna I a respetiva designação que consta na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Sequência de três nucleótidos que codificam um aminoácido. (1) Anticodão
(b) Polímero de aminoácidos resultante da tradução. (2) Codão
(c) Transferência da informação do gene GH para um polímero de (3) Polipéptido
ribonucleótidos. (4) Transcrição
(5) Tradução
1.10. Explique por que razão o DNA bacteriano e o DNA humano têm de ser tratados pela mesma enzima de restrição
para produzir DNA recombinante.

2. A fenilcetonúria (PKU) é uma doença hereditária ligada ao metabolismo da Aminoácidos Codão


fenilalanina (Fen), um aminoácido essencial, pois o organismo não o consegue Metionina (Met) AUG
AGÁ
sintetizar. No fígado, através da ação da enzima fenilalanina-hidroxilase (PAH), este Arginina (Arg) AGG
aminoácido é transformado no aminoácido tirosina (Tir). Através de uma via catabólica, CAA
a tirosina pode depois dar origem ao fumarato, uma molécula intermediária do ciclo de Glutamina (Glu) CAG
Krebs. CGU
CGC
A deficiência hereditária da enzima PAH diminui a produção da tirosina, que é Arginina (Arg)
CGA
necessária, por exemplo, para a síntese de neurotransmissores e da melanina. Nesta CGG
condição, a fenilalanina em excesso é convertida em fenilpiruvato, responsável pelo GUU
aparecimento de problemas irreversíveis no sistema nervoso central, como Valina (Val) GUC
microcefalia, atraso no desenvolvimento, défice intelectual, entre outros. GUA
GUG
A PKU é uma doença genética que resulta da combinação de mutações identificadas UUU
no gene PAH localizado no cromossoma 12. Este gene é constituído por 13 exões e 12 Fenilalanina (Fen) UUC
intrões. Em Portugal, as mutações mais frequentes neste gene são as mutações R261Q Tirosina (Tir) UAU
no exão 7 e V388M no exão 11, nas quais a alteração de um único nucleótido resulta UAC
num codão que codifica um aminoácido diferente.
38
Na tabela 3 encontram-se representados os codões de alguns aminoácidos.

2.1. Na enzima PAH, os aminoácidos 260 a 263 correspondem à sequência: Fen — Arg — Val — Fen. O fragmento do
gene que codifica estes aminoácidos poderá ter numa das cadeias polinucleotídicas a seguinte sequência de nucleótidos:
(A) UUUCGAGUGUUC (C) AACUCUCAUAAG
(B) AAAGCTCTAAAG (D) TTTCGAGTGTTC

2.2. A mutação R261Q resultou na substituição do aminoácido arginina pelo aminoácido glutamina na posição 261 da
cadeia polinucleotídica. O _____ do tRNA que transportou o aminoácido glutamina e o colocou na posição 261 pode ser
_____.
(A) codão (...) CAA (C) codão (...) GUU
(B) anticodão (...) GUU (D) anticodão (...) CAA

2.3. As mutações R261Q e V388M


(A) localizam-se em regiões génicas não codificantes do gene da enzima PAH.
(B) afetam a estrutura primária da enzima PAH.
(C) não são transcritas para mRNA.
(D) impedem a transcrição do gene da enzima PAH.

2.4. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos relacionados com o ciclo celular de uma das células do fígado de um individuo com PKU.
A. Síntese de proteínas necessárias à divisão celular.
B. Replicação semiconservativa do DNA presente numa célula do fígado.
C. Formação de dois núcleos com o mesmo cariótipo da célula original.
D. Disposição dos cromossomas na zona equatorial do fuso acromático.
E. Individualização de duas células com cariótipo idêntico.

2.5. Na fase da respiração celular referida no texto ocorre


(A) produção de moléculas de oxigénio. (C) consumo de ATP.
(B) oxidação de moléculas de NADH. (D) libertação de dióxido de carbono.

2.6. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna I a respetiva designação que consta na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Polímero com bases azotadas complementares do gene PAH. (1) RNA mensageiro
(b) Enzima envolvida na replicação do DNA do cromossoma 12. (2) RNA de transferência
(c) Polímero de aminoácidos que catalisa a ligação de ribonucleótidos. (3) RNA ribossómico
(4) RNA polimerase
(5) DNA polimerase

2.7. Explique de que modo a alimentação pode evitar o aparecimento dos sintomas da PKU.

3. A espécie de Achyrocline satureioides (macela) é uma planta medicinal usada no tratamento de problemas digestivos e
inflamatórios.
Para avaliar o efeito de extratos de macela sobre o ciclo celular de Allium cepa (cebola), foi desenvolvido um estudo
utilizando-se infusões de flores de macela frescas e flores de macela secas com 30 meses. Foram colocadas cebolas a
enraizar em água destilada até desenvolveram raízes. Posteriormente, foram divididas em grupos e transferidas durante
24 horas para três infusões de flores frescas com as seguintes dosagens: 0mg.mL-1, 5mg.mL-1 e 20mg.mL-1. Foi repetido
o mesmo procedimento com infusões obtidas de flores secas.
Ao fim deste tempo, foram retiradas dos diferentes grupos amostras das raízes jovens com 5-10 mm de comprimento e
preparadas em lâminas para observação microscópica. Foram usadas 5 raízes por cebola e feita a contagem das células
observadas em cada estádio do ciclo celular, cujos resultados se encontram expressos na tabela 4. Nessa tabela registam-
se também os valores do índice mitótico (IM) que expressa a percentagem de células em mitose.

TAB. 4

Número de células em Índice mitótico


Tratamento
Flores I P M A T (%)
Controlo 5329 401 85 51 134 12,59
5 mg.mL-1 5445 381 48 37 89 10,19
Frescas
20 mg.mL-1 5679 201 35 29 56 5,65
5 mg.mL-1 5870 16 54 30 30 2,21
Secas
20 mg.mL-1 5996 2 1 0 1 0,05
I = Interfase P = Prófase M = Metáfase A = Anáfase T = Telófase

3.1. Mencione o objetivo da experiência descrita.

39
3.2. Considere as seguintes afirmações.
I. A preparação de 5 lâminas com raízes diferentes da mesma planta de Allium cepa permitiu aumentar a fiabilidade dos
resultados.
II. Uma das variáveis em estudo na experiência é o índice mitótico em células de Allium cepa.
III. Os grupos de controlo apresentam o maior número de células em divisão.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. (C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

3.3. Na experiência apresentada, uma das variáveis dependentes é


(A) a dosagem das infusões.
(B) o número de células em interfase.
(C) a permanência durante 24 horas dos bolbos nas infusões de A. satureioides.
(D) o número de bolbos de Allium cepa.

3.4. Nesta atividade verifica-se que


(A) para as flores secas, o índice mitótico aumentou nas duas dosagens de A. satureioides.
(B) as infusões de flores secas apresentam maior capacidade antiproliferativa.
(C) as infusões de flores frescas apresentam maior número de células em interfase.
(D) a inibição da divisão celular é menor quando as raízes são expostas a infusões preparadas com flores secas.

3.5. De acordo com os resultados, a maioria das células de Allium cepa em fase mitótica apresenta os
(A) cromossomas a ascender em direção a polos opostos da célula.
(B) cromossomas alinhados na zona equatorial.
(C) cromossomas posicionados em polos opostos da célula.
(D) cromossomas constituídos por dois cromatídios.

3.6. Atendendo aos resultados obtidos, explique a relevância deste tipo de experiências na produção de novos fármacos
para o tratamento do cancro.

4. Uma equipa de investigadores identificou o gene Cdc2, responsável pela produção da proteína cinase Cdc2, como
sendo fundamental para o início da divisão celular de leveduras da espécie Schizosaccharomyces pombe. Para estudar a
função desta proteína na regulação do ciclo celular; os investigadores mediram a sua atividade conforme o ciclo avançava.
Numa cultura de células de levedura, sincronizadas para se dividirem em simultâneo, colheram amostras em intervalos de
tempo superiores a duas divisões celulares. De seguida, analisaram cada amostra de forma a determinar a percentagem
de células em divisão e a medir a atividade da proteína cinase Cdc2 no extrato de células, através do seu grau de
fosforilação (Fig. 15A). O fator promotor da mitose é um complexo enzimático formado pela ciclina B, uma proteína
reguladora, e pela cinase Cdc2 (Fig. 15B).

4.1. Após a citocinese, as células resultantes entram na etapa inicial da interfase que se caracteriza por um ______
crescimento celular, resultante de uma elevada taxa da síntese ______.
(A) lento (...) de DNA (C) rápido (...) de DNA
(B) rápido (...) proteica (D) lento (...) proteica

4.2. No ciclo celular das células de Schizosaccharomyces pombe, o período _____ corresponde à _____ do material
genético da célula.
(A) G2 (...) replicação semiconservativa (C) S (...) transcrição
(B) G1 (...) transcrição (D) S (…) replicação semiconservativa

4.3. Dos resultados obtidos na experiência pode concluir-se que


(A) a desfosforilação da proteína Cdc2 induz a passagem do período G2 para a fase mitótica.
(B) a atividade da proteína cinase Cdc2 não interfere no ciclo celular.
(C) a fosforilação da proteína Cdc2 estimula as células a entrarem em divisão celular.
(D) a desfosforilação da proteína Cdc2 inibe a passagem do período G2 para a fase mitótica.
40
4.4. A partir dos dados da figura 15B é possível concluir que
(A) apenas a proteína Cdc2 controla o ciclo celular em Schizosaccharomyces pombe.
(B) o complexo Cdc2/ciclina B controla a passagem do período S para o período G2 no ciclo celular das leveduras.
(C) a proteína Cdc2 depende de uma ciclina para controlar a divisão celular das leveduras.
(D) o complexo Cdc2/ciclina B controla a passagem do período G1 para o S em Schizosaccharomyces pombe.

4.5. No gráfico da figura 15A, o período compreendido entre ______ corresponde à ______ do ciclo celular.
(A) os 260 e os 360 min (...) citocinese (C) os 100 e os 200 min (...) interfase
(B) os 100 e os 120 min (...) citocinese (D) os 260 e os 360 min (...) interfase

4.6. A atividade da proteína Cdc2 foi determinada a partir da fosforilação de um complexo enzimático. Relacione o consumo
de ATP com a atividade da proteína Cdc2.

4.7. A diminuição da concentração de ciclina B, durante a fase mitótica do ciclo celular, resultou de um processo ______
associado à ______ de ligações peptídicas.
(A) catabólico (...) formação (C) anabólico (...) formação
(B) anabólico (...) destruição (D) catabólico (...) destruição

4.8. A diminuição da atividade da proteína cinase Cdc2 verificada aos 200 e aos 450 min resultou do aumento da
(A) produção do fator promotor da mitose. (C) desfosforilação da cinase Cdc2.
(B) fosforilação do complexo enzimático. (D) hidrólise de ATP.

4.9. Considere que leveduras de Schizosaccharomyces pombe foram submetidas a radiações ionizantes que originaram
mutações no gene Cdc2. Preveja os resultados que seria possível esperar na percentagem de células em divisão.

BIOLOGIA 11 – REPRODUÇÃO
VERIFICAÇÃO DAS APRENDIZAGENS
1. Nos processos de reprodução assexuada, originam-se organismos geneticamente
(A) idênticos entre si e ao progenitor. (C) idênticos entre si e distintos do progenitor.
(B) distintos entre si e do progenitor. (D) distintos entre si e idênticos ao progenitor.

2. No processo de reprodução por ______, a célula progenitora mantém-se e a partir de uma protuberância surge uma
nova célula de ______ dimensões.
(A) gemulação (...) maiores (C) esporulação (...) menores
(B) gemulação (...) menores (D) esporulação (...) maiores

3. Os descendentes de um organismo que se reproduz assexuadamente por esporulação possuem nas suas células
(A) metade do número de cromossomas do progenitor. (C) o dobro do número de cromossomas do progenitor.
(B) o mesmo número de cromossomas do progenitor. (D) cromossomas com novas combinações de genes.

4. Considere as afirmações seguintes, relativas aos processos de reprodução assexuada.


I. Durante estes processos, as células dividem-se por mitose.
II. Nestes processos reprodutivos, a formação de gâmetas ocorre por mitose.
III. Na esporulação, os esporos apresentam diferentes combinações de genes.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa. (C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) II é verdadeira; I e III são falsas.

5. Por meiose, uma célula origina ______ células ______ com novas combinações de genes.
(A) quatro (...) diploides (C) duas (...) haploides
(B) duas (...) diploides (D) quatro (...) haploides

6. O emparelhamento dos cromossomas homólogos ocorre


(A) apenas na prófase I da meiose. (C) apenas na prófase da mitose.
(B) na prófase da mitose e na prófase I da meiose. (D) na prófase da mitose e na prófase II da meiose.

7. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, relativas aos processos de meiose e
mitose.
(A) A meiose compreende uma divisão reducional seguida de uma divisão equacional.
(B) Durante a divisão equacional da meiose, ocorre a separação e ascensão de cromatídios para os polos da célula.
(C) A separação dos cromossomas homólogos ocorre na anáfase II.
(D) No final da telófase I formam-se dois núcleos com o mesmo número de cromossomas da célula original.
(E) Os gâmetas são sempre células haploides.

8. As mutações cromossómicas numéricas podem resultar


(A) do crossing-over. (C) da condensação dos cromossomas homólogos.
41
(B) da não separação dos cromossomas homólogos. (D) da descondensação dos cromossomas.
9. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, relativas a ciclos de vida.
(A) Na diplófase, as estruturas formadas possuem cromossomas homólogos.
(B) A fecundação e a meiose permitem a alternância entre a haplófase e a diplófase.
(C) A meiose pré-gamética caracteriza os ciclos de vida haplontes.
(D) Nos ciclos haplodiplontes, os gâmetas pertencem à diplófase.
(E) Nos ciclos de vida diplontes, a meiose é pós-zigótica.
(F) Nos ciclos de vida haplodiplontes, os esporos e os gâmetas são haploides.
(G) na espirogira, a meiose é pós-zigótica.
(H) No ciclo de vida de um feto, a planta adulta pertence à diplófase.

10. No feto,
(A) não ocorre alternância de fases nucleares. (C) o esporófito é haploide.
(B) o gametófito é haploide. (D) a fecundação é independente da água.

11. No ciclo de vida da espirogira, a entidade multicelular desenvolve-se a partir de


(A) um zigoto. (C) uma célula haploide.
(B) um gâmeta. (D) uma célula diploide.

APLICAÇÃO DE CONHECIMENTOS
1. A propagação da espécie Gypsophila paniculata, muito utilizada na decoração, ocorre através da cultura de tecidos ou
por estacaria. Na propagação por estacaria, os fragmentos são colocados em substratos para o desenvolvimento de raízes.
No sentido de avaliar a capacidade de enraizamento de estacas de Gypsophila paniculata em diferentes substratos,
realizou-se o seguinte trabalho.
Prepararam-se oito substratos: pó de coco (PC); pó de coco seco (PCS); pó de coco tratado com fungicida (PCF); pó de
coco seco e tratado com fungicida (PCSF); cinza de casca de arroz (CCA); cinza de casca de arroz tratada com fungicida
(CCAF); cinza de casca de arroz + pó de coco seco (CCA + PCS); mistura de cinza de casca de arroz + pó de coco tratada
com fungicida (CCA + PCSF). Nas misturas de substrato foi utilizada a proporção de 1:1. O fungicida foi usado na dosagem
de 0,72 g L-1. Em cada um dos substratos foram colocadas 10 estacas, com 5 cm de comprimento, obtidas de plantas
vigorosas e não infetadas por parasitas. Foram realizadas quatro repetições por cada substrato utilizado.
Após 24 dias foi avaliada a matéria seca radicular (Fig. 11A), o comprimento da raiz mais longa (Fig. 11131 e o
comprimento do caule (Fig. 11C) para os diferentes substratos.

1.1. Com esta atividade pretendeu-se


(A) avaliar a riqueza em nutrientes de cada um dos substratos.
(B) estimar a velocidade de absorção dos nutrientes de cada substrato.
(C) determinar a eficácia dos substratos na propagação de Gypsophila paniculata.
(D) comparar a eficácia dos substratos de resíduos agrícolas com a dos substratos comerciais.

1.2. A variável independente, no trabalho experimental descrito, é


(A) o tipo de substrato. (C) o número de estacas utilizado.
(B) a concentração do fungicida. (D) o comprimento da maior raiz de estacas.

1.3. Indique qual a importância de terem sido realizadas 4 repetições por cada um dos substratos.

1.4. De acordo com os resultados,


(A) a maior quantidade de massa radicular desenvolveu-se em estacas colocadas nos substratos PC e PCF.
(B) o substrato onde se obteve a raiz com maior desenvolvimento foi o CCAF.
(C) observa-se uma diferença significativa entre o desenvolvimento da parte aérea das estacas colocadas nos substratos
CCA e CCA + PCS.
(D) as estacas colocadas nos substratos PC e PCS apresentam uma parte aérea com desenvolvimento idêntico.

1.5. A aplicação de técnicas de propagação vegetativa a espécies com interesse económico, como Gypsophila paniculata,
(A) permite obter grande quantidade de plantas com qualidade comercial e com baixa diversidade genética.
42
(B) reduz a suscetibilidade a agentes patogénicos, diminuindo o risco da sua extinção.
(C) aumenta a qualidade e a quantidade das sementes produzidas.
(D) permite obter rapidamente plantas adultas com grande diversidade genética.

1.6. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência dos processos relativos à
divisão celular que ocorre durante o crescimento das raízes.
A. Ascensão dos cromossomas com dois cromatídios aos polos do fuso.
B. Divisão dos centrómeros de cada cromossoma.
C. Reaparecimento dos nucléolos.
D. Condensação máxima dos cromossomas.
E. Ligação dos centrómeros aos microtúbulos do fuso acromático.

1.7. Faça corresponder a cada uma das frases da coluna I, relativas à reprodução, o respetivo processo, que consta na
coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Fenómeno que ocorre antes da formação das sementes e que permite o restabelecimento (1) Gemulação
do cariótipo. (2) Fragmentação
(b) Formação de novos indivíduos a partir de réplicas de pequena dimensão. (3) Meiose
(c) A informação genética contida no núcleo das células da raiz difere da que existe nas células (4) Fecundação
da folha. (5) Enxertia

1.8. Alguns fungos estabelecem relações simbióticas com diversas plantas, favorecendo a absorção de minerais pelas
raízes. Explique a variação do crescimento destas plantas quando as suas raízes são tratadas com fungicidas.
1.9. Explique as vantagens dos tipos de reprodução, referidos no texto, no aumento da produção de flores de Gypsophila
paniculata.

2. A melancia é uma planta com sementes, cujas flores são polinizadas por grãos de pólen (esporos) transportados,
sobretudo, por abelhas. Apesar de a planta adulta possuir 11 pares de cromossomas, é possível obter artificialmente
indivíduos com diferentes ploidias.
As plantas tetraploides (4n) são obtidas por duplicação do número de cromossomas, através do tratamento com colquicina
de sementes de plantas diploides em início de germinação. A colquicina atua nas células em mitose impedindo a formação
do fuso acromático e, consequentemente, impedindo a formação de dois núcleos. Uma vez que estes indivíduos
tetraploides produzem gâmetas 2n, do cruzamento de um progenitor tetraploide com outro diploide resultam plantas
triploides (3n). Embora a fecundação não ocorra nas plantas triploides, uma vez que são incapazes de produzir esporos,
a polinização é necessária para estimular o desenvolvimento do ovário e a produção de frutos sem sementes.

2.1. Na melancia, os gametófitos são entidades _______ que originam gâmetas por _______.
(A) haploides (...) meiose (C) diploides (...) mitose
(B) haploides (...) mitose (D) diploides (...) meiose

2.2. Os esporófitos da melancia são geneticamente idênticos ao _______, possuindo ________ cromossomas.
(A) zigoto (...) 22 (C) esporo (...) 22
(B) esporo (...) 11 (D) zigoto (...) 11

2.3. A esterilidade dos híbridos triploides deve-se à impossibilidade de ocorrer a _____, uma vez que as células _____
pares de cromossomas homólogos.
(A) mitose (...) possuem (C) meiose (...) não possuem
(B) meiose (...) possuem (D) mitose (...) não possuem

2.4. Na melancia, a ______ aumenta a variabilidade genética ao possibilitar o encontro ao acaso de gâmetas com ______
combinações de genes
(A) fecundação cruzada (...) diferentes (C) fecundação cruzada (...) idênticas
(B) autofecundação (...) idênticas (D) autofecundação (...) diferentes

2.5. Na obtenção de células tetraploides utiliza-se a colquicina para


(A) estimular a replicação semiconservativa do DNA. (C) interromper o ciclo celular na metáfase.
(B) impedir a condensação dos cromossomas. (D) estimular a citocinese.

2.6. O ciclo de vida da melancia é


(A) haplodiplonte e a meiose pré-gamética. (C) haplodiplonte e a meiose pré-espórica.
(B) diplonte e a meiose pré-espórica. (D) diplonte e a meiose pré-gamética.

2.7. A murchidão das plantas adultas infetadas por Fusarium resulta de o _____ estar obstruído, impedindo a circulação
da ______
(A) xilema (...) seiva elaborada (C) floema (...) seiva bruta
(B) floema (...) seiva elaborada (D) xilema (...) seiva bruta
43
2.8. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna I a respetiva fase da meiose, referida na coluna lI.
Coluna I Coluna II
(a) Disposição aleatória dos bivalentes com os pontos de quiasma na zona equidistante dos (1) Metáfase I
polos da célula. (2) Anáfase I
(b) Troca de segmentos entre cromatídios dos bivalentes. (3) Prófase I
(c) Alinhamento dos centrómeros na zona equatorial do fuso acromático. (4) Prófase II
(5) Metáfase II

2.9. Relacione a obtenção de melancia sem semente com a necessidade de plantar melancias diploides e triploides com
floração coincidente.

3. Nos ciclos celulares mitóticos e meióticos, a ligação entre os cromatídios é mantida, desde a fase S, graças à existência
de complexos de proteínas designados por coesinas. Estes complexos ligam-se a sítios preferenciais ao longo dos
cromossomas, sendo mais abundantes perto dos centrómeros. A função destes complexos é impedir a separação
prematura dos cromatídios, sobretudo durante as fortes tensões geradas sobre os centrómeros, quando estes se ligam
aos microtúbulos proteicos do fuso acromático.
Na mitose da levedura Sacharomyces cerevisiae, cujo ciclo de vida se representa na figura 12, as coesinas são degradadas
pela enzima separase, o que permite a separação dos cromatídios. Até ao início da anáfase, a separase permanece ligada
à securina, formando-se um conjunto que inibe a ação da separase. Quando os centrómeros de todos os cromossomas
se encontram ligados a microtúbulos, o complexo enzimático APC (complexo promotor da anáfase) é ativado, promovendo
a degradação da securina e a consequente libertação da separase (Fig. 13).

3.1. A ação das coesinas é particularmente importante


(A) na prófase. (C) na transição entre a metáfase e a anáfase.
(B) na metáfase. (D) na fase S da interfase.

3.2. A proteína securina pode ser considerada um agente


(A) ativador da anáfase. (C) ativador da ligação das coesinas aos cromatídios.
(B) inibidor da anáfase. (D) inibidor da prófase.

3.3. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência dos processos relativos ao
ciclo celular de Sacharomyces cerevisiae.
A. Degradação da proteína securina. D. Ação da separase sobre as coesinas.
B. Ligação das coesinas aos cromatídios recém-formados. E. Ascensão polar dos cromossomas.
C. Separação dos cromatídios.

3.4. No ciclo de vida das leveduras, as células resultantes dos processos assinalados pelos algarismos _____ são,
respetivamente, _____.
(A) 1 e 2 (...) haploides e diploides (C) 2 e 3 (...) haploides e diploides
(B) 1 e 2 (...) diploides e haploides (D) 2 e 3 (...) diploides e haploides

3.5. A inativação da separase durante a divisão equacional de um ciclo meiótico poderá ter como consequência a ausência
de
(A) troca de informação genética entre cromatídios de cromossomas homólogos.
(B) segregação de cromossomas homólogos.
(C) separação de cromatídios.
(D) formação de membrana nuclear envolvendo cromossomas duplicados.

3.6. As afirmações que se seguem referem-se ao ciclo de vida de S. cerevisiae.


I. As leveduras A e C possuem a mesma informação genética.
II. A gemulação pode ocorrer em células com diferente número de cromossomas.
III. A gemulação é responsável pela alternância das fases nucleares.

44
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

3.7. Uma das proteínas do complexo coesina é conhecida por Rec8. Esta proteína é removida, por ação da separase, dos
braços dos cromossomas homólogos na primeira divisão e dos centrómeros na segunda divisão.
Explique de que modo a ocorrência de uma mutação no gene Rec8 que leve à inativação da proteína pode conduzir à
formação de gâmetas portadores de um número anormal de cromossomas.

4. A ténia-dos-peixes é um parasita com o corpo achatado e dividido em segmentos com uma cabeça arredondada que
permite a sua fixação à mucosa intestinal dos animais parasitados. Este animal não possui tubo digestivo, sendo os
nutrientes absorvidos através da superfície do seu corpo. Este ser vivo hermafrodita pode parasitar vários hospedeiros ao
longo do seu ciclo de vida (Fig. 14).

FIG. 14 Ciclo de vida da ténia-dos-peixes (Diphyllobothrium latum).

A infeção humana, rara nos países europeus, ocorre por ingestão de peixe cru ou malcozinhado parasitado com a larva
deste animal. Uma vez no intestino humano, o parasita atinge o estado adulto consumindo intensamente vitamina B12,
um nutriente necessário à síntese de timina. A carência desta vitamina provoca a anemia megaloblástica, uma doença
caracterizada pela produção de megaloblastos, células precursoras de hemácias nucleadas e com grandes dimensões.
Nestas hemácias, os níveis de hemoglobina são inferiores ao das hemácias normais.

4.1. Considere as seguintes afirmações, relativas ao ciclo de vida da ténia-dos-peixes.


I. A formação do plerocercoide no interior do peixe ocorre através de divisões meióticas.
II. A passagem da diplófase para a haplófase ocorre no interior do ser humano.
III. Os coracídios são entidades haploides que, após ingestão pelos crustáceos, se transformam em larvas.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

4.2. Na reprodução do parasita,


(A) a variabilidade genética é assegurada na fase do ciclo que ocorre no crustáceo.
(B) os coracídios resultantes dos ovos do mesmo indivíduo são geneticamente semelhantes.
(C) a redução cromática ocorre entre a formação do ovo e do coracídio.
(D) as larvas possuem combinações genéticas diferentes.

4.3. Tanto no ser humano como no parasita,


(A) a troca de gases faz-se por difusão direta através de uma superfície especializada.
(B) a digestão extracelular ocorre em cavidades digestivas.
(C) a transferência de energia dos nutrientes ocorre através de vias catabólicas.
(D) os nutrientes, após a digestão intracelular, são absorvidos para o meio interno.

4.4. No ciclo de vida da ténia predomina a ______, à qual se associa uma meiose ______.
(A) haplófase (...) pós-zigótica (C) diplófase (...) pré-gamética
(B) diplófase (...) pós-zigótica (D) haplófase (...) pré-gamética

4.5. A interação biótica que se verifica entre os hospedeiros intermediários e definitivo do parasita é
(A) a predação. (C) a competição.
(B) o parasitismo. (D) a simbiose.

4.6. A carência de vitamina B12 interfere com a


(A) replicação do RNA. (C) transcrição do DNA.
(B) replicação do DNA. (D) transcrição do RNA.

45
4.7. Em Diphyllobothrium (atum),
(A) a fecundação é externa, uma vez que a fusão dos gâmetas ocorre na água.
(B) a fecundação é externa, uma vez que os óvulos são fecundados pelos espermatozoides do mesmo indivíduo.
(C) a fecundação é interna, uma vez que os ovos se formam no interior dos segmentos do corpo.
(D) a fecundação é interna, uma vez que ocorre no interior do intestino do hospedeiro.

4.8. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos que conduzem à formação de gâmetas em D. latum.
A. Libertação de um coracídio na água. D. Formação dos pontos de quiasma.
B. Segregação dos cromossomas homólogos. E. Formação de células haploides.
C. Formação de uma larva plerocercoide.

4.9. Explique de que modo a parasitose por D. latum pode afetar a produção de energia metabólica pelas células dos
hospedeiros.

5. As clorófitas são algas que apresentam cor verde devido ao predomínio das clorofilas sobre os carotenos e as xantofilas.
Codium (Fig. 17) é um género de algas essencialmente tropicais e subtropicais. Apesar de a maior parte se apresentar
fértil durante todo o ano, os gametângios são mais abundantes durante o verão, distinguindo-se os masculinos dos
femininos pela sua cor. Os gametângios masculinos têm uma cor castanha-dourada, enquanto os femininos são verde-
escuros. Esta diferença deve-se, essencialmente, à desigual abundância de cloroplastos nos dois tipos de gametângios.
O género Oedogonium (Fig. 15) ocorre com frequência em charcos de água doce. Em certas condições pode multiplicar-
se vegetativamente, pelo destaque de fragmentos. No género Cladophora (Fig. 16) incluem-se algas marinhas e de água
doce.

FIG. 15 Ciclo de vida de algas do género Oedogomium. FIG. 16 Ciclo de vida de algas do género Cladophora.

FIG. 17 Ciclo de vida de algas do género Codium.

5.1. A Cladophora é _____ e a meiose é ______.


(A) haplonte (…) pós-zigótica (C) haplodiplonte (...) pós-zigótica
(B) haplonte (…) pré-zigótica (D) haplodiplonte (…) pré-espórica

5.2. Considere as afirmações seguintes, relativas aos ciclos de vida das algas Oedogonium, Cladophora e Codium.
I. A espirogira apresenta um ciclo de vida do mesmo tipo do das algas do género Oedogonium.
II. Em algas do género Codium, os gametângios masculinos e femininos estão presentes em indivíduos diferentes.

46
III. O facto de a alga Cladophora se reproduzir também por processos partenogenéticos aumenta a variabilidade genética
dos indivíduos.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. (C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

5.3. No ciclo de vida do género ______, a diplófase ocupa a quase totalidade da duração do ciclo, incluindo ______.
(A) Codium (...) os gâmetas (C) Codium (...) o organismo adulto
(B) Oedogonium (...) o organismo adulto (D) Oedogonium (...) os gâmetas

5.4. No ciclo de vida do género ______, verifica-se que _____.


(A) Cladophora (...) o gametófito pertence à diplófase (C) Oedogonium (...) o esporófito pertence à diplófase
(B) Codium (...) o gametófito pertence à haplófase (D) Cladophora (...) o esporófito pertence à diplófase

5.5. No género Codium,


(A) os gâmetas formam-se por mitose.
(B) não ocorre o emparelhamento dos cromossomas homólogos.
(C) a quantidade de polissacarídeos de reserva é mais significativa nos gametângios femininos.
(D) a síntese de compostos orgânicos é mínima nos gametângios femininos.

5.6. Os ______ formados por partenogénese em Cladophora podem originar ______ por mitose.
(A) gametófitos (...) esporos (C) esporófitos (...) esporos
(B) gametófitos (...) gâmetas (D) esporófitos (…) gâmetas

5.7. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a F, de modo a representar a sequência de acontecimentos que
ocorrem para a formação dos esporos em indivíduos do género Cladophora.
A. Formação de dois núcleos haploides. D. Ascensão polar dos cromatídios de um mesmo cromossoma.
B. Separação ao acaso dos cromossomas homólogos. E. Formação de quatro núcleos haploides.
C. Ocorrência de crossing-over entre cromatídios. F. Alinhamento dos centrómeros na zona equatorial.

5.8. Em Oedogonium, os zoósporos podem formar-se por meiose ou por mitose.


Relacione os processos de formação de zoósporos em Oedogomium com a variabilidade genética dos indivíduos
resultantes da sua germinação.

5.9. Relacione os processos de reprodução sexuada com a manutenção do cariótipo de cada espécie ao longo de
sucessivas gerações.

BIOLOGIA 11 - EVOLUÇÃO
Verificação das aprendizagens
1. De acordo com o modelo autogénico, o _____ de algumas células eucarióticas terá surgido a partir de _____ da
membrana citoplasmática de procariontes
(A) núcleo (...) invaginações (C) cloroplasto (...) evaginações
(B) cloroplasto (...) invaginações (D) núcleo (...) evaginações

2. Considere as seguintes afirmações relativas à hipótese endossimbiótica.


I. Os ancestrais dos cloroplastos sintetizavam compostos orgânicos na ausência da luz.
II. As mitocôndrias resultaram de uma associação simbiótica entre dois procariontes anaeróbios.
III. Entre as células procarióticas e os ancestrais dos cloroplastos estabeleceu-se uma relação de simbiose intracelular.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

3. Uma evidência a favor do modelo endossimbiótico é o facto de as mitocôndrias e dos cloroplastos


(A) possuírem DNA idêntico ao existente no núcleo.
(B) terem duas membranas com constituição idêntica à das células procarióticas.
(C) se dividirem em simultâneo com o núcleo.
(D) se dividirem autonomamente por bipartição.

4. As análises genéticas e os estudos morfológicos constituem dados de natureza, respetivamente,


(A) citológica e anatómica. (C) bioquímica e citológica.
(B) anatómica e bioquímica. (D) bioquímica e anatómica.

5. Os órgãos homólogos
(A) desempenham sempre a mesma função. (C) têm origem embrionária diferente.
(B) têm a mesma estrutura básica. (D) desempenham sempre funções diferentes.

6. Populações que colonizaram ambientes idênticos podem apresentar órgãos _____, o que indicia um processo de
evolução
(A) análogos (...) divergente (C) análogos (...) convergente
47
(B) homólogos (...) divergente (D) homólogos (...) convergente

7. Os catos e as eufórbias possuem órgãos análogos com a forma de espinhos, o que evidencia um processo evolutivo
(A) convergente, por pressões seletivas idênticas. (C) divergente, por pressões seletivas diferentes
(B) divergente, por pressões seletivas idênticas. (D) convergente, por pressões seletivas diferentes.

8. De acordo com Lamarck,


(A) a alteração ocorrida num órgão pelo seu uso é transmitida aos descendentes.
(B) num ambiente em mudança os mais aptos sobrevivem, reproduzindo-se mais.
(C) a variabilidade intraespecífica resulta da ocorrência de mutações.
(D) o ambiente é o motor da evolução ao realizar uma seleção sobre os mais aptos.

9. As avestruzes têm asas muito reduzidas, inúteis para o voo. Numa perspetiva neodarwinista, o aparecimento desta
característica deveu-se à
(A) ação seletiva do ambiente sobre os genes da população ancestral.
(B) necessidade de sobreviver num ambiente em mudança.
(C) ocorrência de mutações na população ancestral.
(D) adaptação individual das avestruzes em resposta ao ambiente em mudança.

10. Numa explicação darwinista não é utilizado o conceito de


(A) seleção natural. (C) sobrevivência diferencial.
(B) recombinação genética. (D) reprodução diferencial.

APLICAÇÃO DAS APRENDIZAGENS


1. Em 1915, o botânico austríaco Von Wettstein classificou o organismo hoje conhecido por
Geosiphon pyriforme como uma alga multinucleada, apesar de nele ter observado também
a presença de quitina, um componente da parede celular dos fungos. Posteriormente, foi
reconhecida ao organismo uma natureza fúngica, tendo sido descrito como um líquen com
cianobactérias endossimbióticas. Atualmente, este organismo é o único exemplo conhecido
de endossimbiose entre um fungo e uma cianobactéria. Possui hifas especializadas
dilatadas, com 0,5 a 2 mm de altura, que se elevam do solo a partir da rede micelial que
coloniza a superfície dos solos húmidos onde vive. A cianobactéria filamentosa Nostoc ocupa
a parte superior das hifas, enquanto o terço inferior está repleto de gotículas lipídicas (Fig.
10).

1.1. O autor que, em 1915, considerou Geosiphon pyriforme como uma alga multinucleada
tomou em consideração o facto de
(A) o organismo ser, no seu conjunto, fotossintético. FIG. 10
(B) o organismo ser simbionte.
(C) no interior das células do fungo existirem cianobactérias.
(D) o organismo ser eucarionte.

1.2. A existência de associações, como as verificadas em Geosiphon pyriforme, pode constituir um argumento a favor do
modelo evolutivo _____ , considerando que o mesmo defende a integração celular de organismos ____ por parte dos
macrossimbiontes.
(A) endossimbiótico (...) eucariontes fotossintéticos (C) autogenético (...) eucariontes heterotróficos
(B) endossimbiótico (...) procariontes autotróficos (D) autogenético (...) procariontes heterotróficos

1.3. As mitocôndrias que podem ser encontradas no interior dos fungos


(A) possuem DNA estruturalmente semelhante ao que se encontra nos seus núcleos.
(B) possuem DNA estruturalmente semelhante ao que se encontra nas cianobactérias.
(C) possuem apenas RNA resultante da transcrição de DNA nuclear.
(D) não possuem qualquer ácido nucleico.

1.4. O RNA ribossomal é uma molécula encontrada em estruturas que podem estar presentes
(A) no núcleo dos fungos e de todos os outros eucariontes.
(B) no núcleo de organismos procariontes.
(C) no fungo Geosiphon pyriforme mas não nas cianobactérias.
(D) tanto no fungo Geosiphon pyriforme como nas cianobactérias.

1.5. De acordo com uma interpretação lamarckista, as cianobactérias produzem clorofila


(A) para poderem sintetizar compostos orgânicos. (C) devido a uma mutação do DNA.
(B) devido à sobrevivência dos indivíduos mais aptos. (D) graças a processos que resultaram de seleção natural.

1.6. A cianobactéria Nostoc apresenta, entre cada 9 e 15 células fotossintéticas, uma célula morfologicamente diferente,
denominada heterocisto. Nessas células verifica-se a fixação de nitrogénio e a produção de sais nitrogenados. Esta ação
nitrificante desenrola-se graças à ação da nitrogenase, uma enzima que é inativada pelo oxigénio.
48
Dos aspetos seguintes, o que mais favorece as condições de ação da enzima é a
(A) inativação do gene produtor da nitrogenase.
(B) inibição da fotólise da água.
(C) inibição da formação de heterocistos aquando da presença de nitratos no meio.
(D) redução da quantidade de nitrogénio disponível.

1.7. Considere as seguintes afirmações.


I. A associação observada em Geosiphon pyriforme pode constituir um argumento a favor do modelo autogenético.
II. A Nostoc é constituída por células eucarióticas.
III. O fungo fornece à cianobactéria água e CO2.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

1.8. Ao utilizar os nutrientes fornecidos _____, Geosiphon pyriforme produz ATP através da oxidação de compostos
orgânicos por via ______.
(A) pelo fungo (...) anabólica (C) pela alga (...) catabólica
(B) pelo fungo (...) catabólica (D) pela alga (...) anabólica

1.9. Explique a vantagem adaptativa resultante do posicionamento da cianobactéria Nostoc no interior das hifas dilatadas
do fungo.

2. As traças-de-seda apresentam uma grande diversidade em relação à forma das suas asas posteriores. Em certas
espécies, estas asas possuem caudas que confundem predadores, como os morcegos. Estas caudas criam uma ilusão
acústica que leva os morcegos a percecionarem as duas caudas destas traças como se fossem dois alvos distintos, o que
desvia a sua atenção do corpo vulnerável dos insetos.
Análises genéticas e morfológicas permitiram reconstituir o processo
evolutivo das traças, constatando-se que as diferentes formas das asas
posteriores não evoluíram a partir de um antepassado comum. Para testar
o mecanismo de defesa das traças relacionado com a forma das asas
posteriores, foi desenvolvido o seguinte estudo: em duas espécies de
traças, as asas posteriores de alguns animais foram experimentalmente
modificadas através do corte e colagem das caudas, obtendo-se três
grupos de animais - com as asas inalteradas, com as caudas totalmente
removidas e com as caudas aumentadas. Os animais dos diferentes grupos
foram colocados individualmente no mesmo espaço com morcegos, tendo-
se apurado, em cada grupo, as percentagens de animais que conseguiram
escapar a este predador, que constam no gráfico da figura 11.
FIG. 11
2.1. Na experiência descrita, o ____ constitui a variável independente e
o controlo corresponde ao grupo de animais com as caudas _____.
(A) sucesso na fuga (...) aumentadas (C) comprimento das asas (...) aumentadas
(B) comprimento das asas (...) intactas (D) sucesso na fuga (...) intactas

2.2. Da análise dos resultados verifica-se que quanto _____ for o comprimento das asas posteriores de uma traça de dada
espécie, _____ é a probabilidade de este inseto sobreviver ao ataque de um morcego.
(A) maior (...) maior (C) menor (...) menor
(B) maior (...) menor (D) menor (...) maior

2.3. Para o estabelecimento das relações evolutivas entre as traças foram utilizados
(A) apenas dados bioquímicos. (C) apenas dados anatómicos.
(B) dados bioquímicos e anatómicos. (D) dados citológicos e morfológicos.

2.4. Considere as afirmações seguintes, relativas à interpretação dos resultados do estudo.


I. O aumento do tamanho das asas posteriores não confere vantagem adaptativa aos animais de ambas as espécies.
II. O sucesso de fuga varia inversamente com o comprimento das asas posteriores das duas espécies.
III. A percentagem de sucesso das traças Argema mimosae apoia a ideia de a seleção natural ter tido um papel relevante
na evolução desta espécie.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.

2.5. Das seguintes afirmações, acerca da evolução das traças da espécie A. mimosae, indique a que reflete uma
interpretação darwinista.
(A) Numa população de traças, os insetos com caudas mais longas conseguem escapar mais facilmente à ação predatória
dos morcegos, e, por isso, aumenta o número de indivíduos com características semelhantes às dos progenitores.

49
(B) Em determinada população de traças, o aumento de tamanho das caudas ocorreu de forma a permitir a sua fuga aos
predadores.
(C) Numa população de traças, os indivíduos com genes favoráveis ao desenvolvimento de caudas longas foram
aumentando ao longo das gerações.
(D) O uso continuado das asas posteriores na fuga aos morcegos conduziu ao aparecimento de caudas nessas asas.

2.6. As traças-de-seda tendem a acasalar com o primeiro macho que se aproxima, pelo que é de prever que
(A) a escolha dos machos desempenhe um papel relevante na evolução das caudas das traças.
(B) o acasalamento ao acaso favorece a manutenção de fundo genético da população de traças.
(C) o acasalamento ao acaso favorece o aparecimento de animais com cauda.
(D) o acasalamento ao acaso conduz à alteração do fundo genético das populações de traças.

2.7. Explique, segundo a perspetiva neodarwinista, o aparecimento das populações de traças com caudas longas.

3. As toupeiras possuem, nas patas dianteiras, - um dedo extra - que corresponde a uma projeção radial do osso
sesamoide da região do carpo. Este dedo surge mais tardiamente que os dedos verdadeiros durante o desenvolvimento
embrionário. Para além das toupeiras, essa estrutura aparece com diferentes graus de desenvolvimento em vários
talpídeos atuais cuja relação evolutiva se encontra representada na figura 12. Esta família surgiu há cerca de 35 M.a. na
Eurásia, de onde se dispersou para a América do Norte. Nesses continentes, é possível encontrar animais estritamente
subterrâneos, animais que vivem à superfície e até animais semiaquáticos. Nos animais subterrâneos, os olhos
apresentam-se muito reduzidos e praticamente disfuncionais.

3.1. Relativamente à estrutura radial da toupeira, é correto afirmar que


(A) se desenvolveu de igual forma em todos os géneros de talpídeos.
(B) surgiu em cada género de forma independente, como resultado de pressão seletiva semelhante.
(C) surgiu como forma de favorecer a adaptação ao ambiente subterrâneo.
(D) permite aumentar a área da mão, favorecendo a escavação.

3.2. As relações evolutivas, entre os diferentes talpídeos, traduzidas no esquema da figura 12, foram determinadas com
base em argumentos da
(A) anatomia comparada. (C) genética.
(B) bioquímica. (D) embriologia.

3.3. Mogera wogura apresenta um ancestral comum _____ recente com Taipa occidentalis que com Parascalops breweri,
o que permite inferir uma ______ proximidade evolutiva com esta última espécie.
(A) mais (...) maior (C) mais (...) menor
(B) menos (...) maior (D) menos (...) menor

3.4. A distribuição ecológica verificada na família dos talpídeos deixa supor a existência de processos de _____. Esta
situação ______ esclarecer se as formas subterrâneas evoluíram a partir de um único ancestral subterrâneo, ou se se
desenvolveram independentemente a partir de formas não subterrâneas.
(A) convergência evolutiva (...) não permite (C) convergência evolutiva (...) permite
(B) divergência evolutiva (...) permite (D) divergência evolutiva (...) não permite

3.5. As patas dianteiras das toupeiras são estruturas _____ dos membros anteriores dos morcegos, tendo resultado de
pressões seletivas _____.
(A) análogas (...) semelhantes (C) homólogas (...) diferentes
(B) análogas (...) diferentes (D) homólogas (...) semelhantes

3.6. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que, numa
perspetiva neodarwinista, terão conduzido ao aparecimento do sexto-dedo nas toupeiras.
A. Aumento da frequência da mutação na população.
B. Variação do fundo genético da população.
C. Ocorrência de uma mutação num gene regulador do crescimento ósseo.
D. Sobrevivência diferencial dos indivíduos com "dedo extra".
50
E. Aparecimento de animais com "dedo extra" no seio de uma população.

3.7. Faça corresponder a cada afirmação da coluna 1 a respetiva designação, que consta na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) As alterações de habitat desempenham um papel importante na evolução dos (1) Darwinismo
olhos da toupeira. (2) Lamarckismo
(b) O uso de pesticidas na eliminação das toupeiras pode conduzir à alteração do (3) Darwinismo e lamarckismo
fundo genético de uma população destes animais. (4) Neodarwinismo
(c) Os olhos das toupeiras atuais resultaram da necessidade de adaptação a um (5) Darwinismo e neodarwinismo
ambiente subterrâneo.

3.8. Apresente duas evidências que constituam argumentos a favor da hipótese endossimbiótica para o aparecimento das
mitocôndrias nas células eucarióticas das toupeiras.

4. Um estudo baseado na comparação de amostras de DNA de 120 aves representativas de todas as espécies de
tentilhões das Galápagos, bem como de duas espécies próximas deste grupo de aves, levou à descoberta da relação
entre um determinado segmento de DNA e a forma do bico. Esse segmento, correspondente ao gene ALX1, apresenta
variações entre espécies de bico largo, como a Geospiza magnirostris, que se alimenta de sementes duras, e espécies de
bico cónico, como a Geospiza conirostris, que se alimentam de catos e das suas sementes moles. Este gene, que já tinha
sido identificado em humanos e em ratos, apresenta variações mesmo entre indivíduos da mesma espécie, observação
que é consistente com as diferenças observadas na população de Geospiza fortis ao nível da forma do bico. Apesar de o
acasalamento entre indivíduos pertencentes a espécies de tentilhões mais próximas resultar em descendência estéril, por
vezes os híbridos dos tentilhões podem acasalar com indivíduos de uma das espécies parentais. Apesar de possuírem
genes das duas espécies, as aves descendentes destes cruzamentos identificam-se, através da morfologia e do canto,
com uma ou outra das espécies parentais.
Num estudo sobre o tamanho das asas das moscas parasitas Philornis downsi, que afeta algumas espécies de tentilhões
das Galápagos, compararam-se os valores relativos a uma amostra de machos de uma população insular, com os valores
de uma amostra de indivíduos da mesma espécie e do mesmo sexo, de uma área continental abrigada dos ventos fortes
que se fazem sentir nas ilhas. A distribuição da característica é apresentada no gráfico da figura 13.

4.1. A ______ evolutiva entre duas populações será mais acentuada quanto _____ for a semelhança ecológica entre as
duas ilhas em que cada uma viva.
(A) divergência (...) menor (C) divergência (...) maior
(B) convergência (...) menor (D) convergência (...) maior

4.2. Considere as seguintes afirmações, relativas à evolução e dinâmica populacional das espécies de tentilhões das
Galápagos.
I. O isolamento de uma linhagem relativamente a uma população inicial favorece a acumulação de diferenças genéticas.
II. O fluxo de genes entre grupos populacionais distintos contribui para a diminuição da diversidade genética de
determinada espécie.
III. Os híbridos resultantes do cruzamento de espécies parentais diferentes fazem parte de uma nova espécie.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

4.3. Na sequência de anos particularmente secos, a que resistem algumas sementes com casca dura e de grandes
dimensões, é de prever que a população de Geospiza magnirostris apresente
(A) um aumento significativo relativamente à população Geospiza conirostris.
(B) uma diminuição relativamente à população Geospiza conirostris.
(C) uma diminuição significativamente menor que a população Geospiza conirostris.
(D) um aumento ligeiro relativamente à população Geospiza conirostris.

51
4.4. A mosca Philornis downsi
(A) pode ser considerada um agente de seleção natural capaz de promover a evolução das populações de tentilhões.
(B) não está sujeita a seleção natural, uma vez que não tem predadores naturais nesse ambiente.
(C) parasita todas as espécies de tentilhões das Galápagos.
(D) apresenta diversidade que resulta da ação direta da seleção natural sobre os genes.

4.5. Alguns catos que crescem nas Galápagos apresentam espinhos que resultam dos mesmos tecidos embrionários que
dão origem às folhas de outras plantas. Por esta razão, as folhas e os espinhos podem considerar-se órgãos
(A) análogos, resultantes de uma evolução divergente.
(B) análogos, resultantes de uma evolução convergente.
(C) homólogos, resultantes de uma evolução divergente.
(D) homólogos, resultantes de uma evolução convergente.

4.6. Interprete, numa perspetiva lamarckista, a variação do tamanho das asas das moscas das duas áreas geográficas a
que o gráfico da figura 13 se refere.

4.7. Um método possível para resolver o problema causado pela mosca Philornis downsi consistiria na introdução, nas
Galápagos, de um dos seus predadores naturais, como uma abelha parasitária. Discuta esta solução tendo em conta o
equilíbrio ecológico da ilha.

BIOLOGIA 11 – SISTEMÁTICA
Verificação das aprendizagens
1. As classificações fenéticas
(A) são classificações horizontais. (C) baseiam-se nas relações evolutivas entre os seres vivos.
(B) têm em conta o fator tempo. (D) são classificações verticais.

2. As classificações filogenéticas
(A) não exprimem qualquer relação evolutiva entre os seres vivos.
(B) baseiam-se apenas em critérios bioquímicos.
(C) baseiam-se nas relações evolutivas entre os diferentes seres vivos.
(D) exprimem apenas uma afinidade estrutural e morfológica entre alguns seres vivos.

3. A categoria taxonómica mais abrangente é


(A) o filo. (C) a classe.
(B) a espécie. (D) o reino.

4. Do cruzamento de indivíduos pertencentes _______ resultam descendentes _______.


(A) ao mesmo género (...) férteis (C) à mesma espécie (...) inférteis
(B) à mesma espécie (...) férteis (D) ao mesmo género (...) inférteis

5. A sequência de níveis taxonómicos que reflete uma diminuição na afinidade entre os seres vivos é
(A) género, família, classe e ordem. (C) classe, ordem, género e espécie.
(B) espécie, família, classe e filo. (D) classe, ordem, família e género.

6. A nomenclatura binominal é utilizada para denominar a


(A) classe. (C) espécie.
(B) ordem. (D) família.

7. Na designação científica de Euphorbia lactea,


(A) Euphorbia corresponde ao género e lactea à espécie. (C) Euphorbia corresponde à espécie.
(B) lactea corresponde ao género. (D) Euphorbia lactea corresponde à espécie.

8. De acordo com Whittaker, fungos e animais são seres ______ que desenvolvem _____ interações nos ecossistemas.
(A) eucariontes (…) diferentes (C) pluricelulares (...) semelhantes
(B) pluricelulares (...) diferentes (D) eucariontes (...) semelhantes

9. No sistema de classificação de Whittaker, um ser vivo é incluído, inequivocamente, no reino Plantae se apresentar
(A) células eucarióticas e autotrofia. (C) tecidos especializados e células eucarióticas.
(B) diferenciação tecidular elevada e autotrofia. (D) multicelularidade e baixa diferenciação tecidular.

10. As células bacterianas e as células vegetais têm em comum


(A) a cápsula e a parede celular. (C) a composição química do DNA.
(B) os cloroplastos e os ribossomas. (D) a membrana celular e as mitocôndrias.

11. Não é um critério utilizado por Whittaker no seu sistema de classificação


(A) o tipo de nutrição. (C) a interação nos ecossistemas.
(B) o nível de organização estrutural e celular. (D) a semelhança ribossómica.
52
12. Considere as seguintes afirmações.
I. O sistema de classificação de Whittaker considera a existência de três domínios.
II. O domínio é mais abrangente e heterogéneo do que o reino.
III. Woese divide os procariontes em dois domínios Archaebacteria e Eubacteria.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

13. Carl Woese utilizou como critério de classificação


(A) as relações simbióticas entre seres unicelulares. (C) a análise do RNA ribossómico.
(B) a interação nos ecossistemas. (D) o nível de organização celular.

APLICAÇÃO DAS APRENDIZAGENS


1. Existem quatro espécies de caranguejos-ferradura, Tachypleus tridentatus, Tachypleus gigas, Carcinoscorpius
rotundicauda e Limulus polyphemus. As primeiras três espécies habitam a costa sudeste asiática e a última espécie a
costa leste da América do Norte. Estes animais mantiveram a sua morfologia quase inalterada nos últimos 150 milhões de
anos.
Há mais de 30 anos que a análise do DNA mitocondrial (mtDNA) tem sido utilizada no estudo das relações filogenéticas
entre espécies animais. Com uma taxa de mutação mais elevada do que a que se verifica no DNA nuclear; este DNA é
uma poderosa ferramenta para essa investigação. O segmento de 648 pb (pares de bases) do gene mitocondrial da
subunidade 1 da citocromo c oxidase (C01), que pode ser facilmente extraído de diversas espécies, é dos mais usados.
Com o objetivo de melhorar o conhecimento da filogenia das espécies de caranguejos-ferradura e a sua relação com
outros grupos afins foi realizado um estudo de sequenciação do gene C01 em diferentes espécies. Foram analisadas 33
sequências do gene C01 de espécies diferentes: caranguejos-ferradura (12); insetos (8); caranguejos (5) e escorpiões (8).
O diagrama da figura 5 representa a relação entre algumas dessas sequências.

1.1. A utilização de DNA extraído das mitocôndrias deve-se ao facto de este DNA
(A) existir em maior abundância nos seres vivos do estudo.
(B) possuir maior quantidade de informação genética que o DNA nuclear.
(C) sofrer mais alterações por unidade de tempo.
(D) não estar associado a proteínas, o que o torna menos suscetível a sofrer alterações.

1.2. A presença do gene da citocromo c oxidase 1, uma enzima essencial da cadeia respiratória, no mtDNA _____ de
argumento ao modelo ______, para a origem das mitocôndrias.
(A) serve (...) autogénico (C) não serve (...) autogénico
(B) serve (...) endossimbiótico (D) não serve (...) endossimbiótico

1.3. A partir dos resultados da análise das sequências do gene C01 é possível concluir que
(A) existe variabilidade intraespecífica para este gene.
(B) não existe variabilidade entre as amostras do gene em Limulus polyphemus.
(C) existe variabilidade interespecífica para este gene em Limulus polyphemus.
(D) não existe variabilidade interespecífica para este gene.

1.4. Os caranguejos-ferradura da costa asiática partilham entre si um ancestral mais ______ do que com os da costa leste
da América do Norte, sendo de esperar que partilhem entre si ______ semelhança
nas sequências do gene C01.
(A) antigo (...) maior (C) recente (...) menor
(B) antigo (...) menor (D) recente (...) maior

53
1.5. O diagrama da figura 5 representa um sistema de classificação ______, uma vez que _____ o fator tempo.
(A) fenético (...) não considera (C) filogenético (...) não considera
(B) fenético (...) considera (D) filogenético (...) considera

1.6. Dos resultados da comparação das sequências do gene C01 verifica-se que
(A) os caranguejos-ferradura partilham um ancestral comum mais recente com os caranguejos do que com os insetos.
(B) o grupo filogeneticamente mais aparentado com os caranguejos-ferradura é o grupo de que fazem parte os escorpiões.
(C) o grupo dos caranguejos-ferradura estão filogeneticamente mais próximos dos insetos do que dos restantes grupos
representados.
(D) os caranguejos-ferradura e os insetos partilham entre si menos características do que com os escorpiões.

1.7. Tachypleus tridentatus e Tachypleus gigas são animais que pertencem


(A) à mesma espécie. (C) a famílias distintas.
(B) a géneros diferentes. (D) à mesma família.

1.8. Na designação ______de Tachypleus tridentatus, o termo tridentatus refere-se ao ______.


(A) binominal (...) restritivo específico (C) uninominal (...) género
(B) binominal (...) género (D) uninominal (...) restritivo específico

1.9. Explique, a partir dos resultados da análise das sequências do gene C01, a associação dos seres estudados em dois
grupos (A e B).

1.10. O cianeto é uma substância tóxica que bloqueia a ação da citocromo oxidase ao ligar-se ao ião Fe3+ desta enzima.
Este bloqueio impede a redução do O2 no final da cadeia respiratória fazendo com que a célula passe a reduzir o ácido
pirúvico a ácido láctico por um processo anaeróbio. Esta alteração afeta, sobretudo, o cérebro e o coração, provocando
arritmias e uma circulação deficiente.
Relacione as alterações na circulação sanguínea provocadas pela intoxicação com cianeto.

2. O estudo da filogenia dos seres vivos, baseada nas relações de simbiose, permitiu construir um sistema de classificação
consistente e útil. A divisão dos seres em Prokarya (procariontes) e Eukarya (eucariontes) permite identificar, a nível
celular, o início das relações simbióticas. Os Eukarya mais antigos são ainda anaeróbios e originados hipoteticamente da
fusão de células inteiras entre unicelulares do reino Archaea e de Eubacteria. Posteriormente, alguns destes seres
anaeróbios incorporaram eubactérias aeróbias o que lhes permitiu utilizar o oxigénio e a partir dos quais a maioria dos
protoctistas, dos animais e dos fungos evoluíram. Alguns destes aerobiontes associaram-se de forma permanente com
cianobactérias, precursoras de plastos, tornando-se algas, isto é, fotoautotróficos protoctistas.
Embora o aparecimento de moléculas, de genes, de organismos e de comunidades seja o resultado da seleção natural,
esta não atua sobre moléculas, mas sim, de modo contínuo, sobre organismos completos em habitats específicos. Assim
sendo, a biologia de todo o organismo deve ser considerada numa classificação filogenética e não apenas as sequências
moleculares. Os biólogos moleculares que estudam as moléculas da vida só podem fornecer dados para confirmar ou
refutar os cenários evolutivos.

FIG. 6 Comparação entre o (A) sistema de classificação proposto por Woese, baseado na sequenciação das moléculas
de rRNA ribossomal presente nos ribossomas das células e o (B) sistema proposto por Lynn Margulis.

2.1. No sistema de classificação de Lynn Margulis mencionado no texto, o termo Eukarya refere-se ao _____, um grupo
taxonómico _____ ao reino.
(A) domínio (...) inferior (C) domínio (...) superior
(B) sub-reino (...) inferior (D) sub-reino (...) superior

54
2.2. O sistema de classificação baseado nas relações de simbiose considera que
(A) os primeiros eucariontes resultaram de endossimbioses.
(B) os procariontes e os eucariontes resultaram de endossimbioses.
(C) apenas os procariontes surgiram da fusão de outras células.
(D) a formação dos eucariontes resultou de um processo autogenético.

2.3. De acordo com o texto, os primeiros seres eucariontes possuíam núcleo e


(A) cloroplastos. (C) realizavam a fermentação.
(B) mitocôndrias. (D) realizavam a fotossíntese.

2.4. Indique como são classificados os seres procariontes no sistema de classificação de Woese relativamente ao de
Margulis.

2.5. De acordo com o sistema de classificação de Whittaker modificado, os fungos são ______ unicelulares ou
pluricelulares desempenhando muitos deles a função de ______ nos ecossistemas.
(A) eucariontes (...) decompositores (C) procariontes (...) decompositores
(B) eucariontes (...) consumidores (D) procariontes (...) consumidores

2.6. Os sistemas de classificação ______ baseiam-se exclusivamente nas características atuais dos seres vivos e não
consideram as entre os grupos criados.
(A) filogenéticos (...) relações evolutivas (C) fenéticos (…) semelhanças
(B) filogenéticos (...) semelhanças (D) fenéticos (...) relações evolutivas

2.7. De acordo com a árvore filogenética proposta por Margulis, o reino Plantae iniciou a sua evolução durante o _____ a
partir de protoctistas, como as algas verdes, que possuem clorofilas a e b e parede celular de ______.
(A) Fanerozoico (...) celulose (C) Proterozoico (...) celulose
(B) Fanerozoico (...) quitina (D) Proterozoico (...) quitina

2.8. As afirmações seguintes referem-se aos sistemas de classificação de Woese.


I. As arqueobactérias estão filogeneticamente mais próximas dos eucariontes, em comparação com as eubactérias.
II. As arqueobactérias e as eubactérias constituem o reino protista de Whittaker.
III. A classificação de Woese baseia-se em critérios bioquímicos.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

2.9. Explique como pode ser determinada a origem endossimbiótica das mitocôndrias, a partir da análise das sequências
do material genético destes organelos.

2.10. Explicite as principais críticas de Lynn Margulis aos sistemas de classificação semelhantes aos de Carl Woese.

3. Os placodermos constituem uma classe de peixes, atualmente extinta, cujo nome deriva do facto de possuírem a cabeça
e parte do tronco recobertos por uma armadura de placas dérmicas. As relações filogenéticas desta classe com os peixes
atuais (cartilagíneos e ósseos) são ainda pouco conhecidas.
O estudo do placodermo Microbrachius dicki, que viveu durante o Devónico (419-359 M.a.), revelou a evidência mais
antiga da ocorrência de fertilização interna nos vertebrados. Nos machos desta espécie foram descritas estruturas
similares aos clásperes pélvicos dos machos dos peixes cartilagíneos atuais, como os tubarões e as raias. Nestes peixes,
estes órgãos funcionam como um auxiliador na cópula. Apesar de tanto os placodermos como os peixes cartilagíneos
possuírem os clásperes na mesma posição e igualmente sulcados, apresentam algumas diferenças assinaláveis. Os
clásperes dos tubarões são cartilagíneos, constituindo um prolongamento das suas barbatanas pélvicas. Já os do
Microbrachius possuem a forma de gancho,
sendo constituídos por material ósseo de origem
dérmica semelhante ao das placas que revestem
a região anterior do animal, encontrando-se, para
além disso, completamente separados de
qualquer outra estrutura.

FIG. 7 (A) Relações filogenéticas entre alguns


grupos de peixes. (B) Duas interpretações das
possíveis relações evolutivas entre os
placodermos e os peixes atuais.

3.1. A filogenia dos placodermos ainda é


controversa. De acordo com as árvores filogenéticas I e II da figura 7B, os placodermos descenderam, respetivamente,
(A) de apenas um ancestral e de vários ancestrais. (C) de vários ancestrais e de vários ancestrais.
(B) de vários ancestrais e de apenas um ancestral. (D) de apenas um ancestral e de apenas um ancestral.

55
3.2. A classificação de Microbrachius dicki, como peixe placodermo, baseou-se em critérios de natureza
(A) bioquímica. (C) paleontológica.
(B) citológica. (D) geográfica.

3.3. A ordem Antiarchi, a que pertence Microbrachius dicki, integra, relativamente à classe a que pertence, uma _____
diversidade de géneros e uma ______ semelhança entre eles.
(A) menor (...) menor (C) maior (...) menor
(B) menor (...) maior (D) maior (...) maior

3.4. Os clásperes dos tubarões atuais e os dos peixes placodermos são estruturas _____ que desempenhando a mesma
função, possuem origem e estrutura ______.
(A) homólogas (...) idênticas (C) análogas (...) idênticas
(B) homólogas (…) diferentes (D) análogas (...) diferentes

3.5. As representações dos esquemas I e II da figura 7B referem-se a classificações _____ que refletem processos de
evolução ______.
(A) filogenéticas (...) convergente (C) fenéticas (...) convergente
(B) filogenéticas (...) divergente (D) fenéticas (...) divergente

3.6. Na designação Microbrachius dicki, os termos correspondem, respetivamente,


(A) ao género e à espécie. (C) à espécie e ao género.
(B) ao restritivo específico e à espécie. (D) ao género e ao restritivo específico.

3.7. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna I, referentes à classificação dos seres vivos, um dos números
que consta da coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Sistema em que os seres vivos são agrupados em função das suas afinidades (1) Classificação filogenética
morfológicas. (2) Classificação fenética
(b) Sistema que utiliza as interações nos ecossistemas como um critério para (3) Espécie
agrupar os seres vivos. (4) Taxon
(c) Unidade natural de todos os sistemas de classificação. (5) Classificação de Whittaker

3.8. Ao contrário da visão tradicional sobre o aparecimento da fertilização interna, que defende a sua evolução a partir de
animais com fecundação externa, os autores do estudo defendem o contrário, ou seja, que os peixes com fecundação
externa surgiram a partir de ancestrais com fecundação interna. Explique em que medida os resultados do estudo apoiam
esta ideia.

3.9. Na figura 8 estão representadas duas perspetivas diferentes de classificação dos grandes símios atuais e do género
Homo, que inclui os humanos atuais. Na classificação expressa em 1, as afinidades foram obtidas a partir da análise de
características como o bipedismo, o desenvolvimento piloso e o desenvolvimento do cérebro. Na classificação II, as
relações entre os seres foram obtidas da análise de traços, genómicos.

3.9.1. O esquema ______ refere-se a uma classificação que não considera o tempo e os grupos formados _____ as
afinidades filogenéticas entre os organismos.
(A) II (...) refletem (C) I (...) não refletem
(B) II (...) não refletem (D) I (...) refletem

3.9.2. Explique as diferenças entre as duas classificações, tendo por base os critérios de classificação utilizados.

GEOLOGIA 11
SEDIMENTAÇÃO E ROCHAS SEDIMENTARES
Verificação das aprendizagens
1. As rochas sedimentares formam-se _____ a partir da deposição de materiais em bacias de _____.
(A) à superfície terrestre (...) meteorização (C) a grandes profundidades (...) meteorização
(B) a grandes profundidades (...) sedimentação (D) à superfície terrestre (...) sedimentação
56
2. A formação das rochas sedimentares envolve os seguintes processos sequenciais:
(A) meteorização, erosão, transporte, sedimentação e diagénese.
(B) erosão, transporte, meteorização, sedimentação e diagénese.
(C) meteorização, transporte, erosão, sedimentação e diagénese.
(D) meteorização, erosão, transporte, diagénese e sedimentação.

3. A meteorização
(A) é exclusivamente física e envolve os agentes da geodinâmica interna.
(B) pode ser física e/ou química e envolve os agentes da geodinâmica externa.
(C) é exclusivamente química e envolve os agentes da geodinâmica externa.
(D) ocorre sempre em profundidade, envolvendo os agentes da geodinâmica interna.

4. Durante o transporte, os fragmentos rochosos ficam


(A) maiores e arredondados. (C) maiores e angulosos.
(B) mais pequenos e angulosos. (D) mais pequenos e arredondados.

5. A deposição de sedimentos
(A) conduz à alteração de rochas preexistentes. (C) permite a formação de estratos.
(B) ocorre, normalmente, em ambientes muito energéticos. (D) conduz à formação de estratos muito inclinados.

6. A diagénese envolve as seguintes etapas sequenciais:


(A) oxidação e compactação. (C) compactação e cimentação.
(B) cimentação e compactação. (D) compactação e deposição.

7. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações.
(A) O sal-gema e o gesso são evaporitos.
(B) Por hidrólise, os feldspatos originam hematite.
(C) Por oxidação, as piroxenas originam feldspato.
(D) A crioclastia é um fenómeno que conduz à expansão de fraturas por congelação da água.
(E) As areias são exemplos de rochas sedimentares biogénicas.
(F) Os conglomerados são rochas consolidadas formadas por sedimentos muito angulosos.
(G) Os minerais idiocromáticos apresentam cor constante.
(H) A clivagem é uma propriedade segundo a qual o mineral se fratura por planos paralelos entre si.
(I) A risca, ou traço, de um mineral é obtida quando um mineral é reduzido a pó.
(J) A dureza absoluta é medida de acordo com a escala de Mohs.

8. Os fósseis de idade apresentam uma _____ distribuição estratigráfica e uma _____ distribuição geográfica.
(A) grande (...) curta (C) curta (...) curta
(B) grande (...) grande (D) curta (...) grande

9. De acordo com o princípio da _____, estratos pertencentes a colunas estratigráficas distintas e que possuam conjuntos
de fósseis ____ têm a mesma idade relativa.
(A) identidade paleontológica (...) semelhantes (C) continuidade lateral (...) semelhantes
(B) identidade paleontológica (...) distintas (D) continuidade lateral (...) distintas

10. De acordo com o princípio da _____, qualquer estrutura que intersete um estrato é mais ____ que ele.
(A) interseção (...) antiga (C) inclusão (...) antiga
(B) interseção (...) recente (D) inclusão (...) recente

11. De acordo com o princípio da ____, os sedimentos são depositados sob a influência da gravidade em camadas ____.
(A) horizontalidade original (...) verticais (C) horizontalidade original (...) horizontais
(B) continuidade lateral (...) horizontais (D) continuidade lateral (...) verticais

Aplicação das aprendizagens


1. Há cerca de 240 milhões de anos, na era Mesozoica, a região correspondente ao atual Parque Nacional de Zion, no
planalto do Colorado (EUA), constituía uma bacia sedimentar relativamente plana, localizada a baixa altitude, nas
proximidades do equador. O peso das sucessivas camadas sedimentares fez com que esta bacia afundasse, permitindo
que a sua cota permanecesse próxima do nível do mar. Este fenómeno possibilitou a acumulação de cerca de 3000 metros
de espessura de sedimentos que posteriormente evoluíram para rochas sedimentares consolidadas. O parque é recortado
por rios que formam canhões profundos e estreitos, nos quais é possível observar, entre outras:
Formação Carmel - Calcário com fósseis marinhos (bivalves e gastrópodes), argilitos, arenitos e gesso.
Arenito Navajo - Camadas espessas e entrecruzadas de arenito formadas a partir de dunas de areia num antigo deserto.
Formação Kayenta - Argilitos depositados nas planícies aluviais de um rio e em pequenos lagos. Encontram-se
intercalados com finas camadas de arenito. Possui trilhos de dinossauros.
Formação Chinle - Argilitos, siltitos, arenitos e conglomerados depositados em canais de um grande sistema fluvial. Nesta
formação são abundantes troncos fósseis de coníferas, bem como uma grande variedade de animais, incluindo os
primeiros dinossauros.
57
Formação Moenkopi - Arenitos, siltitos e argilitos intercalados com níveis carbonatados e evaporíticos. As rochas mais
argilosas possuem pegadas de répteis primitivos e anfíbios.
Formação Kaibab - Calcário formado num mar tropical pouco profundo, com fósseis
de braquiópodes, crinoides, trilobites, entre outros.

1.1. A maioria das rochas do Parque Nacional de Zion formou-se


(A) à superfície terrestre ou nas suas proximidades.
(B) por diagénese seguida de sedimentogénese.
(C) em ambientes marinhos muito profundos.
(D) como resultado de fenómenos orogénicos.

1.2. A bacia sedimentar de Zion


(A) apresenta, atualmente, um ambiente marinho pouco profundo.
(B) permitiu, durante o período Jurássico, a formação de calcários com trilobites.
(C) exibe rochas essencialmente formadas na era Mesozoica.
(D) exibe características típicas de talude continental.

1.3. As rochas sedimentares contidas nas diferentes formações do Parque Nacional


de Zion
(A) são exclusivamente de natureza quimiogénica e biogénica.
(B) são exclusivamente de natureza detrítica. FIG. 28 Coluna estratigráfica de Zion.
(C) apresentam um conteúdo fossilífero exclusivo de ambientes marinhos.
(D) apresentam um conteúdo fossilífero característico de ambientes marinhos e continentais.

1.4. As águas que se infiltravam e atravessavam lentamente os sedimentos compactados transportavam consigo
substâncias químicas dissolvidas que cristalizaram entre os elementos do depósito. Esta afirmação refere-se à(ao)
(A) transporte. (C) cimentação.
(B) sedimentação. (D) erosão.

1.5. Os troncos petrificados e as pegadas de répteis primitivos, presentes nos estratos sedimentares, resultaram,
respetivamente, de processos de
(A) mineralização e moldagem. (C) moldagem e mineralização.
(B) mumificação e moldagem. (D) moldagem e mumificação.

1.6. As rochas da formação de Moenkopi


(A) apresentam a mesma idade dos argilitos e arenitos da formação de Chinle.
(B) permitem deduzir a ocorrência de transgressões e regressões marinhas.
(C) apresentam níveis evaporíticos com pegadas de répteis primitivos.
(D) apresentam arenitos formados em ambientes desérticos.

1.7. Considere as seguintes afirmações, referentes às formações apresentadas.


I. As trilobites da formação Kaibab são fósseis indicadores de paleoambientes fluviais e marinhos.
II. Entre as formações de Moenkopi e de Kaibab ocorreram fenómenos de erosão.
III. Os estratos que integram o Arenito Navajo apresentam todos a mesma idade.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

1.8. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos que ocorreram durante a formação das rochas do Parque de Zion.
A. Exposição subaérea e deposição posterior de argilas que apresentam pegadas fósseis de répteis primitivos e anfíbios.
B. Deposição de evaporitos numa bacia sedimentar durante o período Jurássico.
C. Exposição subaérea e formação de fósseis de troncos de árvores.
D. Instalação de dunas em ambiente desértico.
E. Deposição de carbonato de cálcio numa bacia sedimentar durante o período Pérmico.

1.9. Explique em que medida o afundimento da bacia sedimentar em Zion permitiu a formação de uma espessa coluna
sedimentar.

1.10. Relacione a presença de evaporitos na formação de Carmel com o contexto ambiental da sua formação.

2. A bacia Lusitânica é uma bacia de natureza sedimentar localizada no bordo oeste da Península Ibérica. O início da
deposição nesta bacia deu-se durante o Triássico Superior (237-201 M.a.) e estendeu-se até ao Cretácico Superior (100-
66 M.a.), sendo a maioria das suas rochas e sedimentos de idade Jurássica. A cobrir este conjunto sedimentar encontram-
se rochas cenozoicas.
Na bacia Lusitânica, o Jurássico Inferior (201-174 M.a.) está particularmente bem representado na região de Peniche,
exibindo uma magnífica exposição subaérea de sedimentos carbonatados (calcários e margas) ao longo do seu litoral.
Estas litologias evidenciam diversos fósseis, como amonites, belemnites, crinoides ou nanofósseis calcários.
58
Os nanofósseis calcários representam um conjunto de partículas fósseis microscópicas, de composição carbonatada, e
um registo exclusivamente marinho. Este grupo é formado por cocólitos e nanólitos.
Os primeiros são plaquetas arredondadas, subarredondadas ou elípticas, provenientes da desagregação do invólucro dos
cocolitoforídeos, que são algas unicelulares planctónicas marinhas. Já os nanólitos são formas associadas, que ocorrem
com os cocólitos, porém de origem indefinida, podendo ser provenientes do invólucro dos cocolitoforídeos ou de outros
organismos. Os nanólitos caracterizam-se por uma grande variedade de formas.

FIG. 29 Fragmentação da
Pangeia no Jurássico

FIG. 30 Principais eventos de nanofósseis no Jurássico. Inferior com localizações aproximadas.

2.1. As rochas do Cenozoico encontram-se numa posição


(A) subjacente relativamente às rochas mesozoicas, facto que apoia o princípio da sobreposição.
(B) subjacente relativamente às rochas mesozoicas, facto que contraria o princípio da sobreposição.
(C) sobrejacente relativamente às rochas mesozoicas, facto que apoia o princípio da sobreposição.
(D) sobrejacente relativamente às rochas mesozoicas, facto que contraria o princípio da sobreposição.

2.2. A exposição subaérea das rochas carbonatadas na região de Peniche


(A) favorece a sua meteorização e erosão. (C) favorece a sua fusão em profundidade.
(B) dificulta a sedimentogénese. (D) dificulta a ação dos agentes da geodinâmica externa.

2.3. O nanofóssil Prinsiosphaera constitui-se como um ____ fóssil de idade, uma vez que apresenta uma ____ distribuição
estratigráfica e uma grande distribuição geográfica.
(A) mau (...) longa (C) bom (...) curta
(B) bom (...) longa (D) mau (...) curta

2.4. A descoberta do nanofóssil Murolitos num estrato rochoso permite afirmar que
(A) nesse estrato poderá ser possível uma associação fossilífera com a espécie Prinsiosphaera.
(B) esse estrato se formou inequivocamente no período Triássico.
(C) esse estrato se formou inequivocamente no período Jurássico.
(D) nesse estrato nunca poderá ser possível uma associação fossilífera com a espécie Crucirhabdus.

2.5. De acordo com critérios _____, a fragmentação lenta e gradual da Pangeia durante o Jurássico Inferior permitiu a
criação de ambientes _____ propícios à formação de nanofósseis.
(A) uniformitaristas (...) continentais (C) catastrofistas (…) continentais
(B) catastrofistas (...) marinhos (D) uniformitaristas (...) marinhos

2.6. Nas regiões de Peniche e Mochras (País de Gales) encontram-se rochas com associações fossilíferas semelhantes,
constituindo-se como um argumento
(A) morfológico que apoia a teoria da deriva continental. (C) paleontológico que contraria a teoria da deriva continental.
(B) paleontológico que apoia a teoria da deriva continental. (D) morfológico que contraria a teoria da deriva continental.

2.7. As arribas de Peniche possuem rochas facilmente ____, pelo que a ação erosiva do oceano Atlântico sobre estas
litologias irá provocar um _____ progressivo da linha de costa.
(A) meteorizáveis (...) avanço (C) meteorizáveis (…) recuo
(B) litificáveis (...) avanço (D) litificáveis (...) recuo

2.8. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que
culminaram com a formação de uma rocha sedimentar detrítica, de idade mesozoica, na região de Yorkshire.
A. Litificação dos sedimentos durante a era Mesozoica.
B. Transporte de detritos, por ação fluvial, para jusante da rocha-mãe.
C. Exposição subaérea de litologias paleozoicas.
D. Deposição de materiais num ambiente litoral.
E. Meteorização e erosão, pelos agentes da geodinâmica externa, de rochas paleozoicas.
59
2.9. Explique em que medida a localização das litologias e a elevada inclinação das falésias da região de Peniche
contribuem para a ocorrência de erosão.

3. Apesar de o litoral do distrito de Viana do Castelo constituir uma extensa área de afloramentos, a evolução da paisagem
terá contribuído para a ocultação da maioria das formações sedimentares, nomeadamente através da instalação de
cordões dunares.
Entre a foz do rio Minho e a foz do rio Neiva realizou-se um estudo de depósitos costeiros do Quaternário (2,6 M.a. —
atualidade). Este estudo iniciou-se por um trabalho de campo em onze estações de amostragem, onde se efetuou o registo
das diferentes camadas existentes, que incluiu a recolha de informação sobre a dimensão máxima dos clastos e sobre a
sua natureza litológica.

FIG. 31 Unidades litostratigráficas e paleoambientes do litoral norte de Portugal (entre os rios Minho e Neiva).
O trabalho laboratorial posterior incidiu, entre outros aspetos, na identificação de microfósseis (pólens, esporos e algas);
na determinação da mineralogia dos sedimentos; no cálculo do teor de matéria orgânica presente nas camadas; e na
análise das dimensões dos sedimentos.
Os dados de campo e de laboratório permitiram definir dezasseis unidades litostratigráficas detríticas que se encontram,
essencialmente, distribuídas por cinco terraços sedimentares (T1 a T5) assentes em plataformas costeiras. Foi ainda
possível identificar paleoambientes continentais e de transição.
Na figura 31 estão evidenciados os dados relativos aos terraços mais elevados.

3.1. As rochas que se encontram a cobrir a maioria das formações sedimentares na região em estudo
(A) são mais recentes que essas formações.
(B) são mais antigas que essas formações.
(C) apresentam-se consolidadas.
(D) apresentam sedimentos, essencialmente, de natureza quimiogénica.

3.2. Os terraços sedimentares definidos neste estudo estão assentes em plataformas costeiras, essencialmente, de
natureza
(A) metamórfica. (C) magmática.
(B) sedimentar. (D) magmática e sedimentar.

3.3. O resultado deste estudo permitiu concluir que os depósitos sedimentares costeiros estudados são
(A) totalmente constituídos por rochas sedimentares detríticas.
(B) constituídos por rochas sedimentares detríticas e quimiogénicas.
(C) constituídos por rochas sedimentares detríticas e biogénicas.
(D) parcialmente constituídos por rochas sedimentares detríticas.

3.4. No curso dos rios Minho e Neiva é possível encontrar _____ que, por diagénese, poderão originar rochas sedimentares
_____, como os conglomerados.
(A) areias (…) consolidadas (C) balastros (...) não consolidadas
(B) balastros (...) consolidadas (D) areias (...) não consolidadas

3.5. Os microfósseis obtidos nos depósitos costeiros


(A) foram detetados no trabalho de campo.
(B) permitem conhecer a natureza mineralógica dos sedimentos.
(C) permitem estabelecer correlações mineralógicas com as rochas da plataforma costeira.
(D) apresentam evidências de ambientes aquáticos e terrestres.

3.6. A transição da Ul para U2, no terraço 2, permite inferir a ocorrência de


(A) uma transgressão marinha. (C) um recuo da linha de costa.
(B) um período de aquecimento global. (D) uma regressão marinha.

3.7. De acordo com as unidades litostratigráficas definidas,


(A) a presença de argilas auxiliará a definir a presença de um paleoambiente dunar.
(B) a ausência de argilas auxiliará a definir a presença de um paleoambiente pantanoso.
(C) a presença de areias não é um critério suficiente para a definição de um paleoambiente fluvial.
(D) a ausência de conglomerados auxiliará a definir um paleoambiente de praia.
60
3.8. A dureza do quartzo presente no granito de Viana do Castelo pode ser determinada
(A) riscando este mineral numa placa de porcelana. (C) utilizando a escala de Mohs.
(B) através do cálculo da sua densidade. (D) através da reação com um ácido.

3.9. Faça corresponder a cada uma das afirmações sobre rochas sedimentares, apresentadas na coluna 1, a respetiva
designação, que consta na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Evaporito formado por sulfato de cálcio hidratado. (1) Gesso
(b) Rocha biogénica com um elevado grau de incarbonização. (2) Sal-gema
(c) Rocha detrítica formada por balastros muito angulosos. (3) Conglomerado
(4) Antracite
(5) Brecha

3.10. Compare, aplicando os princípios da estratigrafia, as idades relativas das três unidades do terraço T2.

3.11. O feldspato é um mineral constituinte do granito.


Identifique o processo de meteorização química que conduz à formação de caulinite a partir daquele mineral.

4. Nas regiões de S. Pedro de Moel e de Peniche foi realizado um estudo


comparativo de amostras de rochas, baseado no seu conteúdo em fósseis de
ostracodos. Estes animais aquáticos, pertencentes a um grupo de crustáceos
extintos com ecologia diversificada, possuíam um comprimento que variava entre
0,5 mm e 4 mm, podendo ser encontrados em litologias com 199 M.a. - 191 M.a.
(Jurássico Inferior). Após a recolha e tratamento das amostras, foram
contabilizados os fósseis de ostracodos encontrados nas formações de Coimbra
e de Água de Madeiros presentes em ambas as regiões. A Formação de Coimbra,
maioritariamente calcária, regista o aparecimento dos primeiros fósseis de
amonites em Portugal.
Em S. Pedro de Moel, a zona inferior da sequência estratigráfica, representada
na figura 32, apresenta uma associação de espécies de água marinha a salobra.
Na zona média, as espécies de ostracodos, de carácter marinho, são mais
numerosas. Na zona superior da sequência, a diversidade e abundância de
ostracodos diminui drasticamente, associada a uma maior riqueza em matéria
orgânica. No topo da sequência da região de S. Pedro de Moel, os ostracodos
estão ausentes, enquanto em Peniche ocorrem com alguma abundância. Este
facto parece indicar que na região de S. Pedro de Moel a evolução paleoambiental
não permitiu a existência da fauna nos sedimentos do fundo oceânico, o que pode ser interpretado como reflexo da extrema
restrição do oxigénio disponível na interface sedimento-água, após as fases de sedimentação anterior. Em Peniche, o
ambiente deposicional seria mais dinâmico, proporcionando maior oxigenação e, também, maior mobilização de nutrientes,
criando condições favoráveis ao desenvolvimento de ostracodos.

4.1. As rochas que constituem a Formação de Coimbra são


(A) detríticas, formadas em regime subaéreo. (C) detríticas, formadas em ambiente aquático.
(B) quimiogénicas, formadas em regime subaéreo. (D) quimiogénicas, formadas em ambiente aquático.

4.2. Os resultados obtidos neste estudo permitem concluir que da zona inferior para a zona média da sequência
estratigráfica ocorreu ____ da coluna de água, associado _____ da bacia oceânica.
(A) um aumento (...) ao fecho (C) uma diminuição (...) ao fecho
(B) um aumento (...) à abertura (D) uma diminuição (...) à abertura

4.3. A ausência de ostracodos no topo da sequência da região de S. Pedro de Moel pode estar associada
(A) à presença destes fósseis na região de Peniche.
(B) à transição de um ambiente marinho para um ambiente salobro.
(C) a um decréscimo em matéria orgânica e a uma maior disponibilidade de oxigénio.
(D) a um enriquecimento em matéria orgânica e a uma baixa disponibilidade de oxigénio.

4.4. Os fósseis presentes em rochas de S. Pedro de Moel permitem conhecer a sua idade ____, constituindo-se como
bons fósseis de idade se apresentarem _____ distribuição estratigráfica e grande expansão geográfica.
(A) relativa (...) pequena (C) absoluta (...) pequena
(B) relativa (...) grande (D) absoluta (...) grande

4.5. De acordo com o princípio da identidade paleontológica, é possível considerar que


(A) a fauna encontrada na região de S. Pedro de Moel é distinta da descrita em rochas da mesma idade noutras regiões
europeias formadas em condições semelhantes.
(B) os sedimentos são depositados sob a influência da gravidade em camadas horizontais.
(C) a fauna encontrada na região de S. Pedro de Moel é semelhante à descrita em rochas da mesma idade noutras regiões
europeias formadas em condições semelhantes.
(D) os fragmentos de ostracodos incorporados num dado estrato são mais antigos do que ele.
61
4.6. Os ostracodos podem ser considerados fósseis de fácies, uma vez que
(A) permitem conhecer todos os tipos de rochas.
(B) permitem conhecer com precisão a idade de um afloramento sedimentar.
(C) permitem conhecer o ambiente de formação das rochas sedimentares.
(D) correspondem a seres vivos que habitaram em ambientes muito diversificados e heterogéneos.

4.7. Faça corresponder a cada uma das afirmações, apresentadas na coluna I, relativas aos tipos de fossilização a
respetiva designação, que consta na coluna II.

Coluna I Coluna II
(a) O organismo ou alguma parte do seu corpo forma um molde nos (1) Icnofóssil
sedimentos que o envolvem. (2) Moldagem
(b) Conservação total de um ser vivo num meio isolante. (3) Mineralização
(c) Vestígio da atividade dos seres vivos preservado em rochas sedimentares. (4) Litificação
(5) Mumificação

4.8. Refira em que medida os fósseis de fácies permitem definir os paleoambientes de uma dada região.

4.9. Apesar das condições favoráveis ao desenvolvimento dos ostracodos, explique a menor preservação de carapaças
fósseis deste grupo no topo da sequência estudada nas rochas da região de Peniche.

MAGMATISMO E ROCHAS MAGMÁTICAS


Verificação das aprendizagens
1. As rochas magmáticas resultam
(A) do arrefecimento e da consolidação de um magma. (C) da fusão de rochas preexistentes.
(B) do arrefecimento e da fusão de um magma. (D) da ação da temperatura e da pressão sobre rochas preexistentes.

2. O magma é uma mistura complexa de materiais rochosos, total ou parcialmente ______, de composição essencialmente
silicatada e com uma componente gasosa _______.
(A) consolidados (...) variável (C) consolidados (...) invariável
(B) fundidos (...) invariável (D) fundidos (...) variável

3. Os tipos de magmas dependem, essencialmente,


(A) do teor em sílica e da temperatura a que se encontram. (C) da temperatura e da velocidade de fusão.
(B) do teor em gases e dos cristais que apresentam. (D) do teor em sílica e dos cristais que apresentam.

4. A diminuição do teor em sílica


(A) aumenta a viscosidade do magma. (C) aumenta a fluidez do magma.
(B) diminui a fluidez do magma. (D) diminui a temperatura do magma.

5. A sequência de magmas de acordo com o aumento progressivo do seu teor em sílica é


(A) riolítico - andesítico - basáltico. (C) riolítico - basáltico - andesítico.
(B) basáltico - andesítico - riolítico. (D) basáltico - riolítico - andesítico.

6. O magma basáltico
(A) forma-se por fusão parcial de rochas da crusta. (C) cristaliza a baixa temperatura.
(B) possui elevados teores em sílica. (D) forma-se por fusão parcial de rochas do manto.

7. Os magmas basálticos são comuns em limites


(A) convergentes e pontos quentes. (C) conservativos associados a subducção.
(B) convergentes associados a zonas de subducção. (D) divergentes e pontos quentes.

8. Os magmas riolíticos são comuns em limites ______ associados à orogénese continental, assumindo a água um papel
______ na sua formação.
(A) convergentes (...) importante (C) conservativos (...) importante
(B) convergentes (...) irrelevante (D) conservativos (...) irrelevante

9. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações.
(A) As rochas magmáticas intrusivas resultam da consolidação rápida de um magma em profundidade.
(B) A textura granular forma-se por arrefecimento rápido do magma em profundidade.
(C) O andesito é uma rocha que apresenta textura granular.
(D) Os minerais félsicos apresentam valores apreciáveis de sílica e alumínio.
(E) As rochas melanocratas apresentam cor escura.
(F) O granito é uma rocha intrusiva melanocrata.
(G) O gabro é uma rocha intrusiva melanocrata.
(H) Um magma com elevado teor em sílica diz-se ácido.
62
10. Durante a cristalização fracionada, formam-se, inicialmente, os minerais com
(A) ponto de fusão mais elevado. (C) menor teor em ferro e magnésio.
(B) cor mais clara. (D) maior densidade.

11. Bowen considerou uma série _____ correspondente aos _____.


(A) contínua (...) minerais ferromagnesianos (C) descontínua (...) minerais ferromagnesianos
(B) contínua (...) silicatos ricos em potássio (D) descontínua (...) silicatos ricos em potássio

12. Na série reacional de Bowen, os três últimos minerais a serem formados por ordem crescente de teor em sílica são
(A) quartzo - moscovite - feldspato potássico. (C) quartzo - feldspato potássico - moscovite.
(B) feldspato potássico - quartzo - moscovite. (D) feldspato potássico - moscovite - quartzo.

Aplicação das aprendizagens


1. O Maciço Ígneo de Sines (MIS) é constituído por um conjunto de rochas magmáticas, cuja instalação ocorreu há
aproximadamente 72 M.a.
Da grande variabilidade de rochas aflorantes destacam-se, pela sua representatividade, os gabros, os dioritos e os sienitos
(rochas magmáticas plutónicas de natureza intermédia, habitualmente sem quartzo nem feldspato), apresentando estes
últimos uma razão isótopo-pai/isótopo-filho superior à dos gabros. Outra característica importante do MIS é a grande
quantidade e variabilidade de filões, constituídos por microgabros, basaltos, riólitos, microgranitos, entre outros. As brechas
eruptivas constituem uma variedade de rochas característica do MIS. Apresentam-se como fragmentos de várias rochas,
como, por exemplo, os gabros, envolvidos por uma massa de composição igual à dos sienitos. Os fragmentos, que
possuem um contorno irregular e anguloso, terão resultado de materiais arrancados e envolvidos por um magma de
composição sienítica.
As várias rochas ígneas que se observam na região de Sines, conjuntamente com aquelas que existem nas serras de
Sintra e de Monchique, revestem-se de elevada importância, uma vez que o seu aparecimento está associado ao processo
de abertura do oceano Atlântico depois da formação do supercontinente Pangeia.

FIG. 9 Mapa geológico


simplificado da região
de Sines.

1.1. O MIS encontra-se atualmente acessível


(A) em virtude da ação dos processos erosivos que têm estado ativos durante os últimos 70 M.a.
(B) pois é totalmente constituído por rochas formadas em ambiente subaéreo.
(C) devido a uma exposição subaérea desencadeada por fenómenos vulcânicos.
(D) porque ocorreu um recuo da linha de costa.

1.2. As rochas magmáticas que constituem o MIS são maioritariamente


(A) básicas e ácidas. (C) ácidas.
(B) básicas e intermédias. (D) ácidas e intermédias.

1.3. Os gabros do MIS são mais _____ que os sienitos e apresentam uma _____ percentagem de plagióclases cálcicas
que estes últimos.
(A) antigos (...) menor (C) antigos (...) maior
(B) recentes (...) menor (D) recentes (...) maior

1.4. Os filões do MIS são constituídos por rochas ____ e a maioria orienta-se segundo uma direção preferencial E-W ____.
(A) melanocratas e leucocratas (...) no Porto de Sines (C) melanocratas e leucocratas (...) na Praia da Lagoa
(B) exclusivamente leucocratas (...) no Porto de Sies (D) exclusivamente leucocratas (...) na Praia da Lagoa

1.5. A instalação do MIS provocou um aumento de temperatura na zona de contacto com rochas preexistentes, originando,
no estado sólido,
(A) rochas metamórficas, que possuem grande expressão a NW de Sines.
(B) rochas magmáticas, que possuem grande expressão a SE de Sines.
(C) rochas magmáticas, que possuem grande expressão a NW de Sines.
(D) rochas metamórficas, que possuem grande expressão a SE de Sines.

63
1.6. As brechas eruptivas do MIS são constituídas
(A) por fragmentos angulosos, tal como os conglomerados.
(B) por uma massa com baixos teores em sílica.
(C) por alguns fragmentos angulosos, tal como as brechas sedimentares.
(D) maioritariamente por fragmentos de rochas ácidas.

1.7. As rochas ígneas que afloram na região de Sines, Sintra e Monchique


(A) constituem intrusões que poderão estar associadas a um limite divergente.
(B) constituem intrusões que poderão estar associadas a um limite convergente.
(C) resultaram de fenómenos associados à formação do supercontinente Pangeia.
(D) resultaram de fenómenos associados a uma zona de subducção.

1.8. A região de Sines possui depósitos recentes constituídos por sedimentos de origem _____, que poderão marcar,
relativamente à atualidade, fenómenos de ______ marinhas.
(A) detrítica (...) regressões (C) quimiogénicas (...) transgressões
(B) detrítica (...) transgressões (D) quimiogénicas (...) regressões

1.9. Na região de Sines, a paisagem é dominada por uma zona mais aplanada a norte, onde dominam as rochas _____ ,
e outra a oeste onde dominam as falésias, que correspondem ao contacto de rochas _____ com o oceano.
(A) magmáticas (...) sedimentares (C) sedimentares (...) sedimentares
(B) sedimentares (...) magmáticas (D) magmáticas (...) magmáticas

1.10. Faça corresponder cada uma das descrições expressas na coluna I à respetiva rocha existente na região de Sines,
que consta na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Rocha magmática melanocrata com textura agranular. (1) Basalto
(b) Rocha magmática leucocrata com textura agranular. (2) Areia
(c) Rocha sedimentar não consolidada, formada por sedimentos detríticos. (3) Calcário
(4) Riólito
(5) Gabro

1.11. Tendo em conta os dados disponíveis e o princípio da inclusão, explique a formação de brechas eruptivas na região
de Sines.

2. Os granitos da região de Cota-Viseu fazem parte de um vasto maciço com forma irregular. Estão espacialmente
associados a pequenos corpos intrusivos de rochas básicas e intermédias, com os quais definem contactos tipicamente
magmáticos. Estas relações sugerem uma instalação simultânea para as diferentes unidades plutónicas e a ocorrência de
processos de mistura de magmas na sua formação. Esta suposição é apoiada pela ocorrência de abundantes encraves
máficos microgranulares, que poderão ter surgido de uma cristalização mais ou menos simultânea de dois magmas
imiscíveis e com diferentes viscosidades. A integração de dados recolhidos no campo e em laboratório permitiu deduzir
que os granitoides de Cota-Viseu se formaram pela interação entre magmas básicos mantélicos e magmas ácidos. Esta
interação foi acompanhada por cristalização fracionada.
O granito de Cota-Viseu é constituído por megacristais de feldspato potássico com mais de 8 cm de comprimento,
dispersos numa matriz de grão médio a grosseiro formada por quartzo, plagióclase, feldspato potássico e biotite.
Determinações geocronológicas atuais, usando o método U-Pb em duas amostras desta intrusão, permitiram estimar a
sua idade de cristalização em 306 M.a.

FIG. 10 Esquema geológico


simplificado da distribuição
dos granitoides no centro e
norte de Portugal.

64
2.1. Tendo em consideração os dados geocronológicos,
(A) os granitoides tardi-pós-D3 são intruídos pelos granitoides sin-D3.
(B) os granitoides tardi-pós-D3 são intrusivos nos granitoides sin-D3.
(C) os granitoides sin-D3 são contemporâneos dos granitoides tardi-pós-D3.
(D) as rochas cenozoicas da região de Aveiro são mais antigas que os granitoides sin-D3.

2.2. Refira um exemplo de uma rocha magmática intermédia que poderá estar associada aos granitos da região de Cota-
Viseu.

2.3. As rochas magmáticas básicas que afloram na região de Cota-Viseu


(A) possuem elevado teor em sílica.
(B) terão resultado de magmas formados pela fusão parcial de rochas da crusta continental.
(C) são ricas em plagióclases sódicas.
(D) terão resultado de magmas formados pela fusão parcial de rochas do manto.

2.4. As rochas magmáticas da região de Cota-Viseu são, no seu conjunto, de natureza _____, apresentando, _____
percentagens de minerais máficos e félsicos.
(A) intrusiva (...) iguais (C) extrusiva (...) iguais
(B) intrusiva (...) diferentes (D) extrusiva (...) diferentes

2.5. Relativamente às rochas magmáticas básicas existentes na região de Cota-Viseu, as rochas


(A) granitoides apresentarão maior percentagem de piroxenas.
(B) magmáticas intermédias apresentarão maior percentagem de piroxenas.
(C) granitoides apresentarão menor percentagem de piroxenas.
(D) magmáticas intermédias apresentarão igual percentagem de piroxenas.

2.6. As determinações geocronológicas realizadas em zircões presentes no granito de Cota-Viseu


(A) permitem deduzir que o magma que deu origem a esta rocha se terá formado há 306 M.a.
(B) recorreram ao decaimento radioativo de isótopos estáveis.
(C) permitem deduzir que a formação desta rocha ocorreu há 306 M.a.
(D) foram obtidas através de correlações estratigráficas.

2.7. As rochas magmáticas ácidas que afloram na região de Cota-Viseu possuem uma textura ____ apresentando minerais
_____ desenvolvidos dispersos numa matriz de grão médio a grosseiro.
(A) granular (...) muito (C) agranular (...) muito
(B) granular (...) pouco (D) agranular (...) pouco

2.8. Faça corresponder cada uma das descrições relativas aos minerais presentes num granito de Cota-Viseu, expressas
na coluna I ao respetivo processo, que consta na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Mineral que, por fenómenos de hidrólise, origina caulinite. (1) Moscovite
(b) Mineral ferromagnesiano que, por oxidação, origina hematite. (2) Plagióclase
(c) Mineral isomorfo da série contínua de Bowen. (3) Feldspato potássico
(4) Piroxena
(5) Quartzo

2.9. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos
que ocorreram durante a formação das rochas magmáticas da região de Cota-Viseu.
A. Formação de magmas ácidos e básicos em contextos distintos.
B. Cristalização de minerais de menor ponto de fusão.
C. Modificação da composição de um magma ácido.
D. Interação de magmas com diferentes percentagens em sílica.
E. Formação de plagióclases sádicas.

2.10. Explique de que modo a textura do granito de Cota-Viseu permite deduzir a existência de tempos de cristalização
distintos.

3. O Complexo Ígneo de Beja (CIB) consiste numa larga faixa magmática instalada no decorrer do Paleozoico, num
processo de subducção que se desenvolveu durante a formação da Cadeia Orogénica Varisca. O CIB é constituído por
diferentes maciços de rochas intrusivas, aos quais se associam episódios de atividade vulcânica. No CIB podem
considerar-se três unidades principais:
Sequência gabroica bandada, composta por um amplo conjunto de gabros olivínicos, rodeados por dioritos heterogéneos,
resultantes, entre outros, de processos de mistura de magmas;
Complexo Cuba-Alvito, essencialmente constituído por dioritos e raros domínios gabroicos;
Complexo porfirítico de Baleizão, intrusão constituída por vários tipos de rochas, das quais se destacam rochas
subvulcânicas ácidas, isto é, introduzidas em níveis crustais muito superficiais.

65
Em algumas regiões do CIB ocorrem rochas vulcânicas básicas, associadas aos gabros, como basaltos, e materiais
resultantes de atividade vulcânica explosiva. Foram ainda encontradas, no interior de lavas, rochas carbonatadas com
fósseis.
Nas regiões de Évora e Beja existe um conjunto variado de rochas magmáticas intrusivas (Fig. 11).

FIG. 11 Mapa geológico


simplificado da região de
Évora — Beja.

3.1. As rochas plutónicas máficas do CIB


(A) podem estar cobertas por rochas sedimentares cenozoicas.
(B) podem estar a cobrir rochas sedimentares cenozoicas.
(C) são contemporâneas das rochas sedimentares de cobertura.
(D) são mais recentes que as rochas sedimentares de cobertura.

3.2. A existência de uma zona de subducção na região de Beja, durante o Paleozoico, poderá ter favorecido a formação
de magmas
(A) basálticos, formados por diferenciação magmática de um magma original andesítico.
(B) andesíticos, formados por fusão parcial de rochas do manto inferior.
(C) basálticos, formados por fusão parcial de rochas da crusta continental.
(D) andesíticos, assumindo a água um papel determinante no ponto de fusão dos materiais.

3.3. As rochas carbonatadas com fósseis encontradas no interior de lavas


(A) são mais recentes do que as lavas que as englobam.
(B) formaram-se em ambiente marinho a partir da precipitação de carbonato de cálcio.
(C) permitem efetuar datações absolutas das lavas que as englobam.
(D) formaram-se por diagénese de sedimentos detríticos.

3.4. Durante a subducção que se estabeleceu na região do Alentejo, terão ocorrido fenómenos
(A) exclusivamente vulcânicos em margem continental ativa.
(B) vulcânicos e sísmicos em margem continental inativa.
(C) vulcânicos e sísmicos em margem continental ativa.
(D) exclusivamente sísmicos em margem continental ativa.

3.5. Nas três unidades principais do CIB


(A) é possível identificar rochas magmáticas básicas.
(B) foram identificadas rochas exclusivamente vulcânicas.
(C) podem ser identificadas rochas magmáticas com diferentes teores em sílica.
(D) foram identificadas rochas exclusivamente plutónicas.

3.6. Os gabros presentes na sequência gabroica bandada


(A) serão mesocratas em virtude da grande quantidade de olivina que possuem.
(B) formaram-se a partir da diferenciação magmática de um magma andesítico.
(C) possuem maior teor em sílica que os dioritos do Complexo Cuba-Alvito.
(D) possuem minerais que indicam uma cristalização magmática a elevadas temperaturas.

3.7. As rochas ígneas da região de Évora possuem uma textura _____, aspeto que resultou de um arrefecimento _____
do magma em profundidade.
(A) fanerítica (...) lento (C) afanítica (...) lento
(B) fanerítica (...) rápido (D) afanítica (...) rápido

3.8. Comparativamente com as rochas ígneas da região de Beja, as da região de Évora possuem
(A) uma percentagem superior de minerais que cristalizam a temperaturas mais altas.
(B) um teor inferior em ferro e magnésio.
(C) uma maior percentagem de plagióclases cálcicas.
(D) um teor inferior em sílica.
66
3.9. O rio Guadiana encontra-se a cortar litologias _____ do CIB, sendo provável encontrar sedimentos de ____ tipos de
rochas quando este curso de água atinge a foz.
(A) básicas (...) alguns (C) ácidas (...) alguns
(B) básicas (...) todos os (D) ácidas (...) todos os

3.10. Na região de Évora, os granitoides apresentam diferentes teores em sílica. Discuta o papel da mistura de magmas e
da cristalização fracionada na formação destes granitoides.

DEFORMAÇÕES
Verificação das aprendizagens
1. As tensões distensivas predominam nos limites
(A) convergentes. (C) transformantes.
(B) conservativos. (D) divergentes.

2. Nos locais onde se exercem tensões cisalhantes


(A) ocorre estiramento crustal.
(B) os movimentos são, sobretudo, verticais.
(C) as rochas deslocam-se umas em relação às outras ao longo de falhas transformantes.
(D) as rochas afastam-se entre si ao longo de limites convergentes.

3. A deformação das rochas depende, entre outros fatores,


(A) dos movimentos tectónicos associados ao calor externo da Terra.
(B) da pressão e da temperatura.
(C) da ação dos agentes da geodinâmica externa e interna.
(D) dos fenómenos associados à sedimentogénese.

4. As rochas exibem um comportamento _____ quando se encontram próximas da superfície a temperaturas relativamente
_____.
(A) dúctil (...) altas (C) frágil (...) altas
(B) dúctil (...) baixas (D) frágil (...) baixas

5. As tensões _____ predominam nos limites convergentes, favorecendo a formação de


(A) compressivas (...) estiramentos crustais (B) compressivas (...) cadeias orogénicas
(C) distensivas (...) estiramentos crustais (D) distensivas (...) cadeias orogénicas

6. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações.
(A) As falhas resultam do comportamento dúctil das rochas.
(B) O rejeito vertical é a distância, medida na vertical do deslocamento relativo entre os dois blocos de uma dobra.
(C) O muro é um bloco que se localiza acima do plano de falha.
(D) O plano de falha é uma superfície de fratura onde ocorre o deslocamento de blocos rochosos.
(E) Os desligamentos resultam da atuação de tensões cisalhantes ao longo de um limite convergente.
(F) Os flancos e os planos axiais correspondem a elementos de uma dobra.
(G) As sinformas são dobras que apresentam a concavidade voltada para cima.

7. As falhas normais são deformações ao longo das quais


(A) o teto subiu relativamente ao muro. (C) o teto desceu relativamente ao muro.
(B) ocorreram movimentos horizontais e paralelos. (D) ocorreram movimentos ao longo de fossas oceânicas.

8. Os anticlinais são dobras que apresentam a concavidade voltada para ___ e cujo núcleo apresenta as rochas mais ___.
(A) baixo (...) antigas (C) cima (...) antigas
(B) baixo (...) recentes (D) cima (...) recentes

Aplicação das aprendizagens


1. A Península de Setúbal é formada por duas unidades fundamentais que condicionam a morfologia do litoral: o sinclinal
de Albufeira e a cadeia montanhosa da Arrábida.
O sinclinal de Albufeira prolonga-se desde o rio Tejo até à cadeia da Arrábida, apresentando uma pequena bacia que foi
sendo preenchida por depósitos cenozoicos, predominantemente detríticos, transportados pelo rio Tejo (Fig. 6). O flanco
norte deste sinclinal é constituído por uma série detrítica e ocasionalmente carbonatada depositada desde o Miocénico até
à atualidade. No flanco sul afloram camadas, do Cretácico à atualidade, formando uma série essencialmente carbonatada
e detrítica. O flanco norte liga-se à estrutura anticlinal de Lisboa e o flanco sul está associado aos dobramentos da cadeia
da Arrábida.
A lagoa de Albufeira encontra-se separada do oceano Atlântico através de uma barreira arenosa. Esta barreira é
anualmente aberta através de meios mecânicos, com a finalidade de renovação das suas águas, fechando naturalmente.
Quando a barreira está aberta, a água que constitui a lagoa é essencialmente marinha. No período em que a barreira se
encontra fechada, a água que contém fica retida, deixando de haver contribuições do oceano. Frequentemente, o fecho
da barreira coincide com o início das chuvas que alimentam as linhas de água que convergem para esta lagoa.

67
FIG. 6 (A) Localização da
Península de Setúbal e
corte N-S. (B) Corte
Geológico N-S na
Península de Setúbal.

1.1. O sinclinal de Albufeira é uma dobra que apresenta uma concavidade voltada para _____, ocupando as rochas
cenozoicas mais _____ o núcleo desta deformação.
(A) cima (...) antigas (C) baixo (...) antigas
(B) cima (...) recentes (D) baixo (...) recentes

1.2. O sinclinal de Albufeira apresenta uma pequena bacia preenchida por sedimentos
(A) marinhos predominantemente detríticos. (C) fluviais, cujas rochas-mãe seriam granitos e calcários.
(B) fluviais predominantemente detríticos. (D) marinhos, cujas rochas-mãe seriam granitos e calcários.

1.3. Comparativamente ao flanco sul, o flanco norte do sinclinal de Albufeira inclina para _______ e é de natureza
essencialmente _______.
(A) sul (...) detrítica (C) norte (...) detrítica
(B) sul (...) carbonatada (D) norte (...) carbonatada

1.4. A estrutura anticlinal de Lisboa


(A) liga-se ao flanco sul do sinclinal de Albufeira. (C) apresenta uma concavidade voltada para baixo.
(B) apresenta as rochas mais recentes no seu núcleo. (D) formou-se por ação de tensões distensivas.

1.5. O flanco sul do sinclinal de Albufeira possui rochas sedimentares ______ e está associado a dobras, que resultaram
de um comportamento dos materiais em profundidade.
(A) biogénicas (...) dúctil (C) detríticas e quimiogénicas (...) dúctil
(B) biogénicas (...) frágil (D) detríticas e quimiogénicas (...) frágil

1.6. De acordo com a figura 6, no flanco sul do sinclinal de Albufeira


(A) as rochas dispõem-se de acordo com o princípio da sobreposição.
(B) as rochas não se dispõem de acordo com o princípio da sobreposição.
(C) não é possível aplicar o princípio da continuidade lateral com as rochas do flanco norte.
(D) as rochas apresentam menor inclinação comparativamente ao flanco norte.

1.7. O intercâmbio lagoa - oceano, conseguido através da abertura da barreira arenosa,


(A) facilita a estagnação das águas e a deposição de sedimentos.
(B) dificulta a oxigenação e a renovação das suas águas.
(C) dificulta a circulação das águas e a formação de evaporitos.
(D) evita que o sistema lagunar se transforme naturalmente num sistema pantanoso.

1.8. As rochas que constituem a barreira da lagoa de Albufeira são de natureza _____, formadas por materiais _____.
(A) detrítica (...) litificados (C) quimiogénicas (...) litificados
(B) quimiogénicas (...) não litificados (D) detrítica (...) não litificados

1.9. No corte geológico efetuado na península de Setúbal, o rio Tejo corre na direção _____, transportando sedimentos de
áreas continentais ______, situadas a NE, para a plataforma continental.
(A) E-W (...) imersas (C) E-W (...) emersas
(B) N-S (...) imersas (D) N-S (...) emersas

1.10. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que
culminaram com a abertura da lagoa de Albufeira por meios mecânicos.
A. Transporte de clastos por ribeiras que possuem ligação à lagoa de Albufeira.
B. Remoção de depósitos sedimentares por ação antrópica.
C. Deposição de clastos na lagoa de Albufeira.
D. Alteração de rochas situadas a este da lagoa de Albufeira.
E. Remoção de materiais pelas águas das chuvas.
68
1.11. Explique em que medida a lagoa de Albufeira é um exemplo de uma bacia sedimentar que possui uma das condições
necessárias para a formação de carvão.

Aplicação das aprendizagens


A formação da falha dos Arrifes ocorreu entre os 300 e os 280 M.a. num contexto orogénico que se desenvolveu durante
o final do Paleozoico. Ao longo do tempo esta falha sofreu várias reativações, tendo funcionado como falha normal, no
início do Mesozoico, e como falha inversa, no final desta era. No Miocénico (23 a 5 M.a.), ao longo desta falha, ocorreu
uma movimentação dos terrenos mesozoicos do Maciço Calcário Estremenho (MCE) sobre os sedimentos cenozoicos da
Bacia do Baixo Tejo (BBT) (Fig. 7). Ao longo da falha dos Arrifes afloram, essencialmente, rochas sedimentares, ricas em
carbonato de cálcio e detríticas, bem como pequenos afloramentos, muito localizados, de rochas ígneas.
O MCE é composto por duas estruturas anticlinais elevadas, correspondentes à serra de Candeeiros e à Serra de Aire. A
fraturação deste maciço e a solubilidade dos calcários permitiram o desenvolvimento de uma espetacular morfologia
cársica e uma quase total ausência de drenagem superficial. A BBT corresponde a uma grande bacia sedimentar que se
encontra preenchida, sobretudo, por sedimentos detríticos de natureza continental, definindo um relevo de baixa altitude
e de topografia suave.

FIG. 7 Enquadramento geológico da falha dos Arrifes e regiões envolventes. F - Falha dos Arrifes.

2.1. Atualmente, a falha dos Arrifes é considerada _____, porque ao longo do seu plano de falha as formações mesozoicas
_____ relativamente às formações cenozoicas.
(A) inversa (…) desceram (C) normal (...) desceram
(B) inversa (...) subiram (D) normal (...) subiram

2.2. O Maciço Calcário Estremenho é formado por rochas sedimentares


(A) quimiogénicas, formadas por oxidação de sedimentos carbonatados.
(B) biogénicas, que resultaram da diagénese de sedimentos detríticos.
(C) quimiogénicas, que resultaram da diagénese de sedimentos carbonatados.
(D) biogénicas, formadas por oxidação de sedimentos carbonatados.

2.3. Ao longo da falha dos Arrifes afloram rochas


(A) sedimentares, maioritariamente formadas pela acentuada evaporação da água do mar.
(B) magmáticas, cuja vasta extensão resultou da consolidação lenta de um magma em profundidade.
(C) magmáticas, cuja vasta extensão resultou da consolidação à superfície de uma lava muito fluida.
(D) sedimentares, algumas das quais constituídas por materiais provenientes de rochas preexistentes.

2.4. A serra de Aire e a serra de Candeeiros correspondem a estruturas com a concavidade voltada para _____, exibindo
no seu núcleo as rochas mais ______.
(A) baixo (...) antigas (C) cima (...) antigas
(B) baixo (...) recentes (D) cima (...) recentes

2.5. São exemplos de morfologia cársica existentes no Maciço Calcário Estremenho


(A) as grutas e a estratificação. (C) as grutas e os lapiás.
(B) os lapiás e a estratificação. (D) as dolinas e as lagunas.

2.6. Na Bacia do Baixo Tejo, os sedimentos detríticos


(A) poderão originar, por diagénese, arenitos e calcários.
(B) são provenientes da erosão de rochas existentes no interior da Península Ibérica.
(C) transportados pelo rio Tejo originarão planícies aluviais muito acidentadas.
(D) apresentarão sempre a mesma composição e a mesma granulometria.

2.7. Na figura 7, a deformação que constitui o Vale da Serra corresponde a uma


(A) sinforma, que antecede a escarpa de falha dos Arrifes.
(B) antiforma, que sucede à escarpa de falha dos Arrifes.
(C) falha normal, que antecede o antiforma da serra de Aire.
(D) falha normal, que sucede ao antiforma da serra de Aire.

69
2.8. Na região dos Arrifes e áreas envolventes, as rochas evidenciaram comportamento _____, materializado por falhas,
e comportamento ______, evidenciado por dobras.
(A) dúctil (...) frágil (C) frágil (...) dúctil
(B) sólido (...) fluido (D) fluido (...) sólido

2.9. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a evolução tectónica da falha dos Arrifes
até à atualidade.
A. Movimento ao longo de um plano de falha, no final do Paleozoico.
B. Movimento de terrenos mesozoicos sobre terrenos cenozoicos.
C. Movimento dos blocos devido a tensões compressivas no Mesozoico.
D. Deslocação de blocos associada a tensões distensivas no Mesozoico.
E. Formação de uma falha durante o Paleozoico.

2.10. Explique em que medida a fraturação existente nas rochas do Maciço Calcário Estremenho contribui para a quase
total ausência de drenagem superficial na região e para a dissolução dos calcários em profundidade.

METAMORFISMO E ROCHAS METAMÓRFICAS

Verificação das aprendizagens


As rochas metamórficas formam-se no estado ____, como resultado ___ pressão e da temperatura em profundidade.
(A) sólido (...) da diminuição (C) fundido (...) da diminuição
(B) sólido (...) do aumento (D) fundido (...) do aumento

2. Existem diferentes fatores de metamorfismo, tais como


(A) a tensão, a temperatura e a humidade. (C) os fluidos, a humidade e as variações de temperatura.
(B) a água, o vento e as variações de temperatura. (D) a tensão, a temperatura e os fluidos.

3. Na formação de rochas metamórficas, o aumento da temperatura


(A) conduz à formação de novos minerais menos estáveis nas novas condições.
(B) permite a fusão de rochas metamórficas por fusão de rochas preexistentes.
(C) permite a consolidação dos seus minerais de maior ponto de fusão.
(D) conduz a um rearranjo dos elementos das redes cristalinas dos minerais de rochas preexistentes.

4. As rochas, no interior da crusta,


(A) podem estar sujeitas a tensões litostáticas ou a tensões não litostáticas.
(B) cristalizam a temperaturas mais altas que o seu ponto de fusão.
(C) recristalizam quando os valores de temperatura são semelhantes aos da sua génese.
(D) formam-se em condições subaéreas.

5. Os diferentes tipos de metamorfismo definem-se em função


(A) da intensidade da temperatura e da tensão associadas a ambientes magmáticos.
(B) da origem das rochas preexistentes.
(C) da intensidade dos fatores de metamorfismo associados a ambientes metamórficos.
(D) dos diferentes tipos de tensões a que as rochas fundidas se encontram sujeitas.

6. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações.
(A) A tensão litostática corresponde à tensão a que as rochas na litosfera estão sujeitas devido à carga de massas
rochosas subjacentes.
(B) A tensão não litostática é responsável pela foliação exibida pelas rochas metamórficas.
(C) A circulação de fluidos nas rochas pode desencadear ou retardar processos metamórficos.
(D) O metamorfismo regional resulta da ação combinada do calor, dos fluidos e das tensões dirigidas.
(E) Os minerais-índice permitem reconhecer os diferentes graus de metamorfismo.

7. Os micaxistos e os gnaisses são exemplos de rochas metamórficas _____ formadas por metamorfismo _____.
(A) foliadas (...) de contacto (C) não foliadas (...) regional
(B) foliadas (...) regional (D) não foliadas (...) de contacto

8. Os ______ são um exemplo de rochas formadas por metamorfismo _____ a partir de rochas carbonatadas nas
proximidades de uma intrusão ígnea.
(A) quartzitos (...) regional (C) quartzitos (...) de contacto
(B) mármores (...) de contacto (D) mármores (...) regional

9. A ardósia é uma rocha metamórfica de _____ grau formada por metamorfismo _____ a partir de argilitos.
(A) baixo (...) regional (C) alto (...) regional
(B) baixo (…) de contacto (D) alto (…) de contacto

70
10. O metamorfismo ______, que atua em extensas áreas, é característico de limites tectónicos ______.
(A) de contacto (...) divergentes (C) de contacto (...) convergentes
(B) regional (...) divergentes (D) regional (...) convergentes

Aplicação das aprendizagens


1. A Bacia Carbonífera do Buçaco corresponde a uma bacia sedimentar formada no final da era Paleozoica, durante os
últimos estádios do levantamento da Cadeia Orogénica Varisca. A sua origem está associada à abertura, por falhas, de
uma depressão, numa área intramontanhosa, onde se encontravam densas florestas. A sequência de rochas do período
carbonífero (359-299 M.a.) que lhe está associada encontra-se dobrada, observando-se, da base para o topo, três
unidades litostratigráficas: Inferior, Intermédia e Superior (Fig. 8).
A natureza dos sedimentos presentes nas rochas detríticas da bacia sugere que os locais de onde provieram esses
materiais pertenciam, sobretudo, às rochas metamórficas do Complexo Xisto-Grauváquico e às rochas que constituem o
sinclinal do Buçaco. O carácter continental da sequência carbonífera é apoiado pelos seguintes aspetos: presença de
hematite nos conglomerados e arenitos das Unidades Inferior e Superior; ocorrência de vestígios fósseis de flora
continental, sobretudo na Unidade Intermédia; e ausência de calcários no conjunto sedimentar.
Unidade Inferior - formada por uma sucessão de camadas constituídas por conglomerados grosseiros, arenitos e
sedimentos silto-argilosos.
Unidade Intermédia - constituída por argilitos e siltitos com fósseis vegetais, intercalados com arenitos e finos leitos de
carvão. A flora fóssil desta bacia provém quase exclusivamente desta unidade.
Unidade Superior - constituída por conglomerados grosseiros, com algumas intercalações de arenitos e de argilitos.

FIG. 8 Corte geológico na região onde se insere a Bacia Carbonífera do Buçaco.

1.1. Os sedimentos que constituem a Bacia Carbonífera do Buçaco foram depositados em ambiente ______ e apresentam
uma natureza _____.
(A) continental (...) detrítica e quimiogénica (C) continental (...) detrítica e biogénica
(B) oceânica (...) detrítica e biogénica (D) oceânica (...) detrítica e quimiogénica

1.2. A abertura da Bacia Carbonífera do Buçaco está associada


(A) a estruturas que resultaram do comportamento dúctil das rochas.
(B) à ascensão de magmas em áreas continentais.
(C) a estruturas que resultaram do comportamento frágil das rochas.
(D) à atuação de fenómenos metamórficos.

1.3. A estrutura carbonífera representada no corte constitui uma ______, cujo núcleo é ocupado pelas rochas mais _____
da Unidade Superior.
(A) sinforma (...) antigas (C) antiforma (...) antigas
(B) antiforma (...) recentes (D) sinforma (...) recentes

1.4. Considere as afirmações seguintes.


I. O contacto da sequência carbonífera com o Complexo Xisto-Grauváquico é de natureza tectónica.
II. No contacto da sequência carbonífera com as rochas do Pré-Câmbrico observa-se uma falha inversa.
III. As rochas do Complexo Xisto-Grauváquico são de natureza magmática.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. (C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

1.5. Os fósseis de plantas presentes na Unidade Intermédia da bacia carbonífera do Buçaco


(A) fornecem indicação de fácies continental.
(B) encontram-se envolvidos por sedimentos detríticos finos, como os balastros.
(C) originaram as camadas de carvão.
(D) resultaram de um processo de mumificação.

71
1.6. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos
expressos no corte geológico da figura 8 que culminaram com deposição de sedimentos mesozoicos.
A. Abertura de uma bacia sedimentar intramontanhosa.
B. Deposição de sedimentos de idade mesozoica.
C. Dobramento de uma sequência sedimentar carbonífera.
D. Interseção da sequência sedimentar carbonífera por uma falha.
E. Preenchimento de uma bacia sedimentar intramontanhosa.

1.7. As rochas do Complexo Xisto-Grauváquico apresentam minerais-índice.


Explique de que forma estes minerais ajudam a caracterizar o ambiente de formação destas rochas.

2. A região de Mangualde é, essencialmente, constituída por rochas metamórficas e magmáticas. As primeiras, do início
da era Paleozoica, integram o Complexo Xisto-Grauváquico, formando estreitas faixas indiferenciadas de xistos e
grauvaques, uma rocha de origem sedimentar levemente metamorfizada. Já as segundas são formadas por granitoides
cuja datação Rb-Sr indica uma idade aproximada de 280 M.a., correspondente ao final daquela era. Na região das Beiras
também ocorrem filões de quartzo e de rochas filonianas básicas, ocupando falhas de orientação NE-SW e NW-SE,
respetivamente.
No granito de Freixiosa-Mesquitela foram observadas zonas que terão resultado de alterações hidrotermais. Esta alteração
resultou da circulação de fluidos nesse granito, acompanhando o desenvolvimento dos sistemas de fraturas NE-SW que
ocorrem na região.

FIG. 9 Esboço geológico da região de Mangualde-Freixiosa

2.1. Os xistos da região de Mangualde apresentam uma textura ____, resultante da ação de tensões ____.
(A) foliada (...) não litostáticas (C) não foliada (…) não litostáticas
(B) foliada (...) litostáticas (D) não foliada (...) litostáticas

2.2. Considere as afirmações seguintes.


I. As rochas do Complexo Xisto-Grauváquico formam estreitas faixas que possuem uma orientação predominante NW-SE.
II. Os granitoides variscos da região de Mangualde formaram-se pelo arrefecimento lento do magma em profundidade.
III. O gnaisse de S. Romão é uma rocha metamórfica foliada, formada em contexto de baixo grau de metamorfismo.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

2.3. O granito da Freixiosa-Mesquitela encontra-se recortado por estruturas de deformação _____nas quais ocorreu a
circulação de fluidos com uma temperatura _____ à do granito onde circulam.
(A) frágil (...) inferior (C) frágil (...) superior
(B) dúctil (...) superior (D) dúctil (...) inferior

2.4. O quartzo, presente nos granitos de Mangualde, é um mineral


(A) alocromático, pois apresenta cor variável. (C) alocromático, pois apresenta sempre a mesma cor.
(B) idiocromático, pois apresenta cor variável. (D) idiocromático, pois apresenta sempre a mesma cor.

2.5. Os xistos, presentes na região cartografada, _____ foliação, que evidencia a ocorrência de processos de
metamorfismo
(A) não apresentam (...) regional (C) apresentam (...) regional
(B) não apresentam (...) de contacto (D) apresentam (...) de contacto

2.6. Relativamente ao granito de Freixiosa-Mesquitela, os filões de rochas básicas apresentarão


(A) maiores teores em ferro e magnésio. (C) menores teores em ferro e magnésio.
(B) maiores teores em sílica. (D) menores teores em plagióclase cálcica.

2.7. Os fluidos hidrotermais atuaram quimicamente sobre os minerais _____ dos granitos, resultando na génese de novos
minerais ______ estáveis nas novas condições ambientais.
(A) primários (...) menos (C) de neoformação (...) menos
(B) primários (...) mais (D) de neoformação (...) mais

72
2.8. Em condições subaéreas, um gnaisse será
(A) fisicamente alterado por valores de pressão e temperatura superiores aos da sua génese.
(B) metamorfizado por um progressivo aumento de tensões não litostáticas.
(C) física e quimicamente alterado pelos agentes da geodinâmica externa.
(D) progressivamente fraturado, como consequência de um aumento dos valores de temperatura e pressão.

2.9. Faça corresponder cada uma das descrições expressas na coluna I à respetiva rocha, que consta na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Rocha resultante da metamorfização de arenitos. (1) Micaxisto
(b) Rocha metamórfica de grau intermédio que apresenta minerais com uma (2) Mármore
orientação preferencial. (3) Gnaisse
(c) Rocha carbonatada sem foliação. (4) Quartzito
(5) Corneana

2.10. Tendo em conta as idades das litologias encontradas na região de Mangualde, explique por que razão é possível
prever a existência de rochas resultantes de metamorfismo de contacto naquela região.

3. Na arriba da Ponta do Telheiro encontra-se exposta uma discordância angular que separa terrenos do período
Carbonífero (era Paleozoica) de terrenos do período Triássico (era Mesozoica). Os terrenos paleozoicos apresentam-se
deformados, com dobras verticais e falhas tardias que foram geradas durante a formação da cadeia montanhosa Varisca.
Na imagem da figura 10 são identificáveis:
a) superfície aplanada constituída por cascalheiras pertencentes ao Quaternário;
b) formação do arenito de Silves - unidade constituída por bancadas de arenitos e siltitos avermelhados, por vezes com
intercalações (pouco espessas) de conglomerados. As bancadas expostas no local correspondem à parte inferior desta
unidade, possuindo uma espessura total na ordem dos 8 metros;
c) discordância angular dos arenitos de Silves sobre as litologias da Formação da Brejeira, a unidade mais recente do
Grupo do Flysch do Baixo Alentejo;
d) formação da Brejeira - sequência marcada por uma alternância de xistos e grauvaques [1], com associações fossilíferas
de amonoides e miosporos. As bancadas de grauvaques possuem espessuras de ordem centimétrica a decimétrica,
surgindo em relevo na unidade;
e) plataforma de abrasão marinha.

FIG. 10 Afloramento da Ponta do Telheiro.


[1]
Rocha de origem sedimentar levemente metamorfizada.

3.1. As cascalheiras localizadas no topo da arriba


(A) resultaram de uma erosão intensa dos arenitos de Silves.
(B) corresponderão a vestígios de glaciares que aplanaram as formações paleozoicas.
(C) são provenientes de materiais projetados por baixa-mares intensas.
(D) corresponderão a materiais grosseiros de uma praia levantada.

3.2. A litificação de cascalheiras com elementos angulosos originará


(A) um arenito. (C) um conglomerado.
(B) um siltito. (D) uma brecha sedimentar.

3.3. Os arenitos de Silves incluem-se nos grupos das rochas sedimentares


(A) detríticas. (C) quimiogénicas.
(B) biogénicas. (D) argilosas.

3.4. A tonalidade avermelhada dos arenitos de Silves é indicadora


(A) de uma deposição em ambientes marinhos abissais ricos em matéria orgânica.
(B) da exposição da sequência a um ambiente fortemente redutor.
(C) da presença de óxidos de ferro nos sedimentos.
(D) da presença de óxidos de enxofre nos sedimentos.

3.5. As diáclases dos arenitos de Silves


(A) são intersetadas pelos estratos dessa unidade.
(B) resultaram da compressão dos materiais em regime dúctil.
(C) foram geradas durante a formação da cadeia montanhosa Varisca.
(D) favorecem a meteorização no interior da unidade.

73
3.6. A discordância angular patente na praia do Telheiro traduz uma ______, que materializa uma exposição subaérea da
região no final da era ______.
(A) lacuna estratigráfica (...) Mesozoica (C) continuidade estratigráfica (...) Paleozoica
(B) lacuna estratigráfica (...) Paleozoica (D) continuidade estratigráfica (...) Mesozoica

3.7. A dobra assinalada pela letra X representa uma ____, que resultou de um processo de deformação em regime ____
(A) sinforma (...) dúctil (C) antiforma (...) dúctil
(B) sinforma (...) frágil (D) antiforma (...) frágil

3.8. Ordene as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que
culminaram com a formação da plataforma de abrasão marinha na praia do Telheiro.
A. Fecho progressivo da bacia oceânica devido a um limite tectónico convergente.
B. Ação erosiva do oceano sobre as rochas da Formação da Brejeira.
C. Colisão continental com a consequente Formação da Cadeia Orogénica Varisca.
D. Deposição de materiais no fundo de uma bacia oceânica.
E. Exposição subaérea do conjunto e deposição dos materiais triássicos.

3.9. Na Formação da Brejeira são observáveis pequenas falhas inversas que desaparecem na discordância angular.
Relacione o contexto tectónico associado aos terrenos carboníferos com a presença das falhas até à discordância.

EXPLORAÇÃO SUSTENTADA DOS RECURSOS GEOLÓGICOS


Verificação das aprendizagens
1. As reservas correspondem a recursos com localização _____ definida, passíveis de exploração economicamente
(A) bem (...) rentável (C) mal (...) rentável
(B) bem (...) pouco rentável (D) mal (...) pouco rentável

2. Consideram-se recursos não renováveis todos aqueles


(A) cuja taxa de renovação é superior à taxa de utilização. (C) cuja taxa de renovação é muito inferior à taxa de utilização.
(B) que serão garantidos às gerações atuais e futuras. (D) cuja taxa de renovação é igual à taxa de utilização.

3. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações.
(A) São exemplos de combustíveis fósseis a água, o petróleo e o carvão.
(B) Os recursos geológicos podem ter uma natureza sólida, líquida ou gasosa.
(C) As reservas podem corresponder a recursos hipotéticos.
(D) São exemplos de recursos renováveis o vento e a água.
(E) São exemplos de recursos não renováveis o solo e o gás natural.
(F) A energia geotérmica de alta entalpia é utilizada para a produção de energia elétrica em centrais geotérmicas.
(G) A exploração e o consumo de combustíveis fósseis têm desagravado o efeito de estufa.

4. Os recursos minerais encontram-se numa ampla diversidade de materiais terrestres, tais como
(A) a biomassa e os minerais. (C) as rochas e os seres vivos.
(B) as águas minerais e a biomassa. (D) os minerais e as rochas.

5. Os elementos metálicos encontram-se, por norma, ______nas rochas da crusta em concentrações _____, em geral
expressas em partes por milhão (ppm).
(A) dispersos (...) relativamente pequenas (C) dispersos (...) elevadas
(B) concentrados (...) relativamente pequenas (D) concentrados (...) elevadas

6. Um jazigo mineral corresponde a locais onde a concentração de um certo mineral


(A) não ultrapassa a sua média de distribuição na crusta.
(B) iguala a sua média de distribuição na crusta.
(C) ultrapassa razoavelmente a sua média de distribuição na crusta.
(D) não permite uma exploração economicamente rentável.

7. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações.
(A) O material que durante o processo de mineração é economicamente aproveitado constitui a ganga.
(B) As escombreiras correspondem a locais onde é armazenado o minério.
(C) As rochas consolidadas preferencialmente utilizadas na construção apresentam uma baixa porosidade e uma baixa
condutividade térmica.
(D) O nível hidrostático localiza-se acima da zona de aeração.
(E) A utilização de fertilizantes químicos e pesticidas, na agricultura intensiva, ameaçam a qualidade da água nos aquíferos.

8. Os aquíferos são formações _____ que permitem o armazenamento e a circulação de água, bem como a sua _____.
(A) rochosas (…) exploração rentável (C) aquosas (...) exploração rentável
(B) rochosas (...) sobre-exploração (D) aquosas (…) sobre-exploração

74
9. Um aquífero _____ é alimentado lateralmente, através de uma zona de recarga, uma vez que se encontra limitado
superior e inferiormente por uma camada _____.
(A) livre (...) permeável (C) livre (...) impermeável
(B) cativo (…) permeável (D) cativo (…) impermeável

10. A zona de aeração


(A) é limitada inferiormente por rochas impermeáveis.
(B) possui espaços vazios que se encontram preenchidos por ar e água.
(C) é limitada superiormente pelo nível freático.
(D) possui espaços vazios que se encontram totalmente preenchidos por água.

Aplicação das aprendizagens


1. Na região de Moncorvo existem níveis importantes de ferro associados a quartzitos. Estas rochas pertencem a uma
formação geológica importante onde foram identificados fósseis de Cruzianas e Skolithos do Paleozoico inferior. De
salientar que muitas destas litologias se encontram intruídas por granitos formados na Orogenia Varisca.
Nesta região, o minério de ferro ocorre predominantemente em hematite, surgindo também, embora em menor quantidade,
noutros minerais, como a magnetite. Nesse jazigo, com origem sedimentar, as bancadas de minério constituem, com
outras litologias, um grande e complexo sinclinal.
A exploração do minério de ferro decorreu a céu aberto até meados do século XX. Do ponto de vista técnico, o principal
desafio que ainda persiste é a separação do fósforo do minério. A presença deste elemento químico na matéria-prima
desvaloriza-a a nível económico. Porém, o desenvolvimento de novos processos e de novas tecnologias poderão viabilizar,
no futuro, a exploração de ferro na região de Moncorvo.

FIG. 9 Localização e corte geológico esquemático no jazigo de ferro de Moncorvo.

1.1. Os níveis de ferro da região de Moncorvo estão associados a


(A) rochas metamórficas foliadas. (C) rochas metamórficas não foliadas.
(B) rochas magmáticas intrusivas. (D) rochas magmáticas extrusivas.

1.2. Indique uma rocha-mãe associada à formação dos quartzitos de Moncorvo.

1.3. As Cruzianas e Skolíthos são exemplos de fósseis de idade, pois apresentam uma _____ distribuição estratigráfica e
uma _____ distribuição geográfica.
(A) pequena (...) grande (C) grande (...) pequena
(B) pequena (...) pequena (D) grande (...) grande

1.4. As rochas do Paleozoico Inferior


(A) são mais recentes que os granitos variscos, pois são intruídas por estes.
(B) são mais antigas que os granitos variscos, pois são intruídas por estes.
(C) encontram-se a intruir granitos variscos, sendo mais recentes que estes últimos.
(D) encontram-se a intruir granitos variscos, sendo mais antigas que estes últimos.

1.5. A hematite é um recurso mineral


(A) metálico com elevado interesse económico. (C) não metálico com elevado interesse económico.
(B) metálico com reduzido interesse económico. (D) não metálico com reduzido interesse económico.

1.6. Na região de Moncorvo encontram-se jazigos minerais de onde se extrai


(A) ferro, que após beneficiação permite obter minério. (C) ganga, de modo a produzir estéreis de ferro.
(B) ferro, cujo interesse económico é inferior ao minério. (D) minério, que após beneficiação permite obter ferro.

1.7. Os depósitos sedimentares localizados entre Mua e Carvalhal


(A) serão mais antigos que os quartzitos com minério.
(B) serão contemporâneos dos quartzitos com minério.
(C) encontram-se intruídos por granitos variscos.
(D) poderão ser constituídos por materiais provenientes destas elevações.
75
1.8. A exploração mineira na região de Moncorvo gerou escombreiras que acumulam grandes quantidades de
(A) minério. (C) ferro.
(B) ganga. (D) metais indiferenciados.

1.9. Considere as afirmações seguintes.


I. O jazigo de Moncorvo encontra-se integrado numa grande dobra com a concavidade voltada para baixo.
II. A exploração mineira em Moncorvo, de reduzido impacte ambiental, tem gerado materiais com interesse económico.
III. Na região de Moncorvo, a concentração de hematite e de magnetite ultrapassa razoavelmente a média da sua
concentração na crusta.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. (B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) I é verdadeira; II e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

1.10. Refira dois exemplos de impactes ambientais negativos relacionados com a exploração mineira em áreas emersas.

1.11. Explique em que medida o desenvolvimento de uma tecnologia capaz de remover o fósforo do minério poderá
relançar a exploração mineira na região de Moncorvo.

2. O anticlinal de Valongo é constituído por formações metassedimentares (rochas metamórficas com origem sedimentar)
de idade Paleozoica, e provavelmente também Pré-Câmbrica. Nesta antiga região mineira destacam-se as mineralizações
de antimónio e ouro, que foram largamente exploradas, e as pedreiras de ardósia atualmente em funcionamento.
Neste anticlinal foi realizado um estudo que permitiu a identificação de diferentes tipos de aquíferos, nos quais se podem
definir três unidades hidrogeológicas:
Formações quartzíticas, constituídas por aquíferos com elevada porosidade, resultante da fraturação e da alteração
superficial das rochas.
Formações metassedimentares, essencialmente xistentas, cuja porosidade está associada à existência de diáclases,
falhas e filões. Estas formações apresentam baixa permeabilidade.
Aquíferos intergranulares constituídos por sedimentos não consolidados de distribuição local. Correspondem a depósitos
fluviais quaternários com elevada porosidade e permeabilidade, mas com baixa espessura.
Nas áreas de Valongo e de Paredes, a fraturação exerce grande influência no condicionamento do fluxo hídrico
subterrâneo. A recarga na região é essencialmente vertical, sendo as cristas quartzíticas e as encostas mais aplanadas
as zonas mais favoráveis à infiltração. A recarga lateral assume uma expressão essencialmente local, como é o caso da
área de Campo, em Valongo, onde o rio Ferreira atravessa extensas áreas agrícolas aplanadas. Nestas e noutras áreas
agrícolas, a recarga também assume um carácter artificial, uma vez que resulta da rega de culturas.

FIG. 10 Representação esquemática do modelo hidrogeológico do anticlinal de Valongo.

2.1. As rochas metassedimentares do Pré-Câmbrico


(A) ocupam o núcleo de uma estrutura que resultou do comportamento frágil das rochas.
(B) destacam-se na paisagem devido à sua elevada dureza.
(C) são constituídas por rochas formadas por um arrefecimento lento do magma em profundidade.
(D) ocupam o núcleo de uma deformação cuja concavidade está voltada para baixo.

2.2. A instalação de corpos magmáticos intrusivos em rochas da região terá produzido


(A) corneanas, por fenómenos de metamorfismo regional. (C) corneanas, por fenómenos de metamorfismo de contacto.
(B) ardósias, por fenómenos de metamorfismo de contacto. (D) ardósias, por fenómenos de metamorfismo regional.

2.3. No anticlinal de Valongo, o rio Ferreira é alimentado


(A) por escoamento superficial e pela zona não saturada. (C) somente por escoamento superficial.
(B) somente por aquíferos subsuperficiais e profundos. (D) exclusivamente por aquíferos subsuperficiais.

2.4. As formações metassedimentares pertencem a uma unidade hidrogeológica constituída, essencialmente, por rochas
_____ com _____ circulação de água no seu interior.
(A) foliadas (...) reduzida (C) não foliadas (...) reduzida
(B) foliadas (...) elevada (D) não foliadas (…) elevada
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2.5. A unidade hidrogeológica dos aquíferos intergranulares constitui-se como um _____ aquífero, sendo constituída por
rochas sedimentares ______.
(A) bom (...) litificadas (C) bom (...) não litificadas
(B) mau (...) litificadas (D) mau (...) não litificadas

2.6. Considere as afirmações seguintes referentes à hidrogeologia da região do Anticlinal de Valongo.


I. Na zona não saturada as rochas não se apresentam alteradas.
II. A fraturação favorece a recarga de aquíferos confinados.
III. A exploração de ouro na região de Valongo terá favorecido a contaminação dos aquíferos.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas. (D) I é verdadeira; II e III são falsas.

2.7. A recarga artificial nas áreas agrícolas


(A) é favorecida pela baixa porosidade das rochas.
(B) depende diretamente do regime pluviométrico da região.
(C) pode contribuir para a contaminação dos aquíferos.
(D) é dificultada pela elevada fraturação das rochas subjacentes ao solo.

2.8. Na área do anticlinal de Valongo,


(A) a porosidade das formações metassedimentares está associada a estruturas que resultaram do comportamento dúctil
das rochas.
(B) a fraturação e a alteração superficial das cristas quartzíticas favorecem a recarga vertical.
(C) a recarga lateral é exclusivamente artificial, pois está associada à rega das culturas.
(D) a recarga vertical não depende da inclinação das encostas.

2.9. Faça corresponder cada uma das afirmações da coluna I à respetiva designação, que consta na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Formação geológica limitada inferiormente por uma camada impermeável e cuja pressão da (1) Zona de aeração
água é semelhante à pressão atmosférica. (2) Aquífero livre
(b) Região cujos espaços se encontram parcialmente preenchidos por água e gases, localizando- (3) Zona de saturação
se entre uma superfície topográfica e o nível hidrostático. (4) Aquífero cativo
(c) Profundidade mínima atingida pela água subterrânea num determinado momento e num dado (5) Nível hidrostático
local.

2.10. Explique em que medida a exploração sustentável de ardósia em Valongo poderá contribuir para o desenvolvimento
económico da população desta região.

3. A mina de ouro e prata da Escádia Grande localiza-se no concelho de Góis, distrito de Coimbra. Na área de
implementação desta mina predominam rochas metamórficas, que são intersetadas por filões. Estes filões, que se
encontram a preencher zonas de falha, possuem arsenopirite, pirite, ouro, prata e outros minerais acessórios. A maior
parte do ouro encontra-se associado à arsenopirite.
As duas principais escombreiras da Escádia Grande estão depositadas a sul da galeria da mina. Uma delas é constituída
por material grosseiro de rocha encaixante e por quartzo com sulfuretos disseminados. A outra possui material fino
resultante do tratamento do minério.
Entre julho de 2010 e abril de 2011 realizou-se um estudo onde foram colhidas, em 4 meses distintos, seis amostras de
água (cinco em linhas de água e uma à saída da antiga galeria da mina). Os resultados obtidos encontram-se expressos
nos gráficos da figura 11.

77
FIG.11 Variação sazonal de (A) pH, (B) ferro e (C) arsénio em seis amostras (A1 a A6) de águas próximas da antiga mina
da Escádia Grande.

3.1. Um dos objetivos do estudo foi conhecer os níveis de contaminação


(A) em momentos e locais distintos após a desativação da mina.
(B) em momentos distintos e num só local após a desativação da mina.
(C) num só momento e em locais distintos após a desativação da mina.
(D) num só momento após a desativação da mina.

3.2. Os resultados obtidos nas amostragens do mês de fevereiro apoiam a existência de uma possível correlação entre
(A) o pH da água e a abundância de arsénio.
(B) o pH da água e a abundância de ferro.
(C) o pH e a abundância de ferro e arsénio.
(D) a abundância de arsénio e a abundância de ferro.

3.3. Os resultados obtidos neste estudo mostram que a contaminação em As é


(A) maior nas colheitas A1 e A3. (C) menor nas colheitas de outubro em A5 e A6.
(B) maior nas colheitas A3 e A6. (D) menor nas colheitas de julho em A5 e A6.

3.4. De acordo com as amostras colhidas no mês de julho, as concentrações de arsénio em A1 e A3 são ____ às de ferro
em amostras colhidas a _____ da antiga exploração.
(A) superiores (…) montante (C) superiores (...) jusante
(B) inferiores (...) jusante (D) inferiores (...) montante

3.5. Os filões de quartzo encontram-se a preencher estruturas resultantes de um comportamento ____ das rochas
intersetando rochas mais _____.
(A) dúctil (...) antigas (C) dúctil (...) recentes
(B) frágil (...) recentes (D) frágil (...) antigas

3.6. Os materiais depositados nas duas escombreiras serão


(A) facilmente erodidos, pois encontram-se litificados.
(B) dificilmente transportados devido ao seu grande tamanho.
(C) dificilmente lixiviados pelas águas de escorrência.
(D) facilmente erodidos e transportados, pois não se encontram consolidados.

3.7. Na mina da Escádia Grande foi possível a exploração de ouro e de prata, pois estes elementos
(A) apresentavam um valor superior ao seu clarke. (C) apresentavam um valor igual ao seu clarke.
(B) apresentavam um valor inferior ao seu clarke. (D) não tinham relação com o seu clarke.

3.8. Faça corresponder cada uma das descrições expressas na coluna I à respetiva designação, que consta na coluna II.

Coluna I Coluna II
(a) Material geológico com localização bem definida, passível de exploração (1) Ganga
economicamente rentável. (2) Escombreira
(b) Material que durante o processo de mineração é rejeitado. (3) Recurso renovável
(c) Acumulação de materiais sem interesse económico em áreas limítrofes de uma (4) Recurso geológico
exploração mineira. (5) Reserva

78
GEOLOGIA 10.° ANO

GEOLOGIA E MÉTODOS
Verificação das aprendizagens
1. (A) Afirmação falsa — Os seres vivos e as suas interações constituem a biosfera.
(B) Afirmação verdadeira — Através da respiração, os animais trocam matéria (O2 e CO2) com a atmosfera.
(C) Afirmação falsa — O ciclo hidrológico permite a circulação da água entre os diferentes subsistemas terrestres.
(D) Afirmação verdadeira — Os vulcões, ao expelirem grandes quantidades de gases para a atmosfera, como o CO 2, com efeito de estufa, podem
alterar a temperatura média da atmosfera.
(E) Afirmação verdadeira — As tempestades são geradas em resultado de trocas de energia (calor) e matéria (água) entre a atmosfera e a hidrosfera.
2. (C). Considera-se a Terra como um sistema fechado, porque apenas troca energia com o espaço exterior, sendo insignificantes as trocas de
matéria.
3. (C). Atualmente, a ação do mar produz marcas de ondulação na superfície arenosa. A presença destas marcas em rochas do passado permite inferir
que resultaram da ação deste agente da geodinâmica externa. Este tipo de raciocínio enquadra-se no atualismo geológico.
4. (B). Dos fenómenos enumerados na resposta, o que não integra a formação das rochas sedimentares é o metamorfismo. As rochas sedimentares
formam-se à superfície, enquanto o processo de metamorfismo ocorre em profundidade.
5. (D). Uma rocha magmática que resulta do arrefecimento do magma à superfície é uma rocha magmática extrusiva ou vulcânica.
6. (A). O metamorfismo ocorre em regiões onde as condições de pressão e temperatura permitem a formação de novas rochas, sem que ocorra a
fusão das rochas preexistentes.
7. (B). O afastamento de duas placas litosféricas ocorre em limites divergentes que se localizam ao nível dos riftes.
8. (C). Nos limites conservativos não ocorre a formação ou a destruição de litosfera e as placas deslizam horizontalmente em sentidos opostos.
9. (B). Ao nível dos riftes está a ocorrer a formação de novas rochas, pelo que quanto mais próximas desse limite divergente se encontram, mais
recentes serão.
10. (D). A placa oceânica mais densa sofre subducção, deslizando por baixo da placa continental, menos densa. Deste movimento convergente resulta
a destruição de rochas da placa que está a ser subductada, ou seja, a placa de Nazca.
11. (A). A idade radiométrica de uma rocha é obtida a partir da determinação da proporção entre determinado isótopo radioativo instável e outro
estável, que resultou do decaimento do primeiro.
12. (D). Sabendo que a semivida do isótopo-pai (238U) é de 4500 M.a., uma rocha magmática com 310 M.a. tem uma idade muito inferior a uma
semivida, o que significa que a percentagem deste isótopo na rocha é superior a 50%, uma vez que o valor de 50% só é atingido ao fim de uma
semivida.
13. (D). Existem limitações na aplicação de métodos de datação radiométrica, sobretudo em rochas sedimentares e em rochas metamórficas. Nas
primeiras devido à presença de materiais de múltiplas origens e nas segundas devido a perdas ou ganhos de isótopos instáveis e estáveis no decorrer
dos processos metamórficos.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (D). Pela descrição do texto verifica-se que as rochas que estiveram na origem da serra de Sintra resultaram de um magma que ascendeu e que
arrefeceu lentamente em profundidade, sendo, portanto, rochas magmáticas intrusivas.
1.2. Datação radiométrica. Este tipo de datação permite determinar a idade absoluta das rochas.
1.3. (D). O texto refere que a cobertura de rochas sedimentares foi desmantelada, ou seja, erodida, pelos agentes da geodinâmica externa, pelo que
atualmente circundam as rochas magmáticas que ficaram expostas. Estas rochas sedimentares encontravam-se a cobrir o maciço magmático, pelo
que são mais antigas do que as rochas que o constituem.
1.4. (A) Afirmação verdadeira — O metamorfismo é um processo que dá origem a novas rochas, em condições de elevadas pressões e temperaturas,
a partir de outras existentes, sem que estas entrem em fusão.
(B) Afirmação falsa — A erosão não é uma condição necessária à formação de rochas magmáticas, uma vez que estas últimas se formam pela
consolidação de magmas.
(C) Afirmação verdadeira — Os sedimentos resultantes da meteorização e erosão das rochas podem dar origem, por diagénese, a rochas
sedimentares.
(D) Afirmação verdadeira — O calor interno da Terra é a principal fonte de energia responsável pela geodinâmica interna.
1.5. A intrusão magmática terá transferido calor para as rochas encaixantes. Este calor induziu alterações mineralógicas nestas rochas,
metamorfizando-as.
2.1. (B). A redução do aporte de água ao Mar de Aral e o aumento das taxas de evaporação da água reduziram progressivamente a área coberta por
este mar.
2.2. (D). A diminuição da chegada de água doce ao Mar de Aral e a manutenção das taxas de evaporação conduziram à redução do seu volume de
água, o que provocou um aumento da concentração de sal, ou seja, da sua salinidade. A evaporação da água é um exemplo das muitas interações
entre a hidrosfera e a atmosfera e de troca de matéria entre estes dois subsistemas.
2.3. (D). O vento, tal como a água da superfície, é um agente da geodinâmica externa. O calor interno, por seu lado, é um agente da geodinâmica
interna.
2.4. (A). A ação do homem sobre o rio provocou a diminuição do caudal de água debitado para o Mar de Aral. Essa redução de caudal conduz a uma
diminuição acentuada da carga de sedimentos transportada pelo rio.
2.5. A, E, B, C, D. De acordo com o texto, a partir de 1990 ocorreu a construção de diques que retiveram a água no Aral do Norte (A). Isto fez com que
o aporte de água fosse superior à evaporação (E) e, consequentemente, ocorreu um aumento do nível da sua água (B). O aumento do volume de água
doce neste mar diminuiu a sua salinidade (C). Finalmente, a reposição dos níveis de água permitiu a restauração das populações de peixes do Aral do
Norte (D).
2.6. A construção de canais de irrigação nos dois rios a partir de 1950 levou à descida nos níveis de água do Mar de Aral, que acabou por se dividir em
duas porções — norte e sul. As obras realizadas pelo Cazaquistão permitiram a recuperação dos níveis da água no Aral do Norte. Na parte sul, como
continua o desvio da água do rio que abastece essa porção, o nível das águas continua a descer.
3.1. (A). Como se pode ver no mapa da figura 17, a este de Kalimantan existe um limite convergente de placas. Neste limite, a placa do Pacífico
desloca-se para oeste a uma velocidade de 11 cm/ano, uma velocidade que é superior à do deslocamento da placa indo-australiana para norte, que é
de 8 cm/ano.
3.2. (B). A região de Sunda fica na convergência de placas onde está a ocorrer subducção da placa indo-australiana sobre a placa euro-asiática.
Nesse limite de placas localiza-se, entre outras, a fossa oceânica de Sunda.
3.3. (A). No mapa da figura 17, no local A existe um limite transformante de placas. Neste limite, o deslocamento lateral não origina formação nem
destruição de litosfera, pelo que é, portanto, um limite conservativo.
3.4. (D). Entre a ilha de Timor e a Austrália há um limite convergente de placas que se encontra inativo. No caso de esse limite ser ativado, a
aproximação das duas placas diminuirá a distância entre estes dois territórios, devido à subducção da placa indo-australiana.
3.5. A Indonésia localiza-se num limite convergente de placas. Nesse limite, a placa indo-australiana sofre subducção sob a placa euro-asiática. Nesse
processo de subducção ocorre a fusão de rochas da litosfera, formando-se magmas. Estes magmas, ascendendo à superfície, originam um
alinhamento vulcânico paralelo ao limite convergente (arco insular).
4.1. (C). O zircão é um mineral muito resistente à meteorização.
4.2. (A). A referência do texto à presença nos zircões de isótopos instáveis permite a determinação da idade radiométrica dos mesmos e a posterior
correlação com as rochas que estiveram na sua origem. Neste sentido, uma vez que a idade dos zircões depende da idade da rocha que lhes deu
origem, pode considerar-se que esta idade constitui a variável dependente do estudo.
4.3. (D). A análise dos gráficos da figura 18 revela que as amostras dos zircões mais antigos foram recolhidas na zona Galaico-Trasmontana.
4.4. (B). O urânio é o isótopo-pai que, sendo instável, está a sofrer decaimento radioativo dando origem ao isótopo-filho, o chumbo.
4.5. (D). A análise do gráfico da figura 18 revela que o maior número de amostras, das três zonas consideradas, possui idades próximas dos 400 M.a.,
o que, de acordo com as informações do texto, associa os zircões destas amostras à formação do supercontinente Pangeia.
4.6. (B). De acordo com o texto, o supercontinente Arcaico ter-se-á formado entre os 2450 e os 2750 M.a., o que corresponde a cerca de metade da
semivida do par de isótopos. Assim sendo, a quantidade de isótopo-pai (urânio) é superior a 50% da quantidade inicial deste isótopo.
4.7. (A). O supercontinente Rodínia formou-se há cerca de 900 a 1300 M.a. durante o Pré-Câmbrico, que terminou há cerca de 542 M.a.
4.8. A possibilidade de ocorrer perda de isótopo-pai ou isótopo-filho durante os processos de metamorfismo.
4.9. Os zircões gerados na fase 4 foram formados em rochas mais recentes. O facto de serem mais recentes significa que estão sujeitas há menos
tempo aos fenómenos de reciclagem inerentes ao ciclo das rochas. Por este facto, encontram-se mais zircões da fase 4 nos três locais de recolha das
amostras.
5.1. (C). No fundo da Bacia Lusitânica foram-se depositando os sedimentos, sobretudo os provenientes das áreas emersas envolventes desta bacia.
5.2. O princípio da sobreposição dos estratos permite determinar a idade relativa das rochas sedimentares existentes na Bacia Lusitânica, tendo em
conta a sequência de formação dos estratos. As deformações, como, por exemplo, dobras e falhas, podem alterar a sequência original de formação
destas rochas, dificultando a aplicação deste princípio.
5.3. (A). A deposição lenta e gradual de sedimentos numa bacia de sedimentação enquadra-se numa perspetiva uniformitarista. A diagénese destes
sedimentos conduzirá à formação de rochas sedimentares coesas.
5.4. A, C, B, E, D. No fim da era Mesozoica ocorreu uma atividade vulcânica intensa (A) que libertou enormes quantidades de cinzas e gases para a
atmosfera (C). Esta emissão permitiu que grande parte da energia solar fosse refletida (B), o que provocou uma descida acentuada na temperatura
média do planeta (E). Este arrefecimento global conduziu à extinção de numerosas espécies terrestres e marinhas (D).
5.5. (D). A oeste das Berlengas localiza-se a dorsal oceânica onde existe um limite divergente que promove a abertura do oceano Atlântico e onde
ocorre a formação de novo material rochoso.
5.6. A hipótese referida no texto para a extinção dos grandes dinossauros prende-se com o avanço da água do mar provocado pelo aumento do nível
das águas resultante de um período de aquecimento global. Esse avanço do mar reduziu a área dos continentes que, por sua vez, diminuiu os
territórios de pasto e caça destes animais, o que pode ter conduzido à sua extinção.

ESTRUTURA E DINÂMICA DA GEOSFERA

Verificação das aprendizagens


1. (A) Afirmação falsa — A libertação do magma através de fendas ocorre apenas no vulcanismo
fissural.
(B) Afirmação verdadeira — Quanto maior for a temperatura de um magma menor é a sua viscosidade.
(C) Afirmação verdadeira — Os riftes, presentes nas dorsais oceânicas, constituem limites divergentes de placas.
(D) Afirmação falsa — A formação de nuvens ardentes está associada a manifestações explosivas que conduzem à emissão de grandes volumes de
piroclastos.
(E) Afirmação verdadeira — Frequentemente, o magma é libertado através de chaminés secundárias ligadas à chaminé principal e originando cones e
crateras secundários.
(F) Afirmação falsa — A velocidade da lava depende da viscosidade da mesma, ou seja, da resistência que apresenta em fluir sobre uma superfície.
Deste modo, um aumento da viscosidade provoca uma diminuição da velocidade do fluxo da lava.
2. (D). Os fragmentos sólidos e incandescentes libertados durante as erupções vulcânicas designam-se por piroclastos ou tetra.
3. (C). A existência de uma escoada de lava longe da cratera significa que era uma lava muito fluida resultante de um episódio de atividade efusiva,
possuindo um baixo teor em sílica.
4. (B). A chaminé vulcânica liga a câmara magmática à cratera — abertura à superfície por onde ocorre a saída dos materiais vulcânicos.
5. (D). Nos riftes ocorre a ascensão de magmas a elevadas temperaturas, sendo locais onde o fluxo térmico e o gradiente geotérmico são elevados.
6. (A). As regiões do interior dos continentes são, geralmente, regiões frias, verificando-se aí um baixo gradiente geotérmico, um elevado grau
geotérmico e um baixo fluxo térmico.
7. (B). A principal fonte do calor interno do nosso planeta é a energia térmica libertada pelo decaimento radioativo das rochas do interior do planeta,
isto é, da crusta e do manto.
8. (C). Nas zonas de subducção, a profundidade dos hipocentros dos sismos tende a aumentar à medida que aumenta a profundidade da placa
subductada.
9. (B). A descoberta de bandas de polaridade magnética simétricas, nas rochas dos fundos oceânicos, em ambos os lados do rifte permitiu inferir a
expansão dos fundos oceânicos.
10. (D). O campo magnético terrestre resulta da geração de cargas elétricas no núcleo externo metálico, que se encontra no estado líquido, devido ao
movimento de rotação do planeta.
11. (C). O geomagnetismo e a sismologia constituem dois métodos indiretos para o estudo do interior da Terra.
12. (D). A inferência de que o núcleo interno possui uma natureza sólida resultou da análise das variações do comportamento das ondas sísmicas ao
atravessarem esta camada.
13. (A). O ponto da superfície na vertical do hipocentro é o epicentro. Como se trata do ponto mais próximo da origem do sismo, é também o local onde
o mesmo se faz sentir com maior intensidade.
14. (D). As ondas S fazem vibrar as partículas dos materiais perpendicularmente, ou seja, transversalmente ao raio sísmico e apenas se propagam em
meios sólidos.
15. (C). Os sismógrafos registam os movimentos de oscilação superficiais provocados pela propagação das ondas sísmicas.
16. (A) Afirmação verdadeira — Esta superfície de descontinuidade separa a crusta do manto.
(B) Afirmação falsa — Na zona de sombra sísmica não são registadas ondas sísmicas.
(C) Afirmação falsa — Na zona de baixa velocidade do manto — astenosfera —, não há anulação da propagação das ondas S, ondas transversais.
(D) Afirmação verdadeira — A diminuição da velocidade de propagação das ondas sísmicas nesta camada resulta do facto de as rochas que a
compõem estarem num estado de menor rigidez.
17. B, D, E, C, A. Os movimentos tectónicos geram tensões que deformam as rochas (B). Ultrapassado o limite de resistência, as rochas entram em
rutura, libertando energia na forma de ondas sísmicas P e S (D), que, propagando-se, atingem o epicentro (E) e dão origem às ondas superficiais que
iniciam a sua propagação a partir deste ponto (C). As réplicas não são mais que abalos de menor intensidade que traduzem a existência de
movimentos de reajustamento dos blocos na falha que originou o sismo (A).
18. (B). A descontinuidade de Gutenberg separa o manto do núcleo externo de natureza metálica, constituído por ferro e níquel.
19. (A). As correntes de convecção fluem através da astenosfera devido à menor rigidez dos seus materiais.
20. (A). Na transição manto/núcleo ocorre uma mudança no estado físico dos materiais. O núcleo externo é líquido, o que provoca a redução muito
acentuada na propagação das ondas P; as ondas S, transversais, deixam de se propagar, uma vez que apenas se propagam em meios sólidos.
21. (B). A explicação atualmente mais aceite para a origem dos movimentos das placas litosféricas é a existência de correntes de convecção no manto
terrestre.
22. (A). Nas zonas de rifte ocorre ascensão de materiais provenientes do manto, o que permite associar estes locais a ramos ascendentes das
correntes de convecção. Por outro lado, o afundamento das placas mais densas nas zonas de subducção permite associar estes locais a ramos
descendentes destas correntes.
23. (C). A litosfera é formada pela crusta e pela zona mais rígida do manto superior, acima da astenosfera.
24. (D). A crusta continental de menor densidade é constituída, sobretudo, por rochas de natureza granítica. A crusta oceânica, mais densa, possui
uma constituição essencialmente basáltica.
25. (C). Os processos de espessamento crusta) estão associados a movimentos verticais da crusta que estão na origem da formação de cadeias
montanhosas (orogenia).

Aplicação das aprendizagens


1.1. (B). Na região em estudo, a descontinuidade de Moho, que separa a crusta do manto, localiza-se entre os 30 e os 32 km de profundidade, pelo
que a base da camada magnética está localizada na crusta, acima desta descontinuidade.
1.2. (C). Um dos objetivos do estudo foi a determinação da profundidade do ponto de Curie na região em estudo.
1.3. (A). Como se pode ver na tabela 3, a uma profundidade de 19,4 km verifica-se o gradiente geotérmico e o fluxo térmico mais elevados da região, à
qual corresponde o menor grau geotérmico da região estudada.
1.4. 1000m ---- 19 °C
X ---- 1 °C X = 52,6 m/ °C
O grau geotérmico corresponde à profundidade em metros que é necessário percorrer para que a temperatura sofra um aumento de um grau Celsius.
Varia na razão inversa do gradiente geotérmico.
1.5. (A). O texto refere que a área em estudo é constituída por rochas, como o granito, uma rocha magmática intrusiva que, devido ao arrefecimento
lento do magma, possui os seus minerais bem desenvolvidos.
1.6. (D). A descontinuidade de Moho separa as rochas da crusta, mais ricas em sílica e alumínio, das rochas do manto, mais ricas em ferro e
magnésio. Para além desta mudança na composição química, as rochas do manto também possuem uma maior rigidez.
1.7. À medida que a profundidade do ponto de Curie aumenta, ocorre a diminuição do gradiente geotérmico. A diminuição do gradiente geotérmico
corresponde a uma diminuição do fluxo térmico.
2.1. (D). As bandas paralelas e simétricas, relativamente ao rifle, de rochas com polaridade normal e polaridade inversa permitem confirmar a
expansão dos fundos oceânicos.
2.2. (D). Como é referido no texto, o valor da força do campo magnético terrestre atual é de 8,0 x1022 Am -2; há 220000 anos, como se pode observar
no gráfico da figura 31, o seu valor era superior a 50% do seu valor atual.
2.3. (B). A análise do gráfico da figura 31 permite verificar que o valor da força do campo magnético terrestre atingiu o seu valor mínimo há cerca de
780 000 anos e que coincidiu com uma inversão da polaridade desse campo.
2.4. (A). Como se pode ver na figura 32, um estrato de um vulcão com 3,8 M.a. formou-se num período de polaridade normal semelhante ao que se
verifica na atualidade.
2.5. (B). I — Os sedimentos que permitiram estudar o paleomagnetismo eram partículas de minerais metálicos que sofreram magnetização. II — Na
coluna da figura 32 é possível observar três inversões de polaridade no último milhão de anos. III — O momento Y corresponde a um período em que o
polo magnético estaria próximo do equador terrestre.
2.6. A existência do campo magnético terrestre permite concluir que o interior do planeta possui uma natureza metálica e líquida que possibilita a
geração de correntes elétricas responsáveis pela formação do campo magnético.
3.1. (C). A erupção de 18 de maio de 1980 teve um carácter muito explosivo resultante de uma lava ácida com elevador teor em sílica.
3.2. (A). Na figura 33 é possível verificar que o vulcão se situa numa zona de subducção entre a placa Juan de Fuca e a placa norte-americana,
estando associado a um contexto de vulcanismo interplacas.
3.3. (a) — (4) As pilow lavas formam-se pelo arrefecimento de lavas fluidas em ambiente subaquático. (b) — (1) Os piroclastos de dimensões mais
reduzidas são as cinzas vulcânicas. (c) — (5) As lavas encordoadas resultam de lavas fluidas que, ao solidificarem em condições subaéreas, adquirem
o aspeto de cordas sobrepostas.
3.4. (D). O movimento de magma em direção à superfície deformou o flanco norte do vulcão provocando a elevação do mesmo.
3.5. A remoção das camadas que recobriam o magma que se acumulara próximo da superfície provocou a diminuição da pressão a que ele estava
sujeito. Esta diminuição da pressão originou uma separação dos gases dos restantes componentes do magma. Esta libertação rápida de gases
provocou uma forte explosão.
3.6. (B). A atividade explosiva do vulcão, nesta data, provocou a emissão de um grande volume de piroclastos e de gases.
3.7. (D). A passagem da densa nuvem ardente destruiu tudo num raio de 10 km em torno da cratera, provocando grande destruição.
3.8. (D). I — A viscosidade das lavas diminui com o aumento da temperatura a que se encontra. II — Quanto maior for a fluidez, ou seja, quanto menor
for a viscosidade das lavas, menor a sua capacidade de retenção dos gases. III — A viscosidade das lavas é diretamente proporcional ao seu teor em
sílica.
3.9. A elevação do flanco norte do vulcão.
4.1. (B). A este desta província existe um limite convergente entre duas placas com subducção da placa do Pacífico mais densa, sob a microplaca de
Okhotsk, uma extensão da placa norte-americana.
4.2. (D). A magnitude de um sismo é medida na escala de Richter e avalia a quantidade de energia libertada pelo sismo.
4.3. B, A, E, D, C. O movimento da placa do Pacífico para noroeste (B) leva a acumulação de tensões ou de energia nas rochas na zona de subducção
(A). Ultrapassado o limite de elasticidade, as rochas entram em rutura, provocando o ressalto dos blocos (E) com libertação de energia na forma de
ondas sísmicas profundas (P e S) (D). Estas ondas, ao propagarem-se pelo interior do planeta, atingem a superfície no epicentro, primeiro as P e em
segundo lugar as S (C).
4.4. (a) — (1) As ondas longitudinais, ou ondas P, provocam variações no volume dos materiais atravessados. Estas ondas propagam-se em todos os
meios. (b) — (3) As ondas superficiais partem do epicentro do sismo e propagam-se à superfície em todas as direções. (c) — (4) A área da superfície
situada a uma distância angular do epicentro entre os 103° e os 142° corresponde à zona de sombra das ondas P.
4.5. A partir da análise do gráfico do perfil, verifica-se que, do ponto C' para o ponto C, a profundidade dos sismos vai aumentando. O ponto C'
encontra-se próximo do limite de convergência de placas, onde a placa do Pacífico inicia a sua subducção por baixo da microplaca de Okhotsk, sendo
os sismos pouco profundos. À medida que a distância do limite aumenta, a profundidade da zona de subducção aumenta, atingindo os sismos a
profundidade máxima próximo do ponto C.
4.6. (D). O estratovulcão resultou da acumulação de camadas alternadas de escoadas de lava e de piroclastos, o que indicia uma atividade mista para
este vulcão, isto é, períodos efusivos alternando com períodos explosivos.
4.7. (A). A erupção referida foi de natureza efusiva resultante de uma lava básica, pobre em gases e sílica.
4.8. A lava foi libertada através de fissuras do solo.
4.9. No vulcão Tolbachik predominam as erupções efusivas resultantes de magmas básicos, pobres em sílica e em gases, apesar de se encontrar
próximo de um limite convergente de placas. Neste limite, a subducção da placa do Pacífico sob a microplaca de Okhotsk tende a originar magmas
com teores intermédios em sílica e com maiores teores em gases que os tornam mais viscosos e que estão associados à atividade mais explosiva dos
restantes vulcões da região.
5.1. (A). O sismo ocorreu no hipocentro, ou foco, e libertou, a partir desse ponto, energia na forma de ondas P e S.
5.2. (C). A magnitude de 4,9 foi avaliada na escala de Richter e é um valor constante, independentemente da distância ao epicentro, uma vez que a
magnitude avalia a quantidade de energia libertada no hipocentro.
5.3. (B). As maiores intensidades verificadas na zona oeste da ilha Terceira resultaram de uma maior proximidade desta região ao epicentro do sismo.
5.4. (A). A direção da falha ativa onde ocorreu o sismo é NNW-SSE, como se pode ver na figura 35. O deslizamento horizontal dos dois blocos da falha
terá dado origem a uma onda de dimensões reduzidas, uma vez que não ocorreu movimento vertical dos blocos da falha associada a este sismo.
5.5. (D). O reajustamento elástico dos dois blocos, após um sismo de grandes dimensões, tende a repor a posição inicial destes blocos. Estes
ressaltos resultantes deste reajustamento geram as réplicas do sismo.
5.6. A intensidade registada na povoação de São Sebastião (VII/VIII) é superior à verificada nas áreas limítrofes (V/VI), visto que o substrato rochoso
nesta localização deverá possuir uma natureza diferente do das áreas limítrofes. O grau de destruição causado pelo sismo foi maior em São Sebastião,
tendo sido sentido de modo mais intenso pela população.
5.7. O Corvo e as Flores localizam-se no interior da placa norte-americana, não sendo atravessados por falhas ativas. As restantes ilhas situam-se
numa zona de fronteira de placas, encontrando-se próximas ou atravessadas por falhas ativas, logo mais suscetíveis à ocorrência de sismos. Para
além disto, as ilhas do grupo oriental estão afastadas do epicentro do sismo.
6.1. (D). Na figura 37 estão indicadas as composições químicas das diferentes camadas do interior da Terra — modelo químico. As ondas sísmicas
representam um método indireto para o estudo do interior do planeta.
6.2. (A). A letra D assinala a descontinuidade de Gutenberg — zona de transição do manto (rochoso) para o núcleo externo (metálico), ocorrendo uma
mudança na composição química das duas
camadas. Para além desta mudança química também ocorre uma mudança no estado físico dos materiais, que no núcleo externo se encontram no
estado líquido.
6.3. (a). As rochas do manto possuem maior teor em ferro e magnésio e menor tear em sílica quando comparadas com as rochas cia crusta.
6.4. A crusta oceânica, mais densa, é de natureza basáltica, enquanto a crusta continental, menos densa, é de natureza essencialmente granítica.
6.5. A esta profundidade, a velocidade das ondas S anula-se. Como a velocidade destas ondas é diretamente proporcional à rigidez dos materiais
atravessados, é de supor que, a esta profundidade, existe uma região onde a rigidez é nula e, portanto, os materiais se encontrem no estado líquido.
Neste caso, o núcleo externo metálico é composto de ferro e níquel.
6.6. (A). A astenosfera corresponde a uma zona de baixa velocidade das ondas sísmicas, resultantes de uma diminuição da rigidez dos materiais
rochosos que a constituem.

BIODIVERSIDADE - SOLUÇÕES

Verificação das aprendizagens


1. (A) Afirmação falsa — Uma população corresponde a uma parte da comunidade de um ecossistema.
(B) Afirmação falsa — Os consumidores de primeira ordem ocupam o segundo nível trófico. O primeiro nível trófico é ocupado pelos produtores.
(C) Afirmação verdadeira — A fotossíntese é feita pelas plantas, pelas algas e por algumas bactérias, constituindo o principal processo de produção
de matéria orgânica a partir de matéria inorgânica.
(D) Afirmação verdadeira — As comunidades resultam de integração de populações que ocupam diferentes níveis tróficos.
(E) Afirmação falsa — Os fungos são decompositores e não produtores.
(F) Afirmação verdadeira — Os consumidores não conseguem produzir matéria orgânica a partir de matéria inorgânica, mas conseguem-no a partir
de compostos orgânicos (biomoléculas).
(G) Afirmação verdadeira — Ao contrário da energia, que não pode ser reciclada, a matéria apresenta um percurso cíclico nos ecossistemas.
(H) Afirmação falsa — A atividade humana interfere com o equilíbrio ecológico desencadeando a extinção de muitas espécies.
2. (D). As algas são organismos fotossintéticos, ocupando nos ecossistemas aquáticos o papel de produtores; integram, portanto, o primeiro nível
trófico.
3. (D). As bactérias são os únicos procariontes conhecidos.
4. (B). As mitocôndrias e o complexo de Golgi, encontrados nas células eucarióticas, estão associados, respetivamente, à produção de energia e à
secreção celular.
5. (C). Para além do núcleo, as células eucarióticas apresentam outras estruturas membranares conhecidas por organelos.
6. (C). As moléculas orgânicas integram sempre carbono, hidrogénio e oxigénio.
7. (B). Durante a hidrólise são quebradas ligações moleculares com consumo de água.
8. (B). Os monossacarídeos constituem as formas mais simples de glícidos, ou açúcares. Os aminoácidos correspondem às unidades das proteínas.
9. (A). As enzimas são proteínas com uma região (centro ativo) com afinidade química para as moléculas sobre as quais atuam (substratos).
10. (C). As proteínas são sempre constituídas por monómeros conhecidos por aminoácidos. Podem diferir no número de monómeros, na sua
sequência, ou na sua estrutura tridimensional.
11. (C). As enzimas são proteínas que atuam como catalisadores, favorecendo a ocorrência das reações químicas em todos os organismos.
12. (D). Ao contrário do RNA, o DNA apresenta estrutura helicoidal. Apresentam em comum os aspetos referidos nas outras opções.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (A). Um biótopo é uma área com fatores abióticos específicos habitada por uma comunidade. De acordo com a informação disponível, a espécie
em causa distribui-se por áreas diversificadas. Apesar das diferenças entre essas áreas, a espécie tende a manter a sua posição nas cadeias
alimentares.
1.2. (B). A variação do tamanho das populações (efetivo populacional) constitui o indicador de vulnerabilidade das espécies. O facto de as populações
serem pouco abundantes não é condição suficiente para que a espécie seja considerada vulnerável.
1.3. (C). Tratando-se de espécies diferentes, os organismos pertencem a populações diferentes. O facto de interagirem entre si numa mesma área
pressupõe que integram a mesma comunidade.
1.4. (B). As substâncias existentes no ambiente correspondem a fatores abióticos, uma vez que não correspondem a seres vivos. O facto de terem
sido introduzidas pelo ser humano confere-lhes um carácter antrópico.
1.5. (D). Sendo esta uma espécie animal, pode considerar-se que o seu papel funcional no ecossistema é o de macroconsumidor, tendo em conta o
modo com utiliza a matéria orgânica.
1.6. (B). A competição corresponde a uma interação entre indivíduos da mesma população ou entre indivíduos de populações diferentes traduzida pela
utilização do mesmo recurso.
1.7. A sobre-exploração da água subterrânea conduz à diminuição da ocorrência de água à superfície sob a forma de nascentes ou fontes. A
diminuição da água à superfície limita a possibilidade de desenvolvimento de populações de tritões, uma vez que se trata de uma espécie aquática.
1.8. As espécies exóticas são espécies introduzidas em locais que se encontram fora de sua área de distribuição natural. Estas espécies adaptam-se
às novas condições do ambiente no qual se inserem e são favorecidas pela ausência de inimigos naturais (predadores), o que lhes permite proliferar
com consequente degradação do ecossistema. Estas espécies competem com as espécies nativas por recursos, como território, água e alimento, e,
em alguns casos, alimentam-se destas, o que agrava ainda mais o seu impacte ecológico.
2.1. (A). Uma vez que a fragmentação constitui uma forma de destruição da floresta, a mesma corresponderá a uma diminuição da quantidade de
carbono acumulado nos tecidos vegetais das árvores. Nas outras alíneas, a variação dos fatores enunciados é de sinal contrário ao que se indica.
2.2. (C). A fragmentação tem um impacte negativo no equilíbrio da floresta, pelo que a sua minimização favorece a manutenção da floresta diminuindo
esse impacte.
2.3. A, E, C, D, B. A incorporação do carbono acontece através da sua absorção pelas plantas (A) e permitirá, através da fotossíntese, a produção de
matéria orgânica (E). A combustão da matéria orgânica vegetal, através das queimadas (C), permite a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera
(D) e o consequente incremento do aquecimento global (B).
2.4. (B). A existência de corredores é importante, sobretudo, para permitir o fluxo de organismos entre populações de diferentes áreas do mesmo
ecossistema. Este fluxo contribui para o aumento da variabilidade intraespecífica, permitindo que indivíduos da mesma espécie se reproduzam. As
espécies migratórias movimentam-se sazonalmente entre ecossistemas diferentes.
2.5. Desde os produtores até aos consumidores de nível superior, verifica-se uma elevada perda de energia nas transferências entre os diferentes
níveis tróficos. Sendo assim, a existência de predadores de topo de grande tamanho só é possível em ecossistemas com elevada produção de
biomassa vegetal, capaz de garantir a existência de populações de herbívoros e de outros níveis tróficos com uma dimensão compatível com um fluxo
de energia suficiente para a manutenção de populações de grandes predadores.
2.6. (C). A celulose é constituída por moléculas de glicose, solúveis em água, ligadas entre si por ligações glicosídicas. A opção B refere-se aos
aminoácidos e a D aos aminoácidos ou às bases dos ácidos nucleicos.
2.7. (a) — (4) Os cloroplastos são organelos responsáveis pela síntese de hidratos de carbono através do processo fotossintético. (b) — (3) A síntese
de proteínas pode ocorrer nos ribossomas que abundam nas membranas do retículo endoplasmático rugoso. (c) — (1) Nas células eucarióticas, a
síntese de DNA através do processo de replicação ocorre no núcleo das células.
2.8. (C). Uma população é constituída por indivíduos da mesma espécie que só se podem cruzar entre eles, estando, por isso, isolados
reprodutivamente.
3.1. (B). I — A atividade enzimática extracelular de cada tipo de organismo é específica da espécie, diferenciando-se da de outros tipos de organismos.
II — De acordo com a análise do gráfico A, verifica-se que a população de bactérias, quando isolada (lote B), apresenta no final da experiência um
valor de biomassa inferior ao das bactérias que crescem em conjunto com os fungos (lote F + B). III — Nos tubos não esterilizados e não inoculados
(lote L), a população de bactérias e de fungos apresenta valores máximos de biomassa a meio da experiência (dia 30).
3.2. Lote C e lote L. Os controlos correspondem aos tubos onde não foi feita qualquer inoculação.
3.3. (A). O lote L é o que mais se aproxima das condições naturais, uma vez que apresenta folhas não esterilizadas onde existirão bactérias e fungos
não inoculados. O lote F + B é o que permite uma melhor comparação do ambiente natural com o ambiente laboratorial, tendo em conta que este lote
contém folhas esterilizadas e bactérias e fungos inoculadas.
3.4. (D). Os fungos utilizam detritos orgânicos na sua nutrição, pelo que é de supor que à medida que aumenta a biomassa dos fungos diminui a massa
de detritos orgânicos e aumenta a matéria inorgânica resultante de processos biológicos.
3.5. (A). O processo de decomposição origina compostos inorgânicos, como sais minerais, que podem ser utilizados pelos produtores. A energia obtida
neste processo é usada pelos organismos decompositores.
3.6. (C). Tanto as bactérias como os fungos, que desempenham o papel de decompositores, possuem ribossomas e DNA. Distinguem-se porque
apenas os fungos apresentam invólucro nuclear.
3.7. (B). Os polímeros apresentam, geralmente, elevado peso molecular e resultam da união de unidades moleculares semelhantes, os monómeros.
Existem outras moléculas que, sendo sintetizadas pelos seres vivos ou possuindo carbono, não são consideradas polímeros.
3.8. (A). Atendendo à designação das enzimas é possível deduzir que estarão envolvidas na quebra de ligações glicosídicas, existentes nos
polissacarídeos, e de ligações peptídicas, existentes nas proteínas.
3.9. Comparando os valores de biomassa relativos às bactérias nos tubos F + B com os valores nos tubos 13, é possível verificar que esse aumento foi
maior nos tubos em que as bactérias se desenvolveram juntamente com os fungos (tubos F + B). Este maior crescimento resultará do facto de as
bactérias utilizarem compostos orgânicos libertados pelos fungos.
4.1. (B). Uma vez que as proteínas mais suscetíveis à oxidação são as que apresentam polaridade, são essas que os investigadores procuram
investigar.
4.2. (C). A oxidação das proteínas pode levar à alteração da sua conformação, ou seja, da sua estrutura tridimensional. A conformação depende de
ligações não peptídicas que se estabelecem entre determinados pontos da cadeia de aminoácidos. As ligações peptídicas são as que se estabelecem
entre os aminoácidos na estrutura primária da proteína.
4.3. (A). Para além das proteínas, outras moléculas podem ser orgânicas, desempenhar funções estruturais ou ser polímeros. Apenas as proteínas são
constituídas por aminoácidos.
4.4. (D). O calor é um fator físico capaz de, tal como a oxidação, levar à alteração da conformação das proteínas, ou seja, à sua desnaturação.
4.5. (B). Os lípidos podem constituir reservas energéticas; não armazenam informação. O DNA permite o armazenamento de informação genética.
4.6. (a) - (4) O glicogénio é um polímero de glicose, pelo que a sua hidrólise completa origina esta molécula. (b) — (2) A sacarose é um dissacarídeo
de cuja hidrólise resultam dois açúcares simples. (c) - (1) O amido é um polissacarídeo de reserva vegetal.
4.7. Os antioxidantes ligam-se aos radicais livres, que funcionam como agentes oxidantes. A ação oxidante dos radicais livres altera as biomoléculas,
como o DNA e as proteínas, conduzindo ao envelhecimento das células. Sendo assim, a ação dos antioxidantes retarda o envelhecimento.
5.1. (A). Os pinguins são consumidores de 2.ª ordem que se alimentam do krill, ocupando, portanto, o terceiro nível trófico.
5.2. (B). As algas que fazem parte do fitoplâncton são produtores, pelo que se encontram no início da cadeia alimentar. Constituem o alimento do krill,
que, por sua vez, serve de alimento às baleias.
5.3. (C). As gorduras são constituídas pelo álcool glicerol e por ácidos gordos ligados por ligações éster.
5.4. (C). Uma vez que os pinguins se alimentam de outros animais (krill) considera-se que entre as respetivas populações se estabelece uma relação
de predação. Entre a população de albatrozes e a de pinguins existe uma relação de competição, uma vez que utilizam o mesmo alimento. Esta
relação é interespecífica e não intraespecífica.
5.5. (B). I — O ferro é um nutriente inorgânico utilizado pelas algas. II — O fenómeno SAM interfere com vários fatores abióticos, como a temperatura
ou a extensão de gelo sobre a água oceânica. III — Os ventos que se fazem sentir no inverno influenciam a estabilidade da coluna de água no verão.
5.6. As emissões de gases de estufa contribuem para o aquecimento global, fenómeno que favorece a ocorrência de condições positivas de SAM. As
fases positivas de SAM, caracterizadas por uma formação insuficiente de gelo e pela ausência de uma coluna de água pouco estável, penalizam o
desenvolvimento do fitoplâncton. O fraco desenvolvimento de fitoplâncton leva à diminuição da abundância de krill, uma vez que estes animais se
alimentam do fitoplâncton.
6.1. Predação. O. dioica é um animal que serve de alimento aos peixes durante a sua fase larvar, constituindo-se, assim, uma relação de predação
entre as duas populações.
6.2. (B). A produção primária resulta da fotossíntese dos organismos produtores que se encontram na base das cadeias alimentares.
6.3. (C). A acidificação da água, ou seja, a diminuição do seu pH, constitui uma das consequências do efeito de estufa e do aquecimento da água
oceânica. Estes fenómenos provocam a proliferação das algas.
6.4. (D). Tendo em conta as perdas de energia que ocorrem ao longo das cadeias alimentares, a quantidade de energia disponível para os níveis
tróficos superiores vai diminuindo, o mesmo acontecendo à quantidade de matéria orgânica disponível.
6.5. (D). I — O. dioica é um consumidor de primeira ordem, uma vez que se alimenta de organismos produtores. II — As larvas dos peixes alimentam-
se de O. dioica, um animal invertebrado marinho. III — Os indivíduos da espécie O. dioica constituem uma população e não uma comunidade.
6.6. (A). As gorduras não apresentam nitrogénio e são substâncias insolúveis em água. Apresentam uma natureza apoiar e hidrofóbica.
6.7. O aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera, resultante dos processos de combustão levados a cabo pelo ser humano,
intensifica o efeito de estufa, conduzindo ao aquecimento da atmosfera e do oceano. Este aquecimento intensifica os episódios de proliferação das
diatomáceas.

OBTENÇÃO DE MATÉRIA
Verificação das aprendizagens
1. (A) Afirmação falsa — A membrana plasmática é fluida, o que significa que os fosfolípidos podem mudar de posição.
(B) Afirmação verdadeira — As regiões apoiares (hidrofóbicas) dos fosfolípidos estão localizadas no interior do folheto fosfolipídico, enquanto as
regiões polares contactam com o citoplasma e com o exterior da célula.
(C) Afirmação verdadeira — As regiões glicídicas são importantes no reconhecimento molecular e estão localizadas na face externa da membrana.
(D) Afirmação falsa — As proteínas transmembranares atravessam toda a membrana.
(E) Afirmação verdadeira — As regiões hidrofílicas (polares) localizam-se na face externa e interna da membrana celular.
(F) Afirmação falsa — A exocitose ocorre através da fusão de vesicular celulares com a membrana celular.
(G) Afirmação verdadeira — As moléculas apoiares, como o O2 ou o CO2, atravessam a membrana por difusão simples.
(H) Afirmação falsa — A celulose é um constituinte da parede celular das células das plantas.
2. (B). Os seres autotróficos usam fontes de carbono inorgânico, geralmente o dióxido de carbono, para produzirem matéria orgânica através de
processos como a fotossíntese.
3. (D). A difusão simples ocorre através dos fosfolípidos da membrana sem intervenção de permeases.
4. (B). Num ambiente hipotónico tenderá a ocorrer movimento de água por osmose para o interior da célula. Nessas circunstâncias, as células
aumentam o seu volume ficando túrgidas.
5. (A). A manutenção de um gradiente de pressão osmótica é conseguida graças a processos ativos que implicam gasto de energia.
6. (C). A digestão corresponde a um processo de simplificação da matéria orgânica, transformando moléculas orgânicas complexas em moléculas de
pequena dimensão.
7. (D). Os fungos libertam para o meio externo enzimas digestivas que atuam sobre a matéria orgânica (digestão extracorporal), absorvendo de
seguida os produtos resultantes da digestão.
8. (A). A digestão intracelular levada a cabo por alguns organismos heterotróficos, como os protozoários, ou animais simples, como a hidra, pressupõe
a fusão de lisossomas contendo enzimas digestivas, com vesículas endocíticas contendo partículas a digerir.
9. (D). Em qualquer animal, a digestão química é um processo de hidrólise que consome moléculas de água.
10. (B). As hidras possuem um tubo digestivo apenas com uma abertura (incompleto). Realizam digestão extracelular, na cavidade gastrovascular, e
digestão intracelular nas células que revestem essa cavidade.
11. (B). O dióxido de carbono é fixado durante o ciclo de Calvin e permite a produção de açúcares.
12. (A). Durante a fase fotoquímica ocorre a fotólise da água, dando-se a sua oxidação. Nessa fase verifica-se ainda a redução de NADP+.
Aplicação das aprendizagens
1.1. (B). A variável independente corresponde ao parâmetro que se faz variar de forma a verificar o efeito num outro parâmetro que dele dependerá.
Nesta experimentação, a variável independente corresponde à concentração de hidralisinas.
1.2. Através de um controlo experimental pretende-se verificar a alteração da variável dependente sem influência da variável independente. Neste
caso, poder-se-ia utilizar um recipiente com larvas, num meio de cultura sem hidralisina, mantido em condições semelhantes aos outros recipientes.
1.3. (B). A variação da percentagem de sobreviventes é maior para concentrações inferiores a 2000 nM. Nesse intervalo, a mortalidade é também
maior.
1.4. (A). Sendo proteínas, as hidralisinas são polímeros de aminoácidos. Estão envolvidas na desintegração, ou fragmentação, dos tecidos das presas
tal como se refere no texto.
1.5. (D). A Chlorohydra viridissima é uma hidra, um exemplo de animal com tubo digestivo incompleto. Pelo facto de se alimentar da Artemia encontra-
se num nível trófico superior a ela.
1.6. (C). A lise celular resulta do aumento da pressão de turgescência até valores superiores aos da resistência das membranas das células. Essa
pressão de turgescência está associada ao aumento do volume celular devido à entrada de água para as células.
1.7. (D). As hidralisinas são proteínas produzidas nos ribossomas existentes no reticulo endoplasmático rugoso das células que revestem a cavidade
gastrovascular da hidra. Estas proteínas sofrem maturação no complexo de Golgi e daí são segregadas em vesículas que vão sofrer exocitose.
1.8. As hidralisinas produzidas desencadeiam a formação de poros nas células das presas provocando a sua lise. Do rebentamento das células
resultam porções celulares de reduzidas dimensões que poderão ser digeridas extracelularmente ou fagocitadas por células da cavidade
gastrovascular, para serem digeridas intracelularmente.
1.9. O tubo digestivo da Artemia salina, que possui boca e ânus, é completo, enquanto o da hidra, que apenas possui uma única abertura — a boca —,
é um tubo digestivo incompleto. A existência de um tubo digestivo completo permite uma digestão e uma absorção de nutrientes mais eficazes, uma
vez que ocorrem de modo sequencial ao longo do tubo digestivo.
1.10. Submeter um grupo de hidras à ação do DDU de forma a inibir a fotossíntese e causar a morte das algas. Manter outro grupo de hidras sem
tratamento com DDU (controlo). Avaliar a quantidade de hidralisina produzida por cada um dos grupos ao fim de determinado intervalo de tempo.
2.1. (B). A quantidade de iões sulfato absorvida constitui a variável dependente deste estudo, estando sujeita à presença ou ausência de oxigénio no
meio.
2.2. Meio com N2.
2.3. (C). O reforço da fiabilidade deste estudo poderia ser conseguido com a confirmação da absorção de iões sulfato e a sua quantificação. As opções
restantes correspondem a procedimentos que reduzem a fiabilidade.
2.4. (A). O consumo de oxigénio está diretamente relacionado com a produção de energia, um requisito fundamental do processo de transporte ativo.
2.5. (C). A absorção de dióxido de carbono permite às plantas a realização da fotossíntese. Esta função garante a produção da matéria orgânica que
integra a biomassa das plantas.
2.6. (a) — (1) Os fosfolípidos são os constituintes fundamentais das membranas existentes nas células. (b) — (4) Ao contrário das proteínas
extrínsecas, as proteínas intrínsecas atravessam os dois folhetos fosfolipídicos da membrana celular. (c) — (3) As glicoproteínas são constituídas por
açúcares e proteínas e estão presentes na membrana celular.
2.7. Os campos lavrados apresentam maior nível de oxigenação do que os campos não lavrados. Os maiores níveis de oxigénio presentes permitem
às plantas a produção de energia metabólica utilizada durante o transporte ativo de iões do solo.
Uma captação mais eficaz de iões permite à planta um maior crescimento e maior produção vegetal.
3.1. (B). Os neonicotinoides atuam como um neurotransmissor, permitindo a transmissão sináptica. Os piretroides mantêm abertos canais iónicos nas
células nervosas, atuando, portanto, ao nível da transmissão axónica.
3.2. (C). Uma vez que os neonicotinoides atuam como neurotransmissores ligando-se a recetores da membrana pós-sináptica, e considerando que não
são degradados na fenda sináptica, é de prever que continuem a atuar causando hiperestimulação.
3.3. (C). Durante a despolarização verifica-se a abertura dos canais dos iões Na+, mais abundantes no exterior, permitindo o fluxo destes iões para o
interior da célula. Durante esta fase não há movimento de iões K+.
3.4. B, C, A, D, E. O impulso nervoso começa por percorrer o neurónio pré-sináptico (B). A chegada deste impulso à extremidade do neurónio
desencadeia a libertação de um neurotransmissor para a fenda sináptica (C) e a sua ligação aos recetores da membrana pós-sináptica (A). Esta
ligação provoca a abertura dos canais de sódio no neurónio pós-sináptico (D), iniciando-se a despolarização dessa célula e a propagação do impulso
nervoso (E).
3.5. (A). O estado de potencial de ação na parte terminal do neurónio pré-sináptico desencadeia a fusão de vesículas com a membrana dessa célula.
Esta fusão permite a libertação para o exterior da célula do conteúdo da vesícula (exocitose).
3.6. (D). Os piretroides impedem o fecho dos canais de sódio envolvidos num processo de difusão facilitada (transporte mediado).
3.7. A inibição da produção de ATP impede o funcionamento da bomba de sódio-potássio, mecanismo de transporte ativo que atua ao nível das
membranas dos neurónios. O não funcionamento da bomba de sódio-potássio impede a manutenção do potencial de repouso, interferindo na
transmissão do impulso nervoso.
4.1. (B). Através da análise do gráfico B, da figura 14, verifica-se que o número de células aumentou tendo diminuído a percentagem de células com
vacúolos extra.
4.2. (D). I — A leitura do gráfico A, da figura 14, mostra que em todos os meios houve aumento de células com vacúolos extra. II — A diminuição da
concentração externa (4 e 64 mmol-1) tem uma influência positiva no aparecimento de vacúolos extra, fazendo aumentar o seu número. III — A
densidade de células aumenta quando os organismos são sujeitos a meios com maior pressão osmótica ao serem transferidos de um meio com
concentração 4 mmol-1 para outro com concentração 84 mmol-1 (gráfico B).
4.3. (B). A variável independente corresponde ao parâmetro que se faz variar (neste caso a concentração do meio externo) de forma a verificar o efeito
num outro parâmetro que dele dependerá.
4.4. (A). A osmose, movimento da água através de membranas, ocorre dos meios hipotónicos para os meios hipertónicos.
4.5. (C). Os organelos são estruturas celulares membranares que existem nas células eucarióticas (como as paramécias) e que estão ausentes nas
bactérias (células procarióticas).
4.6. A, C, D, B, E. As paramécias são organismos unicelulares (protozoários) com digestão intracelular. Essa digestão pressupõe a ação de enzimas
digestivas, proteínas cuja síntese ocorre nos ribossomas do retículo endoplasmático rugoso (A). Após maturação no complexo de Golgi, as enzimas
são englobadas em vesículas golgianas (C) correspondentes aos lisossomas. Estes organelos fundem-se com as vesículas de fagocitose (D), dando
origem a vacúolos digestivos onde ocorre a ação das enzimas (B). Após digestão, algumas substâncias residuais poderão ser expulsas por difusão
através da membrana celular (E).
4.7. (B). O ritmo da pulsação dos vacúolos dependerá da quantidade de água a excretar que, por sua vez, depende da quantidade de água que entra
na célula. Se a concentração do meio externo aumenta a célula deverá excretar menos água, pelo que o ritmo da pulsação diminui.
4.8. A existência de uma pressão osmótica superior no interior dos vacúolos contráteis favorece a entrada de água por osmose a partir do citoplasma.
Essa diferença de pressão osmótica é mantida através do transporte ativo de iões. A presença de mitocôndrias garante a produção de energia
necessária ao transporte ativo.
5.1. (B). A maltose é um dissacarídeo, um glícido que resulta da união de duas moléculas de glicose.
5.2. (A). As algas são organismos fotossintéticos e, logo, autotróficos. Tal como as paramécias são organismos eucariontes pertencentes ao reino
Protista. Contudo, as paramécias são protozoários e, como tal, são heterotróficas.
5.3. (A). Os aminoácidos possuem um grupo funcional amina e os ácidos nucleicos apresentam bases azotadas ou nitrogenadas. Em ambos se
verifica a presença de nitrogénio.
5.4. (C). A via metabólica cíclica que permite a produção dos precursores da maltose é o ciclo de Calvin, durante o qual ocorre a fixação de dióxido de
carbono.
5.5. (D). Os eletrões provenientes da clorofila, resultantes da sua oxidação pela luz, vão ser captados pelo NADP + contribuindo para a sua redução.
5.6. (B). I — As algas são organismos fotossintéticos com cloroplastos. Nesses organelos, os pigmentos fotossintéticos estão presentes na membrana
interna. II — Para além da região vermelha do espetro, as clorofilas absorvem luz na região violeta-azul. III — As plantas, as algas e algumas bactérias
são organismos autotróficos que podem apresentar diferentes pigmentos fotossintéticos.
5.7. (a) — (5) O O2 é uma molécula que resulta da oxidação da água durante a fase dependente da luz da fotossíntese. (b) — (4) O dióxido de carbono
fixado durante a fase química da fotossíntese é integrado em moléculas que são reduzidas pelo NADPH. (c) — (2) A fosforilação de ADP dá origem a
moléculas de ATP, durante a fase fotoquímica da fotossíntese.
5.8. (A). Uma vez que a relação não é uma condição para a sobrevivência destes organismos, pode considerar-se que a mesma assume um carácter
facultativo.
5.9. A maltose resulta de açúcares produzidos no ciclo de Calvin. As reações deste ciclo só ocorrem se estiverem disponíveis moléculas, como o ATP
e o NADPH, produzidas através de reações diretamente dependentes da luz.

DISTRIBUIÇÃO DE MATÉRIA
Verificação das aprendizagens
1. (A) Afirmação verdadeira — A condução de água no xilema é feita predominantemente em células mortas designadas por elementos de vaso.
(B) Afirmação verdadeira — Os produtos orgânicos resultantes dos processos de síntese, nomeadamente da fotossíntese, são transportados no
floema.
(C) Afirmação falsa — Existem plantas sem tecidos condutores, como os musgos.
(D) Afirmação falsa — A translocação floémica ocorre em sentido ascendente e em sentido descendente, dependendo da posição dos órgãos de
produção, ou de armazenamento, e dos órgãos de consumo.
(E) Afirmação falsa — A sacarose é o principal constituinte orgânico da seiva elaborada. A seiva bruta é constituída, essencialmente, por substâncias
inorgânicas (água e sais minerais).
(F) Afirmação falsa — A posição relativa dos tecidos condutores difere nos diferentes órgãos vegetais.
(G) Afirmação verdadeira — A captação de sais minerais do solo ocorre por transporte ativo, logo com consumo de energia.
(H) Afirmação verdadeira — A passagem da água através das membranas das células da raiz ocorre por osmose.
2. (A). Apesar de haver outras forças envolvidas no processo, considera-se que a causa inicial do movimento de água no xilema é a tensão exercida
nesse tecido ao nível das folhas.
3. (D). A velocidade de transpiração através dos estomas está dependente do gradiente de humidade existente entre as câmaras estomáticas e a
atmosfera. Se o nível de humidade atmosférica for elevado, esse gradiente diminui, o que faz diminuir a transpiração e a tensão no interior da folha.
Essa diminuição de tensão provoca uma diminuição de velocidade de ascensão de água no xilema.
4. (B). A absorção de dióxido de carbono com carbono radioativo irá levar à produção de compostos orgânicos com radioatividade. Uma vez que esses
compostos são usados na síntese de sacarose que circula no floema, é de supor que a deteção da radioatividade seja feita nesse tecido.
5. (A). De acordo com a teoria do fluxo de massa, que explica a translocação da seiva floémica nos tubos crivosos, a pressão de turgescência é maior
nas zonas de carregamento (ou de produção) do que nos locais de consumo, estabelecendo-se um gradiente de pressão que permite o movimento.
6. (A). Na artéria aorta circula sangue arterial, mais oxigenado, enquanto nas artérias pulmonares circula sangue venoso proveniente do ventrículo
direito.
7. (B). Os insetos apresentam circulação aberta durante a qual a hemolinfa é drenada para lacunas. Nestes animais, o transporte de gases não é
assegurado pelo sistema circulatório.
8. (D). Nos sistemas circulatórios fechados, o sangue não abandona o sistema vascular, distinguindo-se da linfa intersticial essencialmente devido à
presença de glóbulos vermelhos e outras células.
9. (A). Os peixes apresentam uma circulação simples; na passagem pelas brânquias o sangue sofre uma redução da sua pressão devido à extensa
rede de capilares muito finos aí existente.
10. (C). Os anfíbios apresentam uma circulação dupla e incompleta, ocorrendo mistura de sangue no seu ventrículo. Os peixes possuem circulação
simples com um coração onde só circula sangue venoso.
11. (D). Os vertebrados terrestres integram os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos. Em todos estes grupos existem duas circulações.
12. (D). Para além do transporte de oxigénio, que só acontece na circulação sanguínea, todas as restantes opções são comuns às duas circulações.

Aplicação de aprendizagens
1.1. (B). O floema, a partir do qual os afídios obtêm o seu alimento, é um tecido onde circula seiva elaborada. De acordo com a teoria do fluxo de
massa, nas células crivosas a seiva circula sob pressão.
1.2. (C). Os insetos são animais com tubo digestivo completo que ingerem, a partir do floema, uma substância rica em açúcares que faz aumentar a
pressão osmótica do meio intestinal extracelular.
1.3. (A). Nas células crivosas, as substâncias que fazem parte da seiva elaborada circulam num fluxo de massa provocado pela pressão de
turgescência nos locais da sua produção.
1.4. (D). Tal como qualquer animal, os afídios ingerem a matéria orgânica, o que faz deles macroconsumidores.
1.5. (B). A passagem de água do xilema para o floema faz baixar a concentração de açúcares nos tubos crivosos, diminuindo a pressão osmótica. O
aumento de volume de fluido nessas células faz aumentar a pressão de turgescência.
1.6. C, E, A, B, D. O bloqueio da passagem da seiva nos tubos crivosos é desencadeado pela perfuração das células crivosas (C), que provoca a
difusão de iões cálcio para essas células (E). Estes iões ligam-se à forma condensada dos forisomas (A) provocando a sua passagem a um estado
distendido que acaba por entupir os poros da placa crivosa (6) interrompendo o movimento da seiva floémica (D).
1.7. O carregamento dos tubos crivosos consiste na transferência de sacarose nos locais onde a planta produz açúcares. Esse carregamento ocorre
por transporte ativo a partir das células de companhia para onde a sacarose foi previamente encaminhada. Tendo em conta que o transporte ativo
acarreta gasto de energia metabólica, a presença de mitocôndrias favorecerá esse processo, uma vez que estes organelos são responsáveis pela
produção de energia (ATP).
2.1. (B). O ácido abscísico atua ao nível dos estomas, nas folhas, levando ao seu fecho e à retenção de água. Nessas circunstâncias, é de supor que
ocorrerá uma redução da translocação xilémica, uma vez que diminui o efeito de tensão sobre o xilema.
2.2. (B). Nesta situação experimental, o parâmetro que se modifica (variável independente) é a quantidade de água no solo. Dessa manipulação
dependerá a quantidade de ácido abscísico produzido (variável dependente).
2.3. (D). Considerando que o ácido abscísico provoca a retenção de água, o mesmo deve conduzir ao fecho dos estomas, o que evita a perda de água.
Uma vez que uma maior área foliar corresponderá a uma maior quantidade de estomas, esta hormona deverá provocar uma diminuição do
crescimento das folhas.
2.4. (A). O movimento de água no xilema, que ocorre das raízes para as folhas, é passivo, não implicando gasto de energia para o organismo.
2.5. (C). A absorção de água pelas plantas ocorre pela raiz. Por consequência, tendo em conta as opções apresentadas, o xilema da raiz é o local
onde os isótopos radioativos deverão ser encontrados em primeiro lugar.
2.6. B, E, A, D, C. De acordo com a teoria da adesão-coesão-tensão, a perda de vapor de água pelas folhas é a causa principal para o movimento de
água no xilema. A abertura dos estomas (B) é condição necessária para que essa perda possa ocorrer (E). A perda de água gera tensão no interior da
folha e nos elementos de vaso que integram o xilema (A), provocando o movimento de água no seu interior (D). Esse movimento ascendente provoca
o aumento da pressão negativa na raiz, o que favorece a entrada de água para o interior desse órgão (C).
2.7. Uma vez que as folhas são os órgãos fotossintéticos das plantas, a perda das folhas levará à interrupção da fotossíntese e consequente
diminuição do transporte floémico. Por outro lado, a ausência de folhas implicará a ausência de transpiração, que é a principal causa de movimento de
fluidos no xilema.
3.1. (A). I — Tendo em conta os gráficos relativos à velocidade de fluxo nos dois tecidos, verifica-se que o transporte tem lugar tanto durante os
períodos de luz como nos de obscuridade. II —A velocidade de translocação da seiva xilémica (seiva bruta) é superior à velocidade de translocação da
seiva xilémica (seiva elaborada), tal como pode verificar a partir da comparação dos gráficos A e B. III — A velocidade de translocação da seiva
floémica é maior nos períodos de luz.
3.2. A variável independente corresponde ao parâmetro que é manipulado, neste caso o fotoperíodo, ou as condições de luz.
3.3. (A). Nos períodos de obscuridade, durante os quais não ocorre fotossíntese, verifica-se transporte no floema.
3.4. (B). A transpiração corresponde à água perdida através dos estomas. Uma vez que esse parâmetro varia ao longo do dia, é de supor que os
estomas variam a sua abertura.
3.5. (A). A seiva floémica é essencialmente constituída por água e compostos orgânicos, enquanto a seiva xilémica apresenta um carácter
essencialmente inorgânico.
3.6. C, A, D, B, E. A sacarose é o principal açúcar constituinte da seiva floémica. Na sua constituição entram açúcares resultantes da fotossíntese (C),
posteriormente usados na síntese deste dissacarídeo (A). A sacarose é transportada para o interior das células crivosas, fazendo aumentar a pressão
osmótica (D) e promovendo a entrada de água (B). A entrada de água nas células crivosas faz aumentar a pressão de turgescência (E).
3.7. (13). Sendo mais viscosa, a seiva floémica apresenta uma velocidade de translocação inferior à da seiva xilémica.
3.8. (a) — (3) A absorção ativa de sais provoca a entrada de água para a raiz, fazendo aumentar a pressão radicular. (b) — (1) A saída de água nos
bordos de algumas folhas, como resultado da pressão radicular, corresponde à gutação. (c) — (4) A transpiração corresponde à perda de água sob a
forma de vapor através dos estomas das folhas.
3.9. O caule das plântulas mobiliza matéria orgânica proveniente quer dos cotilédones quer das folhas. A partir dos cotilédones, a matéria orgânica
pode ser mobilizada continuamente durante as 24 horas, enquanto a partir das folhas essa mobilização é maior durante o dia que durante a noite. Este
facto explica as reduzidas variações na velocidade do transporte ao longo das 24 horas.
3.10. Nos períodos de luz, a planta realiza as reações da fase fotoquímica da fotossíntese, que permitem também as reações da fase química onde se
inclui a fixação de CO2. Nesses períodos aumenta a troca de CO2 com o exterior. Durante a noite cessam ambas as fases da fotossíntese, pelo que a
planta não absorve CO2.
4.1. (D). I — O aumento da temperatura provoca um aumento do ritmo cardíaco (batimentos cardíacos/min.) ou um aumento da frequência das sístoles
(contrações cardíacas). II — Para temperaturas superiores, a diferença entre a duração das pulsações anterógrada e retrógrada diminui. III — O ritmo
cardíaco é sempre superior na circulação anterógrada, dirigida para a região anterior do corpo onde se situa a cabeça do animal.
4.2. (A). A circulação retrógrada está orientada para a parte posterior do corpo e favorece a circulação durante a fase de desenvolvimento em que não
ocorrem contrações extracardíacas.
4.3. (B). Tendo em conta que o ritmo cardíaco é maior na circulação anterógrada, é de supor que será enviada mais hemolinfa para a região anterior
do corpo.
4.4. (C). A temperatura constitui a variável independente, uma vez que é essa variável que é manipulada.
4.5. (B). Os insetos apresentam um sistema circulatório aberto, em que o fluido circulante abandona o sistema vascular banhando diretamente as
células.
4.6. (A). Os insetos apresentam um intestino completo no qual se verificam trocas de substâncias simples (monómeros) resultantes da digestão.
4.7. (C). O coração dos insetos permite a entrada de hemolinfa através de orifícios. O sistema circulatório da minhoca é fechado.
5.1. (B). I — A massa ventricular dos peixes diminui com o aumento de temperatura. II — A variação na massa ventricular é mais evidente nos machos
do que nas fêmeas. III — Para o intervalo de temperatura entre os 10 e os 15 graus, não há variação na viscosidade do sangue, ao contrário do que
acontece com o plasma.
5.2. (C). Para qualquer valor de temperatura, a viscosidade do sangue é sempre superior, o que deverá ser atribuído à presença de células uma vez
que ambos os fluidos apresentam proteínas.
5.3. (A). As baixas temperaturas conduzem a um aumento da duração da diástole, correspondente ao tempo de enchimento do coração.
5.4. (C). Uma maior massa muscular do ventrículo permite uma maior força na contração (sístole) necessária para impulsionar um sangue mais
viscoso.
5.5. (C). Nos peixes, o sangue que entra no coração é venoso, sendo neste estado que sai do coração em direção aos órgãos de hematose
(brânquias).
5.6. (B). Uma vez que esses peixes vivem num meio hipertónico é possível que se verifique difusão de sais através das brânquias.
5.7. A redução do ritmo cardíaco está associada, sobretudo, ao aumento de duração da diástole durante a qual o coração se enche com uma maior
quantidade de sangue. Apesar da menor quantidade de sístoles por minuto, o coração acaba por manter o mesmo débito que a uma temperatura mais
elevada, uma vez que bombeia mais sangue em cada sístole.
TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS

Verificação das aprendizagens


1. (A) Afirmação verdadeira — Numa reação exoenergética, os reagentes possuem mais energia química que os produtos, sendo libertada uma
quantidade de energia correspondente a essa diferença.
(B) Afirmação falsa — As vias catabólicas são vias de degradação química durante as quais se verifica uma progressiva simplificação molecular.
(C) Afirmação verdadeira — A hidrólise do ATP, em ADP e P, é uma reação exoenergética, ocorrendo com libertação de energia.
(D) Afirmação verdadeira — As vias de produção (síntese) de moléculas orgânicas complexas têm um carácter anabólico, realizando-se com gasto de
energia.
(E) Afirmação falsa — Ao contrário da hidrólise, a síntese de ATP realiza-se com gasto de energia.
(F) Afirmação verdadeira — Nos organismos anaeróbios estritos o metabolismo decorre na ausência de oxigénio.
(G) Afirmação falsa — A fermentação é um processo anaeróbio.
(H) Afirmação verdadeira — As reações químicas que suportam as vias metabólicas são catalisadas por enzimas.
2. (B). A fermentação é uma via catabólica durante a qual ocorrem reações exoenergéticas e reações de oxidação.
3. (B). O balanço energético da fermentação é de 2 moléculas de ATP.
4. (A). Os produtos da fermentação alcoólica são o etanol (uma molécula orgânica) e o dióxido de carbono.
5. (B). Nas células musculares humanas é possível a produção de energia por via aeróbia, através da respiração celular, e por via anaeróbia, através
da fermentação lática.
6. (A). No ciclo de Krebs ocorre descarboxilação, com libertação de CO2; fosforilação de ADP, com produção de ATP; e oxidação de NAD+, com
produção de NADH.
7. (D). A fermentação e a respiração aeróbia têm em comum a glicólise, correspondente à parte inicial dos dois processos.
8. (B). A cadeia respiratória ocorre na membrana interna da mitocôndria onde estão presentes os transportadores de eletrões que vão reduzir o
oxigénio no final do processo.
9. (A). De entre as trocas de gases que ocorrem ao nível dos estomas destacam-se a entrada de dióxido de carbono, um gás fundamental para a
fotossíntese, e a saída de vapor de água, fenómeno que desencadeia a translocação xilémica.
10. (C). Ao nível dos pulmões dos mamíferos ocorre difusão indireta de gases entre a corrente sanguínea e os alvéolos pulmonares muito
vascularizados.
11. (C). Nos insetos, a difusão de gases é assegurada pelas traqueias que entram em contacto direto com os tecidos, não estabelecendo uma ligação
funcional com o sistema circulatório.
12. (A). As brânquias são atravessadas por água que se movimenta em sentido contrário ao do sangue que circula na rede capilar daquelas estruturas.
Mantém-se assim um gradiente de gases entre os dois fluidos, ao longo dessas superfícies de contacto, que favorece a difusão.
13. (D). Um dos aspetos que favorece a difusão de gases através das superfícies respiratórias é a sua humidificação. Por consequência, a
desidratação do tegumento, que corresponde à superfície respiratória da minhoca, dificulta a difusão de gases, que neste animal é indireta.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (A). Como se observa no gráfico da figura 13, a um maior crescimento da população das bactérias, visível no aumento da concentração celular
destes organismos, corresponde uma maior taxa respiratória representada pelo aumento do consumo de oxigénio.
1.2. (B). Entre as 7 e as 10 horas ocorreu a maior variação no consumo de oxigénio, pelas bactérias, e simultaneamente uma maior variação no calor
produzido. Em ambos os casos, neste intervalo de tempo ocorreu o maior aumento.
1.3. (A). No gráfico é possível observar que entre as 7 e as 8 horas ocorreu um aumento da produção de calor pelas bactérias durante a realização da
respiração aeróbia, o que é confirmado pelo aumento do consumo de oxigénio nesse intervalo de tempo.
1.4. (C). Nas reações de anabolismo, ou de síntese, moléculas orgânicas simples ligam-se entre si para formar moléculas mais complexas. O
estabelecimento das novas ligações químicas é efetuado com consumo de energia metabólica.
1.5. C, B, A, E, D. A fosforilação, pelo ATP, da molécula de glicose no início da glicólise (C). Posteriormente, ocorre a oxidação da glicose da qual
resulta a libertação de eletrões e iões H+ que reduzem o transportador NAD+ em NADH (B). No final da glicólise formam-se duas moléculas de piruvato
(ácido pirúvico) (A). Após a conclusão da glicólise, o piruvato sofre uma descarboxilação — perda de uma molécula de CO2 (E) —, seguida da sua
redução pelo NADH a etanol (D).
1.6. (D). Durante as reações de catabolismo ocorre libertação de energia, pelo que se trata de reações exoenergéticas. A energia libertada por estas
reações é utilizada na síntese de moléculas de ATP.
1.7. (a) — (3) A degradação citoplasmática da glicose ocorre durante o conjunto de reações químicas que constitui a glicólise. (b) — (4) A oxidação
completa do ácido pirúvico ocorre no interior das mitocôndrias no decorrer do ciclo de Krebs. (c) — (2) A fermentação láctica é o processo que ocorre,
sem consumo de oxigénio, e em que há a redução de ácido pirúvico em lactato ou ácido láctico.
1.8. (B). Os processos anaeróbios ou fermentativos de produção de energia, a partir da molécula de glicose, permitem a obtenção de 2 moléculas de
ATP.
1.9. (D). O baixo rendimento energético da fermentação deve-se ao facto de ocorrer apenas uma oxidação incompleta da glicose, da qual resultam
produtos finais ricos em energia metabólica.
1.10. (C). No final da cadeia respiratória, os eletrões resultantes da oxidação da glicose, juntamente com os H+, reduzem o oxigénio, com a formação
de moléculas de água.
1.11. Na fermentação alcoólica há produção de CO2 e de etanol a partir da glicose. No fabrico do pão, as leveduras obtêm esta glicose do amido da
farinha. Colocar em 2 gobelés X ml de água e adicionar iguais quantidades de farinha. Num dos gobelés adicionar leveduras (fermento de padeiro) e
levar os dois gobelés à estufa a 25 °C durante um período de tempo definido. Comparar o aumento de volume da farinha nos dois gobelés.
2.1. (C). No texto é referido que a proteína bloqueia a respiração aeróbia obrigando as células a depender exclusivamente da glicólise para produzir
energia, ou seja, as reações que ocorrem no interior da mitocôndria são bloqueadas pela proteína. Assim sendo, por ação da HMGB1 ocorre uma
diminuição da produção de ATP ao nível das cristas mitocondriais.
2.2. (B). Na matriz da mitocôndria ocorrem as reações do ciclo de Krebs, nestas reações o piruvato, formado na glicólise, sofre descarboxilações e é
totalmente oxidado.
2.3. (D). No balanço final da glicólise, por cada molécula de glicose consumida, resultam duas moléculas de piruvato, duas moléculas de NADH,
resultantes da oxidação da glicose, e um rendimento energético final de duas moléculas de ATP.
2.4. (A). As descarboxilações que ocorrem durante o ciclo de Krebs produzem como resíduo metabólico o CO 2.
2.5. E, A, C, B, D. O piruvato entra na mitocôndria (E) e vai sofrendo oxidações que libertam eletrões e H+. que reduzem o NAD+ a NADH (A). O NADH
transporta os eletrões até às proteínas das cristas da membrana interna da mitocôndria reduzindo-as, e voltando à sua forma oxidada NAD+ (C). O
fluxo dos eletrões, ao longo das proteínas transportadoras da cadeia respiratória, liberta energia que permite a fosforilação de moléculas de ADP em
ATP (B), no final desta cadeia os eletrões e os H+ reduzem oxigénio, o aceitador final dos eletrões, formando-se moléculas de H2O (D).
2.6. (C). I — As células tumorais resistentes à proteína realizam a glicólise não ocorrendo as reações da cadeia respiratória. II — A proteína, ao
bloquear as reações que ocorrem no interior da mitocôndria, em especial as da cadeia respiratória, afeta muito a produção de ATP. III — As linhagens
de células tumorais resistentes à ação da proteína possuem a cadeia respiratória bloqueada, não ocorrendo, nestas células, o fluxo de eletrões na
membrana interna da mitocôndria.
2.7.1. Membrana celular.
2.7.2. (D). Serve de argumento à hipótese endossimbiótica, para a origem das mitocôndrias, o facto de estes organelos possuírem duas membranas. A
membrana externa provavelmente resultante do englobamento de uma célula por parte de outra durante o processo evolutivo.
A célula englobada possuiria na sua membrana as proteínas que permitiam a realização da cadeia respiratória e que teria dado origem à membrana
interna deste organelo.
2.8.1. A proteína inibe a ação da enzima piruvato quinase, impedindo a formação de piruvato e de ATP pelas células. Na ausência de piruvato, as
mitocôndrias não conseguem realizar o ciclo de Krebs, bloqueando a respiração aeróbia neste passo. Sendo assim, a cadeia respiratória não se
realiza, não ocorrendo a maior parte da produção de ATP pelas células/mitocôndrias. Por outro lado, ocorre também uma diminuição de ATP durante a
glicólise. Esta falta de produção de energia metabólica conduz à morte das células tumorais.
3.1. (D). Uma das variáveis independentes foi a utilização de dez variedades diferentes de feijão-frade. As restantes opções de resposta referem-se a
variáveis dependentes.
3.2. (A). Como se observa na tabela 2, nas plantas sujeitas a stress hídrico a assimilação de CO 2 diminuiu, relativamente às plantas irrigadas, em
resultado da redução da taxa da fotossíntese.
3.3. (B). O movimento do CO2 e a transpiração nas plantas em solos de baixos potenciais hídricos, mantido à custa de stresse hídrico, diminuiu devido
ao aumento da plasmólise das células estomáticas, o que permitiu o fecho dos estomas.
3.4. C, E, D, A, B. A acumulação, devido a transporte ativo, de iões K + no interior das células estomáticas (C) aumenta a pressão osmótica nas
mesmas (E). O gradiente de pressão que se estabelece entre o interior e o exterior das células estomáticas provoca a entrada de um fluxo de água
para o interior destas células (D), aumentando o seu volume e a pressão de turgescência (A). Este aumento de pressão sobre as paredes destas
células conduz à abertura do ostíolo do estoma (B).
3.5. (B). I — A análise da tabela permite concluir que a taxa de transpiração não foi idêntica nas diferentes variedades de feijão do estudo. II — Esta
variedade de feijão, quando submetida a stress hídrico, foi a que manteve maior taxa de assimilação de CO 2 pela folha, logo uma maior taxa
fotossintética. III — Como se constata na tabela 2, a variedade Lobia, quando submetida a irrigação, atingiu um valor de transpiração de 2,02 mmol
m2s-1, longe do valor de outras variedades, como a RCXAC.
3.6. (a) — (2) A entrada de água e dos solutos da solução do solo para o interior do xilema da raiz constitui a absorção radicular. (b) — (3) O aumento
da concentração salina em células vegetais traduz-se no aumento do valor da pressão osmótica. (c) — (5) A perda de água, na forma de vapor, pelas
células das folhas gera uma tensão no interior da folha que é responsável pelo movimento da seiva xilémica.
3.7. (D). A translocação da seiva floémica ou elaborada, rica em substâncias orgânicas, ocorre no interior dos vasos crivosos do floema, constituídos
por células vivas.
3.8. (C). As amidas, ao causarem a plasmólise das células estomáticas, provocam o fecho dos estomas, o que reduz a taxa de transpiração, e uma
diminuição da translocação da seiva bruta ou xilémica.
3.9. Da análise dos dados, é possível concluir que as plantas submetidas a stress hídrico reduziram a abertura dos estomas. Este fecho teve como
consequência a diminuição da entrada de CO2 e a redução da transpiração. A diminuição das trocas gasosas leva a uma diminuição da assimilação de
CO2, devido à diminuição da taxa da fotossíntese.
4.1. (B). A partir do texto é possível concluir que a perda de água pelos insetos ocorre de forma constante (padrão contínuo) através do exoesqueleto.
O padrão descontínuo ocorre com a abertura e o fecho dos espiráculos.
4.2. (D). Uma das variáveis independentes do estudo foi a temperatura a que as baratas-gigantes foram submetidas. As restantes opções de resposta
correspondem a variáveis dependentes neste estudo.
4.3. (C). Através da análise do gráfico A, da figura 15, é possível constatar que entre os 25 °C e os 30 °C ocorreu uma diminuição na quantidade de
CO2 libertado pelos insetos, enquanto a quantidade de água perdida nesse intervalo se manteve.
4.4. (A). A diminuição da emissão do CO2 pelos espiráculos dos insetos está relacionada com a diminuição da taxa da respiração aeróbia pelas células
do inseto.
4.5. (C). O desenvolvimento de superfícies respiratórias de grande área, no interior do corpo dos animais terrestres, permite uma elevada eficiência das
trocas gasosas e reduz as perdas de água durante as mesmas.
4.6. (a) — (2) A minhoca possui hematose cutânea. As trocas gasosas ocorrem através do tegumento que se mantém húmido pelo facto de estes
animais viverem em solos com teores de água adequados. (b) — (4) As aves realizam a hematose pulmonar em pulmões com parabrônquios e
desprovidos de alvéolos. (c) — (3) Os anfíbios realizam a hematose cutânea através da pele que é suplementada pelas trocas gasosas que ocorrem
em superfícies de pulmões pouco desenvolvidos.
deficiente oxigenação das células com prejuízo para a produção de energia metabólica. A menor taxa de produção de energia conduz aos sinais de
fadiga.
4.7. (C). I — Nos insetos, as trocas gasosas não são efetuadas com a intervenção do líquido circulante. Nestes animais, a difusão dos gases é direta
entre as células e as traqueias que constituem as superfícies respiratórias do animal. II — A ramificação das traqueias traduz-se num aumento da sua
área, permitindo que cada célula esteja em contacto com o ar do seu interior. III — A localização interna das traqueias reduz as perdas de água que
ocorrem nestas superfícies respiratórias.
4.8. Nos mecanismos de contracorrente, os fluidos externos, ricos em oxigénio (água ou ar), circulam no sentido inverso do movimento do sangue no
interior dos capilares. O desencontro destes movimentos faz com que o sangue dos capilares esteja sempre em contacto com ar ou água saturados de
O2. A manutenção destes gradientes de concentração de oxigénio ou de CO 2 aumenta a eficácia das trocas gasosas.
5.1. (A). A sobrecarga do coração, referida no texto, resulta de este órgão exercer maior pressão durante a sístole (contração) ventricular devido ao
aumento da resistência dos capilares pulmonares à passagem do sangue.
5.2. (B). As alterações, verificadas no ventrículo direito do coração de doentes com enfisema pulmonar, devem-se ao facto de este ventrículo bombear
sangue diretamente para os pulmões através da artéria pulmonar. Este trajeto faz parte da circulação pulmonar.
5.3. (D). No enfisema, a diminuição da área alveolar, ou seja, a redução da área da superfície respiratória, conduz a uma diminuição da taxa de
oxigenação do sangue.
5.4. (C). Após uma inspiração, o ar no interior dos alvéolos possui uma pressão parcial de oxigénio superior à do sangue. Este gradiente de pressões
permite o movimento do oxigénio, através das células do epitélio dos alvéolos, para a hemoglobina das hemácias.
5.5. B, A, C, E, D. Os movimentos respiratórios das aves iniciam-se pela entrada do ar do exterior para os sacos aéreos posteriores (B), de seguida
ocorre uma expiração que permite a passagem do ar dos sacos posteriores através dos pulmões (A), o que permite a difusão do oxigénio para o
sangue da ave (C). O ar vindo dos pulmões entra nos sacos aéreos anteriores (E), que, por expiração, libertam este ar rico em CO2 para o exterior
pelas fossas nasais (D).
5.6. Os pulmões contactam sempre com ar saturado em O2, ou seja, não há mistura de ar inspirado e ar expirado.
5.7. O enfisema reduz a superfície disponível para as trocas gasosas e, consequentemente, diminui a quantidade de oxigénio que é transportado para
o sangue. Esta situação leva a uma deficiente oxigenação das células com prejuízo para a produção de energia metabólica. A menor taxa de produção
de energia conduz aos sinais de fadiga.

BIOLOGIA 11.° ANO

CRESCIMENTO, RENOVAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Verificação das aprendizagens


1. (A) Afirmação falsa — Todos os seres vivos possuem ácidos nucleicos, moléculas responsáveis pelo armazenamento e transmissão da informação
genética.
(B) Afirmação verdadeira — A pentose presente nos nucleótidos de RNA é a ribose e nos de DNA é a desoxirribose.
(C) Afirmação falsa — A base timina é específica de nucleótidos de DNA e o uracilo apenas está presente em nucleótidos de RNA.
(D) Afirmação verdadeira — O DNA é uma molécula constituída por duas cadeias polinucleotídicas com sentidos opostos (antiparalelas),
correspondendo à extremidade 3' de uma das cadeias a extremidade 5' da outra.
2. (B). No DNA, a pentose presente nos nucleótidos é a desoxirribose, pelo que são designados por desoxirribonucleótidos. Os novos nucleótidos são
adicionados à extremidade 3' de cada uma das cadeias em crescimento, uma vez que a ligação se faz sempre entre o grupo fosfato de um novo
nucleótido e o carbono 3' da pentose, do último nucleótido da cadeia, ocorrendo o seu crescimento no sentido 5' para 3'.
3. (D). Como no DNA os nucleótidos de adenina apenas emparelham com os de timina e os de guanina apenas com os de citosina, o número de
nucleótidos de adenina é, aproximadamente, igual ao de timina e o de guanina ao de citosina, pelo que nesta molécula verifica-se sempre a relação
(A+G) / (C+T) ~ 1.
4. (A). Numa célula eucariótica, o DNA localiza-se no núcleo, sendo aí que ocorre a sua replicação.
5. (D). Nos eucariontes, da transcrição de um gene resulta um RNA pré-mensageiro que sofre posteriormente processamento. Durante este processo
são removidas as sequências que não codificam aminoácidos (intrões), formando-se um RNA mensageiro constituído apenas por sequências
nucleotídicas que codificam aminoácidos (exões). Este mRNA migra para o citoplasma onde ocorre a sua tradução.
6. (A). Nos eucariontes, a transcrição ocorre no núcleo e a tradução no citoplasma, onde os ribossomas iniciam a leitura da sequência de codões do
mRNA, traduzindo-a numa sequência de aminoácidos.
7. (B). No mRNA, cada sequência de três nucleótidos que codifica um aminoácido constitui um codão. As opções A, C e D estão erradas, uma vez que
o anticodão, sequência de três nucleótidos que existe em cada tRNA, é complementar do codão. Um gene corresponde à sequência de nucleótidos do
DNA que contém a informação para a síntese de uma proteína; e o codogene corresponde a uma sequência de três bases codificantes do DNA.
8. (D). No código genético existem codões diferentes que codificam o mesmo aminoácido, pelo que se diz que é redundante ou degenerado.
9. (A) Afirmação falsa — A replicação semiconservativa do DNA ocorre durante o período S da interfase.
(B) Afirmação falsa — Nas células vegetais, a citocinese ocorre por fusão de vesículas golgianas, que se acumulam na zona equatorial da célula,
originando a membrana citoplasmática das duas células.
(C) Afirmação verdadeira — A fase mitótica ou divisão celular compreende a mitose, divisão do núcleo, e a citocinese, divisão do citoplasma.
(D) Afirmação verdadeira — Na prófase, primeira etapa da mitose, ocorre a desorganização do invólucro nuclear e o desaparecimento dos nucléolos.
(E) Afirmação falsa — A placa equatorial forma-se na metáfase.
(F) Afirmação verdadeira — O período G2 sucede o período S onde ocorre a replicação do DNA passando os cromossomas a ser constituídos por
dois cromatídios ligados pelo centrómero.
(G) Afirmação verdadeira — No final da divisão do citoplasma (citocinese) formam-se duas células-filhas, cada uma com cópias idênticas do material
genético presente na célula-mãe.
(H) Afirmação falsa — A diferenciação permite que os genes que se exprimem nas células de um tecido não sejam os mesmos que estão ativos
noutro tecido.
10. (B). A divisão do núcleo por mitose permite a manutenção do número de cromossomas da célula original nos dois núcleos formados. Logo, se o
núcleo que sofre divisão possuir 12 cromossomas, cada um dos núcleos-filhos no final da mitose terá 12 cromossomas. Isto só é possível porque,
durante o período S da interfase, o DNA sofre replicação semiconservativa passando cada cromossoma a ser constituído por dois cromatídios ligados
pelo centrómero. Na anáfase da mitose ocorre a separação e ascensão dos cromatídios para polos opostos da célula, formando-se dois conjuntos
idênticos de cromossomas. No final da telófase, por reorganização do invólucro nuclear, formam-se dois núcleos, cada um com um número de
cromossomas igual ao do núcleo original (12 cromossomas).
11. (D). No período S da interfase o DNA sofre replicação semiconservativa ficando o material genético duplicado.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (A). Atendendo à complementaridade das bases e ao facto de as duas cadeias de DNA serem antiparalelas, isto é, à extremidade 5' de uma das
cadeias corresponder a extremidade 3' da outra, a extremidade coesiva complementar do fragmento apresentado será o representado na opção A.
1.2. (D). I — A totalidade dos genes de um organismo constitui o seu genoma. II — Entre os nucleótidos não existem ligações peptídicas para serem
cortadas pelas enzimas de restrição. As ligações peptídicas estabelecem-se entre aminoácidos. III — As moléculas de DNA são sempre constituídas
por duas cadeias polinucleotídicas antiparalelas e enroladas em hélice (dupla hélice).
1.3. (A). As enzimas de restrição são produzidas por bactérias e não atuam sobre as moléculas de DNA no seu interior devido, provavelmente, à
existência de enzimas que as protegem da sua ação. As opções B e C estão erradas, uma vez que o DNA bacteriano se encontra no citoplasma e
possui as mesmas 4 bases azotadas (A, T, G e C) que o DNA dos outros organismos. A opção D também está errada, porque as enzimas de restrição
reconhecem as mesmas sequências de bases no DNA bacteriano e no de outros organismos.
1.4. (B). A hormona GH é uma proteína, logo, para a sua produção, ocorre primeiro a transcrição para mRNA da informação do gene GH, contido no
DNA humano incorporado no genoma bacteriano. Neste gene a desoxirribose é a pentose presente nos nucleótidos.
1.5. (A). Atendendo ao facto de numa molécula de DNA os nucleótidos de timina emparelharem sempre com nucleótidos de adenina e os de guanina
com os de citosina, subtraindo 98 pares (número de bases de timina e também de adenina) a 180 pares de bases obtém-se 82 pares de bases com os
nucleótidos de guanina e de citosina emparelhados. Logo, o gene bacteriano possui 82 nucleótidos de guanina. Os nucleótidos de uracilo são
específicos do RNA.
1.6. (B). Apenas as moléculas de DNA sofrem replicação semiconservativa. As opções A, C e D estão erradas, porque todos os organismos possuem
RNA e DNA; no núcleo das células eucarióticas pode encontrar-se quer o DNA quer o RNA; e o DNA e o RNA são ácidos nucleicos constituídos por
polímeros de nucleótidos.
1.7. (C). Como o código genético é universal, os codões têm o mesmo significado em todos os organismos, o que permite a obtenção de uma proteína
com a sequência de aminoácidos correspondente à da hormona de crescimento, apesar de a tradução do mRNA, obtido a partir da transcrição do gene
GH, ocorrer no citoplasma bacteriano.
1.8. D, B, C, E, A. A replicação de uma molécula de DNA inicia-se pela ligação de uma enzima à dupla hélice (D), provocando o desenrolar da dupla
hélice e a destruição das ligações de hidrogénio que ligam os nucleótidos das duas cadeias antiparalelas do DNA (B), o que leva à sua separação. De
seguida, a DNA polimerase vai ligando nucleótidos livres a cada uma das cadeias de acordo com a complementaridade das bases azotadas (C) e no
sentido 5'  3', pelo que cada uma das novas cadeias cresce neste sentido (E). Por fim, as novas cadeias sintetizadas e as antigas enrolam-se em
hélice, formando-se duas novas moléculas (A).
1.9. (a) — (2) O codão corresponde a uma sequência de três nucleótidos de mRNA que codifica um aminoácido. (b) — (3) Da tradução do mRNA
resulta uma sequência de aminoácidos ligados uns aos outros (polímero) que constitui um polipéptido. (c) — (4) A transcrição do gene GH permite a
síntese de um mRNA, constituído por uma sequência de ribonucleótidos ligados (polímero) de acordo com a sequência de bases da cadeia de DNA
que lhe serviu de molde.
1.10. A incorporação de um fragmento de DNA humano em DNA bacteriano depende da existência de extremidades de cadeia simples com
sequências de nucleótidos que são complementares nas duas moléculas. Como as enzimas de restrição cortam o DNA em locais onde existe uma
dada sequência de nucleótidos, se tratarmos o DNA humano e o DNA bacteriano com a mesma enzima, estas moléculas vão apresentar extremidades
com sequências nucleotídicas complementares, podendo ligar-se uma à outra, dando origem ao DNA recombinante.
2.1. (B). No fragmento do gene que codifica os aminoácidos Fen — Arg — Val — Fen, a cadeia polinucleotídica que é transcrita terá uma sequência de
bases nucleotídicas complementar da dos nucleótidos presentes no fragmento de mRNA sintetizado, enquanto a outra cadeia terá uma sequência
idêntica à deste, substituindo o uracilo pela timina. Assim, atendendo aos codões que codificam estes aminoácidos, a cadeia polinucleotídica do gene
que é transcrita terá a seguinte sequência AAAGCTCTAAAG.
2.2. (B). Os codões que codificam o aminoácido glutamina são CAA e CAG. Como o anticodão presente no tRNA, que transporta este aminoácido, é
complementar de um destes codões só pode ser GUU ou GUC.
2.3. (B). A sequência de aminoácidos ligados por ligações peptídicas constitui a estrutura primária das proteínas. Como as mutações R261Q e V388M
alteram a sequência de aminoácidos da enzima PAH, afetam a sua estrutura primária.
2.4. B, A, D, C, E. A primeira etapa do ciclo celular é a interfase, que compreende três intervalos (G1, S e G2). No intervalo S ocorre a replicação
semiconservativa do DNA (B), passando cada cromossoma a ser constituído por dois cromatídios ligados pelo centrómero. De seguida, no intervalo
G2, a síntese proteica é intensa, formando-se todos os componentes necessários à divisão celular (A). A segunda etapa do ciclo celular é a fase
mitótica, que compreende a mitose e a citocinese. Na primeira fase da mitose (prófase) ocorre a condensação dos cromossomas, a formação do fuso
acromático, e a desagregação do núcleo. Na fase seguinte (metáfase), os cromossomas atingem o máximo da condensação e dispõem-se na zona
equatorial do fuso acromático formando a placa equatorial (D). Na anáfase ocorre a divisão dos centrómeros e a ascensão polar dos cromatídios que
passam a constituir cromossomas. Na telófase (última etapa da mitose), o invólucro nuclear organiza-se em torno dos cromossomas de cada polo,
formando-se dois núcleos com o mesmo cariótipo da célula original (C). Por fim, ocorre a citocinese (divisão do citoplasma), formando-se duas células
com cariótipo idêntico (E).
2.5. (D). A fase da respiração celular referida no texto é o ciclo de Krebs. Nesta fase ocorre redução de moléculas de NAD+ e de FAD, produção de
ATP e libertação de dióxido de carbono. O oxigénio não é produzido em nenhuma das fases da respiração celular.
2.6. (a) — (1) O RNA mensageiro é um polímero de bases azotadas que é sintetizado de acordo com a complementaridade das bases azotadas de
uma das cadeias do gene PAH. (b) — (5) Na replicação do DNA intervém a enzima DNA polimerase. (c) — (4) A RNA polimerase é uma enzima que
intervém na síntese de uma cadeia de RNA, logo, é um polímero de aminoácidos que catalisa a ligação de ribonucleótidos.
2.7. Os indivíduos que possuem o gene normal conseguem sintetizar tirosina a partir da degradação do aminoácido fenilalanina, por ação da enzima
fenilalanina-hidroxilase. Os indivíduos com fenilcetonúria sintetizam uma enzima não funcional, não ocorrendo a conversão da fenilalanina em tirosina.
Para evitar o aparecimento dos sintomas da PKU, estes indivíduos devem ter uma alimentação que satisfaça as necessidades do organismo em
tirosina, já que não a conseguem sintetizar. Devem, também, evitar o consumo de alimentos ricos em fenilalanina, de forma a diminuir a formação de
fenilpiruvato, responsável pelo aparecimento de problemas irreversíveis no sistema nervoso central.
3.1. Avaliar o efeito antiproliferativo de infusões de A. satureoides.
3.2. (A). I — Para aumentar a credibilidade dos resultados da experiência é essencial a preparação de várias lâminas por planta. II — O índice mitótico
não é uma variável em estudo ou variável independente, mas uma variável dependente, uma vez que expressa a percentagem de células em mitose
das raízes sujeitas a tratamento. III — Como se pode ver na tabela 4, o controlo apresenta o maior índice mitótico, isto é, o valor mais alto de
percentagem de células em mitose.
3.3. (B). As variáveis dependentes correspondem às variáveis medidas pelos investigadores, isto é, aos efeitos causados pela manipulação das
variáveis independentes. Como, nesta experiência, foram contadas as células observadas em cada um dos estádios do ciclo celular, o número de
células de Allium cepa em interfase constitui uma das variáveis dependentes. A dosagem das infusões constitui uma variável independente e o tempo
de permanência e o número de bolbos não constituem variáveis deste estudo.
3.4. (B). De acordo com os resultados expressos na tabela 4, as raízes expostas a infusões de flores secas apresentam menor índice mitótico (menor
percentagem de células em mitose) do que as que foram expostas a infusões de flores frescas, o que mostra que é maior a inibição da divisão celular
sobre as células de Allium cepa.
3.5. (D). A fase mitótica do ciclo celular compreende a mitose e a citocinese. Na prófase e na metáfase da mitose os cromossomas são constituídos
por dois cromatídios ligados pelo centrómero. Analisando os resultados expressos na tabela 4 verifica-se que o maior número de células em mitose
encontra-se nestas fases. As opções A, B e C estão erradas, pois referem-se, respetivamente, às células em anáfase, metáfase e telófase.
3.6. De acordo com os resultados, as infusões de Achyrocline satureioides têm um efeito antiproliferativo sobre as células de Allium cepa. Este efeito
aumenta com a concentração e com o tempo de armazenamento da planta. Como as células cancerígenas são células com elevada capacidade de
proliferação, o tratamento do cancro passa pela utilização de substâncias com efeito inibitório da divisão celular.
4.1. (B). Após a citocinese, as células-filhas entram no período G1 da interfase, com rápido crescimento celular resultante, sobretudo, da elevada taxa
de síntese das proteínas necessárias ao metabolismo celular.
4.2. (D). No período S do ciclo celular, as células de S. pombe duplicam por replicação semiconservativa o seu DNA, ou seja, o seu material genético.
4.3. (A). A análise do gráfico da figura 15A permite concluir que o aumento da atividade da proteína cinase Cdc2 conduz a um aumento da
percentagem de células em divisão celular e, assim, a um efeito indutor na passagem das células do período G2 para a fase mitótica.
4.4. (C). Na figura 15B é possível observar que a proteína cinase Cdc2 se liga à ciclina B para dar origem ao fator promotor da mitose, ou seja, a
proteína cinase Cdc2 depende da ciclina 13 para controlar a fase de divisão celular ou fase mitótica das células de S. pombe.
4.5. (D). Como se pode ver no gráfico da figura 15A, no intervalo de tempo compreendido entre os 260 e os 360 minutos não existem células em
divisão celular, pelo que se encontram em interfase.
4.6. A proteína apenas se torna ativa quando se liga à ciclina B, formando o complexo enzimático. Este, por sua vez, só se torna ativo quando é
fosforilado por grupos fosfatos do ATP. Uma vez ativado, este complexo promove a passagem dos núcleos das células do período G2 para a prófase
da mitose. Após este controlo, a ciclina degrada-se e a proteína Cdc2 perde fosfatos, tomando-se inativa. A ativação da ciclina consome ATP.
4.7. (D). No esquema da figura 15B é possível observar que a ciclina B é degradada na fase mitótica. A degradação desta proteína constitui um
processo de catabolismo e dele resultam os aminoácidos que a constituem.
4.8. (C). Como se pode observar no gráfico da figura 15A, a desfosforilação da proteína Cdc2 corresponde ao período em que a proteína está menos
ativa.
4.9. A mutação conduziria à síntese de uma proteína cinase com uma sequência de aminoácidos diferentes, o que poderia impedir a sua ligação à
ciclina B ou impedir a fosforilação. A ausência do complexo ciclina B/Cdc2 não permitiria o ponto de verificação no período G2 da interfase e as células
não avançariam para a mitose, diminuindo, deste modo, o número de células em divisão.
REPRODUÇÃO
Verificação das aprendizagens
1. (A). Nos processos de reprodução assexuada, a mitose é o processo de divisão nuclear que permite a obtenção de descendentes geneticamente
iguais entre si e ao progenitor.
2. (B). Nos organismos unicelulares que se reproduzem assexuadamente por gemulação, na célula progenitora surge uma protuberância que acaba
por se separar da célula-mãe. A célula-mãe mantém-se e a célula-filha possui menor dimensão.
3. (B). Um organismo que se reproduz assexuadamente por esporulação produz esporos por mitose, processo de divisão nuclear que origina dois
núcleos com o mesmo número de cromossomas da célula original. Após germinação, os esporos dão origem a organismos que possuem nas suas
células o mesmo número de cromossomas do progenitor.
4. (C). I — O processo de divisão nuclear, associado aos processos de reprodução assexuada, é
a mitose. II — A formação de gâmetas ocorre apenas em indivíduos que se reproduzem sexuadamente. III — No processo de reprodução assexuada
por esporulação, os esporos formam-se por mitose, sendo geneticamente idênticos entre si e ao progenitor.
5. (D). O núcleo de uma célula diploide que se divide por meiose sofre duas divisões nucleares, dando origem a quatro núcleos haploides, cada um
com metade do número de cromossomas do núcleo original. Após citocinese formam-se quatro células haploides. Durante este processo ocorrem
fenómenos de recombinação genética, como o crossing-over, formando-se quatro células haploides com novas combinações de genes.
6. (A). O emparelhamento dos cromossomas homólogos ocorre na prófase I, uma das etapas da meiose.
7. (A) Afirmação verdadeira — A meiose compreende duas divisões nucleares sucessivas, ocorrendo na primeira a redução para metade do número
de cromossomas do núcleo original (divisão reducional) e na segunda a distribuição equitativa do DNA por quatro núcleos haploides (divisão
equacional).
(B) Afirmação verdadeira — Durante a anáfase II, da segunda divisão da meiose, ocorre a separação e ascensão dos cromatídios para os polos
opostos da célula.
(C) Afirmação falsa — A separação dos cromossomas homólogos ocorre na anáfase I.
(D) Afirmação falsa — No final da telófase I formam-se dois núcleos haploides, isto é, com metade do número de cromossomas da célula original.
(E) Afirmação verdadeira — Da fusão dos gâmetas resulta sempre o zigoto, que é uma célula diploide.
8. (B). As mutações cromossómicas numéricas, correspondentes a um número anómalo de cromossomas, podem surgir, essencialmente, devido à não
disjunção de cromossomas homólogos, na anáfase I, ou de cromatídios na anáfase II.
9. (A) Afirmação verdadeira — Na diplófase, as células das estruturas formadas são diploides possuindo, por isso, cromossomas homólogos.
(B) Afirmação verdadeira — Por fecundação, fusão de dois gâmetas, forma-se o zigoto que inicia a diplófase que irá terminar quando, por meiose, se
formam células haploides, esporos ou gâmetas, que dão início à haplófase.
(C) Afirmação falsa — A meiose pré-gamética caracteriza os ciclos de vida diplontes.
(D) Afirmação falsa — Os gâmetas, seja qual for o ciclo de vida, pertencem sempre à haplófase.
(E) Afirmação falsa — A meiose é pós-zigótica nos ciclos de vida haplontes.
(F) Afirmação verdadeira — Nos ciclos de vida haplodiplontes, os esporos e os gâmetas são haploides. Os esporos formam-se por meiose e quando
germinam dão origem a gametófitos haploides onde se formam os gâmetas por mitose.
(G) Afirmação verdadeira — Na espirogira a meiose ocorre após a formação do zigoto (meiose pós-zigótica), sendo o ciclo de vida haplonte.
(H) Afirmação verdadeira — No ciclo de vida de um feto, a planta adulta, esporófito, resulta da germinação do zigoto, célula diploide que dá início à
diplófase.
10. (B). O ciclo de vida do feto é haplodiplonte, verificando-se não só alternância de fases nucleares, diplófase e haplófase, mas também alternância
de gerações (esporófita e gametófita). A fecundação é dependente da água e, da germinação do zigoto, resulta o esporófito que, por isso, é uma
entidade diploide. O gametófito é haploide, uma vez que resulta da germinação de esporos formados por meiose (meiose pré-espórica).
11. (C). O ciclo de vida da espirogira é haplonte e a meiose ocorre após a formação do zigoto, meiose pós-zigótica, pelo que a alga multicelular resulta
da multiplicação de uma célula haploide.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (C). A atividade foi desenvolvida para avaliar a capacidade de enraizamento de estacas de Gypsophila paniculata em diferentes substratos, logo, a
eficácia dos substratos na sua propagação.
1.2. (A). A variável independente corresponde ao parâmetro manipulado na atividade experimental, neste caso é o tipo de substrato. O fungicida foi
utilizado sempre com a mesma dosagem e o número de estacas colocado em cada um dos substratos foi o mesmo. O comprimento da maior raiz das
estacas corresponde a uma variável dependente, uma vez que é efeito do tipo de substrato.
1.3. Aumentar a fiabilidade dos resultados.
1.4. (D). De acordo com os resultados expressos no gráfico da figura 11C, as estacas colocadas nos substratos PC e PCS apresentam um
comprimento do caule (parte aérea) idêntico (PC —5,2 cm e PCS — 5,3 cm). A opção C está errada, uma vez que, de acordo com o gráfico da figura
11C, a parte aérea das estacas colocadas nos substratos CCA (6,2 cm) e CCA + PCS (6,1 cm) não apresentam uma diferença significativa. A opção B
está errada, porque a análise do gráfico da figura 11B mostra que o substrato onde se obteve a raiz com maior desenvolvimento foi o CCA (5,50 cm) e
não o CCAF (4,15 cm). A opção A está errada, visto que, de acordo com o gráfico da figura 11A, a maior quantidade de massa radicular desenvolveu-
se em estacas colocadas nos substratos CCA (0,099 g) e CCA+PCS (0,097 g) e não nos substratos PC (0,042 g) e PCF (0,051 g).
1.5. (A). As técnicas de propagação vegetativa são exemplos de reprodução assexuada, que, quando aplicadas a plantas com interesse económico,
permitem a obtenção, num curto período de tempo, de exemplares geneticamente idênticos entre si e à planta progenitora (clones). Neste tipo de
reprodução, a diversidade genética é baixa, o que aumenta a suscetibilidade dos indivíduos a mudanças ambientais, como o aparecimento de pragas
(agentes patogénicos), aumentando o seu risco de extinção. A quantidade e a qualidade das sementes produzidas não aumentam, uma vez que a
produção de sementes está ligada à reprodução sexuada.
2.1. (B). Na melancia, tal como em qualquer planta, o ciclo de vida é haplodiplonte, originando-se esporos por meiose. Da germinação dos esporos
resultam gametófitos haploides que, por mitose, diferenciam gâmetas.
2.2. (A). Os esporófitos da melancia correspondem à planta adulta e resultam da germinação do zigoto, pelo que são geneticamente idênticos a ele.
Possuem 22 cromossomas, uma vez que a planta adulta possui 11 pares de cromossomas.
1.6. E, D, B, A, C. A divisão celular que ocorre durante o crescimento das raízes é a mitose. Na prófase, primeira etapa deste processo, ocorre a
condensação dos cromossomas, a formação do fuso acromático e a desagregação do invólucro nuclear. Durante esta etapa, os cromossomas ligam-
se pelos centrómeros a alguns dos microtúbulos do fuso acromático (E). Na metáfase, os cromossomas atingem o máximo da sua condensação (D) e
alinham-se no plano equatorial do fuso formando a placa equatorial. Na anáfase, a divisão dos centrómeros de cada cromossoma (B) separa os
cromatídios que iniciam a sua ascensão para polos opostos da célula (A). No final desta etapa existem em cada um dos polos da célula conjuntos de
cromossomas idênticos. Na telófase, o invólucro nuclear organiza-se em torno de cada um destes conjuntos e reaparecem os nucléolos (C).
1.7. (a) — (4) A fecundação, fusão dos gâmetas, ocorre antes da formação das sementes e permite o restabelecimento do cariótipo da espécie com a
formação do zigoto, célula diploide. (b) — (1) A gemulação é um processo de reprodução assexuada que consiste na formação de pequenas saliências
(gomos ou gemas) que se destacam do progenitor, originando novos indivíduos geneticamente idênticos. (c) — (5) A enxertia, técnica de propagação
vegetativa, consiste na junção de tecidos de duas plantas, normalmente de espécies diferentes, formando uma planta com duas partes, o enxerto e o
cavalo ou porta-enxerto, o que faz com que a informação genética dos núcleos de ambas as partes seja distinta.
1.8. O fungicida elimina os fungos simbiontes das raízes das plantas. Este facto conduz à menor absorção de nutrientes do solo, o que diminui a
síntese de compostos orgânicos, levando ao menor crescimento das plantas.
1.9. A cultura de tecidos e a estacaria são processos de reprodução assexuada. Estes processos permitem a produção de uma grande quantidade de
flores de Gypsophila paniculata num período de tempo relativamente curto. A seleção das plantas que dão mais flores contribui também para o
aumento da produção.
2.3. (C). Os híbridos triploides (3n) não possuem pares de homólogos, uma vez que resultaram da fusão de gâmetas 2n, produzidos por indivíduos
tetraploides, com gâmetas n, produzidos por um progenitor diploide. A impossibilidade de ocorrer o emparelhamento dos cromossomas homólogos
inviabiliza a realização da meiose, o que torna estes híbridos estéreis.
2.4. (A). A fusão ao acaso de gâmetas provenientes de plantas diferentes, fecundação cruzada, permite aumentar a diversidade genética, uma vez que
estes possuem diferentes combinações genéticas.
2.5. (C). De acordo com o texto, a colquicina impede a formação do fuso acromático, não permitindo que a mitose prossiga para metáfase.
2.6. (C). O ciclo de vida da melancia é haplodiplonte, ocorrendo meiose pré-espórica antes da formação dos esporos.
2.7. (D). A murchidão das plantas é sinal de falta de água, sendo um sinal de obstrução do xilema, uma vez que é neste tecido que ocorre o transporte
de água e sais minerais (seiva bruta).
2.8. (a) — (1) Na metáfase I, os cromossomas homólogos emparelhados (bivalentes) dispõem-se ao acaso com os pontos de quiasma na zona
equatorial do fuso acromático. (b) — (3) Na prófase I, ocorre o crossing-over, isto é, troca de segmentos entre os cromatídios de cada par de
homólogos nos pontos de quiasma. (c) — (5) Na metáfase II, cada cromossoma constituído por dois cromatídios dispõe-se com os centrómeros na
zona equatorial do fuso acromático, formando a placa equatorial.
2.9. Para que as melancias triploides produzam fruto, é essencial a polinização para estimular o desenvolvimento do ovário. Como estas plantas são
estéreis, não gerando pólen, a polinização
tem de ocorrer com o pólen produzido pelas plantas diploides. Isto só é possível se a floração das melancias diploides e triploides for coincidente.
3.1. (C). Para que no final da anáfase se encontre em cada um dos polos do fuso acromático um conjunto idêntico de cromossomas é essencial a
formação da placa equatorial na metáfase com os centrómeros dos cromossomas dispostos na zona equatorial do fuso e ligados a alguns dos
microtúbulos deste fuso. As coesinas, ao impedir a divisão prematura dos centrómeros, e a consequente separação dos cromatídios, desempenham
um papel importante na transição da metáfase para a anáfase.
3.2. (B). A separação dos cromatídios na anáfase só ocorre se as coesinas forem degradadas pela enzima separase. Como a proteína securina
impede a ação da separase, pode ser considerada um agente inibidor da anáfase.
3.7. A mutação vai alterar a sequência de nucleótidos do gene, conduzindo à síntese de uma proteína não funcional. A proteína RecB integra o
complexo coesinas, que desempenha um papel essencial na regulação do alinhamento dos cromossomas homólogos na metáfase I e dos
cromossomas na metáfase II. Este alinhamento é fundamental para uma correta separação e ascensão, na anáfase I, dos cromossomas homólogos e,
na anáfase II, dos cromatídios. Deste modo, a ausência de coesão nos cromossomas homólogos e nos cromatídios, como resultado da falta de
funcionalidade da proteína RecB, pode determinar a ascensão polar de um número anormal de cromossomas.
4.1. (B). I — A formação do plerocercoide no interior do peixe ocorre através de divisões mitóticas. II — O verme adulto produz gâmetas por meiose
quando se encontra no interior do ser humano. III — Os coracídios (embriões) são entidades diploides que resultaram da multiplicação do zigoto.
3.3. B, A, D, C, E. Na fase S da interfase, as moléculas de DNA sofrem replicação semiconservativa, ficando cada cromossoma constituído por dois
cromatídios aos quais se ligaram coesinas (B). A degradação da proteína securina (A) permite a ação da separase sobre as coesinas (D), degradando-
as, o que possibilita a separação dos cromatídios (C) e a ascensão dos, agora designados, cromossomas (E) na anáfase.
3.4. (D). Os processos 2 e 3 são, respetivamente, a fecundação e a meiose. A fecundação origina uma célula diploide, o zigoto, enquanto por meiose
formam-se células haploides.
3.5. (C). A divisão equacional corresponde à segunda divisão da meiose onde, na anáfase II, ocorre a separação dos cromatídios de cada
cromossoma. A inativação da separase impede a degradação das coesinas, pelo que os cromatídios permanecem unidos. As opções A, B e D
referem-se a fenómenos que ocorrem em etapas da primeira divisão da meiose, respetivamente, prófase I, anáfase I e telófase I.
3.6. (C). I — As leveduras A e C resultam de células progenitoras que se formaram por meiose. II — Como se pode observar no ciclo de vida das
leveduras, representado na figura 12, estes seres vivos reproduzem-se por gemulação quer sejam haploides quer sejam diploides. III —A gemulação é
um processo de reprodução assexuada, havendo a manutenção do número de cromossomas da célula original. A alternância de fases nucleares
apenas se verifica na reprodução sexuada.
4.2. (D). As larvas possuem combinações de genes diferentes, uma vez que resultam do desenvolvimento de diferentes ovos.
4.3. (C). No ser humano e no parasita o processo de obtenção de energia pelas células é a respiração aeróbia, sendo a energia contida nos nutrientes
transferida para moléculas de ATP através de vias catabólicas.
4.4. (C). O ciclo de vida da ténia, tal como o de todos os animais, é diplonte, pelo que a diplófase é mais desenvolvida, encontrando-se a haplófase
reduzida aos gâmetas formados por meiose pré-gamética.
4.5. (A). Os hospedeiros intermediários e definitivo do parasita vivem no interior do organismo de outros seres vivos, prejudicando-os, sem, contudo,
lhes causar morte imediata.
4.6. (B). De acordo com o texto, a vitamina B12 é essencial para a síntese de timina, base azotada que integra os nucleótidos de timina do DNA. Na
ausência destes nucleótidos a replicação do DNA é comprometida.
4.7. (C). A ténia dos peixes é hermafrodita, isto é, produz gâmetas masculinos e femininos. A fusão dos gâmetas ocorre no interior dos segmentos do
corpo do animal pelo que a fecundação é interna.
4.8. A, C, D, B, E. A eclosão de um ovo, quando em contacto com a água, liberta um embrião sob a forma de coracídio (A), que origina uma larva
procercoide (1.° estado larvar) quando ingerido pelo copépode. Este crustáceo é comido por um peixe e a larva procercoide evolui para uma larva
plerocercoide (C). O ser humano, ao comer o peixe, é parasitado pela larva que, uma vez no intestino, atinge o estado adulto iniciando a formação de
gâmetas por meiose. Durante a prófase I da meiose ocorre o emparelhamento dos cromossomas homólogos com a formação dos pontos de quiasma
(D). Na anáfase I, ocorre a separação dos homólogos (B), formando-se na telófase 1 dois núcleos haploides. Após a citocinese formam-se duas
células haploides, cujos núcleos sofrem a segunda divisão da meiose. Após a conclusão da citocinese originam-se quatro gâmetas haploides (E).
4.9. D. Latum é um parasita que se alimenta de vitamina B12, provocando carência desta vitamina no hospedeiro. Na ausência de vitamina B12
formam-se hemácias anormais com défice de hemoglobina. Como consequência, estas hemácias anómalas transportam menos oxigénio para os
tecidos. A carência de oxigénio nas células reduz a respiração aeróbia, diminuindo a produção de energia metabólica.
5.1. (D). Como se pode ver na figura 16, a Cladophora possui um ciclo de vida haplodiplonte, uma vez que a meiose é pré-espórica e ocorre
alternância de fases nucleares e alternância de gerações: a geração esporófita, diploide, e a geração gametófita, haploide.
5.2. (A). 1— O ciclo de vida da espirogira é haplonte e, como se pode observar na figura 15, o ciclo de vida das algas do género Oedogonium também
é haplonte, porque a diplófase está reduzida ao zigoto e a meiose é pós-zigótica. II — Como se vê na figura 17, os gametângios masculinos e
femininos encontram-se em algas diferentes. III — Os processos partenogenéticos pertencem à reprodução assexuada. Neste tipo de reprodução, os
descendentes são geneticamente iguais, não havendo variabilidade genética entre eles.
5.3. (C). No ciclo de vida do Codium, a haplófase está reduzida aos gâmetas. A fase diploide é a
mais desenvolvida e inclui o organismo adulto.
5.4. (D). No ciclo de vida da Cladophora, o esporófito resulta do desenvolvimento do zigoto e, consequentemente, pertence à diplófase.
5.5. (C). No género Codium, os gâmetas formam-se por meiose e a quantidade de glícidos de reserva produzidos é maior nos gametângios femininos,
permitindo que os gâmetas femininos sejam maiores e possam nutrir os embriões nas etapas iniciais do seu desenvolvimento. A partir do texto infere-
se que existem mais cloroplastos nos gametângios femininos, pelo que a síntese de compostos orgânicos deve ser superior à que ocorre nos
gametângios masculinos.
5.6. (B). Como se pode ver na figura 16, em Cladophora, por partenogénese, os gâmetas podem formar novos gametófitos que originam gâmetas por
mitose.
5.7. C, B, A, F, D, E. Os esporos no género Cladophora formam-se por meiose. Assim, a sequência inicia-se pela ocorrência de crossing-over durante
a prófase I (C), a que se segue a separação ao acaso dos cromossomas homólogos na anáfase I (B). Depois, formam-se dois núcleos haploides na
telófase I (A) e o alinhamento dos cromossomas na placa equatorial, metáfase II (F). Segue-se a ascensão polar dos cromossomas resultantes da
separação dos cromatídios de um mesmo cromossoma na anáfase II (D), e, finalmente, a formação de quatro núcleos haploides no final da telófase II
(E).
5.8. A mitose é um processo de divisão nuclear onde há conservação da ploidia da célula-mãe, não existindo fenómenos de recombinação génica, pelo
que os zoósporos formados por este processo são todos geneticamente idênticos entre si e à célula que os originou. Pelo contrário, a meiose permite a
passagem da diploidia para haploidia, podendo ocorrer fenómenos de recombinação genica (como o crossing-over e a separação aleatória dos
cromossomas homólogos), o que permite uma maior variabilidade genética nos indivíduos.
5.9. Na reprodução sexuada, por meiose originam-se os gâmetas, células haploides que têm apenas metade do número de cromossomas
característico da espécie (possuem apenas um cromossoma de cada par de homólogos). Por fecundação origina-se o zigoto, célula diploide que
possui o dobro dos cromossomas presentes nos gâmetas, organizados em pares de homólogos. Deste modo, ocorre a manutenção do cariótipo de
cada espécie.

EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
Verificação das aprendizagens
1. (A). O modelo autogénico defende que o núcleo e outros organelos celulares tiveram origem a partir de invaginações para o interior do citoplasma
da membrana citoplasmática de células procarióticas.
2. (D). I — Os procariontes fotossintéticos que evoluíram para cloroplastos realizavam a fotossíntese, um processo autotrófico que apenas ocorre na
presença da luz, para produzirem compostos orgânicos. II — A hipótese endossimbiótica defende que as mitocôndrias resultaram de células
procarióticas primitivas aeróbias que foram englobadas por um procarionte de maiores dimensões com o qual estabeleceram uma relação de simbiose.
III — De acordo com a hipótese endossimbiótica, os cloroplastos resultaram de células procarióticas fotossintéticas que foram englobadas por um
procarionte de maiores dimensões com o qual estabeleceram uma relação de simbiose intracelular.
3. (D). Como os seres procariontes se dividem, normalmente, por bipartição, o facto de as mitocôndrias e dos cloroplastos se dividirem, de forma
independente da célula, por este processo de divisão é uma evidência a favor do modelo endossimbiótico.
4. (D). Os dados obtidos a partir de análises aos genes e de estudos sobre a morfologia dos organismos são, respetivamente, bioquímicos e
anatómicos.
5. (B). As estruturas homólogas são órgãos que têm a mesma origem, a mesma estrutura básica e posição idêntica no organismo, podendo apresentar
formas e funções diferentes.
6. (C). Populações de espécies ancestrais diferentes ao ocuparem habitats semelhantes ficam sujeitas a pressões seletivas idênticas que levam a
adaptações com algum grau de semelhança. Estas adaptações, que constituem órgãos análogos, sugerem uma evolução convergente.
7. (A). Os catos e as eufórbias pertencem a famílias de plantas diferentes, com origens evolutivas
diferentes, que possuem órgãos análogos, os espinhos, uma vez que estes, apesar de terem função idêntica, têm origem, estrutura e posição relativa
diferentes nas duas plantas. Este facto reflete uma evolução convergente resultante, provavelmente, da colonização, pelos ancestrais destas plantas,
de ambientes idênticos, tendo sido sujeitos a pressões seletivas idênticas que levaram a adaptações semelhantes.
8. (A). De acordo com Lamarck, as transformações ocorridas num órgão pelo seu uso eram transmitidas à descendência — lei da transmissão dos
caracteres adquiridos. As opções B e D referem-se à teoria de Darwin e a opção C ao neodarwinismo.
9. (C). De acordo com o neodarwinismo, a diversidade genética tem como fonte primária as mutações. Essas variações genéticas são responsáveis
pela alteração de características já existentes sobre as quais o ambiente atua de forma seletiva. A opção A está errada, uma vez que a ação seletiva
do ambiente não é exercida sobre os genes, mas sobre os indivíduos das populações; as opções B e D são interpretações lamarckistas.
10. (B). O conceito de recombinação genética, para explicar a variabilidade intraespecífica numa população, é apenas utilizado no neodarwinismo.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (A). Uma vez que a capacidade fotossintética é um atributo das algas, o autor em causa terá tido este aspeto em conta e classificado este
organismo como tal.
1.2. (B). A existência de seres como Geosiphon pyriforme serve de argumento a favor do modelo evolutivo endossimbiótico, uma vez que este modelo
defende que certos constituintes celulares resultaram da integração celular de seres procariontes autotróficos fotossintéticos por seres hospedeiros,
com o estabelecimento de relações de endossimbiose.
1.3. (B). As mitocôndrias são organelos celulares que possuem uma molécula de DNA circular não ligado a proteínas, ou seja, DNA com o mesmo tipo
de organização presente nos seres procariontes, como é o caso das cianobactérias.
1.4. (D). O rRNA (ribossomal) é o principal constituinte dos ribossomas, que existem tanto nas células procarióticas das cianobactérias como nas
células eucarióticas do fungo.
1.5. (A). Numa interpretação lamarckista, as cianobactérias produzem clorofila pela necessidade de sintetizarem o seu alimento.
1.6. (B). Como o oxigénio inativa a nitrogenase, a redução da produção deste gás irá aumentar a atividade da nitrogenase. A redução da produção de
oxigénio ocorre por inibição da fotólise da água, uma vez que o oxigénio libertado durante a fotossíntese provém da molécula da água.
1.7. (D). I — O modelo autogenético defende que os organelos celulares tiveram origem a partir de invaginações da membrana citoplasmática para o
interior do citoplasma. A associação entre um fungo e uma cianobactéria, observada em Geosiphon pyriforme, constitui um argumento a favor do
modelo endossimbiótico. II — A Nostoc, sendo uma cianobactéria, é constituída por células procarióticas. III — A alga obtém a água e o CO2 de que
necessita do fungo. A alga vive nas hifas do fungo, usando a água celular, e utiliza o CO2 por ele produzido na realização da respiração aeróbia.
1.8. (C). A alga, ao realizar a fotossíntese, produz compostos orgânicos, como a glicose. Geosiphon pyriforme produz o ATP de que necessita a partir
da oxidação da molécula de glicose fornecida pela alga.
1.9. As cianobactérias são organismos fotossintéticos. Por outro lado, o fungo possui hifas dilatadas, onde se encontram as cianobactérias, que se
erguem a partir do solo. O posicionamento na periferia das células hospedeiras, na sua parte superior, permite-lhes a melhor captação de luz possível
e, portanto, uma taxa de fotossíntese superior à que teriam se ocupassem uma posição mais interna.
2.1. (B). A variável independente corresponde ao comprimento das asas, uma vez que foi o parâmetro que se fez variar nesta atividade experimental.
O sucesso da fuga constitui uma variável dependente, uma vez que depende do comprimento das asas posteriores das traças. O grupo de controlo
corresponde ao dos animais cujas asas não foram cortadas nem aumentadas, ou seja, com as caudas intactas.
2.2. (A). Com base na análise do gráfico da figura 11, verifica-se que as traças com as caudas aumentadas artificialmente são as que têm maior
sucesso na fuga, em ambas as espécies em estudo, aumentando a probabilidade de sobreviverem ao ataque predatório do morcego.
2.3. (B). De acordo com o texto, a reconstituição do processo evolutivo das traças foi feita com base em análises genéticas e morfológicas, que
forneceram dados, respetivamente, bioquímicos e anatómicos.
2.4. (D). I — O aumento do tamanho das asas posteriores confere vantagem adaptativa, pois promove o sucesso de fuga dos animais de ambas as
espécies e também a sua probabilidade de sobrevivência. II — De acordo com a análise do gráfico da figura 11, o sucesso de fuga é maior quando o
comprimento das asas posteriores também é maior. III — Esta espécie de traça apresenta uma percentagem de sucesso de fuga superior com as asas
removidas e com as asas aumentadas relativamente ao da outra espécie.
2.5. (A). Na afirmação A estão implícitos os conceitos de sobrevivência e reprodução diferenciais expressos na teoria darwinista. As opções B e D
refletem interpretações lamarckistas e a opção C uma interpretação neodarwinista.
2.6. (B). Como as traças-de-seda acasalam com o primeiro macho que se aproxima, estes cruzamentos ao acaso permitem a preservação do fundo
genético da população de traças.
2.7. Em populações de traças, devido a mutações genéticas e a fenómenos de recombinação genética, desenvolveram-se caudas nas extremidades
das asas posteriores de alguns indivíduos. Estes animais apresentavam maior vantagem na fuga aos predadores e, consequentemente, uma maior
sobrevivência diferencial. Devido a este processo de seleção natural, essas traças passaram a reproduzir-se mais, conduzindo a um aumento no
número de insetos com caudas longas e a uma alteração no fundo genético da população.
3.1. (D). Esta projeção funciona como se de um dedo suplementar se tratasse, o que permite aumentar a área da mão, melhorando a escavação.
3.2. (A). Na figura 12 é comparada a estrutura óssea dos membros anteriores de diferentes espécies de talpídeos atuais com base em estudos de
anatomia comparada, o que permite estabelecer relações evolutivas entre eles.
3.3. (C). Como se vê na figura 12, Mogera wogura e Taipa occidentalis têm um ancestral comum mais recente do que Mogera wogura e Parascalops
breweri, o que permite inferir uma menor proximidade evolutiva entre estas duas últimas espécies.
3.4. (B). Nos talpídeos ocorreram fenómenos de divergência evolutiva, o que permite concluir que as formas subterrâneas evoluíram a partir de um
único ancestral subterrâneo.
3.5. (C). As patas dianteiras das toupeiras e os membros anteriores dos morcegos possuem a mesma origem, a mesma estrutura básica e posição
idêntica no organismo, ou seja, são estruturas homólogas que se diferenciaram em resposta a pressões seletivas diferentes.
3.6. C, E, D, A, B. Uma mutação num gene regulador do crescimento ósseo (C) permite o crescimento da projeção radial. Esta mutação levou ao
aparecimento na população de animais com o "dedo extra" (E). Estes animais estão mais bem-adaptados ao ambiente e sobrevivem mais tempo (D),
deixando mais descendentes portadores da mutação, o que faz aumentar a sua frequência (A), conduzindo à variação do fundo genético da população
(B).
3.7. (a) — (3) Para Lamarck e para Darwin o ambiente desempenha um papel importante na evolução dos seres vivos. Lamarck defendia que o
ambiente criava necessidades que levavam à evolução dos seres vivos, enquanto que, para Darwin, o ambiente exercia uma seleção natural sobre as
populações conduzindo à sua evolução. (b) — (4) A única explicação onde se faz referência ao fundo genético de uma população é o neodarwinismo.
(c) — (2) Segundo Lamarck as alterações ambientais, por exemplo a mudança de habitat, determinam nos seres vivos a necessidade de se
adaptarem.
3.8. As mitocôndrias apresentam DNA semelhante ao dos seres procariontes. As mitocôndrias dividem-se por bipartição, tal como as células
procarióticas.
4.1. (A). A divergência evolutiva é tanto maior quanto maiores forem as diferenças entre as condições ecológicas em que duas populações vivam.
Estando em ilhas com idênticas condições ecológicas, a divergência evolutiva será menor.
4.2. (C). I — O isolamento de um grupo ou linhagem de uma população leva a que este grupo sofra mutações genéticas e pressões seletivas
diferentes, o que faz com que os dois grupos iniciais acumulem diferenças genéticas. II — O movimento de indivíduos entre populações dá origem a
um fluxo de genes entre elas. Este fluxo permite a entrada e saída de genes nas populações o que, aliado ao facto de os cruzamentos entre os
indivíduos ocorrerem ao acaso, aumentar a diversidade dos fundos genéticos dessas populações e, consequentemente, a diversidade genética da
espécie. III — Por vezes, do cruzamento de indivíduos de espécies diferentes nascem híbridos interespecíficos que são estéreis, pelo que não
constituem novas espécies.
4.3. (C). Em anos particularmente secos, é de esperar uma redução da vegetação e de sementes disponíveis para a alimentação dos tentilhões destas
duas espécies. O facto de resistirem mais sementes de casca dura e maiores, que servem de alimento à espécie G. magnirostris, faz com que esta
espécie diminua menos os seus efetivos populacionais que a população de G. conirostris.
4.4. (A). A mosca Philomis downsi, ao afetar algumas espécies de tentilhões, provocando a morte das aves, atua como agente de seleção, conduzindo
à evolução dessas populações de tentilhões.
4.5. (C). Como os espinhos dos catos e as folhas de outras plantas possuem a mesma origem embrionária e resultam dos mesmos tecidos, são órgãos
presentes no ancestral destas plantas, do qual herdaram esta estrutura básica. Logo, trata-se de estruturas homólogas, indicadoras de processos de
evolução divergente.
4.6. Uma vez que o ambiente insular é mais ventoso do que o continental, o tamanho das asas pode constituir uma desvantagem que as moscas têm
necessidade de ultrapassar no sentido de se adaptarem a esse novo ambiente. Dessa forma, vão limitar o uso que fazem das asas, causando, através
do desuso, uma diminuição do seu tamanho. A herança por parte dos descendentes dessa característica adquirida ao fim de várias gerações permitirá
que o tamanho das suas asas acabe por se adaptar ao ambiente ventoso.
4.7. A introdução de espécies invasoras para combater outras espécies invasoras não parece ser uma boa solução. Ao contrário de outras situações
de biocontrolo, em que a pressão sobre as pragas é feita com espécies autóctones integradas no ambiente, neste caso, a introdução das abelhas
poderia funcionar como um fator de pressão negativa sobre outras espécies do arquipélago, o que desencadearia consequências imprevisíveis ao nível
do equilíbrio da comunidade. A implementação de uma solução deste tipo deve ser precedida de estudos ecológicos que visem estabelecer o impacto
que a introdução de uma nova espécie poderia trazer.

SISTEMÁTICA DOS SERES VIVOS

Verificação das aprendizagens


1. (A). As classificações fenéticas são classificações horizontais, uma vez que não consideram a evolução dos seres vivos nem o fator tempo que lhe
está associado.
2. (C). As classificações filogenéticas agrupam os seres vivos com base no estabelecimento de relações de parentesco evolutivo entre eles ao longo
do tempo.
3. (D). O reino é a categoria taxonómica com mais amplitude, sendo, por isso, a mais heterogénea.
4. (B). De acordo com o conceito biológico de espécie, organismos pertencentes à mesma espécie são capazes de originar entre si descendência fértil,
isto é, capazes de também se reproduzirem.
5. (B). A espécie (taxon natural) é a categoria taxonómica menos abrangente e que inclui os organismos com maior número de características em
comum, isto é, com maior afinidade, enquanto o reino é a mais abrangente e a mais heterogénea. Entre estas duas categorias incluem-se por ordem
crescente de abrangência e decrescente de afinidade entre os seres vivos incluídos em cada uma delas, o género, a família, a ordem, a classe e o filo.
6. (C). Para a designação de espécie são utilizados dois nomes (nomenclatura binominal) enquanto para a designação do género, da família, da
ordem, da classe, do filo e do reino é utilizado apenas um nome.
7. (D). De acordo com as regras de nomenclatura binominal, Euphorbia lactea designa o nome da espécie.
8. (A). Com base nos critérios de classificação utilizados por Whittaker, os animais e os fungos são constituídos por células eucarióticas. Os fungos são
microconsumidores e os animais são macroconsumidores. Todos os animais são pluricelulares, mas os fungos podem ser pluricelulares ou
unicelulares.
9. (B). Whittaker incluiu no reino Plantae apenas os seres multicelulares fotoautotróficos com elevada diferenciação tecidular.
10. (C). A composição química do DNA é igual em todos os seres vivos.
11. (D). Os critérios utilizados por Whittaker no seu sistema de classificação foram: o tipo de células/nível de organização celular, o tipo de nutrição e a
interação nos ecossistemas.
12. (D). I — O sistema de classificação proposto por Whittaker considera a existência de cinco reinos. II — O domínio é uma categoria
hierarquicamente superior ao reino. III — Woese divide o mundo vivo em três domínios, sendo as bactérias distribuídas pelos domínios Eubacteria e
Archaebacteria.
13. (C). Carl Woese dividiu o mundo vivo em três domínios com base em dados obtidos da comparação de sequências de RNA ribossómico em
diferentes organismos.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (C). De acordo como texto, a utilização do DNA mitocondrial na investigação deveu-se ao facto de este possuir uma taxa de mutação mais elevada
do que a que se verifica no DNA nuclear, logo, sofrendo mais alterações por unidade de tempo.
1.2. (B). De acordo com o modelo endossimbiótico, as mitocôndrias tiveram origem em procariontes aeróbios que foram englobados por procariontes
de maiores dimensões com os quais estabeleceram relações de simbiose intraespecífica. A presença do gene da proteína citocromo c oxidase I no
mtDNA apoia este modelo, uma vez que reforça a ideia de que o DNA mitocondrial não teve origem no DNA nuclear.
1.3. (A). A análise do diagrama da figura 5 mostra que sequências diferentes deste gene foram obtidas de indivíduos pertencentes à mesma espécie,
por exemplo, L. polyphemus, logo, existe variabilidade intraespecífica para este gene. Também se verificam diferenças nas sequências deste gene
obtidas de indivíduos pertencentes a espécies diferentes, logo, existe variabilidade interespecífica para este gene.
1.4. (D). A análise do diagrama da figura 5 revela que os caranguejos-ferradura da costa asiática, Tachypleus tridentatus, Tachypleus gigas e
Carcinoscorpius rotundicauda, têm entre si um ancestral comum mais recente do que aquele que partilham com a espécie Limulus polyphemus
(caranguejos-ferradura da costa leste da América do Norte), pelo que é de supor que haja uma maior semelhança entre as sequências nucleotídicas do
gene COI obtidas dos caranguejos asiáticos.
1.5. (D). O diagrama da figura 5 representa um sistema de classificação vertical que estabelece as relações filogenéticas entre espécies de diferentes
grupos de animais e a sua evolução ao longo do tempo.
1.6. (C). A figura 5 mostra que os caranguejos-ferradura partilham um ancestral comum mais recente com o grupo dos insetos do que com os outros
grupos, pelo que partilham entre si mais características, possuindo maior afinidade e estando filogeneticamente mais próximos.
1.7. (D). Tachypleus tridentatus e Tachypleus gigas pertencem ao mesmo género Tachypleus e, consequentemente, aos grupos hierarquicamente
superiores, como a família.
1.8. (A). Tachypleus tridentalus designa o nome da espécie, correspondendo o primeiro termo ao nome do género a que a espécie pertence,
Tachypleus, e o segundo, que identifica dentro do género a espécie, ao restritivo específico, tridentatus. Esta nomenclatura é binominal, porque são
utilizados dois nomes para designar a espécie.
1.9. A análise das sequências do gene veio mostrar que os caranguejos-ferradura, os insetos e os caranguejos estão filogeneticamente próximos e
descendem todos de um ancestral comum. Pelo contrário, os escorpiões estão mais afastados filogeneticamente, possuindo um ancestral comum mais
antigo com o grupo anterior.
1.10. O cianeto bloqueia a cadeia respiratória da respiração aeróbia ao inibir a enzima. Este bloqueio provoca uma diminuição brusca na produção de
ATP, uma vez que é nesta etapa que ocorre a maior parte da sua produção, e o rendimento energético do processo anaeróbio é muito inferior. Como
as células do coração consomem muito ATP, dada a sua função, a intoxicação por cianeto irá afetar a circulação.
2.1. (C). Lynn Margulis divide os seres vivos em dois domínios: Prokarya e Eukarya. O domínio é uma categoria taxonómica hierarquicamente superior
ao reino.
2.2. (A). De acordo com o texto, os primeiros eucariontes resultaram da fusão de células inteiras entre procariontes dos grupos Archaea e Eubacteria,
tendo posteriormente alguns destes seres incorporado eubactérias aeróbias e mais tarde cianobactérias com as quais estabeleceram relações de
simbiose intracelular.
2.3. (C). Segundo o texto, os eucariontes mais antigos eram anaeróbios, logo, realizavam a fermentação.
2.4. Woese separa-os em dois domínios, Bacteria e Archea, e Margulis apenas no domínio Prokarya.
2.5. (A). Segundo o sistema de classificação de Whittaker modificado, os fungos são seres eucariontes, uma vez que são constituídos por células
eucarióticas. Nos ecossistemas, os fungos assumem a função de microconsumidores (decompositores).
2.6. (D). Os sistemas de classificação fenéticos são horizontais, porque não consideram a evolução dos organismos ao longo do tempo, baseando-se
apenas nas características atuais dos seres vivos.
2.7. (A). O sistema de classificação proposto por Lynn Margulis representado na figura 6B mostra que o reino Plantae iniciou a sua evolução durante o
Fanerozoico a partir de protoctistas, como as algas verdes. As algas verdes são constituídas por células eucarióticas vegetais com parede celular de
natureza celulósica.
2.8. (D). I — Como se pode observar no sistema de classificação proposto por Woese, representado na figura 6A, as arqueobactérias partilham um
ancestral comum mais recente com os eucariontes do que com as eubactérias. II — As arqueobactérias e as eubactérias constituem o reino Monera de
Whittaker, uma vez que são procariontes. III — Woese baseou o seu sistema de classificação na análise das sequências dos nucleótidos das
moléculas de rRNA (ribossomal).
2.9. As mitocôndrias possuem uma molécula de DNA circular idêntica à dos procariontes atuais. A comparação entre as sequências nucleotídicas das
mitocôndrias dos eucariontes com as sequências de bactérias aeróbias pode permitir a determinação das relações filogenéticas entre eles e, assim,
determinar a origem destes organelos celulares.
2.10. De acordo com Margulis, as análises de dados bioquímicos, como as sequências do RNA ribossomal utilizadas por Woese, apenas podem
confirmar ou refutar cenários evolutivos. Isto porque, apesar de as diferentes moléculas surgirem como seu resultado, a evolução não atua sobre
moléculas, mas sobre organismos que vivem num determinado ambiente e num determinado momento. Assim sendo, as relações filogenéticas devem
ser estabelecidas a partir de uma grande variedade de critérios, como os bioquímicos, os ecológicos e os morfológicos.
3.1. (A). Na árvore filogenética I da figura 7B é possível verificar que os placodermos descendem de um único ancestral comum, uma vez que provêm
de um único ramo evolutivo, enquanto na árvore filogenética II descendem de dois ancestrais distintos, uma vez que existem dois ramos evolutivos.
3.2. (C). Este animal fóssil viveu durante o Devónico da Era Paleozoica e, como tal, a sua classificação em peixe placodermo baseia-se no estudo do
registo fóssil, logo, em critérios paleontológicos.
3.3. (B). A ordem é o taxon imediatamente inferior ao taxon classe. Assim, a ordem engloba uma menor diversidade de géneros do que a classe e,
consequentemente, uma maior semelhança entre eles.
3.4. (D). Os clásperes dos tubarões atuais e os dos peixes placodermos são órgãos análogos, porque, apesar de desempenharem a mesma função,
possuem origem diferente (os dos tubarões são de origem cartilagínea e os dos placodermos são de origem óssea).
3.5. (B). Os esquemas I e II da figura 7B representam classificações verticais (filogenéticas), porque evidenciam relações filogenéticas entre os grupos
representados e a sua evolução ao longo do tempo, refletindo processos de evolução divergente.
3.6. (D). Na designação binominal da espécie Microbrachius dicki, o primeiro nome refere-se ao género a que a espécie pertence, Microbrachius, e o
segundo nome, que identifica dentro do género a espécie, é o restritivo específico, dicki.
3.7. (a) — (2) As classificações fenéticas, ou horizontais, classificam os seres vivos com base nas suas características morfológicas. (b) — (5) A
classificação de Whittaker utiliza, como um dos critérios de classificação, a interação dos seres vivos nos ecossistemas. (c) — (3) A espécie é a
unidade básica da classificação, sendo o único taxon natural.
3.8. Os placodermos possuíam clásperes, uma característica morfológica análoga à de alguns peixes cartilagíneos atuais, o que indicia que possuiriam
fecundação interna. Considerando que os placodermos estão filogeneticamente relacionados com peixes com fecundação externa, mais recentes,
pode supor-se que estes peixes atuais surgiram de ancestrais com fecundação interna.
3.9.1. (C). O esquema I refere-se a uma classificação fenética ou horizontal baseada apenas em semelhanças morfológicas, não considerando a
evolução dos organismos ao longo do tempo; os grupos formados não refletem as relações evolutivas entre eles.
3.9.2. Na classificação I são usadas características como o bipedismo e o desenvolvimento do cérebro, o que justifica a criação da família Hominidae
para englobar o género Homo e da família Pongidae para englobar os restantes símios. A classificação II, baseada na análise do DNA, permitiu
verificar uma afinidade filogenética que justifica a integração dos animais numa única família Hominidae. No entanto, o afastamento filogenético do
orangotango relativamente aos restantes animais justifica a divisão da família em duas subfamílias (Ponginae e Hominidae). Esta classificação mostra
também que o ser humano compartilha com o chimpanzé um ancestral comum mais recente do que com os restantes animais.

GEOLOGIA 11.° ANO

Sedimentação e rochas sedimentares

Verificação das aprendizagens


1. (D). As rochas sedimentares formam-se à superfície terrestre, ou nas suas proximidades, em bacias de sedimentação, a partir da deposição de
materiais com diferentes origens.
2. (A). A formação de rochas sedimentares envolve um conjunto de processos sequenciais que incluem, por esta ordem, a meteorização, a erosão, o
transporte e a sedimentação a que se pode seguir a diagénese.
3. (B). A meteorização pode ser física e/ou química, ocorrendo à superfície terrestre, ou nas suas proximidades. Neste processo estão envolvidos os
agentes da geodinâmica externa, como, por exemplo, a água e os seres vivos.
4. (D). Durante o transporte, os fragmentos rochosos podem sofrer uma diminuição de tamanho e um arredondamento gradual provocados por
desgaste.
5. (C). À medida que o agente de transporte perde competência (ou energia), os sedimentos depositam-se de acordo com o seu peso, em camadas
sucessivas mais ou menos horizontais, os estratos.
6. (C). No decorrer da diagénese, os sedimentos depositados vão sofrer um conjunto de modificações físicas e químicas sequenciais — compactação
seguida da cimentação — que conduzem à sua transformação numa rocha sedimentar consolidada.
7. (A) Afirmação verdadeira — Os evaporitos, de que são exemplo o sal-gema e o gesso, são rochas formadas pela precipitação de substâncias
dissolvidas em água salgada, por evaporação desta última.
(B) Afirmação falsa — Por hidrólise, os feldspatos originam caulinite, um mineral de argila.
(C) Afirmação falsa — Por oxidação, as piroxenas originam hematite.
(D) Afirmação verdadeira — A crioclastia é um fenómeno que resulta na expansão de fraturas nas rochas por congelação de água nas mesmas,
sobretudo em zonas de altitude.
(E) Afirmação falsa — As areias são exemplos de rochas sedimentares detríticas.
(F) Afirmação falsa — Os conglomerados são rochas sedimentares detríticas consolidadas formados por sedimentos arredondados.
(G) Afirmação verdadeira — Os minerais idiocromáticos, como a pirite, apresentam cor invariável.
(H) Afirmação verdadeira — A clivagem é uma propriedade física segundo a qual um mineral se fratura por superfícies lisas e brilhantes paralelas entre
si.
(I) Afirmação verdadeira — A risca, ou traço, é a cor de um mineral quando reduzido a pó.
(J) Afirmação falsa — A dureza relativa é determinada com a escala de Mohs.
8. (D). Os fósseis de idade correspondem a seres vivos que viveram durante um curto intervalo de tempo geológico, apresentando, por isso, baixa
distribuição estratigráfica; por outro lado, possuem uma grande distribuição geográfica.
9. (A). De acordo com o princípio da identidade paleontológica, estratos pertencentes a diferentes colunas estratigráficas, desde que possuam fósseis
ou conjuntos de fósseis semelhantes, apresentam a mesma idade relativa.
10. (B). Qualquer estrutura que intersete um ou mais estratos formou-se posteriormente a esses estratos, sendo mais recente que eles.
11. (C). O princípio da horizontalidade original considera/enuncia que os sedimentos são depositados sob a influência da gravidade em camadas
horizontais ou próximas da horizontal.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (A). A maioria das rochas do Parque Nacional de Zion são sedimentares. Por essa razão, formaram-se à superfície terrestre, ou nas suas
proximidades. Muitas destas litologias resultaram da deposição de materiais em ambientes marinhos pouco profundos (como, por exemplo, o calcário
da Formação Kaibab) ou em ambientes fluviais/lacustres; outras resultaram da deposição de areias em ambientes desérticos (como, por exemplo, o
Arenito Navajo).
1.2. (C). A bacia sedimentar de Zion situa-se atualmente no planalto do Colorado (EUA). É essencialmente constituída por rochas dos períodos
Triásico e Jurássico (Era Mesozoica),
tendo as suas litologias sido formadas, essencialmente, em ambientes marinhos pouco profundos ou em regiões continentais (fluviais, lacustres e
desérticas). Algumas das rochas deste parque exibem trilobites em rochas da Era Paleozoica.
1.3. (D). As rochas sedimentares contidas nas diferentes formações do Parque Nacional de Zion apresentam fósseis de ambientes marinhos (como
braquiópodes, crinoides, trilobites, bivalves e gastrópodes) e de ambientes terrestres (como pegadas de répteis primitivos e anfíbios e troncos fósseis
de coníferas). Estas rochas podem apresentar uma natureza detrítica (como os argilitos, os siltitos, os arenitos e os conglomerados) e quimiogénica
(como os evaporitos).
1.4. (C). A cimentação é um fenómeno integrado na diagénese, segundo o qual parte das substâncias em suspensão, ou dissolvidas na água que
percorrem os sedimentos, precipitam e originam um cimento que os une.
1.5. (A). Os troncos petrificados formaram-se por mineralização, um tipo de fossilização segundo o qual os tecidos das partes duras podem ser
preenchidos por materiais transportados em solução, como a sílica, substituindo a matéria orgânica e mantendo inalterada a estrutura e a forma dos
órgãos. Já as pegadas de répteis primitivos resultaram de moldagem. Neste tipo de fossilização, o organismo ou alguma parte do seu corpo forma um
molde nos sedimentos.
1.6. (B). A formação Moenkopi é formada por rochas detríticas (argilitos, siltitos e arenitos) e por rochas carbonatadas e evaporíticas. A intercalação
destes níveis, ora mais grosseiros ora mais finos, com outros de natureza mais quimiogénica e/ou biogénica, permite deduzir que, ao longo do tempo,
ocorreram transgressões e regressões marinhas.
1.7. (C). I — As trilobites são somente fósseis indicadores de ambientes marinhos. II — Entre as duas formações existe uma superfície de
descontinuidade, formada por exposição subaérea e posterior erosão. III — O arenito Navajo possui diferentes camadas. De acordo com o princípio da
sobreposição, as camadas localizadas numa posição inferior serão mais antigas do que aquelas posicionadas numa posição superior, que serão mais
recentes.
1.8. E, A, C, D, B. Formação de Kaibab — a deposição de carbonato de cálcio numa bacia sedimentar durante o período Pérmico permitiu a formação
de calcário (E). Formação Moenkopi — a exposição subaérea conduziu a fenómenos de erosão e a posterior deposição de argilas permitiu a formação
de pegadas fósseis de répteis primitivos e anfíbios (A). Formação de Chinle — nova exposição subaérea conduziu a fenómenos erosivos, ocorrendo a
formação de fósseis de troncos de árvores em ambiente continental (C). Arenito Navajo — composto por camadas espessas e entrecruzadas de
arenito formadas a partir de dunas de areia num antigo deserto (D). Formação Carmel — deposição de gesso (evaporito) numa bacia sedimentar
durante o período Jurássico (B).
1.9. De acordo com os dados, o peso das camadas sedimentares presentes na bacia sedimentar de Zion conduziram a um progressivo afundimento da
mesma (subsidência da bacia sedimentar). Este afundimento permitiu acomodar uma carga sedimentar contínua que conduziu à formação de uma
espessa coluna de sedimentos.
1.10. O evaporito presente na formação Carmel é o gesso, uma rocha sedimentar quimiogénica que se formou por precipitação de sais de sulfato de
cálcio hidratado, como resultado de intensa evaporação de água salgada. Este fenómeno indicia a transição de um ambiente lagunar para um
ambiente mais quente e árido.
2.1. (C). Atendendo ao significado do termo sobrejacente (por cima de), e de acordo com o princípio da sobreposição, considera-se que as rochas do
Cenozoico, mais recentes, se encontram sobre as rochas do Mesozoico, mais antigas.
2.2. (A). As rochas carbonatadas de Peniche encontravam-se à superfície terrestre. Por esta razão, a exposição subaérea destas litologias favorece a
sua meteorização e erosão pelos agentes da geodinâmica externa.
2.3. (C). O fóssil apresenta uma curta distribuição estratigráfica, uma vez que o grupo em questão viveu durante um pequeno período de tempo
geológico. Esta característica, conjugada com uma grande distribuição geográfica, faz dele um bom fóssil de idade.
2.4. (A). O fóssil referido apresenta uma grande distribuição estratigráfica, podendo ocorrer em rochas onde surge também o fóssil Prinsiosphaera, tal
como se pode deduzir da leitura do diagrama da figura 30.
2.5. (D). O desenvolvimento lento e gradual de processos geológicos é defendido pelos uniformitaristas. Os nanofósseis referidos são organismos
marinhos, tal como se indica no início do terceiro parágrafo do texto.
2.6. (B). De acordo com o princípio da identidade paleontológica, a existência de associações fossilíferas semelhantes em regiões afastadas permite
inferir uma idade semelhante para as rochas em que essas associações se encontram. Esta inferência constitui um argumento a favor da teoria da
deriva continental.
2.7. (C). Nas arribas litorais, as rochas estão sujeitas a processos de meteorização e erosão. Este facto favorece o avanço do oceano sobre a área
continental, ou seja, promove o recuo da linha de costa.
2.8. C, E, B, D, A. A sequência relaciona-se com processos de sedimentogénese e diagénese, associados à formação de uma rocha sedimentar
detrítica. O acontecimento mais recuado no tempo consiste na exposição das rochas paleozoicas (C). Essas rochas foram alteradas e erodidas (E),
sendo os detritos delas resultantes transportados (B), antes de serem depositados numa bacia de sedimentação (D), e, posteriormente, litificados
(consolidados) (A).
2.9. As litologias das falésias da região de Peniche são de natureza sedimentar. Dada a baixa resistência destas rochas à meteorização, são
facilmente erodidas na sua base pela ação do oceano Atlântico. A elevada inclinação das falésias potencia a queda dos materiais do topo, favorecendo
a erosão.
3.1. (A). As rochas que se encontram a cobrir a maioria das formações sedimentares são areias de cordões dunares. Por esta razão, e de acordo com
o princípio da sobreposição, os cordões dunares são mais recentes do que as formações sedimentares.
3.2. (C). A maioria dos terraços sedimentares encontra-se assente em granito, uma rocha magmática (plutónica).
3.3. (A). De acordo com o último parágrafo do texto, os dados de campo e de laboratório permitiram definir dezasseis unidades litostratigráficas
detríticas, que se encontram, essencialmente, distribuídas pelos cinco terraços sedimentares. Por essa razão, os depósitos costeiros estudados são
totalmente constituídos por rochas sedimentares detríticas.
3.4. (B). Os conglomerados são rochas sedimentares detríticas consolidadas, constituídas por balastros arredondados.
3.5. (D). De entre os microfósseis identificados neste estudo constam pólenes, esporos e algas. Trata-se de vestígios de seres vivos que habitavam em
ambientes aquáticos (por exemplo, algas) e terrestres (por exemplo, pólenes provenientes de plantas terrestres).
3.6. (D). No terraço 2, a U1 encontra-se por baixo da U2, sendo a primeira constituída por sedimentos característicos de um ambiente de praia. Já a U2
é constituída por sedimentos característicos de um ambiente fluvial/estuarino. A instalação de um sistema fluvial por cima de um ambiente de praia
pressupõe a ocorrência de uma regressão marinha (avanço da linha de costa).
3.7. (C). A presença de areias não é por si só um critério suficiente na definição de um paleoambiente fluvial, até porque a presença desta rocha
sedimentar pode ajudar a definir outros tipos de ambientes, como cordões dunares e ambientes desérticos.
3.8. (C). A dureza relativa de um mineral, como o quartzo, pode ser determinada utilizando a escala de Mohs.
3.9. (a) — (1) O gesso é uma rocha sedimentar quimiogénica formada por precipitação de sais de sulfato de cálcio hidratado, como resultado de
intensa evaporação de água salgada. (b) — (4) A antracite é um carvão, uma rocha sedimentar biogénica que possui elevado grau de incarbonização.
(c) — (5) As brechas são rochas sedimentares detríticas consolidadas formadas por balastros angulosos.
3.10. O terraço T2 é constituído pelas unidades 1, 2 e 3. Uma vez que a unidade 1 se encontra subjacente à unidade 2, pode concluir-se, a partir do
princípio da sobreposição dos estratos, que é mais antiga do que ela. A unidade 3 interseta as unidades 1 e 2, podendo deduzir-se, através da
aplicação do princípio da interseção, que é a unidade mais recente do terraço T2.
3.11. A hidrólise é um processo de meteorização química que conduz à formação de caulinite a partir de feldspatos presentes, por exemplo, num
granito.
4.1. (D). A Formação de Coimbra é maioritariamente constituída por calcário, uma rocha sedimentar quimiogénica formada em ambiente aquático.
4.2. (B). A zona inferior apresenta uma associação de espécies fósseis marinhas a salobras; já a zona média apresenta espécies fósseis de carácter
exclusivamente marinho. Este facto permite deduzir que da zona inferior para a zona média da sequência estratigráfica ocorreu um aumento da
quantidade de água salgada naquele local, facto que poderá estar associado à abertura de uma bacia oceânica.
4.3. (D). De acordo com o texto, no topo da sequência na região de S. Pedro de Moel há uma maior riqueza em matéria orgânica. Sendo os ostracodos
animais e existindo uma baixa disponibilidade de oxigénio na água, estes seres vivos não terão conseguido obter a quantidade necessária deste gás
para os seus processos metabólicos. Tal facto também terá concorrido para a ausência destes animais na zona superior da sequência.
4.4. (A). Os fósseis permitem aos geólogos conhecerem a idade relativa das rochas que os contêm. Os bons fósseis de idade correspondem a seres
vivos que viveram durante um curto intervalo de tempo geológico, apresentando, por isso, baixa distribuição estratigráfica; por outro lado, possuem
uma grande distribuição geográfica.
4.5. (C). De acordo com o princípio da identidade paleontológica, os estratos pertencentes a colunas estratigráficas distintas e que possuam conjuntos
fósseis semelhantes apresentam a mesma idade. Por essa razão, também a fauna contida nessas rochas apresentará características semelhantes
independentemente da sua localização.
4.6. (C). Com base no princípio das causas atuais, os fósseis de fácies permitem correlacionar os ambientes atuais, onde vivem organismos com uma
ecologia semelhante a esses fósseis, com os ambientes antigos. Ao integrarem as rochas, estes fósseis permitem conhecer o ambiente de formação
dessas litologias.
4.7. (a) — (2) A moldagem é um tipo de fossilização em que o organismo ou alguma parte do seu corpo forma um molde nos sedimentos que o
envolvem. (b) — (5) A mumificação é um tipo de fossilização que permite a conservação total de organismos completos, quando ficam envolvidos por
um meio isolante. (c) — (1) Os icnofósseis ou marcas fósseis correspondem a vestígios da atividade dos seres vivos, como as pegadas e os ninhos.
4.8. O conteúdo fossilífero, nomeadamente os fósseis de fácies, é uma peça importante na definição de paleoambientes, pois estes fósseis pertencem
a seres vivos que ocuparam ambientes muito específicos e/ou que sofreram poucas alterações evolutivas, podendo ser diretamente relacionados com
os organismos atuais.
4.9. Em Peniche, o ambiente deposicional seria mais dinâmico. Este hidrodinamismo, ao mobilizar as carapaças de ostracodos, terá provocado o seu
desgaste. Apesar de presentes, este facto proporcionou uma menor preservação destas nas rochas sedimentares da região.

Magmatismo e rochas magmáticas


Verificação das aprendizagens
1. (A). As rochas magmáticas ou ígneas são rochas que resultam do arrefecimento e da solidificação ou consolidação de um magma.
2. (D). Um magma é uma mistura complexa de materiais rochosos, total ou parcialmente fundidos, com uma componente gasosa variável e uma
composição essencialmente silicatada.
3. (A). Existem, genericamente, três tipos de magma. A sua classificação está dependente do teor em sílica que apresentam e da temperatura a que se
encontram.
4. (C). A viscosidade de um magma varia na razão direta do seu teor em sílica. Deste modo, quanto menor for o seu teor em sílica menor será a sua
viscosidade, ou seja, este apresentará maior fluidez.
5. (B). O teor em sílica é um dos critérios utilizados para a classificação dos três tipos de magmas. Sendo assim, e de acordo com um crescente teor
em sílica, a sequência correta é: magma basáltico - magma andesítico - magma riolítico.
6. (D). Os magmas basálticos ou básicos formam-se por fusão parcial de rochas do manto (peridotito).
7. (D). As rochas do manto sofrem fusão em resultado da diminuição da pressão experimentada pelos materiais em limites divergentes e em pontos
quentes.
8. (A). Os magmas riolíticos formam-se, normalmente, em limites tectónicos convergentes. A formação destes magmas é complexa, mas admite-se
que podem resultar de um aumento da temperatura em profundidade gerada em contextos orogénicos, assumindo a água um papel importante na sua
formação.
9. (A) Afirmação falsa — As rochas magmáticas intrusivas resultam da consolidação lenta de um magma em profundidade.
(B) Afirmação falsa — A textura granular resulta do arrefecimento lento de um magma em profundidade.
(C) Afirmação falsa — O diorito é uma rocha que apresenta textura granular.
(D) Afirmação verdadeira - Os minerais félsicos, como o quartzo e a moscovite, apresentam elevados teores em sílica e alumínio.
(E) Afirmação verdadeira - As rochas melanocratas apresentam cor escura, pois possuem elevadas percentagens de minerais máficos (escuros).
(F) Afirmação falsa - O granito é uma rocha magmática intrusiva leucocrata.
(G) Afirmação verdadeira - O gabro é uma rocha magmática intrusiva melanocrata, devido à predominância de minerais máficos ou escuros.
(H) Afirmação verdadeira - Os magmas ácidos ou riolíticos são magmas que apresentam elevados teores em sílica.
10. (A). Durante a cristalização fracionada formam-se, inicialmente, os minerais com maior teor em ferro e magnésio (série descontinua) e as
plagióclases cálcicas (série continua).
11. (C). Bowen estabeleceu uma ordem segundo a qual se processa a formação dos principais minerais que constituem as rochas magmáticas. No
modelo sequencial que propôs, considerou a existência de duas séries de minerais: série descontínua, correspondente a minerais ferromagnesianos;
série contínua, que corresponde a minerais isomorfos do grupo das plagióclases.
12. (D). No final da série reacional de Bowen formam-se feldspatos potássicos, moscovite e, por último, o quartzo, minerais com pontos de fusão
inferiores aos dos outros e que não pertencem nem à série continua nem à série descontínua.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (A). O MIS formou-se à cerca de 72 M.a. A atuação dos processos erosivos ao longo dos últimos 70 M.a. permitiu expor este conjunto litológico
formado em profundidade.
1.2. (B). De entre as rochas magmáticas que constituem o MIS, destacam-se os gabros, de natureza básica, os dioritos e os sienitos, de natureza
intermédia.
1.3. (C). Os gabros são rochas magmáticas básicas, enquanto os sienitos são rochas magmáticas intermédias. De acordo com o modelo reacional de
Bowen, os gabros ter-se-ão formado primeiro e a temperaturas mais elevadas do que os sienitos, possuindo maiores teores de ferro e magnésio e
maiores percentagens de plagióclases cálcicas.
1.4. (A). Os filões do MIS são constituídos por microgabros e basaltos (rochas melanocratas), assim como por riólitos e microgranitos (rochas
leucocratas). De acordo com a figura 9, a maioria destes filões orienta-se segundo uma direção preferencial E-W no Porto de Sines. Na Praia da
Lagoa, a maioria orienta-se, preferencialmente, segundo a direção NW-SE.
1.5. (D). A instalação das rochas magmáticas do MIS originou, por metamorfismo de contacto, corneanas (rochas metamórficas). Estas últimas
possuem grande expressão a SE da cidade de Sines.
1.6. (C). As brechas eruptivas do MIS apresentam fragmentos de várias rochas, como, por exemplo, os gabros, que se encontram envolvidos por uma
massa de composição igual à dos sienitos. De acordo com o texto, estes fragmentos possuem um contorno irregular e anguloso, tal como os balastros
(clastos) que constituem as brechas sedimentares.
1.7. (A). As rochas magmáticas que afloram na região de Sines, Sintra e Monchique constituem intrusões magmáticas. O seu aparecimento poderá
estar associado à abertura do oceano Atlântico (limite divergente).
1.8. (A). Os depósitos recentes na região de Sines correspondem a cascalheiras e areias com seixos, assim como areias de antigas praias e terraços.
Estes sedimentos de origem detrítica poderão marcar, relativamente à atualidade, fenómenos de regressões marinhas (avanços da linha de costa).
Esta dedução resulta ainda do facto de na cobertura do MIS se encontrarem materiais que apresentam uma granulometria mais grosseira, o que
denuncia um aumento da energia no ambiente sedimentar.
1.9. (B). Na região de Sines, a paisagem mais aplanada a norte é dominada por rochas sedimentares, como areias de praias e dunas; cascalheiras e
areias com seixos assim como cascalheiras e areias de antigas praias e terraços. A oeste dominam as falésias que correspondem ao contacto de
rochas magmáticas do MIS, como gabros, dioritos, sienitos e brechas eruptivas, com o oceano.
1.10. (a) - (1) 0 basalto é uma rocha magmática de cor escura, melanocrata e extrusiva. Devido a esta última característica, considera-se que o
arrefecimento do magma que o originou terá sido rápido, conferindo a esta fitologia uma textura agranular. (b) — (4) O riólito é uma rocha magmática
leucocrata (apresenta cor clara) e extrusiva. Considera-se que o arrefecimento do magma que originou esta rocha terá sido rápido, conferindo-lhe uma
textura agranular. (c) — (2) A areia é uma rocha sedimentar formada por sedimentos não consolidados de origem diversificada.
1.11. As brechas eruptivas são litologias constituídas por fragmentos de outras rochas, maioritariamente gabros, envolvidos por uma massa de
composição igual à dos sienitos. Desta forma, considera-se que a ascensão de um magma de composição sienítica terá removido rochas já formadas,
englobando-as e envolvendo-as. Este fenómeno pode ser explicado pelo princípio da inclusão, na medida em que a massa sienítica é mais recente do
que as rochas encaixantes que nela se encontram contidas.
2.1. (B). Os granitoides tardi-pós-D3 possuem uma idade compreendida entre os 306 e os 290 M.a. e os granitoides Sin-D3 possuem uma idade
compreendida entre os 318 e os 307 M.a. De acordo com o princípio da interseção e com os dados da figura 10, verifica-se que os granitoides tardi-
pós-D3, mais recentes, serão intrusivos dos granitoides Sin-D3, mais antigos.
2.2. Considera-se que o diorito é um exemplo de uma rocha magmática plutónica intermédia. Como é referido no texto, os granitos da região de Cota-
Viseu estão espacialmente associados a pequenos corpos intrusivos de rochas básicas e intermédias, sendo, então, o diorito um desses exemplos.
2.3. (D). As rochas magmáticas básicas que afloram na região de Cota-Viseu terão resultado da consolidação de magmas básicos ou basálticos.
Considera-se que estes magmas serão formados pela fusão parcial de rochas do manto (peridotito).
2.4. (B). Tal como é referido no texto, as rochas magmáticas da região de Cota-Viseu são, no seu conjunto, de natureza plutónica ou intrusiva. De
entre estas constam rochas ácidas, os granitos, que estão espacialmente associados a pequenos corpos de rochas básicas e intermédias. Uma vez
que estas rochas resultaram de magmas com diferentes teores em sílica, ferro e magnésio, os minerais que as constituem podem ser máficos
(escuros) ou félsicos (claros).
2.5. (C). As rochas granitoides são litologias que se formaram a partir de magmas mais ricos em sílica e mais pobres em ferro e magnésio, quando
comparados com magmas que originaram as rochas magmáticas básicas existentes na região de Cota-Viseu. Tendo em consideração estes dados,
assim como a série reacional descontínua de Bowen, as rochas granitoides apresentarão menores percentagens de piroxenas quando comparadas
com as rochas magmáticas básicas.
2.6. (C). De acordo com os dados apresentados, as determinações geocronológicas atuais, usando o método U-Pb em duas amostras do granito de
Cota-Viseu, permitiram estimar a sua idade de cristalização, a partir de um magma, há cerca de 306 M.a.
2.7. (A). As rochas magmáticas ácidas que afloram na região de Cota-Viseu são granitos. Dado o seu carácter intrusivo, estas litologias resultaram de
um arrefecimento lento do magma em profundidade, apresentando, por isso, uma textura granular. Os megacristais (cristais muito desenvolvidos) que
estas rochas possuem estão dispersos numa matriz de grão médio a grosseiro.
2.8. (a) — (3) O feldspato é um mineral que, por hidrólise, um processo de meteorização química, origina caulinite. (b) — (4) A piroxena é um mineral
que, por oxidação, um processo de meteorização química, origina hematite. (c) — (2) A plagióclase é um mineral isomorfo formado na série contínua
de Bowen.
2.9. A, D, C, E, B. A sequência relaciona-se com processos de formação das rochas magmáticas da região de Cota-Viseu. O acontecimento mais
recuado no tempo consiste na formação de magmas ácidos e básicos em contextos distintos (A); numa fase posterior, magmas com diferentes
percentagens em sílica (ácidos e básicos) interagem (D) modificando a composição de um magma ácido (C); o magma resultante desta interação
arrefece e, de acordo com a série reacional de Bowen, formam-se, entre outros minerais, plagióclases sádicas (E); num momento mais avançado
formam-se os minerais com um menor ponto de fusão, como, por exemplo, o quartzo (B).
2.10. A velocidade de arrefecimento do magma condiciona o desenvolvimento dos minerais. Assim, um arrefecimento mais lento de um magma conduz
à formação de minerais de maiores dimensões e um arrefecimento mais rápido origina minerais mais pequenos. De acordo com os dados, o granito de
Cota-Viseu apresenta feldspatos potássicos de grande dimensão no seio de uma matriz de minerais mais pequenos. Dessa forma, pode considerar-se
que os feldspatos potássicos resultaram de um arrefecimento mais lento do magma e os minerais de menor dimensão, e que constituem a matriz,
resultaram de um arrefecimento mais rápido do magma.
3.1. (A). De acordo com a figura 11, verifica-se que em alguns locais as rochas plutónicas máficas do ClB estão cobertas por rochas sedimentares
cenozoicas.
3.2. (D). Os magmas andesíticos formam-se, normalmente, em limites convergentes associados a zonas de subdução. Durante a subducção, o
aumento da pressão e da temperatura em níveis
mais profundos conduz à libertação da água contida nos sedimentos. Esta água irá fazer baixar o ponto de fusão das rochas, favorecendo a formação
destes magmas.
3.3. (B). As rochas carbonatadas são rochas sedimentares que podem apresentar fósseis. Formam-se, normalmente, em ambiente marinho a partir da
precipitação de carbonato de cálcio.
3.4. (C). Nas zonas de subducção existe a acumulação de tensões, às quais, mais tarde, se associam fenómenos sísmicos. Já os fenómenos
vulcânicos estão associados à fusão parcial de materiais em profundidade e à formação de magmas andesíticos. A ascensão destes magmas acabará
por originar vulcanismo ativo, característico deste tipo de margem continental.
3.5. (C). O conjunto das três unidades do CIB possui, entre outras litologias, gabros (rochas magmáticas básicas), dioritos (rochas magmáticas
intermédias) e rochas subvulcânicas ácidas. A formação destas litologias está associada a magmas com diferentes teores em sílica — basálticos,
andesíticos e riolíticos, respetivamente.
3.6. (D). Os gabros são rochas magmáticas formadas a partir da cristalização lenta em profundidade de um magma basáltico. De acordo com a série
reacional de Bowen, esta rocha possuirá minerais ferromagnesianos e plagióclases de natureza mais cálcica, características que indiciam uma
cristalização do magma a altas temperaturas.
3.7. (A). De acordo com os dados, as rochas ígneas da região de Évora são intrusivas. Este facto pressupõe que o arrefecimento do magma que lhes
deu origem ocorreu lentamente em profundidade. Em resultado desse fenómeno, as rochas apresentam uma textura fanerítica ou granular, exibindo
cristais bem desenvolvidos e macroscopicamente visíveis.
3.8. (B). As rochas da região de Évora são félsicas, tendo sido formadas a partir de magmas mais pobres em ferro e magnésio, quando comparados
com os magmas que originaram as rochas da região de Beja, que são máficas. Tendo em consideração estes dados, as primeiras apresentarão
menores percentagens de minerais com ferro e magnésio do que as segundas.
3.9. (B). O rio Guadiana encontra-se a cortar rochas magmáticas máficas do CIB, litologias formadas a partir da consolidação de magmas básicos.
Uma vez que este rio, ao longo do seu curso, atravessa rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas, é provável encontrar sedimentos de todos
os tipos de rochas no leito junto à foz.
3.10. Na região de Évora, os granitoides apresentam diferentes teores em sílica. Esta diferença pode ser explicada quer por mistura de magmas quer
por fenómenos de cristalização fracionada. No primeiro caso, a mistura de magmas pode alterar a composição química de dois ou mais magmas
iniciais com diferentes teores em sílica. Já a cristalização fracionada é um fenómeno que contribui para a diferenciação magmática, através da
formação sequencial dos diferentes minerais durante o arrefecimento de um magma. Através destes dois processos formam-se magmas distintos dos
iniciais que, por cristalização, originam granitoides com diferentes teores em sílica.

Deformação das rochas


Verificação das aprendizagens
1. (D). As tensões distensivas predominam nos limites divergentes, isto é, em regiões onde duas placas se afastam uma da outra.
2. (C). As tensões cisalhantes predominam ao longo de limites conservativos associados a falhas transformantes. Nestes locais, as rochas deslizam e
deslocam-se umas em relação às outras em direções opostas.
3. (B). A deformação das rochas depende não só da orientação das tensões que sobre elas atuam, mas também das características estruturais e
mineralógicas, bem como da temperatura a que se encontram.
4. (D). As rochas exibem um comportamento frágil quando se encontram mais próximas da superfície e a temperaturas muito inferiores ao ponto de
fusão dos minerais que as constituem.
5. (B). As tensões compressivas predominam nos limites convergentes, isto é, em regiões onde duas placas se aproximam uma da outra. Nestes
locais, as rochas são comprimidas e dobradas, favorecendo a formação de cadeias orogénicas.
6. (A) Afirmação falsa — As falhas resultam do comportamento frágil das rochas.
(B) Afirmação falsa — O rejeito vertical é a distância, medida na vertical, do deslocamento relativo entre os dois blocos de uma falha.
(C) Afirmação falsa — O muro é um bloco que se localiza abaixo de um plano de falha.
(D) Afirmação verdadeira — um plano de falha é uma superfície de fratura onde ocorre o movimento entre blocos rochosos.
(E) Afirmação falsa — Os desligamentos resultam da atuação de tensões cisalhantes ao longo de um limite transformante/conservativo.
(F) Afirmação verdadeira — Os flancos e os planos axiais são elementos que permitem caraterizar uma dobra.
(G) Afirmação verdadeira — As sinformas são dobras que apresentam a sua concavidade orientada para cima.
7. (C). As falhas normais são deformações que se caracterizam pela descida do teto relativamente ao muro ao longo de um plano de falha.
8. (A). Os anticlinais são dobras cujas rochas mais antigas ocupam o núcleo destas deformações. Se esta dobra for um antiforma, e considerando a
afirmação anterior, a concavidade apresenta-se voltada para baixo.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (B). Os sinclinais são dobras cujas rochas mais recentes ocupam o núcleo da deformação. De acordo com a figura 6B, esta dobra apresenta a
concavidade voltada para cima.
1.2. (B). De acordo com os dados, o sinclinal de Albufeira apresenta uma pequena bacia preenchida por depósitos sedimentares cenozoicos,
predominantemente detríticos, transportados pelo rio Tejo.
1.3. (A). O flanco norte do sinclinal de Albufeira inclina para sul e o seu flanco sul inclina para norte. De acordo com os dados, o flanco norte é
predominantemente constituído por sedimentos de natureza detrítica.
1.4. (C). O anticlinal de Lisboa é uma dobra que apresenta a sua concavidade voltada para baixo, ocupando as rochas mais antigas o núcleo desta
deformação.
1.5. (C). No flanco sul do sinclinal de Albufeira afloram camadas, do Cretácico à atualidade, formando uma série essencialmente carbonatada e
detrítica. Este flanco está associado a deformações (dobras), que correspondem a alterações da forma e da dimensão dos blocos rochosos, que assim
manifestaram um comportamento dúctil, em profundidade, face às tensões a que se encontravam sujeitos.
1.6. (A). No flanco sul do sinclinal de Albufeira as rochas mais antigas encontram-se por baixo das rochas mais recentes, facto que apoia o princípio da
sobreposição dos estratos.
1.7. (D). O intercâmbio lagoa — oceano, conseguido a partir da abertura artificial da barreira arenosa, permite que ocorra a renovação das águas na
lagoa de Albufeira, evitando que este sistema lagunar se transforme naturalmente num sistema pantanoso.
1.8. (D). As rochas que constituem a barreira da lagoa de Albufeira são areias, rochas sedimentares detríticas não consolidadas. Deste modo,
correspondem a materiais detríticos que não sofreram diagénese ou litificação.
1.9. (C). No corte geológico efetuado na península de Setúbal, o curso do rio Tejo está orientado segundo a direção E-W. Este rio transporta consigo
sedimentos dos locais por onde circula, neste caso, as áreas continentais emersas situadas, por exemplo, a NE.
1.10. D, E, A, C, B. A sequência relaciona-se com os processos envolvidos na sedimentogénese. O acontecimento mais recuado no tempo consiste na
meteorização das rochas situadas a este da lagoa de Albufeira (D). Posteriormente, terá ocorrido a erosão dessas rochas pelas águas das chuvas (E)
e transporte de clastos por ribeiras que se encontram ligadas à lagoa (A). À medida que o agente de transporte perde competência, os materiais
transportados pelas ribeiras depositam-se de acordo com o seu peso (C). Mais tarde, meios mecânicos removem estes depósitos permitindo a
renovação das águas na lagoa de Albufeira (B).
1.11. A formação de carvões ocorre pela acumulação de matéria orgânica, predominantemente vegetal, em bacias de sedimentação lacustres ou
lagunares. O afundimento da matéria orgânica, em condições anaeróbias, conduz à sua progressiva incarbonização favorecida pelo aumento da
pressão e da temperatura. Uma vez que a lagoa de Albufeira apresenta características lagunares, preenche uma das condições necessárias para a
formação de carvões no futuro.
2.1. (B). Na atualidade, a falha dos Arrifes é considerada inversa, pois o teto, representado pelas formações mesozoicas, subiu relativamente ao muro,
representado pelas formações cenozoicas.
2.2. (C). O Maciço Calcário Estremenho é formado por calcários, rochas sedimentares quimiogénicas que resultaram da diagénese de carbonato de
cálcio depositado numa bacia de sedimentação.
2.3. (D). Ao longo da falha dos Arrifes afloram rochas sedimentares carbonatadas e detríticas, estas últimas constituídas por materiais sólidos
provenientes de rochas preexistentes.
2.4. (A). As serras de Aire e de Candeeiros são anticlinais. Os anticlinais são dobras que apresentam a sua concavidade voltada para baixo, exibindo
no seu núcleo as rochas mais antigas.
2.5. (C). A meteorização química dos calcários é responsável pela formação de um modelado cársico. Deste fazem parte, por exemplo, as grutas e os
lapiás.
2.6. (B). Os sedimentos detríticos da Bacia do Baixo Tejo são transportados por este curso de água de regiões a montante desta bacia, ou seja, do
interior da Península Ibérica.
2.7. (A). A deformação que constitui o Vale da Serra é uma dobra que apresenta a concavidade voltada para cima — sinforma. Seguindo uma direção
de NW para SE, esta deformação encontra-se antes da escarpa de falha dos Arrifes.
2.8. (C). As falhas são deformações que resultam do comportamento frágil das rochas à superfície ou próximo desta. Já as dobras são deformações
que resultam do comportamento dúctil dos materiais rochosos em profundidade.
2.9. E, A, D, C, B. A sequência relaciona-se com os processos envolvidos na formação da falha dos Arrifes desde a sua formação até à atualidade. O
acontecimento mais antigo foi a formação da falha dos Arrifes, num contexto orogénico que se desenvolveu durante o final da era Paleozoica (E).
Ainda durante esta era ocorreram movimentos associados a esta falha (A). Mais tarde, durante a era Mesozoica, e num regime distensivo, a falha dos
Arrifes comporta-se como falha normal (D). Posteriormente, movimentos compressivos levam a falha dos Arrifes a comportar-se como falha inversa
(C). No Miocénico, e ao longo desta falha inversa, ocorreu uma movimentação dos terrenos mesozoicos do Maciço Calcário Estremenho sobre os
sedimentos cenozoicos da Bacia do Baixo Tejo (B).
2.10. A fraturação existente nas rochas do Maciço Calcário Estremenho permite a infiltração da água da chuva em profundidade. Esta infiltração
conduz a uma quase total ausência de drenagem superficial na região. Uma vez que a água da chuva possui um carácter ácido, a sua infiltração em
rochas calcárias leva à dissolução do calcário, permitindo o desenvolvimento, em profundidade, de grutas, de estalactites e de estalagmites.

Metamorfismo e rochas metamórficas


Verificação das aprendizagens
1. (B). As rochas metamórficas formam-se sempre no estado sólido, devido ao aumento da pressão e da temperatura sob rochas preexistentes que se
encontram em profundidade.
2. (D). Existem vários fatores de metamorfismo que podem conduzir à formação de uma grande variedade de rochas metamórficas. De entre estes
destacam-se as tensões, o calor e os fluidos.
3. (D). Na formação de rochas metamórficas, o aumento da temperatura leva a que os elementos da rede cristalina de alguns minerais que constituem
as rochas preexistentes passem a dispor-se segundo novos arranjos cristalinos, sem que ocorra fusão da rocha.
4. (A). No interior da crusta, as rochas podem estar sujeitas a dois tipos fundamentais de tensões: litostáticas (ou não dirigidas) e não litostáticas (ou
dirigidas). As primeiras fazem-se sentir em todas as direções, enquanto as segundas atuam com uma orientação bem definida.
5. (C). Os diferentes tipos de metamorfismo são definidos em função do ambiente metamórfico e da intensidade dos fatores que lhe dão origem:
tensão, calor e fluidos.
6. (A) Afirmação falsa — A tensão litostática corresponde à tensão a que as rochas na litosfera estão sujeitas devido à carga de massas rochosas
existente sobre elas.
(B) Afirmação verdadeira — A tensão não litostática é responsável por conferir às rochas metamórficas uma disposição orientada dos seus minerais
segundo planos paralelos.
(C) Afirmação falsa — A circulação de fluidos nas rochas pode desencadear ou acelerar processos metamórficos.
(D) Afirmação verdadeira — A combinação das tensões dirigidas, do calor e dos fluidos sobre rochas preexistentes origina fenómenos de
metamorfismo regional.
(E) Afirmação verdadeira — Os minerais-índice formam-se em condições termodinâmicas com limites bem definidos, permitindo, por isso, caracterizar
as condições de pressão e de temperatura em que uma rocha que os apresente se formou. Deste modo, a presença destes minerais nas rochas
permite reconhecer os diferentes graus de metamorfismo.
7. (B). Os micaxistos e os gnaisses são rochas metamórficas que exibem foliação. Estas rochas formaram-se por metamorfismo regional, devido à
atuação de tensões não litostáticas sobre rochas preexistentes.
8. (B). Os mármores são exemplos de rochas metamórficas que podem ser formadas por metamorfismo de contacto. Este tipo de metamorfismo tem
lugar, essencialmente, nas proximidades da instalação de corpos magmáticos intrusivos.
9. (A). Entre as rochas que se podem formar por metamorfismo regional, destaca-se a ardósia como exemplo de uma rocha metamórfica de baixo grau
formada a partir de argilitos.
10. (D). O metamorfismo regional, que atua em extensas áreas, é característico de limites tectónicos convergentes, estando associado a fenómenos
orogénicos e à formação de arcos vulcânicos.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (C). Os sedimentos que constituem a Bacia Carbonífera do Buçaco foram depositados em ambiente continental, nomeadamente numa área
intramontanhosa. A ocorrência de vestígios fósseis de flora continental nos sedimentos carboníferos é um outro argumento a favor desta dedução. De
acordo com as três unidades presentes, estes sedimentos apresentam uma natureza detrítica (conglomerados, arenitos, siltitos e argilitos) e biogénica
(leitos de carvão).
1.2. (C). A abertura da Bacia Carbonífera do Buçaco está associada a falhas, que são estruturas que resultaram do comportamento frágil das rochas.
1.3. (D). A estrutura representada no corte da figura 8 é um sinclinal em que os estratos formam uma dobra com uma concavidade voltada para cima
— sinforma —, ocupando as rochas mais recentes da unidade superior o núcleo desta deformação.
1.4. (B). I — O contacto entre a sequência carbonífera e o Complexo Xisto-Grauváquico ocorre através de uma discordância. II — Uma vez que o
contacto entre a sequência carbonífera e as rochas Pré-Câmbricas é de natureza tectónica. Através de uma falha inversa, o teto, representado pelas
rochas Pré-Câmbricas, sobe relativamente ao muro, representado pela unidade superior da sequência carbonífera. III — As rochas do Complexo Xisto-
Grauváquico são de natureza metamórfica.
1.5. (A). Na Unidade Intermédia da Bacia Carbonífera do Buçaco existem fósseis de flora continental, aspeto referido nos dois suportes apresentados.
Já as camadas de carvão existentes nesta unidade resultaram da incarbonização, em profundidade, de matéria vegetal.
1.6. A, E, C, D, B. O acontecimento mais recuado no tempo consiste na abertura de uma bacia intramontanhosa, por falhas, no final da era Paleozoica
(A). Após o preenchimento desta bacia intramontanhosa por sedimentos dos terrenos marginais (E), os materiais da sequência sedimentar foram
deformados/dobrados (C). Mais tarde, a sequência carbonífera foi cortada por uma falha inversa, colocando-a em contacto com as rochas do Pré-
Câmbrico (D). Numa fase final, a topo, depositaram-se sedimentos mais recentes de idade mesozoica (B).
1.7. A formação de minerais-índice ocorre em condições de temperatura e pressão muito específicas. Este facto permite inferir das condições de
pressão e temperatura em que decorreram os processos de metamorfismo que originaram estas rochas.
2.1. (A). Os xistos são rochas metamórficas que apresentam foliação, isto é, exibem uma disposição orientada dos seus minerais segundo planos
paralelos. Esta característica resulta da atuação de tensões não litostáticas sobre rochas preexistentes.
2.2. (D). I — As estreitas faixas de rochas metamórficas do Complexo Xisto-Grauváquico possuem uma orientação predominante de NW-SE. II — Os
granitoides são rochas plutónicas. Por essa razão, terão resultado do arrefecimento lento de um magma em profundidade. III — Os gnaisses são
rochas metamórficas foliadas que traduzem um alto grau de metamorfismo.
2.3. (C). O granito da Freixiosa-Mesquitela encontra-se recortado por falhas, deformações que resultaram do comportamento frágil das rochas em
áreas mais superficiais da crusta. Nestas fraturas circularam fluidos que apresentavam uma temperatura superior à do granito onde circulam,
provocando alterações hidrotermais nessa rocha.
2.4. (A). O quartzo é um mineral alocromático, pois existem na natureza variedades com diferentes cores.
2.5. (C). Os xistos são rochas metamórficas que apresentam foliação, isto é, exibem uma disposição orientada dos seus minerais segundo planos
paralelos. Esta característica surge pela atuação de tensões não litostáticas sobre rochas preexistentes, o que evidencia a ocorrência de fenómenos de
metamorfismo regional.
2.6. (A). O granito é uma rocha magmática ácida, isto é, formada a partir da cristalização de um magma riolítico ou ácido. Os filões de rochas básicas
formam-se a partir da cristalização de um magma básico ou basáltico. Uma vez que este último apresenta maiores teores em ferro e magnésio que o
magma riolítico, é possível deduzir que os filões de rochas básicas também apresentem maiores percentagens desses elementos químicos.
2.7. (B). A circulação de fluidos hidrotermais nos granitos irá induzir a ocorrência de fenómenos de metamorfismo sobre os seus minerais primários.
Esta interação irá induzir a formação de novos minerais no granito, agora mais estáveis nas novas condições ambientais.
2.8. (C). Quando exposto aos agentes da geodinâmica externa (água, seres vivos, atmosfera), um gnaisse será meteorizado física e quimicamente de
um modo lento e gradual.
2.9. (a) — (4) Os quartzitos são rochas metamórficas formadas a partir da atuação de fatores de metamorfismo, como por exemplo o calor, sobre
arenitos quartzosos. (b) — (1) Os micaxistos são rochas metamórficas de grau intermédio que apresentam foliação. (c) — (2) O mármore é uma rocha
metamórfica cujos minerais não apresentam uma orientação preferencial.
2.10. As rochas do Complexo Xisto-Grauváquico são mais antigas que os granitos da região, podendo inferir-se que foram intruídas pelos magmas que
viriam a originar estes granitos. O calor libertado por essas intrusões atuaria sobre as rochas encaixantes provocando a sua metamorfização por
contacto.
3.1. (D). As cascalheiras são depósitos de sedimentos de granulometria grosseira de fácies litoral. Dispõem-se sobre o arenito de Silves tendo sido
formadas no quaternário, constituindo, assim, as litologias mais recentes.
3.2. (D). A litificação de material detrítico correspondente a balastros angulosos originará brechas; se os balastros forem arredondados, originará
conglomerados.
3.3. (A). Os arenitos são rochas sedimentares detríticas formadas por diagénese de elementos detríticos, as areias.
3.4. (C). A oxidação dos minerais ferrosos nos sedimentos confere a tonalidade avermelhada aos arenitos de Silves.
3.5. (D). As diáclases, ou fraturas, favorecem a penetração da água nos arenitos e, consequentemente, a sua meteorização. Estas estruturas traduzem
um comportamento frágil da rocha que se verificou após a orogenia Varisca ocorrida durante o Paleozoico.
3.6. (B). Entre os estratos do Carbonífero e o arenito de Silves, do Triásico, não estão presentes estratos do período intermédio, o Pérmico, pelo que
se considera haver uma lacuna estratigráfica. Uma vez que os estratos dobrados do Paleozoico se apresentam erodidos, é de supor que foram
expostos durante esta era.
3.7. (C). As dobras traduzem um comportamento dúctil das rochas. Como apresenta a concavidade orientada para baixo, trata-se de uma antiforma.
3.8. D, A, C, E, B. A plataforma de abrasão resulta de fenómenos erosivos que ainda decorrem na atualidade. Uma vez que na sequência se
encontram elementos relativos à formação das rochas mais antigas, é necessário recuar até à deposição, numa bacia oceânica (D), dos materiais que
haveriam de constituir os xistos e os grauvaques. O fecho desta bacia (A) resultou da colisão continental (C), que haveria de dar origem ao
dobramento das litologias constituintes. A sua posterior exposição subaérea (E) permitiu a ação erosiva do oceano sobre as rochas da Formação da
Brejeira (B).
3.9. Os terrenos carboníferos foram deformados pela atuação de tensões dirigidas num limite tectónico convergente. Essa compressão, numa primeira
fase, e em regime dúctil, permitiu a formação de dobras. Mais tarde, e em regime frágil, formaram-se falhas inversas. Estas falhas terminam na
superfície de descontinuidade, pois a discordância angular marca a formação posterior dos arenitos de Silves num ambiente/regime tectónico distinto
da formação da Brejeira.
Exploração sustentada de recursos geológicos

Verificação das aprendizagens


1. (A). Todos os recursos com localização bem definida, passíveis de exploração numa perspetiva economicamente rentável e em relação aos quais
estão estimados valores de abundância relativa constituem reservas.
2. (C). Os recursos geológicos consideram-se não renováveis se a sua exploração for realizada a um ritmo superior ao da sua regeneração.
3. (A) Afirmação falsa — São exemplos de combustíveis fósseis o petróleo e o carvão.
(B) Afirmação verdadeira — Os recursos geológicos correspondem a todos os tipos de materiais de natureza sólida, líquida ou gasosa, ou formas de
energia associadas, que integram a geosfera, com importância para a atividade humana.
(C) Afirmação falsa — As reservas correspondem sempre a recursos que apresentam uma localização bem definida, sendo passíveis de ser
explorados numa perspetiva economicamente rentável.
(D) Afirmação verdadeira — O vento e a água são recursos que podem ser repostos a um ritmo semelhante ou até superior ao seu consumo, daí
serem renováveis.
(E) Afirmação verdadeira — O solo e o gás natural são exemplos de recursos não renováveis, pois a sua exploração é realizada a um ritmo superior ao
da sua regeneração.
(F) Afirmação verdadeira — A energia geotérmica de alta entalpia, cuja temperatura dos fluidos é superior a 150 °C, permite a produção de energia
elétrica em centrais geotérmicas.
(G) Afirmação falsa — A exploração e o consumo de combustíveis fósseis têm agravado o efeito de estufa.
4. (D). Os recursos minerais correspondem a uma ampla gama de materiais terrestres, que podem ser explorados para a obtenção de rochas e
minerais que possuem uma importância económica significativa.
5. (A). Os recursos minerais metálicos são explorados para a obtenção de elementos metálicos que se encontram dispersos nas rochas da crusta, em
concentrações relativamente pequenas, por norma expressas em partes por milhão ou gramas por tonelada.
6. (C). Um jazigo mineral corresponde a um local onde a concentração de um certo mineral ultrapassa razoavelmente o valor médio da sua
concentração na crusta.
7. (A) Afirmação falsa — A ganga corresponde ao material que durante o processo de mineração é rejeitado.
(B) Afirmação falsa — As escombreiras correspondem a locais onde é armazenada a ganga.
(C) Afirmação verdadeira — As rochas consolidadas e preferencialmente utilizadas na construção deverão ser pouco porosas, aspeto traduzido numa
boa capacidade de impermeabilização, e com uma baixa condutividade térmica, de modo que não ocorram perdas significativas de energia.
(D) Afirmação falsa — O nível hidrostático separa a zona de aeração da zona de saturação de um aquífero.
(E) Afirmação verdadeira — Os agroquímicos, como os fertilizantes e os pesticidas, podem ser dissolvidos e transportados pela água da chuva, ou da
rega, até aos aquíferos, ameaçando a sua qualidade.
8. (A). Os aquíferos são formações rochosas que permitem o armazenamento e a circulação de água, bem como a sua exploração rentável,
constituindo-se como importantes recursos hídricos, sobretudo nos locais onde as quantidades de água doce superficial são escassas.
9. (D). Os aquíferos cativos ou confinados são alimentados lateralmente através de uma zona de recarga, encontrando-se delimitados por duas
camadas impermeáveis.
10. (B). A zona de aeração é uma zona onde os espaços vazios entre os grãos estão parcialmente preenchidos por ar e água.

Aplicação das aprendizagens


1.1. (C). Os níveis de ferro na região de Moncorvo estão associados a quartzitos, rochas metamórficas não foliadas.
1.2. Arenitos quartzosos.
1.3. (A). Cruzianas e Skolithos apresentam uma pequena distribuição estratigráfica, uma vez que viveram durante um pequeno período de tempo
geológico. Esta característica, conjugada com uma grande distribuição geográfica, faz deles bons fósseis de idade.
1.4. (B). De acordo com o princípio da interseção, qualquer rocha que intersete outra rocha é mais recente que esta última. Neste caso, os granitos
variscos (mais recentes) encontram-se a intruir rochas do Paleozoico Inferior (mais antigas).
1.5. (A). A exploração de hematite visa a obtenção de elementos metálicos que se encontram dispersos nas rochas. A sua extração reveste-se de
elevado interesse económico, pois constitui-se como uma importante fonte de ferro.
1.6. (D). Na região de Moncorvo existem jazigos minerais de onde se extrai minério, isto é, material rochoso que contém elementos de interesse
económico. Neste caso, após tratamento, este minério permite obter ferro.
1.7. (D). Os sedimentos localizados entre Mua e Carvalhal poderão ter origem na erosão das rochas localizadas nestas elevações. Após transporte,
estes materiais ter-se-ão depositado nas cotas atuais.
1.8. (B). As escombreiras são locais onde é depositada a ganga, material rejeitado durante o processo de mineração por não possuir valor económico.
1.9. (B). I — A afirmação é inconclusiva. O conceito de sinclinal, assim como de anticlinal, está associado à idade das rochas que ocupam o núcleo
destas dobras e não à concavidade que estas exibem. II — A exploração mineira, de um modo geral, é um setor que possui um elevado impacte
ambiental. III — Na região de Moncorvo existem jazigos minerais de hematite e de magnetite.
1.10. Instabilidade e queda de terrenos; contaminação da hidrosfera (aquíferos e rios) e da geosfera (solos).
1.11. A presença de fósforo no minério conduz à sua desvalorização a nível económico. Nesse sentido, o desenvolvimento de uma tecnologia capaz de
remover o fósforo do minério permitiria obter matéria-prima mais pura. Assim, a utilização destas tecnologias inovadoras tornaria possível a utilização
deste recurso, relançando a exploração mineira na região de Moncorvo.
2.1. (D). As rochas metassedimentares do Pré-Câmbrico são as rochas mais antigas no anticlinal de Valongo. Nesta dobra, que apresenta uma
concavidade voltada para baixo, as rochas metassedimentares ocupam o núcleo desta deformação.
2.2. (C). As corneanas são rochas metamórficas formadas por metamorfismo de contacto. Este tipo de metamorfismo resulta da instalação de corpos
magmáticos intrusivos em rochas preexistentes. Neste tipo de metamorfismo, de carácter localizado, os fatores determinantes são o calor e a
circulação de fluidos provenientes da intrusão magmática.
2.3. (A). De acordo com a figura 10, o rio Ferreira é alimentado não só por escoamento superficial e pela zona não saturada, mas também por
aquíferos.
2.4. (A). As formações metassedimentares são uma unidade hidrogeológica formada, essencialmente, por xistos, rochas metamórficas foliadas. De
acordo com os dados, estas formações apresentam baixa permeabilidade, o que se traduz numa reduzida circulação de água no seu interior.
2.5. (C). A unidade hidrogeológica dos aquíferos intergranulares constitui-se como um bom aquífero, pois possui elevada porosidade e permeabilidade.
É constituída por sedimentos não consolidados, depósitos fluviais quaternários, não litificados, que permitem um bom armazenamento e circulação da
água.
2.6. (C). I — As rochas da zona não saturada apresentam-se alteradas. II — A fraturação favorece a infiltração da água e a recarga dos aquíferos
cativos ou confinados. III — No passado não existiam medidas eficazes de proteção da natureza. Desta forma, a contaminação dos aquíferos, por
infiltração de águas contaminadas provenientes da exploração de ouro, seria favorecida.
2.7. (C). A recarga artificial dos aquíferos nas áreas agrícolas é realizada através da rega de culturas. Se forem utilizados agroquímicos, por exemplo,
pesticidas e fertilizantes, estes produtos podem ser dissolvidos nestas águas que, ao infiltrarem-se nos solos, podem contribuir para a contaminação
dos aquíferos.
2.8. (B). As cristas quartzíticas encontram-se fraturadas e superficialmente alteradas. Estes fatores favorecem a infiltração da água, fomentando a
recarga vertical dos aquíferos.
2.9. (a) — (2) Um aquífero livre é uma formação geológica que se encontra delimitada inferiormente por uma camada impermeável e cuja pressão da
água no nível freático é semelhante à pressão atmosférica. (b) — (1) A zona de aeração corresponde a uma região localizada entre a superfície e o
nível freático, onde os espaços vazios entre os grãos estão parcialmente preenchidos por ar e água. (c) — (5) O nível hidrostático ou freático
corresponde ao nível em que a água subterrânea se encontra num dado momento.
2.10. A ardósia é uma rocha metamórfica muito utilizada na construção (revestimentos e pavimentos, por exemplo). Uma vez que esta rocha é
abundante na região de Valongo, a sua exploração sustentável permitirá às gerações atuais e futuras obter este recurso geológico sem colocar em
causa o seu esgotamento. Desta forma, a gestão sustentável desta fitologia permitirá às populações residentes em Valongo o desenvolvimento
económico atual e futuro que lhes garanta prosperidade e matéria-prima para as suas atividades.
3.1. (A). Um dos objetivos do estudo foi conhecer os níveis de contaminação em quatro meses diferentes e em seis locais distintos, após a desativação
da mina da Escádia Grande.
3.2. (B). Da análise dos gráficos A e B da figura 11, verifica-se que no mês de fevereiro os níveis mais altos de pH na água correspondem, de um
modo geral, a uma maior abundância de ferro nas seis amostragens.
3.3. (A). Da análise do gráfico da figura 11C, verifica-se que o nível de contaminação em arsénio é maior nas amostras A1 e A3 em todos os meses
analisados.
3.4. (C). No mês de julho, as concentrações em arsénio em A1 e A3 são muito superiores às concentrações de ferro em amostras que foram colhidas
em linhas de água que se encontram abaixo da antiga exploração.
3.5. (D). Os filões de quartzo encontram-se a preencher falhas. Estas deformações resultaram do comportamento frágil das rochas em níveis mais
superficiais da crusta. Uma vez que estes filões se encontram a intersetar outras rochas, considera-se, pelo princípio da interseção, que são mais
recentes que estas.
3.6. (D). Os materiais depositados nas duas escombreiras não se encontram litificados. Por essa razão, serão facilmente erodidos e transportados
pelos cursos de água existentes.
3.7. (A). Na mina da Escádia Grande, o ouro e a prata foram explorados porque a concentração destes elementos neste local ultrapassava
razoavelmente o valor médio da sua concentração na crusta.
3.8. (a) — (5) As reservas correspondem a recursos que apresentam uma localização bem definida, sendo passíveis de ser explorados numa
perspetiva economicamente rentável. (b) — (1) A ganga corresponde a material que, por não possuir interesse económico, é rejeitado durante o
processo de mineração. (c) — (2) As escombreiras correspondem a locais próximos de uma exploração mineira onde é armazenada a ganga.

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